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Royalty

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Royalty (aportuguesado como róialti[1]) é


termo da língua inglesa derivado da
palavra "royal" originária de uma
convenção que trata "daquilo que
pertence ao Rei", embora entenda-se
relativo às coisas do rei, monarca ou
nobre inventor, que se encontre sob a
guarda desse conhecimento usado para
o bem do Estado, por ser de real
interesse deste e da Nação", podendo ser
usada também para se referir à realeza
ou nobreza. A tradução literal de royalty
para a língua portuguesa é "regalia".

"O pagamento da dízima" da produção, óleo sobre a madeira pintado em 1616/1617 por Pieter Bruegel, o Jovem

O plural do termo é royalties ou róialtis,


sendo ligado, como do original inglês ao
direito autoral, de conformidade com a
legislação vigente da Constituição
Federal Brasileira de 1946 que vigeu até
1988 (com os Atos Institucionais que se
anexaram a essa Constituição), e a Lei
número 9.610 de 19 de fevereiro de
1998, essa dentro da Constituição
Federal de 1988 e suas atualizações,
sendo destinado os róialtis às inúmeras
despesas necessárias ao
desenvolvimento de um negócio,
invenção, exploração, que com certeza
irá gerar renda, dos quais o governo e
principalmente o Estado (Nação), terá
seu devido imposto, sendo o róialti,
protegido dessa forma pelo Estado, pelo
Chefe de Estado, para não ser
delapidado por Piratas.

Na antiguidade, róialtis eram os valores


pagos por terceiros ao rei ou nobre,
como compensação pela extração de
recursos naturais existentes em suas
terras, como madeira, água, recursos
minerais ou outros recursos naturais,
incluindo, muitas vezes, a caça e pesca,
ou ainda, pelo uso de bens de
propriedade do rei, como pontes ou
moinhos.

Na atualidade, róialti é o termo utilizado


para designar a importância paga ao
detentor ou proprietário ou um território,
recurso natural, produto, marca, patente
de produto, processo de produção, ou
obra original, pelos direitos de
exploração, uso, distribuição ou
comercialização do referido produto ou
tecnologia. Os detentores ou
proprietários recebem porcentagens
geralmente prefixadas das vendas finais
ou dos lucros obtidos por aquele que
extrai o recurso natural, ou fabrica e
comercializa um produto ou tecnologia,
assim como o concurso de suas marcas
ou dos lucros obtidos com essas
operações [2]. O proprietário em questão
pode ser uma pessoa física, uma
empresa ou o próprio Estado.

Conceituação
No Brasil, existem diferentes tipos de
róialtis pagos ao governo ou à iniciativa
privada. Os royalties pagos ao governo,
por exemplo, são relativos à extração de
recursos naturais minerais, como
minérios metálicos ou fósseis, como
carvão mineral, petróleo e gás natural, ou
pelo uso de recursos naturais como a
água, em casos como represamento da
água em barragens hidrelétricas e
envasamento de água mineral. Cada tipo
de róialti, oriundo da exploração ou
extração de determinados recursos,
obedece a uma legislação específica,
que cobra porcentagens distintas do
valor final do produto extraído ou
utilizado, e distribui esta renda de formas
diferentes entre o Governo federal, os
estados e os municípios. Ainda não
existe um padrão unificado de cobrança
e distribuição de róialtis referentes às
atividades de extração e mineração no
país.
Também existem regimes específicos de
róialtis para patentes, que seguem o
padrão dos acordos assinados na
Organização Mundial do Comércio.
Marcas e tecnologias também estão
sujeitas a legislações específicas para o
pagamento de róialtis ao proprietário do
bem em questão. No caso de obras de
arte ou bens artísticos (músicas e letras
musicais, imagens, pinturas, esculturas,
roteiros de filmes ou peças teatrais), os
róialtis podem ser pagos tanto
diretamente ao artista autor da obra,
como à empresas que adquiriram o
direito de reprodução, distribuição e
comercialização do bem cultural.
No mercado de franquias, o conceito de
róialti é muito comum: é quando alguém
utiliza uma marca de produto ou rede de
lojas ou restaurantes, pagando róialtis ao
proprietário da marca.

No caso de tecnologias e patentes, por


exemplo, a empresa multinacional
estadunidense Monsanto cobra róialtis
dos agricultores que fazem uso das
sementes desenvolvidas pela empresa,
utilizando tecnologia transgênica para
que suas sementes sejam resistentes ao
herbicida Roundup, que é fabricado pela
mesma empresa [3].

No Brasil, o uso de recursos naturais não


exauríveis e de natureza pública, como o
uso do espectro eletromagnético por
empresas de comunicação,
telecomunicações ou radiodifusão, não é
objeto de cobrança de róialtis.

Róialtis do petróleo

No caso do petróleo e do gás, o róialti


trata-se da compensação financeira
paga ao proprietário da terra ou área em
que ocorre a extração ou mineração de
petróleo ou gás natural. Em muitos
países, apenas os governos são
proprietários dos recursos naturais do
subsolo, portanto apenas estes recebem
os róialtis, enquanto que, em outros
países, existe a possibilidade da
propriedade privada dos recursos
naturais encontrados no subsolo.

A maior parte dos países petrolíferos


cobram róialtis das empresas, nacionais
ou estrangeiras, que realizam a extração
de petróleo em seus territórios. Alguns
economistas, entretanto, defendem que
a renda dos róialtis nem sempre é
positiva para países exportadores de
petróleo que dependem em grande
medida da renda obtida com a atividade
petrolífera, pois o preço desta comódite
oscila muito no mercado internacional,
dificultando o planejamento e
organização dos gastos do Estado e
facilitando o endividamento do governo.
Geralmente, isto provocaria ainda, outros
"efeitos colaterais", como o fenômeno
que os economistas chamam de "mal
holandês", provocado pela
sobrevalorização do câmbio devido à
entrada excessiva de dólares na
economia do país exportador [4]. O "mal
holandês" teria, como principal resultado,
a dificuldade daquele país ou região de
se industrializar ou desenvolver
atividades produtivas não ligadas ao
setor petrolífero, o que é um problema
comum aos países da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo. Estes
problemas também podem afetar
cidades e regiões de um país,
dependendo do modelo de distribuição
de róialtis.[5]

Róialtis de petróleo e mineração

No Brasil, o petróleo pertence à União,


embora a Lei 9 478/1997 garanta que,
após extraído, passe a ser da empresa
que realiza a extração deste recurso
natural, mediante o pagamento dos
róialtis relativos ao produto extraído
pertencem ao governo do estado
produtor. No caso do Pré-sal, havendo ou
não petróleo, os róialtis futuros (ainda
não existentes), serão somados ao
preexistentes e rateado entre Governo
Federal e os estados e municípios,
ocorra ou não a extração de petróleo
localizado no subsolo das plataformas
mais avançadas nos domínios das águas
internacionais, reclamadas pela
Federação [6].

Atualmente, está em discussão a


mudança no sistema de distribuição dos
róialtis do petróleo no Brasil, com a
votação de uma nova lei ordinária para
regulamentar esta questão, conforme
previsto pela Constituição.

Ainda não existe uma legislação que


padronize os diferentes sistemas de
cobrança e distribuição dos róialtis
existentes no Brasil, para cada tipo de
recurso natural sob a posse do Estado.
No caso, a exploração dos demais
recursos minerais envolve o pagamento
de róialtis segundo a Lei de
Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais, CFEM
(Departamento Nacional de Produção
Mineral) - § 1º, art. 20 CF; art. 8º Lei nº
7.990/89.

Bibliografia
PIRES, Paulo Valois (2000). A Evolução
do monopólio estatal do petróleo. Ed.
Lumen Juris: Rio de Janeiro, RJ. 173 p.
POSTALI, Fernando A. S. (2001). Renda
mineral, divisão de riscos e benefícios
governamentais na exploração de
petróleo no Brasil. Dissertação de
Mestrado, BNDES: Rio de Janeiro, RJ.
119 p.
ERTHAL, João Marcello (2006). "Para
onde vão os royalties?", Revista Carta
Capital, v.12, n.378, p. 10-18, fevereiro
de 2006.
NOGUEIRA, Pablo. (2010) "Pobres
Cidades Ricas: Riqueza que não traz
felicidade", Revista UNESP Ciência,
Unesp, ano 1, n. 5, fevereiro de 2010.
PIQUET, Rosélia & SERRA, Rodrigo
(orgs.) Petróleo e região no Brasil: o
desafio da abundância. Ed. Garamond
Universitária: Rio de Janeiro, RJ. 2007.
NADAU, Rodrigo Pinto (org.) Petróleo e
região no Brasil nacional: o desafio da
abundância. Ed. Garamond
Universitária - Master Master: Rio de
Janeiro, RJ. 2010.

Referências
1. Barbosa, Denis Borges. Tributação
da Propriedade Intelectual:
Incentivos Fiscais à Inovação - Bases
da tributação do IRPJ (http://denisba
rbosa.addr.com/incentivosinovauerj.
pdf) . Universidade do Estado do Rio
de Janeiro, Curso de Especialização
em Propriedade Industrial, Abril de
2006.
2. Dicionário Digital Aurélio 5.0.40
3. Câmara dos Deputados. "Comissão
discute pagamento de royalties por
sementes transgênicas (http://www
2.camara.gov.br/agencia/noticias/A
GROPECUARIA/139861-COMISSAO-
DISCUTE-PAGAMENTO-DE-ROYALTIE
S-POR-SEMENTES-RANSGENICAS.h
tml) 14/09/2009, Brasília, DF".
4. NOGUEIRA, Pablo. (2010) "Pobres
Cidades Ricas: Riqueza que não traz
felicidade", Revista UNESP Ciência.
[1] (http://www.unesp.br/aci/revista/
ed05/pdf/UC_05_Royalties01.pdf) .
Unesp, ano 1, n. 5, fevereiro de 2010
5. PIQUET, Rosélia & SERRA, Rodrigo
(orgs.) Petróleo e região no Brasil: o
desafio da abundância. Ed.
Garamond Universitária: Rio de
Janeiro, RJ. 2007
6. Câmara dos Deputados. Seção
Royalties (http://www2.camara.gov.b
r/busca/?wicket:interface=:4:refinam
ento:navegadores:4:modificadores:0:
modificadorLink:1:ILinkListener::) ,
Governo do Brasil. Brasília, DF.

Ver também
Lei número 9.610 de 19 de Fevereiro
de 1998.
Constituição de 1946 - 1988 e Atos
Institucionais e legislação
complementar (sobre róialtis).
Direito tributário
Finanças públicas
Lista de tributos do Brasil
Propriedade intelectual
Propriedade industrial
Creative Commons

Ligações externas
Convenção de Berna (http://www.cultu
ra.gov.br/site/wp-content/uploads/200
8/02/cv_berna.pdf) - Convenção de
Berna relativa à protecção das obras
literárias e artísticas
- Direitos Autorais (https://web.archive.
org/web/20120302215432/http://ww
w.cultura.gov.br/site/categoria/politica
s/direitos-autorais-politicas/)
Lei nº 9.610 - "Lei dos Direitos
Autorais" (http://www.planalto.gov.br/c
civil_03/Leis/L9610.htm)

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