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E
FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
CARLOS BARROS
,
INDICE GERAL
'1 - INTRODUÇÃO
3 - ELEMENTOS NECESSÁRIOS
À AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
•
4- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
6- O FINANCIAMENTO DO PROJECTO
7- O CUSTO DO CAPITAL
8 - A pOLíTICA DE DIVIDENDOS
9 - O RISCO E A INCERTEZA
NA AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
PROJECTO TUTOR
BIBLIOGRAFIA 223
INTRODUÇÃO
15
-.lo.
K
O)
CJ
l"i1
()
Ui
A,
l"i1
Cfl
~
FASES DE DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO ~
~
Cfl
:::J
FASE DE PROJECTO
FASE
DE ~
EMPRESA d
l"i1
=::!
FASE DE CONCEPÇÃO FASE DE IMPLEMENTAÇÃO ~
FASE
~
h
FASE FASE FASE FASE
DE DE DE DE
OPERACIONAL
~
<:
~ IDENTIFICA çà O PREPARAÇÃO AVALIAÇÃO INVESTIMENTO - . Õ
Conclusão
~
""tl
do :o
~
Identificação Formulação
projecto Laboração
das das Formulação Tomada ()
Pré-avaliação Avaliação de~ .,
e e
oportun idades variantes do Planificação Execução Controle Õ
(pré-viabilidade) (viabilidade) ligação avaliação Cfl
de do projecto decisão
a retrospectiva
investimento projecto
projectos
süb-sequentes
-
INTRODUÇÃO
17
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
IDENTIFICAÇÃO DO-PROJECTO
ESTUDO DE MERCADO
RED,É DE DISTRIBUiÇÃO
FORMULAÇÃO PUBLICIDADE
DE PRÉ-VIABILIDADE
VARIANTES
FORMULAÇÃO TECNOLOGIA
DO VIABILIDADE CAPACIADADE PRODUTIVA
PROJECTO LOCALIZAÇÃO
LAy-oUT
PLANO DE INVESTIMENTO
AVALIAÇÃO E DECISÃO PLANO DE EXPLORAÇÃO
PLANO DE FINANCIAMENTO
DOSSIER DO PROJECTO
DE
INVESTIMENTO
RE-ELABORAÇÃO DO PROJECTO
NEGOCIAÇÃO DO FINANCIAMENTO
IMPLEMENTAÇÃO
18
INTRODUÇÃO
19
DECISOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
- Projectos de serviços.
20
INTRODUÇÃO
21
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
avaliação de projectos.
- 'Projectos dependentes:
• Projectos mutuamente exclusivos:
São projectos dependentes de forma que a aceitação de um induz a
rejeição de outro. O exemplo mais comum é o das variantes do
mesmo projecto.
• Projectos complementares:
São projectos dependentes em que a implementação de um induz a
implementação do outro. A complementaridade pode ser de diferentes
tipos: complementaridade comercial ou complementaridade técnica,
situação em que os dois projectos têm que ser analisados conjunta-
mente; complementaridade sequencial, situação em que a adopção
de um projecto depende da odopção anterior (complementaridade
sequencial positiva) do outro projecto ou da não adopção posterior
(complementaridade sequencial negativa) do outro projecto.
22
INTRODUÇÃO
- Projectos convencionais:
São projectos que possuem um ou mais períodos de despesa, ?e-
guido de um ou mais perío os de receitas. Esta classi Icação
-
incorpora 3 padrões de fluxos distintos, a saber:
• Projectos «Point-input, continuous-output»: é o caso clássico do
projecto com despesa no período To seguido de receita nos pe-
ríodos T1, T2 ... Tn.
• Projectos «Point-input, point-output»: é um caso particular de pro-
jecto com despesa no período To e recena no período Ti, com
Ti> To no tempo. Caem neste padrão os investimentos florestais em
árvores que se plantam no período To para corte no período Ti.
• «Continuous-input, point-out ut»: é um caso particular de projecto
com despesas escalonadas ao longo do período de vida e receita
localizada apenas num período, em geral no último período. Cai
neste padrão os investimentos tipo seguro de vida.
- Projectos não convencionais:
São projectos que possuem fluxos de despesa intercalados com fluxos
de receita. Esta classificação incorpora 1 padrão de fluxos, a saber:
• «Continuous-input, continuous-output»: é um padrão quase tão
clássico no domínio industrial, quanto o padrão «Point-input, con-
tinuous-output ••. Neste padrão a despesa é escalonada, tal como a
receita ao longo do período de vida. Caem nesta snuação constru-
ções de centrar.; eléctricas ou substnuiçães de via férrea, em que a
construção decOrre simultâneamente à exploração.
23
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
24
INTRODUÇÃO
- Contratos de serviço.
Os contratos de serviço puro, são do mesmo tipo de contratos de partilha
de produção, mas a remunera ão do investidor estrangeiro é efectuada em
numerário, e o investidor estrangeiro é remunerado pelos serviços de prospec-
25
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Investidor
26
INTRODUÇÃO
- Contratos combinados
Investidor
~I---
Fornecedor 1 Fornecedor 2 Fornecedor 3
ih ih ih
1 2 3 1 2 3 1 2 3
27
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
28
INTRODUÇAo
29
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
CJ~C4)
I
~~~cJJ
5 - Indicadores de rentabilidade do projecto
• VAL
• TIR
• «Pay Back» actualizado
30
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
33
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
34
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
35
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
36
FASES 00 ESTUDO DE AVALIAÇÃO 00 PROJECTO
37
~
~o.
LINHA DE CORTE DE PEDRA rn
Corte de Mosaico (TILE) ~
~
~
,- -
ti)
BLOCO
DE
ROCHA
--t
SERRAGEM
DE
CHAPA
CORTE
DE
TOPOS
l--t
AMACIAMENTO
E
POLIMENTO
CALIBRAGEM
- CORTE
DE
MOSAICOS - ACABAMENTO
PRODUTO
ACABADO
:::!
~
d
l'T1
- porta - Máquina - Máquina • Máquina de Polir • Unha • Torno ::!J
lâminas de corte de corte de tipo ponte de plaquetés - Máquina de furar ~
com 20 de chapa cabeça automática com calibradora • Máquina de Ovais ~
);;
lâminas tipo ponte Móvel • Máquina de Polir e tampos
- talha-blocos cl mesa móvel de bancada cl copiador ~
~
• Máquina - Máquina
• ponte de corte de escassilhar
d
rolante tipo bancada • Máquina ~
- Pórtico de bujardar ]
~
-Instalação de ar
comprimido
pi trabalho d
ti)
de canteiro
• Ferramenta
de canteiro
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
39
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
40
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
• água
• electricidade
• material de conservação e reparação
• ferramentas e utensílios
• material de escritório
J
4. Impostos indirectos
• taxas
• IVA
5. Impostos directos. Imposto de capitais
-: contribuição predial -
6. Despesas com pessoal
7. Outras despesas e encargos
• rendas
• royalties
• q~otizações obrigatórias
8. Amortizações e reintegrações do ex~rcício
9. Provisão do exercício
10. Perdas extraordinárias do exercício
11. Encargos financeiros
• de financiamento do investimento
, • de financiamento da exploração
12. Provisão para impostos sobre lucros
Identificados os inputs do investimento e da exploração está-se em condi-
ções de estimar os CLJstos do investimento e de exploração. .
.
41
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
42
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
43
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
44
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
volume
outros
Tecnologias a adoptar de
custos
produção
I
volume receitas
Estudo de mercado --------_~ de do
vendas projecto
45
DECISOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
46
FASES 00 ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
• As Estatísticas Demográficas.
• As Estatísticas do Turismo.
• As Estatísticas Financeiras.
• Os Censos.
Por vezes é possível e desejável repartir as séries por regiões geográfi-
cas ou por tipo de clientela -para se aferir a elasticidade procura/preço e
procura/rendimento. .
As estatísticas que permitem efectuar comparações internacionais são as
estatísticas da OCDE: '-~-,~---, . . -'---- -----
- estatísHcas do comércio externo (anuais e mensais) por países;
- contas nacionais da OCDE por países
(Vol 1 Principais agregados e Vol 2 Quadros detalhados);
- principais indicadores económicos por países
(mensal; existem estudos retrospectivos);
- prespectivas económicas por países;
- estatísticas financeiras mensais (Vol 1 e Vol 2);
- indicadores da actividade industrial
(trimestral por países e produtos);
- estatísticas do rendimento;
- estatísticas da energia
(estatísticas da energia propriamente ditas, estatísticas do petróleo
e balanços energéticos);
- outras.
Outras estatísticas utilizáveis nas comparações internacionais são as esta-
tísticas do Banco Mundial:
- International Financial Statistics.
- Directions of Statistics (mensal e anual).
- Supplement of Payment Statistics.
- Government Finance Statistics Yearbook.
O sistema estatístico do Banco Mundial é mais vasto do que o da OCDE, na
medida em que a OCDE cobre apenas os países membros, enquanto o Banco
Mundial cobre quase todo,s os países do mundo.
Outra fonte estatístiéa a utilizar nas comparações internacionais, no âmbito
da CEE, são' as estatísticas do Eurost~t. Existe um vasto número de publicações
estatísticas regulares do Eurostat; referem'-se a seguir algumas delas:
"-
- L'Europe en chiffres;
- AC P statistiques de base;
- Comptes Nationaux Sec
47
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
48
FASES 00 ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
49
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
50
FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO
Alguns dos custos são difíceis de calcular item a item, como por exemplo o
custo das existências vendidas. Nesta situação o recurso às centrais de balan-
ços permite obter uma solução. . ( 1r-~040j' )
Existem, neste momento, na economia portuguesa, três centrais de balan-
ços: do BPA, do Banco de Portugal e da Dunn & Bradstreet, qualquer delas é
consultável pelo técnico de avaliação de projectos. As duas primeiras são de
consulta gratufta.
51
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
52
ELEMENTOS NECESSÁRIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
3. 1 - A NOÇÃO DE CASH-FLOW
A
- vantagem
-....
do cash-flow'
relativamente ao lucro é que o cash-flow é um
conceito objectivo, claramente definido, que é registável de forma inequívoca. Por
~xemplo uma venda a prazo é registada na contabilidade enquanto proveito, tradu-
zindo-se no aumento do lucro, contudo enquanto o dinheiro não for recebido pela
empresa não se verifica qualquer alteração no cash-flow.
Os recebimentos e os agamentos efectivos em numerário são os registos
relevantes para a medição do cash-f1ow. -
Acontece que os pagamentos em numerário não se traduzem necessaria-
mente no aumento do saldo de tesouraria, pelo que é incorrecto traduzir-se
cash-f1ow por fluxo de c.aixa.
Na definição do cash~flow
, é importante não só identificar os recebimentos e
pagamentos do projecto em numerário, mas também o período de tempo em
que se verifica esse fluxo, dado que o dinheiro tem valor no tempo.
. O conceito de cash-flow é desagregável em termos do processo sequencial
do projecto de investimento em:
- cash-flow de investimento;
- cash-flow de exploração.
55
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
56
ELEMENTOS NECESSÁRIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
1
3. 1. 1 - Amortizações e reintegrações do exercício
As amortiza ões e reintegrações do exercício são exclu ídas do cash-flow
pelo facto de não serem uma saída de numerári~: As amortizações e reintegra-
ções do exercício são despesas que registam a perda de valor dos
equipamentos utilizados na produção dos bens e serviços os quais têm de ser
substiWídos no fim da sua vida útil de forma a que a empresa possa prosseguir
a sua actividade. Em todos os exercícios, uma proporção do valor contabilístico
do equipamento é considerada custo do exercício, gerando-se desta forma um
fluxo financeiro que permitirá substituir os equipamentos utilizados, quando che-
garem ao fim da sua vidà técnica. Acontece que as amortizações e
~
57
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Cash-flow = I RE- CE - O - K
( 1 + j)t
58
ELEMENTOS NECESSARlOS À AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
O = L A t
t= 1 (1 + r)
Cash-flow = L RE- CE _ A - K
( 1 + i)t ( 1 + r)t
59
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
60
ELEMENTOS NECESsARIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
pelo equipamento tem aceitação no mercado por parte dos consumidores e pos-
sui características técnicas que asseguram níveis de produtividade competttivos
face aos equipamentos concorrentes, de forma tal que o nível de custos assegure
capacidade concorrencial,
Por vezes, em contextos de alterações estruturais e instabilidade, o risco
inerente ao investimento condiciona o período de vida relevante, que tende a ser
fixado de forma subjectiva pelo investidor ou pelo financiador em função da sua
percepção do risco,
+ cash-flow de explora@o
cash-flow de investimento
cash-flow líquido do projecto
+ resultados líquidos
+ amortizações e reintegrações do exercício
+ provisões do exercício
cash-flow bruto da exploração do projecto
= na óptica do capital próprio
- impostos sobre os lucros
cash-f1ow líquido de exploração do projecto
= na óptica do capital próprio
+ encargos financeiros
_c~sh-f1ow líquido de exploração do projecto
= (na óptica do capital próprio e do capital alheio)
+ cash-flow líquido de exploração do projecto
(na óptica do capital próprio e do capital alheio)
cash-flow líquido de investimentos do projecto
= cash-flow líquido do projecto
61
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
1 Para evitar confusões sugere-se a utiliza,ção de fluxo de caixa quando se pretende determinar o
cash-flow na óptica da solvabilidade do projecto.
62
ELEMENTOS NECESSÁRIOS À AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
63
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
1100 = 1000
(1 + 0,1 )
Esta operação designa-se por actualiza ão e é a operação inversa da capi-
talização, permitindo projectar no presente (actualmente) fluxos de rendimentos
futuros.
64
ELEMENTOS NECESSÁRIOS À AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
talização dos juros. O juro vencido fica a vencer juros na unidade de tempo ime-
diatá-:nãVendo juros de juros. '
No contexto do regime de juros compostos há lugar à distinção entre capi-
tal capitalizado e capital primitivo.
A acumulação (capijalização) do capital no regime de juros compostos faz-se
da seguinte forma:
Capital primitivo x
º
Juro vencido no 1 ano ix
º
Capital capitalizado no fim do 1 ano x + ;x =x (1 + ;)
Juro vencido durante o 2º ano ; x (1 + ;) = ; (x + ;x)
Período o
Valor x x(1 + ;) x(1 + ;)2 x(1 + i)3
Períodos:
x x x
Cash-flow actualizado x
1 + I
65
DECISOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Períodos Factores
1
1/(1 + 0,1) = 0,909
1 / (1 + 0,1)2 = 0,S26
1/(1 + 0,1)3 = 0,751
1 / (1 + 0,1)4 = 0,683
períodos: ~ t1 t2 13
x x x x
Períodos:
Fluxo de rendimento x x x
x
actualizado 1 + i
66
ELEMENTOS NECESSÁRIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
x
----::-. Como o fluxo de rendimento é constante - uma anuidade - pode-
(1 + i)3
mos obter a soma de fluxo como uma soma de uma série geométrica de razão
1
(1 + i) .
67
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
- Jn
+Ao
I
-Ao
I
to
Ao - Capital em dívida
Jn - Juros
+ - Recebimento do capital
- Pagamento do capital
ti - Período i
68
ELEMENTOS NECESSÁRIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
o valor no período tn :
Ao = Ao v n + jn V n = Ao (1 + i)- n + jn (1 + i)- n
Vn- factor de actualização
-Jn
+Ao -Ao
I I
to tn
o valor no período tn :
Ao = Jn + Ao v n = Jn + Ao (1 + i)- n
Jn = Ao (1 - v n) = Ao [1 - (1 + i)- nJ
-Ao
Ao -J -J -J
t I I I
to
69
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Jn = Ao . i
Ao = Jn (1 + i)-1 + Ao a
nl
n 1x%
(n - a~ )
n 1x%
Jn = Ao . - - - - - -
n . (1 + i)- n
70
ELEMENTOS NECESsARIOS AAVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
Ao = Jn + Ao a;;l
n 1x%
n - a~x%
Jn = Ao
n
~------~ ----
71
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
72
ELEMENTOS NECESSÁRIOS A AVALlAÇAo FINANCEIRA DO PROJECTO
PLANO DE INVESTIMENTO
(Un: Contos)
CÓDIGO
RUBRICAS 19.. 19.. 19..
POC
TOTAL 1 -
73
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
CÓDIGO
RUBRICAS 19.. 19.. 19.. 19.. 19..
POC
-
1. VENDAS lÍQUIDAS
71
1.1. MERCADO INTERNO
1.2. MERCADO EXTERNO
2. PRESTAÇÃO DE SERViÇOS 72
.
3. TRABALHOS PIA PRÓPRIA EMPRESA 73
4. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO EM CURSO E ACABADA -
5. OUTROS PROVEITOS . 74 a 79
6. TOTAL (1 + 2 + 3 ± 4 + 5) -
7. CUSTO DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS
E CONSUMIDAS NACIONAIS 61
8. CUSTO DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS
E CONSUMIDAS DE ORIGEM EXTERNA 61
9. SUBCONTRATOS 62
10. FORNEC. E SERViÇOS DE TERCEIROS 63
10.1 ENERGIA E COMBUSTfvEIS J
-
10.2 COMISSÕES E ROYALTIES -
10.3 OUTROS FORNECIMENTOS
E SERViÇOS DE TERCEIROS -
11. IMPOSTOS 64
11.1 DIRECTOS -
11.2 INDIRECTOS -
12. DESPESAS COM O PESSOAL 65
13. OUTRAS DESPESAS E ENCARGOS 67
14. AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES DO EXERCfclO
15. PROVISÕES DO EXERCfclO 69
16. TOTAL (7 + 8 + 10 + 11 + 12 + 13 + 14 + 15) -
17. RESULTADOS ANTES DA FUNÇÃO FINANCEIRA (6 -16) -
18. ENCARGOS FINANCEIROS 66
18.1 DE FUNCIONAMENTO -
18.2 DE FINANCIAMENTO -
19. RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
82e 83
E DE EXERCfclOS ANTERIORES
20. RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS (17 -18 ± 19) -
21. PROVISÕES PARA IMPOSTOS SOBRE LUCROS -
22. RESULTADOS UaUIDOS (20 - 21) -
74
ELEMENTOS NECESsARIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
CAPITAIS PRÓPRIOS
CAPITAL SOCIAL
PRESTAÇÕES SUP. DE CAPITAL
SUPRIMENTOS CONSOLIDADOS
AUTOFINANCIAMENTO (2)
CAPITAIS ALHEIOS
MÉDIO E LONGO PRAZO
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
CRÉDITOS DE FORNEC. DE EQUIP.
OUTROS
CURTO PRAZO
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
CRÉDITOS DE FORNECEDORES
OUTROS
TOTAL
APLlCAÇÓES
REEMBOLSOS r
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
MÉDIO E LONGO PRAZO
CURTO PRAZO
CRÉDITOS DE FORNECEDORES
MÉDIO E LONGO PRAZO
CURTO PRAZO
SUPRIMENTOS
OUTROS
MÉDIO E LONGO PRAZO
CURTO PRAZO
DISTRIBUiÇÃO DE RESULTADOS
TOTAL
(1) A preencher até ser atingida a plena capacidade.
(2) Resultados Llquidos + Am'ortizaçôes + Provisões.
75
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
BALANÇO
76
ELEMENTOS NECESsARIOS A AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
ITENS to t1
BENEFIcIO Po x qo Po X q1
CUSTO Po x q 'o Po x q '1
RESULTADO Po (qo - q 'o) Po (q1 - q '1 )
ITENS to 11
BENEFIcIO Po x qo P1 X q1
CUSTO Po x q'o P1 ~ q'1
RESULTADO Po (qo - q 'o) P1 (q1 - q '1 )
77
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
r;P:'
~ ,..,~(J1 =
Para se contabilizar as despesas com o pessoal· é necessário rever a
evolução futura dos salários. .
.
C"<»
)"".
necessário incorporar a valorização que se registará ao longo do período de
vida do projecto nos pro utos acabados, na pro u ão em curso' e nas materias
primas que se valorizam ao ritmo de taxa de inflação especffica de cada um
deles. Em geral, admite-se que a taxa de inflação dos produtos acabados, da
produção em curso e das vendas é idêntica, mas a taxa de inflação das maté- ~
rias primas é diferente.
O diferencial entre taxa de inflação das vendas e taxa de inflação do custo
~ ),,' de vendas é uma renda que, quando positiva, é apropriada ela em resa e
,",v ~~ quando negativa é apropriada pelos fornecedores de matérias-primas.
- O problema de incorporação da inflação relaciona-se neste caso com o cri-
tério valorimétrico adaptado pela empresa. -
Os critérios do custo histórico, uer o FIFO (first in, first out), quer o UFO
(Iast in, first out), quer o custo médio nderáao são inade uados ara aavaliã-
ção a pre os correntes, na medida em que os custos históricos não reflectem as
valorizações inerentes à inflação. O custo a utilizar deverá assegurar a valori-
zação simultânea das existências e do custo das vendas, incorporada da
inflação. Como a autoridade fiscal portuguesa aceita os critérios de custo da
Gestão Orçamental e Previsional (os custos padrões e os custos orçamen-
tados), a questão é resolúvel.
78
ELEMENTOS NECESsARIOS À AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
Po (~ J C/ o) + Po (q1 - C/ 1 )
1 + r
Po (~ - C/ o) + (q1 - C/ 1) Po (1 + i)
(1 + r) (1 + i)
~
~
Do exemplo acima se infere que uma avaliação a preços correntes só dá
resultado diferente da avaliação a preços constantes quando a taxa de inflação
,.;0:.. "",,_
é diferente de rubrica para rubrica. ==-= -
Do exposto conclui-se:
- A avaliação a preços correntes deve fazer-se com os preços das dife-
rentes rúbricas a crescerem de forma diferenciada.
- Mesmo com os preços das diferentes rubricas a crescerem a taxas dife-
rentes a previsão dos preços é uma tarefa difícil. Restrições fiscais
I
79
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
80
ELEMENTOS NECESSÁRIOS À AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO
81
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Ex:
CASH-FLOW
ITENS ÓPTICA 00 PROJECTO ÓPTICA DO INVESTIDOR
82
CRlT~RIOS DE AVALlAÇAO DE PROJECTOS
85
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Rendibilidade do investimento:
86
CRITÉRIOS DE AVALlAÇAO DE PROJECTOS
Ano .Cash-flow
O (100000)
1 20000
2 40000
3 80000
4 100000
87
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Factor de actualização
Ano Cash-flow Cash-flows actualizados
à taxa de 10%
O (100000) 1 (100000)
1 20000 0,9091 18182
2 40000 0,8264 33058
3 80000 0,7513 60104
4 100000 0,6830 68300
Cash-flow actualizado
Ano Cash-flow actualizado
acumulado
O (100000) (100000)
1 18182 (81 818)
2 33058 (48 7~0)
3 60104 11 344
4 68300 79644
88
CRIT~RIOS DE AVALlAÇAO DE PROJECTOS
Inquérnos realizados, mostram que este é o critério mais utilizado nos EUA.
Na Europa a sua utilização é menos generalizada devido ao facto da intervenção
do estado no mercado de investimento socializar o risco de investimento, restrin-
gindo administrativamente os critérios a aplicar.
n
VLA = L Cash-f1ow líquido
t=O (1 + i)t
n
VLA = L R - O _ I
t=O (1 + ;)t
Não se recomenda a utilização da designação VAL para evitar confusões com a noção de valor
acrescentado líquido.
89
DECISOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Factor de actualização
Ano Cash-f1ow Cash-f1ow actualizado
.de 10%
O (100000) 1 (100000)
1 20000 0,9091 18182
2 40000 0,8264 33058
3 80000 0,7513 60104
4 100000 0,6830 68300
. 79644 = VlA
~ VLA O
~i <
pelo que, tanto maior a taxa de actualização tanto menor será o VLA.
Nesta situação, tendo em consideração a f,órmula do VLA, temos que:
j ~ - 1 ~ VLA ~ + 00
n
j ~ O ~ VLA ~ L (R - O) - I na situação normal o VLA é positi-
t vo e atinge o valor máximo
VLA
VLA>O
90
CRITÉRIOS DE A VALIA ÇAO DE PROJECTOS
----
intensivo e taxas de actualização altas a técnicas trabalho intensivo, processo
esteconhecido por aprofundamento das técnicas (capital deepening).
Existe uma hipótese subjacente ao VLA a reter: Os encargos financeiros
(juro) são pagos apenas sobre o capital que se mantém investido.
Vejamos esta hipótese continuando com o mesmo exemplo:
91
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
90000
70000 x (1 . 1) :=
77000
30000 x (1 . 1 )2 := 36300
3 13310
10000 x (1 . 1 ) :=
216610
116610 = 79644
(1 . 1 )4
20000 x (1 . 1 )3 := 26620
40000 x (1 . 1 )2 = 48400
80000 x (1 . 1) = 88000
100000
=
263020
92
· CRIT~RJOS DE AVALJAÇAO DE PROJECTOS
263020 = 179644
(1 . 1 )4
ou seja, o investimento inicial de 100 000 mais o valor líquido actual do projecto
de 79 644.
Afirmar que o projecto gera um VLA de 79 644 significa que o investidor
recebe cada ano parte do investimento realizado, e um juro, à taxa de actualiza-
ção de 10% sobre o capital investido.
O reinvestimento, à taxa de 10% dos cash-flows gerados pelo projecto, rende
uma importância, cujo valor actual é o capital investido mais o VLA.
O critério do VLA é um critério que atende ao valor do dinheiro no tempo,
valorizando os cash-f1ows actuais mais do que os cash-flows futuros, e admite
como hipótese implícita que os cash-flows gerados pelo projecto são reinvestidos
à taxa de actualização do projecto. .
Este critério, embora seja favorecido por todos os manuais de avaliação de
projectos, pela sua coerência, simplicidade de cálculo e consistência no contexto
da selecção de projectos, possui alguns inconvenientes, como sejam a sensibili-
dade face à taxa de actualização, e o facto de não ter em consideração a
solvabilidade do projecto (o critério aceita um projecto com cash-flows negativos
ao longo da sua vida, desde que no último ano o cash-flow gerado origine um
VLA positivo. Um projecto nestas condições tende a ter problemas de tesoura-
ria). No entanto o maior inconveniente do critério reside na sua interpretação.
J
93
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
VLA
O~ critério
de decisão inerente à TIR consiste na implementação do projecto
? sempre que a ~IR res ectiva se'a su erior à taxa de juro de referência. A TIR
enquanto critério de decisão exige sempre uma taxa de juro de referência, sen-
do a rendibilidade do projecto medida quer pela diferença (TI R - taxa de
referência) quer pela taxa média
TI R - taxa de referência
taxa de referência
TAXA VLA
10% 79644
TIR o
35% (626)
94
CRITÉRIOS DE AVALlAÇAO DE PROJECTOS
34% 1 465
TIA O
35% (626)
TIR = 34,7%
95
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
96
CRITÉRIOS DE AVALlAÇAO DE PROJECTOS
~
A taxa interna de rendibilidade integrada é a taxa que em função de uma
,. hipótese realista de rendibilidad~ dos capit is recupera os a rendibilidade do
cap' a iniCia mente investido durante o período de vida do projecto .
• ~;m!7\"
r r*
o O
0,1 27,3%
0,347 34,7%
97
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
ratio S/C =
R - Receitas de exploração;
C - Despesa (custo) da exploração;
[ I - Despesa de investimento.
o ratio
benefício-custo em termos brutos relaciona o valor actual dos bene-
fícios brutos com o valor actual dos custos de exploração e do investimento.
j
Como L (1
R t
+ i)
é por definição positivo, um projecto é rentável quan,.
do o ratio S/C > 1.
L (Rt - Cd
ratio s/c = _-,-(_1_+_i),--t_
I
~ (1 + i)t
o ratio
benefício-custo em termos líqukJos relaciona o cash-f1ow de explora-
ção com o cash-flow de investimento. Como nos projectos rentáveis
L (Rt - Ct}
(1 + i/
é positivo, a condição de aprovação de um projecto é o ratio B/C > 1.
98
CRIT~RIOS DE AVALlAÇAO DE PROJECTOS
Entre dois projectos cor'~correntes opta-se pelo que possui maior ratio B/C.
O ratio B/C em termos líquidos no exemplo que temos vindo a tratar é:
Rt - Ct
L (1 + i)t
Cn = 26378
99
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
179604 = Cn . 3,791
Cn = 47376
100
SELECÇÃO DE PRaJECTOS DE INVESTIMENTO
5. 1 SELECÇÃO DE PROJECTOS
MUTUAMENTE EXCLUSIVOS
103
DECISOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Os dois projectos têm TIR e ratio B/C idênticos, mas o VLA do Projecto A é
superior ao VLA do projecto B; como o objectivo do investimento é criar a máxi-
ma riqueza possível, opta-se pelo projecto A, a não ser que seja possível optar
pelo projecto B e investir os restantes 9 000 num projecto com taxa de rentabili-
dade idêntica ou superior. A opção pelo projecto B consiste em admitir-se que se
implementa o projecto B mais o projecto (A - B).
VLA
to t1 t2 f3 (10%)
TIR
VLA
7402
49,2% Taxa
de desconto
104
SELECÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO
Período VLA
10 t1 t2 TIR
(10%)
Projecto
Projecto A (10000) 7000 7000 7000 7407 48,7%
Projecto B (1 000) 800 800 800 989 60,7%
De acordo com o VLA opta-se pelo projecto A, de acordo com a TIR opta-se
pelo projecto B. Calculando o VLA e a TIR do projecto diferencial, tem-se:
Período VLA
10 t1 t2 TIR
(10%)
Projecto
A empresa tem duas opções: opta pelo projecto A de acordo com o VLA,
opta pelo projecto B + (A - B) de acordo com o critério da TIR, mas
B + (A - B) = A pelo que se conclui que a TI R ignora a escala do projecto,
devendo adoptar-se neste contexto o critério do VLA.
Para seleccionar projectos de diferentes dimensões utiliza-se o critério de
VLA, dado ser o único critério que reflecte a dimensão absoluta do investimento.
A TIR e o ratio B/C não reflectem as diferenças de dimensão de projectos
mutuamente exclusivos por serem expressos em termos relativos, Le., por taxas.
Vejamos um exemplo
105
DECISOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
VLA TIR
Ratio Bfe
10 t1 t2
(10%) (10%)
Projecto
Projecto A (10000) 7000 7000 2148 25,7% 1,214
Projecto 8 (15000) 19000 2272 26,7% 1,15
to t5
VLA
(10%)
Projecto
Projecto A (10000) 7000 7000 (10000) 7000 7000 3763
Projecto 8 (15000) 19000 (15000) 19000 (15000) 19000 5703
106
SELECÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO
Período VLA
to t1 t2
(10%)
Projecto
Projecto A (10000) 7000 7000 2148
Anuidade equivalente
1 237 1 237 2148
ao proj ecto A a 10%
Projecto B (15000) 19000 2272
Anuidade equivalente
2499 2272
ao projecto B a 10%
2148 = anuidade x a
21 10%
2148 =' anuidade x 1736
. 2148
anUidade = 1736 = 1237
2272 = anuidade x a
1l10%
. 2272
anuidade = 0,909 = 2499
107
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
VLA
to t1 t2 13 (10%)
TIR
Projecto
108
SELECÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO
to
to
109
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
e o VLA da alternativa 8 é:
(250000) = 227273
1,1
110
SELEcçAo DE PRaJECTOS DE INVESTIMENTO
X = 0,15 = 075
0,2 '
Custos unitários
totais
·Õ,3...---------"""""'~--
0,1
0,7'= Percentagem
da capacidade
utilizada
111
SELEcçAo DE PRaJECTOS DE INVESTIMENTO
A instalação manual possui custos fixos anuais por unidade inferiores à ins-
talação automática, mas possui custos variáveis superiores.
Se o equipamento laborar em pleno emprego o custo de laboração será:
• instalação manual 0,9 + 0,1 = 1;
• instalação automática 0,75 + 0,3 = 1,05.
Em pleno emprego a instalação manual é preferível por ter um menor custo
unitário; mas abaixo do pleno emprego a situação poderá ser inversa.
Calculando o ponto crítico da produção conjunta, ponto em que os custos
unitários totais dos dois tipos de máquina sejam iguais:
X = 0,15 = 075
0,2 '
Custos unitários
totais
0,31-----------:::;::to1~--
0,1
0,75 Percentagem
da capacidade
utilizada
111
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
to
VLA
(10%)
Projecto 1 000 (2 000) 1 500 386
VLA
TIR
(10%)
Projecto (1 500) 10 000 (10 000) (673) 22,5%
444%
112
SELECÇÃO DE PRaJECTOS DE INVESTIMENTO
Cash-flows
actualizados
Taxa
de actualizaçáo
113
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Período Valor
1 10000
2 5000
3 1 000
• VLA
- Substituição no 11l ano:
~
- Substituição no 3º ano:
114
SELECÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO
Hipótese de VLA
substituição
to t1 t2
(10%)
115
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Considere-se o exemplo:
116
SELECÇÃO OE PROJECTOS OE INVESTIMENTO
tem de
projecto C. O índice de rentabilidade selecciona primeiro o projecto a, depois o
C e por fim o A.
O índice de rentabilidade permite hierarquizar os projectos sob certas hipó-
teses, nomeadamente o custo do capital ser independente da decisão de
investimento, os projectos não serem mutuamente exclusivos e as restrições de
capital se verificarem apenas num único período de tempo.
Quando as restrições de capital se verificam em mais do que um período
de tempo, o rátio benefício-custo ou índice de rentabilidade não fornece solução
para o problema.
Se no exemplo acima adicionarmos um novo projecto, o projecto D, tem-se:
117
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Max.
16446 X1 + 11343 X2 + 9462 X3 + 13000 X4
sujo a:
10000 X1 + 5000 X2 + 5000 X3 + O X4 $ 10
o$ Xi $ 1 com ; = 1, 2, 4, 4
1-18
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
"D(v{~,qs
fl'\/ ""
"V CA ~ rt-f\.l~
, .
l t{O'ôI·l..C ~AbD
~ ~ RN\ ,v E.UTE S
121
DECJSOES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Balanço
Activo S.L.
• Imobilizado
Liquido • Capital social
• Créditos de
• Reservas
médio e longo
prazos
Passivo
Débitos de médio
e longo prazo
• Existências
Débitos de
· Créditos de
curto prazo
curto prazo
• Disponibilidades
ou,
Balanço
Activo Fixo
CapitaIs
Permanentes
·"0-'-"
.. -:-
;0. :.,:;.:_:_:_;_.
•••
Activo
circulante Passivo
Circulante
CP - capitais permanentes
FML = CP - AF AF - activo fixo
= CC - PC CC - capital circulante
PC - passivo circulante
A existência de fundo de maneio positivo significa que a empresa financia
na íntegra as aplicações em imobilizado e crédito de médio e longo prazo com
capitais permanentes, possuindo ainda um saldo líqUido positivo nos capitais
permanentes.
Como
Activo = Passivo + Situação líquida,
6 FM L = 6 C. P. - 6 A. F. t, - Símbolo de acréscimo
t, FML - Variação no Fundo
I de maneio
r
AF - Activo fixo
Variações no capital social
CP - Capital permanente
(entradas de capital)
Variações no exigível
a médio e longo prazo
1
Variações na reserva
~
Resultados
123
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO OE PROJECTOS
Das rubricas acima referidas umas são mais importantes que outras, dado es-
tarem associadas à exploração do projecto. A variação no fundo de maneio que
resulta da variação nos itens acima referidos, pode ser positiva ou negativa.
Quando é positiva acentua as necessidades de fundo de maneio; quando é ne-
gativa, diminue as necessidades de fundo de maneio.
As necessidades de fundo de maneio sitivas têm de ser financiadas. As fon-
tes de financiamento possuem custos distintos, a que há que atender aquando
12.1
o FiNANCIAMENTO 00 PROJECTO
125
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO OE PROJECTOS
CP :2' 25%
AT
CP - capital próprio
AT -
-------
activo total líquido
(rúbrica -que na fase inicial corresponde ao investimento em capital fixo)
Veremos de seguida que estas regras não possuem qualquer base científica.
constituindo, em geral, uma imposição dos financiadores. por forma ao projecto
poder fazer face aos encargos futuros.
126
se a forma de financiamento do projecto influencia a respectiva rendibilidade;
será que dois projectos do mesmo montante (com cash-flows idênticos) poderão
ter rendibilidade diferente se forem financiados de forma diferente? Veremos que
a resposta é afirmativa:
127
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
1 Ko = K Ke + D Ki
K+D D+K
Escola Clássica
%
~ k e - taxa de rentabilidade do capital próprio
Escola Tradicional
Vejamos o exemplo:
Sejam 4 projectos de investimento com idêntico investimento total e idêntica
rendibilidade, mas com diferente estrutura de capital.
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
Keda. - K,dP
dKe = - - - - - = -
a.
Ida. I = Idp I e Ke > Ki ::::) dKe > O.
1'Ul
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Note-se que o que distingue a escola tradicional da escola clássica são fun-
damentalmente as hipóteses sobre expectativas racionais versus expectativas
adaptativas, e a hipótese de inexistência de arbitragem no mercado.
Uma situação de arbitragem no mercado é uma situação em que é possível
obter um lucro sem investir nem correr riscos; esta situação é inconcebível num
mercado em equilíbrio.
Um exemplo de um lucro de arbitragem, numa transacção entre dois agen-
tes pode ser descrita através do seguinte exemplo, devido a Varian (1987):
Um professor de economia e um agricultor estavam à espera de um auto-
carro.
Para passar o tempo o agricultor sugeriu que jogassem.
«Que tipo de jogo?» perguntou o professor.
«Bem, que talo seguinte jogo», respondeu o camponês. «Eu pergunto-lhe
uma pergunta e se você não conseguir responder, paga-me 100$00. Depois
você pergunta-me outra pergunta, e se eu não conseguir responder, pago-lhe
100$00.n
«Parece-me um jogo atractivo, para passar o tempo enquanto não chegar o
autocarro n, respondeu o professor; «mas tenho de avisar-lhe que não sou um
cidadão vulgar. Sou professor de economia.
«Ahn respondeu o agricultor, «nesse caso devemos alterar as regras do
jogo. Se eu responder à sua questão você paga-me 100$00; mas se eu não
responder à sua questão, pago-lhe apenas 50$00».
«Sim», respondeu o professor, «isso parece-me uma proposta justa".
«Ok,) disse o agricultor; a minha primeira questão é a seguinte: qual a coisa
qual é ela que sobe a montanha com sete pés e desce-a apenas com três pés?
O professor ponderou a pergunta, até que concluiu: «bem, tenho de me
reduzir à evidência, não sei o que é que sobe uma montanha com sete pés e a
desce apenas com três».
«Nesse caso terá de me dar 100$00n, respondeu o agricultor. Após dar os
100$00, o professor comentou: «agora é a minha vez. Que coisa é essa que
sobe a montanha com sete pés e desce apenas com três»?
O agricultor respondeu-lhe que também não sabia, e devolveu-lhe 50$00.
(Vide Varian, 1987, pág. 55).
A situação acima é uma ilustração de um lucro de arbitragem. A transacção
envolve pagamentos e recebimentos em dinheiro que resulta num lucro seguro. A
oportunidade de arbitragem aparece devido à assimetria ~e informação existente
entre o professor e o agricultor.
A escola tradicional de financiamento mostrou que se uma empresa pudesse
mudar o respectivo valor de mercado alterando o ratio capital próprio/capital
alheio, os accionistas envolver-se-iam em transacções de portfolio que gerariam
131
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
132
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
um rendimento de 279 (1000 x 279%,) que líquido dos juros a pagar lhe dá
279 - 7% x 349 = 254.
A situação de arbitragem verifica-se porque o investidor vendeu no porttolio
inicial, a sua participação no projecto mais valorizado, o projecto 8*, e adquiriu
acções no projecto B, o menos valorizado. A alteração no portfolio mantém o
mesmo nível de risco do portfolio inicial, aumenta o valor do portto/io, mantém o
mesmo nível de rendimento (254) e o investidor retém ainda parte da venda
(1200 - 1046 = 154). Conclui-se que com o capijal inicial, ao alterar a sua com-
posição o investidor está em condições de aumentar o valor do novo portfolio,
manter a mesma taxa de rendibilidade e ainda embolsar parte da venda.
Como os projectos mantêm o mesmo nível de risco de exploração, e como
o investidor manteve o risco do portto/io, assim como a taxa de rendibilidade, o
valor que embolsa é um lucro de arbitragem.
Num mercado com informação imperfeita, esta situação é impossível de
acontecer, dado originar operações de arbitragem, por forma a que o preço das
acções do projecto sobrevalorizado têm tendência a descer, enquanto o preço
das acções do projecto subvalorizado têm tendência a crescer, até atingirem o
equilíbrio, Le., até que o valor das duas empresas seja idêntico.
Quando os investidores podem endividar-se nas mesmas condições que as
empresas, não existe justificação para que uma empresa endividada possua va-
lor superior a uma empresa sem dívidas.
Quando as empresas se podem endividar em condições preferenciais aos
investidores individuais, o valor da empresa endividada será igual ao valor da
empresa não-endividada mais a economia de encargos de que a empresa bene-
ficia relativamente aos accionistas.
133
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
11. Taxa de rentabilidade do capital alheio (k;) 10% 10% 10% 10%
12. Taxa de rentabilidade do capital próprio
k d
9/1 = ( k + d . k e + k + d . k;) 36% 13,5% 12% -
(1) Note-se que sendo o capital total igual ao capital alheio, mas sendo a taxa de rentabilidade
do capital alheio, por hipótese, igual e constante de projecto para projecto, parte da rentabilidade
do capital total não é apropriável pelo capital alheio. Como não há capital próprio,
a situação descrita pelo projecto O torna-se inconsistente.
134
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Esta poupança fiscal deve ser capitalizada à taxa ki segundo Myers (1974)
pelo facto da poupança sob o imposto assentar nos encargos financeiros sendo
portanto da mesma classe de risco; neste exemplo ter-se-ia:
~ = 320 __8__ = 80
0,1 0,1
135
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
136
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Empresa A Empresa B
1. Resultados operativos antes
de encargos financeiros e impostos 1000 1000
2. Encargos financeiros O 500
3. Resultado após encargos financeiros 1000 500
4. Imposto si rendimento (40%) 400 200
5. Resultados líquidos 600 300
6. Juros a pagar ao investidor o 500
7. Dividendos a pagar ao investidor 600 300
8. Rendimento total obtido pelo investidor 600 800
9. Imposto sobre o rendimento
dos particulares (40%) 240 320
10. Cash-Flow total obtido 360 480
com:
I - encargos financeiros
R - resultado operativo antes de encargos financeiros e impostos.
138
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Projecto A Projecto B
Cash-flow 1000 (1 - 0,20) (1 - 0,2) 500 (1 - 0,4) + (1000 - 500) [1 - 0,20 (1 - 0,1)] =
líquido = 640 = 300 + 360 = 660
Investidor A Investidor B
Taxa de imposto
sobre rendimento de juros 30% 40%
Taxa de imposto
sobre rendimento de dividendos 10% 10%
139
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
taxa de
oferta
imposto
procura
volume do
empréstimo
140
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Taxa de
oferta
imposto
procura
Volume do
empréstimo
141
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
1A?
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
Valor da empresa
náo endividada
Nfvel de
endividamento
Estrutura de
endividamento
143
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
tal alheio, mas não especificam qual a estrutura que maximiza o valor da empre-
sa. A interdependência entre a fiscalidade da empresa e a fiscalidade privada
permite definir estruturas de capital óptimo globais, coexistentes com diferentes
estruturas individuais.
Abandonando o quadro de referência fiscal é possível estabelecer a depen-
dência entre estrutura de capital e o valor da empresa num contexto de
informação imperfeita. Num contexto de informação imperfeita, a informação a
que os diferentes agentes (gestores, accionistas, banqueiros) têm acesso é dife-
renciada, de forma que um dos agentes tem vantagem na negociação.
~ A informação as.§!!!!.étrica divide-se em duas linhas:
- A selecção adversa (adverse selection);
- O azar moral (moral hazard).
1d4.
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
V~
1- O endividamento reduz as fontes de conflito entre accionistas e dirigentes.
145
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Custos de
agência Custos de agência
totais
Custos de agência
do capital alheio
Custos de agência
do capital próprio
Nível de
endividamento
Óptimo
147
DECISÓES OE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
148
o FINANCIAMENTO DO PROJECTO
149
o CUSTO DO CAPITAL
153
DECIS6ES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
K -ve K +K,' O
o - '" K + O K + O
K O
Ko = Ke K + O + Ki (1 - T) K + O
~
~~ _::=..
% em termos do
Valor Valor Custo
valor de mercado
de mercado do balanço
Capital próprio 1 000 1 200 0,666 20%
Capital alheio:
- Obrigações A 300 300 0,2 15%
- Obrigações B 200 150 0,133 12%
Total 1 500 1 650
154
o CUSTO DO CAPITAL
155
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
São várias as causa que explicam a variação do ratio, como por exemplo,
o nível de actividade da empresa, o nível de risco, a dimensão da empresa, etc.
O custo do capital médio ponderado não explica em que medida essas causas
determinam os diferentes ratios observados na realidade.
Um conceito relacionado com o custo médio é o custo marginal do capital.
O custo marginal do capital é o custo da última unidade de capital utilizada. No
exemplo anterior tinha-se:
Situação inicial:
Capital próprio: 1000 x 0,20 = 200
Capital alheio: 300 x 0,15 = 45
200 x 0,12 = 24
269
156
o CUSTO DO CAPITAL
157
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
consideração dos fluxos de rendimento haverá que atender aos impostos sobre
a empresa e aos impostos sobre as pessoas físicas; os fluxos relevantes são
líquidos de impostos.
158
o CUSTO DO CAPITAL
159
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRQJECTOS
Dl D1 (1 + g) Dl (1 + 9 )2
P = (1 + Ke ) + (1 + Ke )2 + (1 + K )3
e
+ ...
D1
=
Ke-g
D1
Ke--+g
- p
L e
K = ~ E-ganho por acção;
P - preço da acção.
160
o CUSTO DO CAPITAL
D E- as despesas de emissão.
Ke = P _ E +g
D
Ke -- - P + g
161
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PRaJECTOS
r-
qU"e se pode estimar o custo do capital alheio a partir da expressão:
I = 1 O,K'
(+ ;)
+ D2 2 + ... + ----'-'---
(1 + K';)
On
(1 + K,;)n
162
~
I
o CUSTO DO CAPITAL
,= 01 D2 :::~ .. On
1
(1 + K ;) ( + g)
t + 2 2 + ... +
(1 + K' i) (1 + g) (1 + K' j)n (1 + g )n
. ..,
163
DECISÓES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
nível de risco do capital alheio e que o custo do capital médio ponderado é uma
média ponderada do custo do capital próprio e do custo do capital alheio.
A qualidade da estimativa do custo do capital médio ponderado depende da
quàlidade das estimativas das suas componentes. A qualidade da estimativa do
capital próprio depende da taxa de juro sem risco de mercado, da estimativa do
risco de mercado e do risco especffico para a empresa.
Em cada momento, os analistas financeiros têm opinião sobre quais são os
valores razoáveis para essas estimativas.
A qualidade da estimativa do custo do capital alheio depende da forma de
cálculo utilizada. É conveniente ter presente que o capital alheio sujeito a juros é
apenas uma parte do capital alheio total, já que algumas componentes do capital
alheio, como os fornecedores, não dão origem, em geral, ao pagamento de
juros. Por esta razão, quando se determina o custo do capital alheio utilizando
apenas as componentes sujeitas a encargos financeiros, e depois se utiliza o capi-
tal alheio total para ponderar o custo do capital médio ponderado. introduz-se um
enviesamento por excesso na estimativa do custo do capital médio ponderado.
164
o CUSTO 00 CAPITAL
ANEXO AO CAPíTULO 7
Ko = Ke =
X x- rendimento líquido operativo
Vn ko - custo do capital médio ponderado;
k e - custo do capital próprio;
Vn - valor de mercado da empresa
financiada apenas com capital próprio.
Demonstração:
Dadas duas empresas com o mesmo rendimento líquido operativo e o mes-
mo nível de risco, com uma das empresas financiada apenas com capital
próprio, possuindo um valor de mercado Vn , e a outra financiada com capital
próprio e capital alheio, possuindo o valor de mercado V1, de forma que:
165
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCiAMENTO DE PROJECTOS
X
Vn = -
Ke
X
Ko = K e = -
Vn
D
Ke :::: Ko + (Ko - K;
K
K D
Ko :=: Ke K + O + K; K + D
Demonstração:
O valor da empresa financiada com capital próprio e capital alheio é:
x = Ke K + Ki 01
Ko ::::-
X
Vl
::::
K
Ke . - + Ki~
V1 V1
K O
:::: Ke . + Ki
K O K O
167
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
K O
Ke - - - = Ko - K i - - -
K+D K+D
K + O O K+D
K e = Ko K - Ki
K+D K
Ke = Ko + (Ko - Ki) K
o
K O
K o = K e K + O + Ki ( 1 - t) K + O
168
o CUSTO 00 CAPITAL
K e = Ko + [Ko - K; (1 - I) I-º-
K
Oemonstraçtio :
Tendo presente a argumentação anterior sobre a impossibilidade de situa-
ções da arbitragem persistentes no mercado, considere-se:
x = Ke . K + K;(1 - I) O,
Por detinição
X
Ko = - V,
K
Ko = Ke - + K, (1 - t) OL
VI V,
K O
K o = K. --:-;-'-'---=- + K; (1 - I) --:-;-=---=-
K+O K+O
O
K e = Ko + [ K o - K; (1 - I) J K
K O
Ko = K e (1 - I) --:-;-'-'---=- + K; ...,.,.-=---=-
K+O K+O
169
DECls6Es DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROfECTOS
170
\ jJ
A._d. _ Lp
~JvIDENDOS
173
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
com:
r (t) - taxa de juro sem risco;
dj (t) - dividendo por acção pago pela empresa no período t;
Pj (t) - preço de uma acção da empresa no período t.
= dj (t) + Pj (t + 1)
1 + r (t)
com:
o (t) = n (t) . d (t) dividendos totais pagos aos accionistas no ano t;
V (t) = n (t) . P (t) valor total da empresa no início do período t;
n (t) - número de acções em circulação no início do período t;
m (t + 1) - número de acções vendidas ao preço P (t + 1).
o
capital que é necessário emitir para financiar o investimento que não é
financiado com a retenção de lucros é:
=
X(t) - 'el) + V(t + 1)
1 + r (t)
175
~::::;'f'~) LíTICAS DE DIVIDENDOS ACTIVAS
lolítica de dividendos por parte da empresa é uma
dos negócios e também da teoria financeira, em-
l uma posição minoritária. Os defensores desta
política consideram que os accionistas preferem dividendos à retenção dos lu-
cros na empresa e que o aumento dos dividendos se reflecte no aumento das
cotações das acções da empresa na bolsa.
Esta posição é defendida por diferentes autores, como Gordon (1959), e é
actualmente suportada pelas teorias que defendem políticas de dividendo óptimas.
176
.ti FOLlTlCA Oe ,~, ViDE iiOOS
que a gestão seja incentivada a emitir sinais verdadeiros; que o sinal não possa
ser emitido por empresas em má situação económica; que o sinal esteja correla-
cionado com a actividade da empresa e que não existam outras formas mais
eficientes de enviar o sinal.
O..... dividendo é um sinal <]!!.e verifica as condições acima, já que é um sinal que
as em resas com problemas financeiros não podem implementar, devido ao risco
de falência associado; por outro lado, os gestoreSf8fí1Tnteresse em enviar sinais
verdadeiros, dado que o envio de um falso sinal, quando possível, permite a resolu-
ção imediata do problema, mas a prazo sobrevém o risco de falência, com as
consequências ao nível do prestígio do gestor. Por fim, um sinal eficiente é um sinal
177
DECISÔES OE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO OE PROJECTOS
mento tendem a distribuir dividendos pelo facto de não terem aplicações sufi-
cientes para os fundos gerados, tendo em conta as preferências dos accionistas.
Será que as acções das empresas que distribuem maiores dividendos tem
maiores cotações? Esta questão é fundamentalmente uma questão empírica, e
tem sido bastante testada. Se as empresas que distribuem maiores dividendos
têm maiores cotações, os investidores exigirão taxas de rendibilidade superiores
para as acções com elevados dividendos.
Brennan (1970) concluí que as acções com maiores dividendos possuíam
menores cotações. ~ack e Scholes (1974) concluíram que o valor da acção era
inde endente do dividendo.
Litzenberger e Ramaswany (1979) concluíram que as acções com maiores
dividendos possuíam maiores cotações. A polémica à volta desta questão aponta
para a conclusão de Brennan (1970); os accionistas exprimiriam o desagrado
pelo pagamento de dividendos pagando um preço inferior pelas acções com
maior dividendo, í.e., requerendo uma taxa de rendibilidade ajustada do risco,
superior para as acções com dividendos, do que para as acções sem dividendo.
1 Como as cotações estão inversamente relacionadas com as taxas de juro, a exigência de uma
taxa de juro superior, corresponde a uma cotação inferior.
179
DECISÕES OE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO OE PROJECTOS
780
As decisões de investimento são decisóes previsionais (ex-ante) sobre si-
tuações que se verificarão no futuro. Relativamente às situaçóes futuras ninguém
pode ter a pretensão de possuir a certeza que determinado acontecimento se
verificará.
O cash-flow previsíonal do projecto é um acontecimento futuro, que tanto
pode assumir o valor previsto, como não o assumir.
Face à ignorância sobre qual será efectivamente o resultado futuro do
cash-flow, o analista do projecto deve atender ao risco/incerteza associado ao
cash-flow previsto.
Para efeitos de apresentação dos métodos de medição do risco/incerteza
na avaliação de projectos é conveniente distinguir o risco da incerteza.
Numa situação de risco o resultado futuro é desconhecido, mas pode-se-Ihe
atribuir probabilidades, sendo possível recorrer à teoria estatística; numa situação
de incerteza o resultado futuro é desconhecido e não é possível atribuir-lhe
probabilidades.
O posicionamento da avaliação de projectos de investimento face ao risco e
à incerteza das situações futuras, consiste em adoptar um dos seguintes proce-
dimentos:
- recorrer a um método empírico:
- recorrer a métodos da teoria da decisão e a métodos de simulação para
avaliar a incerteza;
- recorrer a métodos p(:)babilísticos para a análise do risco.
, ,
9.1 - METOOOS EMPIRICOS
183
DECISÔES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
---
investimento deverá ser tanto mais rentável uanto maior for o risco associado;
o problema é que esta teoria não estabelece as bases teóricas que permitam
determinar qual deverá ser o prémio de risco que majorará a taxa de actualiza-
ção. Acresce a esta situação o facto da taxa de actualização ajustada deixar de
ser o preço da preferência intertemporal entre rendimento presente vs. rendimen-
to futuro, para passar a incorporar indirectamente o risco/incerteza do projecto
de forma empírica.
Não obstante as limitações referidas, este método de introduzir o risco indi-
rectamente no projecto é muito utilizado na prática.
n
(Rt - Dt)
cash-flow exploração = I ar
(1 + i)t
r= 1
Quanto maior for o risco do projecto, tanto mais próximo de zero estará o
a; quanto menor for o risco do projecto tanto mais próximo de 1 estará o a.
Quando um investidor estima uma equivalência entre um cash-flow certo de
1000 e um cash-flow incerto de 1200, deve aplicar ao cash-flow incerto 1200 um
184
o RISCO E li INCERTE24 NA AvALiAÇÃO OE o,QOJECTOS
1000
ex - = 0,833
1200
(Rt - Or) RI - ot
at =
(1 + i) I (1 + K)t
185
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
(1 + I. ) t
at=
(1 + k)t
(1 + i)t+1
at+ 1 =
(1 + k )t+ 1
(1 + i)t (1 + i) (1 + i) t
at+ 1 = = a
(1 + k/ (1 + k) (1 + k)t
186
o RISCO E A INCERTEZA NA AVALIAÇÃO DE PROJECTOS
Variante A (1 000)
Variante B (500) (1--
Variante C (2 000)
187
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
No exemplo temos:
VA = ~ (1000) + (1 - ~) 10000
VB = ~ (500) + (1 - ~) 5000
Vc = ~ (2000) + (1 - ~) 20000
188
o RISCO E A iNCERTEZ4 NA AltJ1LiAÇÂO DE PROJECTOS
Estados
da natureza ;"essimista Esperado Optimista
(1 ) (2) (3)
Acções
Variante A o ~lu..
50~ U~
10000
Variante B 4000 15000
Variante C 1 500 1 000 O
Opta-se numa 2ª fase pela variante que minimiza o regret máximo, i.é.,
pela varTanre C.
189
DECISÕES OE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
Opta-se pelo projecto que maximiza o cash-flow esperado, i.e. pelo projecto C.
Este critério é criticado porque supõe a equiprobabilidade dos acontecimentos,
situação que não se verifica necessariamente na realidade.
- A análise da sensibilidade
A análise de sensibilidade na avaliação de projectos aplica-se quando exis-
te incerteza estrita sobre os resultados futuros associados ao projecto. A
avaliação da sensibilidade consiste em simular situações possíveis para diferen-
tes variáveis do projecto e determinar o impacto dessas simulações na
rentabilidade. Pretende-se através desta técnica responder à seguinte questão:
190
o RISCO E A INCERTEZtJ, NA AVALlAÇ,L\O OE PROJECTOS
/preço
de venda
% de desvio da
variável em relação
ao valor esperado
-+-----~---'r-----~o_--- _ ___
custo taxa
fixo de desconto
191
DECISÕES OE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO OE PROJECTOS
B
c
((O~e
~~'õ
'?.;O a~
F1 0,5
ecJuZida Capacidade ....L...
Procura Fraca O
0,3
H
192
o RISCO E A INCERTEZA NA AVALIAÇÃO OE PROJECTOS
Alternativa
A sequência C :
193
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO DE PROJECTOS
N
Probabilidade U- média ( x = L.. Pi Xi)
1= 1
() - desvio padrão
VLA
M
Quando UA > UB e <JA > crB, o método da média variância não consegue
hierarquizar os projectos, utilizando-se nesta situação o coeficiente de variação
194
o RISCO E A INCERTEZA NA AVALIAÇÃO DE P,qOJECTOS
Vida do projecto 5 6 7 8 10
Probabilidade 0,2 0,4 0,3 0,1
°
Despesa de investimento 10000 50000 80000 100000 120000
Probabilidade 0,05 0,15 0,35 0,45
°
Quota de mercado 5% 7% 8% 10% 15%
Probabilidade 0,1 0,25 0,35 0,20 0,10
20
100 = 0,2
195
DECISÓES OE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO OE PROJECTOS
9.4 - CONCLUSÃO