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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA

RELATÓRIO BOTÂNICA BÁSICA E APLICADA


AULA PRÁTICA I - CONTEÚDO CELULAR

Discente:
Fernanda Pires Maschio; RA: 790859

Docente:
Prof. Dr. André Rangel Nascimento

São Carlos
2023
1. PAREDE CELULAR - LÂMINA PRONTA
1.1) Observe um trecho e indique com setas e legendas quais paredes celulares são de natureza
ácida e quais são os de natureza básica.

Há uma diferença de composição entre as


paredes celulares primárias e secundárias,
isso ocorre uma vez que há uma maior
deposição de celulose na secundária,
influenciando na sua densidade e
resistência.
A parede primária é corada pelo azul de
astra na coloração azulada e possui uma
natureza ácida, principalmente em virtude
da presença de pectinas ácidas entre as
fibrilas.
A parede secundária adquire coloração
avermelhada e é rica em lignina com
característica hidrofóbica.

1.2) A semente de mamona (Ricinus communis) apresenta um endosperma com grãos de


aleurona. Foram corados com azul de Nilo e em suas paredes celulares conseguimos ver
sutilmente reentrâncias que são os campos de pontuação da parede celular. Indique estes pontos
com setas e legendas.

Os campos de pontoação permitem a


conexão entre duas células vegetais através
de suas paredes celulares. Sua unidade basal
é o plasmodesmo, o qual é uma região de
ligação entre membranas plasmáticas sem
presença da estrutura da parede e
proporcionam uma continuidade entre as
células.
O conjunto dessas estruturas porosas são
denominados campos de pontoação. Suas
finalidades consistem, entre muitas, em
trocas de nutriente, sinalização celular e
troca gasosa.
1.3) Carúncula de mamona - 400X

1.4) Língua de vaca – Escapo floral

→ Qual a natureza química dos grãos de aleurona?


Os grãos em geral, porém predominantemente os cereais, possuem uma estrutura tecidual
que reveste suas sementes, chamado de aleurona, podendo ela ter camada única como é o caso
do trigo, ou camadas múltiplas como a cevada. Sua composição química é majoritariamente
proteica, contendo também fósforo em forma livre e de fitato e lipídio. Essa camada das
sementes ficam dispostas em uma porção externa do endosperma dessas estruturas e
desempenham importante função no processo de germinação, principalmente em decorrência da
ativação de enzimas como a amilase.
2. SUBSTÂNCIA DE RESERVA

2.1) Batata (artefato) – Observar em 400X

Amiloplastos são os plastos, ou seja, as organelas vegetais, responsáveis pelo acúmulo


e reserva de amido

2.2) Batata – Observar em 400X


2.3) Endosperma de mamona

Os grãos de aleurona, na imagem ao lado, são


as esferas claras dispostas ao longo de toda
faixa observada no microscópio

2.4) Carúncula da mamona - 400X

Os oleossomos, organelas sinalizadas na


imagem ao lado, possuem função de
armazenar lipídios. Ademais, esses plastos
estão em conjunto com estruturas proteicas
chamadas de olesinas que impedem a fusão
entre fosfolipídios de estruturas vizinhas,
mantendo sua estabilidade e delimitação
3. SUBSTÂNCIA DE DEFESA

3.1) Banana-de-macaco (Philodendron


bipinnatifidum)
Observar em 400X

3.2) Banana-de-macaco (Philodendron


bipinnatifidum)
Observar em 400X - idioblastos com drusas

→ Estas substâncias de cor castanha são a parte insolúvel de substâncias fenólicas. Qual a
função delas?
Os taninos são compostos fenólicos presentes nas células vegetais que possuem
funcionalidade no sistema tanto de defesa quanto de proteção das plantas, agindo de diversas
maneiras como por exemplo na defesa de patógenos como fungos, no qual esses compostos são
liberados e agem como substâncias antimicrobianas. Ademais, pode proteger contra danos
mecânicos já que influencia no processo de cicatrização tecidual e também na regulação do
crescimento vegetal, principalmente na parte de desenvolvimento de tecidos de sustentação.

3.3) Banana-de-macaco (Philodendron


bipinnatifidum)
Observar em 400X - idioblastos com ráfides

→ O que são drusas e ráfides? Compare-as e quais são as suas funções.


As drusas são estruturas cristalinas na superfície das plantas, como pequenos cristais,
dispostas em grupos ou em agregados livres que desempenham funções essenciais para a
adaptação vegetal em habitats específicos contra organismos herbívoros. Já as ráfides são
estruturas compostas de oxalato de cálcio que se assemelha a agulhas, por possuir características
pontiagudas e longitudinais e agem principalmente como mecanismo de defesa, assim como as
drusas. Quando os herbívoros fazem o consumo de vegetais com presença de ráfides, essas
estruturas além de perfurar as células desse organismo irá liberar uma substância uriticante/
irritante, como método de defesa para que o consumo dessa planta seja evitada por seus
predadores.
Apesar das duas estruturas serem compostas pela mesma substância ela exibe algumas
diferenças. Além das divergências em sua conformação, as ráfides e drusas se distinguem em
algumas funcionalidades já que apesar do desempenho na defesa contra os herbívoros, as drusas
atuam principalmente na regulação dos níveis de cálcio na célula vegetal.
4. PLANTAS COLORIDAS

4.1) Tomate (Solanum lycopersicum) –


Observar em 400X

A coloração dos carotenóides, como o tomate, ocorre em função da organela


cromoplasto. Esses plastídeos possuem pigmentos que podem conferir cor de verde até
vermelho, passando por tons de amarelo e laranja. Em processos de amadurecimento de frutos e
frutas os cloroplastos podem se converter à cromoplastos a partir da desorganização da
membrana dos tilacóides e a perda da função de realizar fotossíntese.

4.2) Dracena (Cordyline terminalis) –


Observar em 400X

A pigmentação das folhas da Dracena ocorre devido ao acúmulo de antocianina dentro de


seus vacúolos celulares. Essas substâncias pigmentantes são oriundas do metabolismo secundário
dos vegetais e por serem solúveis em água se concentram nos vacúolos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENEZES, Nanuza Luíza de et al. Anatomia e morfologia de plantas vasculares. São Paulo:
USP-UFSCar, 2004.

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