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EE PROF.

EDUARDO VELHO FILHO – DIRETORIA DE ENSINO


REGIÃO DE BAURU

GLASSES WITH ULTRASONIC SENSOR

Estudantes:

Orientadora: Cecília Baldinotti Ferreira


Coorientador: Manoel Vitor Cezário

BAURU
2023
RESUMO

A integração do deficiente visual na sociedade está diretamente ligada com a disponibilidade


de pessoas dispostas a ajudar e principalmente com os recursos em sua volta. No entanto
surge a necessidade da realização de recursos para facilitar o convívio do deficiente visual
com a sociedade. Atualmente os deficientes visuais, com baixa ou perda total da visão em
ambos os olhos, trabalham, estudam, têm seus lazeres entre outras atividades diárias, nas
quais são significativas perante a sociedade, porém ainda é um grande obstáculo a ser
quebrado aderindo à inclusão completa dessas pessoas no meio social. O presente projeto
analisou um método que fornecesse recursos básicos suficientes para atividades diárias
simples e que realmente fossem significativas para o usuário. Para tanto, pensamos em um
projeto que visasse contribuir para a qualidade de vida das pessoas que. Dentre todas as
atividades básicas diárias do deficiente visual foi observado que a maior dificuldade é a
detecção de obstáculos e objetos, pois essas são as características principais que o fazem
aprender o mundo externo e se adaptar ao meio; bem como este problema afeta diretamente
sua locomoção, pois, tendo em vista que a pessoa possuí uma cegueira parcial ou total, o uso
de ferramentas que a auxilie durante sua locomoção se torna indispensável, com tudo
pensamos em um óculos que possa colaborar para auxiliar durante sua locomoção. Com essas
dificuldades mais relevantes, levanta-se a questão do desenvolvimento de recursos que
contemplam o auxílio das atividades com maior dificuldade do deficiente visual. Apesar das
especificidades de tarefas corriqueiras, os dados obtidos nessa pesquisa evidenciam a
complexidade do recurso a ser desenvolvido para suportar o usuário com a integração na
sociedade.

Palavras- chave: Deficiente visual; Detecção de objetos; Locomoção; Obstáculos.


ABATRACT

The integration of visually impaired people into society is directly linked to the availability of
people willing to help and especially the resources around them. However, there is a need to
provide resources to facilitate the coexistence of visually impaired people in society.
Currently, visually impaired people, with low or total loss of vision in both eyes, work, study,
have their leisure activities among other daily activities, which are significant to society, but it
is still a major obstacle to be overcome by adhering to complete inclusion. of these people in
the social environment. The present project analyzed a method that provided sufficient basic
resources for simple daily activities that were truly meaningful to the user. To this end, we
thought of a project that aimed to contribute to the quality of life of people. Among all the
basic daily activities of visually impaired people, it was observed that the greatest difficulty is
detecting obstacles and objects, as these are the main characteristics that make them learn the
external world and adapt to the environment; as well as this problem directly affects their
locomotion, because, considering that the person has partial or total blindness, the use of tools
that help them during their locomotion becomes essential, with everything we think of glasses
that can collaborate to assist during your locomotion. With these more relevant difficulties,
the question of developing resources that include assistance for activities that are most
difficult for visually impaired people arises. Despite the specificities of common tasks, the
data obtained in this research highlights the complexity of the resource to be developed to
support the user with integration into society.

Keywords: Visually impaired; Object detection; Locomotion; Obstacles


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................4

1.1 Deficiência visual, suas categorias e causas......................................................5


1.1.1 DEFICIÊNCIA VISUAL....................................................................................................5
1.1.2 CEGUEIRA....................................................................................................................6
1.1.3 BAIXA VISÃO OU VISÃO SUBNORMAL.........................................................................6
1.1.4 CAUSAS MAIS FREQUENTES DE CEGUEIRA OU BAIXA VISÃO.......................................6

1.2 Desafios do deficiente visual, bengala e ferramentas de auxílio........................7


1.2.1 DESAFIOS DO DEFICIENTE VISUAL...............................................................................7
1.2.2 BENGALA.....................................................................................................................8
1.2.3 FERRAMENTAS DE AUXÍLIO.......................................................................................11
1.2.4 PISO OU LADRILHO TÁTIL...........................................................................................12

1.3 Benefícios da independência e óculos com sensor..........................................12


1.3.1 BENEFÍCIOS DA INDEPENDÊNCIA LOCOMOTORA......................................................13

1.4 Justificativa....................................................................................................14

2 MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................16

2.1 Metodologia..................................................................................................16

2.2 Materiais utilizados........................................................................................16

3 RESULTADOS ESPERADOS...........................................................................17

4 CONCLUSÃO...............................................................................................18

REFERÊNCIAS................................................................................................19
4

1 INTRODUÇÃO

A deficiência pode ser definida como um distúrbio ou uma anomalia em que o


estado de saúde é alterado, podendo ocasionar sintomas, ou não. De forma simplificada,
deficiência é o antônimo de saúde e existem diversas formas das quais uma deficiência
pode se manifestar, podendo ser encontrada como uma alteração das condições
fisiológicas, intelectuais ou até moleculares (TEPPERWEIN, 2002). Dentre as
deficiências, a visual será o tópico principal desenvolvido no presente trabalho.
Ao longo da história da humanidade, as pessoas com deficiência passaram por
diversos desafios para conseguirem se adaptar às necessidades da sociedade. Como
exemplo disso, pode-se citar na antiguidade a prática da caça e da agricultura, em que
era necessário um certo tipo físico - e até mesmo psíquico - para conseguir cumprir com
as atividades demandadas. Ou seja, é de fácil percepção a ideia de que, se a pessoa não
possuísse os tipos físicos considerados ideais, a sociedade não o aceitaria facilmente e a
sua sobrevivência se tornaria cada dia mais difícil (GUGEL,2007; SILVA,1986).
Ademais, com o passar dos anos pode-se observar fatores sociais, que
demonstram a exclusão dos deficientes do meio social, como ocorria na Grécia Antiga,
em que Platão deixou escrito na sua obra “A República” (PLATÃO, sec IV, apud
GUGEL, 2007, p.63) o que a sociedade deveria fazer com as pessoas consideradas
"disformes" - escondê-las em lugares longe dos demais ou, então, matá-las. Ato
contínuo, avançando um pouco na história da humanidade, consegue-se observar
descrito no livro mais vendido do mundo, a Bíblia, que a mentalidade das pessoas sobre
os deficientes era extremamente dolorosa, pois isso significava que eles eram pecadores
ou filhos de pecadores, e por isso, eram malvistos. Tal visão foi, inclusive, destruída por
Jesus Cristo em uma das passagens relatadas no Evangelho de João (João 9:1-3), onde
um deficiente visual obteve a cura.
Todavia, é possível encontrar deficientes que atingiram altos lugares nas
sociedades antigas, como Homero, que era cego e foi o responsável por duas das obras
antigas mais famosas sobre a Grécia, Ilíada e Odisseia (BOAS, 2018). Assim, com o
avanço das civilizações foi possível observar a preocupação da integração das pessoas
nessas condições na sociedade e, inclusive, isso fica muito mais explícito quando
Aristóteles proclama “Tratar os desiguais de maneira igual constitui-se em injustiça” e
5

quando Jesus Cristo anuncia que os deficientes não eram pecadores, quebrando,
também, as crenças religiosas da época.
Voltando aos olhos para os deficientes visuais, por volta do século XV com o
desenvolvimento científico, a filosofia cria um conceito humanitário relacionado às
pessoas com deficiência visual. A partir de então, essas condições são caracterizadas
como um problema de saúde e, por isso, cria-se a necessidade de absorção de pessoas
dentro dessas condições na sociedade, utilizando-se de métodos de integração do
indivíduo na sociedade por meio da tecnologia assistiva. Em questões nacionais, há um
departamento especializado para inclusão dessas pessoas, chamado de Comitê de
Ajudas Técnicas – CAT. Essa mesma instituição declara: "Tecnologia Assistiva" é uma
área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria
Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria
Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República, 2006).
A visão é um dos recursos do corpo humano mais importante e significativo para
o relacionamento do indivíduo com a sociedade. Através da visão é que o indivíduo se
relaciona com o mundo exterior, realizando, assim, a concretização de todos os sentidos
do corpo humano. Entre as dificuldades que o deficiente encontra, a maior de todas é a
locomoção, com a necessidade de detectar objetos e, obviamente, a dificuldade de se
enquadrar na sociedade.
Nesse cenário é que se faz necessário a criação de recursos embasados em
tecnologia assistiva para viabilização da facilidade de atividades diárias do deficiente.
Portanto, a elaboração de um projeto que atende as necessidades de inclusão do
deficiente é essencial.
Conforme apontado no site da Câmara dos Deputados as termologias corretas
para um deficiente visual são: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual.

1.1 Deficiência visual, suas categorias e causas


6

1.1.1 DEFICIÊNCIA VISUAL

É o comprometimento parcial ou total da função visual, congênita ou adquirida.


De acordo com o nível de acuidade visual, a deficiência visual pode variar, o que
determina dois grupos, o das pessoas cegas ou com baixa visão, também conhecida
como visão subnormal.

1.1.2 CEGUEIRA

Consiste em uma alteração grave ou total de funções fundamentais da visão que


prejudicam de forma irreparável a condição de perceber forma, tamanho, cor, distância e
movimento (SÁ, CAMPOS; SILVA, 2007). A cegueira pode ser classificada por grau,
sendo mensurada em cegueira absoluta ou cegueira parcial. A cegueira pode também
estar associada à perda da audição (surdo-cegueira) ou a outras deficiências.

1.1.3 BAIXA VISÃO OU VISÃO SUBNORMAL

Consiste no comprometimento da função visual em razão de fatores como


diminuição da acuidade visual, redução do campo visual, da sensibilidade aos
contrastes, da percepção de cores e limitação de outras capacidades, interferindo nas
atividades diárias mesmo após tratamento e/ou correção dos erros refrativos mais
comuns. É um comprometimento nos olhos que mesmo com o uso de óculos
convencionais, lentes de contato ou cirurgias oftalmológicas não pode ser totalmente
corrigido.
É uma condição que exige a utilização de estratégias e recursos específicos,
sendo necessário como professor compreender as implicações pedagógicas da baixa
visão a fim de usar os recursos de acessibilidade na perspectiva de favorecer um melhor
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem (DOMINGOS, CARVALHO;
ARRUDA, 2010).

1.1.4 CAUSAS MAIS FREQUENTES DE CEGUEIRA OU BAIXA VISÃO


7

Retinopatia da prematuridade; Catarata congênita; Glaucoma congênito;


Retinocoroidite macular por toxoplasmose; Albinismo; Retinose pigmentar; Atrofia
congênita de Leber; Degeneração da retina (degeneração macular) e alterações visuais
corticais; ou ainda doenças como diabetes, descolamento de retina ou traumatismos
oculares entre outras. A prematuridade também pode causar deficiência visual e
desencadear baixa visão (CLEIDE, 2019).
Figura 1 - Placa de acesso para deficientes visuais.

1.2 Desafios do deficiente visual, bengala e ferramentas de auxílio

1.2.1 DESAFIOS DO DEFICIENTE VISUAL

Orientação e mobilidade fazem parte do cotidiano e do dia a dia da sociedade.


Segundo Felippe (1997, 2001), “a orientação é a capacidade de perceber o ambiente,
saber onde estamos, e a mobilidade é a capacidade de nos movimentar” (FELIPPE,
2001, p. 5).
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Para o deficiente visual, a orientação é o aprendizado no uso dos sentidos para


obter informações do ambiente: saber onde está, para onde vai ou como fazer para ir a
algum lugar.
Podem-se usar audição, tato, cinestesia (percepção dos movimentos), olfato e
visão residual, se ela existir. A mobilidade é o aprendizado para o controle dos
movimentos de forma organizada e eficaz.
Para Mendonça e colaboradores (2008, p. 67), orientação e mobilidade,
conhecida popularmente como OM na comunidade dos deficientes visuais, tem como
finalidade ajudar o deficiente visual – cego ou com baixa visão – “a construir o mapa
cognitivo do espaço que o rodeia e deslocar-se nesse espaço, servindo-se para isso de
um conjunto de técnicas apropriadas e específicas”.
Hoffmann (1999) define OM como um processo amplo e flexível, composto por
um conjunto de habilidades motoras, cognitivas, sociais e emocionais e por um grupo de
técnicas específicas (guia vidente, proteção e bengala), que possibilitam ao deficiente
visual conhecer, relacionar-se e deslocar-se de forma independente e autônoma nas
várias estruturas, nos espaços e nas situações do ambiente.
Nas orientações do Ministério da Educação e Cultura (MEC) (GIACOMINI;
SARTORETTO; BERSCH, 2010, p. 7), na combinação dos dois conceitos, orientação e
mobilidade, a expressão significa: mover-se de forma orientada, com sentido, direção e
utilizando-se de várias referências como pontos cardeais, lojas comerciais, guia para
consulta de mapas, informações com pessoas, leitura de informações de placas com
símbolos ou escrita para chegar ao local desejado (GIACOMINI; SARTORETTO;
BERSCH, 2010, p. 7).
Portanto, OM faz parte da rotina de todas as pessoas – videntes ou com
deficiência visual –, pois no dia a dia todos necessitam ir a algum lugar utilizando
referências para se orientar e encontrar o caminho certo.
No caso da pessoa com deficiência visual, também significa mover-se de forma
orientada e sem medo, com segurança e independência, utilizando as técnicas de guia
vidente, autoproteção e bengala longa. Ressalta-se que a exploração dos sentidos
remanescentes é fundamental e essencial no processo de aprendizagem.
Para Felippe (2001, p. 6), a pessoa com deficiência visual pode se movimentar:
– Com a ajuda de outra pessoa – guia vidente;
– Usando seu próprio corpo – autoproteções;
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– Usando uma bengala – bengala longa;


– Usando um animal – cão-guia;
– Usando a tecnologia – ajudas eletrônicas.

1.2.2 BENGALA

Cerqueira (2011) cita registros históricos que apontam a utilização de cajados,


bastões e outros instrumentos semelhantes para deslocamentos em certos caminhos,
para controle de rebanhos e para ações defensivas e ofensivas em combates. Em
contrapartida, o bastão de cetro era visto como autoridade e insígnia da realeza.
No caso das pessoas com deficiência visual, notam-se gravuras antigas com
homens cegos empunhando bastões ou acompanhados de cães. As dificuldades dos
caminhos, como irregularidades, eram obstáculos para a locomoção independente
dessas pessoas, sendo necessários, normalmente, guias videntes, ou então elas eram
limitadas ao confinamento em ambientes restritos.
Na primeira metade do século XX, os egressos deficientes das guerras, em um
processo de reabilitação, foram pioneiros com as primeiras iniciativas para garantir a
locomoção com independência (CERQUEIRA, 2011).
A bengala possibilita um melhor deslocamento com base em técnicas que lhes
dão a referência na identificação dos locais por onde caminham. A bengala é um
instrumento indispensável para a locomoção, e, ao viabilizar a independência, levanta a
autoestima da pessoa com deficiência visual.
Com sua utilização, os deficientes visuais têm mais segurança e mobilidade
durante a travessia de ruas, subindo ou descendo escadas ou durante seus deslocamentos
no interior de instituições públicas e/ou privadas. Podem se deslocar de um lado para
outro, assim como usufruírem dos transportes públicos sem recorrer à ajuda de outras
pessoas.
Para Masini, a bengala “não é um objeto que o cego perceberia, mas um
instrumento com o qual ele percebe. É um apêndice do cego, uma extensão da sua
síntese corporal, uma maneira própria de explorar o mundo que o cerca” (MASINI,
1992, p. 31).
10

Estabel e colaboradores apontam que a bengala ou os óculos escuros são “como


signo que caracteriza uma pessoa com limitação visual” (ESTABEL; MORO;
SANTAROSA, 2006, p. 5).
Segundo Santo Agostinho (apud SILVA, s.d.), “um signo é uma coisa que, além
da espécie ingerida pelos sentidos, faz vir ao pensamento, por si mesma, qualquer outra
coisa”. Qualquer objeto, som, palavra capaz de representar algo constitui signo. Na
sociedade, todos dependem do signo para viver e interagir com o meio em que vivem.
Ele é necessário para entender o mundo, a si mesmo e às pessoas com as quais se
mantêm relações humanas.
Na psicologia, para Jung (apud FADIMAN; FRAGER, 2002), um signo diz
respeito a um elemento conhecido do ponto de vista da consciência coletiva, ou seja,
tem um sentido fixo. Em contrapartida, um símbolo é dinâmico, tem uma parte
conhecida e outra desconhecida, pois representa a situação psíquica do indivíduo.
Nessa concepção, a bengala não é simplesmente um instrumento, mas um signo,
uma identificação feita com base na coletividade. Por exemplo, quando um deficiente
visual sem
alterações anatômicas nos olhos solicita ajuda para atravessar a rua, esta pode
lhe ser negada; porém, se ele estiver com a bengala, será reconhecido e identificado
como deficiente visual com base em seu signo.
Em contrapartida, percebe-se que algumas pessoas que adquiriram a deficiência
visual podem apresentar recusa ou dificuldade de utilização da bengala no início do
processo de OM. Tal fato pode estar relacionado com a não aceitação da perda da visão
e a vivência do luto do sujeito, sendo necessário, muitas vezes, um trabalho com o
profissional de psicologia: intervenções acompanhando o treinamento de OM ou
atendimento terapêutico, visando à capacitação do indivíduo e à sua autonomia e,
consequentemente, ao aumento da autoestima e à melhoria da qualidade de vida.
Para Cerqueira (2011), a bengala é companheira do dia a dia da pessoa com
deficiência visual e possibilita:
• a garantia do direito de ir e vir;
• a preservação da privacidade;
• a condição de execução de tarefas com autonomia;
• o cumprimento de compromissos sociais e profissionais;
• a segurança no caminhar; e
11

• a preservação da integridade física.

Figura 2 - Bengalas para deficientes visuais.

Figura 3 - Características de cada tipo de bengala.

A bengala foi desenvolvida em 1996, durante a segunda guerra mundial, pois de


acordo com Hoffmann (2009), “quando muitos soldados americanos que tinham ficado
cegos em batalhas, foram enviados para hospitais”. Eles eram encorajados a usar a eco
localização, mas com o tempo se percebeu que os soldados precisavam de mais alguma
coisa. Foi assim que Richard Hoover criou uma bengala própria para deficientes visuais
(HOFFMANN, 2009). Atualmente, as bengalas possuem vários tipos e formatos, em
particular as dobráveis e com ponta tátil.
12

1.2.3 FERRAMENTAS DE AUXÍLIO

Atualmente vê-se que a autonomia de portadores de deficiência visual ainda é


precária. O uso da bengala ou outro auxiliador influência na autonomia do portador,
além de sabermos que nem sempre o deficiente terá um auxiliador no piso correto, e nas
condições corretas, tornando o portador dependente do relevo, área e outras condições
além do objeto auxiliador. Porém, estas condições estão melhorando, porém não tanto
como o esperado, apesar de existirem leis que garantam essas melhorias, a exemplo da
Lei 7.853 de 24 de outubro que diz: “A lei da acessibilidade zela pelos direitos e deveres
dos portadores de deficiências, garantindo direito de ir e vir” (PLANALTO, 1989).

1.2.4 PISO OU LADRILHO TÁTIL

Segundo Nunes (2018), “a sinalização tátil implantada em pisos é considerada


um recurso complementar para prover segurança, orientação e mobilidade a todas as
pessoas, principalmente àquelas com deficiência visual ou surdo-cegueira”.
“A LEI N° 8.140/2011 Obriga a padronização de pisos táteis nas calçadas”
(Diário Oficial do Município, 2011). O problema é que muitas calçadas sinalizam
errado, com o tipo de piso alerta quando é o direcional, atrapalhando o deficiente visual.
Outras tecnologias
Há outras tecnologias, algumas muito baratas e pouco precisas, outras muito
precisas e mais caras. “Na Universidade de Oxford, pesquisadores desenvolveram um
óculo inteligente que ajuda deficientes visuais a “enxergar” (BRIMELOW, 2014).
Cientistas indianos criaram uma “bengala inteligente” que vibra para alertar cegos de
obstáculos (BBC, 2014)."
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Figura 4 - Cego com cão guia.

1.3 Benefícios da independência e óculos com sensor

1.3.1 BENEFÍCIOS DA INDEPENDÊNCIA LOCOMOTORA

Para caminhar sozinha, a pessoa com deficiência visual necessita, além de


aprender as técnicas de OM, de coragem e desinibição. A primeira vez que consegue
realizar tal tarefa torna-se uma conquista especial: “é como se começasse a andar
novamente” (fala de um deficiente visual, 49 anos, com diagnóstico médico de
retinopatia diabética, reabilitando do Instituto São Rafael, 2010).
Muitas famílias expressam seu medo com a locomoção do deficiente visual,
agindo com superproteção. Tal atitude atrasa o processo de independência, trazendo
risco real e psicológico, pois reforça a dependência e o sentimento de incapacidade.
Portanto, é fundamental a disposição e o incentivo dos familiares para a independência
de locomoção, que concretizará o ir e vir e possibilitará o resgate da confiança em si
mesma da pessoa com deficiência.
Nos estudos realizados por Hoffmann (1999), diversos são os benefícios que a
pessoa com deficiência visual pode ter com o treino de OM: autoconfiança, integração,
contato social, oportunidade de emprego.
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O domínio e o manejo dos recursos e técnicas de OM proporcionam à pessoa


com deficiência visual a diversificação e a qualificação das experiências locomotoras e,
consequentemente, o exercício das habilidades motoras e cognitivas. Essa atitude
promove o autoconhecimento e o confronto diante das dificuldades, possibilitando o
aumento da confiança e da segurança em sua potencialidade, bem como a constatação
das limitações. Por isso, gradualmente, pode ocorrer a aquisição ou reconquista do
sentimento de autoconfiança.
O relacionamento social acontece nas diversas situações da vida e nos muitos
ambientes. O trânsito da pessoa com deficiência visual na sociedade provoca uma
aproximação natural das pessoas, tornando possível a interação, principalmente as
verbais, em razão da necessidade de solicitar informação ou auxílio. Esses contatos
pessoais vão além da ampliação das relações sociais, incluindo também a chance de
aperfeiçoar as habilidades comunicativas. Aponta-se que uma postura autossuficiente do
deficiente visual ou o fato de não saber que tem outra pessoa perto fisicamente pode
dificultar a proximidade de outras pessoas. Pela importância do aspecto social na vida
do ser humano, os contatos sociais podem gerar momentos emocionais agradáveis e
ricas experiências para ambas as pessoas que as vivem.
A OM corrobora diretamente a acessibilidade, em quantidade e qualidade, na
obtenção e no exercício de uma atividade profissional. Justifica-se tal fato com a
realização de deslocamentos mais independentes e o aumento da capacidade adaptativa
funcional. A não independência nem sempre indica impedimento de inserção no
mercado de trabalho – formal ou informal –, mas tal condição pode restringir a
qualidade ou quantidade das chances profissionais. O exercício de uma atividade
profissional pode ocasionar melhoria do poder econômico, produzindo modificações
culturais, emocionais e sociais.
Um dos maiores benefícios emocionais é a melhoria da autoestima. A autoestima
é a avaliação ou o sentimento, por parte do indivíduo, de sua imagem, sendo um
construto estável e de difícil mudança (BERNARDO; MATOS, 2003). É um juízo
pessoal de valor, externado nas atitudes, isto é, implica um grau de satisfação ou
insatisfação consigo próprio. Os pilares fundamentais da constituição da autoestima são:
a percepção que o indivíduo tem de seu próprio valor e a avaliação que faz de si mesmo
em termos de competência (COOPERSMITH apud MARRIEL, 2006).
15

Uma locomoção segura e orientada viabiliza ao deficiente visual a participação,


ativa e efetiva, na sociedade, nos diversos níveis e estruturas do ambiente. Participando
socialmente, ele se torna mais envolvido com os fatos, as pessoas e as situações que o
rodeiam, fazendo acontecer a integração.
Todos esses fatos associados corroboram diretamente a melhoria da autoestima,
mudando a autoimagem que a pessoa anteriormente fazia de si mesma: incapaz. São
muitos os benefícios da independência locomotora para as pessoas com deficiência
visual: físicos, emocionais. Cabe à pessoa com deficiência e à sociedade, familiares e
demais cidadãos, a busca de meios e recursos para enfrentar os obstáculos e transpô-los.

1.4 Justificativa

O presente projeto tem como objetivo, extinguir um problema que o deficiente


visual enfrenta, a sua locomoção, e mais do que aumentar sua qualidade de vida, pois
aumenta seu poder de independência para se locomover, tornando quase que não
necessário auxílio, a proposta desse projeto é contribuir para que o deficiente visual seja
cada vez inserido dentro da sociedade, e ponha fim à alguns estereótipos que enfrenta,
pois assim como qualquer um, ele também é um ser humano, com direitos e deveres, e
uns dos direitos básicos é o de ir e vir, e o óculos com sensor ajuda nesse direito.
Os óculos com sensor funcionam basicamente auxiliando o deficiente visual a
detectar objetos em sua direção, corroborando assim para uma melhora na qualidade de
vida e no aumento de sua independência, colaborando na parte mental e emocional do
deficiente visual, aumentando por exemplo sua autoestima.
16

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Metodologia

Os óculos com sensores, funciona através do sensor ultrassônico que, ao detectar


objetos na direção do deficiente visual, durante o período de sua locomoção, irá emitir
um som, colaborando assim para que o deficiente possa saber que há um objeto no seu
trajeto, e portanto ele poderá desviar do objeto e então continuar seu trajeto e forma
segura e dará ao mesmo mais autonomia para sua locomoção colaborando para as
saúde, seja esta física ou mental, esta ainda mais importante, pois ele se sentirá mais
independente, destarte o projeto outorga que o deficiente possa se locomover de forma
autônoma e que tenha seu caminho guiado e seguro.

2.2 Materiais utilizados

 Jumpers
 Arduíno UNO
 Sensores ultrassônicos
 Resistores
 Placa protboard
 Óculos
 Servo motor
 Pilhas
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3 RESULTADOS ESPERADOS

O Óculos Inteligente tem o intuito de auxiliar deficientes visuais nas mais


diversas tarefas diárias, alertando-os quando se aproximam de algum objeto localizado
acima da região torácica, e que normalmente não são percebidos pela bengala, com o
uso de presente protótipo ansiamos diminuir as taxas de acidentes e contribuir com a
segurança e a integridade do usuário, por fim contribuir assim para a circulação de
deficientes visuais, implementando o protótipo de óculos sensorial proposto.
Em suma, esperamos que com o uso do óculos sensorial que conta com sensores
de distância posicionados no óculos, que, após detectar que algo chegou dentro de uma
certa distância do usuário o óculos irá começar a vibrar para alertar de que algo está à
frente dele, anelamos coadjuvar para que o deficiente visual possa ter uma melhora em
sua qualidade de vida, bem como possibilitar que realize tarefas simples do cotidiano
como se locomover de forma autônoma, mas, que seja segura para ele, e junto à essa
autonomia para se locomover que possa aumentar sua autoestima e melhorar sua saúde
mental e física.
Sendo assim, fomos pesquisar como que através da tecnologia com deficientes
visuais, poderíamos cumprir com a solução do problema apontado, (a dificuldade de se
locomover de maneira autônoma), e de maneira inovadora pensamos na elaboração de
um óculo com sensor de proximidade, com a finalidade de construir um mundo melhor,
justo e equitativo.

Figura 5 - Personagem da Turma da Mônica; Dorinha (uma personagem com deficiência visual).
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4 CONCLUSÃO

Este projeto tem como objetivo promover a inclusão de pessoas com deficiência
visual por meio de tecnologia assistiva, permitindo a capacidade de identificar objetos.
Foram explorados os recursos tecnológicos presentes, bem como o uso do Arduíno e sua
variáveis funções, para o desenvolvimento do protótipo.
Com base no escopo do projeto apresentado, e os objetivos tido como metas para
o projeto, podemos apontar que este pode corroborar para a autonomia de deficientes
visuais, assim como colaborar para sua inserção na sociedade e pôr fim a alguns
estereótipos e descriminações desumanas que sofrem.
As tecnologias apresentadas unitariamente promovem recursos que agregam
valor ao projeto planejado. A soma de todas as tecnologias favorece para que o objetivo
do projeto seja ascendido, a principal meta é, contudo, a tecnologia assistiva aos
deficientes visuais.
Salienta-se que através da utilização das tecnologias assistivas, potencializa-se a
autonomia do usuário, e que serviu de estímulo para idealização do projeto, em usar a
tecnologia em prol de corroborar para melhorar a qualidade de vida dos deficientes
visuais. Finaliza-se o mesmo, abrindo novas portas e possibilidades para novos desafios
e melhorias na vida do usuário.
19

REFERÊNCIAS

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A BAIXA VISÃO:ORIENTAÇÃO AOS PROFESSORES. DISPONÍVEL EM:
<HTTP://EDUCACAOESPECIALEINFORMATICA.BLOGSPOT.COM/2012/
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ESCOLA. DISPONÍVEL EM:
HTTPS://NOVAESCOLA.ORG.BR/CONTEUDO/270/DEFICIENCIAVISUAL
-INCLUSAO

3. BBC. (2014). CIENTISTAS CRIAM ‘BENGALA INTELIGENTE’ QUE


VIBRA PARA ALERTAR CEGOS. DISPONÍVEL EM:
HTTPS://WWW.BBC.COM/PORTUGUESE/VIDEOS_E_FOTOS/2014/09/140
912_VIDEO_BENGALA_INDIA_HB.

4. BRIMELOW, ADAM. BBC. (2014). ÓCULOS INTELIGENTES AJUDAM


DEFICIENTES VISUAIS A ENXERGAR. DISPONÍVEL EM:
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