Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
METALURGICA LTDA
ANÁLISE ERGONÔMICA
OUTUBRO DE 2022
A Hardy Metalurgica LTDA.
_____________________
Eng. Moyses Gomes Pedro
Engenheiro de Segurança
Conselho de classe: CREA 5070374041
1
1. Identificação da Empresa
CNPJ/CPF: 08.359.343/0001-59
Cidade: Guarulhos
Estado: SP
Grau de Risco: 04
CNAE: 2532-2/02
2
Sumário
1. Identificação da Empresa.....................................................................................................2
2. Método de Análise...................................................................................................................5
2.1 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OCUPACIONAL (PGR)...................................6
2.1.1 Avaliação das Situações de Trabalho (item 17.3)........................................................6
2.1.2 Inventário de Risco Ocupacional (IRO)........................................................................7
O inventário de riscos ocupacionais deve ser mantido atualizado de forma a representar
fidedignamente a situação da empresa...............................................................................8
2.2 Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP).............................................................................8
2.3 Análise Ergonômica do Trabalho......................................................................................10
2.4 Metodologia complementar de análise dos aspectos ergonômicos.................................13
2.4.1 Antropometria...............................................................................................................14
2.4.2 Postura..........................................................................................................................14
2.4.3 Biomecânico..................................................................................................................15
2.4.3.1 Métodos de Avaliação de Risco..............................................................................17
2.4.3.2 Avaliação Biomecânica das Principais Articulações envolvidas na atividade laboral
(Ombro, Cotovelo, Punho, Coluna Cervical, Tronco e Membros Inferiores). – RULA.........18
2.4.3.3 Discos Intervertebrais.............................................................................................21
2.4.3.4 Ferramentas de Avaliação......................................................................................22
2.4.4 DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho)....................................23
2.4.5 Dissincronismo..............................................................................................................30
2.4.6 Iluminamento/Acuidade Visual/Ergoftalmologia..........................................................34
2.4.7 UMIDADE RELATIVA......................................................................................................39
2.4.8 VELOCIDADE DOS VENTOS............................................................................................40
2.4.9 RUÍDO AMBIENTAL........................................................................................................40
2.4.10 Aspectos Organizacionais............................................................................................41
2.4.11 DISPÊNDIO ENERGÉTICO.............................................................................................49
2.4.12 PSICOSSOCIAIS E COGNITIVOS.....................................................................................51
2.4.13 TEMPERATURA EFETIVA (Conforto Térmico)...............................................................51
3. Referências técnicas legais.....................................................................................................54
4. Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP).................................................................................55
5. Análise Ergonômica do Trabalho............................................................................................55
5.1. Análise da Demanda........................................................................................................55
5.2. Análise Global da Empresa..............................................................................................55
5.2.1 História da instituição................................................................................................55
5.2.2 Serviços prestados.....................................................................................................55
5.2.3 Infraestrutura e Geografia.........................................................................................56
5.2.4 Características da Unidade........................................................................................56
5.2.5. Análise da população dos trabalhadores..................................................................56
5.2.6 Análise do Absenteísmo............................................................................................59
5.2.7 Análise de queixas e cansaço físico dos colaboradores.............................................59
6. Bibliografia.............................................................................................................................60
7. Análise dos Riscos Ergonômicos.............................................................................................61
8. RESULTADO DAS AVALIAÇÕES ERGONÔMICAS - AEP E AET...................................................64
9. Instrumentos.........................................................................................................................565
10.Recomendações Técnicas ....................................................................................................567
11.Plano de Ação.......................................................................................................................569
11.1 Implantação de melhorias (RIM).......................................................................................569
12. Dossiê técnico......................................................................................................................571
13.Encerramento.......................................................................................................................576
14.Validade................................................................................................................................577
3
15. Disposições Finais................................................................................................................577
4
2. Método de Análise
5
conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho”. Para tal, “a
organização deve realizar a avaliação ergonômica preliminar (AEP) das
situações de trabalho que, em decorrência da natureza e conteúdo das
atividades requeridas, demandam adaptação às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de subsidiar a implementação das
medidas de prevenção e adequações necessárias previstas nesta NR”. Além
disso, “a organização deve realizar Análise Ergonômica do Trabalho (AET) da
situação de trabalho, segundo as situações descritas no item 17.3.2.
6
perigos, o qual deve ser realizado (a) antes do início do funcionamento do
estabelecimento ou novas instalações; (b) para as atividades existentes; e (c)
nas mudanças e introdução de novos processos ou atividades de trabalho.
Quando na fase de levantamento preliminar de perigos o risco não
puder ser evitado, a organização deve implementar o processo de identificação
de perigos e avaliação de riscos ocupacionais. A critério da organização, a
etapa de levantamento preliminar de perigos pode estar contemplada na etapa
de identificação de perigos.
Em seguida, após a identificação da presença ou ausência do perigo,
foi feita a (a) descrição dos perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde; (b)
identificação das fontes ou circunstâncias; e (c) indicação do grupo de
trabalhadores sujeitos aos riscos.
A identificação dos perigos ergonômicos foi realizada através de uma
análise observacional das atividades, das demandas das situações de trabalho
orientada por um ckecklist criado com base nos 5 itens citados pela NR17 para
caracterizar as “condições de trabalho”, que incluem aspectos relacionados à
organização do trabalho, ao levantamento, transporte e descarga de materiais,
ao mobiliário, às máquinas e equipamentos e às condições ambientais do
posto de trabalho.
7
riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação; e (f)
critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.
Devem ser transpostas para o IRO as informações provenientes nos
itens 3.1 (AEP), 3.2 (Diagnóstico Ergonômico), 3.3 (Avaliação e Classificação
dos Riscos Ergonômicos), além das ações do plano de ação.
O inventário de riscos ocupacionais deve ser mantido atualizado de
forma a representar fidedignamente a situação da empresa.
9
Quando for observada causa relacionada às condições de
trabalho na análise de acidentes (citada no item 1.5.5.5.2), tendo
como resultado algum processo judicial ou não. A organização
deve realizar a análise de acidentes e de doenças relacionadas
ao trabalho, para encontrar as causas e agir preventivamente e
corretivamente, para que não ocorram novos acidentes. Quando
essa análise estiver relacionada com as condições de trabalho,
uma AET deverá ser realizada: justifique
Quando for observada causa relacionada às condições de
trabalho na análise das doenças relacionadas ao trabalho
(citada no item 1.5.5.5.2), tendo como resultado algum processo
judicial ou não. A organização deve realizar a análise de
doenças relacionadas ao trabalho, para encontrar as causas e
agir preventivamente e corretivamente, para que não ocorram
agravamentos ou novos adoecimentos. Quando essa análise
estiver relacionada com as condições de trabalho, uma AET
deverá ser realizada: justifique
Quando o resultado de uma fiscalização do Auditor Fiscal do
Trabalho (AFT) identificar inconsistências no PGR, pode dar o
start no processo da necessidade de realização da AET.
Quando houver situações que geram perda de produtividade,
erro do produto e reclamações dos clientes da organização, de
forma considerável.
10
e às questões sociais e legais que explicam a necessidade de um estudo
ergonômico. É importante citar os gatilhos que nos trouxeram até aqui,
bem como os principais achados da AEP.
2) Análise do funcionamento da organização, dos processos, das
situações de trabalho e da atividade: Nessa segunda fase iremos unir as
fases do Manual chamadas de “Análise Global da Empresa”, “Análise da
População de Trabalhadores” e “Definição das situações de trabalho a
serem estudadas”. Na Análise Global da Empresa são coletadas
informações sobre o funcionamento da organização, seus processos de
trabalho, tais como informações históricas, gerais e específicas da
empresa, do seu mercado de negócio, sobre seus produtos, organização
da produção, setores e cargos e outras características que auxiliam a
nortear as demandas de ergonomia na realizada da empresa. Em
seguida, procura-se entender melhor sobre a população de trabalhadores,
coletando informações sobre os funcionários que compõe o quadro da
empresa, em relação a suas características sócio demográfica,
epidemiológicas, pessoais e coletivas. Com base nessas informações
coletadas até aqui, o Ergonomista deve definir as situações de trabalho a
serem estudadas. É comum que em uma análise ergonômica dezenas de
demandas apareçam, mas é indispensável que o profissional da
Ergonomia foque nas situações mais graves ou que atinjam um número
maior de pessoas, a fim de tornar a ação mais eficiente.
11
4) Estabelecimento de diagnóstico: Agora o Ergonomista deve
estabelecer o diagnóstico ou diagnósticos. Partindo das situações
analisadas em detalhe, é possível formular um diagnóstico local, que
permitirá o melhor conhecimento da situação de trabalho. São criados
diagnósticos locais e globais para cada constrangimento. Dentro da fase
de diagnóstico, o Ergonomista deve avaliar o Risco Ergonômico.
12
• Antropometria.
• Postura.
• Biomecânico
• Exigência Biomecânica no Disco Intervertebral (L5S1).
• DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
• Dissincronismo.
Organizacionais
• Impacto Ambiental
• Lay Out
• Métodos
• Mobiliários
• Normas de Procedimentos
• Gerenciamento de Risco
• Treinamento
2.4.1 Antropometria
São os fatores determinantes para adequação do Posto de Trabalho ao
Profissional, levando-se em consideração a morfologia e o biótipo do indivíduo,
bem como as tarefas inerentes ao Posto de Trabalho.
Criticidade Mínima (1): Os fatores antropométricos são plenamente atendidos.
Criticidade Média (2): Os fatores antropométricos traduzem risco moderado de
acidentes e/ou doenças ocupacionais para os profissionais.
13
Criticidade Máxima (3): Os fatores antropométricos traduzem risco de
acidentes e/ou doenças ocupacionais.
2.4.2 Postura
Leva em conta, basicamente o posicionamento adotado pelo profissional,
durante o cumprimento da jornada de trabalho e no desenvolvimento das
tarefas rotineiras ou esporádicas.
Criticidade Mínima (1): Trabalhos onde haja a possibilidade de alternância de
postura.
Criticidade Média (2): Trabalhar predominantemente em uma postura avaliar
tempo.
Criticidade Máxima (3): Trabalhar predominantemente sentado, trabalhar
predominantemente sentado e sem a possibilidade de alternância de postura
ou trabalhar predominantemente em pé parado e com tempo elevado de
angulações posturais inadequadas.
A partir da postura sentada é realizado a aplicação do método Rosa para
avalição das posturas mais tomadas pelos trabalhadores nos terminais de
computadores em escritórios O método ROSA (Rapid Office Strain
Assessment) é uma dessas ferramentas, sendo um checklist baseado em
diagrama que auxilia ergonomistas a quantificar rapidamente os fatores de
risco específicos do trabalho com computador através da postura e
equipamentos no local de trabalho avaliado (LIEBREGTS, SONNE, J.R.
POTVIN, 2016). As principais características das posturas são apresentadas no
quadro a seguir. Logo após, são apresentados os resultados da aplicação da
ferramenta.
Os fatores de risco incorporados na ferramenta são organizados em várias
subseções como cadeira, monitor e telefone, e mouse e teclado. Estas
subseções enfatizam os fatores de risco de cada componente do local de
trabalho de escritório para estabelecimento de scores de risco. As pontuações
verificadas em cada subseção são então combinadas para alcançar uma
pontuação final ROSA, que funciona como indicativo do risco global de
desconforto musculoesquelético dentro da organização. (SONNE et al, 2012).
14
Imagem- Modelo de Aplicação Rosa
2.4.3 Biomecânico
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de
Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos
Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos
setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros
(universidades, laboratórios e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são
elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de
que alguns dos elementos deste documento podem ser objetos de direito de
patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de
quaisquer direitos de patentes. Ressalta-se que Normas Brasileiras pode ser
objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os Órgãos
responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
15
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de
entrada em vigor.
16
A aplicação da ferramenta requer uma habilidade ergonômica específica
porque ela é principalmente baseada na observação do operador, sua
percepção das limitações e no diálogo entre o especialista e o operador, e a
avaliação final é baseada grandemente no conhecimento e experiência dos
especialistas.
Método Rula
Um dos métodos da análise biomecânica de atividades pesadas de maior
utilidade é a ferramenta RULA é um aplicativo de rápido de análise do risco
musculoesquelético dos membros superiores. Possuem dois blocos de análise,
o primeiro analisa os segmentos do ombro, cotovelo e punho, o segundo os
segmentos da cervical, tronco e membros inferiores, cada bloco possui uma
tabela correspondente. Avalia quanto angulação de movimentos, postura de
trabalho, tipo de contração e carga manuseada, cada análise feita é obtido um
valor correspondente que lançado em sua tabela, e feito o cruzamento dos
dados em cada tabela de cada bloco, obtendo assim um score parcial
representando cada bloco, (bloco de membros superiores e bloco da coluna
vertebral e membros inferiores), esses score parcial de cada bloco é lançado
em uma terceira tabela, e no cruzamento desses scores parciais é obtido o
score final. O score final corresponde a uma interpretação correspondente ao
risco musculoesquelético dos membros superiores.
Os resultados são obtidos em níveis:
17
Baseia-se na identificação dos principais factores que reconhecidamente
contribuem para o aparecimento das lesões dos membros superiores
(LOHUMS – Lesão Ocupacional por Hiper-Utilização dos Membros Superiores).
Factores Externos:
N.º de movimentos;
Trabalho muscular estático;
Força;
Postura determinada pelo equipamento e mobiliário.
18
Criticidade Máxima (3): Torque na articulação maior que 80% do torque
máximo voluntário. Estima-se, que mais de 60% dos profissionais expostos,
terão problemas ao trabalharem nestas condições. Em casos de fatores
influenciados pela diferença de sexo, estima-se que mais de 50% dos homens
e mais de 75% das mulheres, terão possibilidade de vir a apresentar
problemas. (Ferramenta RULA pontuação final igual á 7).
Pressupõe-se que somente pessoas fisicamente superdotadas poderão
realizar aquela tarefa com pouca probabilidade de problemas.
O cálculo
20
1. < ou igual a 3,0 –> trabalho seguro;
2. 3,0 a 5,0 –> duvidoso, questionável;
3. 5,0 – 7,0 –> risco de lesão da extremidade distal do membro superior;
4. > 7,0 –> Alto risco de lesão; tão mais alto quanto maior o número
observado.
21
da carga sobre o disco por um período de várias horas resulta em uma
diminuição ainda maior da sua hidratação. Por esta razão, uma pessoa normal
sofre uma redução de altura de aproximadamente 1 cm durante o curso de um
dia. Uma vez que a pressão sobre os discos seja aliviada, eles rapidamente
absorvem água e aumentam seus volumes e alturas. Os astronautas
experimentam um aumento temporário do comprimento da coluna de
aproximadamente 5 cm enquanto estão fora da influência da gravidade.
Pelo fato de o disco intervertebral ser uma estrutura avascular, ele deve contar
com determinados mecanismos para a manutenção de seu estado nutricional.
Alterações intermitentes na postura e na posição do corpo alteram a pressão
interna do disco, causando uma ação de bombeamento dentro dele. O influxo e
o e fluxo de água transportam nutrientes para dentro e remove produtos
metabólicos, basicamente desempenhando a mesma função do sistema
circulatório em relação às estruturas vascularizadas do corpo. A manutenção
do corpo em uma posição estática por certo período de tempo diminui esta
ação de bombeamento e afeta negativamente a integridade do disco
intervertebral.
22
duas pessoas. Segurar, empurrar e puxar objetos serão tratadas em outras
partes da ISO 11228.
Esta Parte da ABNT NBR ISO 11228 é baseada em um dia de trabalho de 8 h.
Ela não diz respeito às análises de tarefas combinadas em um turno de
trabalho. Usar a ferramenta Niosh.
Levam em conta todos os esforços a que o profissional está submetido no dia a
dia que podem de certa forma comprometer a integridade física da coluna
vertebral, para medir o grau de risco na coluna vertebral foi usado o método
NIOSH, sendo proposto o Limite de Peso Recomendado (L.P. R) e o Índice de
Levantamento (I.L). O limite de peso recomendado significa o peso que deve
ser manipulado nas características ergonômicas e organizacionais,
organizacionais e do modo operatório da atividade analisada. O IL e o score
final da ferramenta NIOSH.
Assim estipula-se que se o I.L for menor que 1 a chance de lesão será mínima
e o trabalhador estará em condição segura. Se o valor for entre 1 e 2 aumenta-
se o risco de lesão, e se o valor for maior que 2 o trabalhador não pode
carregar está carga.
Conceito
As doenças do trabalho atingem cada vez mais um número maior de pessoas,
o que representa uma ameaça para o trabalhador.
O termo DORT significa Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. É
de origem ocupacional provocado pelo uso inadequado e excessivo dos
músculos e tendões por rápidos movimentos repetitivos e de força. Atingem,
principalmente, os membros superiores embora possam afetar o ser humano
como um todo.
23
Principais locais acometidos são coluna cervical, ombros, punhos; antebraços e
coluna lombar.
Existem inúmeras causas ocupacionais que levam à DORT. Dentre elas estão
as atividades profissionais que exigem repetitividade de movimentos e o
esforço físico empregado, e aquelas que constituem a base multifatorial das
DORT que são as questões relacionadas com o nível de satisfação no local de
trabalho associadas a fatores emocionais, tensão, o estresse psicológico, o
estilo de vida e fatores ergonômicos desfavoráveis. A possibilidade de o
profissional desenvolver ou não DORT está ligada a fatores diversos que
incluem o tipo de trabalho que sua função exige seus hábitos, suas condições
físicas e, até mesmo, o seu local de trabalho. Esforços conjuntos,
desenvolvidos de comum acordo entre o profissional e os demais membros de
sua equipe e da empresa, incluindo pessoas com maior poder de decisão,
certamente poderão contribuir, de forma eficaz, para a redução dos riscos
potenciais ou reais, causadores de DORT.
As Causas Fundamentais:
Também conhecida como LTC (Lesões por Traumas Cumulativos), ou
Síndrome da Sobrecarga, a DORT é uma afecção multicausal, decorrente de
uma série de fatores presentes no ambiente de trabalho, que se somam e se
combinam para produzir os danos lentamente, como uma doença silenciosa,
resultando em lesões que acometem tendões, bainhas sinoviais, músculos,
nervos, fáscias, ligamentos e ocorrem principalmente, nos membros
superiores, região escapular e pescoço, sendo ocasionadas pela utilização
biomecanicamente incorreta destes, resultando em dor, fadiga, queda do
desempenho no trabalho e incapacidade temporária. No início, são geralmente
pouco graves e totalmente reversíveis, se tratadas de imediato. Conforme o
caso pode evoluir para uma Síndrome dolorosa crônica, nesta fase agravada
por fatores psíquicos (inerentes ou não ao trabalho) que podem reduzir o limiar
de sensibilidade em relação à dor de cada indivíduo.
Várias categorias de profissionais podem ser atingidas pelas DORT: usuários
de terminais de vídeo, processadores de dados, bancários, datilógrafos,
profissionais de escritório, operários em fábricas de autopeças, operários de
linha de montagem, operários da indústria microeletrônica, operários em
24
fábricas de pequenos manufaturados, profissionais em telecomunicações,
profissionais na preparação de alimentos (Couto, 1991. Assunção, 1992).
Estas ocupações têm, geralmente, em comum a repetitividade de
movimentos estereotipados e o esforço físico, com contribuições relativas
variadas (pouca repetitividade/pouco esforço físico, alta repetitividade/pouco
esforço físico. Pouca repetitividade/muito esforço físico, alta
repetitividade/muito esforço físico), cujos efeitos não apenas se somam como
parecem ser sinérgicos ou se potencializam mutuamente (Ayoub, 1990. Couto,
1991 e Stock,1991).
Em muitos ramos da produção, em vez de automatizar as tarefas insalubres,
automatizam-se aquelas que garantem a qualidade do produto, deixando-se os
esforços repetitivos para as mãos humanas.
Assim, é comum o relato de retirar rebarbas em 10 (dez) mil peças por hora,
colocar 5 (cinco) mil “chicotes” num dado painel elétrico numa jornada, prensar
2(duas) mil peças, digitar l5(quinze) mil toques/hora, operar 200 (duzentas)
lâminas por minuto no laboratório, fixar 4(quatro) metros quadrados de
pastilhas, realizar banhos de estanho em 20 (vinte) mil peças/hora, picar
20(vinte) quilos de carne durante uma jornada e 8 (oito) horas, e assim por
diante. À exigência de produtividade soma-se um ambiente de trabalho
barulhento, pouco iluminado e ventilado, onde os profissionais operam em
bancadas altas ou muito baixas, sentados em cadeiras fixas, às vezes sem
encosto ou até em bancos improvisados. Realizam a mesma tarefa
continuamente, oito horas por dia, seis dias por semana, onze meses por ano,
trinta e cinco anos de suas vidas, sem perspectivas de ascensão profissional e
com o padrão de vida já conhecido dos brasileiros.
Essa situação, complexa e injusta, determina as DORTs. Isolar um aspecto
enquanto causa, é afastar-se da possibilidade de compreender o número de
casos, deixando de intervir, aqui e agora, no sentido de melhorar as condições
de saúde e de trabalho.
25
São as seguintes, as dimensões para o projeto e implantação de um posto de
trabalho, com terminais de computadores, no qual, a postura mais relaxada,
(tronco voltado para trás) é a mais comum:
1. Fatores Geradores:
1.1. Força excessiva com as mãos.
1.2. Posicionamento incorreto;
1.3. Compressão Mecânica
1.4. Repetitividade de um mesmo padrão de movimentos.
2. Fatores Contributivos:
2.1. Características físicas do usuário.
2.2. Perfil Psicológico.
2.3. Tensão excessiva.
2.4. Desprazer no Trabalho.
2.5. Diferenças hormonais.
2.6. O estresse, a monotonia e a tensão.
26
Medidas de Controle:
A adoção das medidas a seguir, sistematicamente aplicadas, reduz ou
eliminam consistentemente a probabilidade de ocorrência de DORT:
O Local de Trabalho:
• Tão importante quanto às ferramentas e equipamentos de proteção
adequados ao desenvolvimento das atividades laborais do posto de trabalho, o
local (micro e macro ambiente) deverá ser projetado de acordo com as
características e o tipo de trabalho que cada um desempenha.
• Posicionamento básico do profissional, o nível da mesa ou bancada e a
disposição dos utensílios sobre esta contribuem sobremaneira para reduzir a
possibilidade de ocorrência de DORT.
Ferramentas:
• Ferramentas, como furadeiras elétricas, ajudam a minimizar os movimentos
repetitivos.
• Uso de cabos acolchoados nas ferramentas e/ou de luvas especiais anti-
vibração, reduzem a possibilidade de lesões nas mãos.
• As ferramentas, de preferência, devem possuir boa empunhadura.
• Dedo indicador e o polegar devem se sobrepor quando da empunhadura de
uma ferramenta portátil como o alicate por exemplo.
• Uso de duas mãos reduz sensivelmente os esforços nos membros superiores.
• No caso de uso de luvas, estas devem estar perfeitamente ajustadas.
27
O Bom Condicionamento Físico do Profissional:
Mesmo que o profissional e o seu empregador levem em consideração práticas
ergonômicas na empresa, talvez o seu trabalho exija uma força maior e uma
melhor condição física. Manter a boa forma física e saber aproveitar os
eventuais intervalos para um exercício de respiração e de relaxamento é
inegavelmente uma boa maneira de se minimizar riscos e evitar problemas.
• Exercícios Aeróbios:
Apenas 20 minutos de exercício aeróbio praticado três vezes por semana, pode
ajudar o profissional a obter mais vigor física, aumentando a resistência no
trabalho e afastá-lo dos riscos da DORT.
No entanto, antes do início do exercício físico, o médico particular ou da
empresa, deve ser consultado.
• Pequenos Intervalos:
O profissional deve aproveitar os pequenos intervalos que eventualmente
possam surgir durante o período de trabalho para um breve alongamento,
mudança de postura, uma boa respirada etc., como forma de aumentar a
circulação sanguínea, aliviar as tensões e melhorar seus reflexos. Enfim, deve
ser instituído um treinamento direcionado a todos os níveis hierárquicos, que
inclua o conceito de DORT, seu quadro clínico, etiopatogenia, complicações e
implicações, bem como as medidas de prevenção.
Esforço Estático:
Onde o músculo se mantém durante período prolongado no estado de
contração (semelhante à contração isométrica tetânica).
Esforço Dinâmico:
Com encurtamento e relaxamento rítmico dos músculos.
Qualquer esforço é realizado sempre por um grupo de músculos. Entre estes,
alguns servem para fixar as articulações e o tronco (postura), executando um
28
esforço estático, e outros movimentam as extremidades, realizando um esforço
dinâmico. Com exceção dos músculos do tronco, a maioria dos músculos
esqueléticos se insere perto das articulações, isto é, na parte mais curta da
alavanca formada pelo osso. Consequentemente, a sua função é de executar
movimentos rápidos com carga moderada.
29
Criticidade Mínima (1): Inexistem fatores geradores da DORT.
Criticidade Média (2): Há risco moderado, alto ou altíssimo de DORT, porém
são adotadas medidas de controle, conforme abaixo.
• Risco moderado (repetitividade de forma contínua), no entanto há um
revezamento diário ou pausas de 5 minutos a cada hora.
• Alto risco (repetitividade, força acima de 6 Kgf. ou postura inadequada), no
entanto há rodízio de uma em uma hora com outra tarefa (isenta dos fatores
geradores de DORT) ou pausa de 10 minutos a cada hora.
• Altíssimo risco (repetitividade, força acima de 6 Kgf. e postura inadequada),
no entanto ninguém realiza a tarefa mais de 2 horas por dia ou há pausa de 15
minutos a cada hora.
Criticidade Máxima (3): Há risco moderado (repetitividade de forma
contínua), alto (repetitividade, força acima de 6 Kgf ou postura inadequada) ou
altíssimo (repetitividade, força acima de 6 Kgf e postura inadequada).
Usar como padrão a ISO 11226 avaliando o trabalho estático, observando
a alternância entre ciclos curtos, médios e longos da postura e suas
angulações, autonomia suficiente, operações monótonas e tempo de
contração e recuperação avaliados abrangendo os segmentos do tronco,
pescoço, ombro, antebraço, mãos, punho e pernas.
2.4.5 Dissincronismo
O estudo analítico da Ergonomia pressupõe que o homem, do ponto de vista
fisiológico, está preparado para trabalhar durante o dia (Circadiano = acerca
do dia) e usufruir da vida social e descanso à noite.
No entanto, a grande maioria das empresas, opera em regime de turno e/ou
exige que parte de seus colaboradores trabalhem, esporádica ou
continuamente, em regime de hora extra, nos feriados, finais de semana etc.,
alterando significativamente os hábitos e costumes do homem, afastando-o do
convívio com seus familiares e amigos, interrompendo as pausas para o
necessário descanso, gerando, por conseguinte o estresse ocupacional, dando
origem ao dissincronismo entre os ritmos social e circadiano.
O sono pode ser afetado pelo trabalho em turnos. A pesquisa tem demonstrado
que o sistema de rodízio rápido (2X2X2) leva a menos alterações de sono do
30
que o sistema clássico, de rodízio semanal. Isto parece ocorrer por
consequência de menores acúmulos de débitos de sono, já que, após duas
noites de trabalho, o indivíduo tem dois dias de folga e pode dormir à noite
normalmente. No entanto, mesmo entre esses indivíduos, é notada alteração
do sono, particularmente após a primeira noite de trabalho.
Os resultados aparentemente contraditórios das diversas pesquisas quanto à
incidência de doenças entre profissionais noturnos têm contribuído para o
desenvolvimento da hipótese de que, o que se passa seria um processo de
seleção natural. Poder-se-ia colocar os indivíduos nas seguintes categorias em
relação à aceitação do trabalho noturno:
• Um certo número de pessoas (calculadas em 20%) não se adapta, de forma
alguma, ao trabalho noturno (seleção negativa). Apresentam rapidamente uma
série de sinais e sintomas e são afastados do trabalho noturno de uma forma
ou de outra (por um afastamento médico ou por demissão).
• Um número maior de pessoas continua trabalhando. Têm algum grau de
intolerância ao trabalho noturno, mas continuam em atividade. A não existência
de sintomatologia grave os leva a não se afastar do trabalho, mas no seu dia-a-
dia apresentam cansaço, mesmo após um período de sono, irritabilidade
psíquica, períodos de depressão, perda geral da vitalidade e má disposição
para o trabalho. Podem aparecer distúrbios intestinais (gastrite, úlcera) e
transtornos nervosos. Alguns podem caminhar para a primeira categoria,
quando então irão se afastar do trabalho.
• Um grande contingente não chega a desenvolver úlcera, gastrite ou distúrbios
intestinais, mas seu “modus vivendi” com a situação inclui algum tipo de reforço
para o organismo, como, por exemplo, o uso de estimulantes à noite
(principalmente café e cigarro) e de pílulas para não dormir, ou de álcool.
• Um pequeno número de indivíduos tolera, efetivamente, trabalhar à noite,
sem necessitar de drogas auxiliares e sem desenvolver úlcera, gastrite,
distúrbios nervosos ou outros quaisquer (seleção positiva).
O turno da noite, não é adequado para a realização de trabalho que envolva
concentração mental, com possibilidade de erros importantes.
O trabalho no turno da noite deve ser evitado quando envolver direção de
veículos automotores. O trabalho no turno da noite em operações monótonas
31
ou repetitivas que não motivam o indivíduo a exercer sua criatividade e nem lhe
dá alguma autoridade sobre o trabalho, induz ao sono e a erros frequentes.
O trabalho noturno em operações executadas na postura exclusivamente
sentada induz ao sono, e com isso a erros frequentes.
A alimentação suplementar, dada durante a noite a pessoas que realizam
trabalhos sedentário, pode contribuir para a obesidade.
O turno da noite costuma ser o que mais produz e neste período, o número de
acidentes do trabalho é igual ou menor que aquele registrado no período
diurno.
32
• O sistema de revezamento deve ser o melhor possível, evitando-se ao
máximo a fadiga por dissincronismo entre o ritmo circadiano do indivíduo e seu
ritmo social e de trabalho.
• Os horários de início e final de turnos devem ser os mais adequados, no
sentido de permitir que o profissional que está saindo do turno da noite possa
iniciar seu sono durante um período de menor barulho, evitando-se, no entanto,
a interrupção precoce do sono dos profissionais do turno da manhã (devem ser
evitados os inícios de turnos às 04h00 ou 05:00h).
• Deve haver um sistema de substituição previsto, de tal forma que o
funcionário que trabalhou à noite, não faça horas extras e nem dobre turnos.
• Quando o trabalho envolver a condução de veículos automotores (ônibus
noturno, por exemplo), dever haver um local de repouso obrigatório, com
características térmicas, acústicas e de iluminação adequadas, a fim de que o
condutor possa dormir o melhor possível.
• A suplementação alimentar durante a noite deve ser balanceada, com
refeições quentes, e considerando a carga de trabalho físico das pessoas, no
sentido de evitar que o lanche noturno contribua para a obesidade.
33
Criticidade Máxima (3): Trabalhos com rodízio semanal sem folgas nos finais
de semana, sistema em que se tenha que trabalhar durante a noite e voltar a
trabalhar antes de um período de 16 horas após o final da jornada, trabalhos
sem folga ou com número de folgas legais (acordo coletivo) em prejuízo.
34
• Ausência de ofuscamento (quando de luz excessiva).
Iluminação Artificial:
A prática da iluminação artificial dos locais de trabalho é bastante difundida,
porém frequentemente mal aplicada. A iluminação artificial pode ser geral ou
suplementar. A geral tem a luz fornecida por fontes instaladas a certa altura
próxima do teto a suplementar por meio de foco localizado próximo ao
profissional. A geral se classifica segundo a distribuição de luz acima ou abaixo
da luminária em 5 tipos:
1. Direto: onde a totalidade ou quase a totalidade (90%) da luz se distribui para
baixo e apenas 10% para cima.
2. Semi-Direto: quando o aparelho é semelhante ao anterior, mas translúcido,
distribuindo de 60% a 90% para baixo e de 40% a 10% para cima.
3. Misto: quando a distribuição é mais ou menos uniforme para cima e para
baixo, exemplo dos globos.
4. Semi-indireto: é um sistema inverso do semi-direto proporcionando uma
maior distribuição da luz para cima.
5. Indireto: pode ser totalmente dirigido para cima, distribuindo 100% da luz
para cima ou então, deixando passar 10% da luz para baixo, com parte do
aparelho translúcido.
Sob o ponto de vista econômico, o sistema direto de iluminação é o menos
dispendioso, sendo o indireto o mais caro, visto que a luz no plano de trabalho
é obtida por reflexão no teto, onde sempre há absorção, devendo o teto ser
dotado de cores claras, renovadas com a mesma frequência do aparelho de
iluminação.
Do ponto de vista de Higiene Industrial, o melhor sistema é o indireto, que
possibilita uma excelente distribuição e difusão da luz.
Iluminação Natural:
A iluminação natural é a iluminação solar. Sob o ponto de vista científico, em
vista da sua grande variabilidade, a iluminação natural oferece grandes
dificuldades de estudo. As variações astronômicas, as condições
meteorológicas, as alterações da poluição atmosférica, a disposição dos
35
edifícios vizinhos, a disposição das dependências, das aberturas etc.,
constituem um conjunto de fatores que no mais das vezes escapam a qualquer
controle.
A luz que se recomenda é a direta da abóboda celeste por ser a mais difusa,
aproveitada através de aberturas iluminantes que devem obedecer a uma série
de requisitos, tais como posição, orientação, altura da padieira (parte mais alta
da janela), altura da própria abertura iluminante e transferência e consequente
transmissibilidade de planos limitantes, clarabóias, dos lanternins e dos
telhados dente-de-serra.
Do ponto de vista prático, a orientação das janelas e outras aberturas
iluminantes devem variar com a latitude. No Brasil, tomando por base a latitude
de 25º, cujo paralelo passa a altura de Cananéia, é de se recomendar uma
orientação SE ao Sul e uma orientação NE ao Norte do referido paralelo, que
corresponde situar as aberturas iluminantes do Sul nas áreas mais aquecidas
do edifício, e no Norte nas áreas menos aquecidas.
As áreas de iluminância natural devem ter as seguintes características:
• a área das aberturas iluminantes deve ser de 1/5 da área total do piso.
• as janelas instaladas só de um lado de uma dependência devem ter uma área
de 1/2 da largura da sala.
• janelas em paredes opostas terá área de 1/3 da largura da sala.
36
ACUIDADE VISUAL ESPECÍFICA
O primeiro conceito importante quanto à visão do profissional e sua relação
com as exigências visuais específicas das tarefas de seu posto de trabalho é
que ambas podem ser dissociadas em diversos componentes. Assim, a
capacidade visual humana total pode ser separada em:
• Acuidade visual específica para perto.
• Acuidade visual específica para longe.
• Visão de profundidade (ou visão de relevo ou estropia).
• Visão de Cores.
Também a exigência visual da tarefa pode ser de diversos tipos:
• Tarefas que exigem boa acuidade visual para perto de forma constante
- Enxergar detalhes próximos aos olhos (distancia menor que 50 cm).
• Tarefas que exigem boa acuidade visual para perto de forma intermitente - O
indivíduo alterna períodos com alto empenho para perto com períodos em que
este empenho é desnecessário.
• Tarefas que exigem boa acuidade visual para longe - O profissional tem que
distinguir objetos situados além de 5 metros de seus olhos.
• Tarefas que exigem boa visão de profundidade, coexistindo com a boa
acuidade visual para longe ou para perto - É o caso dos operadores de
equipamentos móveis como Ponte Rolante por exemplo.
• Tarefas em que são suficientes apenas uma acuidade visual grosseira -
Ajudantes em geral, carregadores, pessoal de limpeza.
• Tarefas em que é desnecessária a acuidade visual - São as tarefas
compatíveis com a cegueira total, como advocacia, controle de qualidade
37
através do tato, programação de computadores, massagista, músico, locutor,
recepcionista, telefonista, e alguns trabalhos nas linhas de montagem.
Visão de Profundidade:
Existem 3 mecanismos pelos quais o indivíduo tem a percepção da distância
dos diferentes objetos aos seus olhos: tamanho relativo, paralaxe e
estereopsia.
No tamanho Relativo: O cérebro automaticamente interpreta as distâncias a
partir do tamanho com que ele percebe o objeto. Assim, como o cérebro já se
acostumou que um determinado veículo possuiu um determinado tamanho,
quando este tamanho é visto como menor do que o previsto, a interpretação
será de que aquele veículo está a uma distância maior do indivíduo.
Na paralaxe: A comparação é feita a partir do grau de movimentação dos
objetos situados a diferentes distâncias dos olhos. Quando olhamos através da
janela de um veículo em movimento, percebemos que os objetos próximos se
movem lentamente.
38
A estereopsia: É a visão de profundidade possível graças à correspondência
no local de formação da imagem nas duas retinas. Quando a imagem é
formada em uma retina, esta capta apenas parte da imagem, não conseguindo
captar detalhes inacessíveis ao olho naquele ponto de vista. É limitada à
distância de 60 (sessenta) metros, porque a partir daí não há diferença
significativa no local da retina onde são formadas as imagens.
A pesquisa e Análise do Posto de Trabalho devem mostrar as seguintes
situações:
• O profissional tem que discernir a forma de objetos situados ao longe, tem
que ter uma visão de profundidade adequada e uma boa acuidade para objetos
que estejam próximos, como por exemplo, o Operador de Ponte Rolante, que
leva a carga a uma grande distância da cabine de controle ou da botoeira
(mesmo que por controle remoto).
• O profissional não precisa ter bom discernimento para objetos situados ao
longe, porém precisa ter visão para perto boa e distinguir bem as cores. Por
exemplo, o Operador de Laboratório Químico.
39
Criticidade Mínima (1): Umidade Relativa acima de 35% e até 65%.
Criticidade Máxima (2): Umidade Relativa abaixo de 35%.
40
• Na água, a propagação do som nos líquidos e sólidos, é mais elevada.
Criticidade Mínima (1) - Quando o NPS for menor que 65 dB(A).
Criticidade Máxima (3): Quando o NPS for maior que 65 dB(A).
FATORES ORGANIZACIONAIS:
41
entre o homem e suas necessidades de espaço para executar suas atividades.
Toda atividade de trabalho está inserida numa dada área, num dado espaço. O
ambiente físico do trabalho pode favorecer ou dificultar a execução do mesmo.
Seus componentes podem ser fonte de insatisfação, desconforto, sofrimento e
patologias ou proporcionar a sensação de conforto.
Tecnologia: Envolve os métodos e processos de trabalho tanto na produção,
como na manutenção e administração, visando contribuir para ampliar a
produtividade e melhorar a qualidade. Atua como modificadora do contexto e
tempos utilizados nas tarefas e leva a alterações de movimentos e esforço
mental dispendidos pelo trabalhador, ocupante do posto de trabalho. A
tecnologia deverá ser direcionada de forma a evitar contradições de qualidade,
pois o trabalhador, no anseio de atingir determinada meta de produção, poderá
criar formas inadequadas de alcançar os objetivos propostos pela empresa,
comprometendo a qualidade do produto.
Ambiência: Diz respeito ao ambiente, ao meio em que se trabalha,
necessitando ser concebido e mantido de maneira que as condições físicas,
químicas e biológicas não tenham influência nociva sobre o homem,
preservando sua saúde e capacidade para o trabalho. As condições ambientais
de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. A abordagem
ambiental sob a ótica da ergonomia é centrada no ser humano e abrange tanto
o critério de saúde quanto os critérios de conforto e de desempenho. As
avaliações, quando necessárias, não dissociam o trabalhador do ambiente.
Segurança: Engloba desde a segurança do trabalho até a própria sensação
psíquica gerada pela empresa (tranquilidade, paz de espírito etc.). Ao priorizar
metas de produção elevadas, a empresa coloca em risco à segurança do
trabalhador, pois o mesmo passará a deixar de cumprir normas de segurança
para conseguir atingir metas de produção. Assim sendo, respeitar a segurança
do trabalhador é uma necessidade inquestionável para a prevenção de
acidentes.
Relações: Aqui estão embutidos inúmeros tipos. As que podem surgir em
decorrência do processo produtivo tais como: sistema homem-máquina,
comunicações, sociabilidade (interpessoal e com a sociedade).
42
Economia: O momento econômico em que se encontra a empresa pode
determinar uma série de situações de trabalho. Gerando pressões e
modificando todos os itens anteriores
ORGANIZAR É:
Dispor adequadamente os diferentes elementos (recursos e ações) que
compõem (ou que vierem a compor) a empresa, a fim de que, facilitando a
coordenação dos mesmos, possa ela atingir seus objetivos externos.
Quando se fala em dispor adequadamente os recursos, queremos dizer:
• Em termos de Recursos Humanos: organização do pessoal;
• Em termos de Recursos Materiais:
Prédio e instalações;
Móveis e utensílios;
Equipamentos;
Materiais de consumo;
Insumos;
Produto final etc.
O ARRANJO FÍSICO
O arranjo físico (Plant Lay Out) é um item de transcendental importância no
projeto de uma empresa, principalmente nos aspectos Ergonômicos.
O arranjo físico não é tão somente uma disposição racional das máquinas, que
assegure o funcionamento de uma linha de usinagem, sem retrocessos e com
mínimas distâncias. É também o estudo das condições Ergonômicas de
trabalho (agentes físicos, agentes químicos, agentes biológicos, aspectos
organizacionais administrativos, etc...).
O arranjo físico:
• procura uma combinação ótima das instalações industriais que concorrem
para a produção, dentro de um espaço disponível, sejam elas existentes ou em
fase de planejamento;
• procura harmonizar e integrar equipamento, mão-de-obra, material, áreas de
movimentação, estocagem, administração, mão de obra. Indireta, enfim, todos
os itens que compõem a atividade empresarial, industrial, comercial, de
serviços etc.;
43
• do ponto de vista humano, o Gerenciamento dos Riscos é o fator mais
importante no que se refere às condições ambientais, estéticas e de fluxo e
movimentação de materiais;
• é essencialmente dinâmico.
O TREINAMENTO
O Programa de Treinamento eficaz, de qualquer empresa, independente de
sua atividade fim, deve prever a inclusão da Segurança, Higiene, Saúde,
Ergonomia e Meio Ambiente, nos diversos cursos de formação e reciclagem
profissional.
Dentro deste contexto, o(s) profissional (is) das áreas de Segurança, Saúde,
Ergonomia e Meio Ambiente, será(ão) o(s) coordenador(es), cuja principal
missão será a de influenciar, de sensibilizar, de aconselhar e de motivar a linha
hierárquica e o pessoal de execução a assumir de forma autônoma suas
responsabilidades neste domínio.
44
O treinamento é um elemento chave para o progresso da segurança e
atividades afins e deve fazer objeto de um programa que será gerido como
toda outra atividade importante.
Cabe ao setor de Treinamento da empresa:
• Analisar as necessidades em formação;
• Determinar as prioridades; · Escolher os temas;
• Elaborar o programa; · Planejar as atividades:
• Analisar, avaliar e adaptar o programa;
• Implantar o programa e difundir as informações relativas ao mesmo;
• Auditar o andamento do programa.
Para tal, este setor garantirá:
• Os recursos necessários;
• Instrutores com domínio sobre os temas a serem conduzidos;
• A prática dos ensinamentos teóricos difundidos;
• A formação adequada e oportuna da Supervisão;
• A formação adequada e oportuna de todo o pessoal de execução;
• A formação e/ou reciclagem do pessoal técnico da área de Segurança;
• A reedição e a atualização do programa de treinamento;
• Os registros e o controle formal do aprendizado.
45
departamentos, dos direitos e deveres e especificamente do desempenho
funcional objeto da contratação.
Em resumo, os seguintes princípios devem ser seguidos:
• O novo empregado deve ser assistido e orientado por um empregado
experiente e/ou pelo seu supervisor imediato, oferecendo-Ihe todas as
respostas para as questões surgidas e acompanhando-o de perto durante todo
o período de indução;
• A orientação deve começar pelas informações mais relevantes e imediatas
para só depois passar às normas mais gerais da companhia;
• Deve-se dar tempo suficiente para que o novo empregado "coloque seus pés
no chão” e realmente se adapte ao serviço, antes de se exigir demasiadamente
dele;
• Os princípios básicos e genéricos de Higiene, Segurança, Ergonomia e Saúde
Ocupacional, devem fazer parte integrante de todo o processo de integração.
46
3. Mudar a atitude dos empregados, com várias finalidades, entre as quais criar
um clima satisfatório entre empregados, aumentar-lhes a motivação e torná-los
mais receptivos às técnicas de supervisão e gerência.
NORMAS DE PROCEDIMENTO
Norma de procedimento é o termo genérico utilizado para designar um conjunto
de PADROES a serem seguidos, abrangendo os vários setores da
administração, ciência e tecnologia. É um conjunto metódico e preciso de
condições e/ou imposições a serem satisfeitas com o objetivo de uniformizar as
ações e reações dos trabalhadores em todos os níveis hierárquicos envolvidos.
Deve do ponto de vista Ergonômico, englobar as seguintes informações:
• Especificação: para materiais, produtos finais, intermediários, compras,
reformas etc.;
• Método: para construção, testes, ensaios etc.;
• Procedimentos: para realização das várias tarefas pertinentes a um
determinado posto de trabalho.
As Normas de Procedimentos, requisitos principais para a adequação do
processo à melhor tecnologia possível, suportam e se constituem na base de
qualquer programa de qualidade.
As perdas de eficiência de algumas decisões importantes ocorrem por se
diluírem ao longo do tempo, através de processos deficientes de comunicação,
treinamento e padronização de atitudes, o que leva às outras perdas (tempo,
material, comercial, econômico/financeira, humana, imagem, etc..). A maioria
dos acidentes graves ocorreu devido às falhas organizacionais/administrativas
notadamente causadas pela falta ou deficiência de um sistema formal de
normas de procedimentos necessárias ao bom e seguro desempenho do
trabalho; e o que pior, devido a estas mesmas deficiências, os riscos potenciais
continuaram e vieram a causar na mesma empresa outros acidentes similares,
com as mesmas consequências graves. Da mesma forma, se enquadram as
doenças e lesões originárias das falhas de ordem ergonômica.
47
• Elaborar e implantar o manual/regulamento de qualidade e segurança no
trabalho;
• Elaborar e implantar procedimentos operacionais voltados às diversas tarefas
realizadas;
• Elaborar especificações para projetos, compras, reformas, contratações de
mão de obra externa etc.;
• Revisar sistemas existentes, adequando-os à atualidade;
• Criar e divulgar o conjunto de normas de segurança e qualidade, específicas
da organização, com base em leis, normas técnicas, códigos etc.
Fadiga nervosa
O Sistema Nervoso central (SNC), especialmente o córtex, está relacionado
com a percepção e ação consciente, enquanto o sistema nervoso autônomo
(SNA), ou sistema neuro-vegetativo-hormonal, em íntimo contato funcional com
o SNC; controla e regula as funções vegetativas. Adaptando o organismo às
condições externas e garantindo um meio interno adequado à vida das células.
O Sistema Nervoso sustenta, dirige, controla e regula as atividades psíquicas,
mentais e físicas. O funcionamento se baseia em inúmeros circuitos entre
receptores, centros e efetores.
Dentre vários, destacamos alguns efeitos da fadiga nervosa, dita fadiga
psíquica:
• Diminuição da eficiência no trabalho, o indivíduo executa o trabalho mal,
gastando muito tempo e com pouca precisão.
• Desperdício de material e desperdício do tempo das máquinas como
consequência do trabalho mal feito.
• Aumento da incidência geral de doenças no profissional.
• Absenteísmo elevado, em consequência de sintomas de ansiedade, ou
depressão, ou doença orgânica.
• Aumento do número de acidentes do trabalho.
• Aumento da renovação de mão de obra (turnover).
Fatores de contexto:
48
Os fatores de contexto podem ser definidos como aqueles originados do
sistema em que o profissional vive, e sobre o qual muitas vezes a empresa não
pode fazer nada, ou pode fazer muito pouco:
• Baixo padrão de vida (problemas sócio-econômicos).
• Problemas de alimentação, habitação, vestuário, transporte.
• Assistência médica deficiente para si e para a família.
• Assistência social deficiente.
• Segregação social ou racial.
• Desajustamento pessoal e/ou familiar (problemas psicossociais).
Metabolismo
É o Processo pelo qual ocorre a formação, desenvolvimento e renovação das
estruturas celulares, bem como a produção de energia para trabalho mecânico
a partir de reações químicas exotérmicas.
Dispêndio Energético:
O dispêndio energético diário de um determinado cargo ou função pode ser
calculado a partir de uma análise minuciosa dos ciclos de trabalho, da duração,
dos períodos de repouso, e do consumo energético de cada uma das
atividades que compõem a função. A parte metodologicamente mais complexa
é a determinação do consumo energético de cada função.
A unidade de medida do metabolismo humana mais usada é quilocalorias por
minuto (Kcal/min). Assim, conhecendo-se o consumo de oxigênio por minuto,
podemos inferir o dispêndio energético, que será igual ao valor encontrado por
minuto multiplicado pela jornada de trabalho. Para esta determinação a
empresa, utiliza a determinação da Portaria 3214/78 – Anexo 3.
49
TABELA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
Criticidade Média (2): Atividade cujo consumo energético médio entre 175
Kcal/h e 440 Kcal/h. Dependendo da condição física do profissional, também
poderá ser executada de forma contínua.
Criticidade Máxima (3): Atividade cujo dispêndio energético seja 440 kcal/h,
ou mais exigindo maximização do sistema cardiovascular do profissional para a
adaptação à mesma.
50
2.4.12 PSICOSSOCIAIS E COGNITIVOS
51
Condução é a propriedade de um corpo transmitir energia calorífica a outro
com o qual esteja em contato. No caso do organismo humano, se a
temperatura da superfície do corpo for mais elevada do que a temperatura do
meio ambiente, o organismo cederá calor às moléculas do ar pelo fenômeno da
condução e ao contrário, se a temperatura do meio ambiente for mais elevada
que a do organismo, este receberá calor. Nas situações de sobrecarga térmica,
o organismo ganha calor pelas condições climáticas do ambiente e também
pelo trabalho físico que está sendo executado.
Radiação:
Em presença de fontes significativas de calor radiante, o corpo humano deixa
de perder, para ganhar calor por radiação, evidentemente sofrendo um
acréscimo na sobrecarga térmica. Para reduzir o calor radiante, a medida mais
eficiente é a utilização de barreiras que reflitam raios infravermelhos,
interpostas entre o profissional e a fonte de calor. Muito eficiente para esta
finalidade é o alumínio polido. Para casos em que existam a necessidade de
visão através da barreira, existem vidros especiais que refletem raios
infravermelhos, bem como filmes especiais que podem ser aplicados sobre
vidro comum, com a mesma finalidade.
Estas barreiras, periodicamente devem ser limpas e mantidas em perfeitas
condições de uso, pois caso contrário poderão vir a absorver a radiação
incidente, tornando-se fontes emissoras de calor radiante, reduzindo assim a
eficácia como medida de controle.
Evaporação:
Condições que favorecem a evaporação do suor, também auxiliam a
manutenção do equilíbrio térmico, aumentando a Máxima Capacidade
Evaporativa da pele no ambiente, observando-se que a limitação fisiológica
impõe o máximo de 1 l (um litro) de suor por hora de trabalho, ao que
corresponde uma perda por evaporação de 600 kcal/h. As condições
ambientais podem ser modificadas, favorecendo-se o fenômeno da
evaporação, através das seguintes medidas:
Redução da Umidade do Ar:
Nos casos de fontes localizadas de vapor d’água, é recomendável a utilização
de ventilação local exaustora.
Aumento na Movimentação do Ar:
52
Deve ser estudado o limite, acima do qual a velocidade do ar não mais auxilia a
evaporação e em casos de temperaturas elevadas, a utilidade ou não deste
aumento. O aumento da velocidade do ar, favorece a evaporação, aumentando
a capacidade evaporativa da pele e nos casos de temperaturas elevadas
(acima de 35 ºC), aumenta também a quantidade de calor ganho por
convecção elevando assim o Ereq (quantidade de calor que o organismo
necessita dissipar por evaporação, que É a soma dos fatores M (calor
produzido pelo metabolismo interno), C (calor trocado entre o organismo e o
ambiente por condução/convecção) e R ( calor trocado entre o organismo e o
ambiente por radiação infravermelha).
Temperatura Efetiva corresponde à percepção do ser humano. Ela é resultante
de 3 fatores: temperatura propriamente dita (ou Tbs – temperatura de
termômetro de bulbo seco), temperatura de termômetro de bulbo úmido (Tbn),
que se considera a umidade relativa do ar e a ventilação do ambiente.
A NR 17 estabelece para conforto térmico, temperatura Efetiva (Tef) entre 18ºC
e 25ºC. Sua quantificação é dada através do ábaco abaixo representado.
53
Criticidade Média (2): Quando o resultado da Temperatura Efetiva for menor
que 18ºC ou maior que 25ºC.
54
5. Análise Ergonômica do Trabalho.
55
5.2.2 Serviços prestados
Figura Área
56
5.2.5. Análise da população dos trabalhadores
Funções
N° Setor Função Pag.
01 Agencia Transfusional Biomédico 65
02 Agencia Transfusional Técnico De Laboratório 70
03 Almoxarifado Assistente Administrativo I 75
04 Almoxarifado Assistente Administrativo III 80
05 Ambulatório (Boxe) Enfermeiro 85
06 Ambulatório (Boxe) Técnico de Enfermagem 90
07 Arquivo Executor Administrativo 95
08 Arquivo Supervisor do SAME 100
09 Auditoria Assistente Administrativo II 105
10 Auditoria Executor Administrativo 110
11 Auditoria Técnico de Enfermagem 115
12 Centro Cirúrgico Coordenador de Enfermagem 120
13 Centro Cirúrgico Enfermeiro 125
14 Centro Cirúrgico Executor Administrativo 130
15 Centro Cirúrgico Instrumentador Cirúrgico 135
16 Centro Cirúrgico Supervisor de Enfermagem 140
17 Centro Cirúrgico Técnico de enfermagem 145
18 Centro Cirúrgico Técnico de Gesso 150
19 Clinica Medica Coordenador de Enfermagem 155
20 Clinica Medica Enfermeiro 160
21 Clinica Medica Executor Administrativo 165
22 Clinica Medica Técnico de enfermagem 170
23 Clínica Ortopédica Enfermeiro 175
24 Clínica Ortopédica Técnico de Enfermagem 180
25 Clínica Ortopédica Executor Administrativo 185
26 CME Enfermeiro 190
27 CME Técnico de Enfermagem 195
28 Diretoria Auxiliar Administrativo 200
29 Diretoria Assistente Administrativo II 205
30 Diretoria Diretor Geral 210
31 Diretoria Diretor(A) Assistencial 215
32 Diretoria Executor Administrativo 220
33 Diretoria Gerente De Sup. E Patrimônio 225
34 Diretoria Superintendente Op. E Adm. 230
57
35 Diretoria Sup. De Serv. Contratados E Log 235
36 Diretoria Supervisor Administrativo 240
37 Estática Executor Administrativo 245
38 Farmácia Auxiliar de Farmácia 250
39 Farmácia Coordenador de Farmácia 255
40 Farmácia Farmacêutico 260
41 Faturamento Chefe de ser. De faturamento 265
42 Faturamento Executor Administrativo 270
43 Fisioterapia Coordenador de Fisioterapia 275
44 Fisioterapia Fisioterapeuta 280
45 Fisioterapia Fisioterapeuta 285
46 Fonoaudiologia Fonoaudiólogo 290
47 Laboratório Aux. De Coleta 295
48 Laboratório Biomédico 300
49 Laboratório Supervisor 305
50 Laboratório Técnico De Laboratório 310
51 Manutenção Auxiliar De Manutenção 315
52 Manutenção Jardineiro 320
53 Manutenção Técnico Em Manutenção 325
54 Manutenção Supervisor De Manutenção 330
55 Maqueiro Maqueira 335
56 Medicina Cirurgião Dentista Buco Maxilo 340
57 Núcleo De Seg. Paciente Supervisor Núcleo 345
58 NIR Técnico Auxiliar De Regulação 350
59 NIR Coordenador De Nir 355
60 Nutrição Clinica Coordenador Nutricionista 360
61 Nutrição Clinica Nutricionista 365
62 Patrimônio Assistente Ad3ministrativo I 370
63 Pronto Socorro Enfermeiro 375
64 Pronto Socorro Técnico De Enfermagem 380
65 Psicologia Coordenador 385
66 Psicologia Psicólogo 390
67 Qualidade Assistente Administrativo I 395
68 Qualidade Coordenador 400
69 Radiologia Técnico De Radiologia 405
70 Recepção Coordenador(A) Assistencial 410
71 Recepção Coordenador De Atendimento 415
72 RH Assistente Administrativo 420
73 RH Chefe Do Setor 425
74 RH Coordenador De Rh 430
75 RH Executor Administrativo 435
76 SADT Executor Administrativo 440
77 SAU Assistente Administrativo 445
78 SCIH Assessor Do SCIH 450
79 SCIH Enfermeiro 455
80 SCIH Técnico De Enfermagem 460
81 Serviço Social Assistente Social 465
82 Serviço Social Supervisor 470
58
83 SESMT Eng. De Segurança 475
84 SESMT Médico Do Trabalho 480
85 SESMT Supervisor De SESMT 485
86 SESMT Técnico De SST 490
87 SHL Auxiliar De Serviços Gerais 495
88 Suprimentos Assistente Administrativo II 500
89 Suprimentos Supervisor(A) De Suprimentos 505
90 TI Executor Administrativo 510
91 Telefonia Telefonista 515
92 Terapia Ocupacional Terapeuta Ocupacional 520
93 Tomografia Técnico em tomografia 525
94 Transporte Motorista 530
95 Uti Adulto 1 Coordenador De Enfermagem 535
96 Uti Adulto 1 Enfermeiro 540
97 Uti Adulto 1 Executor Administrativo 545
98 Uti Adulto 1 Medico Clinico Geral 550
99 Uti Adulto 1 Técnico De Enfermagem 555
100 Uti Adulto 1 Fisioterapeuta 560
59
b) Você se sente fisicamente cansado?
60%
50%
40%
25%
0%
Sim Não
6. Bibliografia
ADAMS, JOHN CRAWFORD - Manual de Ortopedia, 8ª edição, Editora Artes Médicas, 1978.
COASTAL DO BRASIL LTDA – Ergonomia, 1995
COUTO, HUDSON DE ARAUJO – Fisiologia do Trabalho Aplicada, 1978.
COUTO, HUDSON DE ARAUJO – Ergonomia Aplicada ao Trabalho - Ergo Editora Ltda, 1995.
DANGELO, JOSÉ GERALDO & FATINI, CARLO AMÉRICO – Editora Livraria Atheneu, 1983.
60
FUNDACENTRO/MTb - Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho – 6 volumes
FUNDACENTRO – O Problema do Ruído Industrial e eu Controle – 1978
FUNDACENTRO – Manual Prático de Avaliação do Barulho Industrial - 1978
HALL, SUSAN J. – Biomecânica Básica, Editora Guanabara Koogan S/A, 1993.
IIDA, ITIRO – Ergonomia – Projeto e Produção, Editora Edgard Blücher Ltda., 1990.
JCF CONSULTORIA – Gerenciamento de Riscos na Indústria, 1994
LEHMKUHL, L. DON & SMITH, LAURA K. - Cinesiologia Clínica - Editora Manole Ltda, 1989.
MENDES, RENÉ – Patologia do Trabalho, Editora Atheneu, 1995.
O’ SULLIVAN, SUSAN B.. CULLEN, KAREN & SCHMITZ, THOMAS J. - Editora Manole Ltda,
1987.
PINI, MÁRIO CARVALHO – Fisiologia Esportiva, 2ª edição, Editora Guanabara Koogan S/A,
1983.
RASH, PHILIP J. & BURKE, ROGER K. - Cinesiologia e Anatomia Aplicada - Koogan S/A,
1977.
SOLVAY S.A – DCT - Prévention et Maîtrise des Risques d’accidents - 1992
VOLPI, SYLVIA – ERGONOMIA – Integração Consultoria e Treinamento – 1997
ANSI Z-88.2- Norma Americana sobre Proteção Respiratória - 1997
SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO – BS 8800
NBR-ISO
Criticidade
I. Para os riscos ergonômicos a criticidade será avaliada pela
frequência e intensidade do risco, levando em consideração fatores de
atenuação.
A frequência pode ser:
• Ocasional: acontecimento fortuito.
• Habitual: ocorrência presente durante um período pré-determinado,
ininterrupto ou não, com exposição menor que 50% da jornada de trabalho.
• Permanente: ocorrência rotineira e durante período maior que 50% da
jornada de trabalho.
II. Para intensidade do risco considerar:
61
Baixa:
• Postura de trabalho:
Trabalhar sentado com pouca alternância de postura;
Trabalhar predominantemente em pé com pouca alternância
de postura;
Com a atividade ou tarefa não requer de exigência músculo -
articular sobre coluna vertebral e membros;
• Levantamento de cargas:
Índice de levantamento abaixo de 1,0 (NIOSH);
• Exigência musculoesquelética sobre os membros superiores:
Flexão de ombros até o nível dos ombros, abaixo de 60 graus.
Movimento dinâmico de abdução entre 45 a 90 graus;
Movimento dentro da área de alcance máximo (menos de
1000 vezes por turno);
Cotovelos fletidos com sustentação de peso
ocasionalmente;
Trabalho em pronação;
Antebraços encostados em quinas vivas ocasionalmente;
Repetitividade do mesmo movimento de 1 a 3 mil vezes por
turno de mãos e dedos, com rodízio ou pausas; Ferramenta RULA
Resultado 4 e 5, Moore Garg entre 3 e 5.
Média:
• Postura de trabalho:
Trabalhar sentado durante muito tempo (mais que 6 horas
por dia);
Trabalhar de pé, com pouca movimentação (mais que 6
horas por dia);
Trabalho com flexão ou torção do tronco sem carga;
• Levantamento de cargas:
Índice de levantamento 1,0;
• Exigência musculoesquelética sobre os membros superiores:
Elevação acima do nível dos ombros, mais que 1000 vezes
por turno, ações técnicas rápidas; ou menos de 1000 vezes
62
por turno, porém ações técnicas difíceis.
Sustentação em abdução sem força;
Movimento dentro da área de alcance máximo (mais de
1000 vezes por turno);
Cotovelos fletidos com sustentação de pesos
frequentemente;
Movimento de pronação/supinação mais de 1000 por turno,
sem esforço. Ou com esforço, porém menos de 1000 vezes
por turno;
Contração estática em pronação ou supinação;
Antebraços tendo que trabalhar apoiados em quinas vivas;
Preensão palmar com força moderada;
Pinçamento de dedos de forma prolongada;
Repetição de 1 a 3 mil vezes por turno, com força ou
posturas incorretas, mesmo com rodízio e pausas; Ferramenta RULA
Resultado 5;6, Morre Garg entre 5 e7;
Alta:
• Postura de trabalho:
Trabalhar sentado, estático;
Trabalho em pé/parado;
Trabalhar sentado durante a maior parte da jornada, em
cadeira em más condições;
Trabalho com flexão ou torção do tronco com carga;
Trabalho deitado com os braços elevados;
Trabalho ou tarefa de cócoras com deslocamento;
Posicionamento estático de flexão de pescoço.
• Levantamento de cargas:
Índice de levantamento acima 1,0 (NIOSH);
• Exigência musculoesquelética sobre os membros superiores:
Elevação acima do nível dos ombros, mais de 1000 vezes
por turno e ações técnicas difíceis ou prolongadas;
Sustentação em abdução ou flexão com a aplicação de
força;
Movimento além da área de alcance máximo;
63
Movimento dentro da área de alcance exercendo força
elevada para se empurrar peças contra resistência,
causando impacto sobre os ombros e/ou cotovelos;
Cotovelos fletidos com sustentação de peso elevado e
esforço estático constante;
Movimento de pronação/supinação mais de 1000 vezes por
turno e com carga;
Preensão palmar com força excessiva;
Repetitividade do mesmo movimento mais de 6000 vezes
por turno de mãos e dedos;
Repetitividade do mesmo movimento mais 3000 vezes por
turno, exercendo força ou com postura inadequada de mãos
e dedos; Ferramenta RULA Resultado 7 Moore Garg. Maior que 7.
64
Os dados desta Avaliação estarão sempre à disposição dos trabalhadores
interessados ou seus representantes, CIPA e autoridades competentes.
As devidas avaliações ambientais estão registradas no PGR -PROGRAMA DE
GERENCIAMENTO DE RISCOS conforme preconizado pela nova NR-09,
documentos disponíveis junto à administração da empresa e que pode ser
acessado ao pedido de fiscais, auditores e representantes da justiça.
65