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Guarulhos
2023
Matheus Benite Marques – 4552 / Paulo Henrique da Silva Ferreira – 5057 / Ygor Lopes de
Oliveira - 5132
VOZES DE RESISTÊNCIA GUARULHOS
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Guarulhos
2023
Matheus Benite Marques – 4552 / Paulo Henrique da Silva Ferreira – 5057 / Ygor Lopes de
Oliveira - 5132
VOZES DE RESISTÊNCIA GUARULHOS
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Karla Menedin
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Prof. Luciana Osório
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos
nossos familiares e professores
que nos acompanharam durante
todos esses anos. E dedicamos a
todas as mulheres que sofreram e
sofrem qualquer tipo de violência.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................8
5 AÇÃO E PREVENÇÃO.......................................................................................16
7 CONCLUSÃO.....................................................................................................19
8 REFERÊNCIAS...................................................................................................20
1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos, a violência contra as mulheres tem se intensificado,
especialmente durante a pandemia. Segundo dados do Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), somente em 2020, mais de 105 mil
denúncias de violência contra mulheres foram registradas em plataformas como
"Ligue 180" e "Disque 100".
De acordo com pesquisas do DataSenado de 2017, 27% das mulheres que
sofreram algum tipo de agressão afirmaram não ter tomado nenhuma ação, ou seja,
não denunciaram nem buscaram qualquer forma de ajuda.
Com base nessas preocupações e em outros fatores, desenvolvemos um site
com o propósito de ser uma plataforma segura e acessível. Nosso objetivo principal
é fornecer informações sobre o assunto, identificar diversas formas de agressão e,
sobretudo, instruir sobre como fazer denúncias, seja de forma anônima ou não.
2 DEFINIÇÃO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Aproximadamente 35% das mulheres em todo o mundo foram vítimas de
violência sexual, incluindo estupro e outras formas de agressão sexual. De acordo
com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 43% das mulheres brasileiras
admitiram ter sofrido algum tipo de violência, seja física, sexual ou psicológica. Isso
equivale a 27,6 milhões de mulheres.
Segundo as Nações Unidas, a violência contra a mulher é definida como
"qualquer ato de violência de gênero que resulte ou possa resultar em danos ou
sofrimento físico, sexual ou mental para as mulheres, incluindo ameaças de tais
atos, coerção ou privação arbitrária de liberdade, seja na vida pública ou privada".
A violência contra a mulher abrange qualquer forma de violação dos direitos
das mulheres e de sua integridade física e psicológica, independentemente de onde
ocorra.
Essa violência tem inúmeros impactos na sociedade, indo além das
consequências diretas para a vítima. Quando não é devidamente enfrentada, pode
se tornar um ciclo intergeracional, com crianças que testemunham a violência em
suas casas repetindo esse padrão de comportamento no futuro. Além disso, a
violência intensifica a desigualdade de gênero, contribuindo para a manutenção de
estruturas sociais que discriminam e oprimem as mulheres.
2.1 Fatores contribuintes
A violência frequente está frequentemente associada a problemas sociais
agravantes, como marginalização, desigualdades sociais e o acesso a drogas e
álcool. Os indicadores socioeconômicos estão intimamente ligados a essa questão,
o que significa que fatores sociais, como um baixo Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) e altas taxas de criminalidade no país, podem agravar o contexto no
qual a violência contra as mulheres prolifera. Além disso, existem fatores que
aumentam o risco de perpetuar a violência, incluindo baixa escolaridade, histórico de
abuso infantil ou violência doméstica, atitudes violentas e desigualdade de gênero.
Outros fatores significativos que contribuem para o desencadeamento da
violência contra as mulheres envolvem o consumo de álcool e/ou drogas, exposição
à violência conjugal na infância, conflitos conjugais, normas socioculturais que
legitimam a agressão por parte dos homens e questões econômicas, como pobreza
e falta de oportunidades de trabalho. A falta de apoio à vítima também é um dos
fatores agravantes. Quando os agressores não enfrentam consequências legais e as
vítimas não conseguem buscar medidas legais, seja por falta de conhecimento ou
por medo, isso permite que a violência continue.
A falta de apoio a vítima também é um dos fatores agravantes. Quando os
agressores não enfrentam consequências legais e as vítimas não alcançam medidas
legais, tanto por falta de conhecimento quanto por medo, isso permite que a
violência continue.
2.2 Impactos da violência na vida da mulher e na sociedade
A violência contra a mulher contribui para o aumento dos gastos no setor da
saúde, fazendo com que a sociedade arque com aumento dos custos associadas a
despesas médicas, serviços de apoio e encarceramento.
De acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), a violência
física e verbal acarreta sérios problemas de saúde, abrangendo aspectos físicos,
mentais, sexuais e reprodutivos, tanto a curto quanto a longo prazo para a vítima,
além de acarretar elevados custos sociais e econômicos.
De acordo com um levantamento da Delegacia Especial da Mulher (DEM), em
média, 15 casos de violência contra a mulher são registrados por dia em São Luís, e
42% das mulheres que foram vítimas de violência por parte do parceiro relatam ter
sofrido lesões como consequência. A violência física pode resultar em lesões físicas,
traumas e outros impactos.
A violência sexual pode levar a gestações indesejadas, abortos induzidos,
transmissão de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e problemas
ginecológicos. Uma análise de 2013 afirmou que mulheres que foram abusadas
sexualmente eram 1,5 vezes mais propensas a adquirir uma IST e 2 vezes mais
propensas a sofrer abortos espontâneos, morte fetal, parto prematuro e gerar bebês
com má formação.
As diferentes formas de violência também podem gerar na vítima uma série
de problemas, incluindo depressão, estresse pós-traumático, transtornos de
ansiedade, insônia, distúrbios alimentares, tentativas de suicídio e um maior risco de
desenvolver problemas relacionados ao álcool e às drogas.
O abuso sexual na infância pode levar a um aumento no consumo de tabaco,
álcool e drogas, bem como a comportamentos sexuais de risco.
A violência contra a mulher também pode gerar prejuízos ao desenvolvimento
social e econômico no país, uma vez que limita a participação plena das mulheres
nos polos comerciais e políticos. Segundo o OPAS, após sofrer alguma forma de
violência as mulheres podem sofrer isolamento, incapacidade de trabalhar, falta de
participação em atividades regulares e incapacidade de cuidar de si mesma.
3 LEI MARIA DA PENHA
A Lei Maria da Penha, oficialmente conhecida como Lei nº 11.340/2006, é
uma legislação brasileira que visa combater a violência doméstica e familiar contra
as mulheres. Ela é amplamente considerada um marco na legislação de proteção
dos direitos das mulheres no Brasil.
A Lei Maria da Penha foi criada em homenagem a Maria da Penha Maia
Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio por parte de seu marido,
ficando paraplégica em decorrência dos ataques. A lei foi criada para responder à
necessidade de conter a violência de gênero.
O principal objetivo da Lei Maria da Penha é proteger as mulheres da
violência doméstica e doméstica. Estabelece mecanismos para prevenir, punir e
eliminar a violência baseada no género. A lei também visa garantir que as vítimas de
abuso tenham acesso aos recursos e ao apoio de que necessitam para recuperar e
reconstruir as suas vidas.
A Lei Maria da Penha inclui uma série de salvaguardas que conferem ao
poder judiciário o poder de impor medidas de proteção, como remover os
perpetradores, impedir e limitar o contato com as vítimas e estabelecer tribunais e
tribunais especializados para tratar dos casos. Ela inclui várias ações importantes,
proporcionando às vítimas diferentes tipos de apoio, prestando apoio psicossocial e
orientação jurídica às vítimas, acesso a abrigos para mulheres em risco, etc. A lei
abrange diversas formas de violência, incluindo física, psicológica, sexual,
hereditária e moral.
A lei Maria da Penha teve um impacto significativo na conscientização sobre a
violência de gênero e na proteção das mulheres no Brasil. No entanto, permanecem
desafios, incluindo a implementação de salvaguardas eficazes, a redução da
violência subnotificada e a mudança de atitudes culturais que perpetuam a violência
contra as mulheres.
3.1 Tipos de violência contra a mulher
A violência contra a mulher não se restringe a apenas agressões físicas como
citado anteriormente, a Lei Maria da Penha tipifica 5 classes de violência contra a