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CAJAZEIRAS -PB
2023
ESTÉFANE MILIANO DA SILVA
CAJAZEIRAS-PB
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
2. PROBLEMA DE PESQUISA E HIPÓTESE......................................................................7
2.1 PROBLEMA DE PESQUISA...........................................................................................7
2.2 HIPÓTESE........................................................................................................................7
3. OBJETIVOS........................................................................................................................8
3.1 GERAL..............................................................................................................................8
3.2 ESPECÍFICOS...................................................................................................................8
4. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................9
4.1 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.............................................................................................9
4.2 PERÍCIA X VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.......................................................................10
4.3 ENFERMEIRO FORENSE COMO AGENTE NOS CASOS DE VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA........................................................................................................................11
5. MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................................12
5.1 TIPO DE ESTUDO.........................................................................................................12
5.2 CENÁRIO E LOCAL DE PESQUISA...........................................................................12
5.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA.........................................................................................13
5.3.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO............................................................13
5.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS..............................................................13
5.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS...........................................................13
5.6 ANÁLISE DOS DADOS................................................................................................14
5.7 POSICIONAMENTO ÉTICO.........................................................................................14
5.8 RISCOS E BENEFÍCIOS................................................................................................14
5.8 RESULTADOS ESPERADOS.......................................................................................14
6. CRONOGRAMA...............................................................................................................15
7. ORÇAMENTO..................................................................................................................16
REFERÊNCIAS........................................................................................................................17
APÊNDICES.............................................................................................................................19
ANEXOS...................................................................................................................................24
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1. INTRODUÇÃO
Considera-se violência doméstica “qualquer ato”, conduta ou omissão que sirva para
infligir, reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais, psicológicos ou
econômicos, de modo direto ou indireto (por meio de ameaças, enganos, coação ou qualquer
outro meio) a qualquer pessoa que habite no mesmo ambiente (MACHADO; GONÇALVES,
2003; CURIA, et al., 2020).
A violência doméstica contra a mulher conforme Luz (2016) sempre esteve presente
na sociedade brasileira e do mundo, fazendo do sexo feminino suas principais vítimas. As
mulheres são consideradas vulneráveis e, muitas vezes, dependentes dos seus agressores,
emocionalmente ou economicamente, e sem uma proteção judicial rigorosa e específica, sem
políticas públicas direcionadas particularmente a elas, por reiteradas vezes calaram-se e
resignaram-se às agressões.
A violência doméstica é um fenômeno bastante complexo e composto por diversos
fatores, sejam eles, “sociais, culturais, psicológicos, ideológicos, econômicos, entre outros”
(CAVALCANTI, 2005, p.27). Não atingindo só os lares de estratos mais baixos; segundo
alguns estudos, também médicos, políticos, ou outros de posição social elevada, cometem este
tipo de crimes. Outros estudos mostram ainda que “a violência é o resultado da existência de
uma ordem hierárquica, ou seja, trata-se de alguém que julga que os outros não são tão
importantes como ele próprio e que esta é uma atitude que abre a porta à violência nas
relações” (MACHADO; GONÇALVES, 2003, p.13).
Pesquisa realizada pelo Data Senado (2020) aponta que 27% das mulheres declararam
ter sofrido algum tipo de agressão, sendo que 37% foram vítimas de ex-companheiros e 41%
sofreram agressões enquanto ainda havia laços de relacionamento com o agressor. A mesma
pesquisa menciona ainda que pelo menos 36% das brasileiras já sofreram algum tipo de
violência doméstica e que em 68% dos casos o medo do agressor foi o principal fator para
evitar a denúncia. Das vítimas entrevistadas, 24% responderam que ainda convivem com o
agressor e 34% das mulheres agredidas responderam que dependem economicamente do
parceiro.
A violência doméstica é um dos mais graves problemas a serem enfrentados pela
sociedade moderna. É uma forma de violência que não obedece a fronteiras, princípios ou
leis. Acontece diariamente no Brasil e em outros países embora existam numerosos
mecanismos constitucionais de proteção aos direitos humanos. A violência de gênero contra a
mulher, não obstante a conscientização social, é ainda corriqueira na sociedade, sendo
derivada de uma projeção patriarcal da qual a sociedade se derivou. Nesta sociedade existe
uma tolerância de
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que os homens podem exercer sua virilidade baseada na força e na dominação, que
caracterizam o gênero masculino (ANDRADE, 2012).
As consequências da violência incluem danos significativos à saúde física e mental das
vítimas, com efeitos crônicos de médio e longo prazo levando a lesões físicas e morte
(CURIA, et al., 2020; SANTOS, et al., 2018; SILVA e OLIVEIRA, 2015). As consequências
vão além da dimensão individual, afetando as relações familiares e sociais, causando
isolamento social e prejuízo no desempenho das tarefas laborais, (MENDONÇA,
LURDEMIR, 2020).
A Enfermagem Forense surgiu nos Estados Unidos no ano de 1991. No Brasil, a
enfermagem forense foi pronunciada e reconhecida como uma especialidade no ano de 2011,
apresentada na Resolução 389/2011 de acordo com as competências e leis do Conselho
Federal de Enfermagem (COFEN). A categoria reconheceu a necessidade de uma assistência
qualificada e integral à saúde da vítima, da família e do agressor nos casos de violência
doméstica. A sua finalidade basicamente é contribuir com o público e com a justiça na
resposta dos diversos casos de violência doméstica (LIMA, 2019).
Nos serviços de urgência e emergência e na atuação clínica, o enfermeiro deverá
prestar assistência qualificada visando a manutenção e a promoção da saúde das vítimas. O
enfermeiro deve estar capacitado para lidar com os traumas físicos, psicológicos e sociais de
cada caso, deverá preservar e recolher os vestígios forenses com destreza e agilidade, para que
não ocorra destruição ou contaminação dos vestígios que irá conduzir a justiça para a verdade
(LIMA, 2019).
A enfermagem forense é uma especialidade de grande importância para a sociedade e
também para as mulheres vítimas de violência doméstica. A mesma é coberta pelas
competências técnicas da especialização para um atendimento holístico e humanizado a ser
prestado à essas mulheres, estas competências visam respeito, equidade, sigilo e autenticidade
através da consulta de enfermagem para o tratamento das cicatrizes físicas e psicológicas, e
consequentemente para contribuir com a assistência policial ou judicial, caso está assistência
seja realizada de forma justa, poderá contribuir também com a diminuição do sofrimento das
vítimas.
Desse modo, esta área de atuação deve ser mais difundida, para que se realize uma
assistência qualificada às mulheres vítimas de violência doméstica, visto que o mesmo é quem
deve oferecer os cuidados primordiais. No entanto, é pouco explorada no Brasil.
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2.2 HIPÓTESE
As mulheres jovens, com pouca instrução, tendem a sofrerem maior índice de violência
doméstica. Isso porque as mulheres tendem a ser dependentes financeiramente e permanecem
em silêncio quando enfrentam a violência, sofrem por medo do agressor e por não
conseguirem se sustentar. Sendo que, as mulheres pardas ou negras são as mais atingidas pela
violência, principalmente devido ao contexto histórico em que se encontram, que
normalmente inclui condições precárias de moradia e educação.
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3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Analisar o perfil dos crimes de violência doméstica atendidos na delegacia da mulher no
município de Cajazeiras.
3.2 ESPECÍFICOS
1. Traçar o perfil sociodemográfico da amostra;
3. Discutir sobre a atuação do enfermeiro forense frente aos casos de violência doméstica.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
A violência contra a mulher pode ser definida como qualquer ato ou ação que cause
morte, lesão ou sofrimento físico, sexual, mental, patrimonial ou moral nas esferas pública e
privada. Nesse fenômeno global e complexo, o vínculo entre violência física, sexual e
psicológica se manifesta em episódios repetidos e sobrepostos, e a violência emocional e
moral coexistem com outras formas de agressão (GUIMARÃES, PEDROZA, 2015).
Esse agravo é um problema global e se baseia em relações de poder desiguais, ou seja,
trata-se de violência decorrente da condição desigual dos sexos, que se origina no universo
familiar e as relações entre os gêneros são estabelecidas hierarquicamente (BANDEIRA,
2014). As relações masculinas de poder e apropriação do corpo das mulheres,
perpetuadas durante anos pela cultura patriarcal, continuam sendo um grande propulsor da
violência. As lesões são causadas principalmente por parceiros íntimos, como maridos e
namorados, que se aproveitam dos laços afetivos e da vulnerabilidade à violência da
vítima (BARROS,
SCHRAIBER, 2017).
Independentemente da idade, as mulheres pardas ou negras são as mais atingidas pela
violência, principalmente devido ao contexto histórico em que se encontram, que
normalmente inclui condições precárias de moradia e educação (MOURA et al., 2014).
Alguns autores acreditam que poucos anos de estudo podem contribuir para uma situação de
violência, pois as mulheres que estudaram ou que possuem um nível de estudo maior têm
menos flexibilidade e paciência para suportar situações de violência, além de muitas vezes
serem independentes financeiramente de seus parceiros, enquanto as mulheres dependentes
permanecem em silêncio quando enfrentam a violência sofrem por medo do agressor ou
porque não conseguem se sustentar (MOURA et al., 2014).
Acredita-se que a educação das mulheres reduz a tolerância à violência. Quanto mais
qualificada for a mulher, maiores serão suas chances de encontrar um trabalho remunerado
que aumente sua autoestima e independência. Também se argumenta que as mulheres com
níveis educacionais mais altos têm mais recursos para alcançar maior autonomia e mais
habilidades para reconhecer e interromper relacionamentos violentos (VIEIRA, PERDONA,
SANTOS, 2011).
A exposição ao longo da vida, com violência física também mostrou estar associada a
níveis de renda mais baixos. Embora a violência nesse contexto afete todos os grupos
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5. MATERIAL E MÉTODOS
assistência direta a mulher e que realizam também o encaminhamento para os outros serviços
da rede. Nos finais de semana é o delegado de plantão que recebe e presta o serviço à vítima.
Os riscos serão do tipo leve, pois se trata de dados documentados, no entanto, será
garantido o anonimato dos indivíduos. Os benefícios relacionam-se com a disseminação de
informações quanto ao número de casos para que a população tenha consciência no quanto o
tema é importante para todos, podendo contribuir com a notificação dos casos, e onde o
pesquisador se compromete a divulgar os resultados obtidos.
6. CRONOGRAMA
Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Revisão da X X X X X X X X X X X X
literatura
Revisão do X X X X X X X X X X X
projeto
Envio ao X
CEP
Coleta de X
Dados
Análise dos X
dados
Elaboração X X
do relatório final
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7. ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
APÊNDICE A -
1. Os objetivos com os quais essa pesquisa estará sendo realizada serão: Geral: Analisar
o perfil dos crimes de violência doméstica atendidos na delegacia da mulher no
município de Cajazeiras. E Específicos: Traçar o perfil sociodemográfico da amostra;
descrever as lesões predominantes nos casos de violência doméstica, e sua repercussão
na vida da mulher segundo a literatura; discutir sobre a atuação do enfermeiro forense
frente aos casos de violência doméstica. Para tanto, serão realizados procedimentos
que não trarão quaisquer danos a sua saúde, não apresentando riscos e desconfortos
diretos, entretanto. Os riscos serão do tipo leve, pois se trata de dados documentados,
no entanto, será garantido o anonimato dos indivíduos.
4. Sua identidade e suas informações pessoais fornecidas, serão mantidas em sigilo absoluto
sob responsabilidade do pesquisador, estando o mesmo sujeito às penas previstas na Lei
brasileira;
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5. Cabe a você decidir se deseja ou não participar dessa pesquisa. Se decidir participar deverá
assinar este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, estando ciente de que terá o direito
de interromper o estudo e/ou retirar seu consentimento a qualquer momento durante o
desenvolvimento da pesquisa sem que isso afete seus direitos aos cuidados futuros, implique
responsabilização ou cancelamento dos serviços oferecidos pela instituição. Sua participação
é livre e não implica quaisquer tipos de recebimento de remuneração ou pagamento;
6. Em relação a qualquer dano direta ou indiretamente causado por esta pesquisa, o(s)
Pesquisador(es) do Estudo e seus assistentes e a Instituição serão responsáveis, perante a lei
brasileira, pela indenização de eventuais danos que o participante de pesquisa possa vir a
sofrer, bem como por prestar assistência imediata e integral, nos termos da Resolução 510/16
do Conselho Nacional de Saúde;
7. Os seus dados pessoais e as informações obtidas neste estudo, pelo pesquisador e sua
equipe, serão garantidos pelo sigilo e confidencialidade. Os seus dados do estudo serão
codificados de tal modo que sua identidade não seja revelada;
- Eu entendo que receberei uma via original deste Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. A outra via original será mantida sob a responsabilidade do Pesquisador do
Estudo.
DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas nas Resoluções no
510/16 e 580/18 do Conselho Nacional de Saúde que obtive, de forma apropriada e
voluntária, o consentimento livre e esclarecido do sujeito da pesquisa acima qualificado para a
realização desta pesquisa.
Patos, de de
APÊNDICE B -
TERMO DE COMPROMISSO RESPONSABILIDADE
Cajazeiras- PB de de
ANEXOS