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Pintura e Esculptura
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RIO DE JANEIRO
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OF THE
ARCHANOLAND ETHNOLOGY .
PEABODY MUSEUM
BiblisHBBABitionals de
Rio de Janeiro.
Received
Dec. 5. 1904.
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ARTE BRASILEIRA
PINTURA E ESCULPTURA
Ris Janeiro
, Beb . hat.
ARTE BRASILEIRA
PINTURA E ESCULPTURA
RIO DE JANEIRO
IMPRENSA A VAPOR H. LOMBAERTS & C.
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1888
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A
MINHA FAMILIA
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CAUSAS
1 Obr. cit.
PINTURA E ESCULPTURA 9
II
III
amores eram publicos . Como Luiz XIV, como Luiz xv, teve
uma Sra . de Montespant, uma Sra. de Pompadour, citada e
conhecida por todos . A sua nobreza, os seus famulos far
dados, os seus intimos serviçaes ouviam missas diariamente,
entoavam terços , acompanhavam procissões e fortaleciam a
beatice matando negros, á vergalhadas Pelas ruas da capital
andavam os escravos arrastando grilhões, occupados em ser
viços domesticos, jornaleiando ; ou em bando, iam para o
pelourinho da Prainha ser açoitados . Nas fazendas , os des
graçados soffriam a pratica de um regimem de terror, porque
o fazendeiro temendo a rebeldia do negro, a reacção da besta,
trazia- os enfreiados , e como que tolhidos de toda e qualquer
acção intellectual , por um systema de deshumana disciplina .
Inventou para esse fim os mais perfeitos instrumentos de mar
tyrio os troncos, as gargalheiras , as escadas , os bacalháos
cortantes, os sinêtes encandescentes, as thesouras para cortar
labios e orelhas , os anginhos, e collares de ferro . De mais
quando o delicto era gravissimo , amarravam os negros e os
mettiam vivos no amago das fornalhas ardentes dos engenhos .
E para amansal- os, para bestialisal - os , para materialisal- os ,
lhes não dava descanso : obrigava - os a uma fadiga constante,
dia por dia, até a morte. De manhã, ás tres da madrugada,
ao pintar da aurora, a negralhada partia para o eito . Fazia
o serviço á vista dos feitores armados de vergalhos, silen
ciosos , á retaguarda de cada uma das turmas . Do corpo
cahia-lhe o suor em bagas, porém o braço devia ser incan
savel, e o aço das enxadas reluzia no ar, de momento a
momento, sem interrupção . Quando a enxada fugia- lhe das
mãos, quando o pulso enfraquecia pela tenacidade do traba
lho, o vergalho zig- zagava no espaço, estalava, lanhando -lhe
24 A ARTE BRASILEIRA
IV
II
>
Francisco Moreau, (fallecido em 56) discipulo do barão de
Gros, em 1842 concluia uma téla de regulares dimensões -
229 A Sagração de S. M. D. Pedro 11 66 (Sala do docel, no
Paço) . As figuras de tres bispos no primeiro plano são bem.
desenhadas, mas a do imperador que de joelhos recebe a
corôa , e as figuras do fundo não seduzem pelo relevo,
nem pela verdade, nem pela harmonia do agrupamento . O
colorido do primeiro plano é riquissimo . Os damascos e
bordados das capas ecclesiasticas e o manto imperial estão
pintados com uma tonalidade rica e calorosa . A habilidade
de Francisco Moreau não passa dos segredos da pa
lheta . O seu "" David triumphante " (43) tem
uma escala
de tons os mais scintillantes : o azul, o nacar, o ama
rello e o verde realçam-se na téla e são os mais lindos
possiveis.
Apezar d'esta exuberancia de coloração as figuras são im
perfeitamente desenhadas .
"" O braço direito de David é horrivel de desenho e em todo
o ante-braço ha uma perfeita confusão de musculos ; o
thorax e o ventre estão errados ; o cubito, no braço esquerdo,
está situado de tal maneira que, se a figura se animasse, não
seria capaz de por o braço em supinação . Em geral pouco se
encontra n'esta producção que annuncie, fóra de uma grande
pratica, as qualidades accessorias a um pintor historico ;
nenhum conhecimento das physionomias hebraicas , nada de
temperamento de homens do Oriente ; um capacete romano,
uma clamyde grega, uma funda fechada e com tirantes e
cabellos a moderna " (Porto-Alegre. Exp . de 43) . No anno
seguinte um outro quadro historico accusa o genio orgulhoso
e absoluto do artista .
Arte Brasileira 5
66 A ARTE BRASILEIRA
III T
IV
Pedro Americo ( 1)
II
III
IV
VI
VII
Belmiro de Almeida
trabalhou com interesse para concluir uma téla que lhe d'esse
maior merecimento Este quadro elle acaba de pintar. E' um
episodio domestico, uma rusga entre conguges . O marido, um
rapaz de fortuna, chega em companhia da esposa á bonita
habitação em que viviam até aquelle dia como dois anjos .
Tudo em redor demonstra que aquelle interior é presidido
por um fino espirito fiminino, educado e honesto . Ella, o
encanto d'esse interior á brci-abarc, depõe o toucado de
palha sobre um môcho coberto por um bello panno de
seda e entra em explicações com o esposo . E elle, muito a
seu commodo em um fauteuil de estofo sulferino , soprando o
fumo do seu colorado havana, responde-lhe palavra por pa
lavra ás explicações pedidas . Ha um momento em que ella
excede-se, diz uma phrase leviana ; elle reprova , ella retroca,
elle repelle ; então ella não se póde conter, é subjugada por
um accesso de ira, atira-se ao chão , debruça - se ao divan para
abafar entre os braços o impeto do soluço . E'este o mo
mento que o artista escolheu . Da esposa, debruçada sobre o
divan, vê-se apenas o perfil, mas ouve-se-lhe os soluços que
fazem estremecer o seu corpo.
Debaixo do seu vestido foulard amarello percebe - se o col
lete, o volume das saias, os artificios exteriores que a mulher
emprega para dar harmonia á linha do corpo . Na fimbria do
vestido a ponta do sapatinho de pellica ingleza ficou esque
cido, sobre o tapete do assoalho, como se propositalmente,
animado por estranho poder, tomasse aquella attitude para
comtemplar a rosa que cahiu do peito da moça e jaz no
chão, melancolia, desfolhada, quasi murcha, lembrando a
olorente alegria que se despegára do coração da feliz crea
tura n'aquelle tempestuoso momento de rusga . E o esposo ,
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VIIL
IX
OS MORTOS
Augusto Off
XI
Amadores
II
III
Parla, diavolo.
Miguel Angelo.
Buonarotti a scismar tinha curvado a fronte
Como um deos a engendrar no pensamento um mundo.
Onde achar a expressão d'aquelle olhar profundo
Que déra leis ao Povo e agua déra ao Monte ?
Onde o escopro divino ? Onde o marmore insonte ?
Onde a linha ? o contorno ? o movimento ? o fundo
Sulco de dôr que assombra ? E o gesto audaz, fecundo,
Que abrira a Humanidade intermino horizonte !
Arte Brasileira 15
226 A ARTE BRASILEIRA
IV
MONVOISIN
-obs. pre. á l'Académie des sciences, 1878, Charcot clin. psc.) já por
defeito organico (Laugel, obr. cit., Helmholtz, opt. phys.) já pela na
tureza do terreno e pelos phenomenos da luz.
Feita esta explicação, concluo dizendo que não é razão inatacavel
para considerar Henrique Bernardelli um mestre - o estudo de sete
annos.
Muitos artistas, cujos nomes poderia citar, mais tempo gastaram para
conseguir a admiração do mundo civilisado, e, ainda depois de con
quistarem a reputação de mestres, se lhes notam erros e defeitos.
INDICE
Pags.
CAUSAS I. 7
II . 13
III. · 19
IV. 24
MANIF I. 31
E
II . S.TAÇÃO 49
João Debret, N. Taunay, Henrique da Silva, Simplicio.
MOVIMENTO I 59
1830-40. Emilio Taunay, Cicarelli, Corrêa de Lima,
Barandier, Francisco Moreau, Luiz A. Moreau, Augusto
Muller, Buvelot, Luiz Stalone e Reis Carvalho.
II . • 71
Manoel de Araujo Porto-Alegre.
III. . 84
1844-50. Barros Cabral, Mendes Carvalho , Belisle,
M. Corte Real, M. Mafra, F. Souza Lobo, José da Rocha,
N. Bautz, Lasanha, Serpa , Freire, Crumholtz , Heaton,
Antonio Nery, Alves de Brito, Caetano Ribeiro .
IV. . 89
1850-60. - Grandjean Ferreira, Silva Manuel, Delfim
da Camara, Tirone, Rocha Fragoso, A. Souza Lobo,
Agostinho da Motta, Taglibue e Picozzi, Giuliani, A. Biard.
V · 97
1860-70. - N. Facchinetti , Arsenio da Silva, Nasci
mento, Vinet, E. De Martino, Perret, Mill, G. James .
254 INDICE
l'ags.
PROGRESSO I 105
Pedro Americo.
II . 140
Victor Meirelles.
III. 154
Almeida Junior e Rodolpho Amoedo.
IV. 163
Decio Villares , Aurelio de Figueiredo, Thomaz Driendl,
Augusto R. Duarte.
V • 169
Jorge Grimm, Treidler, Languerok, A. Parreiras , Ri
beiro, Castagneto .
VI . · • 178
Henrique Bernardelli, J. M. de Medeiros, Pedro Pinto
Peres.
VII . 187
Belmiro de Almeida.
VIII . 192
Firmino Monteiro e Zeferino da Costa.
IX . 198
Estevão da Silva, Pagani, A. do Valle , J. Ballá, E.
Rouède, S. Faria, Santóro, Cannizares, S. Novak, Caron,
e Vasquez, Paff, Angelo Agostini , A. Petit . Os esquecidos.
X. . 203
Os mortos. Augusto Off, Generoso Frate, Leoncio
Vieira, Huascar.
AMADORES XI . • 210
ESCULPTURA I. " 215
II . · 218
III. . . 222
IV . 232
CONCLUSÃO 239
NOTAS · 247
ERRATA
**
20
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A arte brasileira; pintura e esculp
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FA 950.450
Duque -Estrada
brasile
A arte ira
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