Você está na página 1de 62

w w w. s e r e d u c a c i o n a l .

c o m
Lei nº
11.343/06 – Lei
de Drogas
Uma análise sociojurídica da
atual política de drogas no
Brasil.

25 DE FEVEREIRO DE 2021
Lei nº
11.343/06 –
Lei de
Drogas

25 DE FEVEREIRO DE 2021
SANTANA
SETOR DE MARKETING
GRUPO SER EDUCACIONAL

SANTANA

AP R E S E NTAÇÃO:

Maurilo Sobral

CARGO

20 de
Novembro- 2021
Introdução

• A Lei 11.343/06 insttuiu o Sistema Nacional de


Polítcas sobre Drogas – SISNAD

• Entre os arts. 3º e 17 a Lei de Drogas trata não


apenas das fnalidades do SISNAD. Como também
dos seus princípios e objetios.
Defnição a partr da Lei
11.343/06 - Substância
entorpecente ou que determine
dependência fsica ou psíquica X
Defnição de Drogas.
Drogas
Defnição criminológgica –
substâncias classifcadas como
ilícitas.
Portaria SVS/MS 344/98 – diz quais substâncias são
consideradas drogas.

Normas penais em branco:

Norma A) Normas penais em branco homogêneas (sentdo amplo


ou homóglogas):
Penal em
BRanco A.1) Homoiitelína

A.2) Heteroiitelína

B) Normas penais em branco heterogêneas (sentdo


estrito ou heteróglogas)
• Em julgamento de embargos de diiergência, a Terceira Seção do
Superior Tribunal de Justça (STJ) considerou que a importação de
poucas sementes de maconha não é sufciente para enquadrar o
autor da conduta nos crimes preiistos na Lei de Drogas. Ao
reconhecer a atpicidade da conduta, o colegiado determinou o
trancamento da ação penal.
• Com a decisão, tomada por maioria de iotos, a seção resolieu

Jurisprudênc
diiergência entre a Sexta Turma – que já tnha essa orientação – e
a Quinta Turma – para a qual deie ser reconhecida a tpicidade da
conduta de importação de sementes de maconha, por se amoldar
ia: STJ - ao artgo 33 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).
• [...]
• Laurita Vaz destacou ainda que o entendimento frmado pelo STJ
está em consonância com decisões recentes do Supremo Tribunal
Federal (STF), que também tem reconhecido a ausência de justa
causa e determinado o trancamento de ações penais nos casos
que enioliem importação de sementes de maconha em reduzida
quantdade, especialmente porque tais sementes não contêm o
princípio atio da droga.
• Art. 2 – Ficam proibidas, em todo territógrio nacional,
as drogas, bem como o planto, a cultura a colheita e a
exploração de iegetais e substratos dos quais possam
ser extraídas ou produzidas drogas, ressaliada a
hipógtese de autorização legal ou regulamentar, bem
Art. 2 – como estabelece a Conienção de Viena, das Nações
Unidas sobre substâncias Psicotrógpicas, de 1971, a
Ressalvas à respeito de plantas de uso estritamente ritualístco-
religioso.
proibição
das drogas • Parágrafo único. Pode a União autorizar o planto, a
cultura e a colheita dos iegetais referido no caput
deste artgo, exclusiiamente para fns medicinais ou
cientfcos, em local e prazo predeterminados,
mediante fscalização, respeitadas as ressalias
supramencionadas.
• A necessidade de concessão de autorização legal
e a iedação de per si para o cultio.

• “ O uso ritualístco e religioso da Ayahuasca, há


muito reconhecido como prátca legítma,
consttui-se manifestação cultural indissociáiel da
identdade das populações tradicionais da
Art. 2 Amazônia e de parte da população urbana do
País, cabendo ao Estado não sóg garantr o pleno
exercício desse direito à manifestação cultural,
mas também protege-la, por quaisquer meios de
acautelamento e preienção, nos termos do art. 2,
caput, Lei 11.343/06 e art. 215 caput e §1 c/c art.
216 caput e §1 e 4 da CF” (Resolução nº 1/2010
do CONAD)
• A diferença entre o Art. 16 da Lei nº 6.368/76 e o Art. 28 da Lei nº 11.343/06.

Porte de • Art. 28. Quem adquirir, guardar, tier em depógsito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal,

drogas
drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetdo às
seguintes penas:
• I - adiertência sobre os efeitos das drogas;

para • II - prestação de seriiços à comunidade;

consumo
• III - medida educatia de comparecimento a programa ou curso educatio.
• § 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultia ou colhe plantas
destnadas à preparação de pequena quantdade de substância ou produto capaz de causar dependência

pessoal •
fsica ou psíquica.
§ 2o Para determinar se a droga destnaia-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à
quantdade da substância apreendida, ao local e às condições em que se deseniolieu a ação, às
circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
• § 3o As penas preiistas nos incisos II e III do caput deste artgo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5
(cinco) meses.
• § 4o Em caso de reincidência, as penas preiistas nos incisos II e III do caput deste artgo serão aplicadas
pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
• § 5o A prestação de seriiços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entdades
educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou priiados sem fns
lucratios, que se ocupem, preferencialmente, da preienção do consumo ou da recuperação de usuários e
dependentes de drogas.
A) Descriminalização formal e
transformação em infração sui
A generis.
natureza
B) Descriminalização substancial e
Jurídica transformação em infração do
do art.28 Direito judicial sancionador.
da Lei de
Drogas C) Despenalização e manutenção
do status de crime.*****
Saúde Pública.
Bem
jurídico
Tutelado
Base jurídica
-Art. 196 /CF88
Princípio da Insignifccncia

STF - inicialmente
afastaia a incidência do
STJ é frme em afastar o princípio da
princípio da insignifcância insignifcância.
. Entretanto, em julgados
recentes STF, 1ª Turma HC
110.475/SC.
• – Conforme INFORMATIVO 582 STJ – DIREITO PENAL.
CLASSIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIA COMO DROGA PARA FINS DA LEI
N. 11.343/2006.
• – Classifca-se como "droga", para fns da Lei n. 11.343/2006 (Lei
de Drogas), a substância apreendida que possua canabinoides -
característca da espécie iegetal Cannabis satia -, ainda que
naquela não haja tetrahidrocanabinol (THC).
• Sujeito Atio: Qualquer pessoa
Sujeitos do
Crime
• Sujeito Passiio: Coletiidade
• Adquirir
Condutas
Típicas • Guardar

• Trazer consigo

• Ter em depógsito

• transportar
• Inicialmente cabe ao: Ministério Público e
Distinção Entre a autoridade policial.
o Porte de Conforme estabelece o prógprio Art. 52, I da
Drogas para Lei nº 11.343/06. (Apresentação do
Consumo relatógrio de inquérito)
Pessoal e o • Sistemas possíieis: O sistema de
Tráfco de quantfcação legal/ O sistema de
quantfcação judicial. (Art. 28§2)
Drogas
• 1) Natureza e quantdade da substância
Art. 28 §2 apreendida;
• 2) Local e condições da ação;
• 3) Circunstâncias sociais e pessoais;
• 4) Conduta e antecedentes do agente;
• O princípio da presunção de inocência -
Ônus da Recai sobre a acusação o ônus de
prova demonstrar a culpabilidade do acusado
além de qualquer dúiida razoáiel, e não
sobre este de proiar sua inocência.
Elemento Existem hipógteses em que o manejo é
autorizado (Art. 2 e Art. 31).
normativo do tipo:
“ Sem autorização
ou em desacordo O porte de droga somente será considerado
com determinação tpico se o agente adquirir, guardar, tier em
depógsito, transportar ou trouxer consigo,
legal ou para consumo pessoal, drogas sem
regulamentar” autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar.
• O art. 28 passou a dispor que o crime de
Penas a serem porte de drogas para consumo pessoal
aplicadas ao estará sujeito às seguinte penas:
porte de
drogas para I- Adiertência sobre os efeitos das drogas.

consumo II – Prestação de seriiço à comunidade.


III – Medida educatia de comparecimento
pessoal ao programa ou curso educatio.

Medidas
Art. 28 § 6

Coercitivas para • Ademoestação Verbal –Uma espécie de Censura feita oralmente pelo
magistrado ao acusado, na qual este deie ser adiertdo acerca das

garantia do
consequências inerentes ao descumprimento das penas preiistas no Art. 28.

cumprimento • Multa Coercitia – Demonstrada a inefciência da admoestação ierbal para


assegurar o cumprimento das penas de prestação de seriiços À comunidade e

das penas do
de comparecimento a programas educatias, deierá o juiz aplicar a multa
coercitia cujo ialor deie ser fxado nos termos do Art. 29.

art. 28 • Obs: O descumprimento não caracteriza o crime de desobediência.


• O art 28 §7 da Lei nº 11.343/06, limita-se
O tratamento a dispor que o juiz determinará ao Poder
especializado Público que coloque à disposição do
infrator, gratuitamente, estabelecimento
não é de saúde preferencialmente ambulatorial,
compulsório para tratamento especializado.
• Na imposição da medida educatia a que se refere o
Art. 29 inciso II do §6 do Art. 28, o juiz, atendendo à
reproiabilildade da conduta, fxará o número de dias-
multa, em quantdade nunca inferior a 40 (quarenta)
nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada
um, segunda a capacidade econômica do agente, o
ialor e um trinta aios até 3( três iezes o ialor do
maior salário mínimo.

• Parágrafo único. Os ialore decorrentes da imposição


da multa a que se refere é o §6 do Art. 28 serão
creditados À conta do Fundo Nacional Antdrogas.
• Prescreiem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas,
Prescrição – obseriado, no tocando à interrupção do prazo o disposto nos art.
107 e seguintes do CP.

Art. 30 • “ Dessa forma, é certo dizer que a prescrição da pretensão punitia


abstrata do crime de porte de drogas para consumo pessoal
começa a fuir a partr do momento em que o crime estier
consumado, nos termos do art. 111, I do CP. Na mesma linha, em
se tratando de acusado menor de 21 anos à época do fato
delituoso, o prazo prescricional de 2 anos deie ser reduzido pela
metade. De mais a mais, não há falar em prescrição da pretensão
executógria se o agente condenado pelo delito de porte de drogas
para consumo pessoal estier cumprindo pena por outro crime, em
regime que não permita o cumprimento das penas preiistas no
Art. 28, nos termos do Art. 116 do CP.”
• Art. 31.
Licença
Prévia para a
Produção de
Drogas
• Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, iender, expor à

Tráfco de ienda, oferecer, ter em depógsito, transportar, trazer consigo, guardar, prescreier, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Drogas •


Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
• I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, iende, expõe à ienda, oferece,
fornece, tem em depógsito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destnado à preparação de drogas;
• II - semeia, cultia ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, de plantas que se consttuam em matéria-prima para a preparação
de drogas;
• III - utliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou iigilância, ou consente que outrem dele se utlize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar,
para o tráfco ilícito de drogas.
• Art. 33 caput e §1, 34, 36 e 37.
Tráfco de
Drogas • O Tipo penal preiisto no Art. 37 (Colaborar, como
informante, com grupo, organização, ou associação
destnados à prátca de qualquer dos crimes
preiistos nos art. 33, caput, e §1 e 34 desta lei)
também deie ser rotulado como equiparado a
hediondo.

• Todo esse raciocínio acaba sendo corroborado pelo


Art. 44, caput.
• Doutrina:

• “ em outras palairas, se a tais delitos foi estabelecida


uma série de restrições algumas delas prógprias dos
crimes hediondos e equiparados, somos leiados a
acreditar que, à exceção do art. 35 (associação para
fns de tráfco), que jamais foi considerado
equiparado a hediondo na iigência da Lei anterior
(art. 14 da lei nº 6.368/76), os delitos citados do
art.44, caput, da lei nº 11.343/06 (art. 33, caput. §1,
art.34, art. 36 e art.37) são tdos como “tráfco de
drogas”. (LIMA, 2018, p.1014)
• “Interpretando a contrario sensu o art. 44 da
TRÁFICO DE Lei nº 11.343/06, não podem ser rotulados
DROGAS como tráfco de drogas, e portanto,
equiparados a hediondos os crimes preiistos
nos arts. 28 (porte ou cultio para consumo
prógprio), 33 §2 (auxílio ao uso), 33, §3 (uso
compartlhado), 33 § (tráfco priiilegiado), 38
(prescrição ou ministração culposa), e 39
(condução de embarcação ou aeronaie apógs
o uso de drogas).
• Sujeitos do crime

Condutas tpicas: Importar, 2exportar, ,3remeter,


4preparar, 5produzir, 6fabricar,
• 7adquirir, 8iender, 9expor à ienda, 10oferecer, 11
ter em depógsito, 12transportar,
• 13 trazer consigo,14 guardar,15 prescreier,16
ministrar, 17 entregar a consumo,18 fornecer;

• Elemento subjetio: Dolo.


• Consequências da permanência:
Crimes • 1) Prisão em Flagrante – Art. 303/CPP.
permanentes • 2)Violação domiciliar,
de tráfco de independentemente de préiia
autorização judicial: - Cuidado!!!! Não
drogas pode ser baseada na “intuição” do agente
policial, mas em fundadas razçoes!
• 3) Encontro fortuito de proias.
• Flagrante preparado – Súmula 145 STF.
Flagrante (CF, art. 5º. Inciso LXV)
preparado,
flagrante • Flagrante esperado* - não há qualquer
atiidade de induzimento, instgação ou
esperado proiocação.
• Crimes equiparados ao tráfco de drogas
Tráfco de (Art.33§1):
drogas • 1)Tráfco de matéria prima, insumos ou
produtos químicos destnados à
preparação de drogas.
• 2) Cultio de plantas para o tráfco de
drogas.
• 3) Utlização de local para fns de tráfco.
• Art. 33 §2
Participação
no uso • Não é considerado crime equiparado a
indevido de hediondo, possibilidades distntas:
drogas • A) induzir.
• B) instgar.
• C) auxiliar.
• Art. 33 §3
Cessão
gratuita e 1) Eientualidade
eventual de 2) Ausência de objetio de lucro
drogas para 3) Pessoa do relacionamento
consumo 4) Consumo compartlhado
compartilhado
• Art. 33 § 4  Passíiel de aplicação apenas aos
Causa de crimes do art. 33, caput, e §1.
diminuição de
pena • Pressupostos para incidência da minorante:

• A) acusado primário.
• B) bons antecedentes.
• C) Não dedicação a atiidades criminosas.
• Art. 34.
Tráfco de • Fabricar, adquirir, utlizar, transportar, oferecer,
maquinário iender, distribuir, entregar a qualquer ttulo, possuir,
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
para maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer
objeto destnado à fabricação, preparação, produção

fabricação de ou transformação de drogas, sem autorização ou em


desacordo com determinação legal ou regulamentar.

drogas • Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e


pagamento de 1.200 dias-multa.
• Art.35 – Associarem-se duas ou mais
Associação pessoas para o fm de pratcar,
para fns de reiteradamente ou não, qualquer dos
crimes preiistos nos art. 33, caput e §1, e
tráfco 3 desta lei:

• Pena – reclusão, de 3 (três) a 10 (dez)


anos, e pagamento de 700 (setecentos) à
1.200 dias multa.
A finalidade de associação é direcionada aos crimes
Associação dos art. 33, caput e §1 e 34. (Apenas)

para fns de Concurso de crimes.


tráfco
STJ e a ausência de necessidade de apreensão de
droga e de exame criminológico.

Possibilidade de concurso de crime com o delito


praticado.
• O parágrafo único cria um noio crime
Associação autônomo com pena específca quando
para fns de há associação para prátca dos delitos do
Art. 36.
fnanciament
o do tráfco • Possibilidade de concurso de crime com o
delito pratcado.
• Art. 36 – Financiar ou custear a prátca de
Financiament qualquer dos crimes preiistos nos arts.
o ou custeio o 33, caput, e §1 e 34 desta lei:

tráfco de • Pena – reclusão, de 8 (oito) a 20 (iinte)


drogas anos e pagamento de 1.500 (mil e
quinhentos a 4.000 (quatro mil) dias –
multa.
• Elementos do tpo: Financiar; custear.
Financiament • Consumação e tentatia: Crime
o ou custeio plurissubsistente.
ao tráfco de • Consumação: Consumação Material e
Consumação Formal.
drogas
• Art. 37. Colaborar, como informante, com
Colaboração grupo, organização ou associação
como destnados à prátca de qualquer dos
crimes preiistos nos art. 33, caput e §1, e
informante 34 desta lei:

• Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)


anos, e pagamento de 300 a 700 dias-
multa.
• Mais uma exceção pluralista.
Colaboração
como Distnções realizadas pelo Legislador:
informante Grupo, Organização e Associação.
• Art. 38. Prescreier ou ministrar, culposamente,
Prescrição ou drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-
lo em doses excessiias ou em desacordo com
ministração determinação legal ou regulamentar:

culposa • Pena- detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e


pagamento de 50 a 200 dias-multa.

• Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao


Conselho Federal da categoria profssional a que
pertença o agente.
• Art. 39 – Conduzir embarcação ou aeronaie apógs o consumo de
Condução de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

Embarcação • Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da


apreensão do ieículo, cassação da habilitação respectia ou
ou aeronave proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena priiatia de
liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400

Sob a
(quatrocentos) dias-multa.

influência de • Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas


cumulatiamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis)

drogas
anos e de 400 a 600 dias-multa, se o ieículo referido no caput
deste artgo for de transporte coletio e de passageiro.

Condução de
O art. 39 tpifca apenas a condução de embarcação ou aeronaie.

Embarcação
• A condução de ieículo automotor nas mesmas condições subsume-se
ao Art. 306 do CTB.

ou aeronave • Elementos do tpo: Conduzir.

Sob a
• A) Embarcação;
• B) Aeronaie;

influência de • Sob a infuência de drogas. (A possibilidade de aplicação subsidiária do

drogas
Art. 306 §2 do CTB).
• Art. 40. As penas preiistas nos art. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a

Causas de •
dois terços se:
I – A natureza a procedência da substância ou do produto apreendido e as

Aumento de
circunstâncias do fato eiidenciarem a transnacionalidade do delito;
• II – O agente pratcar o crime preialecendo-se de função pública ou no
desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou iigilância;

Pena • III – A infração tier sido cometda nas dependências de estabelecimento prisionais,
de ensino ou hospitalares, de sedes de entdades estudants, sociais, culturais,
recreatias, esportias ou benefcentes de locais de trabalho coletio, de recintos
onde se realizem espetáculos ou diiersões de qualquer natureza, de seriiços de
tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades
militares ou policiais ou em transportes públicos;
• IV – O crime tier sido pratcado com iiolência, graie ameaça, emprego de arma de
fogo, ou qualquer processo de intmidação difu
• V- Caracterizado o tráfco entre Estados da
Federação ou entre estes e o DF;
• VI – sua prátca eniolier ou iisar a atngir
Causas de criança ou adolescente ou a quem tenha,
Aumento de pro qualquer motio, diminuiída ou
suprimida a capacidade de entendimento
Pena e determinação;
• iII – O agnete fnanciar ou cestear a
prátca do crime.
STJ “ A presença de duas causas de aumento de
pena no crime de tráfco ilícito de drogas não é
causa obrigatógria de majoração da punição em
percentual acima do mínimo preiisto, a menos que
o magistrado, considerando as peculiaridades do
Causas de caso concreto, constate a existência de

aumento de
circunstâncias que indiquem a necessidade da
exasperação”

pena
• Causa de competência da Justça Federal
(Art. 70).

Transnacionalid • Transnacionalidade – pressupõe o intuito


de transferência da droga enioliendo mais
ade e de um país, dispensando, para sua
extraterritorialid caracterização, a efetia ocorrência do
ade resultado.

• Necessidade da droga ser criminalizada


também no país do origem.
• “ No mesmo sentdo, entendendo que ,
para fns de incidência da majorante do
art. 40, inciso I, baasata que as
circunstâncias do crime indiquem que a
droga era proieniente de local fora dos
limites territoriais nacionais” (STJ, 5ª
turma, HC 179.519/SP).
• “No sentdo de que a existência de
mensagens em língua espanhola, no
celular de um dos acusados, a enorme
quantdade da substância apreendida
(quase duas toneladas de maconha) e a
inscrição “indústria paraguaya” em
embalagem utlizada no transporte da
droga autorizam o reconhecimento da
transnacionalidade do tráfco.” (STJ, 2011)
Abuso de • A) Missão de educação;
função
pública, • B) Poder familiar;
missão de
• C) Guarda ou iigilância;
educação
Dependência ou
imediações de
locais onde haja
facilidade de
disseminação
do consumo de
drogas em
virtude da
maior
concentração
de pessoas
Execução do crime com violência, grave
ameaça, emprego de arma de fogo, ou
qualquer processo de intimidação difusa
ou coletiva.
COSTA JUNIOR, Paulo José da.
Direito Penal Ambiental. Editora
Millenium, 2002.

FRANCO, Alberto Silia. Crimes


Referências Hediondos. São Paulo, RT, 2007.

LIMA, Renato Brasileiro de.


Legislação criminal especial
comentada: volume único, 2018

Você também pode gostar