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Piaget (1896 – 1980) via os jogos como meio para o desenvolvimento intelectual. À
medida que a criança cresce, os jogos tornam-se mais significativos e vão se
transformando em construções adaptadas. Para este autor, a classificação dos jogos
é feita segundo três classes que estão em relação estreita com três fases dos estágios
de desenvolvimento defendidos por ele, como podemos verificar de seguida: Fase
sensório-motor (desde o nascimento até aos 2 anos): nesta fase a criança brinca
sozinha e não utiliza as regras porque não tem a noção delas; Fase pré-operatória
(dos 2 anos aos 6/7 anos): surge o jogo simbólico quando a criança brinca e aos
poucos o conceito de regra começa a aparecer nas suas brincadeiras; Fase das
operações concretas (dos 7 aos 11 anos): a criança nesta altura já é um ser social e
quando joga em grupo a existência de regras é fundamental.
Para Vygotsky, o jogo só surge nas atividades infantis por volta dos 3 anos, pois
antes desta idade a criança não consegue interiorizar símbolos para representar o
real através imaginário. Desta forma, Vygotsky (1989) acreditava que é no mundo
ilusório e imaginário da criança que aparece o jogo, onde a criança é um ser ativo
que constrói e cria através das suas interações sociais. Esta ideia defendida por
Vygotsky (1989) de que o jogo é resultado da ação social, confirma a sua teoria
onde ele dá valor ao fator social.
Na concepção de jogo apresentada por Wallon (1981) diz que toda a atividade
exercida pela criança é lúdica, considerando mesmo a fase infantil sinônimo de
lúdico. Sendo o jogo para ele uma atividade espontânea, livre, alega que todas as
crianças devem ter a oportunidade de brincar, uma vez que é por meio do corpo que
elas estabelecem o primeiro contato com o meio exterior; onde as aquisições
motoras levam a um desenvolvimento.