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CENTRO X
APOSTILA DE
BOMBEIRO CIVIL
CENTRO X FORMAÇÃO DE BOMBEIRO CIVIL
(11) 3104-0552
www.centroxtreinamento.com.br
APRESENTAÇÃO
A Diretoria
SUMÁRIO
MÓDULO I ..................................................................................................... 15
COMPORTAMENTO DE FOGO .......................................................................................... 15
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO................................................... 30
PLANO DE ABANDONO ............................................................................................ 39
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS............................................................... 43
JATOS D'ÁGUA E ESPUMA ............................................................................... 62
PROVA REFERENTE AOMÓDULO I ............................................................. 75
MÓDULO II ............................................................................................................ 81
EXTINTORES..................................................................................................................... 81
MANGUEIRA DE INCÊNDIO ............................................................................ 89
BOMBAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO............................................... 97
SPRINKLERS ...................................................................................................... 104
ESCADAS DE BOMBEIROS ................................................................................ 115
ENTRADAS FORÇADAS ................................................................................. 121
PROVA REFERENTE AOMÓDULO II .......................................................... 143
MÓDULO III ................................................................................................... 151
COMUNICAÇÃO .............................................................................................................. 151
RELATÓRIO ............................................................................................ 155
PROVA REFERENTE AOMÓDULO III...................................................................... 157
MÓDULO IV................................................................................................... 161
EQUIPAMENTO DEPROTEÇÃO INDIVIDUAL .................................................................. 161
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA .................................................... 162
PROVA REFERENTE AOMÓDULO IV ........................................................................... 169
MÓDULO V ................................................................................................... 171
ELEVADORES ................................................................................................................. 171
HELIPONTO ............................................................................................ 175
AMEAÇA COM BOMBAS ......................................................................................... 198
RESGATE E SALVAMENTO EM ALTURA NR35................................................... 201
PROVA REFERENTE AOMÓDULO V .............................................................. 207
MÓDULO VI................................................................................................... 209
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS- NR16............................................................ 209
LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS NR20 ..................................................................... 210
PROVA REFERENTE AOMÓDULO VI ......................................................... 215
MÓDULO VII .................................................................................................. 217
LEGISLAÇÃO DEPRIMEIROS SOCORROS ..................................................................... 218
AVALIAÇÃO INICIAL................................................................................... 219
MANOBRA DE DESENGASGO ................................................................................ 223
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR RCP ........................................................... 225
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO DEA ........................................... 227
CHOQUE ..................................................................................................... 228
HEMORRAGIA ............................................................................................ 229
FRATURA ................................................................................................... 234
QUEIMADURA ............................................................................................ 235
TRANSPORTE ............................................................................................ 238
MÉTODO START ..................................................................................... 241
PROVA REFERENTE AOMÓDULO VII..................................................... 245
MÓDULO VIII ................................................................................................. 251
PLANO DE EMERGÊNCIA ................................................................................................ 251
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VIII ............................................................... 257
PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIO DE INCÊNDIO
Histórico
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As cortinas se incendiaram e o incêndio começou a se propagar pelas
placas combustíveis do forro. Correu para apanhar o extintor portátil, mas ao
chegar não conseguiu mais adentrar à sala, devido à intensa fumaça. Subiu as
escadas até o 13º andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º
pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor.
A partir daí o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio. Foram
feitas várias corridas de elevadores até que a atmosfera permitisse, salvando
muitas pessoas; porém uma ascensorista na tentativa de salvar mais vidas,
após as condições ficarem muito ruins, morreu no 20º andar.
Operações de Salvamento e
Combate: O Corpo de Bombeiros
recebeu o primeiro chamado às
09h03min horas. Dois quartéis mais
próximos enviaram viaturas às
09h05min horas que devido às
condições de tráfego, chegaram às
09h10min horas. O incêndio se propagava rapidamente pela fachada para os
andares superiores.
As pessoas do prédio haviam corrido para as laterais de banheiros e
para a parte mais alta do edifício. Devido a grande dimensão do incêndio, em
pouco tempo estavam no local 12 autobombas, três autoescadas, duas
plataformas elevatórias e uma quantidade muito grande de veículos de
salvamento que iniciaram um grande trabalho de retirada das vítimas e
combate ao fogo.
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andar. Engenheiros estruturais declararam não ter havido dano estrutural.
Nenhum dano ocorreu às máquinas do topo do fosso de elevadores.
Observações quanto ao salvamento: Muitas pessoas foram retiradas
daquelas áreas de banheiros com auxílio das escadas mecânicas. As atitudes
das vítimas foram variadas, muitos subiram ao telhado, outras ficaram nos
andares se molhando com água das mangueiras, infelizmente 40 morreram ao
pularem do alto do edifício para escapar do calor. No telhado grande parte se
salvou ao abrigar-se sob as telhas de cimento amianto, os que não fizeram isso
morreram sob os efeitos do intenso calor e fumaça. Apesar de não
recomendado, a maioria dos 422 que se salvaram, escaparam pelos
elevadores que conseguiram fazer descidas expressas pela habilidade dos
ascensoristas e graças à demora do sistema elétrico dos elevadores ser
afetado pelas chamas.
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O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado
por um sinalizador disparado no palco em direção ao teto por um integrante da
banda que se apresentava no local. A imprudência e as más condições de
segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas.
O acidente foi considerado a segunda maior tragédia no Brasil em
número de vítimas em um incêndio, sendo superado apenas pela tragédia do
Gran Circus Norte-Americano, ocorrida em 1961, em Niterói, que vitimou 503
pessoas; e teve características semelhantes às do incêndio ocorrido
na Argentina, em 2004, na discoteca República Cromañón.
Classificou-se também como a quinta maior tragédia da história do
Brasil, a maior do Rio Grande do Sul, a de maior número de mortos nos últimos
cinquenta anos no Brasil e o terceiro maior desastre em casas noturnas no
mundo.
Procedeu-se a uma investigação para a apuração das responsabilidades
dos envolvidos, dentre eles os integrantes da banda, os donos da casa noturna
e o poder público. O incêndio iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e
o uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com grande quantidade
de pessoas. A responsabilidade da fiscalização dos locais também foi debatida
na mídia. Houve manifestações nas imprensas nacional e mundial, que
variaram de mensagens de solidariedade a críticas sobre as condições das
boates no país e a omissão das autoridades.
O inquérito policial apontou muitos responsáveis pelo acidente, mas poucos
foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça.
O inquérito policial militar, por sua vez, foi condescendente com os
bombeiros envolvidos no caso. A Justiça instaurou um processo e começou a
ouvir depoimentos como preparação para o julgamento, porém os
sobreviventes e parentes dos mortos receavam que a impunidade fosse a
tônica do evento criminoso. De fato, os servidores civis e militares, bem como
as autoridades públicas, corriam pouco risco de sofrerem punições.
A festa "Agromerados" iniciou-se às 23 horas (UTC-2) de 26 de
janeiro de 2013, sábado, na boate Kiss, localizada na rua dos Andradas, 1925,
no centro da cidade de Santa Maria. A reunião foi organizada por estudantes
de seis cursos universitários e técnicos da Universidade Federal de Santa
Maria.
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Duas bandas estavam programadas para se apresentarem à
noite. Estimou-se que entre quinhentas a mil pessoas estavam na boate. Eram
na maioria estudantes uma vez que, como descrito, ocorria uma festa da
UFSM, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária e
Zootecnia.
Por volta das 2h30min de 27 de janeiro, durante a apresentação da
banda Gurizada Fandangueira, a segunda banda a se apresentar na noite, um
sinalizador de uso externo foi utilizado pelo vocalista da banda. O sinalizador
soltou faíscas que atingiram o teto da boate, incendiando a espuma de
isolamento acústico que não tinha proteção contra fogo. Os integrantes da
banda e um segurança, chamado Zezinho, tentaram apagar as chamas com
água e extintores, mas não obtiveram sucesso. Em cerca de três minutos, uma
fumaça espessa se espalhou por toda a boate.
No início do incêndio, não houve comunicação entre os seguranças que
estavam no palco e os seguranças que estavam na saída da boate. Estes,
então, não permitiram inicialmente que as pessoas saíssem pela única porta do
local, por acreditarem tratar-se de uma briga.
A casa funcionava através do pagamento das comandas de consumo na
saída, o que levou os seguranças a também pensarem que as pessoas
estavam tentando sair sem pagar. Muitas vítimas forçaram a saída pelas portas
dos banheiros, confundindo-as com portas de emergência que dessem para a
rua, que de fato não existiam na boate. Em consequência disso, noventa por
cento dos corpos estariam nos banheiros.
Durante o incêndio, de dentro da boate, uma das vítimas fatais
conseguiu enviar uma mensagem através da rede social Facebook,
comunicando o incêndio e pedindo ajuda. A mensagem foi registrada pelo
Facebook como recebida às 3h20min. Ainda sem saber das dimensões da
situação, amigos pediram mais informações, mas não obtiveram resposta.
A espuma usada em isolamento acústico na boate Kiss era comum em
Santa Maria. Era uma espuma de colchão usada em boates, bares, clubes e
outras casas com música ao vivo. Inicialmente, era usada por exigência
dos DJs, porque evitava o eco de som e aumentava a nitidez dos sons graves
e agudos. Posteriormente, passou a ser usada como isolamento do som
interno, evitando que este incomodasse os vizinhos. Elissandro Spohr a usou
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com esse propósito, mas a espuma era ineficiente para o efeito pretendido,
então foi retirada quando se implementou um projeto acústico na Kiss.
Entretanto, foi recolocada, a pedido dos DJs, para evitar o eco de som.
Nenhum órgão de fiscalização notou a presença dessa espuma inadequada.
Os bombeiros apenas examinavam coisas como hidrantes e saídas de
emergência. Os fiscais da prefeitura não eram treinados para reconhecê-la e
mesmo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do
Sul só tomava conhecimento desse material se alguém fizesse uma denúncia.
Após o incêndio, os catadores de lixo da cidade encontravam enormes
quantidades de espuma jogada fora pelas demais empresas que a adotavam.
Dois deles disseram ter coletado cinquenta sacos para vender às recicladoras,
pois esse tipo de espuma se tornou um símbolo de morte para o público.
O artefato usado pela banda é conhecido como sputnik. Segundo a
Associação Brasileira de Pirotecnia (ABP), deve ser usada em ambiente
externo e solta faíscas que chegam a quatro metros de altura, mais do que a
altura do teto da boate. Deve ser colocado no chão para ser aceso, libera
grande quantidade de fumaça e as pessoas devem ficar a pelo menos dez
metros do artefato. É proibido usá-lo em locais fechados e próximos a materiais
inflamáveis. Custa cerca de quatro a cinco reais e geralmente se usa nas
festas de fim de ano.
O cianeto, apontado por um laudo técnico como a causa da morte dos
estudantes, é uma substância encontrada na natureza e também é um produto
da atividade humana.
Dentre seus usos caseiros e industriais, estão: fumigação de navios e
edifícios, esterilização de solos, metalurgia, polimento de prata, inseticidas,
venenos para ratos etc. A população está exposta por causa da fumaça dos
automóveis, dos gases liberados pelas incineradoras e também por causa da
fumaça resultante da combustão de materiais contendo cianetos, como os
plásticos.
As pessoas mais expostas são metalúrgicos, bombeiros, mineiros,
operários de indústria de plásticos etc.
O organismo consegue neutralizar o cianeto combinando-o com enxofre
para formar tiocianato, que é eliminado na urina. Se a quantidade é demasiada,
o cianeto excedente se une à enzima citocromo oxidase das hemácias,
causando privação de oxigênio para as células.
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A morte acontece por parada cardíaca e respiratória, uma vez que o
cérebro e o coração são órgãos vitais, que dependem de muito oxigênio.
O tratamento consiste em administrar oxigênio a cem por cento e usar
antídotos como o nitrito de sódio, o tiossulfato de sódio, o 4 - dimetilaminofenol,
os compostos de cobalto e a hidroxocobalamina.
O caso da boate Kiss foi uma grande sequência de erros e omissões dos
poderes públicos:
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atividades até a regularização junto ao município e apresentar alvará no prazo
de cinco dias a contar da data da notificação". A empresa continuou
funcionando e a mesma fiscal retornou em agosto, aplicando a primeira multa
em 8 de setembro de 2009.
Um mês depois, em 7 de outubro, a boate seguia aberta sem alvará e sem
interdição, tendo sido aplicada a segunda multa. A terceira multa foi aplicada
em 27 de novembro de 2009, depois de os fiscais verificarem que a boate
continuava em operação no dia 10 do mesmo mês. E a quarta multa foi
aplicada em 11 de dezembro de 2009, devido ao descumprimento da
notificação original, mas a casa noturna não sofreu a lacração.
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MÓDULO I
Legislação
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I - uniforme especial a expensas do empregador;
II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;
III - adicional de periculosidade de 30% do salário mensal sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;
IV - o direito à reciclagem periódica.
Art. 8o As empresas especializadas e os cursos de formação de
Bombeiro Civil, bem como os cursos técnicos de segundo grau de prevenção e
combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei, ficarão sujeitos às
seguintes penalidades:
I - advertência;
II - (VETADO)
III - proibição temporária de funcionamento;
IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.
Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188o da Independência e 121o da
República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, TARSO GENRO
CARLOS LUPI, JOÃO BERNARDO DE AZEVEDO BRINGEL, JOSÉ ANTONIO
DIAS TOFFOLI
PROJETO DE LEI N.º 6.943, DE 2017
(Do Sr. Major Olimpio)
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.901/09, para tornar obrigatória a
manutenção de brigada profissional, composta por bombeiro civil, nos
estabelecimentos que específica.
Art. 2º A Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, passa a vigorar
acrescida do seguinte art. 10-A:
“Art. 10-A É obrigatória a contratação de brigada profissional, composta
por bombeiros civis, para atuação nas seguintes edificações, observadas as
legislações dos estados, do Distrito Federal e dos municípios:
I- Shopping Center
II- Hipermercado
III- Hotel
IV- Terminal de transporte coletivo
V- Templo religioso
VI- Campus universitário
VII- Casa de shows e/ou espetáculos
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VIII- Qualquer estabelecimento de reunião pública educacional ou
eventos em área pública ou privada que receba grande concentração de
pessoas, em número acima de 1.000 (mil) ou com circulação média de 1.500
(mil e quinhentas) pessoas por dia;
IX- Demais edificações ou plantas cuja ocupação ou uso exija a
presença de bombeiro civil, conforme norma expedida pelo Corpo de
Bombeiros Militar do respectivo estado ou do Distrito Federal.” Art. 3º Esta lei
entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
No dia 27 de janeiro de 2013, ocorreu uma tragédia que gerou uma
comoção nacional, onde na boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio
Grande do Sul, houve uma festa denominada "Agromerados", organizada por
alunos de seis cursos universitários da Universidade Federal de Santa Maria.
Durante a apresentação da segunda atração da noite, o vocalista da
banda Gurizada Fandangueira acendeu um sinalizador no palco.
O artefato, só deveria ser utilizado em ambiente externo, já que suas
faíscas alcançam 4 metros de altura. Ao ser acionado em cima do palco, suas
faíscas atingiram o teto e incendiaram a espuma de isolamento acústico, que
não tinha proteção contra o fogo.
Em menos de 3 minutos, a fumaça tóxica já havia se espalhado pela
boate.
Esse incidente gerou 242 vítimas fatais, feriu outras 680 e nos levou a
refletir em uma melhor forma de fiscalização e demais medidas preventivas
para evitar que tragédias como essa voltem a ocorrer no Brasil.
DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011.
Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e
áreas de risco no Estado de São Paulo e estabelece outras providências.
Artigo 2º – Os objetivos deste Regulamento são:
I – proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em
caso de incêndio;
II – dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio
ambiente e ao patrimônio;
III – proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
IV – dar condições de acesso para as operações do Corpo de
Bombeiros;
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V – proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de
risco
Artigo 3º – Para efeito deste Regulamento são adotadas as definições
abaixo descritas:
I – Altura da Edificação: a. para fins de exigências das medidas de
segurança contra incêndio, é a medida em metros do piso mais baixo ocupado
ao piso do último pavimento; b. para fins de saída de emergência, é a medida
em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso
do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente.
II – Ampliação: é o aumento da área construída da edificação;
III – Análise: é o ato de verificação das exigências das medidas de
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, no processo de
segurança contra incêndio;
IV – Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos
consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura;
V – Área da Edificação: é o somatório da área a construir e da área
construída de uma edificação;
VI – Áreas de Risco: é o ambiente externo à edificação que contém
armazenamento de produtos inflamáveis ou combustíveis, instalações elétricas
ou de gás, e similares;
VII – Ático: é a parte do volume superior de uma edificação, destinada a
abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação
vertical; VIII – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento
emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
(CBPMESP) certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as
condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes
no processo, estabelecendo um período de revalidação;
LEI Nº 15.180, DE 23 DE OUTUBRO DE 2013
Obriga os estabelecimentos civis destinados à formação de bombeiro
civil a obter prévia habilitação pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Estado de São Paulo
Artigo 1º - O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
Paulo será o órgão responsável por promover o credenciamento de
estabelecimentos civis destinados à formação do Bombeiro Civil.
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Artigo 2º - O credenciamento de instrutores e avaliadores também é de
responsabilidade do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado,
mediante prévia avaliação.
Artigo 3º - As condições de credenciamento, o período de validade e os
casos de cassação do credenciamento serão regulamentados pelo Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado.
LEI Nº 16.312, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2015
PROJETO DE LEI Nº 494/12, DO VEREADOR ELISEU GABRIEL – PSB
Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de uma brigada
profissional, composta por bombeiros civis.
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Município de São Paulo, a
obrigatoriedade de manutenção de equipes de brigada profissional, composta
por bombeiro civil, nos estabelecimentos que esta lei menciona.
Art. 2º Os estabelecimentos a que se refere o art. 1º são:
I - shopping center;
II - casa de shows e espetáculos;
III - hipermercado;
IV - grandes lojas de departamentos;
V - campus universitário;
VI - qualquer estabelecimento de reunião pública educacional ou
eventos em área pública ou privada que receba grande concentração de
pessoas, em número acima de 1.000 (mil) ou com circulação média de 1.500
(mil e quinhentas) pessoas por dia;
VII - demais edificações ou plantas cuja ocupação ou uso exija a
presença de bombeiro civil, conforme Legislação Estadual de Proteção contra
Incêndios do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
São Paulo.
§ 1º Para os fins do disposto nesta lei, considera-se:
I - shopping Center: empreendimento empresarial, com reunião de lojas
comerciais, restaurantes, cinemas, em um só conjunto arquitetônico;
II - casa de shows e espetáculos: empreendimento destinado à
realização de shows artísticos e/ou apresentação de peças teatrais e de
reuniões públicas, em local cuja capacidade de lotação seja igual ou superior a
500 (quinhentas) pessoas;
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III - hipermercado: supermercado grande, que, além dos produtos
tradicionais, venda outros como eletrodomésticos e roupas;
§ 2º No caso de hipermercados ou de outro estabelecimento
mencionado nesta lei que seja associado a shopping Center, a unidade de
combate a incêndio poderá ser única, atendendo o shopping Center e o
estabelecimento associado.
Art. 4º No caso de descumprimento aos termos desta lei, o
estabelecimento estará sujeito à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 17 de novembro de
2015, 462º da fundação de São Paulo.
FERNANDO HADDAD, PREFEITO.
WEBER SUTTI, Secretário do Governo Municipal - Substituto.
Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 17 de novembro de
2015.
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COMPORTAMENTO DE FOGO
DEFINIÇÃO
Calor,
Combustível,
Comburente,
Reação em cadeia.
Tetraedro do fogo
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CALOR
Efeitos do Calor
O calor é uma forma de energia que produz efeitos físicos e químicos nos corpos e
efeitos fisiológicos nos seres vivos. Em conseqüência do aumento de intensidade do
calor, os corpos apresentarão sucessivas modificações, inicialmente físicas e depois
químicas.
Elevação da Temperatura
Este fenômeno se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados bons
condutores de calor, como os metais, e, mais vagarosamente nos corpos tidos como
maus condutores de calor, como por exemplo, o amianto.
Aumento de Volume
Com o aumento do calor, os corpos tendem a mudar seu estado físico: alguns
sólidos transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se transformam em gases
(gaseificação) e há sólidos que se transformam diretamente em gases (sublimação).
Mudança do estado químico da matéria
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gases, e sim outros gases, diferentes, em sua composição, das moléculas originais de
madeira.
Efeitos fisiológicos do calor
IRRADIAÇÃO
Pontos de temperatura
Ponto de fulgor: À medida que o material vai sendo aquecido, chega-se a uma
temperatura em que o material começa a liberar vapores, que se incendeiam se
houver uma fonte externa de calor, porém as chamas não se mantêm devido à
pequena quantidade de vapores (FLASH).
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Ponto de ignição: Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual o
combustível, exposto ao ar, entra em combustão sem que haja fonte externa de calor.
COMBUSTÍVEL
Combustíveis sólidos
Combustíveis líquidos
COMBURENTE
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A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros
gases. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que
8%, não há combustão.
REAÇÃO EM CADEIA
FASES DO FOGO
Fase inicial
Queima livre
Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo
efeito da convecção, isto é, o ar quente "sobe" e sai do ambiente. Isto força a entrada
de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. Os gases aquecidos
espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a
permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos
níveis mais altos do ambiente.
"FLASHOVER
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Queima lenta
Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um
ponto onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as
chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa
de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-
se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Esse calor
intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores
combustíveis.
Backdraft
FORMAS DE COMBUSTÃO
Combustão completa
Combustão incompleta
Combustão espontânea
Explosão
ISOLAMENTO / RETIRADA
ABAFAMENTO
DE MATERIAIS
RESFRIAMENTO
Retirada do material
Resfriamento
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gases e vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande
capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza.
Abafamento
Pode-se abafar o fogo com o uso de materiais diversos, como areia, terra,
cobertores, vapor d'água, espumas, pós, gases especiais, etc.
CLASSES DE INCÊNDIO
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Aproxime-se no sentido
do vento e direcione o jato
na base do fogo
Aproxime-se do foco
do incêndio
Classe de incêndio em
equipamentos elétricos
energizados. A extinção deve
ser feita por agente extintor
No caso de combustível
líquido, evite uma pressão
muito forte, para que não
aumente a área de
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Classificação do fogo
em óleo e gordura em
cozinhas.
Ao final, assegure-se de
que não houve reignição.
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SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO
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NFPA 2001 – Standard on clean agent fire extinguishing systems.
Gases limpos: agentes extintores na forma de gás que não degradam a
natureza e não afetam a camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus condutores
de eletricidade e não corrosivos.
Dividem-se em compostos halogenados e mistura de gases inertes.
Quando utilizado na sua concentração de extinção, permite a respiração
humana com segurança.
O CO2 não é considerado gás limpo por sua ação asfixiante na concentração
de extinção.
Compostos halogenados: agentes que contém, como componentes
primários, uma ou mais misturas orgânicas que, por sua vez, contenham um ou mais
dos seguintes elementos: flúor, cloro, bromo ou iodo;
Mistura de gases inertes: agentes que contenham, como componentes
primários, um ou mais dos seguintes gases: hélio, neônio, argônio ou nitrogênio. São
misturas de gases que também contém dióxido de carbono (CO 2) como componente
secundário.
Sistema de inundação total: sistema desenhado para aplicação do agente
extintor no ambiente onde está o incêndio, de forma que a atmosfera obtida impeça o
desenvolvimento e manutenção do fogo.
Sistema de aplicação local: sistema desenhado para aplicação do agente
extintor diretamente sobre o material em chamas.
Área normalmente ocupada: área onde a ocupação humana é frequente ou
cuja destinação previu presença humana.
Área não destinada à ocupação: área cuja destinação não previu presença
humana.
Concentração de projeto: porção de agente extintor na mistura ar e agente,
considerando o volume do ambiente protegido pelo sistema de inundação total,
expressa em porcentagem do volume total.
Nível onde não se observam efeitos adversos (NOAEL): nível mais alto de
concentração de agente extintor onde não se observam efeitos toxicológicos ou
fisiológicos adversos ao ser humano.
Nível mais baixo onde se observam efeitos adversos (LOAEL): nível mais
baixo de concentração de agente extintor onde são observados efeitos toxicológicos e
fisiológicos adversos ao ser humano.
Para definir um serviço de qualidade, o sistema de detecção e alarme de
incêndio deve partir de um planejamento e análise prévia, que, ao serem realizados
por técnicos e profissionais, são desenvolvidos com base na estrutura do local,
pontuando as maiores necessidades e itens essenciais para uma reação em cadeia
32
que alarme os transeuntes e trabalhadores ao mesmo tempo em que aciona
dispositivos de controle das chamas.
Essas composições do sistema de detecção e alarme de incêndio são
basicamente estabelecidas com a presença de detectores de fumaça ou de mudança
na temperatura, sirenes de aviso sonoro ou luminoso e softwares de transmissão que
avisem o sistema de monitoramento sobre a possibilidade do incidente.
A partir do sistema de detecção e alarme de incêndio outros mecanismos são
ativados para que não haja o espalhamento das chamas, como a ação dos sprinklers
ou mesmo atitudes manuais de acionamento de extintores.
O sistema fixo de combate a incêndio por espuma consiste de forma mais
básica na utilização de tubulações responsáveis pela condução da LGE (líquido
gerador de espuma ou solução de concentrado de espuma) como também água, até
os bicos aerados, que, por sua vez, promovem a oxigenação da solução.
A extinção do incêndio ocorrerá principalmente por dois fatores quando da
utilização do sistema fixo de combate a incêndio por espuma:
A espuma passa a formar uma camada sobre o combustível em forma líquida,
tirando-o do contato com o ar, fazendo, portanto, um tipo de isolamento. Este vem a
ser o principal fator da extinção do incêndio.
Acontece quando a espuma, que é formada na maior parte pela água, passa a
atuar de forma secundária fazendo o resfriamento do combustível.
No sistema fixo de combate a incêndio por espuma a formação da espuma se
dá por meio da mistura do concentrado ou Líquido Gerador de Espuma (RGE), de ar e
de água, por meio de equipamentos específicos para esta tarefa, chamados de
proporcionadores.
A densidade da espuma aplicada por cada m² implicará no dimensionamento e
variação do sistema fixo de combate a incêndio por espuma, Além dos equipamentos
aplicadores da solução, que são: canhões monitores, esguichos manuais, bicos
aspersores, câmara de espumas, entre outros.
O sistema fixo de combate a incêndio por espuma pode ser interligado
diretamente aos dispositivos detectores e alarme, o que proporciona uma atuação
automatizada.
O sistema fixo de combate a incêndio por espuma tem seu campo de utilização
bastante amplo, entre alguns tipos de locais podem ser indicados:
Parques de tanques de combustível;
Cabines de pintura;
Hangares de aviões;
Usinas sucroalcooleiras;
Áreas onde ocorrem transferências de líquidos inflamáveis.
33
O sistema compõe-se da instalação de detectores de fumaça e/ou de temperatura,
distribuídos estrategicamente nas áreas protegidas, que realizam a supervisão
automática do ambiente e identificam a presença de fumaça e calor.
Os equipamentos de detecção e alarme de incêndio são interligados a central de
detecção que receberá as sinalizações provenientes dos detectores e as processará,
acionando os alarmes sonoros e visuais, demais equipamentos periféricos. Os
sistemas de detecção e alarme de incêndio podem ser:
34
A filosofia de funcionamento do sistema é do tipo laço cruzado, ou seja, a
descarga de gás só ocorrerá quando dois ou mais detectores da mesma área forem
acionados, evitando-se desta maneira a descarga acidental do gás em caso de
eventuais alarmes falsos.
Os sistemas de incêndio com agentes
limpos são os que utilizam os gases FM-200,
NOVEC 1230, HFC-227, FE-25 e CO2, em
sistemas especialmente projetados para a
extinção de incêndio em locais nos quais não se
pode utilizar a água.
Hoje, o sistema de incêndio com agentes limpos tem a preferência mundial
para a supressão de incêndios em ambientes críticos, como Data Centers, Centrais de
Telefonia, salas de controle e automatização prediais industriais e comerciais e outros
locais nos quais um agente extintor "sujo" ou a água irão causar danos que paralisarão
as atividades e prejuízos bem superiores aos causados pelo fogo.
Outra vantagem dos sistemas de incêndio com agentes limpos é que a
atividade no local em que ocorreu o incêndio pode ser retomada em poucas horas
após a extinção, pois esses agentes limpos não causam danos a equipamentos e
materiais.
Os sistemas de incêndio com agentes limpos combatem o fogo das classes A,
B e C e, com exceção do CO2, são totalmente inofensivos para as pessoas que estão
no local do disparo, pois não retiram o oxigênio do ambiente e atua sobre o fogo por
uma ação física resfriando rapidamente as chamas e por uma reação química sobre
os radicais livres do fogo que realimentam as chamas, extinguindo-as com extrema
rapidez.
O CO2 atua retirando o oxigênio do ambiente e com isso não alimentando as
chamas e extinguindo-as. Mas, não pode haver pessoas no local em que é disparado.
35
AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS
Decreto nº 56.819, de 10 de março de 2011.
Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas
de risco no Estado de São Paulo e dá providências correlatas
Artigo 1º - Este Regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra
incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da
Constituição Federal, no artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei
estadual nº 616, de 17 de dezembro de 1974, na Lei estadual nº 684, de 30 de
setembro de 1975, e no Decreto estadual nº 55.660, de 30 de março de 2010.
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é um documento alvará
emitido e exigido pelo Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo
(CBPME SP) que certifica que a edificação em questão atende a um conjunto de
medidas estruturais, técnicas e organizacionais de prevenção e combate contra
incêndio e pânico.
Pela legislação atual, segundo decreto N 56.819 de 2011 SP, tem-se a
obrigatoriedade de AVCB ou - para alguns casos - Certificado de licença do corpo de
bombeiros (CLCB para todo e qualquer imóvel comercial, industrial, institucional,
prédios, condomínios, clubes, associações, igrejas e prestadores de serviços, ficando
isentas apenas as residências.
O prazo de validade de um AVCB em SP varia de 01 a 05 anos, a depender da
avaliação de risco por parte do CBPME SP ou do corpo de bombeiros do estado em
questão. De uma forma geral, estabelecimentos comerciais com recepção de público
costumam ter prazo de vencimento de 03 anos e condomínios residenciais 05 anos.
Para requerer a renovação do AVCB junto aos Bombeiros deve-se contratar
um serviço de engenharia legalmente habilitado e capacitado para a confecção de um
conjunto de laudos técnicos e ART (anotação de responsabilidade técnica) que
atestem as condições de funcionamento e manutenção das medidas de segurança
contra incêndio instalado e a conformidade com o Projeto de Segurança Contra
Incêndio e Pânico aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Estes laudos e vistorias são de extrema importância para que, no momento da
inspeção feita pelo Corpo de Bombeiros, o estabelecimento esteja em conformidade
com as condições exigidas.
A julgar pelo porte e tipo de estabelecimento, serão exigidos no processo de
emissão de AVCB documentos a serem emitidos por engenheiros habilitados:
Projeto Técnico,
"Projeto Técnico" é o nome designado pelo Corpo de Bombeiros de SP para o
conjunto de documentos e procedimentos tomados na emissão do AVCB. Existem
dois tipos de projetos: Projeto Técnico (PT) e Projeto Técnico Simplificado (PTS).
36
O Projeto Técnico Simplificado (PTS) é aplicado em AVCB para imóveis com área
menor que 750m2 e com até 3 pavimentos, este tipo de licença pode ser obtida com
exigência de menor quantidade de laudos técnicos.
Formulário de proteção contra incêndio,
Laudos, atestados e ARTs diversos (Formação de Brigada de Incêndio,
Proteção, prevenção e combate a incêndio, GLP - Gás Liquefeito de Petróleo
ou Gás Natural, Abrangência do GMG - Grupo Moto Gerador, Instalações
elétricas, Para-raios - SPDA, Controle de materiais de acabamentos e
revestimentos - CMAR, Estanquiedade, entre outros).
Em que casos não são obrigatórios o a.v.c.b / c.l.c.b.
Residências exclusivamente uni familiares;
Residência exclusivamente uni familiares localizadas no pavimento superior de
ocupação mista, com até dois pavimentos e que possuam acessos
independentes.
Quando existirem ocupações mistas que não sejam separadas por
compartimentação, aplicam-se as exigências da ocupação de maior risco.
Caso haja compartimentação aplicam-se as exigências de cada risco especifico.
Certificado de licença do corpo de bombeiros (CLCB) é o documento emitido pelo
corpo de bombeiros da policia militar do estado de são Paulo (CBPMESP), certificando
que a edificação foi enquadrada com sendo de baixo potencial de risco à vida ou ao
patrimônio e concluiu com êxito o processo de segurança contra incêndio para
regularização junto ao corpo de bombeiros.
O CLCB possui a mesma eficácia do AVCB - CLCB para fins de comprovação de
regularização da edificação perante outros órgãos.
A) - Edificação térrea;
B) - Não comercializar GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);
C) - Se houver utilização de GLP, possuir no máximo 90 Kg de gás;
D) - Não possuir qualquer outro tipo de gás inflamável em tanque ou cilindro;
E) - Armazenar no máximo 250L de liquido inflamável ou combustível.
F) - Declaração do Proprietário ou Responsável pelo uso da edificação; e
G) - Anotação de responsabilidade técnica (ART), quando exigidos.
38
PLANO DE ABANDONO
BASE LEGAL
• Lei 6.514/77
• Portaria 3214/78
• NR 23
• Decreto Estadual 46076/01
• Orientação Normativa G-01 da Secretaria Municipal da Habitação
• NBR 14276/99
• Instrução Técnica Nº 17 do CBESP
IMPORTANTE
Todos os empresários ou empregados que exerce cargo de chefia, liderança ou de
segurança, tem sob sua responsabilidade “prioritariamente” a vida humana.
TEMPO DE EVACUAÇÃO:
39
• Conhecer todo o seu andar de trabalho;
• Conhecer o número de ocupantes;
• Saber onde e como se desliga a corrente elétrica;
• Saber onde e como se desliga a corrente elétrica do seu setor;
• Seguir corretamente os treinamentos e fazei-os cumprir;
• Certificar-se de que todos saíram, na dúvida, comunicar-se imediatamente com
o líder da emergência;
• Prevenir incêndio na Edificação, realizando inspeções periódicas nos locais
que propiciem condições que poderão dar início a um incêndio (fiação elétrica,
exposição de combustíveis, manuseio incorreto de máquinas e equipamentos,
hábitos descuidados de fumar etc...).
• Conhecer os riscos de incêndio da edificação e inspecioná-los;
• Propor medidas de segurança contra incêndios;
• Inspecionar os equipamentos de combate a incêndio do seu setor diariamente;
• Conhecer as vias de fuga do seu setor e da edificação;
• Conhecer os locais de acionamento do sistema de alarme e o princípio de
funcionamento;
• Conhecer todas as instalações da Edificação;
• Atender imediatamente a qualquer chamado de emergência;
• Agir de maneira rápida, enérgica e convincente em situações de emergência;
• Esclarecer todas as pessoas do seu setor sobre os procedimentos gerais, que
deverão ser informados através de folhetos e cartazes distribuídos pela
edificação, esclarecendo possíveis dúvidas;
• Manter contato constante com todos os brigadistas e principalmente com o
líder;
• Informar todas as pessoas responsáveis pela empresa e ou edificação, sobre a
situação do sinistro com documentos disponíveis.
ATRIBUIÇÕES DO GRUPO DE EVACUAÇÃO:
VANGUARDA: Se posta em um ponto estratégico, de frente para o público
alvo e determina que todos formem uma fila, controla e fiscaliza a fila.
RETAGUARDA: Se dirige até as pessoas e as orienta para que entrem na fila
até o momento em que todas as pessoas que estiverem em seu ângulo de visão
estarem na fila; em seguida se posta no final da fila e determina que o vanguarda se
vire para frente e inicie a evacuação pela porta de emergência mais próxima ou mais
favorável, conduzindo todos ao ponto de encontro previamente determinado.
INSPETOR: Inspeciona todos os locais do seu setor com o objetivo de resgatar
pessoas que estejam com dificuldades, orientando-as para deixarem a edificação e
40
conduzindo-as até qualquer uma das filas, se possível na fila do seu setor. Caso todas
as filas já tenham deixado a edificação, ele próprio conduzirá até o ponto de encontro.
FUNCIONÁRIOS:
Funcionários da Edificação: Deverão seguir as ordens do grupo de evacuação
com o objetivo de deixar as pessoas saírem; redobrar sua atenção para possíveis
furtos e saques, sem, contudo esquecer o perigo que a edificação está sujeita e
impedir a entrada de curiosos e de pessoas não autorizadas.
Funcionário da Edificação não Envolvido: Os funcionários não envolvidos
diretamente no plano de evacuação deverão:
Conhecer o roteiro desde a portaria em caso de incêndio através de panfletos
instrutivos as orientações da brigada contra incêndio e do grupo de evacuação.
LOCAL DE ENCONTRO
O Ponto de Encontro será definido pelos responsáveis do grupo da evacuação,
procurando um local que guarde distância de segurança e principalmente atentar para
possibilidade de quedas ou desabamento de materiais da estrutura.
OBS: Todos os envolvidos deverão redobrar a atenção para com as pessoas que
tenham dificuldades de acompanhar o ritmo de saída das filas. (deficientes físicos,
idosos, crianças de colo, gestantes, etc..)
TODOS OS ENVOLVIDOS TÊM QUE TRANSMITIR SEGURANÇA,
CALMA E AGILIDADE EM SUAS AÇÕES.
Ritmo dos passos será de caminhada rápida.
A BRIGADA CONTRA INCÊNDIO DEVERÁ:
Verificar as possibilidades de extinção, caso seja possível, seguir os preceitos
que determina a estratégia de combate a incêndio. Entretanto, se com os seus
meios humanos e materiais julgar que não é possível, acionar o sistema de
alarme e solicitar socorro externo através do fone 193 (Corpo de Bombeiros),
se necessário.
Prestar os Primeiros Socorros às possíveis vítimas e providenciar sua remoção
para o hospital de referência (Pronto Socorro ERSA).
Comunicar-se com os seus encarregados sobre o sinistro e externamente com
os socorros que julgue necessário, Corpo de Bombeiros (193), Polícia, Elektro,
Hospitais etc...).
Estar atento quanto a possíveis saques, protegendo, desta forma, os bens
materiais da empresa.
41
PROCEDIMENTOS GERAIS:
Quando ouvir o alarme de incêndio, todos deverão:
Desligar máquinas ou qualquer aparelho elétrico que esteja sendo utilizado,
cessando ao mesmo tempo qualquer atividade;
Seguir “fielmente” as determinações dos brigadistas do seu setor, sobre o
abandono de área;
Caso esteja recebendo visita no momento da evacuação, fazer com que o visitante
o acompanhe até o ponto de encontro.
Movimentar-se rapidamente, sem correr;
Familiarizar-se com as saídas existentes no seu setor de trabalho, com os avisos
de emergência;
Não usar os elevadores, descendo pelas escadas;
Não correr;
Não andar lento demais, impedindo que os outros sigam;
Não gritar e não fazer barulho desnecessário (Algazarra);
Não rir e não fumar não parar para tomar cafezinho;
Não ficar em banheiros ou vestiários;
Não voltar por motivo algum (esquecer algum pertence);
Se tiver muita fumaça respirar junto ao chão;
Manter-se calmo e se possível acalmar os colegas;
Evitar multidões;
Antes de abrir uma porta, deverá tocá-la levemente com a mão, se estiver quente
não abrir, e se estiver fria abrir com cuidado;
Ao passar por uma porta, deverá fechá-la, sem trancar, para retardar o fogo atrás
de você;
Não carregar objetos que dificultem os movimentos;
Reunir-se no ponto de encontro e avisar o seu encarregado ou brigadista, pois
estes deverão estar controlando o pessoal.
Conclusão
Todo Brigadista deve conhecer o local onde trabalha, deve também ter
intimidade com os equipamentos de proteção individual de remoção pré-hospitalar,
combate a incêndio e comunicação.
Lembre-se a teoria tem de estar aliada a prática.
42
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS
NR33
Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.
43
33.2.1 Cabe ao Empregador:
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II
desta NR;
44
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que
eles possam atuar em conformidade com esta NR;
45
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores,
para verificar se o seu interior é seguro;
46
33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem
ser observadas, de forma complementar o presente NR, os seguintes atos
normativos: NBR 14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado;
e NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e
Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores.
47
48
33.3.4 Medidas Pessoais
33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o
dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não
sejam adequados.
50
33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de
emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no
mínimo:
51
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS
52
As aberturas limitadas de entrada e saída,
ventilação desfavorável, temperaturas elevadas
ou muito baixas e ruídos e vibrações também são
fatores negativos importantes a serem
considerados no socorro nos ECs. Com tantas
ameaças presentes, nem o uso de todos os
equipamentos disponíveis garante segurança
completa ao resgatista.
Uma equipe de resgate industrial,
previamente preparada, tende a fazer junto aos
profissionais de segurança do trabalho um
levantamento e controle de riscos existentes.
Assim, ela só irá atuar em extrema necessidade e tendo uma ideia precisa dos
riscos e do controle deles.
Há a necessidade de manter a preparação das equipes com equipamento
completo para exploração, principalmente de proteção respiratória, quer seja em
treinamentos e cursos ou simulados.
Assim, uma equipe estará sempre preparada para entrar no local em busca da
vítima e resgatá-la com segurança, inclusive para a equipe de socorro.
Quando do ingresso do resgatista no espaço confinado, um fator fundamental
para a sua segurança está na comunicação, que permite monitorar a condição física e
psicológica dos resgatistas, alertar sobre perigos e manter a coesão e o foco do grupo,
podendo ser o elemento chave para determinar o sucesso ou não da operação.
A comunicação pode ser visual, verbal direta (inviável quando são utilizadas
máscaras faciais), tangível (por puxões de corda ou batidas sonoras), por sistemas
sem fio, via rádio (sujeitos a interferências ou falhas de frequência) e por sistemas com
cabo.
EPIs e EPCs e materiais de resgate mais utilizados
53
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS
54
eliminar e se preparar para o "medo normal" e a
"fobia".
ENTRADA DE RESGATE:
1. Riscos Atmosféricos:
Atmosferas Inflamáveis;
Atmosfera Pobre em O2;
Atmosfera Rica em O2.
2. Riscos Físicos:
55
• Elétricos;
• Temperaturas extremas;
• Afogamento, Engolfamento;
• Configuração interna;
• Trânsito.
3. Riscos Químicos:
4. Riscos Biológicos:
5. Riscos Mecânicos:
6. Riscos Psicológicos:
7. Riscos Ergonômicos:
56
OPERAÇÃO DOS TRIPÉS;
57
Dos aparelhos e equipamentos de resgate em Espaços Confinados ou de difícil
acesso. Não devem usar todos os equipamentos de resgate normal. Lanternas devem
ser especiais para evitar explosões com os gases existentes. Cilindros de oxigênio e
de ar devem ser leves (alumínios, por exemplo) e finos, com boa capacidade de
respiração. As máscaras, também especiais, para não embaçarem no seu uso e dar
uma boa respiração correta. Roupas leves e de algodão e ou de proteção ao fogo,
para melhor movimentação nestes locais.
O tripé é produzido obedecendo a padrões internacionais fabricado em liga de
alumínio ou aço garantindo resistência e confiabilidade.
Suas pernas tubulares possuem pontos de regulagem de altura o que o tornam
extremamente versátil. Suas patas e cabeçote são em aço para maior resistência, o
cabeçote possui pontos de ancoragens com orifícios para conexão de mosquetões,
polias e roldanas permitindo acoplar e suportar vitima socorrista(s) e carga.
Glossário:
Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está
sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis,
corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar
danos materiais ou pessoais visando a eliminar energias perigosas para o trabalho
seguro em espaços confinados.
Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas
causas, consequências e medidas de controle.
58
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como:
pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias
perigosas para trabalho seguro em espaços confinados.
Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou que
possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que
possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a
saída de um espaço confinado.
59
Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um
equipamento.
Purga: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta
de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem
com água ou vapor.
Quase acidente: qualquer evento não programado que possa indicar a possibilidade
de ocorrência de acidente.
Risco Grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de trabalho
ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador.
60
Salvamento: procedimento operacional padronizado, realizado por equipe com
conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros socorros a
trabalhadores em caso de emergência.
61
JATOS D'ÁGUA E ESPUMA
JATOS D'ÁGUA
Jato é o formato dado à água ou outro agente extintor, do esguicho ao ponto desejado.
Através da pressão de operação do esguicho e da sua regulagem, o agente extintor
adquire a forma desejada, que é ainda influenciada pela sua velocidade e pelo seu
volume, pela gravidade e pelo atrito com ar.
62
Pressão
Pressão é a ação de uma força sobre uma área. Em termos práticos, isto é, no
serviço de bombeiros, a pressão é a força que se aplica na água para esta fluir através
de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma extremidade a outra. É importante
notar que o fluxo em si não caracteriza a pressão, pois se a outra extremidade do tubo
estiver fechada por uma tampa, a água estará “empurrando” a tampa, apesar de não
estar fluindo.
Pressão Dinâmica
Pressão Estática
É a pressão sobre um líquido que não está fluindo, por exemplo, uma
mangueira com esguicho fechado, sendo pressurizada por uma bomba.
Perda de Carga
A força da gravidade é outro fator que acarreta perda de carga. Quando a água
é recalcada de um nível inferior para um nível superior, a força da gravidade “puxa” a
água para baixo, o que diminui a pressão. A força da gravidade também poderá ser
utilizada no aumento da pressão, ao se fazer a água fluir de um nível superior para um
nível inferior.
Pressão Residual
63
Conhecida como “pressão no esguicho”, é a pressão da bomba de incêndio
menos a perda de carga com a variação de altura.
Golpe de Aríete
Quando o fluxo de água, através de uma tubulação ou mangueira, é
interrompido de súbito, surge uma força resultante que é chamada “golpe de aríete”. A
súbita interrupção do fluxo determina a mudança de sentido da pressão (da bomba ao
esguicho, para do esguicho à bomba), sendo esta instantaneamente multiplicada.
Esse excesso de pressão causa danos aos equipamentos hidráulicos e às
bombas de incêndio.
Os esguichos, hidrantes, válvulas e estranguladores de mangueira devem ser
fechados lentamente, de forma a prevenir e evitar o golpe de aríete.
Tipos de Jatos
Jato continuo
Jato Chuveiro
Neste tipo de jato, a água fragmenta-se em
grandes gotas. É usado quando se
pretende pouco alcance. A fragmentação
da água permite absorver maior
quantidade de calor que o jato contínuo.
64
Jato Neblina
Os jatos em neblina são gerados por
fragmentação da água em partículas finamente
divididas, através de mecanismos do esguicho.
Em virtude desta fragmentação, a água se
vaporiza mais rapidamente que nos jatos contínuo
e chuveiro, absorvido o calor com maior rapidez.
Esguicho
Tipos de Esguicho
Para produzir o jato desejado, utilizam-se esguichos apropriados. Para isso o
bombeiro deve conhecer as características de cada esguicho.
Esguicho agulheta
Esguicho regulável
Esguicho com dispositivo especial,
capaz de produzir jato contínuo ou jato
chuveiro, controlado pelo próprio
operador, quando este gira a parte móvel
do esguicho.
65
Esguicho universal
O esguicho recebe este
nome pelo fato de permitir a
produção de jato contínuo,
jato chuveiro e jato neblina
(quando nele é acoplada
extensão para neblina).
Esguicho canhão
Esguicho constituído de um
corpo tronco de cone
montado sobre uma base
coletora por meio de junta
móvel. É empregado quando
se necessita de jato contínuo
de grande alcance e volume
de água. Também pode estar
montado sobre uma viatura.
Espuma
A espuma é uma das formas de aplicação de água. É constituída por um
aglomerado de bolhas de ar ou gás, formada por solução aquosa. Flutua sobre os
líquidos, devido à sua baixa densidade.
A espuma apaga o fogo por abafamento, mas, devido à presença de água em
sua constituição, age, secundariamente, por resfriamento.
Atuação da Espuma
A espuma atua sobre os líquidos inflamáveis de três formas:
Isolando o combustível do ar
66
A espuma flutua sobre os líquidos, produzindo uma cobertura que impede o
contato com o ar (oxigênio), extinguindo o incêndio por abafamento.
Resfriando o combustível
Formação da Espuma
A espuma pode ser formada por reação química ou processo mecânico, daí as
denominações espuma químico ou espuma mecânica.
Espuma química
Espuma mecânica
É formado pela mistura de água, líquido gerador de espuma (ou extrato formador
de espuma) e ar.
O líquido gerador de espuma é adicionado à água através de um aparelho
(proporcionado), formando a pré-mistura (água e LGE). Ao passar pelo esguicho, a
pré-mistura sofre batimento e o ar é, dessa forma, a ela acrescentado, formando a
espuma. As características do extrato definirão sua proporção na pré-mistura (de 1%
até 6%)
67
A espuma mecânica é classificada, de acordo com sua taxa de expansão, em
três categorias.
68
Líquido Gerador de Espuma (LGE)
As espumas sintéticas dividem-se nos tipos: comum, “água molhada”, “água leve”
e espuma resistente a solventes polares.
69
hangares). Nestes locais, deve haver ventilação para que a espuma se
distribua de forma adequada. Sem ventilação, a espuma não avança no
ambiente.
O uso da espuma de alta expansão em espaços abertos é eficiente, mas depende
muito da velocidade do vento no local.
A espuma não é tóxica, mas a entrada do bombeiro dentro dela é perigosa, pela
falta total de visibilidade. Não se deve esquecer que a espuma produzida próxima ao
local do fogo pode estar com ar contaminado pelas substâncias tóxicas geradas pela
combustão. Assim, o bombeiro deve usar aparelhos de respiração autônoma para
entrar na espuma, bem como um cabo guia.
Quanto maior a taxa de expansão, mais leve será a espuma e menor será sua
capacidade de resfriamento.
70
líquido em chamas, porque o calor e o fogo irão destruí-la. Para se aplicar a espuma
eficientemente, deve-se formar uma camada com pelo menos 8 cm de altura sobre o
líquido inflamado.
Para uma boa formação e utilização da espuma, algumas regras básicas devem
ser obedecidas:
Usar o LGE adequado ao combustível que está queimando.
Quanto mais suave for à aplicação da espuma, mais rápida será a extinção e
menor a quantidade de LGE necessária.
As faixas de pressão de trabalho dos dispositivos de dosagem e formação
deverão ser observadas. Normalmente os esguichos trabalham a uma pressão
de 5 kg/cm2.
A espuma deve ser considerada idêntica à água quando usada em incêndios
em equipamentos energizados e em substâncias que reajam violentamente
com a água.
A espuma deve cobrir toda a superfície do combustível, fazendo uma vedação
perfeita, especialmente nos combustíveis altamente voláteis e nos solventes
polares.
A dosagem da pré-mistura (proporção água-LGE) deve obedecer às
especificações do LGE.
O esguicho utilizado deve ser compatível com o proporcionador. A vazão
nominal do proporcionador não pode ser maior que a do esguicho e nem
menor.
Antes de iniciar o trabalho, deve-se ter certeza de que há LGE e água
suficientes.
Equipamentos
Proporcionador “entrelinhas”
Equipamento colocado numa linha de mangueira para adicionar o L.G.E. à
água para o combate a incêndio.
O proporcionador “entrelinhas” de
espuma dispõe de dispositivo “venturi”, que
succiona o LGE e possui válvula dosadora,
com graduação variando de 1 a 6%, para
ser usada conforme o tipo de LGE.
O proporcionador pode ser usado
entre dois lances de mangueiras,
diretamente da expedição da bomba ou junto ao esguicho.
71
Na utilização do proporcionador, deve-se observar a diferença de altura e a
distância entre ele e o equipamento formador de espuma.
Os equipamentos não devem estar em desnível superior a 4,5 m e a uma
distância superior a 45 m.
Sob pena de prejudicar a formação da espuma, a pressão de entrada no
proporcionador deve ser 7 kgf/cm2 (100 PSI) e nunca inferior a 5 kgf/cm2 (75 PSI).
72
Gerador de alta expansão
É constituído de uma tela, onde é
lançada a pré-mistura, e de uma hélice,
que funciona como ventilador, projetando
uma corrente de ar também sobre a tela e
a pré-mistura, formando a espuma.
A hélice pode ser movida hidraulicamente, ou seja, pelo próprio jato, ou movida
por um motor elétrico ou à explosão.
73
74
PROVA REFERENTE AO MÓDULO I
1. O que é fogo?
A. É uma reação química de oxidação, autossustentável, com redenção de
luz, calor, fumaça e gazes
B. É uma reação química de oxidação, dependente, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
C. É uma reação química de oxidação, insustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
D. É uma reação química de oxidação, autossustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
E. É uma reação química de oxidação, sustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
3. Calor é uma energia que se propaga da mais quente para mais fria. Quais são
as formas de energia que eleva a temperatura.
A. Combustão, elétrica, mecânica e radiativa.
B. Química, elétrica, mecânica e radiativa.
C. Química, elétrica, mecânica e nuclear.
D. Combustão, elétrica, mecânica e nuclear.
E. Química, elétrica, mecânica, nuclear e condução.
75
II. Radiação são meios de propagação não só de calor como também de ondas
radiativas que será especificada em ionizante ou não ionizante.
III. A irradiação se propaga da combustão e pelo calor retonando do solo
aquecido pelo sol.
IV. A irradiação é bem parecida com a radiação.
I. As classes são de acordo com o material que esta queimando como a classe B
líquidos inflamáveis.
II. Na classe d são materiais pirotécnicos.
III. Na classe k, óleos vegetais e na classe A sólidos incomum.
IV. As classes C são elétricas e energizadas e a classe E são radiativos.
A. Apenas a II esta correta.
B. II e III esta correta mais a iv esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão incorretas.
7. Quando as afirmativas.
76
IV. Exaustores e jato neblina são usados em ventilação forçada.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. I III e IV são corretas a II incorreta.
9. Em um ambiente sinistrado onde o incêndio se encontra na fase de queima
lenta, qual risco que temos em caso de uma entrada forçada?
a) Blevê;
b) Boil over;
c) Flash over;
d) Back draft;
e) Todas estão corretas
10. Quanto aos pontos de temperatura.
I. Ponto de fulgor e combustão não depende de fonte externa de calor para
incendiar.
II. Ponto de ignição é quanto à matéria libera vapores em sua superfície e
depende de uma fonte de calor para incendiar.
III. Ponto de fulgor é quanto à matéria libera vapores em sua superfície e depende
de uma fonte de calor para incendiar.
IV. Ponto de combustão é quando a queima da matéria torna se autossustentável.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. Todas estão corretas.
E. III e IV são corretas.
11. Plano de abandono
A. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no maior
tempo possível e de maneira ordeira
B. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira desordeira.
C. Extinguir princípios de incêndios e fazer voltar à normalidade dentro do
maior tempo possível.
D. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira ordeira.
E. Correr do incêndio e fazer voltar à normalidade dentro do menor tempo
possível.
12. Atribuições do grupo de evacuação:
77
A. Vanguarda, retaguarda, inspetor.
B. Vanguarda, mediano, retaguarda, inspetor.
C. Vanguarda, atrasada, inspetor.
D. Lateral, retaguarda, inspetor.
E. Retaguarda, vanguarda, inspencionador.
78
I. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira ordeira.
II. Desligar computadores ar condicionado e pegar pertence valioso.
III. Resgatar pessoas vitimadas, e não prestar primeiros socorros.
IV. Extinguir princípios de incêndios e fazer voltar à normalidade dentro do
menor tempo possível.
A. I e II estão incorretas
B. II e III estão incorretas
C. I e II estão corretas
D. II e III estão corretas
E. II esta incorreta
79
MÓDULO II
EXTINTORES
OBJETIVOS
Introdução
Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor
para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou
sobre rodas, conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são
conhecidos simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas.
Classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C”, “D”
e “K”. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.
Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identificação facilmente localizável.
O rótulo traz informações sobre as classes de incêndio para as quais o extintor é
indicado e instruções de uso.
O êxito no emprego dos extintores dependerá de:
Fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
Distribuição apropriada dos aparelhos;
Inspeção periódica da área a proteger;
Manutenção adequada e eficiente;
Pessoal habilitado no manuseio correto.
Agentes Extintores
81
quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma
como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente extintor mais
empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em
razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água
conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados,
pode sofrer choque elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos
inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando,
aumentando,assim, a área do incêndio.
EXTINTORES PORTÁTEIS
São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de incêndio.
Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo:
extintor de água, porque contém água em seu interior).
82
|
Extintor de água:
Pressurizado.
Pressão injetada.
Manual, tipo costal ou cisterna.
Extintor de espuma:
Mecânica (pressurizado).
Mecânica (pressão injetada).
Química.
Extintor de pó químico seco:
Pressurizado.
Pressão injetada.
Extintor de gás carbônico
Extintor de composto halogenado
Extintor de Água
(Pressurizado)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade..........................................10L
Unidade extintora................................10L
Aplicação.................................Classe “A”
83
Extintor Manual de Água
(Bomba Manual)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade............................................. 10 a 20 litros
Aplicação...................................... Incêndio classe “A”
Tempo de descarga e alcance......Conforme o operador
Funcionamento: a pressão é produzida manualmente.
CARACTERÍSTICAS
84
Funcionamento: A mistura de água e LGE já
estão sobpressão, sendo expelida quando acionado o
gatilho; ao passar pelo esguicho lançador, ocorrem o
arrastamento do ar atmosférico e o batimento, formando
a espuma.
CARACTERÍSTICAS
Capacidade...............................1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg
Unidade extintora......................4 litros
Aplicaçã.................................... Incêndios classes
“B” e “C”. Classe “D”, utilizando pó químico seco
especial.
Alcance médio do jato...............5 metros
Tempo de desc......................... 15 segundos para
extintor de 4 kg, 25 segundos para extintor de 12
Kg.
Funcionamento: O pó sobpressão é
expelido quando o gatilho é acionado.
CARACTERÍSTICAS
Capacidade..................................... 2 , 4 e 6 kg
Unidade extintora......................................... 6 Kg
Aplicação.................. incêndios classes “B” e “C”.
Alcance do jato.................................... 2,5 metros
Tempo de descarga......................... 25 segundos
85
Funcionamento: O gás é armazenado sobpressão e liberado quando acionado o
gatilho.
Cuidados: Segurar pelo punho do difusor, quando da operação.
Extintor de Halon
(Composto Halogenado)
CARACTERÍSTICAS
Capacidade.............. 1, 2, 4 e 6 kg
Unidade extintora...... 2 Kg
Aplicação...............incêndios
classes “B” e “C”.
Alcance médio do
jato....................... 3,5 metros
Tempo de descarga .............. 15
segundos, para extintor de 2 kg.
Funcionamento: O gás
sobpressão é liberado quando
acionado o gatilho. O halon é
pressurizado pela ação de outro
gás (expelente), geralmente
nitrogênio.
(CARRETAS)
São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas
para serem conduzidos com facilidade.
As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, como os extintores portáteis.
Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga a operação destes aparelhos obriga o
empregode pelomenosdoisoperadores.
Carreta de água
Características
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Funcionamento: Acoplado ao corpo da carreta há um
cilindro de gás comprimido que, quando aberto,
pressuriza-a, expelindo a água após acionado o gatilho.
CARACTERÍSTICAS
Capacidade.............................................................20 kg a 100 kg
Aplicação.................................................................Incêndios
classes “B” e “C”. Classe “D”, utilizando PQS especial
Tempo de descarga, para 20 kg............................. 120 segundos
CARACTERÍSTICAS
Capacidade............................................ 25 kg a 50 kg
Aplicação.......................... Incêndios classes “B” e “C”
Alcance médio do jato.................................. 3 metros
Tempo de descarga para 30 Kg................. 60 segundos
87
Extintores Obsoletos: os extintores de soda-ácida, carga líquida e espuma
química, apesar de ainda encontrados, não mais são fabricados por causa das
seguintes desvantagens:
APÓS INICIADA, A DESCARGA DO EXTINTOR NÃO PODE SER INTERROMPIDA.
AGENTE É CORROSIVO.
ESSES EXTINTORES SÃO POTENCIALMENTE PERIGOSOS PARA O OPERADOR DURANTE
O USO. SE A DESCARGA DO JATO FOR BLOQUEADA, A PRESSÃO INTERNA DO CILINDRO
PODERÁ EXCEDER 20 KG/CM2 (300 LB/POL2) E, EVENTUALMENTE, EXPLODIR, CAUSANDO
SÉRIAS LESÕES OU MORTE AO OPERADOR.
Inspeções:
88
trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova será de 35 kgf/cm2. Este teste é
precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a existência de
danos físicos.
MANGUEIRA DE INCÊNDIO
Introdução
89
mais fácil, baixa absorção de água, etc. Pelos motivos acima, são normalmente
utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Lonas em mangueiras de lona simples, de lona dupla e
de lona revestida por materiais sintéticos mangueiras do tipo
lona simples são constituídas de um tubo de borracha envolvidas
por uma camada têxtil, que forma a lona.
As mangueiras do
tipo lona revestida por
material sintético são
constituídas de um tubo de
borracha, envolvido por uma
ou duas camadas têxteis
revestidas externamente por
material sintético.
Esse tipo de material permite à mangueira ter maior resistência aos efeitos
destrutivos de ácidos, graxas, abrasivos e outros agentes agressores.
Quanto ao Diâmetro
As mangueiras classificam-se
também quanto ao seu diâmetro, sendo
normalmente utilizadas pelo Corpo de
Bombeiros as de 38, 63, 75 e 100 mm.
90
Conservação e Manutenção
91
As mangueiras sobpressão devem ser dispostas de modo a formarem seios
e nunca ângulos (que diminuem o fluxo normal de água e podem danificar
as mangueiras).
Evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocadas pelo fechamento
rápido de expedições ou esguichos. Mudanças bruscas de pressão interna
podem danificar mangueiras e outros equipamentos.
92
Aduchada: é de fácil manuseio, tanto no combate a
incêndio, como no transporte. O desgaste do duto é
pequeno por ter apenas uma dobra.
93
Aduchamento com alças: Presta-se a facilitar o transporte quando da necessidade
de se subir escadas, ou em outras situações nas quais o transporte seja difícil
(obstáculos, riscos, etc.).
Sistema em zero
94
Transporte e Manuseio
95
São peças que se destinam a dar forma, direção e alcance ao jato d’água,
conforme as necessidades da operação. Os esguichos mais utilizados são:
1- esguicho Canhão;
2- esguichos "Pescoço de ganso"(protetor de linha)
3- esguicho Universal;
4- esguicho Regulável;
5- esguicho Agulheta;
6- esguicho Proporcionador de espuma;
7- esguicho Lançador de espuma;
Linhas de Mangueira
Mangueira Rompida
Na impossibilidade de se interromper o fluxo d’água por meios normais,
a fim de substituir a mangueira rompida ou furada, deve-se estrangular a
mangueira. Para isto, utiliza-se o estrangulador de mangueiras, ou fazem-se
duas dobras na mangueira, formando dois ângulos agudos, e mantendo-os
nesta posição com o peso do corpo.
Com essa manobra, interrompe-se o fluxo d’água e troca-se a
mangueira rompida.
Descarga de Mangueira
Consiste na retirada da água que permaneceu no interior da mangueira,
após sua utilização.
96
Estender a mangueira no solo, retirando as dobras que porventura
apareçam.
Levantar uma das extremidades sobre o ombro, sustentando-a com
ambas as mãos.
Deslocar-se para outra extremidade do lance, deixando-o para trás, à
medida que se avança vagarosamente. Isto faz com que água escoe pela
extremidade da mangueira.
Equipamentos auxiliares
Suplemento de união
Peça usada para permitir ligações
de duas juntas de união com rosca
macho, ou de duas juntas de união
com roscas fêmeas.
Adaptador
97
É uma peça metálica que
serve para modificar expedições em
fios de rosca (típico de registros de
hidrantes de parede) em
união storz (típica de mangueiras
de combate a incêndio) ou o
inverso.
Pode ser do tipo fêmea ou macho.
Adaptador fêmea – possui de um lado um fio de rosca fêmea (interno) e do
outro uma junta de união storz. Pode ser de 1½ polegadas (38 mm), no caso dos
hidrantes de parede ou de 2½ polegadas (63 mm), no caso dos hidrantes urbanos (de
coluna).
Redução
Peça formada por juntas storz em
ambos os lados, porém com diâmetro
de 2½ polegadas de um lado e
1½ polegadas do outro.
Serve para unir peças (mangueiras, expedições, registros, etc.) de diâmetros
diferentes.
Tampão
98
Divisor
Coletor
Peça metálica que recebe água de
duas fontes e a canaliza para uma,
semelhante ao aparelho divisor, porém
com função inversa ·.
Manga de mangueira
Descrição
101
Bomba Centrífuga para prevenção contra incêndio, com bocais FLANGEADOS 2 ½"x
2 ½" (padrão corpo de bombeiros), corpo tipo caracol, monoestágio, monobloco ou
mancal, na cor vermelha
* Vazão: 16 a 65 m³/h
* Altura: 14 a 66 mca
* Potência: 3 a 20 cv
Aplicações Gerais
* Rede de hidrantes
* Rede de sprinklers
* Sistema fixo de espuma adaptado à rede de hidrantes
* Sistemas de prevenção e combate contra incêndio
* Mangueiras de incêndio com requinte
*Bombas Jockey
Painéis de Comando
102
Moto-bomba
103
SPRINKLERS
Os sistemas fixos automáticos de combate a incêndios têm demonstrado,
através dos tempos, serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em
edificações.
Os chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers", possuem a
vantagem, sobre hidrantes e extintores, de dispensar a presença de pessoal, atuando
automaticamente na fase inicial do incêndio, o que reduz as perdas decorrentes do
tempo gasto desde a sua detecção até o início do combate.
O sistema de proteção através de chuveiros automáticos consiste em uma rede
inteirada de tubulações, dotadas de dispositivos especiais que, automaticamente,
descarregam água sobre um foco de incêndio, em quantidade suficiente para controlá-
lo e eventualmente extinguindo.
Abastecimento de água
Válvulas de governo e alarme.
Rede de distribuição.
Chuveiros automáticos.
104
Por tanques de pressão.
Normalmente, o sistema possui somente uma fonte de abastecimento.
O abastecimento por gravidade, isto é, através de reservatório elevado, é o
sistema mais confiável e que exige menos manutenção.
105
O sistema de chuveiros automáticos deve ser dotado de registro de recalque
duplo, com válvula de retenção, por onde o Corpo de Bombeiros poderá abastecer o
sistema.
106
Válvula de Comando: é utilizada para fechar o sistema, cortando o fluxo de água
sempre que algum chuveiro precisar ser substituído para a manutenção do sistema, ou
quando a operação do mesmo precisa ser interrompida. Após o término do serviço, a
válvula de comando deve ser deixada na posição aberta. Esta válvula deve ser do tipo
gaveta de haste ascendente.
107
A tubulação para os chuveiros automáticos ramifica-se para possibilitar a proteção de
toda ocupação, formando a rede de distribuição de água. O diâmetro da canalização
deve seguir as exigências das normas legais.
A canalização do sistema não deve ser embutida em lajes ou passar em locais não
protegidos por chuveiros automáticos, exceto se enterrada. Deve ser instalada com
inclinação que permita drenagem natural (de preferência, feita pela válvula de teste e
dreno).
Chuveiros Automáticos
Os chuveiros automáticos são os principais elementos do sistema, pois
detectam o fogo e distribuem a água sobre o foco na forma de chuva. Podem ser
dotados de elemento termossensível ou não (chuveiros abertos), conforme o tipo
de sistema.
Elemento termossensível
Em condições normais, nos chuveiros automáticos dotados de elemento
termossensível, a descarga da água dos chuveiros é impedida por capsula
rigidamente fixa no orifício de descarga.
A liberação da descarga de água só ocorre quando a temperatura do ambiente atinge
um grau predeterminado, rompendo a capsula. Cada chuveiro terá uma temperatura
de operação própria, que varia entre 58ºC e 260ºC. O elemento termossensível é
dimensionado para suportar a pressão da rede, inclusive possíveis variações.
Podem-se encontrar dois tipos de elementos termossensíveis: o tipo ampola e
o tipo solda.
Tipo ampola: consiste numa ampola, contendo liquido especial que se expande
ao sofrer os efeitos do calor do incêndio. Com a expansão, a ampola se rompe,
liberando a descarga de água.
Tipo solda: consiste numa liga metálica cujo ponto de fusão este
predeterminado e, ao fundir-se, libera a descarga de água.
108
Unido à estrutura ou corpo do chuveiro, existe um defletor ou distribuidor contra
o qual é lançada a água, fazendo com que esta se torne pulverizada e, dessa forma,
proteja uma determinada área.
Os chuveiros automáticos não podem ser pintados, pois, com a pintura, a
temperatura nominal de funcionamento sofrera alterações. Entretanto, os chuveiros
automáticos com elemento fusível do tipo solda, para temperatura acima de 77ºC, são
pintados pelos fabricantes, para identificação.
109
Chuveiros de média velocidade: dotados ou não de elemento termossensível,
são fabricados com defletor para vários ângulos de descarga, fazendo com que a água
seja lançada em forma de cone;
Chuveiros de alta velocidade: são fabricados sem elemento termossensível
(aberto) e seu orifício de descarga é dotado de um dispositivo interno cuja função é
provocar turbulência na água, nebulizando e lançando-a, extremamente pulverizada,
na forma de cone. Os chuveiros podem ser revestidos ou tratados pelo próprio
fabricante com chumbo, cera, cromo, cádmio, etc., para proteção contra vapores
corrosivos e ações ambientais desfavoráveis.
Temperatura de rompimento
110
acionados pelo calor do incêndio. É o tipo
de sistema mais utilizado no Brasil.
Quando um ou mais chuveiros são abertos, o fluxo de água faz com que a válvula se
abra, permitindo a passagem da água da fonte de abastecimento. Simultaneamente,
um alarme é acionado, indicando que o sistema esta em funcionamento.
111
A atuação de quaisquer detectores, ou então a ação manual de comando a
distância, provoca a abertura da válvula, permitindo a entrada da água na rede,
descarregada através de todos os chuveiros, e, simultaneamente, fazendo soar o
alarme de incêndio.
Este tipo de sistema é normalmente utilizado na proteção de hangares (galpões
para aeronaves).
Cortina D’água
A cortina d’água é um sistema que produz descargas de água em pequenas
aberturas ou sobre telhados de uma edificação, a fim de evitar a propagação de um
incêndio.
O acionamento da cortina d’água pode ser automático ou manual:
Automático: Uma válvula é mantida fechada por um sistema de alavancas
fixadas por elemento fusível. 0 sistema é acionado automaticamente pela atuação do
calor, ocorrendo a ruptura do elemento fusível e permitindo a passagem da água para
todos chuveiros, que funcionarão simultaneamente.
Manual: É aquele em que o sistema é acionado por um operador, mediante a
abertura de um registro.
Desde que atenda a demanda (vazão e pressão), o abastecimento para o
sistema cortina d’água pode ser o mesmo utilizado pelo sistema de chuveiros
automáticos da edificação. Entretanto, cada um dos sistemas deve possuir válvula de
governo independente.
Utilização do Sistema de Chuveiros Automáticos nas operações de Combate a
Incêndio.
Alguns fatores importantes devem ser considerados nas operações de combate
a incêndios em edificações protegidas por chuveiros automáticos.
112
O sistema de chuveiros automáticos estará em funciona- mento quando o
Corpo de Bombeiros chegarem ao local.
A guarnição do primeiro autobomba a chegar ao local da ocorrência, deve ligar
a bomba de incêndio da viatura no registro de recalque (facilmente identificável por ser
duplo). O autobomba deve recalcar água com a pressão de 10 kgf/cm2(150 psi),
preferencialmente através de linhas siamesas (não superiores a 30 metros). (Pressão
máxima de trabalho 12 kgf/cm2 - 180 psi).
Havendo fogo no local, devem ser armadas linhas de ataque para, em
complementação aos chuveiros automáticos, extinguir o incêndio. As válvulas de
comando do sistema somente deverão ser fechadas após a extinção do fogo ou se
estiverem ocorrendo danos ou desperdício de água.
Caso não seja possível fechar a válvula de comando, devem-se utilizar
bloqueadores de chuveiro automático.
A interrupção do funcionamento do sistema somente poderá ser feita após o
Comandante de a operação verificar a extinção do incêndio.
Quando uma válvula de comando é fechada, um bombeiro deve permanecer
junto a ela, a fim de opera-la caso haja necessidade de reabertura.
Inspeção de Bombeiros
113
Durante atendimento a ocorrência de incêndio ou durante inspeção em edificações
protegidas por sistema de chuveiros automáticos, o bombeiros deve verificar:
Se toda a edificação esta protegida por chuveiros automáticos, inclusive as
modificações e/ou ampliações;
Se as mercadorias estocadas estão devidamente protegidas por chuveiros
automáticos e se estas não obstruem a descarga de água;
Se todas as válvulas do sistema estão operando normalmente e se não estão
obstruídas;
Se todas as válvulas, equipamentos e dispositivos do sistema estão em bom
estado de conservação;
Se o sistema de automatização da bomba de recalque esta funcionando;
Se o painel de sinalização e alarme está funcionando;
Se o sistema encontra-se sobpressão;
Se o sistema de teste de dreno está funcionando corretamente (testar através
das conexões para teste) ;
Se o registro de recalque do sistema se encontra desobstruído e em perfeito
estado de conservação e funcionamento;
Se o ar comprimido (ou nitrogênio) e a água no sistema de cano seco estão em
seus níveis normais;
Se o compressor de ar se encontra em bom estado de conservação;
Se os alarmes (hidráulicos e/ou elétricos) funcionam normalmente;
Se existem chuveiros para reposição.
114
ESCADAS DE BOMBEIROS
OBJETIVOS
Escada simples.
Escada de gancho ou de telhado.
Escada prolongável.
Escada crochê.
Escada de bombeiro.
Escada prolongável com suportes.
Número de lances: 1
Comprimento: de 4 a 8m
Carga admissível: 2 homens, mais equipamento.
115
Transporte: agilizar o emprego da escada
simples, deve-se transportá-la para o posicionamento
com os pés voltados para frente, e recolhê-la com o topo
voltado para frente. Para início do transporte, a escada
estará no solo. A escada estará deitada com os dois
banzos no solo, sendo necessário levantar um deles para
o início do transporte. Para um bombeiro levantar a
escada, deve abaixar-se ao lado da escada na sua parte
central, segurar nos degraus, retirar um banzo do chão e
levantar-se, erguendo a escada e colocando-a na posição
desejada.
Para que dois bombeiros levantem a escada, devem abaixar-se ao lado e nas
extremidades da escada, segurar nos degraus, retirando um banzo do chão, e
levantar-se, erguendo a escada e colocando-a na posição desejada. Havendo três ou
mais bombeiros, dois posicionam-se nas extremidades da escada e os demais em
posições equidistantes entre si.
116
Os pés da escada devem estar ligeiramente mais
baixos.
117
Posicionamento da Escada Simples: para o melhor
emprego de uma escada, deve-se posicioná-la de forma
correta. A seguir, expõem-se dois métodos.
Características:
Número de lanços: 1
Comprimento: de 4 a 6m
Carga admissível: l2 homens, mais equipamento.
118
Os integrantes da guarnição recebem a seguinte
denominação:
Chefe da guarnição.
Armador da direita.
Armador da esquerda.
Características:
Número de lanços: 2
Comprimento: de 4 a 8m
Carga admissível: 1 homem por lanço,
mais equipamento.
Serve ainda para uso em locais que não permitem o emprego de escadas maiores.
Esta escada deve ser sempre sustentada pelo gancho.
Características:
Número de lanços: 2
Comprimento: 4m
Carga admissível: 1 homem mais
Equipamento
Operações em Escada para operar com escada, o bombeiro deve observar, sempre,
todos os princípios básicos de utilização.
Subir e Descer Escadas:
O bombeiro deve tomar posição junto à escada, colocando um dos pés no
primeiro degrau pela planta do pé e, com uma das mãos, empunhar o degrau
na altura dos olhos.
Iniciar a escalada colocando o outro pé no degrau superior, alternando as
mãos nos degraus, tendo o cuidado de não avançar mais que um de cada vez,
para cada pé ou mão.
Manter o corpo na vertical, braços estendidos e pernas sempre na frente do
corpo, nunca de lado.
Impulsionar o corpo com as pernas e nunca puxar o corpo com os braços.
Olhar sempre para frente, no nível da mão.
Evitar que a escada balance.
Subir e descer escadas com equipamento sempre que possível, a subida e
descida do equipamento deverá ser feita com o cabo de elevação ou com o
equipamento fixado ao corpo. Somente em circunstâncias extremas o
119
bombeiro poderá conduzir o equipamento em uma das mãos. Nesta situação, a
outra mão do bombeiro desliza pelo banzo.
Descer Escada com Vítima sempre que possível, a vítima deve estar amarrada
por um cabo de segurança. Vítima consciente a vítima consciente desce a
escada amparada pelo bombeiro.
Colocar os braços sob os braços da vítima.
Segurar nos degraus próximos ao centro, ficando com os braços ao redor da vítima.
Vítima inconsciente “Método de frente” colocar os braços sob os braços da vítima. As
mãos seguram os degraus. Colocar os pés da vítima para fora dos banzos. Apoiar a
vítima com o joelho, entre as pernas. A vítima fica face a face com o bombeiro. Descer
o degrau, primeiramente com a perna livre.
Recomendações:
INSPECIONAR:
Lascas (farpas).
Cabo de arvorar gasto.
120
Banzos ou degraus curvados, flexionados ou amassados.
Partes soltas.
Rachaduras (fissuras).
Apodrecimento.
Desgaste incomum.
Analisar o manual do fabricante para avaliação da vida útil da escada.
As partes danificadas devem ser substituídas.
ENTRADAS FORÇADAS
OBJETIVOS
Identificar e conhecer o uso de ferramentas manuais. Conhecer os métodos de
operação de cada ferramenta e equipamento de entradas forçadas. Conhecer os
métodos de execução de entradas forçadas, objetivando o uso mais eficaz das
ferramentas e causando o mínimo de danos possível.
Introdução:
Entrada forçada é o ato de adentrar em um recinto fechado utilizando-se de
meios não convencionais.
Deve-se tentar causar o menor dano possível, evitando ao máximo o
arrombamento. Existem diferentes métodos de entradas forçadas que podem ser
utilizados para se retirar um único obstáculo. Cabe ao bombeiro optar por aquele que
causará menor dano e for o mais rápido. Entende-se por obstáculo toda obstrução que
impede a passagem do bombeiro.
Lembrar: o melhor método de entrada nem sempre está à mostra. O bombeiro
deve procurá-lo.
Consiste de uma lingueta dentro de uma caixa de metal, que é encaixada no
batente da porta. Neste, há um rebaixo onde a porta encosta.
121
Caso a fechadura seja tipo tambor não cilíndrico e esteja saliente, deve-se usar
um martelo e, com batidas sucessivas, forçá-lo a entrar, empurrando-o.
A seguir, introduzindo-se uma chave de fenda no vazio deixado pelo tambor,
força-se a lingueta para dentro da caixa da fechadura.
122
uma chave de fenda introduzida no vazio deixado pelo tambor, força-se a lingueta para
dentro da fechadura. Usa-se este processo para qualquer formato de tambor.
Fechadura Embutida
Se a fechadura estiver na maçaneta, utiliza-se uma
alavanca pé-de-cabra, encaixando-a entre a porta e a maçaneta,
forçando-a. A partir daí, surgem duas situações: o tambor sai
com a maçaneta, neste caso, utilizando-se a chave de fenda,
procede-se como já descrito; o tambor permanece e a maçaneta
sai caso típico de “tambor saliente”.
Cadeados e Correntes
Portas: antes de
forçar qualquer porta, o
bombeiro deve sentir o calor
usando o tato (mãos). As
123
portas podem estar
aquecidas a grandes
temperaturas, o que deve
exigir todo cuidado para sua
abertura, porque será
possível encontrar situações
em que pode ocorrer até
mesmo uma explosão
devido às condições
extremas do ambiente.
O bombeiro encarregado de abrir a porta deve conhecer várias condições, para
não incorrer no erro de uma abertura perigosa, tanto para o pessoal, como para o
controle do incêndio.
O primeiro cuidado com portas aquecidas é abri-las parcialmente, observando
as condições do ambiente: lufadas de fumaça escura, pequenos focos com labaredas
baixas e intenso calor são indicativos de possível explosão ambiental. Neste caso,
cientificar prontamente o chefe imediato. Em incêndios em locais confinados, toda a
abertura, principalmente de portas, deve ser feita com esse cuidado.
Portas Comuns
Podem ser com painéis de vidro, de
sarrafos, maciças, ocas ou mistas.
Portas duplas
São portas com duas folhas, geralmente uma delas fixada ao piso, na travessa do
batente ou em ambos, e a outra é amparada por ela. Para abri-las, utiliza-se o mesmo
processo usado em porta de uma folha, com a ressalva de que, nas portas duplas, a
alavanca será encaixada entre as duas folhas.
Portas de Enrolar
125
A trava junto ao chão pode ser
eliminada de diferentes maneiras:
Se for um cadeado que prende a porta à argola fixada ao chão e se ele estiver
à mostra, será cortado com o corta a frio.
Se for uma trava tipo cilindro que prende a porta à argola e se estiver à mostra, bate-
se com um malho no lado oposto da entrada da chave na fechadura, o que deslocará
o cilindro, destravando a porta.
Se for um cadeado ou uma chave tipo cilindro que não está à mostra, libera-se
a porta das travas laterais e coloca-se uma alavanca grande, ou a cunha hidráulica,
entre a porta e o piso, próxima à fechadura. Força-se a porta para cima, o que fará
com que a argola desprenda-se do chão.
Se houver dificuldade no desenvolvimento dos métodos anteriores, pode-se
cortar a porta em volta da trava com o motoabrasivo ou com o martelete pneumático.
Após a abertura da porta, retirar o pedaço que ficou no chão, para evitar acidentes.
Existindo hastes horizontais, cortam-se suas pontas com o motoabrasivo, o
mais próximo dos trilhos quanto for possível. O bombeiro saberá onde estão às
hastes, tomando por base uma linha horizontal que parte da fechadura até o trilho.
126
tomando-se o cuidado de forçar a porta no seu sentido de abertura. Todas as portas
que abrem sobre a cabeça devem ser escoradas, após abertas.
128
Painéis de vidro temperado
O vidro temperado sofre um tratamento especial que o torna mais flexível e
resistente ao choque, à pressão, ao impacto e às variações de temperatura. Para
quebrar um painel de vidro temperado o bombeiro deve procurar pontos de fissuras
para força lós.
Estes pontos localizam-se nas proximidades da fixação do painel à parede
(dobradiços pinos). Com uma ferramenta longa (machado, croque) deve bater com as
laterais ou com as pontas como punção em um dos pontos de fissura, posicionando-se
acima e ao lado do painel, conservando as mãos acima do ponto de impacto. Quando
quebrado, este vidro fragmenta-se repentinamente em pedaços cúbicos pequenos.
Após a quebra, os cacos devem ser removidos para local apropriado. Quando
necessário, o bombeiro pode utilizar fita adesiva para impedir que os cacos caiam.
129
Portas de Vidro
Portas de vidro comum
O painel de vidro estará circundado por uma moldura, na
qual se encontram a fechadura e as dobradiças. Esta porta é
semelhante à porta comum. O painel de vidro, porém, irá partir-
se, se sofrer impacto, torção ou compressão.
Por isso, os métodos que podem ser utilizados para abrir
a porta, sem quebrar o painel de vidro, são: forçar com chave de
grifo o tambor da fechadura, se este for cilíndrico e saliente, e
retirar os pinos das dobradiças, se a porta abrir para fora do
ambiente e estas estiverem à mostra.
Se não for possível a utilização dos métodos anteriores, o
bombeiro deverá utilizar o método de quebrar painéis de vidro,
usando sempre EPI.
Janelas e vitrôs são colocadas nas aberturas das paredes para permitir que o ar e a
luminosidade entrem. Neste manual não será feita distinção entre vitrô e janela.
Ambos receberão a denominação de janela.
Para realizar a entrada forçada em janelas com painéis de vidro, deve-se forçar
levemente, com uma alavanca, a moldura, no sentido de sua abertura. Se não houver
êxito, o vidro deve ser quebrado como descrito em técnica de forçar painéis de vidro,
130
pois a reposição do vidro é mais fácil que a do caixilho. Em seguida, liberam-se os
trincos ou trancas que seguram a moldura e abre-se a janela, se necessário.
Grades
As grades de proteção das janelas serão cortadas com moto abrasivo, cunhas
hidráulicas ou retiradas da parede com alavanca.
131
Paredes
São obras de alvenaria ou outro material
que vedam externamente as edificações ou
as dividem, internamente, em
compartimentos.
Parede estrutural
É aquela que faz parte da estrutura da
edificação, sendo responsável por sua
estabilidade. Na medida do possível, não
se deve efetuar a entrada forçada por
paredes estruturais.
Parede de vedação
Normalmente de tijolos ou blocos, serve para vedar e compartimentar o
ambiente, não fazendo parte da estrutura da edificação.
Em meio às paredes de vedação, existem colunas e vigas de sustentação, as
quais não devem ser forçadas.
Paredes de Alvenaria
A abertura de paredes, lajes e pisos de alvenaria é
chamada de arrombamento.
O arrombamento em parede de alvenaria pode ser feito com
malho, talhadeira, alavanca e martelete hidráulico de
pneumático.
A parte superior da abertura deve ser feita em arco, com menor raio possível,
suficiente para permitir a passagem do bombeiro e material.
Pisos
Basicamente os pisos são de concreto ou de madeira.
Pisos de concreto
A necessidade de se realizar a entrada forçada através
do piso de concreto deve ser cuidadosamente avaliada,
porque o piso isola a propagação do fogo. Esse
procedimento cria riscos aos bombeiros e é de difícil
execução.
Pode-se utilizar o martelete (britadeira) para quebrar a
laje com maior rapidez ou, na falta deste, utilizar malho,
talhadeira, picareta ou alavanca.
132
Pisos de Madeira
O piso de madeira é encontrado em algumas edificações antigas. É formado por
tábuas, revestidas ou não, que se apoiam em vigas também de madeira.
Para fazer a entrada forçada neste piso, deve-se introduzir a alavanca ou outra
ferramenta na fresta da extremidade da tábua, forçando-a para cima. Na abertura
produzida pela retirada da parte da tábua, introduzir outra alavanca, mais próxima
possível da viga, forçando a tábua para cima. Proceder assim até que a tábua
desprenda-se totalmente da viga. Retirando a primeira tábua, as demais sairão
facilmente, ao se bater nelas com um martelo ou outra ferramenta, de baixo para cima.
Encontrando dificuldade em visualizar a fresta, podem-se cortar as tábuas com um
machado, tomando cuidado para não cortar a viga, o que comprometeria a
estabilidade do piso.
Telhados
O bombeiro deve analisar a edificação para ter certeza de sua estabilidade.
Rachaduras, sons característicos e superaquecimentos em estruturas metálicas são
alguns sinais de comprometimento da estrutura e da inviabilidade de forçar entrada
pelo teto (devido a colapso iminente).
O bombeiro deve chegar ao telhado em segurança e verificar:
O tipo de telha — as mais comuns são de barro cozido e de fibrocimento (as quais são
maiores, mais pesadas e fixadas às travessas do telhado por parafusos ou pregos).
O superaquecimento da telha — isto indicará que sob ela
existe grande quantidade de calor e, se for removida,
chamas e gases sairão pela abertura.
O que existe sob as telhas — a existência de laje e outros
obstáculos pode tornar inviável a entrada.
133
Para andar no telhado, o bombeiro deve pisar sobre os degraus da escada de gancho,
colocado sobre o telhado. Isto dará uma melhor distribuição de peso, evitando que o
bombeiro quebre o telhado e caia dentro do ambiente.
Para retirar uma telha de barro cozido, deve-se levantar a camada de telhas que está
sobre ela e puxá-la lateralmente.
134
As telhas também podem ser quebradas ou cortadas utilizando-se, para isto,
machado, motoabrasivo ou outra ferramenta. Para descer ao ambiente, o bombeiro
deve utilizar escada de gancho, a qual ficará no local até que o bombeiro providencie
outra via de fuga do ambiente.
Forros
Os forros podem ser feitos de sarrafo, gesso, cerâmica,
painéis de metal ou aglomerados. Para retirá-los, o
bombeiro deve puxá-los para baixo com uma alavanca ou
o croque, forçando depois os sarrafos que lhes dão
sustentação.
Divisórias
Utilizadas para compartimentar ambientes, são muito
empregadas em prédio de escritórios.
135
Divisórias Comuns
Para fazer a entrada forçada em divisórias de gesso, madeira ou aglomerados,
deve-se introduzir uma alavanca entre o caixilho e a placa, próximo ao piso. Outra
alavanca deve ser colocada no mesmo encaixe, na parte de cima da placa. A seguir,
forçar as alavancas em direção ao caixilho e a placa sairá do seu encaixe. O bombeiro
deve estar atento à fiação elétrica no interior da divisória, e desligar a chave elétrica do
ambiente.
Divisórias de Metal
As divisórias de metal são fixadas em colunas de
madeira, por parafusos, e em colunas de metal, por
parafusos, arrebites ou soldas.
Quando não for possível retirar os painéis
soltando os parafusos com a chave de fenda, ou
retirando os arrebites com martelo ou talhadeira, pode-se
utilizar o motoabrasivo para cortar a chapa, sempre que
possível próximo às colunas, onde é menor a vibração.
Cercas
As cercas podem ser de madeira, metal, alvenaria (muro) e telas de arame.
Ao invés de entrar por cercas, há sempre a possibilidade de transpô-las. O
procedimento a ser tomado ficará a cargo do comandante da operação, que analisar a
situação, levando em consideração os seguintes aspectos:
Material a ser transposto com os bombeiros;
Urgência do serviço;
Facilidade na operação e na recuperação do local
depois dos trabalhos.
Os portões destas cercas são normalmente
trancados com correntes e cadeados, que podem ser
cortados com o corta a frio.
136
Cercas de Madeira
São constituídas de tábuas pregadas em travessas. Para efetuar
abertura, despregam-se as tábuas com o uso de alavanca ou
martelo.
137
Cercas de Tela ou Arame
Ferramentas
Para que o bombeiro execute entradas forçadas, necessita de
ferramentas e equipamentos que tornem isto possível, bem
como conhecer sua nomenclatura e emprego.
138
5 e 6-Cunha Hidráulica
Equipamento composto por duas sapatas expansíveis, formando uma cunha,
que abre e fecha hidraulicamente. Presta-se a afastar certos obstáculos.
08- Arco de Serra
Ferramenta constituída de uma armação metálica de formato curvo que
sustenta uma serra laminar. Destina-se a efetuar cortes de metais.
09- Martelete Hidráulico e Pneumático
Ferramenta que serve para cortar ou perfurar metais e cortar, perfurar ou
triturar alvenaria.
11- Alavanca multiuso
Possui uma extremidade afilada e chata formando uma lâmina, em cuja lateral
estende-se um punção, em cujo topo há uma superfície chata. Na outra extremidade
há uma unha afilada com entalhe em “V”.
12- Punção
Ferramenta de ferro ou aço, pontiaguda, destinada a furar ou empurrar peças
metálicas, com uso de martelo.
13- Talhadeira
Ferramenta de ferro ou aço, com ponta achatada, destinada a cortar alvenaria,
com uso de martelo.
14- Alavanca pé-de-cabra
Possui uma extremidade achatada e fendida, à semelhança de um pé-de-
cabra. É muito utilizada no forçamento de portas e janelas por ter pouca expessura, o
que possibilita entrar em pequenas fendas.
15- Alavanca
Barra de ferro rígida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados.
Apresenta-se em diversos tamanhos ou tipos.
Alavanca de unha
Alavanca utilizada nas operações que necessitam muito esforço. Possui uma
extremidade achatada e curva que possibilita o levantamento de grandes pesos, e um
corte em “V” para a retirada de pregos.
Alavanca de extremidade curva
Também denomina-se alavanca em “S”. Possui extremi-dades curvas, sendo uma
afilada e outra achatada.
17- Alicate
Ferramenta destinada ao aperto de pequenas porcas, corte de fios metálicos e
pregos finos.
18- Chave de Grifo
139
Ferramenta dentada, destinada a apertar, desapertar ou segurar peças
tubulares.
19- Chave Inglesa
Substituem, em certos casos, as chaves de boca fixa. É utilizada para apertar
ou desapertar parafusos e porcas com cabeças de tamanhos diferentes, pois sua boca
é regulável.
20- Martelo
Ferramenta de ferro, geralmente com um cabo de madeira, que se destina a
causar impacto onde for necessário.
21- Corta Frio
Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças metálicas
22- Machado
Ferramenta composta de uma cunha de ferro cortante fixada em um cabo de
madeira, podendo ter na outra extremidade formato de ferramentas diversas.
23- Malho
Ferramenta similar a um martelo de grande tamanho, empregado no trabalho
de arrombamento.
24- Picareta
Ferramenta de aço com duas pontas, sendo uma pontiaguda e a outra
achatada. É adaptada a um cabo de madeira e empregada nos serviços de
escavações, demolições e na abertura de passagem por obstáculo de alvenaria.
25- Croque
É constituído de uma haste, normalmente de madeira ou plástico rígido, tendo
na sua extremidade uma peça metálica com uma ponta e uma fisga.
Alicate de pressão
Ferramenta destinada a prender-se a superfícies cilíndricas, possibilitando a
rotação das mesmas e possuindo regulagem para aperto.
Chave de Fenda
Ferramenta destinada a encaixar-se na fenda da cabeça do parafuso, com
finalidade de apertá-lo ou desapertá-lo.
Cuidados
Alguns cuidados básicos devem ser tomados ao se efetuar uma entrada
forçada:
Verificar a estabilidade da edificação ou estrutura antes de entrar;
Verificar se portas e janelas encontram-se abertas, antes de forçá-las;
Transportar ferramentas com segurança;
Identificar atmosfera explosiva. Na dúvida, agir como se fosse;
140
Manter-se em segurança, quando estiver quebrando vidros, e remover todos os
cacos;
Escorar todas as “portas que abrem acima da cabeça”, bem como as portas
corta fogo, após a abertura;
Utilizar o EPI completo;
Manter pessoas afastadas durante a operação;
Desligar a chave elétrica quando houver fiação no obstáculo;
Lembrar que uma abertura grande normalmente é mais eficaz e mais segura
que várias pequenas;
141
142
PROVA REFERENTE AO MÓDULO II
1. Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor
para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Quais são os
métodos de extinção?
A. Resfriamento, retirada de materiais e quebra da reação química
em cadeia.
B. Resfriamento, abafamento, retirada de materiais, isolamento do
fogo e quebra da reação química em cadeia.
C. Resfriamento da reação química, abafamento, retirada de
materiais e quebra da reação química em cadeia.
D. Resfriamento, abafamento, retirada de materiais.
E. Resfriamento, abafamento, retirada de materiais e quebra da
reação química em cadeia.
143
E. Água e pó químico mais nenhum.
144
A. 15 20,25 e 30 metros.
B. 15 20,25 e 30 metros e 38, 63, 75 e 100 milímetros.
C. 15 20,25metros.
D. 15 20, e 30 metros.
E. 15 20,25, 30 e 45 metros
7. Quando as classes de incêndio.
I. As classes são de acordo com o material que esta queimando
como a classe B líquidos inflamáveis.
II. Na classe D são materiais pirofólicos.
III. Na classe K, óleos vegetais e na classe A sólidos comum.
IV. As classes C são elétricas e energizadas e a classe E são
radiativos.
A. Apenas a II esta correta.
B. Apenas I III e IV esta correta.
C. II e III esta correta mais a IV esta incorreta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.
8. Formas de Acondicionar Mangueiras são maneiras de dispor as mangueiras,
em função da sua utilização. Responda afirmativa INCORRETA?
I. Espiral, meio não eficiente, pois pode bater a junta de união.
II. Aspiral, meio não eficiente, pois pode bater a junta de união.
III. Aduchada, ziguezague para abrigos onde o local tem potencial de
incêndio.
IV. Sistema zero, para local confinado.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. I III e IV são corretas.
E. Todas estão incorretas.
9. Abastecimento do sistema de chuveiros automáticos é vital para qualquer
sistema hidráulico dispor de abastecimento confiável de água, com pressão e
vazão adequada. O abastecimento de água para o sistema de chuveiros
automáticos é fornecido. Quais os tipos de abastecimentos.
A. Por gravidade, bombas de recalque, por tanques de pressão.
B. Por gravidade, bombas de poço.
C. Por gravidade, por bombas, por tanques de pressão.
D. Por gravidade, por registro de recalque, por tanques de pressão.
E. Por descida da caixa, por bombas de recalque, por tanques.
10. Quanto aos pontos de temperatura e cores das ampolas.
145
I. Vermelho 68°, Amarelo 79°
II. Verde 93° azul 141°
III. Laranja57°, Preta 183 a 260°
IV. Roxa182°
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.
146
B. É utilizado em locais onde o armazenamento tem que ser mais
eficiente.
C. É utilizado em locais o armazenamento tem que ser menos eficiente.
D. É utilizado em locais onde o emprego operacional pelos leigos é
eficiente.
E. É utilizado em locais onde o emprego operacional é menos eficiente.
147
E. As juntas de união de engate rápido tipo storz não são utilizadas como
padrão.
16. Os sistemas fixos automáticos de combate incêndios têm demonstrado, através
dos tempos, serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em
edificações. Os chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers",
possuem a vantagem, sobre hidrantes e extintores, de dispensar a presença de
pessoal, atuando automaticamente na fase inicial do incêndio, o que reduz as
perdas decorrentes do tempo gasto desde a sua detecção até o início do
combate. 0 sistema de proteção através de chuveiros automáticos consiste em
uma rede inteirada de tubulações, dotadas de dispositivos especiais que,
automaticamente, descarregam água sobre um foco de incêndio, em
quantidade suficiente para controlá-lo e eventualmente extingui- lo.
Reverente aos tipos de sistemas de chuveiros automáticos leia as
afirmativas:
I. No Brasil é utilizado basicamente 03 (três) sistema: cano molhado,
sistema de cano seco e sistema tipo dilúvio.
II. Sistema do Tipo Dilúvio tubulações secas, em cujos ramais são
instalados chuveiros do tipo aberto.
III. Sistema de Cano Molhado é o tipo de sistema menos utilizado no
Brasil.
IV. Sistema de Cano Seco tubulação permanentemente seca, mantida
sobpressão em cujos ramais são instalados os chuveiros.
A. Apenas a II e IV esta incorreta.
B. I II e IV estão corretas
C. As incorretas são I e IV.
D. Apenas I e II são corretas
E. III e IV são corretas e I e II são incorretas.
17. A renovação e substituição dos chuveiros devem ser feitas com chave própria,
e, para isso, são adotadas as seguintes providencias.
A. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar contido no
sistema, fechar válvula(s) de dreno.
B. Abrir a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar contido no
sistema, fechar válvula(s) de dreno.
148
C. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do tipo diferente,
abrir a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar
contido no sistema, fechar válvula(s) de dreno.
D. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar contido no
sistema, manter válvula(s) de dreno aberta.
E. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando.
18. Quanto à temperatura de rompimento:
Coloração da ampola
Vermelha
Laranja
Amarela
Verde
Azul
Roxa
Preta
R:
149
MÓDULO III
COMUNICAÇÃO
Linguagem não verbal: é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança tom
de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de
comunicação.
151
Como utilizar o Rádio Transmissor:
152
Numeral Fonético Internacional
1 - Primeiro
2 - Segundo
3 - Terceiro
4 - Quarto
5 - Quinto
6 - Sexto
7 - Sétimo
8 - Oitavo
9 - Nono
0 - Negativo
Linguagem de sinais
153
COMUNICAÇÃO POR SINAIS DE APITO
Cada unidade pode criar seus próprios sinais de apito, tomando o cuidado de aprender
os sinais padrão usados
154
RELATÓRIO
Um relatório deve ser redigido de tal forma que alguém que não presenciou o
experimento fique informado, ao lê-lo, do que foi feito, do que se obteve, das
conclusões e das limitações do experimento. Basicamente, um relatório deve conter os
itens listados na tabela abaixo, mas obviamente o aluno deverá julgar, em cada caso,
da conveniência de incluir todos os itens ou não, de reordená-los ou reagrupá-los.
Um bom relatório será conciso. Não gaste espaço com coisas irrelevantes.
Não copie o livro texto nem o roteiro. Evite considerações que nada tem a ver
com o experimento realizado. Não se sinta na obrigação de tecer comentários
brilhantes ou atingir conclusões estrondosas! Estabeleça conclusões a partir de suas
observações e da análise dos dados obtidos no experimento.
“texto baseado no Manual de Laboratório de Óptica Experimental, B. Buchweitz e P. H. Dionísio, IF-UFRGS, 1994”
A. D, F, E, B, A, C
157
B. B, F, E, C, A, D
C. E, F, C, B, D, A
D. C, F, E, B, A, D
E. F, C, E, D, A, B
4. Complete utilizando o alfabeto fonético internacional.
A. R
B. P
C. E
D. L
E. F
A. Romeu, papa, eco, limão, foxtrot.
B. Romeu, papa, eca, lima, foxtrot.
C. Romário, papa, eco, lima, foxtrot.
D. Romeu, papa, eco, limo, foxtrote.
E. Romeu, papa, eco, lima, foxtrot.
5. Qual a alternativa correta para a frase “BOMBEIROS” utilizando o alfabeto
fonetico.
A. Romeu, Bravo, Oscar, Myke, Bravo, Eco, Ìndia, Oscar, Sierra.
B. Bravo, Bravo, Oscar, Myke, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
C. Myke, Bravo, Oscar, Bravo, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
D. Oscar, BravoMyke, Bravo, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
E. Bravo, Oscar, Myke, Bravo, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
6. Determine a frase pelo alfabeto fonético: Bravo, Oscar, Mayke, Bravo, Eco,
India, Romeu Oscar.
A. Bombeiros
B. Bombeiro
C. Bravo
D. Brother
E. Braço
7. De acordo com código “Q”. Quais os códigos Q.S.P, Q.R.N, Q.S.L, Q.R.Q?
A. Fazer ponte, interferência, entendido, transmita mais depressa.
B. Interferência, fazer ponte, estou ocupado, transmita mais depressa.
C. Fazer ponte, estou ocupado, interferência, transmita mais depressa.
D. Fazer ponte, interferência, transmita mais depressa, estou ocupado.
E. Transmita mais depressa, fazer ponte, interferência, estou ocupado.
8. Para um bom relatório o que está INCORRETA.
I. Não gaste espaço com coisas irrelevantes.
II. Não copie o livro texto nem o roteiro.
III. Evite considerações que nada tem a ver com o experimento realizado.
158
IV. Você é obrigado a redigir comentários brilhantes.
V. Que informações ou conhecimentos a respeito do fenômeno ou do
sistema em estudo.
A. I, II e III esta incorreta.
B. Apenas a IV é a incorreta.
C. Todas são incorretas.
D. Todas são corretas.
E. IV e V são incorretas.
9. Um relatório deve ser redigido de tal forma que alguém que não presenciou o
experimento fique informado, ao lê-lo, do que foi feito, do que se obteve, das
conclusões e das limitações do experimento. Após um fato o bombeiro deve
fazer um relatório diante de uma vitima que não deseja ser atendido qual
documento tem que ser preenchido.
A. Livro ATA e termo de responsabilidade.
B. Termo de liberação.
C. Caderno de ocorrência.
D. E-mail para o supervisor.
E. Boletim de ocorrência.
10. Transcreva de acordo com o alfabeto fonético internacional; Fox, Índia,
Mayke, Delta, Eco, Papa, Romeu, Oscar, Victor, Alfa.
R:
159
MÓDULO IV
- Balaclava;
- Botas de combate a incêndio;
- Capacetes para diferentes situações;
- Equipamento de proteção respiratória (EPR);
- Lanterna;
- Luvas;
- Mosquetão e equipamentos para trabalho em altura em geral;
- Rádio comunicador;
- Colete salva-vidas.
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
161
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
1. Falta de oxigênio;
2. Temperaturas elevadas;
3. Fumaça;
4. Gases tóxicos.
162
Temperaturas Elevadas: A exposição ao ar aquecido pode causar danos ao
aparelho respiratório. Quando as temperaturas excedem 60ºC, pode-se
considerar que o calor é excessivo, e quando o ar preenche rapidamente os
pulmões pode causar baixa da pressão sanguínea e danos ao sistema
circulatório. Um dos riscos é o edema pulmonar, que pode causar morte por
asfixia. O fato de se respirar ar puro e fresco, logo depois, não torna o dano
reversível de imediato.
Fumaça: A fumaça é constituída principalmente por partículas de carbono (C,
CO e CO2) em suspensão. O tamanho das partículas é que determina a
quantidade que, quando inalada, irá penetrar nos pulmões.
Gases Tóxicos: O bombeiro deve se lembrar de que um incêndio significa
exposição a substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, ele não pode prever,
antecipadamente, quais serão essas substâncias. A inalação da combinação
de substâncias, sejam tóxicas ou irritantes, pode ter efeitos mais graves do que
quando inaladas separadamente.
163
Monóxido de Carbono (CO): O monóxido de carbono destaca-se entre os
gases tóxicos. A maioria das mortes em incêndios ocorre por causa do monóxido de
carbono (CO). Este gás sem cor e sem odor está presente em todo incêndio e a
queima incompleta é responsável pela formação de grande quantidade de CO. Como
regra, pode-se entender que fumaça escura significa altos níveis de CO.
A hemoglobina existente no sangue é responsável pela troca gasosa. O
monóxido de carbono (CO) combina-se com a hemoglobina de forma irreversível,
inutilizando-a. Quando grande parte da hemoglobina do sangue se combina com o
CO, pode-se morrer por falta de oxigênio.
Num ambiente, a concentração de 0,05% de monóxido de carbono no ar já é
perigosa. Ainda que a concentração de CO no ambiente seja maior que 1%, não
ocorrem sinais que permitam a fuga do local em tempo hábil. Em baixos níveis de
concentração de CO, ocorre dor de cabeça e tontura, antes da incapacitação (que são
avisos antecipados).
Além do CO, existem outros gases tóxicos e asfixiantes que causam efeitos
prejudiciais à saúde do homem. Exemplo:
Cloreto de hidrogênio (HCl);
Cianeto de hidrogênio (HCN;)
Dióxido de carbono (CO2);
Óxido de nitrogênio (NO);
Fosgênio (COCl2).
164
Filtro combinado para gases e vapores (químico) e partículas em suspensão
(mecânico);
Filtro específico para monóxido de carbono que possui um catalisador que
transforma o CO em CO2.
Os filtros devem ser próprios para o agente nocivo à respiração. Necessitam de
controle rígido da validade e do tempo em uso, que varia, inclusive, conforme a
concentração do agente no ambiente. Não devem ser utilizados em ambientes
com pequena porcentagem de O2, pois podem causar a morte do bombeiro.
Estas graves restrições desaconselham sua utilização nas operações de
combate a incêndio e salvamento.
165
Autonomia do equipamento:
O tempo de autonomia da máscara autônoma de ar comprimido está
relacionado à pressão de recarga do cilindro de ar, ao volume do cilindro de ar e a
intensidade do trabalho que vai interferir diretamente no consumo do usuário do
equipamento.
Lembramos que 1Bar equivale a 14,7 Psi mas, para fins de cálculos, adotamos que
1Bar é igual a 15 Psi.
166
Lembramos que o volume do cilindro é expresso em litros e que ao
recarregarmos um cilindro de 7litros com 200 Bar de pressão teremos na
verdade: 200 x 7 = 1400 litros de ar pressurizado num cilindro cujo volume é de
7 litros.
Colocação do Equipamento
Método de colocação por sobre a cabeça;
Método de vestir.
Inspeção e cuidados: Os bombeiros devem inspecionar ajustar e vestir o EPR
diariamente. Após o uso, sua limpeza é obrigatória.
Conferência diária:
O bombeiro deve se equipar com o EPR, observando:
Validade do teste hidrostático.
Conexão da válvula de demanda.
Conexão do cilindro ao redutor de pressão.
Cinta que prende o cilindro ao suporte.
Alças de transporte e cinto com fivelas.
Placa de suporte.
Conexões das mangueiras.
Tirantes e peça facial.
Pressão do cilindro.
Funcionamento do manômetro
Vedação a alta pressão.
Volante do cilindro.
Alarme.
Prova de vedação a alta pressão: Acoplar a válvula de demanda à mangueira de
alta pressão, abrir o registro do cilindro e ler a pressão indicada no manômetro. Fechar
o registro do cilindro. A pressão deve permanecer inalterada durante um minuto.
Sempre acionar o botão de descarga para despressurizar o sistema; com isto,
consegue-se desacoplar as conexões com facilidade.
Ensaio do sinal de alarme: Abrir o registro do cilindro por um curto espaço de
tempo e depois, voltar a fechá-lo. Em seguida, cuidadosamente, liberar o ar pela
válvula de demanda, observando o manômetro. O sinal de alarme deve soar quando a
pressão do manômetro for de 50BAR, com tolerância de mais ou menos 10 BAR. O
assobio não diminui de intensidade senão quando o ponteiro do manômetro chegar ao
batente.
Lavar a peça facial com detergente neutro e água, colocando-a para secar em
local fresco e ventilado e à sombra.
167
PROVA REFERENTE AO MÓDULO IV
1. O que é EPI?
A. Equipamento de Proteção Coletiva;
B. Equipamento de Proteção Auricular;
C. Equipamento de Respiração;
D. Equipamento de Proteção Instantânea;
E. Equipamento de Proteção Individual;
2. Qual Norma Regulamentadora trata do uso de EPI?
A. NR-05;
B. NR-07
C. NR-23;
D. NR-06;
E. Nenhuma das alternativas;
3. Qual a finalidade da capa de aproximação?
A. Protege as mãos do bombeiro contra ação de agentes corrosivos;
B. Servem para enfeitar o bombeiro;
C. Proteger o bombeiro contra gases que ele possa inalar;
D. Protegem o tronco e o abdome contra o frio, a umidade e o calor;
E. Não protegem o bombeiro;
4. O que é EPR?
A. Equipamento de Proteção Regular;
B. Equipamento de Proteção Respiratória;
C. Equipamento de Proteção Coletiva;
D. Equipamento de Pressão Regular;
E. Nenhuma das alternativas;
5. Qual método d colocação do cilindro de oxigênio é o mais usado pelos
bombeiros?
A. Colocação por sobre a cabeça;
B. Colocação modo de cobrir;
C. Não há meios específicos;
D. Primeiro os braços e depois a cabeça;
E. Vestido por colega bombeiro pelas costas;
6. Referente à máscara contra gases (equipamento filtrante), é correto afirmar
que:
A. Os filtros são próprios para cada classe de agente;
B. Os filtros podem ser usados para qualquer classe de agente;
169
C. Não deve ser higienizada;
D. Não deve ser usada em ambientes com deficiência de oxigênio;
E. Somente “a” e “d” estão corretas;
7. Uma das vantagens do aparelho de respiração com linha de ar é:
A. O bombeiro pode permanecer no local por um curto tempo;
B. O bombeiro tem seus movimentos mais livres e tempo maior;
C. O bombeiro deve fazer o cálculo de tempo de oxigênio;
D. Não há vantagens;
E. Nenhuma das alternativas.
8. Qual destes equipamentos não é EPI?
A. Capacete;
B. Luvas;
C. Equipamento dependente para resgate;
D. Bala-clava;
E. Bota;
9. Em um cilindro com volume de 8L/PM, carregado a 200BAR, com consumo de
50L/PM, qual será o tempo que o bombeiro poderá permanecer no local
sinistrado?
A. 10 minutos;
B. 28 minutos;
C. Tempo indeterminado;
D. 32 minutos
E. 05 minutos;
10. Visto que o alarme do cilindro de oxigênio começa a soar a uma pressão de
40BAR, quanto tempo o bombeiro tem para deixar o local sinistrado, sendo o
volume do cilindro de 8L/PM e o tempo de consumo de 50 L/PM?
A. 6,4 minutos;
B. 10 minutos;
C. 20 minutos;
D. Não há tempo;
E. 02 minutos;
170
MÓDULO V
ELEVADORES
Por incrível que pareça, o princípio básico é o mesmo desde que a máquina foi
inventada, 150 anos atrás: o elevador fica ligado a um contrapeso por meio de cabos e
polias, movidas por um motor que torna possível o sobe e desce vertical. Claro que
hoje os modelos mais modernos contam com vários aditivos, tudo para garantir a
segurança e a rapidez no transporte de pessoas: freios de emergência, um
computador que calcula o caminho mais lógico a ser percorrido pela cabine e sensores
que impedem o fechamento da porta quando há pessoas no caminho.
À primeira vista, a gente pode considerar o elevador uma invenção supérflua.
Mas é só pensar um pouquinho para ver que é justamente o contrário: os urbanistas
costumam afirmar que, sem essas máquinas, não existiriam as grandes metrópoles.
Quem iria morar no vigésimo andar de um prédio tendo de encarar uma
interminável escadaria quando voltasse do trabalho? Mais até: como seriam
construídos prédios enormes sem um sistema que levasse pesados materiais para
cima? Elevadores primitivos já existiam desde o século 3 A.C., movidos por alguns
animais, pela força de uma queda da água ou por gente mesmo. Mas o elevador
moderno só apareceu em 1853, inventado pelo americano Elisha Graves Otis.
Naquele ano, na feira mundial de Nova York, Otis demonstrou não só as facilidades de
sua invenção como também a segurança, exibindo várias vezes a eficiência dos freios
de emergência de um jeito radical: ele cortava os cabos com um machado quando
estava a vários metros do solo.
O mais louco é que ele próprio era a cobaia das demonstrações! A criação de
Otis foi considerada um sucesso e os resultados apareceram rapidamente.
Em 1889, os elevadores de sua fábrica transportaram todo o aço utilizado na
construção dos 300 metros da Torre Eiffel, em Paris. Desde então, o mundo não parou
mais de subir - e descer.
Sobe e desce centenário Recursos eletrônicos sofisticaram o invento, mas seu
princípio é o mesmo de 150 anos atrás
FORÇA CONTROLADA
Um motor elétrico é a peça responsável por realizar o sobe-e-desce da cabine.
Os elevadores mais modernos do mundo possuem motores bem potentes, que
conseguem fazer as cabines se movimentarem a quase 50 km/h
FIEL DA BALANÇA
Um elevador só consegue subir e descer porque fica ligado a um contrapeso
por meio de um sistema de polias e engrenagens. Para que essa operação seja
171
possível, o contrapeso deve ter pelo menos 40% do peso da cabine e da capacidade
máxima do elevador (se um elevador cheio pesar 1 000 kg, por exemplo, o contrapeso
terá 400 kg). O resto da força que movimenta a cabine é o motor quem faz
TRAVA TUDO
Se todos os cabos de aço do sistema de polia se romperem, os freios de
emergência são acionados automaticamente. Antes de a cabine começar a cair, os
cabos de aço liberam travas que se agarram aos dentes de um trilho que corre nas
laterais do fosso, travando o elevador e salvando os passageiros.
ENTRADA PROTEGIDA
As portas abrem ou fecham graças a um sistema de braços mecânicos
movidos por um pequeno motor. Os elevadores mais modernos têm sensores
infravermelhos que só permitem que a porta automática se feche quando todo mundo
está dentro da cabine. Alguns deles também impedem o fechamento quando o limite
de peso é ultrapassado.
CAMA ELÁSTICA
No térreo, o poço do elevador tem um sistema de amortecimento com molas
para evitar que a cabine se choque com o chão. Esse mecanismo diminui os danos de
uma parada brusca, mas não tem a capacidade de amortecer uma queda de mais de
dois andares, por exemplo.
SALVAMENTO EM ELEVADORES:
O crescimento vertical de nossas cidades vem dando oportunidade ao
aparecimento de um novo tipo de ocorrência. Trata-se de pessoas retidas em
elevadores, normalmente por falta de energia elétrica, por defeito no mecanismo de
paragem, ou, então, por uso indevido do equipamento, quando normalmente a
ocorrência se reveste de maior gravidade.
Esses são os locais onde o bombeiro deve atuar:
Casa de máquinas, que é o coração do sistema.
Porta em pavimento, de vários modelos e, consegue temente, possuindo vários
172
tipos de chave.
Porta de cabina e saídas de emergência.
Ao se atender a ocorrências deste tipo, deve-se, como primeira providência,
desligar a chave geral de corrente elétrica do elevador acidentado. Esta providencia é
prioritária e da tranquilidade ao resgate, pois garante que a volta da energia não fará
qualquer acionamento da cabine.
Em seguida, o bombeiro deve se dirigir ao andar em que se supõe estar a
cabine e, abrindo com chave apropriada a porta de pavimento do andar imediatamente
superior ou inferior, deve decidir por onde tirar as pessoas presas. Porém, esta
operação só pode ter inicio após o desligamento da chave geral, garantindo que o
carro não se movimentara. Para melhor entrosamento entre os bombeiros que estão
na casa de máquinas e os que estão resgatando as vítimas, há necessidade de
comunicação via rádio portátil, pois em prédios muito altos a comunicação pela voz
torna-se difícil.
Existem vários tipos de portas de pavimento, bem como vários tipos de chave para
abri-las. A viatura deve possuir um jogo completo dessas chaves e o bombeiro deve
conhecê-las. Na sua falta, lembrar que o zelador do prédio sempre dispõe de uma
cópia.
Outro problema, bastante comum, é que, por desconhe- cimento, os moradores do
prédio contratam serviços de revestimento para as portas de pavimento e, via de
regra, os executores desses servidos acabam cobrindo os orifícios de destravamento
das portas.
Lembrar que esses orifícios ficam na parte superior, no centro ou nos cantos
(dependendo do tipo de elevador).
Outro ponto bastante importante é que as portas de emergência existentes nas
cabines não são para sair, embora possam ser utilizadas para isso. Sua finalidade
principal é de garantir acesso aos socorristas.
A maioria delas possui trava por fora, isto é, só podem ser abertas por quem
chega no teto ou na lateral do carro. Só se deve retirar pessoas por elas quando se
dispõe de cinto de segurança, cabos fixos e cadeiras de lona, previamente colocados
na vítima.
Não tirar as vítimas antes de desligar a chave geral. Embora, a principio, o
elevador fique imobilizado enquanto qualquer porta estiver aberta, isso nem sempre
acontece, e o excesso de confiança tem sido causa de graves acidentes.
Por fim, lembrar que uma cabina de elevador não despenca em queda livre,
mesmo que todos os cabos de sustentação tenham se rompido. Isso porque os
elevadores possuem um freio de segurança, abaixo do assoalho, na parte inferior do
carro, que é acionado, toda vez que eles excedem 25% da sua velocidade máxima.
173
Quando isso ocorre, garras especiais encunham a cabina nos trilhos guia dos
elevadores.
A maioria das ocorrências em elevadores é para retirar pessoas presas na
cabina.
Se não sofrerem qualquer mal súbito, estarão mais seguras dentro do elevador,
do que fora dele. Portanto, o bombeiro deve acalmar as vítimas e dispor de todo o
tempo necessário para retira-las com segurança. [Ocorrências onde as vítimas estão
prensadas ou presas entre a cabina e a caixa de concreto (normalmente conhecido
como poço) são de natureza grave, e de difícil liberação.].
Operação em Caso de Incêndio
Grande número de elevadores possui dispositivo junto à portaria que, quando
acionado, faz com que os elevadores desçam para o pavimento térreo, abram sua
porta e lá permaneçam. Isso permite que, em caso de incêndio, o elevador não seja
mais utilizado e as pessoas que nele se encontram, saiam em segurança.
Quando o elevador não dispõe deste sistema, o bombeiro pode chamar o
elevador para o térreo e colocar um obstáculo para manter as portas da cabine e do
pavimento abertas.
174
HELIPONTO
Heliponto e Balizamento
Uma importante ocupação para o bombeiro civil profissional é a sua presença
em pistas de pouso e decolagem de helicópteros particulares ou de serviços privados.
O piloto precisa do auxilio do bombeiro para executar manobras que são
extremamente criteriosas e exigem muito da habilidade do piloto na hora do pouso.
Os riscos que existem neste momento, exigem a presença de um bombeiro
para atuação imediata em caso de acidentes durante as manobras próximas da área
de pouso.
175
O helicóptero
176
Deslocamento em todas as direções;
Subidas e descidas na vertical, tudo com estabilidade e controle satisfatório.
No entanto, o helicóptero emergiu realmente do embrião quando Igor Sikorsky viu
coroadas de êxitos suas experiências.
Apesar de haver realizado um vôo bem sucedido em 1930, somente conseguiu
preencher completamente os requisitos de um verdadeiro helicóptero em 1940. Nos
aparelhos construídos por Sikorsky, em 1939, na sua fábrica em Connecticut (EUA),
baseiam-se quase todos os helicópteros conhecidos.
Dentre muitos experimentos construídos, é interessante assinalar o “Baumgart 1
PB61” construídos no Brasil e que fez seu primeiro vôo em 1950.
Os futuros helicópteros, espacialmente os destinados ao uso militar, deverão
sobrepujar suas principais limitações, no que se refere principalmente à
vulnerabilidade e a velocidade.
Em vários países, grandes esforços têm sido despendidos para tomar realidade
o “Convertiplano” – misto de helicóptero com avião – e que será capaz de subir e
descer verticalmente e voar para frente com a velocidade dos aviões, com propulsão a
jato.
177
Definição de helipontos
O heliponto é uma área de pouso e decolagem para helicópteros, construída dentro
dos padrões estabelecidos pela portaria Nº 18/GM5 de 14 de fevereiro de 1974 e
registrada ou homologada pelo Ministério da Aeronáutica. Os helipontos de dividem
em publico, privado, militar.
- Heliponto Público: É um heliponto constituído em área publica (da União, Estado
ou Município), destinado ao uso de helicópteros em geral.
- Heliponto Privado: É um heliponto constituído em área particular por empresa
privada ou pessoas físicas e destinado ao uso dos helicópteros de seus
proprietários ou de pessoas por eles autorizadas, sendo vedada a sua utilização em
caráter comercial.
- Heliponto Militar: É um heliponto constituído em área da União, sob jurisdição
militar, podendo ser utilizado por aeronaves civis, desde que autorizadas pela
autoridade a quem o heliponto é jurisdicionado.
- Heliporto: É um heliponto público dotado de instalações e facilidades para apoio de
helicópteros e de passageiros, tais como: Pátio de estacionamento, estação de
embarque e desembarque de passageiros, locais de abastecimento, estação de
comunicação rádio autorizada, equipamento de manutenção e etc.
Os helipontos são designados da seguinte forma:
178
Heliponto Público Heliponto Militar
Esquilo
179
informação importante que podemos tomar conhecimento na sinalização da plataforma
é a capacidade portante.
Ex: Uma plataforma com capacidade de três toneladas, poderá receber
Helicópteros com peso máximo de 3 tf.
Capacidade:
Pintura:
As linhas de demarcação, com 40 cm de
largura, deverão ser pintadas na cor branca ou
amarela fosforescente, com micro esferas de
vidro. Somente as linhas do triângulo terão 55
cm de largura. O piso poderá ser pintado em
cor contrastante com as linhas d demarcação.
No caso de hospital, a cruz será pintada na cor vermelha e as linhas de demarcação
em branco ou amarelo.
180
O heliponto deverá obrigatoriamente ter uma lâmpada em cada canto e cada
lado terá um número impar de lâmpadas não menor que 05, eqüidistantes e distantes
entre si menos de 5 metros
Indicador de vento (biruta):
De colocação obrigatória, é formada por um cone de nylon, que deverá ficar
acima do piso do heliponto, visível de qualquer setor, com condições de girar
livremente por ação do vento.
No caso de helipontos sinalizados para operação noturna, a biruta também deverá ser
iluminada.
Grades de proteção:
Nos helipontos elevados deverão ser colocados grades de proteção ao redor
das bordas externas. Estas terão a largura de 1.50m e serão inclinadas, sendo que as
extremidades mais elevadas deverão estar no mesmo nível do piso do heliponto.
Interdição do heliponto:
Um heliponto interditado deverá ser sinalizado pelo proprietário, com um painel
quadrado de 03 metros de lado pintado na cor vermelha, tendo no seu interior um X
unindo os vértices, pintado na cor amarela, com uma largura de 40 cm.
Divisão dos helicópteros:
Para melhor entendimento dividiremos o helicóptero em duas partes básicas:
- Rotores, e Fuselagem.
Rotores:
Normalmente os helicópteros possuem dois rotores: principal e de cauda.
Os rotores são mecanicamente ligados e apesar de ambos girarem ao mesmo tempo
á significativa a diferença de rotação entre um e outro, podendo chegar a razão de 1
minuto e 7 segundos. As pás (dos rotores) são construídas em ligas metálicas
especiais e ou compostos de fibra e resina, sendo responsável pela sustentação e
deslocamento do helicóptero em vôo. O mínimo de pás em um rotor são duas,
variando conforme o tamanho, capacidade, peso e desempenho de cada helicóptero.
O rotor principal é o maior: gira no plano horizontal e baixa rotação e é responsável
pela sustentação vertical e deslocamento horizontal.
Fuselagem:
Também para estudos e melhor compreensão, dividiremos
a fuselagem em três partes:
- Cabina;
- Cone de Cauda;
- Esquis ou trem de pouso;
181
Cabina:
É o local onde ficam os pilotos, passageiros ou carga, os
equipamentos elétricos eletrônicos, os comandos de voo e
acessórios.
Na sua parte superior traseira estão alojadas as turbinas.
Na parte inferior traseira estão os tanques de combustível, na
Cabina, ainda estão alojados os sistemas: Hidráulico, elétrico, de
ar condicionado e eletrônico.
É evidente, portanto que na cabina se concentram quase
todos os materiais de aeronave passive de fogo na aeronave: poltronas, carpetes,
forrações, revestimentos, combustível, fluído hidráulico, acrílicos e etc.
O acesso ao interior da cabina é feito por portas que dão acesso ao
compartimento dos pilotos, compartimento dos passageiros e compartimento de
bagagens.
Cone de cauda:
É uma estrutura metálica fixada na parte traseira da
cabina e que tem como finalidade a sustentação do rotor de
cauda com seu sistema de transmissão.
Por ser relativamente longo, o cone de cauda se
presta a fixação de algumas antenas dos equipamentos de
rádio navegação e comunicação, ao alojamento de bagageiro e do ar condicionado.
Não existe material inflamável no interior do cone de cauda.
182
É sempre perigoso aproximar-se de um helicóptero pousado com os rotores em
movimento. De uma maneira geral, podemos afirmar que quando menor for à
visualização do piloto, maior será a condição de perigo na aproximação mais perigoso
é a área junto ao rotor de cauda, praticamente sem condições de visibilidade do piloto.
Pelo fato do rotor de cauda girar num plano vertical em relação ao solo e a uma
velocidade extremamente elevada, torna-se imperceptível ao menos avisado que por
desconhecimento poderá chocar-se com ele provocando um acidente com
consequências fatais para si próprios. Além disso, o piloto sem visualização poderá
efetuar um giro com o helicóptero e atingir de maneira involuntária aquele que se
aproxima.
Erroneamente as pessoas acreditam que quando um helicóptero faz um giro no
solo, este giro é feito em torno de um eixo imaginário que passa pela metade do seu
comprimento.
Na realidade este eixo imaginário existe, porém, na cabina onde se encontra o
piloto. Assim ao realizar um giro de 360 graus, o helicóptero descreverá um circulo
onde o centro é a cabina e a linha da circunferência é a trajetória descrita pelo rotor de
cauda.
Aproximar-se do helicóptero pelas laterais é bem mais confortável e seguro,
porem alguns cuidados e conhecimentos é requerido.
Nota:
Estes setores estão parcialmente no campo visual do piloto e não na sua
totalidade. Um deslocamento lateral do helicóptero poderá colidir com aquele que se
aproxima, causando um acidente de sérias consequências. Da mesma forma se o plano
do roto principal for inclinado para o lado, as pontas das pás poderão atingi-lo, pois em
determinados helicópteros, como já dissemos, a extremidade das pás alcança 1,60
acima do solo.
Vamos analisar o setor de aproximação frontal do helicóptero. Esta é a área considerada
de menor risco, por estar na sua totalidade dentro do campo visual do piloto. Assim,
como o rotor principal girando por ação das turbinas, praticamente inexistirá perigo de
acidentes, pois as ações serão todas de domínio do piloto. Existirá, no entanto o caso
de uma aproximação frontal, sob as vistas do piloto, com o rotor principal girando,
porém com as turbinas desligadas, ou seja, girando apenas pela inércia ou por ação do
vento, e neste caso sem controle do piloto. Nestas situações, por ação do vento poderá
ocorrer o abaixamento frontal do plano do rotor principal e atingir a pessoa que se
aproxima.
183
gastos a cada ano em manutenção para reparar os danos causados pelos
seguintes objetos:
Ferramentas;
Arames de freno;
Plaquetas de identificação;
Etiquetas de identificação;
Fones de ouvido e fios;
Parafusos, arruelas e braçadeiras;
Equipamentos de teste;
Painéis e prendedores (FASTENERS);
Artigos de tecidos (BIBICOS, QUEPES, ETC.);
Pino de travamento;
Lista de verificação (CHECK-LIST); e
Pedras, cascalho e pedaços de pavimentação.
3. Identifique as causas dos incêndios de “F.O.D.” para que possam ser tomadas as
medidas preventivas;
184
6. Conserve as coberturas dos motores e aeronaves livres de objetos estranhos;
10. Lembre aos tripulantes de vôo quando ao perigo de itens soltos na cabine. Isso
pode ser resumido numa coisa:
Procedimento de segurança
185
10. Quando a condição mais critica acontecer, ou seja, o pouso for feito com a cauda
voltada para a área de embarque, oriente os passageiros a contornares o
heliponto pelas laterais e efetuarem a aproximação frontalmente ao helicóptero.
11. Oriente as pessoas que conduzem objetos compridos, que o façam na posição
horizontal. Um volume transportado verticalmente poderá chocar-se com os
rotores girando, faça um sinal de positivo para o piloto e aguarde dele a
confirmação.
12. Ao realizar desembarque e embarque de passageiros no mesmo vôo, tenha o
cuidado de primeiro realizar o desembarque e a condução dos passageiros até o
setor de segurança fora do heliponto, para após conduzir os novos passageiros
para embarque no helicóptero.
13. Ao efetuar o desembarque de passageiros, posicione-se de costas para o rotor de
cauda. Não permita que as pessoas se afastem por trás do helicóptero, mantendo-
se sempre a vista.
14. Ao efetuar o embarque de passageiros, certifique-se de que todos tenham
colocado o cinto de segurança, ajudando-os se necessários.
15. Ao colocar ou retirar bagagens do compartimento de bagagens do helicóptero,
certifique-se do fechamento correto de sua porta.
16. Oriente o piloto para iniciar a partida quando todo o pessoal estiver embarcado e o
heliponto livre de qualquer eventual obstáculo, que material ou pessoal;
17. Faça sinal de positivo ao piloto, quando todos os itens acima tiverem sido
cumpridos.
18. No caso de qualquer dúvida quanto ao procedimento correto, pergunte ao piloto.
19. Um heliponto é uma área de risco, tenha, portanto muito cuidado e atenção,
lembrando-se sempre que: “A pressa e a incerteza são inimigas da perfeição e
que em aviação só o perfeito é aceitável”.
20. Lembre-se que todos acatam orientações, principalmente quando feitas com
educação. Sua função é orientar executar os procedimentos de segurança. Seja
firme e enérgico nas suas atitudes. O fruto do seu trabalho é o que de mais puro
possa existir, ou seja, a segurança de vidas humanas.
Sinais visuais
186
transmitidas não têm o caráter determinado, mas sim de orientação ou advertência,
cabendo ao piloto a decisão na execução de manobras que garantam maior
segurança ao equipamento e seus ocupantes.
Isto, no entanto não invalida a prática correta deste sistema, pois de uma maneira
geral estas orientações são atendidas na íntegra pelos pilotos no comando de suas
aeronaves.
Fundamental é, portanto, que o apoio de solo seja prestado por pessoal qualificado,
onde a credibilidade seja o veículo das informações prestadas.
Preferencialmente, o homem transmissor destas orientações deverá estar equipado,
utilizando coletes luminescentes a qualquer hora (dia ou noite) e obrigatoriamente
portar lanternas de sinalização nas operações noturnas.
Quando da aproximação do helicóptero para o pouso, o sinalizador, após avaliar o
vento predominante, deverá posicionar-se de frente para o heliponto, com as costas
voltadas para a área de embarque ou desembarque, independente da rampa de
aproximação utilizada pelo helicóptero.
No momento em que a aeronave se encontrar próxima do solo, o sinalizador
deverá erguer os braços paralelos ao corpo no plano horizontal, indicando ao piloto o
posicionamento a ser tomado.
Se por qualquer motivo o piloto não seguir a orientação prestada, o sinalizador deverá
imediatamente tomar posição em frente ao helicóptero e continuar a sinalização.
Desde que possível, o sinalizador deverá se posicionar do lado externo das linhas de
demarcação de heliponto.
Conhecimento geral em caso de acidente
Um conhecimento perfeito de combate ao inimigo chamado fogo, associado a
uma cultura técnica profissional de como se aproximar do helicóptero em chamas, sem
dúvidas de como abrir suas portas, arrombar qualquer compartimento, soltar os cintos
e retirar as pessoas, farão desse homem um marco de credibilidade, apoio e
segurança nas operações de pouso e decolagens e manobras realizadas por
helicópteros nos helipontos.
Conhecer, pois os helicópteros, seus pontos fortes e fracos, suas áreas mais
inflamáveis, é extremamente importante para o elemento de apoio.
A seguir descrevemos os sistemas que equipam os helicópteros, suas
localizações genéricas e seus comportamentos num incêndio.
Sistema de combustível:
O combustível utilizado para os helicópteros a reação é o Jet-A1, também
chamado de querosene.
Já nos helicópteros convencionais, usa-se a gasolina de elevada octonagem.
Ambos os combustíveis são inflamáveis e explosivos.
187
Como regra geral podemos admitir que nos helicópteros onde a exaustão dos gases
de escapamento seja feita na parte superior traseira da cabina, os reservatórios de
combustível estarão localizados na parte superior central.
Hoje, o avanço tecnológico já permite que os helicópteros mais modernos
sejam equipados com tanques de borracha autovedantes que dificultam a explosão
em caso de impacto ou chama direta.
Sistema elétrico e eletrônico:
A maioria dos componentes elétricos e eletrônicos dos helicópteros está
localizada atrás do painel de instrumentos ou abaixo do piso da cabina. A bateria está
localizada no nariz, com acesso somente pela parte externa através de uma
portinhola. No caso de curto-circuito a temperatura pode ultrapassar os 100 graus
centígrados e até mesmo explodir.
Fabricada com níquel e Cádmio é pesada (acima de 15kg), podendo existir
duas baterias colocadas lado a lado. Não produz substância ácida. Todos os
componentes elétricos e eletrônicos, inclusive as fiações, são produzidas com
materiais não inflamáveis, de baixo índice de toxidez e geração de fumaça, quando
submetidas a elevadas temperaturas ou fogo direto.
O gerador está localizado junto ao motor, produzidas energia somente quando
a turbina estiver funcionando.
A energia produzida para o helicóptero é normalmente de corrente contínua (24V) e de
corrente alternada (110V).
Sistema hidráulico:
O sistema hidráulico existe no helicóptero para avaliar o esforço do piloto nos
diversos comandos de voo.
É constituído por bombas de alta pressão, mangueiras e reservatórios de fluido
hidráulico.
O fluído hidráulico é um líquido avermelhado, inflamável, mas não explosivo.
O sistema hidráulico como seu reservatório usualmente instalado próximo a
turbina.
Observações operacionais:
1. Os tecidos, carpetes, couros, plásticos, espuma e forrações que cobrem os
componentes e dão acabamento interno a cabina recebe tratamento antichamas,
produzindo pouco fogo ou fumaça quando submetidos a chama direta.
2. Especial atenção deve ser dada a pintura do helicóptero. Ela é inflamável e possui
alto índice de toxidez, produzindo muita fumaça.
3. As mangueiras existentes nos helicópteros são as seguintes:
- Combustível – identificada com um selo azul;
- Fluído Hidráulico – identificada com um selo vermelho;
188
- Óleo do Motor – sem identificação;
No caso de necessidade de corte ou desconexão de qualquer mangueira, não o
faça nas mangueiras com selo azul ou vermelho. Todas as conexões existentes
são do tipo “desconexão rápida”;
4. Quando houver condições, a equipe de apoio deverá ser constituída por duas
pessoas; um sinalizador e orientador de embarque e desembarque e um bombeiro.
Neste caso, o bombeiro deverá portar o extintor adequado, pronto para entrar em
ação;
5. Na impossibilidade de duas pessoas especializadas na equipe, o próprio sinalizador
deverá deixar os extintores a postos e estar preparado para utilizá-lo;
6. Da mesma maneira, em qualquer situação, os equipamentos complementares tais
como: roupa de penetração, materiais de arrombamento e de cortar cintos deverão
estar a mão para pronta utilização, se necessário.
7. Durante a partida, o bombeiro deverá estar a posto junto ao helicóptero,
observando por janelas de inspeção a seção traseira do compartimento do motor e
informar ao piloto qualquer vazamento ou indicio de fumaça. No caso de fogo
combatê-lo imediatamente.
8. Lembrar que as portas dos helicópteros normalmente são providas de um
dispositivo de alijamento que solta os pinos das dobradiças permitindo sua extração
rápida. O punho de acionamento deste dispositivo localiza-se internamente
próximo as dobradiças, bastando simplesmente puxá-lo para remoção das portas.
189
combate a incêndio em aeronaves, e do pleno conhecimento das características dos
helicópteros que utilizam o heliponto.
Os tipos mais frequentes de incêndios em helicópteros são Nos motores, Nas
áreas da cabina e nos compartimentos de carga.
Quando ocorre um acidente aeronáutico há grandes possibilidades de incêndio,
e o fogo, se não for controlado rapidamente, em poucos minutos tornará impossível a
sobrevivência dos ocupantes da aeronave.
Lembre-se que o combate a incêndio, visando simplesmente reduzir perdas
materiais, é considerado uma atividade acessória e somente deverá ser elevada a
efeito após o salvamento das pessoas.
As organizações internacionais especializadas (ICAO e NFPA) e a NSMA 92-
01 do Ministério da Aeronáutica recomendam um tempo resposta de 02 e não maior
do que 03 minutos para o inicio da operação de combate ao fogo e resgate.
Nenhuma operação de salvamento não poderá ser executada eficientemente
quando houver uma situação que ponha em risco os ocupantes da aeronave e
bombeiros. Por esta razão em alguns casos é essencial iniciar o combate ao fogo
antes mesmo de efetuar as operações de salvamento.
Nota:
Em outras ocasiões poderá ocorrer o acidente sem incêndio de imediato.
Em ambos os casos providências especiais devem ser tomada devida o risco
na operação.
190
Dentro de o possível efetuar a aproximação do fogo com o vento pelas costas;
A melhor forma de se tirar os ocupantes é pelas portas;
Cuidado! A temperatura no incêndio de uma aeronave é cerca de cinco vezes
superior à liberada nos incêndios em edificações;
A localização dos ocupantes e das chamas atuantes determinação o ponto de
aplicação dos agentes extintores;
Mantenha a cabina resfriada, mesmo após a extinção das chamas;
Procure abrir rapidamente uma ventilação na cabina, a fim de evitar a asfixia
de seus ocupantes;
Mesmo após a extinção das chamas, mantenha um bombeiro operando uma
linha, com esguichos de neblina se existir, enquanto durar a evacuação.
Evacuação e resgate
Embora as duas palavras evacuação e resgate pareçam ter o mesmo
significado, tecnicamente elas não são tão parecidas. Evacuar um local significa
retirar as pessoas que ali se encontram, mas que não estão impedidas de fazê-lo por
meios próprios, Já o resgate implica na retirada de pessoas que estajam confinadas
ou impedidas de fazê-lo por meios próprios. Já que o resgate implica na retirada de
pessoas que estejam confinadas ou impedidas de fazê-lo por meios próprios, Já o
resgate implica na retirada de pessoas que estejam confinadas ou impedidas de
abandonarem o local por meios próprios.
Em qualquer dos casos, no entanto, estas pessoas necessitarão de ajuda para que
possam de forma ordenada e segura abandonarem o local que apresenta perigo.
Ordenar a retirada garantindo uma relativa segurança é das missões mais
importantes da equipe de apoio de solo. O fato determinante do sucesso desta
operação está alicerçado no preparo psicológico e no equilíbrio emocional daquele
que comanda estas ações.
Por este motivo é de fundamental importância que o trabalho da equipe de
apoio esteja pautado numa doutrina de capacitação profissional, onde haja sempre um
interesse maior no aprendizado, pois como sabemos todo ser animal racional ou não,
tem medo do desconhecido.
Do conhecimento adquirido e da segurança que cada um tem ao se manter
atualizado, nasce a disposição para enfrentar qualquer situação anormal reservada
pelo destino.
Nestas condições o homem suplanta seus limites, neutraliza qualquer fator psicológico
adverso e constrói em meio a tragédia um ambiente de esperança, tranquilidade e
sucesso.
191
Evacuação no heliponto:
O perigo iminente de qualquer acidente no heliponto, deve ser regido por normas e
diretrizes a serem cumpridas pelo pessoal de apoio de solo, a fim de evitar que este
estado ameaçador se transforma em tragédia.
Neste caso proceda da seguinte forma:
Auxilie a retirada das pessoas do helicóptero, mantendo calma e tranqüilidade;
Oriente as pessoas a abandonarem o heliponto pela área de desembarque;
Procure manter-se a retaguarda das pessoas durante todo o trajeto.
Resgate do heliponto:
Normalmente, após um acidente, as pessoas no interior da aeronave perdem a
total lucidez, ou mesmo todos os sentidos, entram em pânico e necessitam de apoio
imediato. Nestes casos as ações de resgate devem ser rápidas e seguras, levando-se
em conta a possibilidade de incêndio.
Para isto alguns procedimentos devem ser observados:
Somente se aproxime da aeronave quando tiver a certeza de que nenhuma
parte do helicóptero ainda em movimento o atingirá;
Se o motor ainda estiver em funcionamento e por qualquer motivo o piloto não
possa desligá-lo, puxe todos os punhos pintados de vermelho para trás;
Ataque qualquer foco de incêndio, evitando que o fogo atinja a cabina;
Neutralize o combustível que tenha derramado e se encontre próximo da
aeronave;
Observe a área do motor quando a indícios de fogo ou fumaça. Lembre-se
que a alta temperatura dos gases de escapamento da turbina e a proximidade
do combustível, poderão provocar incêndios e explosão;
Abra as portas da aeronave pelo sistema de alijamento, quando existir;
Efetue o arrombamento das [portas, caso estejam emperradas;
Preocupe-se em não cortar inadvertidamente uma mangueira de combustível
ou fluído hidráulico. (selo azul e vermelho);
Dentro do Possível, utilize sempre a pranchinha para a retirada das pessoas,
principalmente as inconscientes. Coloque a pranchinha firmemente presa,
usando sempre o protetor de pescoço.
Retire os cintos de segurança das pessoas ou conte-os;
Quando o acidentado estiver desmaiado, só retire o cinto após apoiá-lo;
Evite movimentos bruscos com as pessoas acidentadas;
Fora da área de perigo coloque-as deitadas em um plano horizontal.
Resgate do edifício:
192
Quando houver um perigo iminente que obrigue as pessoas a se dirigirem para o
heliponto, para ali serem resgatadas, proceda da seguinte forma:
Mantenha todos na área de embarque, de preferência distribuídos em grupos
de quatro a cinco pessoas;
Mantenha a rampa de aproximação e decolagem livres;
Dê especial atenção as pessoas idosas, senhoras e crianças;
Observe o vento. Se o regate for por qualquer motivo que não o fogo, as
aeronaves executarão a aproximação para o pouso e decolagens contra o
vento;
No caso de resgate por fogo no edifício, as aeronaves executarão as
aproximações a favor do vento ou com o vento na lateral e as decolagens
contra o vento.
No caso do procedimento anterior, especial cuidado deve-se ter, pois as
aeronaves efetuarão um giro de 180 graus com a cauda, podendo atingir as
pessoas que por ventura ali se encontrem;
Nos casos de maior rapidez nas operações de resgate, os cuidados com o
fechamento dos cintos de segurança perdem a importância. Mais válido é
observar o fechamento das portas;
Tente recrutar entre as pessoas que ali se encontram alguém para ajudá-lo no
controle da fila, lembrando sempre que o embarque é de sua responsabilidade.
Pistas de pouso e decolagem
Heliponto Particulares
Helipontos Hospitalares
193
Heliponto Marítimo
A DIREITA
A ESQUERDA
194
PARA TRÁS
BAIXAR
MANTER A POSIÇÃO
LIVRE POUSO
195
LIVRE DECOLAGEM
CARGA PRESA
PARA CIMA
MANTER A POSIÇÃO
196
CALDA PARA DIREITA
197
AMEAÇA COM BOMBAS
A ameaça de bomba ou com armas biológicas é uma situação que gera um
clima de medo e pânico (terror psicológico). Deve ser encarada como uma inocente
brincadeira de trote telefônico ou uma um ato criminoso?
Antes de mandar iniciar o abandono das instalações e fazer com que o objetivo
do criminoso seja atingido, devemos analisar os pontos seguintes.
Explosivas são substâncias que sob a ação de um excitante transformam-se
desprendendo- elevadas temperaturas, forte luminosidade e volume de gases (onda
positiva e negativa) em um curto espaço de tempo, produzindo efeitos mecânicos e
sonoros.
Os explosivos são divididos em dois tipos:
198
Recuperar e estudar as ameaças e evidências.
O papel da área de segurança do empreendimento é o de impor dificuldades,
eliminando ou reduzindo o campo de ação do criminoso, através da elaboração de
uma análise de risco, que utilize um critério científico, elaboração e implementação do
plano de segurança e de contingência do respectivo site, realização de simulados para
todas as situações e locais, realização de auditorias para detectar não conformidades
e se atualizar o procedimento ou o treinamento, programa de capacitação para todos
os colaboradores envolvidos com este processo e a análise de ocorrências anteriores
no seu site ou no seu segmento de negócio.
Esta ocorrência pode ser iniciada de 04 formas:
Telefonema informando;
Carta ou bilhete;
Localização de um objeto suspeito;
Explosão de um artefato.
A questão que surge é: “O que fazer no caso de uma ameaça? “ e “Devemos
adotar o mesmo padrão de resposta para todas as ameaças de bombas?”
O plano de contingência deve determinar:
Como o colaborador que recebe a ameaça deve tratar o telefonema;
Quem e como será avisado;
199
porque a bomba foi colocada (motivo), qual a sua aparência, qual o local em que ela
foi deixada (verificar se o criminoso conhece a instalação física, por exemplo cita uma
sigla utilizada internamente que define determinada área), ruídos de fundo (música,
tráfego, vozes, máquinas, trem/metrô, etc), se a ligação foi feita em telefone público ou
privado (é possível identificar o local da chamada por meio de um sistema eletrônico e
posteriormente investigar o fato) e nome de quem atendeu.
Para se atingir a perfeição no desenvolvimento deste trabalho, que é uma das
fases mais importantes, para posterior análise na tomada de decisão e investigação,
todas as pessoas que podem receber uma ligação devem receber um treinamento
sobre o assunto e como o questionário deve ser preenchido.
Após o treinamento devem ser feitos vários simulados, sendo que a primeira
coisa a ser dita ao atendente é “chamada de simulação”, posteriormente passa-se
toda a informação e depois se verifica, se e quais dados não foram relacionados. A
capacitação dos envolvidos é muito importante para a análise da ameaça, pois se
pode classificar a credibilidade da ameaça.
Com o plano elaborado será possível analisar todas as variáveis pertinentes ao
local e o gerenciamento da situação e a tomada das decisões será mais eficiente.
200
NORMA REGULAMENTADORA 35 (NR35)
201
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta
Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que
diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho.
35.3. Capacitação e Treinamento
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos
trabalhadores à realização de trabalho em altura.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que
foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima
de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) Análise de Risco e condições impeditivas;
c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e
controle;
d) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção,
conservação e limitação de uso;
e) Acidentes típicos em trabalhos em altura;
f) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e
de primeiros socorros.
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que
ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.
35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura,
recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de
todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:
a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem
forem recusados.
202
RESGATE E SALVAMENTO EM ALTURA
203
Alça - é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em um cabo.
Cabo - conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas,
torcidos ou trançados entre si.
Chicote - extremos livres de um cabo, nos quais normalmente se realiza uma
falcaça.
Falcaça - arremate realizado no extremo de um cabo, para que o mesmo não
desacoche. É a união dos cordões dos chicotes do cabo por meio de um fio, a
fim de evitar o seu destorcimento. Nos cabos de fibra sintética pode ser feita
queimando-se as extremidades dos chicotes.
Seio (ou Anel) - volta em que as partes de um mesmo cabo se cruzam. Vivo
(ou Firme) - é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa do cabo.
Constituição dos Cabos
Considerando que todos os equipamentos dos serviços de bombeiros
trabalham próximos ao limite máximo de sua capacidade, é necessário que cada um
possa conhecer algumas características técnicas do material, materiais constitutivos,
tipos de cabos, etc.
Cabos de Fibra de Origem Natural Da natureza é possível extrair fibras
destinadas à fabricação de cabos. Ao conjunto de fibras dá-se o nome de fios, os
quais por sua vez formam os cordões e por fim os cabos propriamente ditos.
Cabos de Fibra de Origem Sintética Com matérias plásticas fabricadas pelo
homem, e que possam ser esticadas em forma de fios, produzem-se cabos de
excelente qualidade. As fibras sintéticas mais utilizadas na confecção de cabos são os
polímeros derivados de petróleo, como por exemplo o poliéster, a poliamida, o
polietileno e o polipropileno
Tipos de Cabos
Os cabos torcidos, normalmente não apresentam elasticidade, sendo, portanto
considerados estáticos.
Os cabos trançados, por apresentarem coeficiente variável de elasticidade,
são, na maioria das vezes, dinâmicos.
Carga de Ruptura (CR) e Carga de Segurança de Trabalho
A fim de desenvolver com segurança os trabalhos de bombeiros, é necessário
saber que todo cabo possui uma Carga de Ruptura (CR), que depende da qualidade
da matéria-prima utilizada em sua fabricação.
A Carga de Ruptura é dimensionada em conformidade com a tensão a que
pode ser submetida um cabo. No entanto, para o seu pronto emprego, faz-se
necessária a utilização de voltas e nós, os quais modificam o vetor de força e, por
conseguinte, a resistência do cabo.
204
Com o objetivo de suprir eventuais deficiências em virtude dos nós e voltas
empregadas, faz-se uso do fator “5” para definição da Carga de Segurança de
Trabalho, ou seja, a Carga de Segurança de Trabalho é igual a 1/5 (20%) da Carga de
Ruptura de um cabo. Por exemplo, um cabo cuja CR é igual a 3.000 Kgf deve
ser utilizado para tensões não superiores a 600 Kgf.
Principais Nós, Voltas e Laçadas.
Meia Volta
Nó Direito
Escota Singelo e Duplo
Volta do Fiel chicote
Volta do Fiel pelo Seio
Lais de Guia
Volta do salteador
Nó de mola
Nó de forca
Nó oito
Azelha em oito (oito duplo)
Orelha de coelho
VOLTA OU NÓ RESISTÊNCIA
Meia Volta........................................................................45%
Nó Direito.........................................................................45%
Nó deEscota...................................................................55%
Volta do Fiel.....................................................................60%
Lais de Guia.....................................................................60%
Cabo da Vida
205
(a maioria dos prédios possui pé direito de três metros), recuperando-o para uma nova
descida.
Confecção - Para a confecção do cabo da vida, deve-se dividir um cabo
principal, que atenda as qualificações (material, tipo, diâmetro e resistência), a cada
seis metros. Ao se dividir o cabo, deve-se colocar fita adesiva (tipo fita isolante), a
cada intervalo de dois centímetros, de forma a manter as fibras unidas e uniformes. Só
então, as fibras serão cortadas e as extremidades queimadas (falcaça em cabos de
fibra sintética).
Divisão operacional do cabo - Realizar marcas distintas na metade e nos
terços do cabo, ou seja, com a utilização de tinta de tecido, ou então com a utilização
da própria fita adesiva, marcar o meio do cabo e, em seguida, dividi-lo em três partes,
marcando o primeiro e o segundo terços com sinais ou cores diferentes.
Transporte do cabo da vida - O bombeiro aduchara o cabo da vida,
arrematando-o com uma série de voltas com laçada interna. Uma vez aduchado, o
cabo da vida será transportado em diagonal ao tronco com o arremate da aducha
sobre o ombro direito e o mosquetão ao lado do corpo.
Cuidados com os Cabos - Para prolongar a vida útil de um cabo, e empregá-
lo em condições de segurança, devem-se seguir algumas regras básicas: Não
friccionar o cabo contra arestas vivas e superfícies abrasivas. Não submeter o cabo a
tensões desnecessárias.
Evitar o contato do cabo com areia, terra, graxas e óleos. Evitar arrastar o cabo
sobre superfícies ásperas. Não ultrapassar a Carga de Segurança de Trabalho
durante o tensionamento do cabo. Lavar o cabo após o uso, em caso de necessidade.
Não guardar cabos úmidos.
Caso necessário, secá-los na sombra, em local arejado. Seria interessante que
cada cabo possuísse uma ficha, onde deveriam ser lançadas as descrições de todas
as atividades que com ele foram praticadas, para que, após determinado período,
fosse descarregado, evitando, desta maneira, a ocorrência de eventuais acidentes.
206
PROVA REFERENTE AO MÓDULO V
1. O que é um heliponto?
A. Área de pouso e decolagem para helicópteros;
B. Área para estacionamento de aeronaves em geral;
C. Área livre para prática de descidas de rapell;
D. Área para disputa de corridas de helicópteros;
E. Nenhuma das alternativas;
2. Os helipontos se dividem em:
A. Não se dividem;
B. Militar e público;
C. Público e privado;
D. Apenas hospitalar;
E. Público, privado, militar e hospitalar;
3. Área na qual o helicóptero poderá pousar:
A. Área de pouso;
B. Área de toque;
C. Área livre;
D. Área de decolagem;
E. Qualquer lugar;
4. O triângulo localizado na área de toque aponta para o?
A. Sul
B. Leste.
C. Norte magnético.
D. Oeste.
E. Noroeste.
5. Para cada nó uma função, preencha a laguna de acordo com função do nó.
A. Volta do fiel.
( ) Nó de ancoragem.
B. Volta do salteador.
( ) Nó para emenda.
C. Laís de guia. ( ) Nó de ancoragem equalizada.
D. Nó de Mickey. ( ) Nó com alça fixa.
( ) Nó de fulga.
E. Pescador simples
A. A, B, C, D, E
B. D, E, A, C, B
C. B, C, D, E, A
D. A, E, D, C, B
E. E, A, B, C, D
207
6. Cabo da vida é muito utilizado por bombeiros. Quais as exigências de um cabo
da via?
I. 6m de comprimento e 12 mm de bitola.
II. Dividido nos seus terços.
III. Carga de ruptura de 2.000 Kgf.
IV. Com carga de segurança de 100 kgf.
A. I e III são corretas.
B. II e IV são incorretas.
C. II e III são corretas.
D. Todas são corretas.
E. Apenas IV é incorreta.
7. Qual a carga de segurança que deve ser obedecida na utilização de uma corda
para resgate?
A. 10% da carga de ruptura;
B. 20% da carga de ruptura;
C. 05% da carga de segurança;
D. 30% da carga de ruptura;
E. Não há carga de segurança;
8. Equipamento que faz a conexão da cadeirinha de resgate no sistema de freio
oito?
A. Freio oito de resgate;
B. Mosquetão;
C. Cordelete;
D. Cinto de segurança tipo paraquedista;
E. Nenhuma das alternativas;
9. O nó denominado “volta do salteador”, tem qual finalidade?
A. Unir cabos de diferentes polegadas;
B. É utilizado para içamento de materiais;
C. É um nó utilizado para reforçar um cabo;
D. É um nó usado para fuga e ancoragem;
E. Não usa se em caso de emergência;
10. Qual a carga de segurança de uma corda com carga de ruptura de 4000 kg?
A. 400 kg;
B. 800 kg;
C. 200 kg;
D. 2000 kg;
E. 80 kg;
208
MÓDULO VI
Legislação:
16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos
Anexos desta Norma Regulamentadora - NR.
16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao
trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o
salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa.
16.2.1 O empregado poderá optar pelo adicional de Insalubridade que
porventura lhe seja devido.
16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a
descaracterização da periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do
Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.
16.4 O disposto no item 16.3 não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério
do Trabalho nem a realização ex-ofício da perícia.
16.5 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas
atividades ou operações perigosas às executadas com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos
sísmicos, choque e atritos.
16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos,
em quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas em condições
de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite
de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco)
quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.
16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo
próprio dos veículos, não serão consideradas para efeito desta Norma.
16.7 Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido
combustível todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus
Celsius) e inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).(Alteração dada
pela Portaria SIT 312/2012).
16.8 Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser delimitadas, sob-
responsabilidade do empregador. (Incluído pela Portaria SSST n.º 25, de 29 de
dezembro de 1994).
209
LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS NR20
Legislação:
20.1.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora - NR fica definido "líquido
combustível" como todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC
(setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de
graus centígrados).
20.1.1.1. O líquido combustível definido no item 20.1.1 é considerado líquido
combustível da Classe III.
20.1.2. Os tanques de armazenagem de líquidos combustíveis serão construídos
de aço ou de concreto, a menos que a característica do líquido requeira material
especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.001-1 / I3)
Todos os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis, de superfície ou
equipados com respiradouros de emergência, deverão ser localizados de acordo com
a Tabela A. (120.002-0 / I3)
TABELA
DISTÂNCIA DO TANQUE
DISTÂNCIA MÍNIMA DO
CAPACIDADE DO TANQUE À LINHA DE DIVISA DA
TANQUE ÀS VIAS
(litros) PROPRIEDADE
PÚBLICAS
ADJACENTE
Acima de 250 até 1.000 1,5 m 1,5 m
Acima de 1.001 até 2.800 3m 1,5 m
Acima de 2.801 até 45.000 4,5 m 1,5 m
Acima de 45.001 até 110.000 6m 1,5 m
Acima de 110.001 até 200.000 6m 3m
Acima de 200.001 até 400.000 15 m 4,5 m
210
20.1.6. Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem
pressões internas excessivas, causadas pela exposição a fonte de calor. (120.005-4
/ I3)
Classificação de substâncias perigosas
Explosivas
Substâncias muito sensíveis ao fogo, ao calor e à fricção
(choques, atritos).
Exemplos: Gás natural (metano), gás de botijão (propano,
butano), partículas de pó de sementes.
Inflamáveis.
Substâncias que em temperatura ambiente, podem entrar
em combustão espontaneamente em contato com o ar. Em geral
emitem gases e vapores.
Exemplos: Hexano (solvente de extração), naftas, solventes de uso geral.
Combustíveis.
Substâncias que originam, durante sua combustão, uma grande liberação de
calor. Reagem com grande facilidade com as substâncias inflamáveis.
Exemplos: Papel, madeira, panos, tapetes.
Corrosivas
Substâncias que em contato com os materiais de tubulações, equipamentos e
com o tecido vivo (pele, mucosas) exercem uma ação destrutiva.
Exemplos: Soda cáustica, ácido fosfórico, ácido sulfúrico, ácido clorídrico.
Oxidantes.
Substâncias que em contato com compostos orgânicos ou qualquer substância
oxidável, podem provocar incêndio ou explosão.
Exemplos: Peróxido de hidrogênio (água oxigenada), ácido nítrico.
Irritantes
Substâncias não corrosivas que, por contato imediato, prolongado ou repetido
com a pele ou com as mucosas, podem provocar uma reação inflamatória.
Exemplos: Terras filtrantes, solventes de uso geral, tintas, pó, resinas epóxi.
Nocivas
Substâncias que por inalação, ingestão ou penetração através da pele, podem
produzir doenças.
Exemplos: Álcool etílico.
Tóxicas
Substância que tem a capacidade de produzir efeitos prejudiciais ou letais
através da sua interação com a química do corpo.
Perigosas para o meio ambiente
211
São aquelas substâncias químicas que podem produzir dano imediato, mediato
ou retardado ao meio ambiente (que compreende comunidade e biodiversidade das
espécies animais e vegetais)
O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido
pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como
diamante do perigo ou diamante de risco —, é uma
simbologia empregada pela Associação Nacional para
Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire
Protection Association), dos Estados Unidos da América.
212
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Os produtos perigosos são classificados pela organização das nações unidas (ONU)
em nove classes de riscos e respectivas subclasses, conforme apresentado na tabela.
Tabela 1 – Classificação ONU dos Riscos dos Produtos perigosos
213
doenças infecciosas em seres humanos ou em animais.
Qualquer material ou substância que contenha
Classe 7 radionuclídeos, cuja concentração de atividade e
-
Material radioativo atividade total na expedição (radiação), excedam os
valores especificados.
São substâncias que, por ação química, causam severos
Classe 8 danos quando em contato com tecidos vivos ou, em
-
Substâncias corrosivas caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem
outras cargas ou o próprio veículo.
Classe 9
São aqueles que apresentam, durante o transporte, um
Substâncias e Artigos -
Perigosos Diversos risco não abrangido por nenhuma das outras classes.
AlgarismoSignificado
2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química.
Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito
3 a auto-aquecimento.
Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a auto-
4
aquecimento.
5 Efeito oxidante (intensifica o fogo).
6 Toxicidade ou risco de infecção.
7 Radioatividade.
8 Corrosividade.
9 Risco de violenta reação espontânea.
Substância que reage perigosamente com água (utilizado como
X
prefixo do código numérico).
214
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VI
215
B. Gases tóxicos e corrosivos;
C. Substâncias oxidantes;
D. Substância e artigos com risco de explosão em massa;
E. Substâncias que podem provocar doenças infecciosas;
7. Qual meio utilizado para a identificação de produtos perigosos?
A. Sistema de leitura em braile;
B. Através de simbologia de risco, composta por painel de
segurança, de cor alaranjada, e um rótulo de risco;
C. Através de autofalante;
D. Com gestos feitos pelo motorista;
E. Pelo barulho do caminhão;
8. É correto dizer que na representação da intensidade dos riscos, o algarismo 9
significa:
A. Corrosividade;
B. Radioatividade;
C. Toxicidade ou risco de infecção;
D. Efeito oxidante;
E. Risco de violenta reação espontânea;
9. Toxicidade ou risco de infecção, é o significado de qual algarismo na
representação da intensidade dos riscos?
A. 6;
B. 4;
C. 9;
D. 1;
E. 5;
10. Qual significado do número de risco “20”?
A. Gás tóxico;
B. Gás liquefeito;
C. Gás tóxico corrosivo;
D. Gás inflamável;
E. Gás asfixiante ou gás sem risco subsidiário;
216
MÓDULO VII
PRIMEIROS SOCORROS
OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA:
1. Mantenha a calma.
Primeiro eu (socorrista)
Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não
gerar novas vítimas.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida
como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando
muito.
217
LEGISLAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS
Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública.
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do
abandono: pena — detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
INTRODUÇÃO
Primeiros Socorros é o tratamento imediato e provisório ministrado a uma
vítima de trauma ou doença. Geralmente se presta no próprio local e continua até
colocar o paciente sob cuidados médicos.
É da maior importância que o socorrista conheça e saiba colocar em prática o
suporte básico da vida. Saber fazer o certo na hora certa pode significar a diferença
entre a vida e a morte para um acidentado.
Além disso, os conhecimentos na área podem minimizar os resultados
decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la nas melhores
condições para receber o tratamento definitivo.
O domínio das técnicas do suporte básico da vida permitirá que o socorrista
identifique o que há de errado com a vítima; levante ou movimente-a, quando isso for
218
necessário, sem causar lesões secundárias; e, finalmente, transporte-a e transmita
informações sobre seu estado ao médico que se responsabilizará pela sequencia de
seu tratamento.
AVALIAÇÃO INICIAL
219
Se o paciente não responde a estímulos, realizar a abertura das vias aéreas
para que o ar possa ter livre passagem aos pulmões.
A manobra de abrir as vias aéreas pode ser realizada de dois modos:
Tríplice manobra: manobra utilizada em casos de trauma
220
Para realizar a análise primária em paciente inconsciente, encontrados em
decúbito ventral, deve-se, antes de tudo, girá-los. Recomenda-se, sempre, o emprego
de quatro socorristas para realizar o rolamento, de forma a preservar a coluna
vertebral do paciente. Porém, estando o socorrista só, e não havendo possibilidade de
contar com qualquer pessoa para ajudá-lo.
Análise primária em bebês
A análise primária em bebês é diferente, em alguns aspectos, daquela
realizada em crianças e adultos.
Primeiramente, a constatação da inconsciência deve ser realizada através da
aplicação de um estímulo levemente doloroso, que provoque choro ou manifestação
de desagrado ao bebê. Esse estímulo pode ser um leve toque dado com a unha na
sola do pé.
A abertura das vias aéreas é realizada da mesma forma, tomando-se cuidado
para não hiperestender demasiadamente a coluna cervical do bebê.
ANÁLISE SECUNDÁRIA
O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou problemas
diversos que possam ameaçar a sobrevivência do paciente, se não forem tratados
convenientemente. É um processo sistemático de obter informações e ajudar a
tranquilizar o paciente, seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu
estado, e esclarecer que providências estão sendo tomadas.
Entrevista: conseguir informações através da observação do local e do
mecanismo da lesão, questionando o paciente, seus parentes e as
testemunhas.
Exame da cabeça aos pés: realizar uma avaliação pormenorizada do paciente,
utilizando os sentidos do tato, da visão, da audição e do olfato.
Sintomas: são as impressões transmitidas pelo paciente, tais como: tontura,
náuseas, dores etc.
Sinais: tudo o que se observa no paciente, como, por exemplo, cor de pele,
diâmetro das pupilas etc.
Sinais vitais: Frequência de pulso e respiração, pressão arterial, temperatura e
dor.
Observação: teste de glicemia capilar
221
de drogas
Uma dilatada e outra contraída Acidente vascular cerebral, lesões na
cabeça.
Embaçadas Choque, coma
TIPOS DE RESPIRAÇÃO
R Rápida, superficial Choque, problemas cardíacos, choque
insulínico, pneumonia, insolação.
E
Profunda, ofegante e Obstrução das vias aéreas, ataque
S dificultosa cardíaco, doenças pulmonares, lesões de
P tórax, como diabético, lesões nos pulmões
I pelo calor.
Roncorosa Acidente vascular cerebral, fraturas de
R crânio, uso excessivo de drogas ou álcool,
A obstrução parcial das vias aéreas.
Ç Crocitante Obstrução das vias aéreas, lesões nas
vias aéreas provocadas pelo calor.
Ã
Gorgolejante Obstrução das vias aéreas, doenças
O pulmonares, lesões nos pulmões
provocadas pelo calor.
Ruidosa, com chiado. Asma, enfisema, obstrução de vias aéreas,
arritmia cardíaca.
Tosse com sangue Ferimentos no tórax, fraturas de costela,
pulmões perfurados, lesões internas.
COR DA PELE
Observação Causa Provável
Vermelha Acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, ataque
cardíaco, como diabético.
Pálida, cinzenta Choque, ataque cardíaco, hemorragia, colapso circulatório,
choque insulínico.
Azulada, Deficiência respiratória, arritmias, falta de oxigenação,
cianótica doenças pulmonares, certos envenenamentos.
TEMPERATURA DA PELE
Observação Causa Provável
Fria, úmida Choque, hemorragia, perda de calor do corpo,
intermação.
Fria, seca Exposição ao frio
Fria, com sudorese Choque, ataque cardíaco.
excessiva
Quente, seca Febre alta, insolação.
Quente, úmida Infecções
222
Criança (5 a 12 anos) 20 a 24
Bebê (0 a 1 ano) 30 a 70
Rápida Adulto + 30 (problema sério)
Criança (1 a 5 anos) + 44 (problema sério)
Criança (5 a 12 anos) + 36 (problema sério)
Bebê (0 a 1 ano) + 70 (problema sério)
Lenta Adulto - 10 (problema sério)
Criança (1 a 5 anos) - 20 (problema sério)
Criança (5 a 12 anos) - 16 (problema sério)
Bebê (0 a 1 ano) - 30 (problema sério)
TIPOS DE PULSO
Observação Causa provável
Rápido e forte Hemorragia interna (estágios iniciais),
ataque cardíaco, hipertensão
Rápido e fraco Choque, fadiga pelo calor, como
diabético, falência do sistema
circulatório
Lento e forte Acidente vascular cerebral, fratura de
crânio, lesão no sistema nervoso
central
Ausência de pulso Parada cardíaca
MANOBRA DE DESENGASGO
Obstrução respiratória
223
Ao iniciar a manobra de respiração artificial, o socorrista pode se deparar
com uma resistência ao tentar ventilar. Isso significa que, por qualquer
problema, o ar insuflado não está conseguindo chegar aos pulmões do
paciente. Não adianta prosseguir na análise primária, sem antes corrigir e
eliminar a obstrução.
Causas de Obstrução Respiratória
Há muitos fatores que podem causar obstrução das vias aéreas, total ou
parcialmente. No nível do suporte básico da vida nós pode-se atuar e corrigir as mais
comuns, que são:
Obstrução causada pela língua;
Obstrução causada por corpos estranhos.
Obstrução causada por corpo estranho em vítima consciente
Em vítimas conscientes, o alimento é a principal causa de obstrução das vias
aéreas. Quando esse acidente ocorre, a vítima fica muito nervosa e agitada pela
impossibilidade de respirar e caracteristicamente vai segurar o pescoço e abrir
amplamente a boca. Tentará falar e não conseguirá.
Para constatar essa obstrução o socorrista deve questionar a vítima: "Você
pode respirar?"; "Você pode falar?"; “Você está engasgado?”
Se o paciente confirmar através de movimento afirmativo (como por exemplo,
balançando a cabeça), à última pergunta, o socorrista deve imediatamente iniciar a
MANOBRA DE DESENGASGO para vítimas conscientes.
PARADA CARDÍACA
Quando o coração para de bombear sangue para o organismo, as células deixam de receber oxigênio. Existem órgãos
que resistem vivos, até algumas horas, porém, os neurônios do sistema nervoso central (SNC) não suportam mais do
que seis minutos sem serem oxigenados e entram em processo de necrose. Desta forma, a identificação e a
recuperação cardíaca devem ser feitas de imediato. Caso haja demora na recuperação cardíaca, o SNC pode sofrer
lesões graves e irreversíveis, e o paciente pode, até mesmo, morrer.
Identificação
Inconsciência
Ausência de respiração
Ausência de circulação
224
Reanimação cardiopulmonar RCP
1. CHAME SOCORRO
2. PULSO
Se a vítima não tem pulso e movimento respiratório, inicia
a RCP.
3. COMPRESSÃO
225
RCP para crianças com (Menos de um ano)
Chame alto e dê um suave golpe sobre o ombro da criança. Se não responde, ponha a criança em uma
superfície.
DÊ 5 COMPRESSÕES
Ponha os dedos terceiro e quarto no meio do peito, Suavemente pressione 5 vezes sobre o peito, a um
ritmo de 100 compressões por minuto. Pressione somente 1 1/2 centímetro. .
Repita ciclos de duas respirações e cinco compressões por minuto. Depois de um minuto ligue para
emergencia. Regresse a criança e repita
226
Somente a região hipotenar da palma da mão toca o esterno do paciente,
evitando-se, dessa forma, pressionar as costelas.
Em adultos a pressão a ser exercida sobre o esterno deverá fazer com que ele
desça cerca de 4 a 5 cm.
Em crianças, com idade entre 1 a 8 anos, a pressão deve ser exercida com
apenas uma das mãos, e o esterno deve descer de 2,5 a 4 cm.
Em bebês, com idade variando de 0 a 1 ano, a pressão é realizada com dois
dedos, posicionando-os na intersecção do osso esterno com uma linha imaginária
ligando os mamilos, fazendo o esterno descer de 1 a 2,5 cm.
Nos casos de parada respiratória e cardíaca simultâneas, deve-se intercalar a
respiração artificial com a massagem cardíaca, método conhecido como Reanimação
Cardiopulmonar ou RCP, do seguinte modo :
RCP – um ou dois socorristas
Adulto: 2 ventilações por 30 massagens, de 100 à 120 vezes por minuto.
Criança – De 1 á 8 anos: 2 ventilações por 30 massagens, de 100 vezes por
minuto.
A cada quatro ciclos de 2 ventilações por 30 massagem, checar o retorno
espontâneo de pulso no paciente.
Não interromper a RCP por mais de 7 segundos, e uma vez iniciada só se deve
desistir se:
O paciente apresentar retorno de pulso e respiração;
O paciente tiver em condições de contar com recursos mais avançados e com
pessoal apto para prosseguir no tratamento;
O socorrista estiver completamente exausto.
227
Atividade elétrica sem pulso → grupo heterogêneo de diversos ritmos elétricos
que estão associados à ausência de atividade mecânica ventricular
Assistolia → ausência de atividade elétrica ventricular detectável podendo ter
ou não atividade elétrica atrial
Desfibrilação precoce
Realizar apenas 01 choque
Reiniciar RCP imediatamente após o choque
Dose: 120-200J se bifásico, 360J se monofásico.
Observar a posição de todos os socorristas (e curiosos)
CHOQUE
É definido como a hipoperfusão tecidual, secundária ao desequilíbrio entre a
oferta e a demanda de O2, ocasionando o predomínio do metabolismo anaeróbico.
228
HEMORRAGIA
Hemorragia é a ruptura de vasos
sanguíneos, com extravasamento de sangue.
A gravidade da hemorragia se mede pela
quantidade de sangue perdido e pela rapidez com
que ele é perdido.
A perda de sangue pode ocasionar o estado de
choque e levar a vítima à morte.
A hemorragia divide-se em interna e externa.
Hemorragia interna
As hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas porque o
sangue se acumula nas partes ocas do corpo, tais como: estômago, pulmões, bexiga,
cavidade craniana, cavidade torácica, cavidade abdominal etc.
Sintomas:
O paciente queixa-se de:
Fraqueza;
Sede;
Frio;
E aparenta ansiedade ou indiferença.
Sinais
Alteração do nível de consciência ou inconsciência;
Agressividade ou passividade;
Tremores e arrepios do corpo;
Pulso rápido e fraco;
Respiração rápida e artificial;
Pele pálida, fria e úmida;
Sudorese;
Pupilas dilatadas.
Identificação
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia interna quando:
Houver acidente por desaceleração (acidente automobilístico);
Houver ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente
no tórax ou abdome;
Houver acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento,
queda).
229
Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido existem suspeitos de uma
hemorragia no cérebro.
Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia
será no pulmão; se vomitar sangue será, no estômago; se evacuar sangue, será nos
intestinos (úlceras profundas); e se houver perda de sangue pela vagina, poderá estar
ocorrendo um processo abortivo.
Normalmente estas hemorragias se dão (se não forem por doenças especiais)
logo após acidentes violentos, nos quais o corpo suporta pressões muito fortes
(colisões, soterramentos etc.).
Hemorragia Externa
As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.
Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo rico em oxigênio, e a
perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas do coração. Esse tipo de
hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de sangue se
processa.
As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro,
pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos
graves que as hemorragias arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar
sérias complicações.
As hemorragias capilares são as pequenas perdas de sangue, em vasos de
pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.
230
Torniquete: é uma medida extrema que só deve ser adotada em último
caso e se todos os outros métodos falharem. Consiste em uma faixa de
constrição que se aplica a um membro, acima do ferimento, de maneira tal que
se possa apertar até deter a passagem do sangue arterial. O material a ser
utilizado poderá ser o que houver à mão (gravata, lenço, toalha, suspensório
etc.), não devendo ser inferior a 2,5 cm de largura para não afetar os tecidos.
Deve-se usar um pequeno rolo de gaze sobre a artéria para ajudar a
compressão. Uma vez realizado o torniquete não de deve mais afrouxá-lo. A
parte do corpo que ficou se receber sangue libera grande quantidade de
toxinas vão sobrecarregar os rins, podendo causar maiores danos à vítima.
Ferimentos fechados
Ocorrem em consequência de contusões, compressões e abrasões.
Esses mecanismos lesam os tecidos da pele e podem provocar rompimento
dos vasos sanguíneos.
O trauma provoca o acúmulo de líquido nos tecidos e o rompimento dos vasos
gera sangramento.
Esses ferimentos são chamados de contusões. Dependendo da intensidade da
energia e da força aplicadas, outras estruturas mais profundas, como músculos, ossos
e órgãos, podem ser lesados junto com a pele.
231
Os sinais clínicos mais frequentes do acometimento superficial são edema,
equimose e hematoma. Essas lesões superficiais geralmente não colocam a vida em
risco, porém podem ser um sinal importante da presença de lesões internas graves
concomitantes.
Ferimentos abertos Os ferimentos abertos podem ser divididos em:
1) Escoriações - são lesões da camada superficial da pele ou das mucosas,
que podem ou não apresentar sangramento discreto e são acompanhadas de dor local
intensa;
2) Corto contusos - são lesões superficiais, de bordas regulares, e que
geralmente são produzidas por objetos cortantes, como facas, fragmentos de vidros ou
de metais. O sangramento dessas lesões pode ser extremamente variável,
dependendo da existência de ruptura de pequenos vasos. Os ferimentos
cortocontusos também podem produzir lesões de vasos, tendões, nervos e músculos;
3) Lacerações - são lesões teciduais de bordos irregulares, em geral
decorrentes de traumatismos intensos produzidos por objetos rombos;
4) Ferimentos perfurantes - são lesões produzidas por objetos pontiagudos,
tais como pregos, agulhas e estiletes, com orifício de entrada geralmente pequeno. De
acordo com a profundidade de penetração, podem ser lesados estruturas e órgãos
internos. Na região do tórax, as intercorrências mais freqüentes e graves são o
pneumotórax, o hemotórax e o tamponamento cardíaco, que podem colocar em risco a
vida do doente. No abdome, os ferimentos perfurantes podem provocar hemorragia
e/ou peritonite, podendo gerar risco de vida;
5) Avulsões - são lesões abertas, onde existe descolamento de pele em
relação aos planos profundos, com perda do revestimento cutâneo. Essas lesões
também podem ser acompanhadas de sangramento;
6) Esmagamentos - ocorrem em traumatismos resultantes da aplicação de
energia e força intensas. As lesões podem ser abertas ou fechadas, podendo causar
extensa destruição tecidual. Os mecanismos que provocam essas lesões são as
colisões automobilísticas, os desabamentos e os acidentes de trabalho.
232
Técnicas de estancamento em ferimentos
Torniquete
Compressão arterial
233
FRATURA
É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento.
Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que, apesar do choque, deixam a pele
intacta, e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas
exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e
procure socorro imediato.
Fratura fechada - sinais indicadores
Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação. Incapacidade de
movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região.
Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro
machucado.
O que não fazer: Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido. Não
dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.
O que fazer: Solicite assistência médica, enquanto isso mantenha a pessoa
calma e aquecida. Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea.
Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala. Mantenha o local afetado em
nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo para diminuir o
inchaço, a dor e a progressão do hematoma.
Entorse: é a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura
que sustenta as articulações). Os cuidados são semelhantes aos da fratura fechada.
Luxação: e o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição
normal na articulação. Os primeiros socorros são também semelhantes aos da fratura
fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na região, nem tentar
recolocar o osso no lugar.
Contusão: uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento
externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver
arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).
Improvise uma tala: Amarre delicadamente o membro machucado (braços ou
pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista dobrada, vassoura ou outro objeto
qualquer. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar
a circulação sanguínea.
Improvise uma tipoia: Utilize um pedaço grande de tecido com as pontas
presas ao redor do pescoço. Isto serve para sustentar um braço em casos de fratura
de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipóia se o braço ferido
puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado.
234
GRANDES TRAUMATISMOS
Não se trata de uma classificação de fratura quanto à forma e, sim, de
traumatismos ocorridos em pontos vitais do corpo humano. Traumatismo é a lesão
resultante de violência externa ao organismo.
Trauma de crânio: Lesões na cabeça fazem suspeitar de uma condição
neurológica de urgência. Podem causar hemorragias externas na cavidade craniana
que, se não corrigidas de imediato, podem levar o paciente ao choque e progredirem
até a morte.
Trauma de coluna: Todos os pacientes politraumatizados inconscientes
deverão ser considerados como portadores de trauma de coluna até prova em
contrário. Os traumas de coluna mal conduzidos podem produzir lesões graves e
irreversíveis de medula, com comprometimento neurológico definitivo. Todo o cuidado
deverá ser tomado com estes pacientes para não surgirem lesões adicionais.
Fratura de costela: A costela fraturada pode produzir lesão interna,
comprometendo a respiração.
QUEIMADURA
Queimadura é uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo
por agentes térmicos, produtos químicos, irradiação ionizante etc.
O tegumento (pele) tem por finalidade a proteção do corpo contra invasão de
microrganismos, a regulação da temperatura do organismo através da perda de água
para o exterior e a conservação do líquido interno.
Desta forma, uma lesão produzida no tecido tegumentar irá alterar em maior ou
menor grau estes mecanismos, dependendo da sua extensão (área queimada) e da
sua profundidade (grau de queimadura).
Pode-se dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade.
Graus de queimadura
Primeiro grau: atinge somente a epiderme. Caracteriza-se por dor local e
vermelhidão na área atingida.
Segundo grau: atinge a epiderme e a derme. Caracterizam-se por dor local,
vermelhidão e formação de bolhas d'água.
Terceiro grau: atinge o tecido de revestimento, alcançando o tecido muscular,
podendo chegar até o osso. Caracteriza-se pela pele escurecida ou
esbranquiçada e as vítimas podem se queixar de muita dor. Também podem
não referenciar dor alguma na área queimada, por ter havido a destruição dos
terminais sensitivos. De todo modo, ao redor de queimaduras de 3º grau,
haverá queimaduras de 2º e de 1º graus, que freqüentemente serão motivo de
fortes dores.
235
Observação: pelo protocolo Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) temos:
Quarto grau: Carbonização - Comprometem, parcial ou totalmente, as partes
profundas dos vários segmentos do corpo, atingindo os próprios ossos e
ocasionando muitas vezes o êxito letal.
Extensão da queimadura
Para calcular em um adulto a porcentagem aproximada de superfície de pele
queimada, tomamos em conta os seguintes dados, considerando as partes em
relação ao todo.
Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo
dele):
Cabeça............................................................................ 9%
Pescoço........................................................................... 1%
Membros superiores (cada um)....................................... 9%
Tórax e abdome............................................................... 18%
Costas.............................................................................. 18%
Membro inferiores (cada um incluindo as nádegas)........ 18%
Para as crianças, a porcentagem é a seguinte:
Cabeça............................................................................ 18%
Membros superiores (cada um)....................................... 9%
Tórax e abdome............................................................... 18%
Costas.............................................................................. 18%
Membro inferiores (cada um incluindo as nádegas)........ 14%
É considerada como sendo grave qualquer queimadura (mesmo que seja de primeiro
grau) que atinja 15% do corpo ou mais.
Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo
representa 1% de sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a
extensão de uma queimadura, calculando-se o “número de palmas”.
Tratamento em queimaduras térmicas
Retirar parte da roupa que esteja em volta da área queimada.
Retirar anéis e pulseiras da vítima, para não estrangularem as extremidades
dos membros, quando incharem.
As queimaduras de 1º grau podem ser banhadas com água fria para amenizar
a dor.
Não perfurar as bolhas em queimaduras de 2º grau.
236
Não aplicar medicamentos nas queimaduras.
Cobrir a área queimada com um plástico limpo.
Se a vítima estiver consciente, dar-lhe água.
Evitar (ou tratar) o estado de choque.
Transportar a vítima com urgência para um hospital especializado.
DESMAIO E VERTIGEM
O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, fazendo
com que o paciente caia ao chão. Pode ser causado por vários fatores, como a
subnutrição, o cansaço, excesso de sol, stress. Pode ser precipitado por nervosismo,
angústia e emoções fortes, além de ser intercorrência de muitas outras doenças.
Vertigem consiste nos sinais e sintomas que antecedem o desmaio.
Identificação
Tontura
Sensação de mal-estar.
Pele fria, pálida e úmida.
Suor frio.
Perda da consciência.
Tratamento
Diante de um indivíduo que sofre desmaio, devemos proceder da seguinte maneira:
Arejar o ambiente.
Afrouxar as roupas da vítima.
Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas.
Não permitir aglomeração no local para não prejudicar a vítima.
Crise convulsiva
237
A convulsão é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza por causar
crises de convulsões (ataques) em sua forma mais grave.
Os ataques ou convulsões de caracterizam por:
Queda abrupta da vítima.
Perda da consciência.
Contrações de toda a musculatura corporal.
Aumento da atividade glandular com salivação abundante e vômitos.
Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfíncteres com micção e evacuação
involuntárias.
Ao despertar, o doente não se recorda de nada do que aconteceu durante a crise e
sente-se muito cansado, indisposto e sonolento.
A conduta do socorrista no ataque epilético consiste, principalmente, em proteger o
doente e evitar complicações. Deve-se deixar o paciente com roupas leves e
desapertadas (as contrações musculares aumentam a temperatura corpórea) e virá-lo
de lado para que não aspire as secreções ou o vômito para os pulmões.
Um cuidado especial deve ser dado à boca, pois o doente pode ferir-se, mordendo a
língua ou as bochechas. Para tanto, interpõe-se um calço (pedaço de pano, por
exemplo) entre os dentes superiores e inferiores, impedindo que eles se fechem. Esta
manobra, entretanto, deve ser cuidadosa, pois o socorrista poderá ser mordido, ou o
objeto poderá causar obstrução respiratória. Cessada a crise, que dura de 1 a 5
minutos, o doente deverá receber limpeza corpórea, ingerir líquidos e repousar em
ambiente silencioso.
É preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doença um grande
senso de inferioridade e a presença de estranhos apenas contribuem para a
acentuação do problema psicológico.
Deve-se orientar o paciente para voltar a procurar seu médico, pois haverá
necessidade de ajustar a dose da droga em uso.
TRANSPORTE
Vítimas Inconscientes: Quando a vítima se encontra inconsciente, a retirada da
mesma deve ser feita com utilização de materiais como: escadas, prancha rígida,
lonas, cobertor, maca ou apenas pela força física do Bombeiro.
238
Transportar a vítima sobre as espáduas é um método fácil, onde o bombeiro
coloca a mesma em decúbito ventral, achando uma posição estável, sendo que o peso
irá ser sustentado pelos membros inferiores.
Transportar a vítima por maca ou meios disponíveis no local como cadeira,
lençol, cobertor, etc.
239
Retirada de vítimas utilizando-se de escadas
240
MÉTODO START
Múltiplas Vítimas: Se o socorrista, no local de ocorrência, tiver que assistir a mais de
uma vítima, deve realizar análise primária e controlar todos os problemas que colocam
em risco iminente a vida das vítimas, antes de realizar análise secundária em quem
quer que seja.
PARTO DE EMERGÊNCIA
241
Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e
manter ao máximo a privacidade da gestante.
Não permitir que a gestante vá ao banheiro se é contatado os sinais do parto
iminente.
Procedimentos específicos
Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas
afastadas uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de
expulsão cada vez que sentir uma contração uterina.
Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos.
À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em
cada contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o
parto; nunca se deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto.
À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos,
sem imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação.
Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento
de giro e, então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo
com cuidado. Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a
mãe expulse naturalmente o bebê.
Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com
gaze ou pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança
não chorar ou respirar, segurá-la de cabeça para baixo, pelas pernas, com
cuidado para que não escorregue, e dar alguns tapinhas nas costas para
estimular a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a
respiração sairá.
Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente,
insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como
ocorre em um movimento respiratório normal.
Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o
hospital demorar menos de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for
superior a 30 minutos, deitar a criança de costas e, com um fio previamente
fervido, fazer nós no cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente quatro
dedos da criança (10 cm) e o segundo nós distante 5 cm do primeiro. Cortar
entre os dois nós com uma tesoura, lâmina ou outro objeto esterilizado.
O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o
nascimento.
242
Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da
parturiente para provocar a contração espontânea do útero e diminuir a
hemorragia que é normal após o parto.
Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial
médica. Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela
saiu completamente.
243
244
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VII
1. Detectada a parada respiratória da vítima pelo socorrista na análise
primária, este deverá:
A. Realizar a análise secundária.
B. Abertura de vias aéreas, porte de oxigênio (oxigeno terapia).
C. Verificar a existência grandes hemorragias.
D. Iniciar imediatamente a RCP.
E. Realiza a manobra heimlich
2. Toda a vítima de acidente traumático inconsciente deverá ser
considerada como uma possível vítima de:
A. Mal Súbito.
B. Lesão cervical.
C. Infarto.
D. Ataque epilético.
E. Lesão na medula óssea.
3. Em caso de vítima de acidente traumático:
A. O socorrista deverá fazer a tríplice manobra; imobilizar a vítima;
colocar o colar cervical e transportar a vítima em prancha rígida.
B. O socorrista deverá socorrer a vítima rapidamente.
C. O socorrista deverá fazer a abertura das vias aéreas através da
técnica e elevação e rotação do queixo.
D. O socorrista deverá fazer a tríplice manobra; imobilizar a vítima;
não colocar o colar cervical e transportar a vítima em prancha
rígida.
E. O socorrista deverá fazer a tríplice elevação do queixo e rotação
da cabeça; imobilizar a vítima; colocar o colar cervical e
transportar a vítima em prancha rígida.
4. No caso de fratura o socorrista deverá?
A. Tentar recolocar o osso para dentro do organismo, e transportar
a vítima rapidamente para o hospital.
B. Na possibilidade o socorrista deverá colocar o osso no lugar,
realinhar o membro, imobilizar o membro com emprego de talas
e transportar a vítima em prancha longa.
C. Socorrer a vítima imediatamente e não realinhar o membro,
fazendo imobilização ao redor e transportando em prancha
larga.
D. Não mexer na vítima e chamar o Corpo de Bombeiros
(Resgate).
245
E. Na possibilidade o socorrista deverá fazer uma tração, realinhar
o membro, imobilizar o membro com emprego de talas e
transportar a vítima em prancha longa.
5. Quando devemos suspeitar de hemorragia interna?
A. Perda interna e externa anormal de sangue, palidez na pele e
mucosa, edema local, suor abundante, pele fria, inchaço local;
fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
B. Perda interna normal de sangue, pulso rápido e fraco, edema
local, suor abundante, pele fria, inchaço local; fraqueza, sede,
frio, tremores e arrepios no corpo.
C. Perda externa anormal de sangue, pulso rápido e fraco, palidez
na pele e mucosa, edema local, suor abundante, pele fria,
inchaço local; fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
D. Perda interna de sangue pulso rápido e fraco, palidez na pele e
mucosa, edema local, suor abundante, pele fria, inchaço local;
fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
E. Perda externa de líquidos, pulso rápido e fraco, palidez na pele
e mucosa, edema local, suor abundante, pele fria, inchaço local;
fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
6. Quanto às hemorragias?
I. Hemorragias internas e externas.
II. Hemotórax e tamponamento cardíaco.
III. As externas se dividem em arterial e venosa e capilar.
IV. Torniquete é usado sempre em hemorragias capilares.
A. IV esta incorreta
B. I e II estão certas.
C. I, III e IV estão certas.
D. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
E. Todas estão corretas
7. Marque apenas os casos de emergência.
I. Hemorragias internas
II. Contração a cada 2min
III. Hemorragia arterial
IV. Em caso de perfuração no tórax.
V. Desmaio.
A. I e II estão certas.
B. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
C. V esta incorreta
246
D. I, II, III e IV estão certas.
E. Todas estão corretas
8. Sobre as queimaduras.
I. Divide se em primeiro e segundo grau podendo atingia
hipoderme
II. Pelo protocolo internacional PHTLS, teremos o de quarto grau.
III. As queimaduras são por agentes químicos, físicos e por
irradiação.
IV. Melhor tratamento é água temperatura ambiente e será grave
acima de 15%.
V. As queimaduras por sol são muito comuns o melhor é jogar
água gelada.
A. I e II estão certas.
B. I, II, III, IV são corretas a V está incorreta.
C. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
D. I, III e IV estão certas.
E. III e V esta incorreta.
9. Marque as alternativas corretas.
I. A análise primaria realizada sempre quanto a vitima esta
inconsciente são determina nível de consciência em sonoro, tato
e doloroso, chegar circulação e abertura de vias aéreas.
II. Na possibilidade de um engasgo total o socorrista realiza
técnicas de manobra de Heimlich
III. A análise secundaria tem por finalidade filtra o que coloca em
risco maior o risco da vitima.
IV. Sempre em ausência de pulso iniciar a RCP, 100 compressões
por minuto.
V. É o atendimento imediato e provisório ministrado a uma vitima
de trauma ou doença dentro de um âmbito hospitalar.
A. III e V esta incorreta.
B. I, III e V estão certas e as II incorreta.
C. I, II, III, IV são corretas a V esta incorreta.
D. I, III e IV estão certas.
E. III e V esta incorreta
10. Se o socorrista, no local de ocorrência, tiver que assistir a mais de uma
vítima, deve realizar análise primária e controlar todos os problemas
que colocam em risco iminente a vida das vítimas, antes de realizar
247
análise secundária em quem quer que seja. Com isso é marcada com
cores quais elas?
A. Preta, vermelha, amarela e lilás.
B. Preta, vermelha, amarela e azul.
C. Preta, vermelha, amarela e rosa.
D. Preta, vermelha, amarela e branca.
E. Preta, vermelha, amarela e verde.
11. A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente. Haverá
situações em que o parto acontecerá antes que a parturiente cheque
ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos, deve-se estar
treinado para assistir ao parto. Quais os sinais e sintomas que
denuncia um parto de emergência.
I. Contrações regulares a cada 2 minutos.
II. Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento.
III. Saída de liquido amniótico.
IV. Dores e falsa sensação de ir ao banheiro.
A. III e IV esta incorreta.
B. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
C. I, II, III, são corretas a IV esta incorreta.
D. Todas estão certas.
E. III e IV esta incorreta
12. Os choques são definidos como uma hipoperfusão tecidual quais deles
são choques?
I. Hipovolêmico: perda de líquidos corporios
II. Distributivo (Choque neurogênico, Choque anafilático; Choque
séptico).
III. Séptico: alergia a animais e alimentos.
IV. Cardiogênico: falha na bomba cardíaca.
V. Obstrutivo: obstrução mecânica do coração.
A. III e V esta incorreta.
B. I, III e V estão certas e as II incorreta.
C. I, II, III, IV são corretas a V esta incorreta.
D. I, III e IV estão certas.
E. III esta incorreta
13. Referente as legislação de primeiros socorros responda as alternativas
corretas.
248
II. Art. 136 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.
III. Pena – detenção, de um a seis anos, ou multa.
IV. Parágrafo único – A pena é diminuída de metade, se da omissão
resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta
a morte.
V. Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda
vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do abandono: pena —
detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
249
D. Taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação sem pulso
E. Apenas atividade elétrica sem pulso.
16. Descreva os passos da análise primaria.
R:
R:
R:
250
MÓDULO VIII
PLANO DE EMERGÊNCIA
OBJETIVO
251
5.1.2 Conforme o nível dos riscos de incêndio existentes, o levantamento
prévio e o plano de emergência devem ser elaborados por engenheiros, técnicos ou
especialistas em gerenciamento de emergências.
5.1.3 O profissional habilitado deve realizar uma análise dos riscos da
edificação com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes,
recomendando-se a utilização de métodos consagrados tais como: What if, Check list,
HAZOP, Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de Falhas.
5.1.4 O Plano de emergência contra incêndio deve contemplar, no mínimo, as
informações detalhadas da edificação e os procedimentos básicos de emergência em
caso de incêndio.
5.1.5.1 localização (urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de
outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros,
existência de Plano de Auxilio Mutuo (PAM));
5.1.5.2 construção (alvenaria, concreto, metálica, madeira etc);
5.1.5.3 ocupação (industrial, comercial, residencial, escolar etc);
5.1.5.4 população total e por setor, área e andar (fixa, flutuante, características,
cultura etc);
5.1.5.5 característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias
e horários fora do expediente);
5.1.5.6 pessoas portadoras de necessidades especiais;
5.1.5.7 riscos específicos inerentes à atividade;
5.1.5.8 recursos humanos (brigada de incêndio, brigadas profissionais, grupos
de apoio etc) e materiais existentes (saídas de emergência, sistema de hidrantes,
chuveiros automáticos, sistema de detecção de incêndio, sistema de espuma
mecânica e de resfriamento, escadas pressurizadas, grupo motogerador etc).
5.1.6 Os procedimentos básicos de emergência em caso de incêndio.
5.1.6.1 Alerta: identificada uma situação de emergência qualquer pessoa pode,
pelos meios de comunicação disponíveis ou sistema de alarme, alertar os ocupantes,
os brigadistas, os bombeiros profissionais civis e o apoio externo. Este alerta pode ser
executado automaticamente em edificações que possuem sistema de detecção de
incêndio.
5.1.6.2 Análise da situação: após o alerta, deve ser analisada a situação, desde
o início até o final da emergência, e desencadeados os procedimentos necessários,
que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com os recursos
materiais e humanos disponíveis no local.
5.1.6.3 Apoio externo: o Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos locais devem
ser acionados de imediato, preferencialmente por um brigadista, que deve informar:
a) nome do solicitante e o número do telefone utilizado;
252
b) endereço completo, pontos de referência e/ou acessos;
c) características da emergência, local ou pavimento e eventuais vítimas e suas
condições.
5.1.6.4 Primeiros socorros: prestar os primeiros socorros às possíveis vítimas,
mantendo ou estabelecendo suas funções vitais, até que se obtenha o socorro
especializado.
5.1.6.5 Eliminar os riscos: por meio do corte das fontes de energia (elétrica
etc.) e do fechamento das válvulas das tubulações (GLP, oxiacetileno, gases, produtos
perigosos etc), quando possível e necessário, da área sinistrada atingida ou geral.
5.1.6.6 Abandono de área: proceder ao abandono da área parcial ou total,
quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, conduzindo a população
fixa e flutuante para o ponto de encontro, ali permanecendo até a definição final da
emergência. O plano deve contemplar ações de abandono para portadores de
deficiência física permanente ou temporária, bem como às pessoas que necessitem de
auxílio (idosos gestantes etc).
5.1.6.7 Isolamento da área: isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a
garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem
ao local.
5.1.6.8 Confinamento do incêndio: confinar o incêndio de modo a evitar a sua
propagação e consequências.
5.1.6.9 Combate ao incêndio: proceder ao combate, quando possível, até a
extinção do incêndio, restabelecendo a normalidade.
5.1.6.10 Investigação: levantar as possíveis causas do sinistro e os demais
procedimentos adotados, com o objetivo de propor medidas preventivas e corretivas
para evitar a sua repetição.
5.1.7 Deve ser prevista a interface do Plano de Emergência contra incêndio
com outros planos da edificação ou área de risco (produtos perigosos, explosões,
inundações, pânico etc).
5.2 Divulgação e Treinamento do Plano de Emergência contra Incêndio
5.2.1 O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser amplamente divulgado
aos ocupantes da edificação, de forma a garantir que todos tenham conhecimento dos
procedimentos a serem executados em caso de emergência.
5.2.2 Sugere-se que os visitantes sejam informados sobre o Plano de
Emergência contra Incêndio da edificação por meio de panfletos, vídeos e/ou
palestras.
5.2.3 O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treinamentos
de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada
de incêndio, dos brigadistas profissionais, do grupo de apoio etc.
253
5.3 Exercícios simulados
5.3.1 Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área,
parciais e completos, na edificação, com a participação de todos os ocupantes, sendo
recomendada uma periodicidade máxima de um ano para simulados completos.
5.3.2 Imediatamente após o simulado, deve ser realizada uma reunião
extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas, com a elaboração de
ata na qual constem:
a) data e horário do evento;
b) tempo gasto no abandono;
c) tempo gasto no retorno;
d) atuação dos profissionais envolvidos;
e) comportamento da população;
f) participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para a sua chegada;
g) ajuda externa (por exemplo: PAM – Plano de Auxílio Mútuo etc.);
h) falha de equipamentos;
i) falhas operacionais;
j) demais problemas levantados na reunião.
254
d) houver a previsão e execução de serviços que possam gerar algum risco.
255
6.1.3.2 As informações operacionais devem ser fornecidas por meio do
preenchimento de planilha.
6.1.3.3 A Planilha de informações operacionais deve ser apresentada por
ocasião do pedido de vistoria a ser realizada na edificação ou área de risco.
6.1.3.4 Quando da substituição de Projeto ou alteração dos riscos existentes na
edificação, deve ser feita a atualização da Planilha de informações operacionais.
6.1.3.5 O Serviço de segurança contra incêndio deve encaminhar uma cópia da
Planilha de informações operacionais para COBOM (CIOSP) e para o Posto de
Bombeiro responsável pelo atendimento daquela localidade.
6.1.4 Planta de risco de incêndio
6.1.4.1 A Planta de risco de incêndio visa facilitar o reconhecimento do local
por parte das equipes de emergência e dos ocupantes da edificação e das áreas de
risco.
6.1.4.2 Planta de risco de incêndio deve fornecer as seguintes informações:
a) principais riscos (explosão e incêndio);
b) paredes e portas corta-fogo;
c) hidrantes externos;
d) número de pavimentos;
e) registro de recalque;
f) reserva de incêndio;
g) local de manuseio e/ou armazenamento de produtos perigosos;
h) vias de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros;
i) hidrantes urbanos próximos da edificação;
j) localização das saídas de emergência.
6.1.4.3 A planta de risco de incêndio deve permanecer na entrada da
edificação, portaria ou recepção, nos pavimentos de descarga e junto ao hall dos
demais pavimentos, de forma que seja visualizado por ocupantes da edificação e
equipes do Corpo de Bombeiros, em caso de emergências.
6.1.4.4 A planta de risco de incêndio deve ser elaborada em formato A2, A3 ou
A4, preferencialmente em escala padronizada, conforme modelo em anexo.
6.1.4.5 A Planta de risco de incêndio deve ser conferida pelo vistoriador no
local a ser fixada, a partir da primeira vistoria em que a edificação ou área de risco
estiver ocupada.
6.1.4.6 Por ocasião de substituição de Projeto ou alteração dos riscos
existentes na edificação, deve ser feita a substituição da Planta de risco de incêndio.
256
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VIII
1. É correto afirmar que análise de risco é:
A. Verificação dos pontos críticos que possam vir a apresentar não
conformidade durante a execução de determinado projeto ou
atividade;
B. Algo sem importância;
C. Ato realizado após a execução de cada trabalho;
D. Visa proteger a empresa de prejuízos causados por acidentes
do trabalho;
E. Nenhuma das alternativas;
2. Um dos métodos de análise de riscos é:
A. APR;
B. Relatórios;
C. Análise à distância;
D. Alternativas “a” e “c” estão corretas;
E. Apenas alternativa “b” está correta;
A. Semanais e quinquenais;
B. Mensais;
C. Diárias;
D. Quando puder;
E. Semanais, mensais, semestrais, anuais e quinquenais;
257
B. Gerar gastos desnecessários ao empregador;
C. Servem somente para passar o tempo;
D. Confirmar, com regularidade, a manutenção das boas condições de
funcionamento e de segurança de todo o equipamento e das condições
de segurança;
E. Não servem para nada;
6. Qual a definição de prevenção de incêndio?
A. Conjunto de providências tomadas para impedir o aparecimento de um
incêndio (ou, na sua ocorrência, detecta-lo o mais rapidamente
possível).
B. Ações administrativas para monitorar o desempenho dos funcionários;
C. Não é necessária no que se refere a incêndios;
D. Nenhuma das alternativas;
E. Apenas “a” e “b” estão corretas;
7. Para uma inspeção bem sucedida, é indicado o uso de:
A. Prancheta e caneta;
B. Apenas uma inspeção visual;
C. Ronda basta
D. Plantas da edificação e realização de testes nos equipamentos;
E. Apenas teste nos equipamentos;
8. Uma das formas de verificar se um extintor não está em conformidade é:
A. Pintura descascada;
B. Altura do equipamento em relação ao piso;
C. Cor do anel de identificação;
D. Cor do gatilho;
E. Cor do rótulo;
9. Em caso de inspeção semanal em extintores, o que deve ser observado?
A. Lacre e pino;
B. Gatilho;
C. Acesso, visibilidade e sinalização;
D. Peso do extintor de gás carbônico;
E. Manômetro;
10. Os meios de proteção e combate a incêndios deverão:
A. Estar danificados e avariados;
B. Ser do tipo, obsoletos e ultrapassados, assim se economiza dinheiro;
C. Atender a legislação própria em vigor;
D. Ter peças e assessórios faltando;
E. Ser deixados de lado, pois inspeciona-los é perda de tempo;
258
11. Espaço confinado é:
259
GABARITO
MODULO 1.
1D; 2 E;3 C; 4 A; 5 E; 6 C; 7 B; 8 E; 9 D; 10 E; 11 D 12 D; 13 E; 14 B; 15 D; 16 E; 17
C; 18E 19 DISSERTATIVA
MODULO 2
1E; 2A; 3D; 4C; 5A; 6C;7B; 8D; 9A; 10E; 11D; 12D; 13A; 14D; 15E; 16B; 17A; 18B; 19
DISSERTATIVA
MODULO 3
1D; 2B; 3D; 4E; 5E; 6B; 7A; 8D; 9A; 10 DISSERTATIVA
MODULO 4
1E; 2D; 3D; 4B; 5A; 6E; 7B; 8C; 9D; 10ª
MODULO 5
1A; 2E; 3B; 4C; 5D; 6E; 7B; 8B; 9D; 10B
MODULO 6
1b; 2a; 3b; 4d; 5a; 6d; 7b; 8e; 9a; 10e
MODULO 7
1D; 2B; 3A; 4E; 5D; 6A; 7D; 8B; 9C; 10E; 11D; 12E; 13A; 14D;
MODULO 8
1A; 2A; 3A; 4E; 5D; 6A; 7D; 8C; 9C; 10C; 11A; 12E; 13E; 14C; 15B
261
Referências Bibliográficas
http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm
http://www.protecaorespiratoria.com
http://www.viaseg.com.br/artigos/ameaca_de_bomba.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr20.htm
http://www.bombeirosemergencia.com.br/rcpsequencia.html
http://segurancadotrabalhonwn.com/plano-de-emergencia/
BIBLIOGRAFIA
263