Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JESUÍTAS BRASIL
No princípio era a
ORGANIZADOR
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
GRUPO DE TRABALHO:
Miguel Martins, SJ
Raquel Beatriz Junqueira Guimarães
Paulo Moregola
Davi Caixeta, SJ
José Laércio de Lima, SJ
JESUÍTAS BRASIL
Copyright ©Jesuítas Brasil
CO O R D E N AÇ ÃO E D I TO R I A L, P R O J E TO G R Á F I CO E D I AG R A M AÇ ÃO
Comunicação da Província do Brasil
I LU S T R AÇ ÃO DA C A PA
Claudio Pastro
P E S Q U I S A I CO N O G R Á F I C A
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
(2022)
Todos os direitos desta edição reservados à
PR OV ÍNC I A DO S J E SU Í TAS D O BR A S IL
Rua Bambina, 115, Botafogo
Rio de Janeiro, RJ - Brasil
www.jesuitasbrasil.org.br
Tel.: (21) 3622-0236
Sumário
PRÓLOGO
INTRODUÇÃO
9
POEMAS DO PEREGRINO
319
prólogo
Benjamín González Buelta, SJ
5
A poesia nasce quando nos adentramos no mistério, e se esse mistério
é o abismo inesgotável do Amor de Deus, abre-se para nós um encontro
com Ele que não tem ponto final, nem no caminho percorrido dentro
de sua intimidade, nem na iluminação da nossa. O encontro com Deus
também não se esgota quando entramos em toda a extensão da história,
na surpreendente beleza e sabedoria da criação, nas criações fascinantes
dos povos e das culturas, ou nas relações com cada pessoa humana. Às
vezes podemos sentir que a única forma de nos expressarmos é o silêncio
surpreendido que continua a ressoar no coração e no corpo, e que de forma
alguma queremos arranhar com a limitação de nossa palavra. Pode ser que
esse silêncio mais tarde nos presenteie com alguma palavra ou imagem
inesperada e fecunda.
Às vezes ouvimos dizer que o nosso tempo não é propício a esse tipo
de experiência, por causa da velocidade e da estridência que assaltam os
nossos sentidos e marcam o ritmo dos nossos passos e das nossas decisões
6
mais ou menos colonizadas. Não conseguimos encontrar facilmente no
nosso itinerário espaços privilegiados que nos levem à calma e, por vezes,
só dedicamos tempo a um burburinho que se embaralha sozinho dentro de
nós com uma lógica que nos escapa.
7
sempre vivemos. Depois, o exercitante concentra-se em contemplar, com os
sentidos da imaginação, o Filho encarnado que nos surpreende com a sua
maneira de olhar o mundo. Com o seu olhar livre, o exercitante descobre por
onde passa o reino de Deus, e fala e age de uma nova maneira.
8
introdução
Alex Villas Boas
9
(cf. Examen, Capitulo 4 [“De algunas cosas que más conviene saber a los
que entran, de lo que han de observar en la Compañia”], n. 7 C [62]). E nesse
sentido a poesia é uma mediação, ou seja, fundamentalmente um meio de
ajudar as pessoas em duas coisas: a “fazer uma reflexão sobre si” e a provocar
“santos desejos” (cf. Cuarta Parte, Capítulo 8 [“Del instruir los scolares en los
médios de ayudar a sus próximos”], 4 D [407]; cf. ainda n. 45 [102]).
Tal relação entre o despertar de afetos e reflexão sobre si, mediada pela
linguagem constitutiva de uma lógica poética, como diria Giambatistta
Vico (1668 – 1744), perpassa toda a história do pensamento Ocidental e
Oriental na medida em que é a lógica própria dos textos sagrados e dos
mitos religiosos, entendidos aqui em seu melhor sentido, e a despeito de
sua não incomum desvalorização, sobretudo ao concorrer com modelos
mais abstratos e essencialistas no pensamento Ocidental. Essa tensão e
disputa entre poetas e filósofos ocorre já na Grécia Clássica, e é possível
encontrar o seu registro no livro X da República de Platão, herdeiro dessa
divergência que o antecede, mas que com ele ganha nova gravidade, ao
dissociar linguagem e pensamento. Entretanto, ao evocar os poetas, Platão
também atribui aos mesmos o ofício da teologia como “discurso divino”
(República 379a). Vale lembrar que a questão “do que é um deus” (tí theós)
já havia sido feita, quase um século antes do filósofo das ideias, com
Píndaro (522 a.C.-443 a.C., cf. Fragmento 140d). E, mesmo após Platão, várias
correntes do estoicismo entendiam que a leitura da poesia era também
10
um dos exercícios espirituais importantes para o cuidado de si, ao lado
da pesquisa e da reflexão filosófica, de modo que dos mitos se extraiam
princípios racionais, como afirmava o estóico Lucius Annaeus Cornutus,
que viveu em torno do ano 60 d.C., em sua obra que ficou conhecida
como Compêndio de Teologia Grega, atribuída a autores pré-cristãos, já
em um momento em que a presença do cristianismo se faz sentir muito
visivelmente.
11
que ofusca a dimensão estética do dogma, ou seja, a beleza de Deus. Se
a dogmática vai reforçando uma dinâmica de identidade que exclui sua
alteridade, especialmente em alguns grupos em que nomeadamente ao
lado dos hereges também se condena tudo o que não foi cristianizado,
sempre houve testemunhos de grande lucidez, como é o caso de São Basílio
de Cesareia em sua Carta aos jovens sobre a utilidade da literatura pagã.
12
Essa grande obra, escondida em um livrinho de Basílio, só foi traduzida no
Ocidente latino em 1405, por Leonardo Bruni, e foi de fundamental importância
para a consolidação de uma perspectiva de compatibilidade entre os clássicos
e o cristianismo, na emergência da Renascença. A partir daí é que Bruni foi
legitimado a prosseguir com as traduções latinas de Demóstenes, Plutarco,
Xenofonte, Platão e Aristóteles, sendo ele ao mesmo tempo membro de um
círculo de literatos que estudavam autores que inspiravam o renascentismo,
como Boccaccio, e, como chanceler, fora secretário pontifício de quatro
papados (Inocêncio III, Gregório XII, Alexandre V e João XXII).
13
Essa reflexão da concretude da vida, em que emergem experiências
doadoras de sentido, se fez presente na literatura de modo geral, e nos poetas
de modo específico, como um pensamento marcado pelo ato de imaginar,
incluindo nesse modo de pensar a representação de nossa ambiguidade, e
em meio a elas a emergência da esperança e o ensaio de novas realidades
a serem construídas, um antídoto à idealização da vida, que, como disse
Hölderlin, “poeticamente habita o humano sobre esta terra”, sendo a poesia
a testemunha por excelência da própria condição de possibilidade da
vida humana. Seguindo essa trilha aberta por Heidegger, é que o grande
teólogo jesuíta Karl Rahner lamentava o fato de que tão pouco se falou
sobre “tema tão elevado” na teologia do século XX, em seu escrito A palavra
poética e o Cristo (Das Wort der Dichtung und der Christ, p. 454). Rahner via
na poesia uma “escola de escuta” do Evangelho adequada à sua concepção
antropológica de ser humano como Ouvinte da Palavra. Essa palavra,
envolta em uma dinâmica poética, nasce silenciosamente como vontade de
sentido à espera da sua tradução em palavras que transubstanciem o desejo
em decisão em direção ao amor. A poesia, portanto, está a meio caminho
entre as potencialidades da vida [potentia] e suas concretizações [actus]. Por
isso, para o jesuíta alemão, o poeta tinha algo de sacerdote, assim como o
sacerdote deveria ter algo de poeta, sendo ambos mediadores do Mistério. A
poesia é uma escuta para o Evangelho porque a Palavra de Deus opera como
Palavra poética inspirada e que reinventa a vida. Se os Exercícios Espirituais
são entendidos por Rahner como “lógica de conhecimento existencial”,
é a lógica poética da contemplação das imagens igualmente poéticas do
Evangelho que dinamiza os afetos a entrarem na estrutura cristológica de
suas cenas, de onde emerge uma nova configuração da existência.
14
e que genialmente é adaptado e inaugurado no Brasil por São José de
Anchieta (1534 – 1597) para uma cultura radicalmente diferente de sua
origem europeia, e como instrumento de pacificação e de sensibilização
ética. O mesmo se pode dizer de seu confrade, Antonio Vieira (1608 – 1697),
chamado por Fernando Pessoa Imperador da Língua Portuguesa, em que
os Sermões vieirinos são cenificações que alteram profundamente o modo
de compreender a realidade. Tal ressignificação provocada pela cena
se dá devido ao fato de ela ser construída pela leitura literária como um
princípio de interiorização, um estilo que fora inaugurado por um brilhante
aluno de um colégio jesuíta na Espanha, chamado Miguel de Cervantes
(1547 – 1616), inspirado na antropologia literária da Autobiografia de
Santo Inácio de Loyola. Tal qual Inácio, o itinerário transforma o cavaleiro
Dom Quixote em peregrino, transmutando a visão de mundo a partir da
configuração autodirigida de um “novo eu”, em que a imaginação funciona
como uma visão interior de uma verdadeira ação teatral que mobiliza os
afetos. Do mesmo modo é que Gerard Manley Hopkins (1844 – 1889),
com seus Sonetos, cenifica as desolações da turbulenta modernidade no
mais concreto do cotidiano para lapidar com sua poesia a beleza bruta do
coração em que habita também a graça.
15
Essa relação entre mística e poesia é lapidar em Michel de Certeau, e é
constitutiva da análise da presença da religião na Modernidade, sendo o
labor poético um exercício de produção do paradoxo em que se possibilita
o impossível na linguagem, um estilo mais compatível ao indivíduo
contemporâneo indisposto aos discursos mais pornográficos do anúncio
da fé, como dizia o crítico literário mexicano Juan García Ponce. O que pode
ser entendido como pornografia verborrágica da pregação da fé, reside
na compreensão de que a linguagem pornográfica não mostra demais,
mas sim de menos, porque o explícito atinge apenas de modo epidérmico
o desejo, tal qual uma pregação eivada de moralismos que visam coagir
à conversão. Tal coerção pelo explícito é incapaz de expressar a secreta
dinâmica erótica que vai seduzindo cada vez mais o desejo para o todo da
existência, e ordenando-a para o que faz mais sentido.
16
quem a recebe. Ademais, para evocar Michel de Certeau, a poesia como
prática discursiva também está relacionada a uma prática social, que possui
duas funções: ética e crítica. A ética representa como prática social aquilo
que a poética representa como prática discursiva, a saber, a abertura de um
espaço que não necessita ser autorizado por uma autoridade ou pela ordem
estabelecida da realidade, uma semente de possibilidade nas fendas dos
muros da impossibilidade, e que cria pontes para a esperança. Tal enunciado
do aparentemente impossível se desdobra potencial e frutuosamente na
cultura não como fruto de mera contestação, mas como emergência do
impossível que habita o desejo, e inquietantemente brota como confissão
do inevitável, modelo alternativo de inteligibilidade advinda da lógica
poética dos místicos.
17
muito peculiar, evocando Agamben, há na poética cristã um traço de
antitragédia, de insistência em reverter o itinerário para a fatalidade em
ocasião de mudança de mentalidade para reorientar a busca, de si, de uma
comunidade, de um povo. E é nesse sentido que tanto a mística quanto a
poesia, além de sacramentar, expressam esse chamado de tentar dizer o
impossível de ser totalmente dito, sobretudo em épocas que vão sendo
caracterizadas pelos muros, visíveis e invisíveis, de divisão, de proibição
da transparência, de impedimento da palavra, de abismos para a ética.
Não raro, é nesse momento de muralhamento ético que a poética vem
em seu auxílio, como ponte que nos aproxima dos dias que ainda não
se realizaram, mas que já estão presentes nos mais nobres sonhos de
humanidade, fraternidade, justiça e de paz que habitam nossos desejos.
Místicos e poetas habitam as fendas ainda não abertas na história, mas já
domiciliadas no desejo.
18
A imagética poética dos poemas escritos e visuais que aqui se encontram
é fruto da grande obra escondida no livrinho dos Exercícios Espirituais de
Santo Inácio de Loyola, que se não é ser lido, por outro lado é uma escola
de poetas como atesta a história dos jesuítas. Tal qual o poeta, o exercitante
dos Exercícios tem diante de si o desafio de inscrever na vida o efeito da
inspiração advinda sobre a vida. Todos somos poetas, mas apenas alguns
de nós escrevem. Todos somos chamados a poeticamente habitar nossa
história e nela descobrir um sentido que oriente a construção de uma nova
história. Alguns fazem poesia no modo como vivem, como trabalham,
como educam os filhos, como ajudam os que mais sofrem e alguns outros
também escrevem poemas, e na medida em que escrevem ajudam a
grande poética da vida a apostar que a vida é capaz de sentido apesar de
seu absurdo. Os poetas que escrevem prestam o nobre serviço de fomentar
a fraternidade entre aqueles que vivem a poética de sua vida. E os Exercícios
Espirituais têm a nobre missão de ajudar a perceber que a vida é capaz de
poesia e, sendo, é capaz de beleza, de bondade, de empenho por nobres
ideias, de resistência pelo que é justo, é capaz de Amor, a que os cristãos
chamam Deus.
19
“Não é o muito saber que sacia
e satisfaz a alma, mas o sentir
e saborear as coisas internamente.”
(Anotação 2)
GASTAR A VIDA
Padre Luís Espinal, SJ
21
PRECE
Jerfferson Amorim, SJ
22
MEU CORAÇÃO TEM CASA
André Araújo, SJ
23
“ÉL, GRAN MISTERIO”
Germán Méndez, SJ
24
OBRA:
SILÊNCIO
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a lápis grafite sobre papel.
Arte sobre o curvar-se, abraçar, contorcer-se, sentir a própria dor.
De que sou acusado? Seu olhar pode ser só de julgamento
e você nunca ouviu minha narrativa.
25
O SILÊNCIO
Igor Cristiano Oliveira, SJ
O que há no silêncio?
Murmúrio de Deus
Sim, é Ele sussurrando em meus ouvidos,
Entrando em meus sentidos, ou melhor, possuindo meus sentidos.
O que há no silêncio?
O encontro com o absoluto,
A inquietude de uma alma sedenta,
Provocador dos desejos irrequietos.
O que há no silêncio?
O inexprimível
O poético
O harmônico.
O que há no silêncio?
Liturgia,
Deus se corporificando,
Revelando,
Dando-se a nós.
26
OBRA:
SAIR DO QUADRO, ENTRAR NA VIDA
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
27
“ESTOY SEDIENTO”
Germán Méndez, SJ (Província do México)
28
OBRA:
SILÊNCIO
Jobson Ramos, SJ
29
BUSCA
Pe. Jackson A. Carvalho, SJ
30
AL OCÉANO
Tomás Browne Urzúa, SJ (Chile)
31
SILÊNCIO
Jobson Ramos, SJ
Silêncio
Não queira me atrapalhar
Estou sendo criado em algum lugar
Você e eu
Você sou eu
Nós
Somos um
Estamos nus
A sós
Abra os olhos
Veja a luz
Seja luz.
32
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura acrílica sobre tela. A arte do relacionar-se, do cuidar-se,
toda dignidade, toda ternura. Por vezes o pranto, o silêncio...
33
RETIRO
Luis Espinal, SJ
34
SILÊNCIO
Cláudia Honorio (Leiga, colaboradora dos EE)
Preciso do silêncio
E se eu abrir a boca, minha alma vai rachar.
Preciso do silêncio,
Nele me encontro com o Cristo, com a vida plena.
Preciso do silêncio cúmplice,
No silêncio rezo, amo, choro, me alegro.
Preciso do silêncio
E quando meus lábios estão fechados, Deus reza em mim.
Meu coração cresce de todo lado, nele tudo cabe.
Preciso do silêncio
O silêncio é tenso,
Mas nele, a presença é plena, amor discreto, calmo e alegre.
O silêncio é palavra de vida, o abraço, o riso sem razões. É ele! É o Senhor!
O silêncio é palavra agradecida.
35
PRECE DO AMOR PEQUENO
João Júnior
Amo-te
com meu pequeno coração,
com os cacos de mim.
Com aquilo só que, às vezes,
resta da batalha perdida,
os despojos do existir.
Acolhe
com carinho sem pena
e corajosa esperança
meu pequeno amor
e o vaso frágil de minha ternura.
E busca reconhecer
na confusão desses pedaços
a inteireza que nunca fui
e o sonho do que eu seria
se tocado por teu amor.
36
OBRA:
MENDIGO NA ORAÇÃO
José Paulino Martins, SJ
37
CAMINHADA
Renata Sales (Leiga, colaboradora do OPA)
Aquietar-se
Olhar o céu e sorrir
Sentir a brisa
Esmorecer
Erguer o corpo caído
Sustentar o peito
Sofrido
Encontrar o consolo
Deitar nos braços
De então,
Ouvir os conselhos
Afinal, quem caminha
Sozinho, solitário
Não sabe onde anda
Tropeça
O caminho não é uma estrada reta
É vendaval
É dilúvio
Esperança e
Silêncio também
É um encontro
Esperado
Sentado ao lado de alguém.
38
AMOR LONGE
João Júnior
O difícil de amar
para além do alcance das mãos
ou dos lábios,
e de ter o coração assim derramado,
é que sempre se estará
um pouco só.
E que ela, porém e inevitavelmente,
estará sempre ao lado;
ela, a saudade,
lembrança terna da finitude.
39
SOLEDAD
Luis Espinal, SJ
40
OBRA:
TOQUE DIVINO
Jobson Ramos, SJ
DESCRIÇÃO:
A mão esquerda, cansada e sem vida, espera ansiosa por um toque divino.
A Mão direita, viva e forte, aguarda sem pressa a hora certa para se doar.
No encontro, a vida, há vida, transfusão de amor e cuidado.
Impressão de sabedoria e desejos. Toque que marca como tatuagem que jamais se
apaga. Toque que imprime digitais. Toque Divino. Toque humano.
41
FOME DE MIM
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
42
PRINCÍPIO E FUNDAMENTO
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Somos criados, criaturas. Somos fruto de um Amor infinito que nos desejou
e nos pensou para viver no amor, na reverência e no serviço. E tudo o que nos
circunda deve ajudar-nos a isso. Se não nos ajuda, deve ser descartado.
Viemos de Outro que nos desejou e criou a fim de que vivamos para os outros,
para fora de nós, buscando sempre para além de nós mesmos, de nosso eu,
buscando sempre e em qualquer situação, vida ou morte, alegria ou dor, aquilo
que mais nos leva ao encontro d´Aquele que nos criou e é a rocha onde nossos
pés repousam, nosso Princípio e Fundamento.
43
OBRA:
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
José Maria Fernandes Machado, SJ
DESCRIÇÃO:
Princípio e Fundamento – Caos sendo ordenado (Rm 8,18-30).
44
“O ser humano é criado para louvar
reverenciar e servir a Deus nosso Senhor
e, assim, salvar-se.”
(Anotação 23)
45
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
46
A VIDA ACONTECENDO: EIS O SOBRESSALTO!
André Araújo, SJ
Além...
47
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura sobre madeira.
Arte sobre a delicadeza, ser acolhido, ser presença.
48
“AQUEL DÍA”
Germán Méndez, SJ (México)
49
NO CAMINHAR PELA VIDA
Davi Caixeta, SJ
50
ENTONCES, ¿QUÉ HACEMOS?
Pe. José Maria Rodríguez Olaizola, SJ
No rendir la esperanza
ni blindarnos contra la tormenta,
no renunciar a los sueños,
seguir buscando la llave
que abra la vida,
que libere la alegría
que desencadene
la paz,
la abundancia,
la justicia.
Y seguir confiando,
que con nuestro barro
haces tú milagros.
51
FOTOGRAFIA:
José Paulino Martins, SJ
52
O HOMEM QUE SOU
Francys Silvestriny, SJ
53
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura a óleo sobre tela com gesso.
Arte sobre os níveis do ser. Um sempre nascer, um parto, o ser humano
nos seus diferentes níveis da possibilidade de relação.
Este também extrapola os limites da tela, foge do espaço comum,
tende a expandir.
54
TATUAGEM
Jobson Ramos, SJ
Da natureza um fato
Da humanidade um ato
No coração um salto que me leva pra longe
Lá atrás, lembranças
Fui criado
Sentido
Sonhado
Sinceramente
Eu me importo com o amanhã
Mas o meu lugar é hoje
Ninguém vai me roubar.
55
OBRA:
LIBERDADE
Jobson Ramos, SJ
DESCRIÇÃO:
“Tudo o que nos toca, nos transforma.
Deixemo-nos afetar pelo que é belo.”
56
ESTAMOS EM TI
Jackson Carvalho, SJ
57
PROCURAVAS... ENCONTRASTE!
Gleison Pereira, SJ
Ó Amor, encontrastes,
E mirando avistastes,
Os passos não faltastes,
Tua face no caminho revelastes.
58
TODO INTEIRO A TI, SENHOR
Guilherme Kaíque, SJ
“Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei.” (Gn 12, 1)
Como a andorinha que
voa livre suspensa no vento
quero também eu poder
me entregar, todo, inteiro
a ti, Senhor...
Que meu abandono seja
tal que eu não confie
em outro se não em ti
e tua poderosa e protetora mão
a me guiar...
Sei que me mostras
um novo país, uma nova terra.
Não imagino ser fácil o caminho,
mas se eu lhe entrego minha vida
o caminho muda...
Pedra de tropeço torna-se
pedra para edificação.
Edifica-me, Pai, faz-me
homem novo, todo, inteiro a ti, Senhor...
59
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
60
POETIZAR A VIDA
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
61
OBRA:
A VIDA SE TECE EM SONHOS
José Paulino Martins, SJ
62
CYBER SALMO
Alberto Luna, SJ (Paraguai)
Si digo entonces:
Borraré mi historial de navegación,
cancelaré los registros de acceso.
Mas para ti no hay datos ocultos
y las claves están todas abiertas.
63
OBRA:
O MENINO
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Xilogravura.
Estudos sobre expressões narrativas.
64
CREADOR DISCRETO
Benjamín González Buelta, SJ
65
OBRA:
PRINCÍPIO E FUNDAMENTO
Luís Renato Carvalho, SJ
66
REALIDAD
Alberto Luna, SJ (Paraguai)
De lejos me encantas,
de cerca me decepcionas.
Por vez primera me fascinas,
cada día me desilusionas.
Y al descorrer el velo
¿qué me queda de ti
sino tu presencia desnuda?
Esa que eres en verdad.
67
AMOR QUE SALVA
Alan Cavalcante, SJ
Oferece-se sempre
Com a bela pretensão
De salvar-nos dia a dia
Da turva visão.
68
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura acrílica sobre papel cartão.
Arte sobre o quadro janela. Eu, artista, não posso prender as imagens na tela, elas
fogem da minha capacidade, são muitos sentidos e significados que não pintei.
Quem olha vê o que muitas vezes está dentro. A psiquê de um ser humano, nas suas
tantas janelas narrativas. Cada janela leva a uma outra janela. Podem ser infinitas.
De novo, o espaço das possibilidades de encontros.
69
AMAR SEM (RE)TER
Higor Lima, SJ
Sê livre.
(cf. EE 23)
70
OBRA:
ANDORINHAS NO FIO
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Nanquim aguado sobre papel.
71
O QUE HAVIA ANTES DA PALAVRA?
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
72
OBRA:
SILÊNCIO
Jobson Ramos, SJ
73
O ÍNTIMO MAIS ÍNTIMO
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
Aqui dentro de minha alma, tu, mistério que me possui, constrange o meu Ser,
Dessedenta,
despe o Ser e,
se faz Palavra em mim.
74
HUMANO
Franklin Alves, SJ
O ser humano?
Um nó!
Feito com as cordas do tempo e do espaço.
Um nó tão angustiado…
Mas que tem tanto medo de ser desatado!
75
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura acrílica sobre papel.
76
LÁGRIMAS
Franklin, SJ
77
AMAR
José Fernandes, SJ
78
DEUS TERNURA
Odair José Durau, SJ
Quem é Este que ama, chama e cuida? O Amor que até então era
Aprisionado na razão dura e crua, desconhecido
era incapaz de compreender, sentir foi ganhando identidade e um rosto
e experimentar o amor presente no de ternura e bondade.
mundo. Já tinha ouvido algo neste sentido:
Um amor discreto, sutil, profundo, “tarde te amei, ó beleza eterna”;
respeitoso e belo. mas hoje sou agradecido por ser
amado desde a mais tenra idade.
Por que será?
Talvez pela autossuficiência, quem Imerso e maravilhado na ternura de
sabe pela rudeza de um teimoso Deus,
ou quiçá por algum motivo que, percebi que nada é pequeno no Amor,
possivelmente, desconheço ou não nem mesmo eu que, incrivelmente, fui
quero nomear. acolhido na companhia desse Amor.
De fato, ainda falta muito para Ó feliz dor que me abriu os olhos para
caminhar, para me conhecer e um horizonte maior.
mergulhar com confiança na
imensidão do Amor. Hoje, sigo confiante o Caminho de luz,
Como um peregrino que não sabe o
Bendita foi a dor da perda que vai encontrar,
experimentada, afinal, nada mais me causa medo,
a qual foi dolorida no momento, A não ser, deixar escapar a graça de
mas fundamental para abrir uma fresta estar ao lado da Ternura.
no coração e, assim,
deixar o caminho livre para o Amor.
79
MIRAR DE NUEVO
Juan Gutiérrez, SJ (Perú)
Mirar de nuevo,
abrazando mi principio
reencontrándo lo principal,
dejando que me repares
en lo que soy, suavemente,
para caminar sin ataduras.
Mirar de nuevo,
sintiendo mi fundamento,
mi cimiento esencial
lo que acallo en mis calles,
lo que por ventura irrumpe
a pesar de mis resistencias.
Mirar de nuevo
aquello principal individualizante
y aquel cimiento estructurante
para ser libre de nuevo,
para volver a Ti.
80
BARRO EN LAS MANOS
Jaime Andrés, SJ (Equador)
todo vibrando
resonando el amor
abrazo lento.
81
LIBÉRAME DE MÍ
Benjamín González Buelta, SJ
82
OBRA:
VINDE A MIM VÓS QUE ESTAIS CANSADOS
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Caneta esferográfica. 21x29cm – 1999.
83
INTIMIDAD
Luis Espinal, SJ
84
PRIMEIRA SEMANA
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Esta não é a semana do pecado, como às vezes costuma ser chamada. Mas
é sim a semana antropológica, quando vamos aprender a nos olhar e ver como
criados para amar, reverenciar e servir. Vamos ver-nos humanos, mortais, falhos e
ao mesmo tempo grandes. E sobretudo vamos sentir-nos olhados e amados com
o olhar infinitamente misericordioso de Deus. Esse amor está expresso de forma
infinita e próxima no Cristo Crucificado, que nos amou e se entregou por nós.
85
OBRA:
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
José Maria Fernandes Machado, SJ
DESCRIÇÃO:
Caos – Consequência do pecado: O barco da Morte – CARONTE.
Da Mitologia Grega inspirando o Pecado e a Graça.
86
“Pedir a graça a Deus nosso Senhor para que todas
as minhas intenções, ações e operações sejam
puramente ordenadas a serviço e
louvor de sua divina Majestade.”
(EE 46)
NOVO SENTIDO
Carlos César, SJ
87
OBRA:
JESUS – COLÔMBIA
Luís Renato Carvalho, SJ
88
CUANDO VINO LA LUZ
Pe. José Maria Rodríguez Olaizola, SJ
Estábamos ciegos,
sumidos en la oscuridad
sin saberlo.
Creíamos tener el control
de vidas y haciendas,
de leyes y ritos,
de corazones y cuerpos.
Confundíamos realidad
con deseos,
lamábamos verdad
a lo que solo eran sueños.
Hasta que se hizo la luz,
y empezamos a vislumbrar
grietas en las paredes,
arrugas en el alma,
lágrimas en el rostro,
flaquezas en la entraña.
Hubo quien, entonces,
temió que el fulgor desvelase
solo miserias,
y optó por cerrar los ojos.
Pero el que se atrevió
a mirar descubrió,
más allá de las heridas,
una presencia distinta,
un amor sin cadenas,
a Dios…
Dios es el que late
en lo hondo
y da sentido
a las batallas cotidianas.
89
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Lápis grafite sobre papel.
Arte meu jeito de expressar. Sou negro, sou história.
90
FANTASMAS E DEMÔNIOS
Franklin, SJ
91
DESCI AO INFERNO
Thalisson Bomfim
92
PRECE
Rogério Barroso, SJ
Esta voz,
pela garganta
abafada,
não querendo,
senão por Ti,
calar,
trépidos sons grita,
angustiada,
e o medo pede
a tudo
olvidar.
93
OBRA:
AS MÃOS SOBRE O ROSTO
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a caneta esferográfica sobre papel.
Arte sobre os exercícios espirituais.
94
MASMORRA
Ozires Vieira de Sousa, SJ
95
TEMPO DE PÁSCOA
Lucas Pedro, SJ
96
PERDONAR
Juan Gutiérrez, SJ (Perú)
97
A VIDA É MISTÉRIO DE TRANSCENDÊNCIA
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
Eis que a vida é uma paz inquietante, uma hora ela afrouxa, uma hora solta...
Quem me dera conhecer todos os mistérios que corroem dentro de mim.
Eis que sou guiado por uma grande fome;
bendita seja a fome dentro de Minh ‘alma.
Não quero jamais que ela se acabe.
98
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura acrílica sobre tela.
Arte narrativa sobre as ataduras: não ser tolhido, não perder sua capacidade
de expressar, numa busca de liberdade e compreensão do outro.
Não somos monstros, somos seres que buscamos estabelecer relações.
99
SEM IGUAL
Álvaro Negromonte, SJ
100
CORAÇÃO EXPANDINDO
Alan Cavalcante, SJ
Ajuda-me, Senhor,
A compreender
Teu perdão.
Aquela compreensão
Simples, profunda
Inesgotável
Do coração.
Diante de ti
Minhas culpas
Autojulgamentos, remorsos
Já não encontram
Lugar.
Os lugares de minha
Vida se abrem
Para outra presença.
A reconciliação
O olhar amoroso
O abraço acolhido.
Da tua misericórdia
Se expande meu coração
Expande-se para que
Mais possa amar.
101
OBRA:
INÁCIO EM MANRESA
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre tecido. 1,20x2,50m – 2000.
102
MUITAS VEZES, SENHOR!
Higor Lima, SJ
Sempre titubeamos.
Perdão, Senhor!
Por nossa falta de confiança,
Por nosso amor vacilante.
103
MIRADA DE MISERICORDIA
Juan Gutiérrez, SJ (Província do Perú)
104
OBRA:
CRISTO
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Técnica mista sobre página de revista – 20x20cm – 2006.
105
A VIDA EM MOVIMENTO
Agnaldo Duarte, SJ
106
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
107
PERDONAR
Juan Gutiérrez, SJ (Província do Perú)
108
OBRA:
NOSSA SENHORA DA RUA
José Paulino Martins, SJ
109
TIERRA QUEBRADA
Jaime Andrés, SJ (Província do Equador)
Tierra quebrada
resuenan los tambores
mirada pura
Atardecer
las palabras tejidas
migas de pan.
110
CETICISMO MÍSTICO
Rogério Barroso, SJ
111
OBRA:
CRIAÇÃO – PRINCÍPIO E FUNDAMENTO
Rogério Barroso, SJ
DESCRIÇÃO:
Compensado naval, verniz vitral, purpurina dourada,
filó de algodão, barbante.
112
MIRO ADELANTE
Benjamín González Buelta, SJ
Miro en la risa
hacia atrás, sin trampa
y veo de los niños,
mis dolores en el ritmo
recientes de los jóvenes
e insepultos, que estrenan
y toda mi vida horizontes,
ambigua en las comunidades
y generosa que se unen
ya generosa contra las fuerzas
ya bajo la tierra de la muerte.
sepultada Mi vida ya va
a paladas en todos ellos
de días delante de mí
y de olvidos. más fuerte que yo,
Miro marcándome
adelante el camino
y me veo tirando de mis pasos.
en la vida Hoy,
que engendré ayer en este instante,
al sembrarme, escojo
creciendo hoy el futuro
delante y resucito.
de mí mismo,
113
OBRA:
Alexandre Raimundo, SJ
114
CABEÇA FORTE
Isaías Gomes, SJ
115
ABRO MEUS OLHOS
Higor Lima, SJ
116
PREGUNTAS DE DIOS
Benjamín González Buelta, SJ
Donde estás?,
dice el Creador.
¿Dónde está tu hermano?,
dice el Padre.
¿Quién te liberó?,
dice el Señor.
117
SEGUNDA SEMANA
Maria Clara Lucchetti Bingemer
O perdão, que é amor sempre renovado, reiterado e revivido; dom que persiste
e se dá novamente, nos diz que não podemos conformar-nos com nenhuma
banalidade e qualquer mediocridade. Somos feitos para algo grande, a vida nos é
dada para um projeto maior. Temos que construir um Reino, que não é nosso, mas
do Rei Eterno e Senhor Universal. Ele nos chama, nos convida para estar perto
dele, junto dele, caminhando e vivendo.
A graça a pedir é, como os primeiros discípulos, poder ver, ouvir, tocar, apalpar
o Verbo da Vida. A Vida se manifestou e a nós foi dada a graça de conhecê-la e
saber seu nome. Jesus de Nazaré é nossa vida. Nosso caminho, verdade e vida.
Segui-lo aonde ele for é o sentido maior da nossa vida.
118
OBRA:
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
José Maria Fernandes Machado, SJ
DESCRIÇÃO:
A Igreja, a que caminha na LUZ ( Toda a epopeia de Moisés no livro do Êxodo).
MARIA, a que alcança o Céu e acolhe a DEUS (A Encarnação).
119
“Conhecimento interno do Senhor
que por mim se fez homem, para que
mais o ame e o siga.”
(EE 104)
No silêncio...
coração a galope.
Os olhos não veem, se inundam.
Os ouvidos não escutam, sentem.
O olfato não cheira, aspira.
Os lábios não beijam, soluçam.
O paladar... a salobro.
O tato não toca, pulsa.
Na carne,
o latejo da vida.
120
OBRA:
FUGA PARA O EGITO
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre parede. Itaici. SP – 2013.
121
RECOLHE NOS TEUS BRAÇOS
Lucimara Trevizan (Leiga inaciana)
Te amo.
Essa é uma verdade que me constitui.
Te amo antes de tudo.
122
OBRA:
UM MENINO NOS NASCEU, UM FILHO NOS FOI DADO, (IS 9,5)
Lúcio Américo
123
OS MAIORES DESEJOS
Gabriel Araújo Pacheco
Os maiores desejos
E uma oferta...
Coração ardente,
Chamado,
À misericórdia imensa se entrega:
Eu me ofereço!
124
OBRA:
INÁCIO EM MANRESA
José Paulino Martins, SJ
125
O BOM PASTOR CUIDA E CHAMA-ME
A CUIDAR DE SUAS OVELHAS
Paulo Vinícius da Silva Abreu, SJ
Tu és a porta,
Tu és a voz,
Tu és quem dá vida e em abundância.
E eu, às vezes, por um motivo ou outro
Afasto-me de Ti, do teu rebanho.
Ouço outras vozes e as sigo em algum momento.
Perco-me, me vejo só
Sem a Tua presença.
Mas Tu não desistes de mim
E assim sais a minha procura
E com a Voz suave e serena, sais a me chamar.
Alegro-me com o Teu chamado,
Com a Tua preocupação,
Com o Teu cuidado para comigo.
Ó Senhor, bom pastor,
Tu que dás a vida por tuas ovelhas
Ajuda-me a não me afastar de Ti
E ensina-me a ter os teus gestos,
Para que, ao contrário do mercenário
Eu possa cuidar, abraçar, preocupar-me
Levar a tua misericórdia
E ensinar o teu mandamento, que é o amor,
A todo um rebanho de ovelhas.
Ajuda-me, Senhor, para que
Esses gestos não fiquem só no coração,
Mas que eu possa levá-los aqui e agora.
126
VOCACIÓN
José María Rodríguez Olaizola, SJ
127
POUCO OU NADA
André Araújo, SJ
128
QUANDO VACILO
Jerfferson Amorim, SJ
Quando vacilo,
tu acolhes as minhas incertezas.
Quando me escondo,
tu continuas iluminando o caminho, para que eu não esqueça de onde vim.
Quando procuro as sombras,
tu brilhas como o sol, não por fora, mas desde dentro do meu interior,
fazendo-me ver que tu me tens.
E assim me sinto todo teu
como centelha de vida que
irradia a tua presença.
Quando me convidas a dar-me todo, respeitas o meu passo que é resposta ainda
medida e parcial, porque sou como Pedro na manhã da ressurreição:
tu me amas?
Tu sabes tudo, tu sabes que te quero, que gosto de ti, que sou teu amigo!
129
FALTA TÃO POUCO PARA QUE EU
Francys Adão, SJ
130
NO NOS LLAMES
Benjamín González Buelta, SJ
131
PRECE À MÃE NEGRA
Solange do Carmo e Eduardo Calil (Teóloga, ex aluna da Faje)
132
OBRA:
Lúcio Américo
DESCRIÇÃO:
Que seu amor nos encontre, Mãe Aparecida,
nos dias de sol e nas noites sem estrelas.
Que seu acalanto ilumine nosso caminho
e revele o rosto de Deus nesse chão tão seu.
133
DA PARTE DE DEUS
Carlos César, SJ
Há circunstâncias,
surpresas e mudanças.
Da minha parte,
há recusa,
aceite,
idas e vindas.
Da parte de Deus,
Há sempre amor,
paciência,
presença e ternura.
E isso basta!
134
OS LLAMO AMIGOS
José Maria Rodríguez Olaizola, SJ
No esperéis de mí
mentiras o adulación.
No escucharéis palabras
fáciles, pero engañosas,
ni os envolveré en silencios
cómodos, pero cómplices.
No os ofrezco
todas las ventajas
al menor de los costes,
cómodos plazos
para la justicia,
o triunfo
sin batalla.
No tendréis, en mí,
una caricatura
del amor
a medias.
Os llamo amigos,
y al hacerlo, os prometo
hondura, pasión, y verdad.
Os ofrezco mi cruz y mi cielo,
mi amor y mi fuego,
mi luz y mi tiempo.
Os presento mi camino,
mis pasos
y mi evangelio.
Cuando os sintáis
preparados,
os espero.
135
OBRA:
INÁCIO EM PARIS
José Paulino Martins, SJ
136
TUA CAUSA
Eduardo Carvalho, SJ
137
VOZ DO PASTOR
João Júnior
138
OBRA:
BOM PASTOR
Luís Renato Carvalho, SJ
139
¿A QUIÉN IREMOS?
José María Rodríguez Olaizola, SJ
140
APAIXONAR-SE PELAS COISAS NOVAS EM CRISTO
Davidson Braga, SJ
141
OBRA:
PANTOCRATOR
Luís Renato Carvalho, SJ
142
NASCEU-NOS O ENCANTO
Moisés Nonato, SJ
143
OBRA:
NASCIMENTO DO MENINO JESUS
José Paulino Martins, SJ
144
NO SILÊNCIO
Moisés Nonato, SJ
No silêncio...
coração a galope.
Os olhos não veem, se inundam.
Os ouvidos não escutam, sentem.
O olfato não cheira, aspira.
Os lábios não beijam, soluçam.
O paladar... salobro.
O tato não toca, pulsa.
Na carne,
o latejo da vida.
145
SALTO PROFÉTICO
Alberto Luna, SJ (Paraguai)
146
OBRA:
NOSSA SENHORA
Luís Renato Carvalho, SJ
147
TU DESEJAS QUE A TUA E A NOSSA VIDA
Francys Adão, SJ
148
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho sobre papel.
Gravura retrata as várias expressões dos jovens dentro
da catequese narrativa. Um trabalho junto aos jovens das comunidades.
Toda a beleza expressa no movimento do corpo.
149
LLAMA -REY ETERNAL
Juan Gutiérrez, SJ (Província do Perú)
150
OBRA:
INÁCIO EM ROMA
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre tela.
151
O JOVEM POBRE
(MT 19, 16-30)
Álvaro Negromonte, SJ
152
SEGUINDO A ESTRELA
Odair José Durau, SJ
153
GASTA-TE
James Castro, SJ
154
ESPERA
Benjamín González Buelta, SJ
Y al albonar el árbol,
despejar el cauce,
sacudir la noche
y vaciar la casa,
la tierra y el lamento
se abrirán a la esperanza.
155
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
156
ENCARNADO
Juan Gutiérrez, SJ (Perú)
Irrumpes encarnado
abrazando nuestra vulneravilidad,
entre fríos y humedades,
entre enos y chuvascos,
entre carencia y asombros.
157
OBRA:
NOSSA SENHORA OCRE
Luís Renato Carvalho, SJ
158
CAMINHAR CONTIGO
Alan Cavalcante, SJ
Tenho dúvidas se
Alcancei teus passos.
Ou se Tu, amavelmente,
Te aproximaste dos meus.
159
OBRA:
OS DISCÍPULOS DE EMAÚS
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre Eucatex. 48x30cm – 2012.
160
OPRÓBIOS, HUMILHAÇÕES, AFRONTAS
Higor Lima, SJ
161
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a caneta esferográfica sobre papel.
Arte sobre os Exercícios Espirituais – Uma visão sobre Jerusalém...
Uma janela, uma lágrima, uma mão estendida, por fim a cidade
e os últimos acontecimentos.
162
O SENHOR DEUS
Franklin Alves, SJ
“O Senhor Deus chamou o ser humano: ‘Ondes estás?’, disse ele. ‘Ouvi teu passo
no jardim’, respondeu o ser humano; ‘tive medo porque estou nu...’”
Tive medo...
Meus medos cabem todos na minha mão! Tenho pequenos cinco medos que se
confundem com meus dedos.
Tenho medo da morte! Parece ser o menor de todos os meus medos, por isso, ele
se desdobra no dedo mínimo.
Tenho medo da liberdade! Vizinho da morte, este medo se desdobra no dedo
anelar.
Tenho medo da solidão! Maior de todos os meus medos, ele se desdobra no
dedo médio.
Tenho medo da verdade! Apontar o dedo? Tenho medo! Por isso, ele se desdobra
no dedo indica-dor.
Por fim, tenho medo de ter medos! Talvez este seja o mais forte de todos os meus
medos e por isso ele se desdobra no dedo polegar.
Meus medos cabem todos na minha mão!
“Ondes estás? Ouvi teu passo no jardim; tive medo...”
Fechei minha mão, tentando conter meus medos!
Dobrei meus dedos, dobrei meus medos ao fechar a minha mão formando um
punho com o qual queria golpear a mim mesmo.
Fechei meus olhos e entendi que errei porque apenas “ouvi o teu passo no
jardim” e não a tua voz que gritava meu nome.
Foi, então, que te vi, vindo com teus passos leves sobre as águas e escutei a tua
voz que me dizia: “sou eu, não tenhais medo”. Nem mesmo o medo de ter medos!
Abri meus olhos e fechei minhas mãos, dobrei meus medos, transformando
meus dedos em arma letal! Punhos fechados para lutar e vencer!
“O Senhor Deus chamou... Onde estás?”
163
EXPERIÊNCIA DE AMOR
Renato Correia, SJ
O Amor
Quer ser amado.
Amor que é encontro
Quanto mais me deixo experimentar
Maior será minha entrega
Ao Amor obediente,
Ser fiel ao correspondente deste amor
Ao amor indiferente,
Indiferença que me fala de liberdade,
Que não quer nada do que sua vontade não me oferece.
Só assim poderei experimentar o amor de verdade
O amor que me identifica com o Amado.
Amor que gera entrega, livre e gratuita
Capaz de gastar a vida.
O amor quer ser amado.
164
BAJO TU BANDERA
Juan Gutiérrez, SJ (Perú)
165
LIBERTAD CREADORA
Benjamín González Buelta, SJ
Cuando apresamos
las cosas y a las personas,
nos convertimos
en carceleros,
que también tienen
que estar en la cárcel
para que no se les escape
ningún preso.
Cuando dejamos
volar al pájaro,
rodar el oro
y alejarse a los seres
que más queremos,
vivimos libres
para ir a cualquier parte
y estrenar el futuro
donde aparezca el reino.
166
FOTOGRAFIA:
MIGRANTE
Dimas Oliveira, SJ
167
PAI-NOSSO DA TERRA
Luan Amorim, SJ
168
OBRA:
SANTA CEIA
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílico sobre tela. 145x94 cm – 2013.
169
CONTRALUZ
Alberto Luna, SJ
(Contemplación del nacimiento / José como “esclavito indigno”)
No, José.
No han venido a verte a ti.
Es a ella, la paloma,
y en el nido, a su pichón,
a quien todos quieren ver.
No, José.
Tu sigue juntando leña
y busca un poco de agua.
Ve si encuentras una manta,
algo de pan con leche tibia.
No dejes que en la noche fría
se nos apague la estrella.
170
OBRA:
FUGA PARA O EGITO
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre parede (detalhe). SP Itaici – 2013.
171
OS EMIGRANTES
Ir. Francisco Fagundes, SJ
Existem emigrantes,
Vítimas inocentes,
Deixando seus lares,
Buscando a proteção
Tendo só uma intenção:
Buscar a normalidade.
172
FOTOGRAFIA:
MIGRAÇÃO
Dimas Oliveira, SJ
173
QUEM SOU?
Isaias Gomes, SJ
Quem sou?
Me afasto e me retiro, mas trago alguém comigo, não posso descer sozinho
subo as montanhas, entre companhia, pedras, escuros e buscas, desço para mim
estou só, mas estou acompanhado, porém, a partir daqui, desço sozinho,
não sei por que, não queria. Por que eles vieram? Podem ver o que vejo?
Sentir o que sinto?
Talvez, não tanto quanto, mas podem ver algo, sem eles eu não veria.
Vejo que outros vieram, estes bem mais velhos e de mais longe.
O que querem? Me deixar sozinho também?
Eles me disseram: há tempos que esperávamos por você.
Agora me entendo, sinto-me acompanhado por estes mais distantes.
Subo e vejo que os de agora, mesmo cansados, me esperam.
174
VAMOS FUGIR...
Thalisson Bomfim
175
OBRA:
TEOTÓKOS
José Paulino Martins, SJ
176
E O VERBO SE FEZ CARNE
MENINO
Renato Correia, SJ
Deus,
Trindade Deus
Se encarna,
Se faz um de nós.
Para quem ele veio?
Para quem ele vem?
Se fez pequeno e frágil
Na pureza de um menino.
Risco tremendo Deus corre.
Todo menino quer ser homem logo.
Todo homem, na sua autossuficiência,
Pensa que é Deus.
Mas Deus...
Deus quis ser menino!
Maranathá!
177
JUNTOS VAMOS REMANDO
Germán Méndez, SJ (México)
178
Engraçado... vão plantando a morte, vai brotando a Vida!
179
OBRA:
SAGRADA FAMÍLIA
Luís Renato de Carvalho, SJ
180
MI OFRENDA
Germán Méndez, SJ (México)
181
É preciso amar muito para entender de dor.
Para bom entendedor: “amar não acaba...”
182
DEI-TE TUDO
Claudia Honorio (Leiga inaciana)
183
Desolado en Las Brisas…
ERES
Cristian Viñales SJ (Chile)
184
OBRA:
É PRIMAVERA
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Técnica mista. 64x47cm – 2007.
185
RE-MAR
Marcos Sacramento, SJ
Voltar ao mar
Navegar.
Ancorar.
Descer da barca para consertar as redes e a vela costurar. Finda o dia e
o coração unificado descansa sob o Teu olhar.
No avançar da noite, uma voz que chama. Desperta! Arde a chama que
aponta e guia para outro mar.
186
CHEIRO DE SAUDADE
James Castro, SJ
(continua)
187
(continuação)
CHEIRO DE SAUDADE
188
OBRA:
José Maria Fernandes Machado, SJ
189
DA PARTE DE DEUS
Carlos César, SJ
Há circunstâncias,
surpresas e mudanças.
Da minha parte,
há recusa,
aceite,
idas e vindas.
Da parte de Deus,
Há sempre amor,
paciência,
presença e ternura.
E isso basta!
190
OBRA:
FUGA PARA O EGITO
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre parede (detalhe). Itaici. SP – 2013.
191
SEDUÇÃO
Eliomar Ribeiro, SJ
Aproximou-se de mim
Com palavras encantadoras
Disse meu nome carinhosamente
Olhou-me nos olhos com ternura
Soprou segredos em meus ouvidos
Tocou meus lábios com suavidade
Fez meu corpo tremer de prazer
Alegrou meu coração
Amou-me apaixonadamente
Abraçou meus medos
Encheu de paz minha solidão
Reacendeu desejos adormecidos
Clareou a noite das minhas incertezas
Fui seduzido!
Já não tenho dúvidas:
A verdadeira vida
Nasce da entrega total
Ao Deus da Vida!
192
HASTA ENCONTRARTE
José Maria Rodríguez Olaizola, SJ (Espanha)
193
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura acrílica sobre tela estucada.
A arte da simplicidade, o narrar simplesmente.
O anunciar, o encontrar, o jeito de ser...
194
BATISMO DE JESUS
Eduardo Carvalho, SJ
195
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a caneta esferográfica sobre papel.
Arte sobre os Exercícios Espirituais – o instante do batismo nas águas do rio Jordão.
O desprender das vestes, a nudez, nas águas o nascimento, o feto conectado
à Árvore da vida. A gota de sangue que cai da mão fendida. O Cristo nu pode ser
um escândalo, mas é a força do amor que transparece, é vida.
196
VENID A MÍ
José Maria Rodríguez Olaizola, SJ (Espanha)
197
ANDAR NA PRAIA
Jeferson Albuquerque, SJ
198
CORAÇÃO DE PEREGRINO
Carlos César, SJ
199
FOTOGRAFIA:
José Paulino Martins, SJ
200
UM A UM
Francys Adão, SJ
Um a um
meus sentidos são recriados
em Tua Presença
Porque para Ti
tudo em minha humanidade
é um portal
que me conduz ao Reino
que me abre aos outros
que me eleva ao Céu
Respeitando meus processos
Tu me afastas
dos ruídos da multidão
Tu me aproximas
de Teu Silêncio curativo
Tu restauras
minha humanidade enferma
com o toque firme e suave
de Tua humanidade santa
Peço-Te, Senhor
que diante de minha vida de
homem aberto pela Graça
portador de uma Palavra
nascida da Escuta
Teus filhos possam reconhecer
o Dom que Tu és e
o Bem que Tu fazes
para cada pessoa que
inteiramente agradecida
escolhe amar-Te e seguir-Te.
201
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Detalle del dibujo del Ciego de nacimiento.
202
É A TI QUE EU PROCURO, SENHOR!
Paulo Vinícius da Silva Abreu, SJ (Noviço)
203
SOZINHO
Francys Adão, SJ
Sozinho
vivo em lugares rasos
Contigo
vou às aguas profundas
Sozinho
conheço a frustração do nada
Contigo
espanto-me com a abundância
Sozinho
temo a ruptura de minhas redes
Contigo
descubro a salvação da partilha
Sozinho
olho para minha indignidade
Contigo
escuto Teu convite ao Novo
Como poderia
ser tão insensato
a ponto de escolher a solidão
ao invés de Tua companhia?
Sim, eu Te seguirei
até o fim de meus dias
e descobrirei novas maneiras
de criar contigo
redes indestrutíveis
de uma humanidade reconciliada
pelo Teu Amor.
204
OBRA:
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
José Maria Fernandes Machado, SJ
DESCRIÇÃO:
Quadro dos Exercícios Espirituais:
“Do caos à Revelação “ – O Chamado dos Apóstolos.
205
TERCEIRA SEMANA
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Na Cruz estão com ele dois ladrões, lado a lado. Ao pé da Cruz sua mãe
e outras mulheres, e o discípulo amado. Seus discípulos o deixaram sozinho.
O justo fica sozinho quando as forças do mal se desatam e querem sangue.
Jesus está sozinho e sozinho exala seu último suspiro. E nós somos convidados a
segui-lo aí, como o seguimos quando começou seu ministério na Galileia, quando
fazia sinais, curas e prodígios poderosos, quando ressuscitava mortos, andava
sobre as águas, multiplicava pães e encantava multidões.
206
OBRA:
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
José Maria Fernandes Machado, SJ
DESCRIÇÃO:
Inserção plena no Mistério Pascal.
207
“Considerar o que Cristo nosso Senhor
padece na humanidade.”
(EE 195)
208
OBRA:
VIA SACRA – MORRER
José Maria Fernandes Machado, SJ
209
ARIDEZ
Moisés Nonato, SJ
210
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho lápis grafite sobre papel.
Arte que expressa a oração de Jesus no horto das oliveiras.
211
PAIXÃO
Renato Correia Santos, SJ
Dor
Sofrimento
Humilhação
Paixão
E para quê?
Para assumir a forma humana
Na radicalidade da limitação:
A morte!
E morte violenta.
Consequência de opções históricas
De seu messianismo
Morto e executado pelos deuses da morte. Por amor,
Amor de entrega,
Se converte em liberação
Para toda a humanidade.
Eu,
Discípulo anônimo,
Que um dia ouviu seu chamado,
Agora contemplo seu martírio.
Quanta tristeza invade meu coração!
No silêncio
Deixo-me impactar
Pelo mistério da sua Paixão.
Olhar fixo naquele homem
Que um dia prometi seguir até a morte.
A Paixão Dele
É a paixão do mundo.
212
OBRA:
VIA SACRA – DESPIR
José Maria Fernandes Machado, SJ
213
MOSTRA-ME (EZ 16)
Álvaro Negromonte, SJ
214
OBRA:
VIA SACRA – VERÔNICA
José Maria Fernandes Machado, SJ
215
EXPIRAR LA VIDA
– VIERNES SANTO –
Juan Gutiérrez, SJ (Perú)
216
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a lápis grafite sobre papel.
Arte sobre Missão da Terra. Um peregrinar constante, um traçar caminhos pelas
veredas do sertão. Mãos, braços, olhares, cruzes, são vida das tantas pessoas, são
sentimentos que precisam ser narrados. São rostos, são rabiscos, são ternuras.
217
EU TENHO O CÁLCULO
Francys Adão, SJ
Eu tenho o cálculo
ela, o excesso
Eu tenho o protocolo
ela, o transbordamento
Eu tenho a razão
ela, o amor
Como posso entender-Te
se não me deixo tocar
pelo gesto dela?
Como compreenderei
Tua santa Unção
se não consigo me inebriar
com o perfume dela?
Como acolherei
Teu Dom radical
se não me alegro com
a qualidade da entrega dela?
Que a generosidade desta mulher
me provoque a amar mais
sem medir
sem temer
sem deixar restos
Só assim eu poderei ser
Teu companheiro fiel
diante do escândalo
de Tua Cruz.
218
OBRA:
VIA SACRA – MULHERES
José Maria Fernandes Machado, SJ
219
VIENES
Alberto Luna, SJ
220
SABER PERMANECER
Isaías Gomes, SJ
Saber permanecer
Se eu soubesse que ia ser tão assim, não teria seguido.
Se eu soubesse que iria sofrer tanto no final, não teria me alegrado no início.
Se eu soubesse que iria ficar tão difícil de suportar, não teria suportado antes.
Se eu soubesse prever o futuro, o tempo, os sentimentos, as emoções e a
angústia... não teria sentido primeiro.
Se eu soubesse... se eu soubesse o que eu sei hoje, não sei o que faria...
agora, apenas permaneço...
221
OBRA:
CIRENEU
José Maria Fernandes Machado, SJ
222
AQUELE QUE ME LAVA TAMBÉM ME POSSUI
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
Lava-me, Senhor...
Lava-me porque meu ser precisa ser despido
Me espanta teu proceder
Inquieta-me no mais profundo de minha alma
Preciso ainda aprender o que é estar vazio, pobre
Lava-me, Senhor...
Transfigura-me na minha nudez
Despe o meu ser cansado e une meu coração ao teu
Desvela-me e torna-me teu amigo íntimo
Lava-me, Senhor...
Lava minha cabeça
Lava minhas mãos
Lava meus pés
Possui a mim, meu corpo,
todos os meus sentidos...
223
¿SERÉ YO?
José María Rodríguez Olaizola, SJ
224
ATÉ QUANDO, SENHOR?
Guilherme Kaique, SJ
225
OBRA:
ATÉ QUANDO SENHOR?
Guilherme Kaique, SJ
DESCRIÇÃO:
Técnica mista: aquarela e nanquim, 297x210 mm – 2021.
226
O AMOR É A LEI
Carlos César, SJ
É promessa,
É vida doada,
É ternura consumada em serviço.
227
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a caneta esferográfica sobre papel.
Arte sobre os Exercícios Espirituais. A janela diante da mulher adúltera
que seria apedrejada. Os braços presos, a mulher... os escritos no chão e as
pedras que foram deixadas... na janela, uma pedra e algumas gotas de lágrima.
Fora do muro, a árvore da vida desponta. Não tem como
não me curvar diante deste encontro surpreendente.
228
O AMANTE
Jackson A. Carvalho, SJ
Fidelidade extremada
De uma vida doada, amor
E por isso ferida.
Se perguntas: de sentido perdido!
Teu corpo comunhão!
Tua face ferida, macerada
Da maior dor sentida,
Da vida perdida.
Teu andar cambaleante
Pelas ruas, às costas carregas
do que não fizeste,
do vil de cada um de nós.
Jesus,
olhar para ti é causa de vergonha e graça!
Por que sobre ti
do vil de mim e de cada um carregaste.
Portanto, nos assumiste.
Mesmo assim,
qual para a mulher aos teus pés que te suplicava,
tu olhaste para nós com amor
limpaste as nossas feridas com as tuas,
salvaste-nos!
Oh fidelidade bendita! Jesus.
Deus te glorificou com a vida plena!
Não te abandonou.
E a nós deu tua vida
O Amor se espalhou!
229
FOTOGRAFIA:
IGREJA NOSSA SENHORA APARECIDA – BH
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
230
LA SUPLICA DE LA COPA
Cristian Viñales SJ (Chile)
231
OBRA:
NOSSA SENHORA DA SOLIDÃO
José Paulino Martins, SJ
232
“AMOR-SIN-LÍMITES”
Germán Méndez, SJ (México)
233
OBRA:
Adaptações de desenhos de Claúdio Pastro
feitas por Rodrigo Souza Silva
234
HOJE TU ESTÁS CALADO
Francys Adão, SJ
235
OBRA:
VIA SACRA – TÚMULO
José Maria Fernandes Machado, SJ
236
MADRE DE LOS DÍAS INCIERTOS
José Maria Rodríguez Olaizola, SJ
237
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Desenho a lápis grafite sobre papel.
Arte sobre Nossa Senhora Aparecida. Esta arte é a junção de outros desenhos.
300 anos de história desde as correntes abertas do negro escravizado.
Mãe Negra, vestida com a coroa dos traçados destas terras, lembranças
das mulheres com cestos na cabeça. Intercede por tantas situações.
238
O QUE VOCÊ PROCURA?
Franklin, SJ
239
TU MESA
– JUEVES SANTO –
Juan Gutiérrez, SJ (Perú)
240
OBRA:
BODAS DE CANÁ
José Paulino Martins, SJ
241
“SEDIENTO”
Germán Augusto Méndez Ceval, SJ
242
OBRA:
O NASCIMENTO DA IGREJA
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre papel. 42x29cm –1997.
243
GESTOS
Claudia Honorio (Leiga inaciana)
A vocação é o amor
Fugir do quê?
Fugir do que está no coração
Esta vocação que é amor.
Gestos de amor que irão longe
Gestos para sair da opressão.
Gestos para sair da angústia interior.
Gestos de alegrias
Gestos que fazem o coração crescer de todo lado.
Fugir do quê? Deus é Amor.
244
OBRA:
EM MEMÓRIA DE MIM
Jobson Ramos, SJ
245
TRAS EL DISCURSO
Tomás Browne Urzúa, SJ
Tras el discurso
los abrazos
las promesas
las sonrisas
los aplausos
Tras las firmas
y diplomas
las estatuas
estandartes
y canciones,
asoma
de reojo
esa duda
capaz de destruirlo todo.
246
QUARTA SEMANA
Maria Clara Lucchetti Bingemer
Tudo começou com um rumor. Ele está vivo. As mulheres viram. Ele não
está no túmulo. Os discípulos não deram crédito. Afinal, mulher gosta de inventar
história, fala demais... Mas os que foram ao túmulo... viram tudo como elas
disseram. Será que tinham razão?
247
OBRA:
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
José Maria Fernandes Machado, SJ
DESCRIÇÃO:
Ressuscitado – A Plena Revelação do sentido da Vida.
248
“Sentir intensa e profunda alegria
por tanta glória e gozo de Cristo
nosso Senhor.”
(EE 221)
OLHAI E VEDE!
André Araújo, SJ
(continua)
249
(continuação)
“OLHAI E VEDE!
250
OBRA:
COLHEITA
Jobson Ramos, SJ
251
PASCUA
José Maria Rodríguez Olaizola, SJ
252
ENTARDECER… AMANHECER!
Gabriel Araújo Pacheco
Entardecer...
O medo,
Desde as entranhas faz estremecer.
Fechamento, isolamento,
Do entardecer o medo ameaça.
Logo, a mudança,
Inesperada, inexplicável, indefinível.
Presença rara, sopro, paz,
Que do medo faz impulso,
Impulso vital, ressuscitador.
As dúvidas
Daqueles (e também nós, que por memória e chamado somos neles)
Dos incrédulos,
Dúvidas encontram um convite:
Que seja pessoa de fé!
Um aventurar-se, de fato,
Caminho de confiança.
Do medo à alegria
Do medo à saída.
Arriscar-se!
Risco de uma vida por paz (paz não tranquila, não fácil, mas instigante).
Uma vida pela paz,
Para consolar, liberar,
Ressuscitar...
Amanhecer!
253
FOTOGRAFIA:
PÔR DO SOL
Régis Sarto, SJ
254
RESSURREIÇÃO
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
O silêncio...
A solidão...
A noite escura...
Irrompida por uma grande novidade.
Trago-te aromas, perfumes
Quero embalsamar teu corpo e tocar tuas feridas
O raiar do sol...
A pedra...
A surpresa...
Venho a ti com pressa, como quem tem sede de Companhia
Quero na liberdade da solidão ressurgir junto contigo,
O túmulo...
O vazio...
O olhar...
Busco-te no silêncio, no vazio cheio de petrificação interior
Onde tu estás?
No mais íntimo de mim, ordenando o ser e o viver.
O abandono...
O medo...
A surpresa...
És tu caminhando em meu jardim,
Irrompendo as barreiras entre o tempo e a eternidade,
nutrindo minha esperança;
Ressurgindo minha vida de tua inexaurível presença
Fazendo-me contemplar e comungar de tuas profundezas.
255
FOTOGRAFIA:
PRIMAVERA
Ir. Lucemberg Lima de Oliveira, SJ
256
MANHÃ DA RESSURREIÇÃO
Luan Amorim, SJ
257
OBRA:
José Paulino Martins, SJ
DESCRIÇÃO:
Acrílica sobre tela.
Nossa Senhora das Candeias, da luz, Luzia, luz guia – 2017.
258
ALÉGRATE
Juan Gutiérrez, SJ (Província do Perú)
259
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
El Cristo Resucitado lleva las marcas de la cruz.
Los colores fuertes expresan la fuerza del amor.
260
TUDO É DOM
Jeferson Albuquerque, SJ
Antes de eu começar
Deus já sabia onde ia terminar
Tudo é dom
O que julgo ser meu,
Na verdade apenas está comigo
Todos os talentos eu apenas possuo,
Na verdade, tudo é de Deus
Tudo é dom.
261
CONSOLAÇÃO
Eliomar Ribeiro, SJ
262
OBRA:
NOSSA SENHORA COLIBRIS
Luís Renato Carvalho, SJ
263
Dizem que estou ameaçado de morte. Um dia vou morrer.
Mas ando flertando com a vida...
AMEAÇA DE VIDA
André Araújo, SJ
(continua)
264
(continuação)
AMEAÇA DE VIDA
265
CONTAGIAR ALEGRÍA
Juan Gutiérrez, SJ (Província do Perú)
266
DO PERFUME DA MORTE AO PERFUME DA VIDA
Agnaldo Duarte, SJ
267
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Pintura acrílica sobre tela.
Arte da vida! Ser cordeiro, ser passagem, ter coragem
e ser simplesmente amor. Mistério que dá sentido.
268
ENCUÉNTRAME…
Alberto Luna, SJ
269
MIRAR DE NUEVO
Juan Gutiérrez, SJ (Província do Perú)
270
TEMPO E PROFECIA
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
271
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
272
CONTEMPLAÇÃO PARA ALCANÇAR O AMOR
(continua)
273
(continuação)
Esta presença de Deus nos seres e nas coisas encontra seu ponto máximo
no ser humano, de quem Deus faz “templo seu” (EE 235). Essa centralidade
antropológica no meio do mundo ganha ainda maior peso, se vista do ponto
de vista da Encarnação do Verbo de Deus. O significado e o valor das coisas
tornam-se radicalmente alterados pela presença do Cristo nelas. Mesmo as mais
radicais negatividades ontológicas ou religiosas são transvalorizadas, devido à
presença de Deus nelas até a inabitação do Espírito que faz do ser humano seu
templo. A Encarnação torna-se assim o mais alto instante de presença de Deus
na sua criação e no homem, mas, de uma certa maneira, também não a esgota.
O que Deus fez em Jesus Cristo é indicativo do que faz e continua fazendo pelo
homem, em todas as coisas e em seus templos de carne, escrevendo a nova lei
do amor em seus corações.
274
“O amor é comunicação de ambas
as partes. Isto é, quem ama dá e comunica
o que tem ou pode a quem ama.
Por sua vez, quem é amado dá
e comunica ao que ama.”
(EE 231)
AGORA
Jobson Ramos, SJ
Vem,
Faz florescer
Faz florear
275
OBRA:
AGORA
Jobson Ramos, SJ
276
SÓ MUDA DE LADO...
Eduardo Henriques, SJ
277
OBRA:
INÁCIO EM PARIS
José Paulino Martins, SJ
278
Que vida nova é essa que começamos agora?!
Quem é esse Anônimo que me consola?
“TEM DEUS!”
André Araújo, SJ
279
(continuação)
“TEM DEUS!”
280
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
281
ONDE ESTÁS
Jackson A. Carvalho, SJ
282
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Rabisco – grafite sobre papel.
Simplesmente simples, apenas um pouco de saudade.
283
QUIOSQUE!
Heber Salvador de Lima, SJ
284
O NOVO DAS MESMAS COISAS
Carlos César, SJ
Viver a rotina,
Superar a mesmice,
Amar de novo as mesmas pessoas,
Reinventar o fazer,
Insistir no crer,
E não deixar que o desânimo ganhe a batalha.
Na rotina que não muda,
Eu mudo.
Desde o meu interior, eu mudo.
285
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
286
PERMANECER
José Maria Rodríguez Olaizola, SJ
287
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
288
LIBERDADE
Jobson Ramos, SJ
Contemplar
Sentir
Borboletear
Metamorfosear
Eis um sonho
Um desejo.
289
OBRA:
BORBOLETA
Jobson Ramos, SJ
DESCRIÇÃO:
Tudo que nos toca nos afeta, nos transforma.
Deixemo-nos afetar pelo que é belo.
290
EN TU NOMBRE
Alberto Luna, SJ
291
OBRA:
CRISTO AMARELO
José Paulino Martins, SJ
292
ALTAR E OFERENDA
Álvoro Negromonte, SJ
293
LO INDECIBLE
Tomás Browne Urzúa, SJ (Chile)
La vida
no es otra cosa
que el balbuceo de una guagua
Y una madre que la mira
sin entender
lo entiende todo.
294
OBRA:
NOSSA SENHORA DA PAZ
José Paulino Martins, SJ
295
CÁLICE
José Fernandes, SJ
296
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
297
COTIDIANO
Renata Sales (Grupo OPA)
Céu azul
Aberto
Ergo as mãos
Ofereço
Dobro os joelhos
Rezo
As palavras
Silencio
Recolho os braços
Quieto
Deito o olhar
Contemplo
Vejo escrita
A Palavra
Ouço a voz
que me
Consola.
298
FOTOGRAFIA:
Ir. Lucemberg Lima de Oliveira, SJ
299
DESEO
Alberto Luna, SJ
300
Eu sinto que Alguém trabalha... e minha vergonha é tanta que,
agradecido, pego papel e caneta. Esse inventário não vai ter fim!
INVENTÁRIO DE CONSTRANGIMENTOS
André Araújo, SJ
(continua)
301
(continuação)
INVENTÁRIO DE CONSTRANGIMENTOS
302
NO ALTO DA COLINA
Igor Cristiano Oliveira, SJ
303
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
304
NO BAILAR DAS ONDAS
Ozires Vieira de Sousa, SJ
Contemplem o mar!
O azul do céu
A tonalidade da água,
Às vezes azul, outras vezes verdes,
Mas a espuma é sempre branca
Fruto do vai e vem ritmado pelo vento.
Há uma intensidade para além da força das ondas
Há um mistério espiritual nesse ritmo
É a natureza nos falando de seus segredos divinos
Por que é tão difícil contemplá-la
E escutá-la?
305
FOTOGRAFIA:
Thiago Augusto Coelho
306
PRESENÇA
José Fernandes, SJ
307
EPIFANIA
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
308
FOTOGRAFIA:
IPÊ
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
309
ESPALDA DURA
Jaime Andrés, SJ (Equador)
Espalda dura
caminando los andes
corazón grande.
310
DEUS UNIFICADOR DE SENTIDOS
Igor Cristiano Oliveira, SJ
311
PAISAJE
Alberto Luna, SJ
312
FOTOGRAFIA:
Régis Sarto, SJ
313
NO UN DIOS SOLO
Benjamín González Buelta, SJ
314
BAUTIZA MIS SENTIDOS
Benjamín González Buelta, SJ
No me hables, Señor
que aun mis oidos
no pueden escucharte
en los ruidos de la vida.
No me abraces, Señor
que aun mi cuerpo
no te fijes en tu piel
en abrazos y en la brisa.
No me endulces, Señor
que aun mi garganta
no saborea tu ternura,
en medio de lo amargo.
No me perfumes, Señor,
que aun mi nariz
no hueles tu presencia
en medio de la miseria.
315
FOTOGRAFIA:
PRIMAVERA
Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ
316
O VIAJANTE PEDE O RUMO
Paulo Veríssimo, SJ
317
OBRA:
Alexandre Raimundo de Souza, SJ
DESCRIÇÃO:
Tres milagros de Jesús, la Samaritana en el pozo, agua viva que mata la sed.
Lázaro, Jesús le devolvió la vida. El ciego de nacimiento, Jesús ha hecho barro
con la saliva y polvo de tierra y le abrió los ojos. (Narrativas segundo San Juan).
318
INACIAR
Luiz Beltrão
320
A NATUREZA ME FEZ ASSIM
Felipe de Assunção Soriano, SJ
321
PEREGRINO, SÓ?
Guilherme Augusto Siebeneichler
322
AS FERIDAS
Felipe de Lima França
Cristo,
nenhum osso te foi quebrado
Inácio,
uma bala quebrou tua perna
E eu estou inteiro
E o mundo está ferido
No sofrimento do inocente
O Senhor chama um nome
De quem?
323
JERUSALÉM
Luisinho Vieira e Roberto Mesquita Ribeiro (Grupo OPA)
Vou para longe, vou. Vou onde Que não tem fim minha sede: desejo
Deus mandar. de caminhar...
Seja o limite do mundo, ou para Se acho que consegui, penso em
outro lugar. me instalar.
Quero poder partir, quero me Deus me convida: em frente.
encontrar. É hora de enfrentar!
Sonho em correr todo o mundo,
na mão de Deus caminhar. Jerusalém... A vida eu entrego a Deus.
Jerusalém, meus sonhos são
Jerusalém... A vida eu entrego a Deus. todos teus.
Jerusalém, meus sonhos são
todos teus. Em cada ir e vir, todo recomeçar.
Encontro minha verdade:
Quando deixei meu lar, promessa Jerusalém procurar.
recebi. Jerusalém jardim, meta que Deus
Recebo mais que entrego, Deus me deu.
mesmo vem se ofertar. Estrela que eu contemplo, templo
Caminho pra servir, sirvo pra encontrar. onde vou habitar.
Só me encontro no mundo, fazendo o
mundo mudar. Jerusalém... A vida eu entrego a Deus.
Jerusalém, meus sonhos são
Jerusalém... A vida eu entrego a Deus. todos teus.
Jerusalém, meus sonhos são
todos teus. Inácio Santo.
324
OBRA:
Rogério Barroso, SJ
325