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CENTRO DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO DE BOMBEIRO


PROFISSIONAL CIVIL

CENTRO X

APOSTILA DE
BOMBEIRO CIVIL
CENTRO X FORMAÇÃO DE BOMBEIRO CIVIL
(11) 3104-0552

www.centroxtreinamento.com.br

APRESENTAÇÃO

FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL

O curso de formação de bombeiro profissional civil enquadra-se como


cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no
inciso I do art. 1º, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a
atualização, em todos os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados segundo
itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva
e social e ainda a qualificação para o trabalho e a elevação do nível de escolaridade
do trabalhador, o qual, após a conclusão com aproveitamento do referido curso, fará
jus a um certificado de formação inicial ou continuada para o trabalho.
As leis e normas que conheceremos logo em seguida, se tomadas como base
para formar, reciclar e implantar o bombeiro profissional civil, garantirá ao profissional
e ao público que necessitam do serviço de bombeiro Profissional civil um completo rol
de segurança e confiabilidade, pois o curso ainda que livre, a profissão é
regulamentada por lei e consta na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério
do Trabalho e Emprego desde os anos 90.
De modo geral todas as empresas que atuam prestando serviços de Bombeiros
Civis ou atuam na capacitação, deverão atender estas leis e normas técnicas, visando
cumprir as exigências mínimas e conseqüente padronização dos serviços e formação
deste profissional.
Portanto caro leitores, antes de se escrever em qualquer curso de formação de
bombeiro civil, verifiquem antes se a empresa que esta ofertando o curso atende no
mínimo os requisitos citados a baixo, e ainda se você já esta matriculado ou até
mesmo já concluiu o curso, peça ao diretor da instituição para apresentar documentos
que comprovem a conformidade com estas leis e normas, pois tem várias empresa no
Pará formando bombeiros em total desconformidade com as referidas normas e as
empresas que contratam bombeiros civis já identificaram tais empresas e não
contratam os bombeiros nelas formadas, por tanto não deixem serem enganadas!
Procurem empresas com conhecimento de causa e reconhecida no mercado, ligue
para as empresas que contratam bombeiros e perguntem se lá tem bombeiros
trabalhando que seja formado por esta instituição, em fim; não confiem somente em
histórias; exija documentações que comprovem a confiabilidade da instituição e liguem
para confirmar se é verdadeira ou falsa as documentações apresentadas.
Antes que alguma instituição que forma bombeiros em desconformidade com as
normas que citarei abaixo diga aos seus alunos que não é obrigada seguir as normas
da ABNT e em especial a NBR 14.608 e 14.277, gostaria que os mesmos lessem o
código de defesa do consumidor na Seção IV, artigo 39, inciso VIII que prescreve:
É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços dentre outras práticas
abusivas, colocar no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo
com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas
específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra
entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial (Conmetro). Por tanto quem forma bombeiro é obrigado a seguir a
normas técnicas da ABNT.
Hoje as principais Leis e normas que regulamentam a profissão de Bombeiro
Profissional Civil são:
A Lei Federal nº 11.901 de 12 de Janeiro de 2009;
Portaria Nº 397 do ministério do trabalho e emprego de 09 de outubro de 2002,
Portaria Nº 221, de 6 de Maio de 2011 (NR 23);
Lei n.º 8.078 de 11 de setembro de 1990, CDC ( Código de Defesa do Consumidor);
Normas Brasileiras Regulamentadoras expedidas pela ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas) - CB 24; ( Comitê Brasileiro de segurança contra incêndio );

A Diretoria
SUMÁRIO
MÓDULO I ..................................................................................................... 15
COMPORTAMENTO DE FOGO .......................................................................................... 15
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO................................................... 30
PLANO DE ABANDONO ............................................................................................ 39
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS............................................................... 43
JATOS D'ÁGUA E ESPUMA ............................................................................... 62
PROVA REFERENTE AOMÓDULO I ............................................................. 75
MÓDULO II ............................................................................................................ 81
EXTINTORES..................................................................................................................... 81
MANGUEIRA DE INCÊNDIO ............................................................................ 89
BOMBAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO............................................... 97
SPRINKLERS ...................................................................................................... 104
ESCADAS DE BOMBEIROS ................................................................................ 115
ENTRADAS FORÇADAS ................................................................................. 121
PROVA REFERENTE AOMÓDULO II .......................................................... 143
MÓDULO III ................................................................................................... 151
COMUNICAÇÃO .............................................................................................................. 151
RELATÓRIO ............................................................................................ 155
PROVA REFERENTE AOMÓDULO III...................................................................... 157
MÓDULO IV................................................................................................... 161
EQUIPAMENTO DEPROTEÇÃO INDIVIDUAL .................................................................. 161
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA .................................................... 162
PROVA REFERENTE AOMÓDULO IV ........................................................................... 169
MÓDULO V ................................................................................................... 171
ELEVADORES ................................................................................................................. 171
HELIPONTO ............................................................................................ 175
AMEAÇA COM BOMBAS ......................................................................................... 198
RESGATE E SALVAMENTO EM ALTURA NR35................................................... 201
PROVA REFERENTE AOMÓDULO V .............................................................. 207
MÓDULO VI................................................................................................... 209
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS- NR16............................................................ 209
LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS NR20 ..................................................................... 210
PROVA REFERENTE AOMÓDULO VI ......................................................... 215
MÓDULO VII .................................................................................................. 217
LEGISLAÇÃO DEPRIMEIROS SOCORROS ..................................................................... 218
AVALIAÇÃO INICIAL................................................................................... 219
MANOBRA DE DESENGASGO ................................................................................ 223
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR RCP ........................................................... 225
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO DEA ........................................... 227
CHOQUE ..................................................................................................... 228
HEMORRAGIA ............................................................................................ 229
FRATURA ................................................................................................... 234
QUEIMADURA ............................................................................................ 235
TRANSPORTE ............................................................................................ 238
MÉTODO START ..................................................................................... 241
PROVA REFERENTE AOMÓDULO VII..................................................... 245
MÓDULO VIII ................................................................................................. 251
PLANO DE EMERGÊNCIA ................................................................................................ 251
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VIII ............................................................... 257
PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIO DE INCÊNDIO

Histórico

Edifício Joelma / SP – 1974

Data: sexta-feira, dia 1º de fevereiro de 1974.


Hora de início: aproximadamente 08h50min horas
Vítimas: 179 mortes e 300 feridos
Número de ocupantes: estavam no local, por volta de 756 pessoas.
Origem: aparelho de ar condicionado no 12º andar; exames posteriores
demonstraram que havia uma ligação de outro pavimento, sem controle
daquele em que estava.
Número de andares: vinte e cinco
Ocupação: subsolo e térreo destinados à guarda de registros de
documentos dos escritórios; do 1º andar ao 10º para estacionamento aberto e
do 11º ao 25º, ocupados por escritórios.
Tipo de construção: estrutura de concreto armado com vedações
externas de tijolos ocos cobertos por reboco e revestidos por ladrilhos
cerâmicos na parte externa.
As aberturas para janelas eram de vidro plano em esquadrias de
alumínio. O telhado era de telhas de cimento amianto sobre estrutura de
madeira. Nos escritórios, a compartimentação interna era feita por divisórias de
madeira e o forro era constituído por placas de fibra combustível fixadas em
ripas de madeira e a laje-piso era forrada por carpete.

Desenrolar dos fatos: às 08h50min horas um


funcionário ouviu um ruído de vidro rompendo,
proveniente de um dos escritórios do 12º andar. Foi
até lá para verificar e constatou que um aparelho de
ar condicionado estava queimando. Foi correndo até
o quadro de luz daquele piso para desligar a energia;
mas ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação
exposta ao longo da parede.

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As cortinas se incendiaram e o incêndio começou a se propagar pelas
placas combustíveis do forro. Correu para apanhar o extintor portátil, mas ao
chegar não conseguiu mais adentrar à sala, devido à intensa fumaça. Subiu as
escadas até o 13º andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º
pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor.
A partir daí o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio. Foram
feitas várias corridas de elevadores até que a atmosfera permitisse, salvando
muitas pessoas; porém uma ascensorista na tentativa de salvar mais vidas,
após as condições ficarem muito ruins, morreu no 20º andar.

Operações de Salvamento e
Combate: O Corpo de Bombeiros
recebeu o primeiro chamado às
09h03min horas. Dois quartéis mais
próximos enviaram viaturas às
09h05min horas que devido às
condições de tráfego, chegaram às
09h10min horas. O incêndio se propagava rapidamente pela fachada para os
andares superiores.
As pessoas do prédio haviam corrido para as laterais de banheiros e
para a parte mais alta do edifício. Devido a grande dimensão do incêndio, em
pouco tempo estavam no local 12 autobombas, três autoescadas, duas
plataformas elevatórias e uma quantidade muito grande de veículos de
salvamento que iniciaram um grande trabalho de retirada das vítimas e
combate ao fogo.

Término: ocorreu a extinção por volta de 10h30min horas

Final do resgate: às 13h30min horas, todos os sobreviventes já haviam


sido resgatados.

Danos ao prédio: todo material combustível do 12º ao 25º foi


consumido pelo fogo. O 11º andar não foi danificado. Foram pequenos os
danos aos pilares e vigas; o esfolamento mais severo de laje de piso foi no 11º

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andar. Engenheiros estruturais declararam não ter havido dano estrutural.
Nenhum dano ocorreu às máquinas do topo do fosso de elevadores.
Observações quanto ao salvamento: Muitas pessoas foram retiradas
daquelas áreas de banheiros com auxílio das escadas mecânicas. As atitudes
das vítimas foram variadas, muitos subiram ao telhado, outras ficaram nos
andares se molhando com água das mangueiras, infelizmente 40 morreram ao
pularem do alto do edifício para escapar do calor. No telhado grande parte se
salvou ao abrigar-se sob as telhas de cimento amianto, os que não fizeram isso
morreram sob os efeitos do intenso calor e fumaça. Apesar de não
recomendado, a maioria dos 422 que se salvaram, escaparam pelos
elevadores que conseguiram fazer descidas expressas pela habilidade dos
ascensoristas e graças à demora do sistema elétrico dos elevadores ser
afetado pelas chamas.

Observações quanto ao sistema contra incêndios


existente: havia somente uma escada comum (não
de segurança, que tem paredes resistentes ao fogo
e ventilação para evitar gases tóxicos). Não havia
sistema de alarme manual ou automático de forma
que fosse rapidamente detectado, dado o alarme e desencadeadas as
providências de abandono da população, acionamento de brigada interna,
acionamento do Corpo de Bombeiros e outras mais. Não havia qualquer
sinalização para abandono e controle de pânico. Apesar da estrutura do prédio
ser incombustível, todo o material de compartimentação e acabamento não
eram. Também não havia qualquer controle de carga-incêndio, por isso
rapidamente o incêndio se propagou e fugiu do controle.

Boate Kiss 2016


O incêndio na boate Kiss foi uma
tragédia que matou 242 pessoas e feriu 680
outras numa discoteca da cidade de Santa
Maria, no estado brasileiro do Rio Grande do
Sul.

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O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado
por um sinalizador disparado no palco em direção ao teto por um integrante da
banda que se apresentava no local. A imprudência e as más condições de
segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas.
O acidente foi considerado a segunda maior tragédia no Brasil em
número de vítimas em um incêndio, sendo superado apenas pela tragédia do
Gran Circus Norte-Americano, ocorrida em 1961, em Niterói, que vitimou 503
pessoas; e teve características semelhantes às do incêndio ocorrido
na Argentina, em 2004, na discoteca República Cromañón.
Classificou-se também como a quinta maior tragédia da história do
Brasil, a maior do Rio Grande do Sul, a de maior número de mortos nos últimos
cinquenta anos no Brasil e o terceiro maior desastre em casas noturnas no
mundo.
Procedeu-se a uma investigação para a apuração das responsabilidades
dos envolvidos, dentre eles os integrantes da banda, os donos da casa noturna
e o poder público. O incêndio iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e
o uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com grande quantidade
de pessoas. A responsabilidade da fiscalização dos locais também foi debatida
na mídia. Houve manifestações nas imprensas nacional e mundial, que
variaram de mensagens de solidariedade a críticas sobre as condições das
boates no país e a omissão das autoridades.
O inquérito policial apontou muitos responsáveis pelo acidente, mas poucos
foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça.
O inquérito policial militar, por sua vez, foi condescendente com os
bombeiros envolvidos no caso. A Justiça instaurou um processo e começou a
ouvir depoimentos como preparação para o julgamento, porém os
sobreviventes e parentes dos mortos receavam que a impunidade fosse a
tônica do evento criminoso. De fato, os servidores civis e militares, bem como
as autoridades públicas, corriam pouco risco de sofrerem punições.
A festa "Agromerados" iniciou-se às 23 horas (UTC-2) de 26 de
janeiro de 2013, sábado, na boate Kiss, localizada na rua dos Andradas, 1925,
no centro da cidade de Santa Maria. A reunião foi organizada por estudantes
de seis cursos universitários e técnicos da Universidade Federal de Santa
Maria.

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Duas bandas estavam programadas para se apresentarem à
noite. Estimou-se que entre quinhentas a mil pessoas estavam na boate. Eram
na maioria estudantes uma vez que, como descrito, ocorria uma festa da
UFSM, dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária e
Zootecnia.
Por volta das 2h30min de 27 de janeiro, durante a apresentação da
banda Gurizada Fandangueira, a segunda banda a se apresentar na noite, um
sinalizador de uso externo foi utilizado pelo vocalista da banda. O sinalizador
soltou faíscas que atingiram o teto da boate, incendiando a espuma de
isolamento acústico que não tinha proteção contra fogo. Os integrantes da
banda e um segurança, chamado Zezinho, tentaram apagar as chamas com
água e extintores, mas não obtiveram sucesso. Em cerca de três minutos, uma
fumaça espessa se espalhou por toda a boate.
No início do incêndio, não houve comunicação entre os seguranças que
estavam no palco e os seguranças que estavam na saída da boate. Estes,
então, não permitiram inicialmente que as pessoas saíssem pela única porta do
local, por acreditarem tratar-se de uma briga.
A casa funcionava através do pagamento das comandas de consumo na
saída, o que levou os seguranças a também pensarem que as pessoas
estavam tentando sair sem pagar. Muitas vítimas forçaram a saída pelas portas
dos banheiros, confundindo-as com portas de emergência que dessem para a
rua, que de fato não existiam na boate. Em consequência disso, noventa por
cento dos corpos estariam nos banheiros.
Durante o incêndio, de dentro da boate, uma das vítimas fatais
conseguiu enviar uma mensagem através da rede social Facebook,
comunicando o incêndio e pedindo ajuda. A mensagem foi registrada pelo
Facebook como recebida às 3h20min. Ainda sem saber das dimensões da
situação, amigos pediram mais informações, mas não obtiveram resposta.
A espuma usada em isolamento acústico na boate Kiss era comum em
Santa Maria. Era uma espuma de colchão usada em boates, bares, clubes e
outras casas com música ao vivo. Inicialmente, era usada por exigência
dos DJs, porque evitava o eco de som e aumentava a nitidez dos sons graves
e agudos. Posteriormente, passou a ser usada como isolamento do som
interno, evitando que este incomodasse os vizinhos. Elissandro Spohr a usou

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com esse propósito, mas a espuma era ineficiente para o efeito pretendido,
então foi retirada quando se implementou um projeto acústico na Kiss.
Entretanto, foi recolocada, a pedido dos DJs, para evitar o eco de som.
Nenhum órgão de fiscalização notou a presença dessa espuma inadequada.
Os bombeiros apenas examinavam coisas como hidrantes e saídas de
emergência. Os fiscais da prefeitura não eram treinados para reconhecê-la e
mesmo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do
Sul só tomava conhecimento desse material se alguém fizesse uma denúncia.
Após o incêndio, os catadores de lixo da cidade encontravam enormes
quantidades de espuma jogada fora pelas demais empresas que a adotavam.
Dois deles disseram ter coletado cinquenta sacos para vender às recicladoras,
pois esse tipo de espuma se tornou um símbolo de morte para o público.
O artefato usado pela banda é conhecido como sputnik. Segundo a
Associação Brasileira de Pirotecnia (ABP), deve ser usada em ambiente
externo e solta faíscas que chegam a quatro metros de altura, mais do que a
altura do teto da boate. Deve ser colocado no chão para ser aceso, libera
grande quantidade de fumaça e as pessoas devem ficar a pelo menos dez
metros do artefato. É proibido usá-lo em locais fechados e próximos a materiais
inflamáveis. Custa cerca de quatro a cinco reais e geralmente se usa nas
festas de fim de ano.
O cianeto, apontado por um laudo técnico como a causa da morte dos
estudantes, é uma substância encontrada na natureza e também é um produto
da atividade humana.
Dentre seus usos caseiros e industriais, estão: fumigação de navios e
edifícios, esterilização de solos, metalurgia, polimento de prata, inseticidas,
venenos para ratos etc. A população está exposta por causa da fumaça dos
automóveis, dos gases liberados pelas incineradoras e também por causa da
fumaça resultante da combustão de materiais contendo cianetos, como os
plásticos.
As pessoas mais expostas são metalúrgicos, bombeiros, mineiros,
operários de indústria de plásticos etc.
O organismo consegue neutralizar o cianeto combinando-o com enxofre
para formar tiocianato, que é eliminado na urina. Se a quantidade é demasiada,
o cianeto excedente se une à enzima citocromo oxidase das hemácias,
causando privação de oxigênio para as células.

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A morte acontece por parada cardíaca e respiratória, uma vez que o
cérebro e o coração são órgãos vitais, que dependem de muito oxigênio.
O tratamento consiste em administrar oxigênio a cem por cento e usar
antídotos como o nitrito de sódio, o tiossulfato de sódio, o 4 - dimetilaminofenol,
os compostos de cobalto e a hidroxocobalamina.
O caso da boate Kiss foi uma grande sequência de erros e omissões dos
poderes públicos:

1. Um documento precário emitido pelos bombeiros foi usado como Plano


de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI), em 26 de junho de 2009;
2. Apesar das fragilidades desse documento, o primeiro alvará de incêndio
foi concedido pelo Corpo de Bombeiros, em agosto de 2009, com
vigência de um ano;
3. A boate começou a funcionar em 31 de julho de 2009, somente com o
alvará de incêndio, sem o alvará de localização da prefeitura, só emitido
em 2010;
4. De agosto de 2010 a agosto de 2011, a Kiss ficou sem o alvará dos
bombeiros, que só foi renovado em 9 de agosto de 2011;
5. Na data do incêndio, o alvará estava novamente vencido;
6. A engenheira responsável pelo PPCI disse ter elaborado o plano
conforme uma planta-baixa, em 2009, mas não acompanhou a execução
das obras;
7. A boate foi notificada para fechar as portas em 1º de agosto de 2009,
devido à falta do alvará de localização;
8. Em vez de ser fechada, a boate foi somente multada, pelo menos quatro
vezes, entre agosto e dezembro de 2009;
9. As multas foram aplicadas sucessivamente sem que o alvará fosse
expedido e com a boate continuando a funcionar;
10. O alvará de localização foi finalmente expedido em 14 de abril de 2010,
depois de oito meses de funcionamento;
11. A fiscalização da prefeitura fez uma vistoria em 9 de abril de 2012 e
descobriu que o alvará de incêndio estava prestes a vencer;
12. Nenhuma providência foi tomada.

A primeira notificação foi feita em 1º de agosto de 2009, por uma fiscal da


prefeitura. Era uma instrução para fechar as portas, nestes termos: "Cessar as

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atividades até a regularização junto ao município e apresentar alvará no prazo
de cinco dias a contar da data da notificação". A empresa continuou
funcionando e a mesma fiscal retornou em agosto, aplicando a primeira multa
em 8 de setembro de 2009.
Um mês depois, em 7 de outubro, a boate seguia aberta sem alvará e sem
interdição, tendo sido aplicada a segunda multa. A terceira multa foi aplicada
em 27 de novembro de 2009, depois de os fiscais verificarem que a boate
continuava em operação no dia 10 do mesmo mês. E a quarta multa foi
aplicada em 11 de dezembro de 2009, devido ao descumprimento da
notificação original, mas a casa noturna não sofreu a lacração.

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MÓDULO I
Legislação

Lei Federal nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009.


Decreto Estadual nº 56.819, de 10 de março de 2011.
Lei Estadual nº 15.180, de 23 de outubro de 2013.
Decreto nº 63.058, de 12 de dezembro de 2017.
Instrução Técnica nº 17/2018.
Portaria nº CCB-008/600/14, de 10 de abril de 2014.

LEI Nº 11.901, DE 12 DE JANEIRO DE 2009.


Art. 1o O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo
disposto nesta Lei.
Art. 2o Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos
desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de
prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente por
empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas
especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
§ 2o No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os
Bombeiros Civis e o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção
das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à corporação
militar.
Art. 4o As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:
I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;
II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a
incêndio, em nível de ensino médio, comandante de guarnição em seu horário
de trabalho;
III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em
prevenção e combate a incêndio, responsável pelo Departamento de
Prevenção e Combate a Incêndio.
Art. 5o A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por
36 (trinta e seis) horas de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas
semanais.
Art. 6o É assegurado ao Bombeiro Civil:

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I - uniforme especial a expensas do empregador;
II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;
III - adicional de periculosidade de 30% do salário mensal sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;
IV - o direito à reciclagem periódica.
Art. 8o As empresas especializadas e os cursos de formação de
Bombeiro Civil, bem como os cursos técnicos de segundo grau de prevenção e
combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei, ficarão sujeitos às
seguintes penalidades:
I - advertência;
II - (VETADO)
III - proibição temporária de funcionamento;
IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.
Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188o da Independência e 121o da
República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, TARSO GENRO
CARLOS LUPI, JOÃO BERNARDO DE AZEVEDO BRINGEL, JOSÉ ANTONIO
DIAS TOFFOLI
PROJETO DE LEI N.º 6.943, DE 2017
(Do Sr. Major Olimpio)
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.901/09, para tornar obrigatória a
manutenção de brigada profissional, composta por bombeiro civil, nos
estabelecimentos que específica.
Art. 2º A Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, passa a vigorar
acrescida do seguinte art. 10-A:
“Art. 10-A É obrigatória a contratação de brigada profissional, composta
por bombeiros civis, para atuação nas seguintes edificações, observadas as
legislações dos estados, do Distrito Federal e dos municípios:
I- Shopping Center
II- Hipermercado
III- Hotel
IV- Terminal de transporte coletivo
V- Templo religioso
VI- Campus universitário
VII- Casa de shows e/ou espetáculos

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VIII- Qualquer estabelecimento de reunião pública educacional ou
eventos em área pública ou privada que receba grande concentração de
pessoas, em número acima de 1.000 (mil) ou com circulação média de 1.500
(mil e quinhentas) pessoas por dia;
IX- Demais edificações ou plantas cuja ocupação ou uso exija a
presença de bombeiro civil, conforme norma expedida pelo Corpo de
Bombeiros Militar do respectivo estado ou do Distrito Federal.” Art. 3º Esta lei
entra em vigor na data da sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
No dia 27 de janeiro de 2013, ocorreu uma tragédia que gerou uma
comoção nacional, onde na boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio
Grande do Sul, houve uma festa denominada "Agromerados", organizada por
alunos de seis cursos universitários da Universidade Federal de Santa Maria.
Durante a apresentação da segunda atração da noite, o vocalista da
banda Gurizada Fandangueira acendeu um sinalizador no palco.
O artefato, só deveria ser utilizado em ambiente externo, já que suas
faíscas alcançam 4 metros de altura. Ao ser acionado em cima do palco, suas
faíscas atingiram o teto e incendiaram a espuma de isolamento acústico, que
não tinha proteção contra o fogo.
Em menos de 3 minutos, a fumaça tóxica já havia se espalhado pela
boate.
Esse incidente gerou 242 vítimas fatais, feriu outras 680 e nos levou a
refletir em uma melhor forma de fiscalização e demais medidas preventivas
para evitar que tragédias como essa voltem a ocorrer no Brasil.
DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011.
Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e
áreas de risco no Estado de São Paulo e estabelece outras providências.
Artigo 2º – Os objetivos deste Regulamento são:
I – proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em
caso de incêndio;
II – dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio
ambiente e ao patrimônio;
III – proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
IV – dar condições de acesso para as operações do Corpo de
Bombeiros;

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V – proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de
risco
Artigo 3º – Para efeito deste Regulamento são adotadas as definições
abaixo descritas:
I – Altura da Edificação: a. para fins de exigências das medidas de
segurança contra incêndio, é a medida em metros do piso mais baixo ocupado
ao piso do último pavimento; b. para fins de saída de emergência, é a medida
em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso
do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente.
II – Ampliação: é o aumento da área construída da edificação;
III – Análise: é o ato de verificação das exigências das medidas de
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco, no processo de
segurança contra incêndio;
IV – Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos
consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura;
V – Área da Edificação: é o somatório da área a construir e da área
construída de uma edificação;
VI – Áreas de Risco: é o ambiente externo à edificação que contém
armazenamento de produtos inflamáveis ou combustíveis, instalações elétricas
ou de gás, e similares;
VII – Ático: é a parte do volume superior de uma edificação, destinada a
abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação
vertical; VIII – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento
emitido pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
(CBPMESP) certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as
condições de segurança contra incêndio, previstas pela legislação e constantes
no processo, estabelecendo um período de revalidação;
LEI Nº 15.180, DE 23 DE OUTUBRO DE 2013
Obriga os estabelecimentos civis destinados à formação de bombeiro
civil a obter prévia habilitação pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Estado de São Paulo
Artigo 1º - O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
Paulo será o órgão responsável por promover o credenciamento de
estabelecimentos civis destinados à formação do Bombeiro Civil.

18
Artigo 2º - O credenciamento de instrutores e avaliadores também é de
responsabilidade do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado,
mediante prévia avaliação.
Artigo 3º - As condições de credenciamento, o período de validade e os
casos de cassação do credenciamento serão regulamentados pelo Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado.
LEI Nº 16.312, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2015
PROJETO DE LEI Nº 494/12, DO VEREADOR ELISEU GABRIEL – PSB
Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção de uma brigada
profissional, composta por bombeiros civis.
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Município de São Paulo, a
obrigatoriedade de manutenção de equipes de brigada profissional, composta
por bombeiro civil, nos estabelecimentos que esta lei menciona.
Art. 2º Os estabelecimentos a que se refere o art. 1º são:
I - shopping center;
II - casa de shows e espetáculos;
III - hipermercado;
IV - grandes lojas de departamentos;
V - campus universitário;
VI - qualquer estabelecimento de reunião pública educacional ou
eventos em área pública ou privada que receba grande concentração de
pessoas, em número acima de 1.000 (mil) ou com circulação média de 1.500
(mil e quinhentas) pessoas por dia;
VII - demais edificações ou plantas cuja ocupação ou uso exija a
presença de bombeiro civil, conforme Legislação Estadual de Proteção contra
Incêndios do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
São Paulo.
§ 1º Para os fins do disposto nesta lei, considera-se:
I - shopping Center: empreendimento empresarial, com reunião de lojas
comerciais, restaurantes, cinemas, em um só conjunto arquitetônico;
II - casa de shows e espetáculos: empreendimento destinado à
realização de shows artísticos e/ou apresentação de peças teatrais e de
reuniões públicas, em local cuja capacidade de lotação seja igual ou superior a
500 (quinhentas) pessoas;

19
III - hipermercado: supermercado grande, que, além dos produtos
tradicionais, venda outros como eletrodomésticos e roupas;
§ 2º No caso de hipermercados ou de outro estabelecimento
mencionado nesta lei que seja associado a shopping Center, a unidade de
combate a incêndio poderá ser única, atendendo o shopping Center e o
estabelecimento associado.
Art. 4º No caso de descumprimento aos termos desta lei, o
estabelecimento estará sujeito à multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 17 de novembro de
2015, 462º da fundação de São Paulo.
FERNANDO HADDAD, PREFEITO.
WEBER SUTTI, Secretário do Governo Municipal - Substituto.
Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 17 de novembro de
2015.

Decreto nº 63.058, de 12 de dezembro de 2017.


Regulamenta o Sistema de Atendimento de Emergências no Estado de
São Paulo e dispõe sobre o serviço de atendimento de incêndios, desastres e
outras emergências, nos termos da Lei Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro
de 2015.
Artigo 1º - Este decreto regulamenta o Sistema de Atendimento de
Emergências no Estado de São Paulo e dispõe sobre o serviço de atendimento
de incêndios, desastres e outras emergências, nos termos da Lei
Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro de 2015.
Artigo 8º - A composição do efetivo, a fixação das instalações físicas e,
nos municípios com população acima de 25.000 habitantes, a utilização de
bombeiros públicos voluntários, serão estabelecidas em ato normativo
expedido pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
ouvido o Comandante do CBPMESP.

20
COMPORTAMENTO DE FOGO

DEFINIÇÃO

 Fogo/Combustão: é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com


liberação de luz, calor, fumaça e gases.

Para efeito didático, adota-se o Tetraedro (quatro faces) para exemplificar e


explicar a combustão, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos essenciais da
combustão.

 Os quatro elementos essenciais do fogo são:

 Calor,
 Combustível,
 Comburente,
 Reação em cadeia.

 Tetraedro do fogo

O tetraedro do fogo é uma forma figurativa de representa os elementos que


compõe na formação química do fogo.

21
CALOR

Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra


energia, através de processo físico ou químico.

O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia, quais sejam:

 Energia química – a quantidade de calor gerado pelo processo da combustão.


 Energia elétrica – o calor gerado pela passagem de eletricidade através de um
condutor.
 Energia mecânica – o calor gerado pelo atrito de dois corpos.
 Energia nuclear – o calor gerado pela quebra ou fusão de átomos.

Efeitos do Calor

O calor é uma forma de energia que produz efeitos físicos e químicos nos corpos e
efeitos fisiológicos nos seres vivos. Em conseqüência do aumento de intensidade do
calor, os corpos apresentarão sucessivas modificações, inicialmente físicas e depois
químicas.
 Elevação da Temperatura

Este fenômeno se desenvolve com maior rapidez nos corpos considerados bons
condutores de calor, como os metais, e, mais vagarosamente nos corpos tidos como
maus condutores de calor, como por exemplo, o amianto.
 Aumento de Volume

Todos os corpos: sólidos, líquidos e gasosos, se dilatam e se contraem conforme o


aumento ou diminuição da temperatura.
 Mudança do estado físico da matéria

Com o aumento do calor, os corpos tendem a mudar seu estado físico: alguns
sólidos transformam-se em líquidos (liquefação), líquidos se transformam em gases
(gaseificação) e há sólidos que se transformam diretamente em gases (sublimação).
 Mudança do estado químico da matéria

Mudança química é aquela em que ocorre a transformação de uma substância em


outra. A madeira, quando aquecida, não libera moléculas de madeira em forma de

22
gases, e sim outros gases, diferentes, em sua composição, das moléculas originais de
madeira.
 Efeitos fisiológicos do calor

Efeitos fisiológicos causados pelo calor incluem desidratação, insolação, fadiga e


problemas para o aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos casos mais
graves (1º, 2º, 3º graus) podem levar até a morte.
Formas de propagação do calor

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e


irradiação.
Condução
Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a
molécula. Ex.: a extremidade de uma barra de ferro próxima de uma fonte de calor, o
calor será conduzido ao longo da barra para a extremidade fria.
Convecção
É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases
aquecidos. Ex.: Em incêndios de edifícios, essa é a principal forma de propagação de
calor para andares superiores, quando os gases aquecidos encontram caminho
através de escadas, poços de elevadores, etc.

IRRADIAÇÃO

É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam


através do espaço. As ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a
intensidade com que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão
mais próximos ou mais afastados da fonte de calor.

Pontos de temperatura

Ponto de fulgor: À medida que o material vai sendo aquecido, chega-se a uma
temperatura em que o material começa a liberar vapores, que se incendeiam se
houver uma fonte externa de calor, porém as chamas não se mantêm devido à
pequena quantidade de vapores (FLASH).

Ponto de combustão: Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma


temperatura em que os gases desprendidos do material, ao entrarem em contato com
uma fonte externa de calor, iniciam a combustão, e continuam a queimar sem o auxílio
daquela fonte.

23
Ponto de ignição: Continuando o aquecimento, atinge-se um ponto no qual o
combustível, exposto ao ar, entra em combustão sem que haja fonte externa de calor.

COMBUSTÍVEL

É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Os combustíveis


podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.

Combustíveis sólidos

A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem


com o oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro transformam-
se em líquidos, e posteriormente em gases, para então se queimarem.

Combustíveis líquidos

Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que dificultam a


extinção do calor, aumentando o perigo para os bombeiros. Os líquidos assumem a
forma de recipiente que os contém. Se derramados, os líquidos tomam a forma do
piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas.

A votabilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, quanto


mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo explosão.
Chamamos de voláteis os líquidos que liberam vapores a temperaturas menores que
20ºC.
Combustíveis gasosos
Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o
recipiente em que estão contidos. Para o gás queimar, há necessidade de que esteja
em uma mistura ideal com o ar atmosférico e, portanto, se estiver numa concentração
fora de determinados limites, não queimará. Cada gás, ou vapor, tem seus limites
próprios. Por exemplo, se num ambiente há menos de 1,4% ou mais de 7,6% de vapor
de gasolina, não haverá combustão, pois a concentração de vapor de gasolina nesse
local está fora do que se chama de mistura ideal, ou limites de inflamabilidade, isto é,
ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de inflamabilidade.

COMBURENTE

É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais


comum é que o oxigênio desempenhe esse papel.

24
A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros
gases. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que
8%, não há combustão.

REAÇÃO EM CADEIA

A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas


atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam
com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando
um ciclo constante.

FASES DO FOGO

O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de


desenvolvimento.

Fase inicial

Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente


reduzido e o fogo está produzindo vapor d'água (H 2O), dióxido de carbono (CO2) e
outros gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos
combustíveis, e a temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do
normal.

Queima livre

Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo
efeito da convecção, isto é, o ar quente "sobe" e sai do ambiente. Isto força a entrada
de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. Os gases aquecidos
espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a
permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos
níveis mais altos do ambiente.

 "FLASHOVER

Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do


ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição,
simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante desses produtos, o
que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda a área envolvida pelas
chamas.

25
Queima lenta

Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um
ponto onde o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as
chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa
de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-
se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Esse calor
intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores
combustíveis.

 Backdraft

Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque


não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre
permanece, e as partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases
inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente
assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, esse ambiente
explodirá.

FORMAS DE COMBUSTÃO

As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em:


completa, incompleta, espontânea e explosão.

Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o


comburente e o combustível; o calor entra no processo para decompor o
combustível. A velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do
oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível.

Combustão completa

É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente


rico em oxigênio.

Combustão incompleta

É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se


processa em ambiente pobre em oxigênio.

Combustão espontânea

É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais


que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases
26
que podem incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de
calor (materiais com baixo ponto de ignição); outros entram em combustão à
temperatura ambiente (20ºC), como o fósforo branco.

Explosão

É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais


confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar. Combustíveis
líquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem explodir (num
ambiente fechado) na presença de uma fonte de calor.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais


elementos essenciais do fogo.

ISOLAMENTO / RETIRADA
ABAFAMENTO
DE MATERIAIS

RESFRIAMENTO
Retirada do material

É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do


material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo,
interrompendo a alimentação da combustão. Método também denominado "corte" ou
"remoção do suprimento combustível".

Resfriamento

É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material


combustível que está queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de

27
gases e vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande
capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza.

Abafamento

Consiste em diminuir ou impedir o contato do comburente com o material


combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá
fogo. Obs.: Como exceções estão os materiais que tem oxigênio em sua composição e
queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e os
fósforos brancos.

Pode-se abafar o fogo com o uso de materiais diversos, como areia, terra,
cobertores, vapor d'água, espumas, pós, gases especiais, etc.

Quebra da reação em cadeia

Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do


calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a "reação em cadeia"
(extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com os
gases combustíveis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS E MÉTODOS DE EXTINÇÃO


Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos,
bem como a situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar
o agente extintor adequado pata tipo de incêndio específico.

CLASSES DE INCÊNDIO

Assim é identificado o fogo em


materiais sólidos que deixam resíduos,
como madeira, papel, tecido e borracha.

28
Aproxime-se no sentido
do vento e direcione o jato
na base do fogo

Ocorre quando a queima


acontece em líquidos
inflamáveis, graxas e gases

Aproxime-se do foco
do incêndio

Classe de incêndio em
equipamentos elétricos
energizados. A extinção deve
ser feita por agente extintor

Movimente o jato em forma


de leque, atacando a base

Classe de incêndio, que tem


como combustível os metais
pirofóricos, como magnésio,
selênio, antimônio,

No caso de combustível
líquido, evite uma pressão
muito forte, para que não
aumente a área de

29
Classificação do fogo
em óleo e gordura em
cozinhas.

Ao final, assegure-se de
que não houve reignição.

Incêndio classe "E" Material Radioativo nuclear


Urânio, césio, cobalto, rádio e etc.

30
SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

Sistema fixo de alarme de incêndio


Os sistemas fixos de combate a incêndio são destinados a substituir os
extintores de incêndio nos casos em que estes não tenham uma boa finalidade, como
por exemplo, quando o fogo está atingindo grandes proporções.
Outra vantagem dos sistemas fixos é que em alguns casos podem ser
acionados automaticamente, propiciando assim um início de combate mais rápido.
Contudo, se torna necessário uma equipe de bombeiro profissional civil para a
verificação das condições do incêndio, para operar ou desligar os sistemas fixos após
a extinção, para o manuseio de extintores e hidrantes e para a realização do
abandono dos ocupantes da edificação.
Os sistemas fixos de combate a incêndio podem ser do tipo hidrantes,
chuveiros automáticos, sistemas fixos de espumas, sistema inundação por gás,
sistemas fixos de CO2, entre outros sistemas que podem ser projetados para combate
a incêndios em produtos específicos.
A instalação de sistemas fixos de combate a incêndios não pode substituir
totalmente a utilização dos extintores, isto é, independente do tipo de sistema fixo
projetado, deve-se também prever a instalação dos extintores corretos.
(CBPMESP, 2001).
Para implantação de sistema fixo de incêndio são utilizadas como requisito
mínimo para proteção passiva e/ou ativa as instruções técnicas (IT), que trazem quais
os requisitos para implantação de um sistema de segurança contra incêndio.

“Estabelecer as exigências para as instalações de sistema fixo de gases


para combate a incêndio, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº
56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas
de risco do Estado de São Paulo”.
IT26
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a locais cujo emprego de água, de
imediato, ou outros agentes extintores, é desaconselhável em virtude de riscos
decorrentes de sua utilização ou para aqueles locais cujo valor agregado dos objetos
ou equipamentos é elevado.

NBR 12232/2005 – Execução de sistemas fixos automáticos de proteção


contra incêndio com gás carbônico (CO2) por inundação total para
transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante.
NFPA 12 – Standard on carbon dioxide extinguinshing systems.

31
NFPA 2001 – Standard on clean agent fire extinguishing systems.
Gases limpos: agentes extintores na forma de gás que não degradam a
natureza e não afetam a camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus condutores
de eletricidade e não corrosivos.
Dividem-se em compostos halogenados e mistura de gases inertes.
Quando utilizado na sua concentração de extinção, permite a respiração
humana com segurança.
O CO2 não é considerado gás limpo por sua ação asfixiante na concentração
de extinção.
Compostos halogenados: agentes que contém, como componentes
primários, uma ou mais misturas orgânicas que, por sua vez, contenham um ou mais
dos seguintes elementos: flúor, cloro, bromo ou iodo;
Mistura de gases inertes: agentes que contenham, como componentes
primários, um ou mais dos seguintes gases: hélio, neônio, argônio ou nitrogênio. São
misturas de gases que também contém dióxido de carbono (CO 2) como componente
secundário.
Sistema de inundação total: sistema desenhado para aplicação do agente
extintor no ambiente onde está o incêndio, de forma que a atmosfera obtida impeça o
desenvolvimento e manutenção do fogo.
Sistema de aplicação local: sistema desenhado para aplicação do agente
extintor diretamente sobre o material em chamas.
Área normalmente ocupada: área onde a ocupação humana é frequente ou
cuja destinação previu presença humana.
Área não destinada à ocupação: área cuja destinação não previu presença
humana.
Concentração de projeto: porção de agente extintor na mistura ar e agente,
considerando o volume do ambiente protegido pelo sistema de inundação total,
expressa em porcentagem do volume total.
Nível onde não se observam efeitos adversos (NOAEL): nível mais alto de
concentração de agente extintor onde não se observam efeitos toxicológicos ou
fisiológicos adversos ao ser humano.
Nível mais baixo onde se observam efeitos adversos (LOAEL): nível mais
baixo de concentração de agente extintor onde são observados efeitos toxicológicos e
fisiológicos adversos ao ser humano.
Para definir um serviço de qualidade, o sistema de detecção e alarme de
incêndio deve partir de um planejamento e análise prévia, que, ao serem realizados
por técnicos e profissionais, são desenvolvidos com base na estrutura do local,
pontuando as maiores necessidades e itens essenciais para uma reação em cadeia

32
que alarme os transeuntes e trabalhadores ao mesmo tempo em que aciona
dispositivos de controle das chamas.
Essas composições do sistema de detecção e alarme de incêndio são
basicamente estabelecidas com a presença de detectores de fumaça ou de mudança
na temperatura, sirenes de aviso sonoro ou luminoso e softwares de transmissão que
avisem o sistema de monitoramento sobre a possibilidade do incidente.
A partir do sistema de detecção e alarme de incêndio outros mecanismos são
ativados para que não haja o espalhamento das chamas, como a ação dos sprinklers
ou mesmo atitudes manuais de acionamento de extintores.
O sistema fixo de combate a incêndio por espuma consiste de forma mais
básica na utilização de tubulações responsáveis pela condução da LGE (líquido
gerador de espuma ou solução de concentrado de espuma) como também água, até
os bicos aerados, que, por sua vez, promovem a oxigenação da solução.
A extinção do incêndio ocorrerá principalmente por dois fatores quando da
utilização do sistema fixo de combate a incêndio por espuma:
A espuma passa a formar uma camada sobre o combustível em forma líquida,
tirando-o do contato com o ar, fazendo, portanto, um tipo de isolamento. Este vem a
ser o principal fator da extinção do incêndio.
Acontece quando a espuma, que é formada na maior parte pela água, passa a
atuar de forma secundária fazendo o resfriamento do combustível.
No sistema fixo de combate a incêndio por espuma a formação da espuma se
dá por meio da mistura do concentrado ou Líquido Gerador de Espuma (RGE), de ar e
de água, por meio de equipamentos específicos para esta tarefa, chamados de
proporcionadores.
A densidade da espuma aplicada por cada m² implicará no dimensionamento e
variação do sistema fixo de combate a incêndio por espuma, Além dos equipamentos
aplicadores da solução, que são: canhões monitores, esguichos manuais, bicos
aspersores, câmara de espumas, entre outros.
O sistema fixo de combate a incêndio por espuma pode ser interligado
diretamente aos dispositivos detectores e alarme, o que proporciona uma atuação
automatizada.
O sistema fixo de combate a incêndio por espuma tem seu campo de utilização
bastante amplo, entre alguns tipos de locais podem ser indicados:
 Parques de tanques de combustível;
 Cabines de pintura;
 Hangares de aviões;
 Usinas sucroalcooleiras;
 Áreas onde ocorrem transferências de líquidos inflamáveis.

33
O sistema compõe-se da instalação de detectores de fumaça e/ou de temperatura,
distribuídos estrategicamente nas áreas protegidas, que realizam a supervisão
automática do ambiente e identificam a presença de fumaça e calor.
Os equipamentos de detecção e alarme de incêndio são interligados a central de
detecção que receberá as sinalizações provenientes dos detectores e as processará,
acionando os alarmes sonoros e visuais, demais equipamentos periféricos. Os
sistemas de detecção e alarme de incêndio podem ser:

SISTEMA CONVENCIONAL: São utilizados em


áreas onde os detectores convencionais são
sinalizados nas centrais de alarmes por zonas
e/ou setores.

SISTEMA ANALÓGICO ENDEREÇÁVEL: São utilizados


normalmente em grandes instalações, onde cada uma das
áreas protegidas e os respectivos detectores instalados
são sinalizados individualmente nas centrais de detecção
analógicas, identificando o local exato do foco de
incêndio. As centrais de detecção analógicas permitem a
configuração do nível de sensibilidade dos detectores,
indica os níveis de acumulo de poeira nos detectores para
sua manutenção e limpeza, são providas de saídas de
comunicação RS485 e protocolos abertos para
comunicação com sistemas de supervisão e também
podem ser integrados com softwares gráficos.

Sistema de detecção para combate de incêndio por gás: O sistema de


detecção de incêndio para combate por gás pode ser convencional, endereçável ou
analógico, onde a central de detecção e alarme de incêndio receberá as sinalizações
provenientes dos detectores e as processará, acionando os alarmes sonoros, visuais e
demais periféricos, realizando o desligamento das máquinas de ar condicionado,
fechamento de dampers corta fogo e acionamento automático do sistema de gás.

34
A filosofia de funcionamento do sistema é do tipo laço cruzado, ou seja, a
descarga de gás só ocorrerá quando dois ou mais detectores da mesma área forem
acionados, evitando-se desta maneira a descarga acidental do gás em caso de
eventuais alarmes falsos.
Os sistemas de incêndio com agentes
limpos são os que utilizam os gases FM-200,
NOVEC 1230, HFC-227, FE-25 e CO2, em
sistemas especialmente projetados para a
extinção de incêndio em locais nos quais não se
pode utilizar a água.
Hoje, o sistema de incêndio com agentes limpos tem a preferência mundial
para a supressão de incêndios em ambientes críticos, como Data Centers, Centrais de
Telefonia, salas de controle e automatização prediais industriais e comerciais e outros
locais nos quais um agente extintor "sujo" ou a água irão causar danos que paralisarão
as atividades e prejuízos bem superiores aos causados pelo fogo.
Outra vantagem dos sistemas de incêndio com agentes limpos é que a
atividade no local em que ocorreu o incêndio pode ser retomada em poucas horas
após a extinção, pois esses agentes limpos não causam danos a equipamentos e
materiais.
Os sistemas de incêndio com agentes limpos combatem o fogo das classes A,
B e C e, com exceção do CO2, são totalmente inofensivos para as pessoas que estão
no local do disparo, pois não retiram o oxigênio do ambiente e atua sobre o fogo por
uma ação física resfriando rapidamente as chamas e por uma reação química sobre
os radicais livres do fogo que realimentam as chamas, extinguindo-as com extrema
rapidez.
O CO2 atua retirando o oxigênio do ambiente e com isso não alimentando as
chamas e extinguindo-as. Mas, não pode haver pessoas no local em que é disparado.

35
AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS
Decreto nº 56.819, de 10 de março de 2011.
Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas
de risco no Estado de São Paulo e dá providências correlatas
Artigo 1º - Este Regulamento dispõe sobre as medidas de segurança contra
incêndio nas edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no artigo 144 § 5º da
Constituição Federal, no artigo 142 da Constituição Estadual, ao disposto na Lei
estadual nº 616, de 17 de dezembro de 1974, na Lei estadual nº 684, de 30 de
setembro de 1975, e no Decreto estadual nº 55.660, de 30 de março de 2010.
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é um documento alvará
emitido e exigido pelo Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo
(CBPME SP) que certifica que a edificação em questão atende a um conjunto de
medidas estruturais, técnicas e organizacionais de prevenção e combate contra
incêndio e pânico.
Pela legislação atual, segundo decreto N 56.819 de 2011 SP, tem-se a
obrigatoriedade de AVCB ou - para alguns casos - Certificado de licença do corpo de
bombeiros (CLCB para todo e qualquer imóvel comercial, industrial, institucional,
prédios, condomínios, clubes, associações, igrejas e prestadores de serviços, ficando
isentas apenas as residências.
O prazo de validade de um AVCB em SP varia de 01 a 05 anos, a depender da
avaliação de risco por parte do CBPME SP ou do corpo de bombeiros do estado em
questão. De uma forma geral, estabelecimentos comerciais com recepção de público
costumam ter prazo de vencimento de 03 anos e condomínios residenciais 05 anos.
Para requerer a renovação do AVCB junto aos Bombeiros deve-se contratar
um serviço de engenharia legalmente habilitado e capacitado para a confecção de um
conjunto de laudos técnicos e ART (anotação de responsabilidade técnica) que
atestem as condições de funcionamento e manutenção das medidas de segurança
contra incêndio instalado e a conformidade com o Projeto de Segurança Contra
Incêndio e Pânico aprovado pelo Corpo de Bombeiros.
Estes laudos e vistorias são de extrema importância para que, no momento da
inspeção feita pelo Corpo de Bombeiros, o estabelecimento esteja em conformidade
com as condições exigidas.
A julgar pelo porte e tipo de estabelecimento, serão exigidos no processo de
emissão de AVCB documentos a serem emitidos por engenheiros habilitados:
 Projeto Técnico,
"Projeto Técnico" é o nome designado pelo Corpo de Bombeiros de SP para o
conjunto de documentos e procedimentos tomados na emissão do AVCB. Existem
dois tipos de projetos: Projeto Técnico (PT) e Projeto Técnico Simplificado (PTS).

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O Projeto Técnico Simplificado (PTS) é aplicado em AVCB para imóveis com área
menor que 750m2 e com até 3 pavimentos, este tipo de licença pode ser obtida com
exigência de menor quantidade de laudos técnicos.
 Formulário de proteção contra incêndio,
 Laudos, atestados e ARTs diversos (Formação de Brigada de Incêndio,
Proteção, prevenção e combate a incêndio, GLP - Gás Liquefeito de Petróleo
ou Gás Natural, Abrangência do GMG - Grupo Moto Gerador, Instalações
elétricas, Para-raios - SPDA, Controle de materiais de acabamentos e
revestimentos - CMAR, Estanquiedade, entre outros).
Em que casos não são obrigatórios o a.v.c.b / c.l.c.b.
 Residências exclusivamente uni familiares;
 Residência exclusivamente uni familiares localizadas no pavimento superior de
ocupação mista, com até dois pavimentos e que possuam acessos
independentes.
Quando existirem ocupações mistas que não sejam separadas por
compartimentação, aplicam-se as exigências da ocupação de maior risco.
Caso haja compartimentação aplicam-se as exigências de cada risco especifico.
Certificado de licença do corpo de bombeiros (CLCB) é o documento emitido pelo
corpo de bombeiros da policia militar do estado de são Paulo (CBPMESP), certificando
que a edificação foi enquadrada com sendo de baixo potencial de risco à vida ou ao
patrimônio e concluiu com êxito o processo de segurança contra incêndio para
regularização junto ao corpo de bombeiros.
O CLCB possui a mesma eficácia do AVCB - CLCB para fins de comprovação de
regularização da edificação perante outros órgãos.

Solicitação de CLCB para:

A) - Edificação térrea;
B) - Não comercializar GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);
C) - Se houver utilização de GLP, possuir no máximo 90 Kg de gás;
D) - Não possuir qualquer outro tipo de gás inflamável em tanque ou cilindro;
E) - Armazenar no máximo 250L de liquido inflamável ou combustível.
F) - Declaração do Proprietário ou Responsável pelo uso da edificação; e
G) - Anotação de responsabilidade técnica (ART), quando exigidos.

O sistema compõe-se da instalação de detectores de fumaça e/ou de


temperatura, distribuídos estrategicamente nas áreas protegidas, que realizam a
supervisão automática do ambiente e identificam a presença de fumaça e calor.
Os equipamentos de detecção e alarme de incêndio são interligados a central
de detecção que receberá as sinalizações provenientes dos detectores e as
37
processará, acionando os alarmes sonoros e visuais, demais equipamentos
periféricos. Os sistemas de detecção e alarme de incêndio podem ser:

SISTEMA CONVENCIONAL: São utilizados em


áreas onde os detectores convencionais são
sinalizados nas centrais de alarmes por zonas e/ou
setores.

SISTEMA ANALÓGICO ENDEREÇÁVEL: São utilizados


normalmente em grandes instalações, onde cada uma das
áreas protegidas e os respectivos detectores instalados são
sinalizados individualmente nas centrais de detecção
analógicas, identificando o local exato do foco de incêndio.
As centrais de detecção analógicas permitem a
configuração do nível de sensibilidade dos detectores,
indica os níveis de acumulo de poeira nos detectores para
sua manutenção e limpeza, são providas de saídas de
comunicação RS485 e protocolos abertos para
comunicação com sistemas de supervisão e também podem
ser integrados com softwares gráficos.

Sistema de detecção para combate de incêndio por gás: O sistema de


detecção de incêndio para combate por gás pode ser convencional, endereçável ou
analógico, onde a central de detecção e alarme de incêndio receberá as sinalizações
provenientes dos detectores e as processará, acionando os alarmes sonoros, visuais e
demais periféricos, realizando o desligamento das máquinas de ar condicionado,
fechamento de dampers corta fogo e acionamento automático do sistema de gás.
A filosofia de funcionamento do sistema é
do tipo laço cruzado, ou seja, a descarga de gás
só ocorrerá quando dois ou mais detectores da
mesma área forem acionados, evitando-se desta
maneira a descarga acidental do gás em caso de
eventuais alarmes falsos.

38
PLANO DE ABANDONO

BASE LEGAL
• Lei 6.514/77
• Portaria 3214/78
• NR 23
• Decreto Estadual 46076/01
• Orientação Normativa G-01 da Secretaria Municipal da Habitação
• NBR 14276/99
• Instrução Técnica Nº 17 do CBESP

IMPORTANTE
Todos os empresários ou empregados que exerce cargo de chefia, liderança ou de
segurança, tem sob sua responsabilidade “prioritariamente” a vida humana.

TEMPO DE EVACUAÇÃO:

• Tempo de Reação do Brigadista..................................12 Seg


• Tempo para organização da fila ..................................20 Seg
• Tempo para alcançar a Porta de Saída ......................12 Seg
• Tempo de descida por andar.......................................30 Seg
• Tempo da saída da primeira pessoa........................... 44 Seg
• Tempo da saída da última pessoa................10 Min e 44 Seg
• Tempo total com interrupção de fluxo...........12 Min e 44 Seg
OBJETIVOS:
• Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira ordeira;
• Resgatar Pessoas Vitimadas, e prestar Primeiros Socorros;
• Extinguir Princípios de Incêndios e fazer voltar a normalidade dentro do
menor tempo possível;
Atribuições:
O responsável pelo Plano de Evacuação de Área ou Abandono deverá
decidir;
Quando acionar os Brigadistas do Setor Específico
Quando acionar os Brigadistas de toda a Edificação
Quando acionar o Plano de Evacuação
Atribuições prévias a ser passada aos brigadistas:

39
• Conhecer todo o seu andar de trabalho;
• Conhecer o número de ocupantes;
• Saber onde e como se desliga a corrente elétrica;
• Saber onde e como se desliga a corrente elétrica do seu setor;
• Seguir corretamente os treinamentos e fazei-os cumprir;
• Certificar-se de que todos saíram, na dúvida, comunicar-se imediatamente com
o líder da emergência;
• Prevenir incêndio na Edificação, realizando inspeções periódicas nos locais
que propiciem condições que poderão dar início a um incêndio (fiação elétrica,
exposição de combustíveis, manuseio incorreto de máquinas e equipamentos,
hábitos descuidados de fumar etc...).
• Conhecer os riscos de incêndio da edificação e inspecioná-los;
• Propor medidas de segurança contra incêndios;
• Inspecionar os equipamentos de combate a incêndio do seu setor diariamente;
• Conhecer as vias de fuga do seu setor e da edificação;
• Conhecer os locais de acionamento do sistema de alarme e o princípio de
funcionamento;
• Conhecer todas as instalações da Edificação;
• Atender imediatamente a qualquer chamado de emergência;
• Agir de maneira rápida, enérgica e convincente em situações de emergência;
• Esclarecer todas as pessoas do seu setor sobre os procedimentos gerais, que
deverão ser informados através de folhetos e cartazes distribuídos pela
edificação, esclarecendo possíveis dúvidas;
• Manter contato constante com todos os brigadistas e principalmente com o
líder;
• Informar todas as pessoas responsáveis pela empresa e ou edificação, sobre a
situação do sinistro com documentos disponíveis.
ATRIBUIÇÕES DO GRUPO DE EVACUAÇÃO:
VANGUARDA: Se posta em um ponto estratégico, de frente para o público
alvo e determina que todos formem uma fila, controla e fiscaliza a fila.
RETAGUARDA: Se dirige até as pessoas e as orienta para que entrem na fila
até o momento em que todas as pessoas que estiverem em seu ângulo de visão
estarem na fila; em seguida se posta no final da fila e determina que o vanguarda se
vire para frente e inicie a evacuação pela porta de emergência mais próxima ou mais
favorável, conduzindo todos ao ponto de encontro previamente determinado.
INSPETOR: Inspeciona todos os locais do seu setor com o objetivo de resgatar
pessoas que estejam com dificuldades, orientando-as para deixarem a edificação e

40
conduzindo-as até qualquer uma das filas, se possível na fila do seu setor. Caso todas
as filas já tenham deixado a edificação, ele próprio conduzirá até o ponto de encontro.
FUNCIONÁRIOS:
Funcionários da Edificação: Deverão seguir as ordens do grupo de evacuação
com o objetivo de deixar as pessoas saírem; redobrar sua atenção para possíveis
furtos e saques, sem, contudo esquecer o perigo que a edificação está sujeita e
impedir a entrada de curiosos e de pessoas não autorizadas.
Funcionário da Edificação não Envolvido: Os funcionários não envolvidos
diretamente no plano de evacuação deverão:
Conhecer o roteiro desde a portaria em caso de incêndio através de panfletos
instrutivos as orientações da brigada contra incêndio e do grupo de evacuação.
LOCAL DE ENCONTRO
O Ponto de Encontro será definido pelos responsáveis do grupo da evacuação,
procurando um local que guarde distância de segurança e principalmente atentar para
possibilidade de quedas ou desabamento de materiais da estrutura.
OBS: Todos os envolvidos deverão redobrar a atenção para com as pessoas que
tenham dificuldades de acompanhar o ritmo de saída das filas. (deficientes físicos,
idosos, crianças de colo, gestantes, etc..)
TODOS OS ENVOLVIDOS TÊM QUE TRANSMITIR SEGURANÇA,
CALMA E AGILIDADE EM SUAS AÇÕES.
 Ritmo dos passos será de caminhada rápida.
A BRIGADA CONTRA INCÊNDIO DEVERÁ:
 Verificar as possibilidades de extinção, caso seja possível, seguir os preceitos
que determina a estratégia de combate a incêndio. Entretanto, se com os seus
meios humanos e materiais julgar que não é possível, acionar o sistema de
alarme e solicitar socorro externo através do fone 193 (Corpo de Bombeiros),
se necessário.
 Prestar os Primeiros Socorros às possíveis vítimas e providenciar sua remoção
para o hospital de referência (Pronto Socorro ERSA).
 Comunicar-se com os seus encarregados sobre o sinistro e externamente com
os socorros que julgue necessário, Corpo de Bombeiros (193), Polícia, Elektro,
Hospitais etc...).
 Estar atento quanto a possíveis saques, protegendo, desta forma, os bens
materiais da empresa.

41
PROCEDIMENTOS GERAIS:
Quando ouvir o alarme de incêndio, todos deverão:
 Desligar máquinas ou qualquer aparelho elétrico que esteja sendo utilizado,
cessando ao mesmo tempo qualquer atividade;
 Seguir “fielmente” as determinações dos brigadistas do seu setor, sobre o
abandono de área;
 Caso esteja recebendo visita no momento da evacuação, fazer com que o visitante
o acompanhe até o ponto de encontro.
 Movimentar-se rapidamente, sem correr;
 Familiarizar-se com as saídas existentes no seu setor de trabalho, com os avisos
de emergência;
 Não usar os elevadores, descendo pelas escadas;
 Não correr;
 Não andar lento demais, impedindo que os outros sigam;
 Não gritar e não fazer barulho desnecessário (Algazarra);
 Não rir e não fumar não parar para tomar cafezinho;
 Não ficar em banheiros ou vestiários;
 Não voltar por motivo algum (esquecer algum pertence);
 Se tiver muita fumaça respirar junto ao chão;
 Manter-se calmo e se possível acalmar os colegas;
 Evitar multidões;
 Antes de abrir uma porta, deverá tocá-la levemente com a mão, se estiver quente
não abrir, e se estiver fria abrir com cuidado;
 Ao passar por uma porta, deverá fechá-la, sem trancar, para retardar o fogo atrás
de você;
 Não carregar objetos que dificultem os movimentos;
 Reunir-se no ponto de encontro e avisar o seu encarregado ou brigadista, pois
estes deverão estar controlando o pessoal.
Conclusão
Todo Brigadista deve conhecer o local onde trabalha, deve também ter
intimidade com os equipamentos de proteção individual de remoção pré-hospitalar,
combate a incêndio e comunicação.
Lembre-se a teoria tem de estar aliada a prática.

42
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS

NR33

Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é
insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.

NR33. 1.1 Esta Norma tem como objetivo


estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação, monitoramento e
controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos
trabalhadores que interagem direta ou
indiretamente nestes espaços.

43
33.2.1 Cabe ao Empregador:

a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;

b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;

c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados,


por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e
salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições
adequadas de trabalho;

e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de


controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;

f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por
escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II
desta NR;

g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde


desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;

44
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que
eles possam atuar em conformidade com esta NR;

i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de


risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e

j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de


cada acesso aos espaços confinados.

33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;

b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; c)


comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e

d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação


aos espaços confinados.

33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

33.3.1 A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada,


implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas
administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços
confinados.

33.3.2 Medidas técnicas de prevenção:

a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas


não autorizadas;

b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;

c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos,


ergonômicos e mecânicos;

d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;

e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos


atmosféricos em espaços confinados;

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f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores,
para verificar se o seu interior é seguro;

g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização


dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço
confinado;

h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os


trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se
as condições de acesso e permanência são seguras;

i) proibir a ventilação com oxigênio puro;

j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e

k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme,


calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de
radiofrequência.

33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de


movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços
confinados;

33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou


possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade - INMETRO.

33.3.2.3 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do


espaço confinado.

33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou


explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte
ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor.

33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação,


soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática,
queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e
outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.

33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada


entrada.

46
33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem
ser observadas, de forma complementar o presente NR, os seguintes atos
normativos: NBR 14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado;
e NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e
Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores.

33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo:


objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências,
preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e
Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de
controle.

33.3.3.4 Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a


Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao
ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação
do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem


ser revistos quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:

a) entrada não autorizada num espaço confinado;

b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;

c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;

d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço


confinado;

e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e

f) identificação de condição de trabalho mais segura.

47
48
33.3.4 Medidas Pessoais

33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços


confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função
que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os
fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de
Saúde Ocupacional - ASO.

33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou


indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos
e medidas de controle, conforme previsto no item.

33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos


trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de
risco.

33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços


confinados de forma individual ou isolada.

33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes


funções:

a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos


na Permissão de Entrada e Trabalho;

c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis


e que os meios para acioná-los estejam operantes;

d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e

e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.

33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.

33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:

a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores


autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da
atividade;
49
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato
permanente com os trabalhadores autorizados;

c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento,


pública ou privada, quando necessário;

d) operar os movimentadores de pessoas; e.


e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum
sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação
não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas,
nem ser substituído por outro Vigia.

33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o
dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;

33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores


que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para
controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho.

33.3.4.10 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida


ou à Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com
a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com
respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.

33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados

33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a


prévia capacitação do trabalhador.

33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de


capacitação sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e

c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos
procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não
sejam adequados.

33.4 Emergência e Salvamento

50
33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de
emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no
mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de


Riscos;

b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem


executadas em caso de emergência;

c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação,


iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de
vítimas;

d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das


medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e

e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes


em espaços confinados.

33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de


salvamento deve possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a
desempenhar.

33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos


os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco. 33.5
Disposições Gerais

33.5.1 O empregador deve garantir que os trabalhadores possam


interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que
suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e
saúde ou a de terceiros.

33.5.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os


contratantes e contratados.

33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em


espaços confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho.

51
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS

Espaço confinado requer planejamento, técnicas


e equipamentos diferenciados para o resgate. A
necessidade de técnicas e conhecimentos mais
complexos difere o resgate em espaço confinado
de outros tipos de ações de salvamento.
Operações de trabalho rotineiras nesses cenários
já são altamente complicadas e, no caso de um
acidente, o resgatista deve estar preparado para
enfrentar um ambiente em condições totalmente
adversas.

A atividade oferece riscos atmosféricos,


físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos, que
podem provocar acidentes graves, incluindo
lesões, amputações de membros e morte dos
trabalhadores e resgatistas.

No espaço confinado, a deficiência do oxigênio pode levar os profissionais a


óbito por asfixia, enquanto que atmosferas ricas em oxigênio alteram a inflamabilidade
de alguns materiais, fazendo com que entrem em ignição mais facilmente e queimem
mais rápido.
Além disso, a formação de contaminantes
pode gerar uma atmosfera Imediatamente
Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS). Intoxicação,
asfixia por gases, como monóxido de carbono e
gás sulfídrico, choque elétrico, queda, colapso
estrutural (desabamento e soterramento) e ataque
de animais ou insetos agressivos são riscos que
preocupam na hora do resgate de vítimas em
ECs.

52
As aberturas limitadas de entrada e saída,
ventilação desfavorável, temperaturas elevadas
ou muito baixas e ruídos e vibrações também são
fatores negativos importantes a serem
considerados no socorro nos ECs. Com tantas
ameaças presentes, nem o uso de todos os
equipamentos disponíveis garante segurança
completa ao resgatista.
Uma equipe de resgate industrial,
previamente preparada, tende a fazer junto aos
profissionais de segurança do trabalho um
levantamento e controle de riscos existentes.
Assim, ela só irá atuar em extrema necessidade e tendo uma ideia precisa dos
riscos e do controle deles.
Há a necessidade de manter a preparação das equipes com equipamento
completo para exploração, principalmente de proteção respiratória, quer seja em
treinamentos e cursos ou simulados.
Assim, uma equipe estará sempre preparada para entrar no local em busca da
vítima e resgatá-la com segurança, inclusive para a equipe de socorro.
Quando do ingresso do resgatista no espaço confinado, um fator fundamental
para a sua segurança está na comunicação, que permite monitorar a condição física e
psicológica dos resgatistas, alertar sobre perigos e manter a coesão e o foco do grupo,
podendo ser o elemento chave para determinar o sucesso ou não da operação.
A comunicação pode ser visual, verbal direta (inviável quando são utilizadas
máscaras faciais), tangível (por puxões de corda ou batidas sonoras), por sistemas
sem fio, via rádio (sujeitos a interferências ou falhas de frequência) e por sistemas com
cabo.
EPIs e EPCs e materiais de resgate mais utilizados

53
RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS

Resgatista de espaços confinados

Além de possuir treinamentos de em local


de difícil acesso ou restrito, o resgatista tem de

54
eliminar e se preparar para o "medo normal" e a
"fobia".

O medo é uma reação psicológica normal em resposta a alguma ameaça ou


perigo, ou a articulação dos mesmos. A fobia que não é uma doença, mas um sintoma
excessivo do medo. Assim o socorrista, deverá estar bem preparado, se examinado
por vários tipos de médicos para uma avaliação se seu estado mental.
Back-up: Outro fator de segurança é o back-up (reserva) que consiste no caso
do resgate em ECs manter uma equipe equipada para entrar na operação e substituir
o(s) resgatista(s) dentro do EC ou mesmo resgatá-los.
Estudos antes do socorro são necessário estudo rápido da planta de local onde
vai entrar, para saber como entrar e sair e outras possibilidades. Preparar os
equipamentos de uso que serão usados fora do local, como bomba e extração de
gazes, bomba para ventilação, tripé, etc. Nesta hora é que a equipe de resgate deverá
estar coesa, pois um dependerá do outro e o que entra, dependerá muito mais.
O socorrista que entrar no EC deverá possuir conhecimentos básicos de
atendimento em Primeiros Socorros, pois não sabe o que irá encontrar e deverá
decidir quais procedimentos deverá adotar no salvamento. Roupas especiais devem
ser adaptadas para cada local confinado, que poderá contar além de gases perigosos,
produtos de radiação ou contaminação química ou biológica.

ENTRADA DE RESGATE:

Planejamento inicial: riscos previamente levantados e estudados, conhecer:


 Antecipadamente a disposição estrutural do EC, seu volume cúbico e outras
particularidades; • Os recursos de primeiros socorros disponíveis;
 Número de trabalhadores no EC e o trabalho que estavam realizando;
 Agentes contaminantes.
Apoio

Riscos em Espaços Confinados (ECs)

1. Riscos Atmosféricos:

 Atmosferas Inflamáveis;
 Atmosfera Pobre em O2;
 Atmosfera Rica em O2.

2. Riscos Físicos:

55
• Elétricos;
• Temperaturas extremas;
• Afogamento, Engolfamento;
• Configuração interna;
• Trânsito.

3. Riscos Químicos:

• Formação ou vazamento de subst. Corrosivas ou tóxicas.

4. Riscos Biológicos:

• Animal (vivo ou morto).

5. Riscos Mecânicos:

• Partes móveis, peças cortantes, etc.

6. Riscos Psicológicos:

• Outras pessoas, emocional do próprio resgatista.

7. Riscos Ergonômicos:

• Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados às reduzidas


dimensões do acesso ao espaço confinado (exigindo contorções do corpo, o
uso das mãos e dificultando o resgate em caso de acidente).

56
OPERAÇÃO DOS TRIPÉS;

1. Remover o TRÍPE de sua mochila de armazenamento.


2. Estender os pés, na posição horizontal, ao comprimento
desejado e travá-los na posição com o pino de engate.
3. Suspender o TRÍPE e espalhar os pés para fora, na distancia
máxima permitida pelo cabeçote ( cabeça do tripé).
4. Remova a corrente ou cinta da mochila e passe através dos
furos dos lados dos pés.
5. Conectar uma extremidade da corrente ou fita com a outra
limitando a abertura dos pés.
6. A corrente deve ser usada neste TRÍPE a menos que os pés
sejam aparafusados para baixo, deixando-o imóvel.
7. Ao içar a carga, deve ser levantada verticalmente e centrada,
dentro do triangulo dado pelos pés, para impedir
desestabilização.
8. Depois que o TRÍPE é posicionado corretamente e antes de
colocar uma pessoa suspensa, verificar se os pinos estão
travados e os pés espalhados e centrados como recomendado.
9. Ao usar o sistema de polias, puxar o ponto de carga sempre
para baixo e na vertical, nunca horizontalmente, pois pode
desestabilizar o TRÍPE, a não ser que esteja estabilizado com
cintas.

57
Dos aparelhos e equipamentos de resgate em Espaços Confinados ou de difícil
acesso. Não devem usar todos os equipamentos de resgate normal. Lanternas devem
ser especiais para evitar explosões com os gases existentes. Cilindros de oxigênio e
de ar devem ser leves (alumínios, por exemplo) e finos, com boa capacidade de
respiração. As máscaras, também especiais, para não embaçarem no seu uso e dar
uma boa respiração correta. Roupas leves e de algodão e ou de proteção ao fogo,
para melhor movimentação nestes locais.
O tripé é produzido obedecendo a padrões internacionais fabricado em liga de
alumínio ou aço garantindo resistência e confiabilidade.
Suas pernas tubulares possuem pontos de regulagem de altura o que o tornam
extremamente versátil. Suas patas e cabeçote são em aço para maior resistência, o
cabeçote possui pontos de ancoragens com orifícios para conexão de mosquetões,
polias e roldanas permitindo acoplar e suportar vitima socorrista(s) e carga.

Glossário:

Abertura de linha: abertura intencional de um duto, tubo, linha, tubulação que está
sendo utilizada ou foi utilizada para transportar materiais tóxicos, inflamáveis,
corrosivos, gás, ou qualquer fluido em pressões ou temperaturas capazes de causar
danos materiais ou pessoais visando a eliminar energias perigosas para o trabalho
seguro em espaços confinados.

Alívio: o mesmo que abertura de linha.

Análise Preliminar de Risco (APR): avaliação inicial dos riscos potenciais, suas
causas, consequências e medidas de controle.

Área Classificada: área potencialmente explosiva ou com risco de explosão.

Atmosfera IPVS: Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde: qualquer


atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à
saúde.

Avaliações iniciais da atmosfera: conjunto de medições preliminares realizadas na


atmosfera do espaço confinado.

Base técnica: conjunto de normas, artigos, livros, procedimentos de segurança de


trabalho, e demais documentos técnicos utilizados para implementar o Sistema de
Permissão de Entrada e Trabalho em espaços confinados.

58
Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como:
pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias
perigosas para trabalho seguro em espaços confinados.

Chama aberta: mistura de gases incandescentes emitindo energia, que é também


denominada chama ou fogo.

Condição IPVS: Qualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou que
possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que
possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a
saída de um espaço confinado.

Contaminantes: gases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do


espaço confinado.

Deficiência de Oxigênio: atmosfera contendo menos de 20,9 % de oxigênio em


volume na pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja
devidamente monitorada e controlada.

Engolfamento: é o envolvimento e a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos


finamente divididos.

Enriquecimento de Oxigênio: atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em


volume.

Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para indicar


que o dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até a sua
remoção.

Faísca: partícula candente gerada no processo de esmerilhamento, polimento, corte


ou solda.

Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: conjunto de


medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e coletivas necessárias
para garantir o trabalho seguro em espaços confinados.

Inertização: deslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um


gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio.

Intrinsecamente Seguro: situação em que o equipamento não pode liberar energia


elétrica ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a
ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de
conformidade do equipamento.

59
Lacre: braçadeira ou outro dispositivo que precise ser rompido para abrir um
equipamento.

Leitura direta: dispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de


contaminantes em tempo real.

Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessárias para


permitir a entrada e o trabalho em espaços confinados em situações peculiares, tais
como trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outras.

Ordem de Bloqueio: ordem de suspensão de operação normal do espaço confinado.

Ordem de Liberação: ordem de reativação de operação normal do espaço confinado.

Oxigênio puro: atmosfera contendo somente oxigênio (100 %).

Permissão de Entrada e Trabalho (PET): documento escrito contendo o conjunto de


medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além de
medidas de emergência e resgate em espaços confinados. Proficiência: competência,
aptidão, capacitação e habilidade aliadas à experiência.

Programa de Proteção Respiratória: conjunto de medidas práticas e administrativas


necessárias para proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso
correto dos respiradores.

Purga: método de limpeza que torna a atmosfera interior do espaço confinado isenta
de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação ou lavagem
com água ou vapor.

Quase acidente: qualquer evento não programado que possa indicar a possibilidade
de ocorrência de acidente.

Responsável Técnico: profissional habilitados para identificar os espaços confinados


existentes na empresa e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas,
pessoais e de emergência e resgate.

Risco Grave e Iminente: Qualquer condição que possa causar acidente de trabalho
ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador.

Riscos psicossociais: influência na saúde mental dos trabalhadores, provocada


pelas tensões da vida diária, pressão do trabalho e outros fatores adversos.

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Salvamento: procedimento operacional padronizado, realizado por equipe com
conhecimento técnico especializado, para resgatar e prestar os primeiros socorros a
trabalhadores em caso de emergência.

Sistema de Permissão de Entrada em Espaços Confinados: procedimento escrito


para preparar uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET).

Supervisor de Entrada: pessoa capacitada para operar a permissão de entrada com


responsabilidade para preencher e assinar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET)
para o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços
confinados.

Trabalhador autorizado: trabalhador capacitado para entrar no espaço confinado,


ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de
controle existentes.

Trava: dispositivo (como chave ou cadeado) utilizado para garantir isolamento de


dispositivos que possam liberar energia elétrica ou mecânica de forma acidental.

Vigia: trabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que é


responsável pelo acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os
trabalhadores.

61
JATOS D'ÁGUA E ESPUMA

JATOS D'ÁGUA
Jato é o formato dado à água ou outro agente extintor, do esguicho ao ponto desejado.
Através da pressão de operação do esguicho e da sua regulagem, o agente extintor
adquire a forma desejada, que é ainda influenciada pela sua velocidade e pelo seu
volume, pela gravidade e pelo atrito com ar.

Através da correta aplicação dos jatos, obtêm-se os seguintes resultados:

 Resfriamento, pela aplicação de água sobre o material em combustão;

 Redução da temperatura atmosférica no ambiente, pela absorção e/ou


dispersão da fumaça e gases aquecidos;

 Abafamento, quando se impede o fornecimento de oxigênio ao fogo;

 Proteção aos bombeiros ou materiais contra o calor, através do jato em forma


de cortina de água;

 Ventilação, através do arrastamento da fumaça (ver o capítulo “ventilação”).

Propriedades Extintoras da Água

A água é capaz de absorver grandes quantidades de calor e quanto maior a


sua fragmentação mais rápida a absorção de calor.
A transformação da água em vapor é outro fator que influencia na extinção de
incêndios. Seu volume aumenta 1.700 vezes, na passagem do estado líquido para o
gasoso. Este grande volume de vapor d’água desloca um volume igual de ar ao redor
do fogo, reduzindo, deste modo, a quantidade de oxigênio disponível para sustentar a
combustão.
Para um melhor entendimento, imaginar um esguicho descarregando 300 lpm
(litros por minuto) de água, em um local com temperatura maior que 100ºC. A essa
temperatura, a água transformar-se á em vapor.
Durante um minuto de operação, 300 litros de água serão vaporizados,
expandindo-se para cerca de 510.000 l (300 x 1.700) de vapor.
Esse vapor é suficiente para ocupar um compartimento medindo 17m de
comprimento por 10m de largura e 3m de altura. Em atmosferas extremamente
aquecidas, o vapor se expande em volumes ainda maiores. Essa expansão é rápida, e
se o local estiver tomado por fumaça e gases, o vapor, ali gerado, expulsará esses
gases.

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Pressão

Pressão é a ação de uma força sobre uma área. Em termos práticos, isto é, no
serviço de bombeiros, a pressão é a força que se aplica na água para esta fluir através
de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma extremidade a outra. É importante
notar que o fluxo em si não caracteriza a pressão, pois se a outra extremidade do tubo
estiver fechada por uma tampa, a água estará “empurrando” a tampa, apesar de não
estar fluindo.

Pressão Dinâmica

É a pressão de descarga, medida na expedição, enquanto a água está fluindo.

Pressão Estática

É a pressão sobre um líquido que não está fluindo, por exemplo, uma
mangueira com esguicho fechado, sendo pressurizada por uma bomba.

A ação da gravidade pode, também, produzir pressão estática. Por exemplo, no


fundo de um tanque haverá pressão, resultante do peso da água sobre a área do
fundo do tanque.

Perda de Carga

A água sob pressão tende a se distribuir em todas as direções, como quando


se enche uma bexiga de borracha com ar. Contudo, as paredes internas de
mangueiras, tubulações, esguichos, etc. impedem a expansão da água em todas as
direções, conduzindo-a numa única direção.

Ao evitar a expansão da água, direcionando-a, as paredes absorvem parte da


força aplicada na água, “roubando” energia. Isto explica por que a força aplicada
diminui de intensidade à medida que a água vai caminhando pelas tubulações. A isto
chamamos perda de carga.

A força da gravidade é outro fator que acarreta perda de carga. Quando a água
é recalcada de um nível inferior para um nível superior, a força da gravidade “puxa” a
água para baixo, o que diminui a pressão. A força da gravidade também poderá ser
utilizada no aumento da pressão, ao se fazer a água fluir de um nível superior para um
nível inferior.

Pressão Residual

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Conhecida como “pressão no esguicho”, é a pressão da bomba de incêndio
menos a perda de carga com a variação de altura.

Golpe de Aríete
Quando o fluxo de água, através de uma tubulação ou mangueira, é
interrompido de súbito, surge uma força resultante que é chamada “golpe de aríete”. A
súbita interrupção do fluxo determina a mudança de sentido da pressão (da bomba ao
esguicho, para do esguicho à bomba), sendo esta instantaneamente multiplicada.
Esse excesso de pressão causa danos aos equipamentos hidráulicos e às
bombas de incêndio.
Os esguichos, hidrantes, válvulas e estranguladores de mangueira devem ser
fechados lentamente, de forma a prevenir e evitar o golpe de aríete.

Tipos de Jatos

No Serviço de Bombeiros, depara-se com situações das mais diversas, cada


qual exigindo a ferramenta adequada para se efetuar um combate apropriado. Sob
este ponto de vista, os jatos são considerados “ferramentas” e, como tal, haverá um
jato para cada propósito que se queira atingir.

Os seguintes tipos de jatos são utilizados nos serviços de bombeiros:


Jato contínuo; Jato chuveiro; Jato neblina.

Jato continuo

Como o próprio nome diz, é o jato em que a água


toma uma forma contínua, não ocorrendo sua
fragmentação. É utilizada quando se deseja maior
alcance e penetração.

Jato Chuveiro
Neste tipo de jato, a água fragmenta-se em
grandes gotas. É usado quando se
pretende pouco alcance. A fragmentação
da água permite absorver maior
quantidade de calor que o jato contínuo.

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Jato Neblina
Os jatos em neblina são gerados por
fragmentação da água em partículas finamente
divididas, através de mecanismos do esguicho.
Em virtude desta fragmentação, a água se
vaporiza mais rapidamente que nos jatos contínuo
e chuveiro, absorvido o calor com maior rapidez.

Esguicho

Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira, destinada a dar


forma e controlar o jato de água.

Tipos de Esguicho
Para produzir o jato desejado, utilizam-se esguichos apropriados. Para isso o
bombeiro deve conhecer as características de cada esguicho.

Esguicho agulheta

É formado por um corpo tronco de


cone, em cuja introdução é
incorporada uma união de engate
rápido e na extremidade oposta,
menor, podem ser adaptadas bocas
móveis de diversos diâmetros,
chamadas requintes.
O orifício de saída deve ser
protegido contra choques que
prejudicarão o seu desempenho.
Este esguicho somente produz jato

Esguicho regulável
Esguicho com dispositivo especial,
capaz de produzir jato contínuo ou jato
chuveiro, controlado pelo próprio
operador, quando este gira a parte móvel
do esguicho.

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Esguicho universal
O esguicho recebe este
nome pelo fato de permitir a
produção de jato contínuo,
jato chuveiro e jato neblina
(quando nele é acoplada
extensão para neblina).

Esguicho canhão
Esguicho constituído de um
corpo tronco de cone
montado sobre uma base
coletora por meio de junta
móvel. É empregado quando
se necessita de jato contínuo
de grande alcance e volume
de água. Também pode estar
montado sobre uma viatura.

Esguicho torre d’água

Esguicho agulheta ou regulável usado em linha de mangueira que acompanha


a extensão de uma escada, formando a torre d’água. Também usado na plataforma
(cesta) da autoplataforma (SK).

Espuma
A espuma é uma das formas de aplicação de água. É constituída por um
aglomerado de bolhas de ar ou gás, formada por solução aquosa. Flutua sobre os
líquidos, devido à sua baixa densidade.
A espuma apaga o fogo por abafamento, mas, devido à presença de água em
sua constituição, age, secundariamente, por resfriamento.

Atuação da Espuma
A espuma atua sobre os líquidos inflamáveis de três formas:

 Isolando o combustível do ar

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A espuma flutua sobre os líquidos, produzindo uma cobertura que impede o
contato com o ar (oxigênio), extinguindo o incêndio por abafamento.

 Resfriando o combustível

A água na espuma, ao drenar, resfria o líquido e, portanto, auxilia na extinção do


fogo.

 Isolando os gases inflamáveis

Os líquidos podem liberar vapores inflamáveis. A espuma impede a passagem


desses vapores, evitando incêndios.

Formação da Espuma

A espuma pode ser formada por reação química ou processo mecânico, daí as
denominações espuma químico ou espuma mecânica.

 Espuma química

É formada pela reação do bicar-bonato de sódio e sulfato de alumínio.


Devido às desvantagens que apresenta, vem se tornando obsoleta, uma vez que a
espuma mecânica é mais econômica, mais eficiente e de fácil utilização na proteção e
combate ao fogo.

 Espuma mecânica

É formado pela mistura de água, líquido gerador de espuma (ou extrato formador
de espuma) e ar.
O líquido gerador de espuma é adicionado à água através de um aparelho
(proporcionado), formando a pré-mistura (água e LGE). Ao passar pelo esguicho, a
pré-mistura sofre batimento e o ar é, dessa forma, a ela acrescentado, formando a
espuma. As características do extrato definirão sua proporção na pré-mistura (de 1%
até 6%)

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A espuma mecânica é classificada, de acordo com sua taxa de expansão, em
três categorias.

Baixa expansão: quando um 1 litro de pré-mistura


produz até 20 litros de espuma (espuma pesada);

Média expansão: quando 1 litro de pré-mistura


produz de 20 a 200 litros de espuma (espuma média);

Alta expansão: quando 1 litro de pré-


mistura produz de 200 a 1.000 litros de espuma
(espuma leve).

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Líquido Gerador de Espuma (LGE)

É classificado, conforme sua composição química, em proteínico ou sintético.

 LGE proteínico (ou proteico): É produzido a partir de proteínas animais e


vegetais, às quais são adicionados (dependendo do tipo de extrato) outros
produtos. A partir desta mistura, são obtidos os vários tipos de extratos:
 Proteínico comum: é utilizado em combate a incêndio envolvendo líquidos
combustíveis que não se misturam com água (líquidos não polares). Possui
razoável resistência a temperaturas elevadas e propor-ciona boa cobertura.
Não se presta ao combate a incêndio em solventes polares (álcool, acetona)
porque é dissolvido por eles. Solventes polares são aqueles que se misturam
com a água, conseqüentemente, destruindo a espuma;
 Flúor proteínico: é derivado do proteínico comum, ao qual foi acrescentado um
aditivo fluorado, que o torna mais resistente ao fogo e à reignição, além de dar
maior fluidez à espuma. Proporciona uma extinção bem mais rápida do fogo
que o LGE proteínico comum. Também não deve ser utilizado no combate a
incêndios envolvendo solventes polares;
 Proteínico resistente a solventes polares: é obtido a partir de proteínas que são
misturadas a produtos especiais que aumentam a estabilidade da espuma
contra solventes polares. Pode ser usado tanto em incêndios em líquidos
polares como não polares. Por este motivo é chamado de “polivalente”.

Todos os LGE proteínicos somente se prestam a produzir espuma de baixa expansão.


 LGE sintético: É produzido a partir de substâncias sintéticas.

As espumas sintéticas dividem-se nos tipos: comum, “água molhada”, “água leve”
e espuma resistente a solventes polares.

 Espuma sintética comum: pode ser usada em baixa expansão, média


expansão, alta expansão e também como água molhada.
 Baixa expansão: espuma pesada e resistente, para incêndios intensos e para
locais não confinados. É a maneira de aplicação mais rápida e eficiente da
espuma sintética comum.
 Média expansão: mais leve que a baixa expansão e mais resistente que a
espuma de alta expansão.
 Alta expansão: caracteriza-se por sua grande expansão, por causar um mínimo
de danos, não ser tóxica e necessitar de pouca água e pressão para ser
formada. É ideal para inundação de ambientes confinados (porões, navios,

69
hangares). Nestes locais, deve haver ventilação para que a espuma se
distribua de forma adequada. Sem ventilação, a espuma não avança no
ambiente.
O uso da espuma de alta expansão em espaços abertos é eficiente, mas depende
muito da velocidade do vento no local.
A espuma não é tóxica, mas a entrada do bombeiro dentro dela é perigosa, pela
falta total de visibilidade. Não se deve esquecer que a espuma produzida próxima ao
local do fogo pode estar com ar contaminado pelas substâncias tóxicas geradas pela
combustão. Assim, o bombeiro deve usar aparelhos de respiração autônoma para
entrar na espuma, bem como um cabo guia.
Quanto maior a taxa de expansão, mais leve será a espuma e menor será sua
capacidade de resfriamento.

 Água molhada: trata-se de um LGE em proporção de 0,1 a 1% na pré-mistura,


aplicado com esguicho regulável ou universal. É um agente umectante. Nesta
proporção, há baixa tensão superficial (menor distância entre as moléculas da
água), permitindo maior penetração em incêndios tipo classe A. Outra
aplicação para a “água molhada” se dá como agente emulsificador, para
remoção de graxas e óleos (lavagem de pista, por exemplo);
 “água leve”: o afff (Filme Aquoso Formador de Espuma) é uma espuma
sintética, à base de subs-tâncias fluoretadas, que forma uma película aquosa
que permanecerá sobre a superfície do combustível, apagando o fogo e
impedindo a reignição.
Pode ser aplicado com qualquer tipo de esguicho e é compatível com o pó
químico, isto é, pode haver ataque a incêndio utilizando os dois agentes extintor ao
mesmo tempo. O AFFF (água leve) não se presta à alta ou média expansão.
Sintética resistente a solventes polares: é uma espuma sintética à qual são
acrescentados aditivos que a tornam resistente a solventes polares. Presta-se para o
combate a incêndio envolvendo líquidos polares e não polares.
Aplicação de Espuma
A melhor maneira de aplicar espuma é lançá-la contra uma superfície sólida
(anteparo, borda do tanque, parede oposta ou outro obstáculo) de maneira que a
espuma escorra, cobrindo o líquido em chamas.
Se o líquido está derramado no solo (poças), deve-se, inicialmente, fazer uma
camada de espuma à frente do fogo, empurrando-a em seguida. O jato deve atingir
toda a extensão da largura do fogo, em movimentos laterais suaves e contínuos.
Não se deve jogar “espuma contra espuma”, porque a cobertura será
destruída, a espuma não deve ser jogada diretamente contra a superfície de um

70
líquido em chamas, porque o calor e o fogo irão destruí-la. Para se aplicar a espuma
eficientemente, deve-se formar uma camada com pelo menos 8 cm de altura sobre o
líquido inflamado.
Para uma boa formação e utilização da espuma, algumas regras básicas devem
ser obedecidas:
 Usar o LGE adequado ao combustível que está queimando.
 Quanto mais suave for à aplicação da espuma, mais rápida será a extinção e
menor a quantidade de LGE necessária.
 As faixas de pressão de trabalho dos dispositivos de dosagem e formação
deverão ser observadas. Normalmente os esguichos trabalham a uma pressão
de 5 kg/cm2.
 A espuma deve ser considerada idêntica à água quando usada em incêndios
em equipamentos energizados e em substâncias que reajam violentamente
com a água.
 A espuma deve cobrir toda a superfície do combustível, fazendo uma vedação
perfeita, especialmente nos combustíveis altamente voláteis e nos solventes
polares.
 A dosagem da pré-mistura (proporção água-LGE) deve obedecer às
especificações do LGE.
 O esguicho utilizado deve ser compatível com o proporcionador. A vazão
nominal do proporcionador não pode ser maior que a do esguicho e nem
menor.
 Antes de iniciar o trabalho, deve-se ter certeza de que há LGE e água
suficientes.

Equipamentos

Proporcionador “entrelinhas”
Equipamento colocado numa linha de mangueira para adicionar o L.G.E. à
água para o combate a incêndio.

O proporcionador “entrelinhas” de
espuma dispõe de dispositivo “venturi”, que
succiona o LGE e possui válvula dosadora,
com graduação variando de 1 a 6%, para
ser usada conforme o tipo de LGE.
O proporcionador pode ser usado
entre dois lances de mangueiras,
diretamente da expedição da bomba ou junto ao esguicho.

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Na utilização do proporcionador, deve-se observar a diferença de altura e a
distância entre ele e o equipamento formador de espuma.
Os equipamentos não devem estar em desnível superior a 4,5 m e a uma
distância superior a 45 m.
Sob pena de prejudicar a formação da espuma, a pressão de entrada no
proporcionador deve ser 7 kgf/cm2 (100 PSI) e nunca inferior a 5 kgf/cm2 (75 PSI).

Esguicho lançador de espuma

Produz espuma de baixa expansão.


O esguicho lançador possui um dispositivo
que arrasta o ar (venturi) para o seu interior,
adicionando-o à pré-mistura. Esta mistura irá
sofrer um batimento que dará como resultado a
espuma.

Para fazer a pré-mistura, é necessário um proporcionador compatível com o


esguicho, ou seja, a vazão do propor- cionador deve ser igual a do esguicho.
Esguicho proporcionador de espuma
Reúne o proporcionador e o esguicho lançador em seu corpo. Possui dois
dispositivos “venturi”, um para sucção do LGE e outro para aspiração do ar. A pré-
mistura e o ar irá sofrer um batimento, resultando a espuma, produz espuma de baixa
expansão.
Esguicho monitor
Caracteriza-se pela sua grande vazão (acima de
800 lpm) de pré-mistura e é abastecido por duas ou mais
linhas siamesas. Normalmente encontra-se montado na
viatura. Produz espuma de baixa expansão.

Esguicho para média expansão

Esguicho próprio para produzir espuma de


média expansão.
No interior do esguicho, ocorre o batimento
através da projeção da pré-mistura contra uma
tela, formando a espuma.

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Gerador de alta expansão
É constituído de uma tela, onde é
lançada a pré-mistura, e de uma hélice,
que funciona como ventilador, projetando
uma corrente de ar também sobre a tela e
a pré-mistura, formando a espuma.

A hélice pode ser movida hidraulicamente, ou seja, pelo próprio jato, ou movida
por um motor elétrico ou à explosão.

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74
PROVA REFERENTE AO MÓDULO I

1. O que é fogo?
A. É uma reação química de oxidação, autossustentável, com redenção de
luz, calor, fumaça e gazes
B. É uma reação química de oxidação, dependente, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
C. É uma reação química de oxidação, insustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
D. É uma reação química de oxidação, autossustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.
E. É uma reação química de oxidação, sustentável, com liberação de luz,
calor, fumaça e gazes.

2. São elementos do tetraedro do fogo:


A. Calor, combustão, comburente, reação química em cadeia.
B. Calor, combustível, convecção, reação química em cadeia.
C. Calor, combustível, comburente.
D. Calórico, combustível, comburente, reação em cadeia.
E. Calor, combustível, comburente, reação química em cadeia.

3. Calor é uma energia que se propaga da mais quente para mais fria. Quais são
as formas de energia que eleva a temperatura.
A. Combustão, elétrica, mecânica e radiativa.
B. Química, elétrica, mecânica e radiativa.
C. Química, elétrica, mecânica e nuclear.
D. Combustão, elétrica, mecânica e nuclear.
E. Química, elétrica, mecânica, nuclear e condução.

4. O calor se propaga de três formas?


A. Condução, convecção e irradiação.
B. Condução, convecção, irradiação e radiação.
C. Condução, convecção e radiação.
D. Condução, convecção, irradiação química.
E. Condução mecânica, convecção e irradiação.
5. Quanto às alternativas.

I. Irradiação meio onde a propagação do calor através de ondas caloríficas que


se deslocam pelo ar.

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II. Radiação são meios de propagação não só de calor como também de ondas
radiativas que será especificada em ionizante ou não ionizante.
III. A irradiação se propaga da combustão e pelo calor retonando do solo
aquecido pelo sol.
IV. A irradiação é bem parecida com a radiação.

A. Apenas a II esta correta.


B. II e III esta correta mais a iv esta incorreta.
C. Apenas iv esta incorreta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.
6. Quando as classes de incêndio.

I. As classes são de acordo com o material que esta queimando como a classe B
líquidos inflamáveis.
II. Na classe d são materiais pirotécnicos.
III. Na classe k, óleos vegetais e na classe A sólidos incomum.
IV. As classes C são elétricas e energizadas e a classe E são radiativos.
A. Apenas a II esta correta.
B. II e III esta correta mais a iv esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão incorretas.
7. Quando as afirmativas.

I. Queima livre, lenta e back draft, são formas de combustão.


II. Combustão incompleta e combustão completa são formas de combustão
III. Faze inicial, queima livre, lenda e back draft, são fazes do fogo.
IV. Flash over é um fenômeno que ocorre em espaço confinado aquecido.
A. Apenas a II esta correta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.
8. Quanto à ventilação:
I. Os tipos de ventilações podem ser vertical e horizontal, forçada e natural.
II. Nas claras boias são horizontais e por isso são forçadas
III. Quando se tem uma abertura em telhados teremos ventilação natural.

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IV. Exaustores e jato neblina são usados em ventilação forçada.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. I III e IV são corretas a II incorreta.
9. Em um ambiente sinistrado onde o incêndio se encontra na fase de queima
lenta, qual risco que temos em caso de uma entrada forçada?
a) Blevê;
b) Boil over;
c) Flash over;
d) Back draft;
e) Todas estão corretas
10. Quanto aos pontos de temperatura.
I. Ponto de fulgor e combustão não depende de fonte externa de calor para
incendiar.
II. Ponto de ignição é quanto à matéria libera vapores em sua superfície e
depende de uma fonte de calor para incendiar.
III. Ponto de fulgor é quanto à matéria libera vapores em sua superfície e depende
de uma fonte de calor para incendiar.
IV. Ponto de combustão é quando a queima da matéria torna se autossustentável.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. Todas estão corretas.
E. III e IV são corretas.
11. Plano de abandono
A. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no maior
tempo possível e de maneira ordeira
B. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira desordeira.
C. Extinguir princípios de incêndios e fazer voltar à normalidade dentro do
maior tempo possível.
D. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira ordeira.
E. Correr do incêndio e fazer voltar à normalidade dentro do menor tempo
possível.
12. Atribuições do grupo de evacuação:

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A. Vanguarda, retaguarda, inspetor.
B. Vanguarda, mediano, retaguarda, inspetor.
C. Vanguarda, atrasada, inspetor.
D. Lateral, retaguarda, inspetor.
E. Retaguarda, vanguarda, inspencionador.

13. EPIs e EPCs mais utilizados em espaço confinado


I. Luvas, capacetes
II. Cones, cordas, fita zebrada.
III. Cinto paraquedista, polias e mosquetões.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.
14. Quais os riscos em espaços confinados são comuns encontrar?
I. Riscos atmosféricos, riscos físicos.
II. Riscos químicos.
III. Riscos biológicos, riscos mecânicos.
IV. Riscos psicológicos, riscos ergonômicos.
A. I e II estão incorretas
B. Todas alternativas
C. II e III estão incorretas
D. I e II estão corretas
E. II e III estão incorretas

15. São riscos previamente levantados e estudados em espaço confinado.


I. Estrutura do espaço confinado não tem riscos.
II. Número de trabalhadores no espaço confinado.
III. Agentes não contaminantes.
IV. Local bagunçado.
A. I e II estão incorretas
B. IV esta incorreta
C. II e III estão incorretas
D. I e IV estão corretas
E. II e III estão corretas
16. Dos objetivos de uma evacuação, responda as incorretas.

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I. Evacuar a edificação em situação de incêndio ou sinistros no menor
tempo possível e de maneira ordeira.
II. Desligar computadores ar condicionado e pegar pertence valioso.
III. Resgatar pessoas vitimadas, e não prestar primeiros socorros.
IV. Extinguir princípios de incêndios e fazer voltar à normalidade dentro do
menor tempo possível.
A. I e II estão incorretas
B. II e III estão incorretas
C. I e II estão corretas
D. II e III estão corretas
E. II esta incorreta

17. São os sistemas de alarmes mais utilizados.


A. Apenas endereçável.
B. Sistema não convencional.
C. Sistema convencional e endereçável.
D. Sistema raro e endereçável.
E. Sistema convencional e localizado.

18. O sistema de detecção de incêndio, endereçável ou analógico, onde a central


de detecção e alarme de incêndio receberá as sinalizações provenientes dos
detectores e as processará, acionando os alarmes sonoros, visuais e demais
periféricos, realizando o desligamento das máquinas de ar condicionado,
fechamento de portas corta fogo e acionamento automático do sistema de gás.
Qual é o sistema utilizado?
A. Sistema tipo dilúvio.
B. Sistema cão seco.
C. Sistema raro e endereçável.
D. Sistema convencional e endereçável
E. Sistema de incêndio por gás
19. A espuma pode ser formada por processo mecânica, daí a denominação
espuma mecânica. Explique o processo de formação.

79
MÓDULO II

EXTINTORES

OBJETIVOS

 Identificar os agentes extintores mais comuns para as diferentes classes de


incêndio.
Identificar os diversos tipos de extintores.
 Demonstrar conhecimento sobre a operação dos extintores.
 Identificar os extintores apropriados às respectivas
 Classes de incêndio.
Conhecer os extintores obsoletos, mas ainda em uso.

 Conhecer princípios básicos de inspeção e manutenção.

Introdução
Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor
para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou
sobre rodas, conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são
conhecidos simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas.
Classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C”, “D”
e “K”. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.
Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identificação facilmente localizável.
O rótulo traz informações sobre as classes de incêndio para as quais o extintor é
indicado e instruções de uso.
O êxito no emprego dos extintores dependerá de:
 Fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
 Distribuição apropriada dos aparelhos;
 Inspeção periódica da área a proteger;
 Manutenção adequada e eficiente;
 Pessoal habilitado no manuseio correto.

Os extintores devem conter uma carga mínima de agente extintor em seu


interior, chamada de unidade extintora e que é especificada em norma.

Agentes Extintores

Água: É o agente extintor mais abundante na natureza. Age


principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande

81
quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma
como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o agente extintor mais
empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em
razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água
conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados,
pode sofrer choque elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos
inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando,
aumentando,assim, a área do incêndio.

Espuma: A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu


processo de formação. Química, se resultou da reação entre as soluções
aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio; mecânica, se a espuma
foi produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma) e ar. A
rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois se constitui
de um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO 2) envoltas por película de
água. Mais leve que todos os líquidos inflamáveis, é utilizado para extinguir
incêndios por abafamento e, por conter água, possui uma ação secundária de
resfriamento.

Pó Químico Seco: Os pós-químicos secos são substâncias


constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de
potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo,
extinguindo-o por quebra da reação em cadeia e por abafamento. O pó deve
receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer evitando assim a solidificação
no interior do extintor. Para o combate a incêndios de classe “D”, utilizamos pós à
base de cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia ou grafite
seco.
Gás Carbônico (CO2): Também conhecido como dióxido de carbono
ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro,
não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age
principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento.
Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado
para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis
(centrais telefônicas e computadores).
Compostos Halogenados (Halon): São compostos químicos formados
por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Atuam na quebra da
reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de forma
secundária, por abafamento. São ideais para o combate a incêndios em
equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis, sendo mais eficientes que o
CO2. Assim como o CO2, os compostos halogenados se dissipam com
facilidade em locais abertos, perdendo seu poder de extinção.

EXTINTORES PORTÁTEIS
São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de incêndio.
Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por exemplo:
extintor de água, porque contém água em seu interior).

82
|

Os extintores podem ser:

 Extintor de água:
 Pressurizado.
 Pressão injetada.
 Manual, tipo costal ou cisterna.
 Extintor de espuma:
 Mecânica (pressurizado).
 Mecânica (pressão injetada).
 Química.
 Extintor de pó químico seco:
 Pressurizado.
 Pressão injetada.
 Extintor de gás carbônico
 Extintor de composto halogenado

Extintor de Água

(Pressurizado)

CARACTERÍSTICAS
Capacidade..........................................10L

Unidade extintora................................10L

Aplicação.................................Classe “A”

Alcance médio do jato..............10 metros

Tempo de descarga...............60 segundos

Funcionamento: a pressão interna expele a água quando o gatilho é acionado.

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Extintor Manual de Água
(Bomba Manual)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade............................................. 10 a 20 litros
Aplicação...................................... Incêndio classe “A”
Tempo de descarga e alcance......Conforme o operador
Funcionamento: a pressão é produzida manualmente.

É preso às costas do operador por alças. O esguicho já é acoplado à bomba. Opera-


se com as duas mãos: uma controla o jato d‘água e a outra, com movimento de “vai e
vem”, aciona a bomba.

Extintor de Espuma Mecânica


(Pressurizado)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade......................9 litros (mistura de água e LGE)


Unidade..........................9 litros
Aplicação........................incêndio Classe “A” e "B"
Alcance médio do jato.....5 metros
Tempo de descar.............60 segundos

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Funcionamento: A mistura de água e LGE já
estão sobpressão, sendo expelida quando acionado o
gatilho; ao passar pelo esguicho lançador, ocorrem o
arrastamento do ar atmosférico e o batimento, formando
a espuma.

Extintor de Pó Químico Seco Pressurizado

CARACTERÍSTICAS

Capacidade...............................1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg
Unidade extintora......................4 litros
Aplicaçã.................................... Incêndios classes
“B” e “C”. Classe “D”, utilizando pó químico seco
especial.
Alcance médio do jato...............5 metros
Tempo de desc......................... 15 segundos para
extintor de 4 kg, 25 segundos para extintor de 12
Kg.

Funcionamento: O pó sobpressão é
expelido quando o gatilho é acionado.

Extintor de Gás Carbônico


(CO2)

CARACTERÍSTICAS

Capacidade..................................... 2 , 4 e 6 kg
Unidade extintora......................................... 6 Kg
Aplicação.................. incêndios classes “B” e “C”.
Alcance do jato.................................... 2,5 metros
Tempo de descarga......................... 25 segundos

85
Funcionamento: O gás é armazenado sobpressão e liberado quando acionado o
gatilho.
Cuidados: Segurar pelo punho do difusor, quando da operação.

Extintor de Halon
(Composto Halogenado)
CARACTERÍSTICAS

Capacidade.............. 1, 2, 4 e 6 kg
Unidade extintora...... 2 Kg
Aplicação...............incêndios
classes “B” e “C”.
Alcance médio do
jato....................... 3,5 metros
Tempo de descarga .............. 15
segundos, para extintor de 2 kg.
Funcionamento: O gás
sobpressão é liberado quando
acionado o gatilho. O halon é
pressurizado pela ação de outro
gás (expelente), geralmente
nitrogênio.

Extintores sobre Rodas

(CARRETAS)

São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas
para serem conduzidos com facilidade.
As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, como os extintores portáteis.
Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga a operação destes aparelhos obriga o
empregode pelomenosdoisoperadores.

As carretas podem ser:


 De água;
 De espuma mecânica;
 De espuma química;
 De pó químico seco;
 De gás carbônico.

Carreta de água
Características

Capacidade..................................... 75 a 150 litros


Aplicação............................... Incêndio classe “A”
Alcance médio do jato........................... 13 metros
Tempo de descarga para 75 litros..... 180 segundos

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Funcionamento: Acoplado ao corpo da carreta há um
cilindro de gás comprimido que, quando aberto,
pressuriza-a, expelindo a água após acionado o gatilho.

Carreta de Espuma Mecânica

CARACTERÍSTICAS

Capacidade............... 75 a 150 litros (mistura de água e LGE)


Aplicação....................................... incêndios classes “A” e “B”
Alcance médio do jato........................................... 7,5 metros
Tempo de descarga para 75 litros.................... 180 segundos

Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor


que, sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE, quando acionado
o gatilho. No esguicho lançador é adicionado ar à pré-mistura, ocorrendo batimento,
formando espuma

Carreta de Pó Químico Seco


CARACTERÍSTICAS

Capacidade.............................................................20 kg a 100 kg
Aplicação.................................................................Incêndios
classes “B” e “C”. Classe “D”, utilizando PQS especial
Tempo de descarga, para 20 kg............................. 120 segundos

Funcionamento: Junto ao corpo do extintor há um


cilindro de gás comprimido que, ao ser aberto, pressuriza-o,
expelindo o pó quando acionado o gatilho.

Carreta de Gás Carbônico

CARACTERÍSTICAS

Capacidade............................................ 25 kg a 50 kg
Aplicação.......................... Incêndios classes “B” e “C”
Alcance médio do jato.................................. 3 metros
Tempo de descarga para 30 Kg................. 60 segundos

Funcionamento: O gás carbônico, sobpressão, é liberado quando acionado o gatilho.

87
Extintores Obsoletos: os extintores de soda-ácida, carga líquida e espuma
química, apesar de ainda encontrados, não mais são fabricados por causa das
seguintes desvantagens:
 APÓS INICIADA, A DESCARGA DO EXTINTOR NÃO PODE SER INTERROMPIDA.
 AGENTE É CORROSIVO.
 ESSES EXTINTORES SÃO POTENCIALMENTE PERIGOSOS PARA O OPERADOR DURANTE
O USO. SE A DESCARGA DO JATO FOR BLOQUEADA, A PRESSÃO INTERNA DO CILINDRO
PODERÁ EXCEDER 20 KG/CM2 (300 LB/POL2) E, EVENTUALMENTE, EXPLODIR, CAUSANDO
SÉRIAS LESÕES OU MORTE AO OPERADOR.

O EXTINTOR MANUAL DE ÁGUA TIPO CISTERNA, EM VIRTUDE DA DIFICULDADE DE


OPERAÇÃO E DA EXISTÊNCIA DE EXTINTORES MAIS EFICIENTES CAIU EM DESUSO .
MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO:

A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e


termina com a correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento
seguro e eficiente.

É realizada através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso,


visibilidade, rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso, danos físicos,
obstrução no bico ou na mangueira, peças soltas ou quebradas e pressão nos
manômetros.

Inspeções:

Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.

Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a pressão do


manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.

Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás comprimido,


quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especificado,
recarregar.

Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no


lacre. Recarregar o extintor.

Quinquenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a


cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas,
exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve ser efetuado por
pessoal habilitado e com equipamentos especializados. Neste teste, o aparelho é
submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão de

88
trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova será de 35 kgf/cm2. Este teste é
precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a existência de
danos físicos.
MANGUEIRA DE INCÊNDIO

Introdução

E o equipamento de combate a incêndio,


constituído de um duto flexível dotado de juntas
de união, destinado a conduzir água sobpressão.
O revestimento interno do duto é um tubo de
borracha que impermeabiliza a mangueira,
evitando que a água saia do seu interior. É
vulcanizada em uma capa de fibra.
A capa do duto flexível é uma lona,
confeccionada de fibras naturais ou sintéticas, que
permite à mangueira suportar alta pressão de
trabalho, tração e as difíceis condições do serviço
de bombeiro.
Juntas de união são peças metálicas, fixadas nas extremidades das
mangueiras, que servem para unir lances entre si ou ligá-los a outros equipamentos
hidráulicos, após serem feitos os encaixes.
O Corpo de Bombeiros adota como padrão as juntas de união de engate rápido
tipo storz.
Empatação de mangueira é o nome dado à fixação, sobpressão, da junta de
união de engate rápido no duto. Lance de mangueira é a fração de mangueira que vai
de uma a outra junta de união, podendo der 15,20 e 25 metros. Por conveniência de
manuseio, transporte e combate a incêndio, o lance padrão do Corpo de Bombeiros é
de 15 metros.
Linha de mangueira é o conjunto de mangueiras acopladas, formando um
sistema para conduzir a água.
Classificação de Mangueiras: as mangueiras de incêndio podem ser
classificadas de três formas.
Quanto às Fibras de que São Feitas as Lonas: As mangueiras podem ser de
fibras naturais ou fibras sintéticas. As fibras naturais são oriundas de vegetais. As
sintéticas são fabricadas na indústria, a partir de substâncias químicas.
As fibras sintéticas apresentam diversas vantagens sobre as naturais, tais
como: peso reduzido, maior resistência à pressão, ausência de fungos, manutenção

89
mais fácil, baixa absorção de água, etc. Pelos motivos acima, são normalmente
utilizadas pelo Corpo de Bombeiros.
Lonas em mangueiras de lona simples, de lona dupla e
de lona revestida por materiais sintéticos mangueiras do tipo
lona simples são constituídas de um tubo de borracha envolvidas
por uma camada têxtil, que forma a lona.

As mangueiras do tipo lona


dupla são constituídas de
um tubo de borracha
envolvido por duas camadas
têxteis sobrepostas.

As mangueiras do
tipo lona revestida por
material sintético são
constituídas de um tubo de
borracha, envolvido por uma
ou duas camadas têxteis
revestidas externamente por
material sintético.
Esse tipo de material permite à mangueira ter maior resistência aos efeitos
destrutivos de ácidos, graxas, abrasivos e outros agentes agressores.

Quanto ao Diâmetro

As mangueiras classificam-se
também quanto ao seu diâmetro, sendo
normalmente utilizadas pelo Corpo de
Bombeiros as de 38, 63, 75 e 100 mm.

90
Conservação e Manutenção

 Antes do Uso Operacional as mangueiras novas devem ser retiradas da


embalagem de fábrica, armazenadas em local arejado, livre de umidade e mofo
e protegidas da exposição direta de raios solares. Devem ser guardadas em
prateleiras apropriadas e acondicionadas em espiral.

 Os lances acondicionados por muito tempo (mais que 3 meses), sem


manuseio, em veículos, abrigos de hidrantes ou prateleiras, devem ser
substituídos ou novamente acondicionados, de modo a evitar a formação de
vincos nos pontos de dobra (que diminuem sensivelmente a resistência das
mangueiras).

 Devem-se testar as juntas de engate rápido antes da distribuição das


mangueiras para o uso operacional, através de acoplamento com outras juntas.
Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos os testes necessários
para seu uso seguro, quando do recebimento, após a compra.
Durante o Uso Operacional

 As mangueiras de incêndio não devem ser arrastadas sobre superfícies


ásperas: entulho, quinas de paredes, borda de janela, telhado ou muros,
principalmente quando cheias de água, pois o atrito ocasiona maior
desgaste e cortes da lona na mangueira.
 Não devem ser colocadas em contato com superfícies excessivamente
aquecidas, pois, com o calor, as fibras derretem e a mangueira poderá
romper-se.
 Não devem entrar em contato com substâncias que possam atacar o duto
da mangueira, tais como: derivados de petróleo, ácidos, etc.
 As juntas de engate rápido não devem sofrer qualquer impacto, pois isto
pode impedir seu perfeito acoplamento.
 Devem ser usadas as passagens de nível para impedir que veículos
passem sobre a mangueira, ocasionando interrupção do fluxo d’água, e
golpes de aríete, que podem danificar as mangueiras e outros
equipamentos hidráulicos, além de dobrar, prejudicialmente, o duto interno.

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 As mangueiras sobpressão devem ser dispostas de modo a formarem seios
e nunca ângulos (que diminuem o fluxo normal de água e podem danificar
as mangueiras).
 Evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocadas pelo fechamento
rápido de expedições ou esguichos. Mudanças bruscas de pressão interna
podem danificar mangueiras e outros equipamentos.

Após o Uso Operacional


Ao serem recolhidas, as mangueiras devem sofrer rigorosa inspeção
visual na lona e juntas de união. As reprovadas devem ser separadas.
As mangueiras aprovadas, se necessário, serão lavadas com água pura e
escova de cerdas macias.
Nas mangueiras atingidas por óleo, graxa, ácido ou outros agentes, admite-se
o emprego de água morna, sabão neutro ou produto recomendado pelo
fabricante.
Após a lavagem, as mangueiras devem ser colocadas para secar.
Podem ser suspensas por uma das juntas de união ou por uma dobra no meio,
ficando as juntas de união para baixo, ou ainda estendidas em plano inclinado,
sempre à sombra e em local ventilado. Pode-se ainda utilizar um estrado de
secagem.
Depois de completamente secas, devem ser armazenadas com os
cuidados anteriormente descritos.

Formas de Acondicionar Mangueiras


São maneiras de dispor as mangueiras, em função da sua utilização:

Em espiral: própria para o armazenamento,


devido ao fato de apresentar uma dobra suave, que
provoca pouco desgaste no duto. Uso desaconselhável
em operações de incêndio, tendo em vista a demora ao
estendê-la e a inconveniência de lançá-la, o que pode
causar avarias na junta de união.

92
Aduchada: é de fácil manuseio, tanto no combate a
incêndio, como no transporte. O desgaste do duto é
pequeno por ter apenas uma dobra.

ziguezague: Acondicionamento próprio para uso de linhas prontas, na parte superior


da viatura (em compartimentos específicos). O desgaste do duto é maior devido ao
número de dobras.

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Aduchamento com alças: Presta-se a facilitar o transporte quando da necessidade
de se subir escadas, ou em outras situações nas quais o transporte seja difícil
(obstáculos, riscos, etc.).

Sistema em zero

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Transporte e Manuseio

 Em Espiral transporte de mangueira em espiral Deve ser transportada sobre o


ombro ou sob o braço, junto ao corpo. Para transportar sobre o ombro, o
bombeiro deve posicionar o rolo em pé com a junta de união externa voltada
para si e para cima. Abaixado, toma o rolo com as mãos e o coloca sobre o
ombro, de maneira que a junta de união externa fique por baixo e ligeiramente
caída para frente, firmando o rolo com a mão correspondente ao ombro.
 No transporte sob o braço, o rolo deve ser posicionado de pé com a junta de
união voltada para frente e para baixo, mantendo o rolo junto ao corpo e sob o
braço.
 Aduchada transporte de mangueira aduchada é o mesmo utilizado para a
mangueira em espiral.

 Em Ziguezague Transporte o bombeiro coloca o feixe sobre o ombro direito


com a junta de união por baixo e ligeiramente caída para frente, sustentando-o
com as mãos ou ainda apoiando-o sobre o antebraço.
 Linha de ataque pronta ou pré-conectada
 Para estender linha de ataque pronta ou pré-conectada, acondicionada no
veículo, toma-se sua extremidade e caminha-se em direção ao ponto em que
se vai empregá-la. Isso faz com que a mangueira se desdobre naturalmente,
podendo ser reduzida ou aumentada conforme a necessidade.
 Em cada conexão, há necessidade de um bombeiro, para que as juntas não
sejam batidas e arrastadas.
 Este método também pode ser utilizado para estender linha adutora pronta,
quando a situação exigir.
Mangotinhos
Os mangotinhos são tubos flexíveis de borracha, reforçados para resistir a
pressões elevadas e dotados de esguichos próprios. Apresentam-se,
normalmente, em diâmetros de 16, 19 e 25 mm, e são acondicionados nos
auto-bombas, em carretéis de alimentação axial, o que permite desenrolar os
mangotinhos e usá-los sem necessidade de acoplamento ou outra manobra.
Pela facilidade de operação, os mangotinhos são usados em incêndios que
necessitam pequena quantidade de água, tais como: cômodos residenciais,
pequenas lojas, porões e outros locais de pequenas dimensões.
Esguichos

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São peças que se destinam a dar forma, direção e alcance ao jato d’água,
conforme as necessidades da operação. Os esguichos mais utilizados são:

1- esguicho Canhão;
2- esguichos "Pescoço de ganso"(protetor de linha)
3- esguicho Universal;
4- esguicho Regulável;
5- esguicho Agulheta;
6- esguicho Proporcionador de espuma;
7- esguicho Lançador de espuma;

Linhas de Mangueira

Linhas de mangueira são os conjuntos de mangueiras acopladas, formando um


sistema para o transporte de água. Dependendo da utilização, podem ser:
 Linha adutora,
 Linha de ataque,
 Linha direta
 Linha siamesa.

Mangueira Rompida
Na impossibilidade de se interromper o fluxo d’água por meios normais,
a fim de substituir a mangueira rompida ou furada, deve-se estrangular a
mangueira. Para isto, utiliza-se o estrangulador de mangueiras, ou fazem-se
duas dobras na mangueira, formando dois ângulos agudos, e mantendo-os
nesta posição com o peso do corpo.
Com essa manobra, interrompe-se o fluxo d’água e troca-se a
mangueira rompida.
Descarga de Mangueira
Consiste na retirada da água que permaneceu no interior da mangueira,
após sua utilização.
96
Estender a mangueira no solo, retirando as dobras que porventura
apareçam.
Levantar uma das extremidades sobre o ombro, sustentando-a com
ambas as mãos.
Deslocar-se para outra extremidade do lance, deixando-o para trás, à
medida que se avança vagarosamente. Isto faz com que água escoe pela
extremidade da mangueira.
Equipamentos auxiliares

Acessórios hidráulicos - Junta de união storz - Suplemento de união -


Adaptador junta storz rosca fêmea e macho - Redução 2½ para 1½ pol - Tampão -
Divisor - Coletor - Misturador entre linhas - Manga de mangueira - Ralo com válvula de
retenção - Luvas de hidrante

Junta de união storz


Peça metálica que serve para unir as extremidades de
conexão rápida, sejam as das mangueiras ou as dos
diversos acessórios de 2½ polegadas (63mm) ou de
1½polegadas (38mm).

A Chave Storz é um produto utilizado para acoplar e


desacoplar os engates de extintores, hidrantes, e geralmente é
fabricado em alumínio ou latão. As mangueiras de incêndio
devem conter a Chave Storz como um item de segurança
obrigatório

Suplemento de união
Peça usada para permitir ligações
de duas juntas de união com rosca
macho, ou de duas juntas de união
com roscas fêmeas.

Adaptador
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É uma peça metálica que
serve para modificar expedições em
fios de rosca (típico de registros de
hidrantes de parede) em
união storz (típica de mangueiras
de combate a incêndio) ou o
inverso.
Pode ser do tipo fêmea ou macho.
Adaptador fêmea – possui de um lado um fio de rosca fêmea (interno) e do
outro uma junta de união storz. Pode ser de 1½ polegadas (38 mm), no caso dos
hidrantes de parede ou de 2½ polegadas (63 mm), no caso dos hidrantes urbanos (de
coluna).

Adaptador macho – possui de


um lado um fio de rosca macho
(externo) e do outro uma junta de união
storz.
Pode ser encontrado de ambos
os diâmetros.

Redução
Peça formada por juntas storz em
ambos os lados, porém com diâmetro
de 2½ polegadas de um lado e
1½ polegadas do outro.
Serve para unir peças (mangueiras, expedições, registros, etc.) de diâmetros
diferentes.

Tampão

Peça que serve para vedar ou proteger


hidrantes ou bocas (de expulsão ou
admissão) de viaturas quando não
estão sendo utilizados.

98
Divisor

Peça metálica destinada a canalizar


a água que vem da viatura ou do hidrante
até as linhas de ataque (mangueiras
estabelecidas para o combate). Possui
uma entrada, denominada boca de
admissão e duas ou três saídas
denominadas de bocas de expulsão.

Enquanto a boca de admissão recebe a mangueira de 2½ polegadas


(63 mm) da ligação, as bocas de expulsão se conectam às mangueiras de
1½ polegadas (38 mm) das linhas, as quais são identificadas como 1a, 2a e 3a linhas,
contadas da direita para a esquerda, com o observador posicionado de frente para as
bocas de expulsão.
Possui registro (ou alavanca) para fechamento e abertura do fluxo de água em
cada linha, o que permite sua utilização de forma independente.
Com o divisor de duas saídas são identificadas, obviamente, a 1a e 2a linhas
contadas da mesma forma.

Coletor
Peça metálica que recebe água de
duas fontes e a canaliza para uma,
semelhante ao aparelho divisor, porém
com função inversa ·.

Misturador entre linhas

Peça utilizada para armação de linhas de


espuma, com uma regulagem para controle da
99
porcentagem de espuma, que pode variar de 3 a 6
% (três a seis por cento).
Para se obter espuma em todas as linhas,
deve-se colocar o misturador entre linhas antes do
divisor e utilizar esguichos proporcionadores de
espuma. Para isso, é necessário o uso de uma
manga de mangueira para conectar o misturador
entre linhas ao aparelho divisor. Para se obter
espuma em uma única linha, deve-se colocar o
Misturador entre linhas conectadas às misturador entre linhas após o divisor, na linha
mangueiras e ao LGE
desejada e utilizar o esguicho adequado.
Antes de colocar a mangueira de sucção do líquido gerador de espuma (LGE) dentro
do galão, deve-se observar se ela está aspirando ar. Para que isso aconteça, deve-se
primeiro liberar a passagem de água no divisor e no esguicho. Caso contrário, o LGE
não será aspirado.

Manga de mangueira

Ralo com válvula de retenção

Acessório hidráulico destinado à operação de


sucção da água em reservatórios. Possui dispositivo
na base que impede a entrada de objetos imersos ou
em suspensão na água, daí o seu nome. A válvula
de retenção permite a passagem da água em uma
única direção, do reservatório para a bomba de água
da viatura.
100
BOMBAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

Em casos de incêndio, segundos fazem muita diferença!


Dentre todos os equipamentos de prevenção e combate a incêndio, a bomba
de combate a incêndio talvez seja a de função mais importante já que é responsável
pelo fluxo de água em hidrantes e sprinklers com vazão superior ao normal.
O sistema de combate a incêndio consiste na instalação de uma bomba de
combate a incêndio e de uma bomba de pressurização. Enquanto a bomba de
combate a incêndio bombeia água para todo o sistema de distribuição dos hidrantes
de uma edificação, a bomba de pressurização tem a função de manter a pressão
constante.
A bomba de combate a incêndio deve ser fabricada de acordo com
especificações do corpo de bombeiro e seguindo padrões técnicos da NBR-13714/200
ABNT, seu funcionamento deve ser o mais regular possível, de forma a não exercer
uma pressão muito forte quando acionado apenas um hidrante nem perder pressão
demasiada quando vários são acionados simultaneamente.
Toda e qualquer resposta eficiente de um sistema de segurança emergencial
de alta confiabilidade somado a manobras rápidas e seguras de uma equipe de
brigada bem treinada podem representar significativamente a garantia contra enormes
perdas operacionais e até mesmo salvar vidas.
Os sistemas de prevenção de incêndio utilizam bombas e motobombas com
características peculiares, para atender os padrões exigidos pelo corpo de bombeiro e
também facilitar possíveis manutenções. Podem ser acoplados em motores elétricos
ou em motores à combustão movidos por gasolina ou diesel e serem compostos por
mais de 01 bomba, dentre outras características.

Motobomba Schneider BPI 21 e 22 R / F

Descrição

101
Bomba Centrífuga para prevenção contra incêndio, com bocais FLANGEADOS 2 ½"x
2 ½" (padrão corpo de bombeiros), corpo tipo caracol, monoestágio, monobloco ou
mancal, na cor vermelha

* Vazão: 16 a 65 m³/h
* Altura: 14 a 66 mca
* Potência: 3 a 20 cv

Aplicações Gerais

* Rede de hidrantes
* Rede de sprinklers
* Sistema fixo de espuma adaptado à rede de hidrantes
* Sistemas de prevenção e combate contra incêndio
* Mangueiras de incêndio com requinte
*Bombas Jockey

A bomba Jockey é um equipamento para


manutenção da pressão em sistemas de combate a
incêndio com a finalidade de evitar ciclismo é
necessário da bomba de incêndio principal. Esta
bomba opera (parte e para) automaticamente na
linha do sistema sempre garantindo a pressão
nominal contra pequenas perdas.
Oferecemos uma grande variedade de conjuntos
elétricos Jockey projetados para atender a sua
fonte de alimentação padrão.

Painéis de Comando

Todo e qualquer equipamento motobomba de um sistema de


emergência deve operar automático e manual à partir de um
painel de comando próprio e que seja exclusivo por
equipamento.

102
Moto-bomba

Reservatório para hidrante pressurizado: barrilete de incêndio

103
SPRINKLERS
Os sistemas fixos automáticos de combate a incêndios têm demonstrado,
através dos tempos, serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em
edificações.
Os chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers", possuem a
vantagem, sobre hidrantes e extintores, de dispensar a presença de pessoal, atuando
automaticamente na fase inicial do incêndio, o que reduz as perdas decorrentes do
tempo gasto desde a sua detecção até o início do combate.
O sistema de proteção através de chuveiros automáticos consiste em uma rede
inteirada de tubulações, dotadas de dispositivos especiais que, automaticamente,
descarregam água sobre um foco de incêndio, em quantidade suficiente para controlá-
lo e eventualmente extinguindo.

Esse sistema de proteção é dotado de alarme. Assim que um foco de incêndio


é detectado, os chuveiros são acionados e é emitido um aviso aos ocupantes da
edificação.

Proteção por Sistemas de Chuveiros Automáticos


O sistema de chuveiros automáticos é projetado e instalado conforme normas
próprias que regulam os critérios de distribuição de chuveiros, temperatura de
funcionamento, área de operação e de proteção, diâmetro das tubulações, etc.
A estrutura de funcionamento do sistema compõe-se, basicamente, de:

 Abastecimento de água
 Válvulas de governo e alarme.
 Rede de distribuição.
 Chuveiros automáticos.

Abastecimento do Sistema de Chuveiros Automáticos


É vital para qualquer sistema hidráulico dispor de abastecimento confiável de
água, com pressão e vazão adequada.
O abastecimento de água para o sistema de chuveiros automáticos é fornecido:
 Por gravidade (através de reservatório elevado).
 Por bombas de recalque.

104
 Por tanques de pressão.
Normalmente, o sistema possui somente uma fonte de abastecimento.
O abastecimento por gravidade, isto é, através de reservatório elevado, é o
sistema mais confiável e que exige menos manutenção.

Na impossibilidade de se utilizar abastecimento por gravidade, o sistema


devera ser abastecido por bombas de recalque. As bombas de recalque devem dispor
de uma fonte de energia confiável, e o reservatório de água atender à demanda
necessária. As bombas para alimentação do sistema devem ser centrifugas e
acionadas automaticamente por motor elétrico ou a diesel.
A partir do acionamento do sistema, num tempo não
superior a 30 segundos, a bomba e o alarme (sonoro
e/ou visual) deverão funcionar. As ligações elétricas da
bomba devem ser independentes da instalação elétrica
da edificação e, se houver gerador elétrico de
emergência, este devera estar ligado a bomba. No caso
de bomba a diesel, o conjunto (inclusive o tanque de
combustível) deve ser instalado em local protegido por
chuveiros automáticos.

O abastecimento por tanque


de pressão poderá ser utilizado
como fonte única de abastecimento
ou como solução complementar ao
abastecimento fornecido pelo
reservatório elevado ou pelas
bombas de recalque.
Trata-se de um recipiente contendo grande quantidade de água (10 m 3 a 25
m3) permanentemente pressurizado. Com a abertura do chuveiro, a água é
descarregada devido à pressão existente no interior do tanque.
O tanque deverá possuir indicadores e alarmes do nível de água e pressão

(manômetros), com possibilidade automática de reabastecimento de água (bomba) e

ar (compressor). A água não deve ultrapassar 2/3 da capacidade do tanque.

105
O sistema de chuveiros automáticos deve ser dotado de registro de recalque
duplo, com válvula de retenção, por onde o Corpo de Bombeiros poderá abastecer o
sistema.

Válvulas do Sistema de Chuveiros Automáticos

As válvulas de governo e alarme são dispositivos instalados entre o abastecimento do


sistema e a rede de distribuição, constituídos basicamente de válvula de comando,
válvula de alarme e válvula de teste e dreno.

106
Válvula de Comando: é utilizada para fechar o sistema, cortando o fluxo de água
sempre que algum chuveiro precisar ser substituído para a manutenção do sistema, ou
quando a operação do mesmo precisa ser interrompida. Após o término do serviço, a
válvula de comando deve ser deixada na posição aberta. Esta válvula deve ser do tipo
gaveta de haste ascendente.

Válvula de alarme: a operação dos


chuveiros automáticos aciona um alarme
indicativo de funcionamento do sistema. O
acionamento do alarme se faz pela movimentação
do fluxo de água na tubulação, em virtude de um
incêndio, vazamento ou ruptura acidental da
tubulação. Os alarmes podem ser hidráulicos e/ou
elétricos. Os tipos mais comuns de alarmes são o
gongo hidráulico e a chave detectora de fluxo
d’água.

Válvula de teste e dreno: É um


dispositivo, ou conexão destinado a
testar o sistema ou o funcionamento
do alarme, ou ainda, drenar a água
da tubulação para manutenção.

Rede de Distribuição de Água (Tubulação)

107
A tubulação para os chuveiros automáticos ramifica-se para possibilitar a proteção de
toda ocupação, formando a rede de distribuição de água. O diâmetro da canalização
deve seguir as exigências das normas legais.
A canalização do sistema não deve ser embutida em lajes ou passar em locais não
protegidos por chuveiros automáticos, exceto se enterrada. Deve ser instalada com
inclinação que permita drenagem natural (de preferência, feita pela válvula de teste e
dreno).

Chuveiros Automáticos
Os chuveiros automáticos são os principais elementos do sistema, pois
detectam o fogo e distribuem a água sobre o foco na forma de chuva. Podem ser
dotados de elemento termossensível ou não (chuveiros abertos), conforme o tipo
de sistema.
Elemento termossensível
Em condições normais, nos chuveiros automáticos dotados de elemento
termossensível, a descarga da água dos chuveiros é impedida por capsula
rigidamente fixa no orifício de descarga.
A liberação da descarga de água só ocorre quando a temperatura do ambiente atinge
um grau predeterminado, rompendo a capsula. Cada chuveiro terá uma temperatura
de operação própria, que varia entre 58ºC e 260ºC. O elemento termossensível é
dimensionado para suportar a pressão da rede, inclusive possíveis variações.
Podem-se encontrar dois tipos de elementos termossensíveis: o tipo ampola e
o tipo solda.
Tipo ampola: consiste numa ampola, contendo liquido especial que se expande
ao sofrer os efeitos do calor do incêndio. Com a expansão, a ampola se rompe,
liberando a descarga de água.
Tipo solda: consiste numa liga metálica cujo ponto de fusão este
predeterminado e, ao fundir-se, libera a descarga de água.
108
Unido à estrutura ou corpo do chuveiro, existe um defletor ou distribuidor contra
o qual é lançada a água, fazendo com que esta se torne pulverizada e, dessa forma,
proteja uma determinada área.
Os chuveiros automáticos não podem ser pintados, pois, com a pintura, a
temperatura nominal de funcionamento sofrera alterações. Entretanto, os chuveiros
automáticos com elemento fusível do tipo solda, para temperatura acima de 77ºC, são
pintados pelos fabricantes, para identificação.

Posição do chuveiro automático


Em relação às tubulações que os alimentam, os chuveiros automáticos podem
ser instalados na posição pendente ou na posição para cima. Seja como for, devem
ser instalados, sempre, na posição prevista pelos projetistas.

Quanto à descarga de água, os chuveiros automáticos se classificam em:

Chuveiros do tipo convencional: são aqueles cujo defletor é desenhado para


permitir que uma parte da água seja projetada para cima, contra o teto, e a outra para
baixo, adquirindo forma aproximadamente esférica;
Chuveiros do tipo spray: são aqueles cujo defletor é desenhado para que a
água seja projetada para baixo, adotando forma esférica;
Chuveiros do tipo lateral: são aqueles cujo defletor é desenhado para distribuir a água
de maneira que quase a totalidade da mesma seja aspergida para frente e para os
lados, em forma de um quarto de esfera, com uma pequena quantidade contra a
parede, atrás do chuveiro;
Chuveiros do tipo especial: são aqueles projetados, por razões estéticas, para
serem embutidos ou estarem rentes ao forro falso. ESTE TIPO DE CHUVEIRO
SOMENTE PODERÁ SER INSTALADO NA POSIÇÃO PENDENTE;

109
Chuveiros de média velocidade: dotados ou não de elemento termossensível,
são fabricados com defletor para vários ângulos de descarga, fazendo com que a água
seja lançada em forma de cone;
Chuveiros de alta velocidade: são fabricados sem elemento termossensível
(aberto) e seu orifício de descarga é dotado de um dispositivo interno cuja função é
provocar turbulência na água, nebulizando e lançando-a, extremamente pulverizada,
na forma de cone. Os chuveiros podem ser revestidos ou tratados pelo próprio
fabricante com chumbo, cera, cromo, cádmio, etc., para proteção contra vapores
corrosivos e ações ambientais desfavoráveis.
Temperatura de rompimento

Temperatura Nominal (˚C) Coloração do Líquido


57° Laranja
68° Vermelha
79° Amarela
93° Verde
141° Azul
182° Roxa
183° a 260° Preta

Tipos de Sistemas de Chuveiros Automáticos

No Brasil, existem basicamente 3 tipos de sistemas de chuveiros automáticos:


 ;
 Sistema de cano seco;
 Sistema tipo dilúvio.

Observação: Para proteção em pequenas aberturas, sobre telhados, ou para


proteção de riscos especiais, pode-se instalar "cortina d’água".

Sistema de Cano Molhado


Compreende uma rede de tubulação
permanentemente cheia de água
sobpressão, em cujos ramais os chuveiros
são instalados.
Os chuveiros automáticos
desempenham o papel de detectores de
incêndio, só descarregando água quando

110
acionados pelo calor do incêndio. É o tipo
de sistema mais utilizado no Brasil.
Quando um ou mais chuveiros são abertos, o fluxo de água faz com que a válvula se
abra, permitindo a passagem da água da fonte de abastecimento. Simultaneamente,
um alarme é acionado, indicando que o sistema esta em funcionamento.

Sistema de Cano Seco


Compreende uma rede de tubulação permanentemente seca, mantida
sobpressão (de ar comprimido ou nitrogênio), em cujos ramais são instalados os
chuveiros. Estes, ao serem acionados pelo calor do incêndio, liberam o ar comprimido
(ou nitrogênio), fazendo abrir automaticamente uma válvula instalada na entrada do
sistema (válvula de cano seco), permitindo a entrada da água na tubulação.
Este sistema é o mais indicado para as regiões extremamente frias, sujeitas a
temperatura de congelamento da água, ou locais refrigerados (como frigoríficos).
O suprimento de ar comprimido (ou nitrogênio) deve ser feito por uma fonte
confiável e disponível a toda hora, devendo ser capaz de restabelecer a pressão
normal do sistema rapidamente.
Deve dispor de uma ou mais válvulas de segurança, entre o compressor e a
válvula de comando, que devem estar graduadas para aliviar ao atingir pressão acima
da prevista.

Sistema do Tipo Dilúvio


Compreende uma rede de tubulações secas, em cujos ramais são instalados
chuveiros do tipo aberto (sem elemento termo-sensível).
Na mesma área dos chuveiros é instalado um sistema de detectores ligado a
uma válvula do tipo dilúvio, existente na entrada do sistema.

111
A atuação de quaisquer detectores, ou então a ação manual de comando a
distância, provoca a abertura da válvula, permitindo a entrada da água na rede,
descarregada através de todos os chuveiros, e, simultaneamente, fazendo soar o
alarme de incêndio.
Este tipo de sistema é normalmente utilizado na proteção de hangares (galpões
para aeronaves).

Cortina D’água
A cortina d’água é um sistema que produz descargas de água em pequenas
aberturas ou sobre telhados de uma edificação, a fim de evitar a propagação de um
incêndio.
O acionamento da cortina d’água pode ser automático ou manual:
Automático: Uma válvula é mantida fechada por um sistema de alavancas
fixadas por elemento fusível. 0 sistema é acionado automaticamente pela atuação do
calor, ocorrendo a ruptura do elemento fusível e permitindo a passagem da água para
todos chuveiros, que funcionarão simultaneamente.
Manual: É aquele em que o sistema é acionado por um operador, mediante a
abertura de um registro.
Desde que atenda a demanda (vazão e pressão), o abastecimento para o
sistema cortina d’água pode ser o mesmo utilizado pelo sistema de chuveiros
automáticos da edificação. Entretanto, cada um dos sistemas deve possuir válvula de
governo independente.
Utilização do Sistema de Chuveiros Automáticos nas operações de Combate a
Incêndio.
Alguns fatores importantes devem ser considerados nas operações de combate
a incêndios em edificações protegidas por chuveiros automáticos.

112
O sistema de chuveiros automáticos estará em funciona- mento quando o
Corpo de Bombeiros chegarem ao local.
A guarnição do primeiro autobomba a chegar ao local da ocorrência, deve ligar
a bomba de incêndio da viatura no registro de recalque (facilmente identificável por ser
duplo). O autobomba deve recalcar água com a pressão de 10 kgf/cm2(150 psi),
preferencialmente através de linhas siamesas (não superiores a 30 metros). (Pressão
máxima de trabalho 12 kgf/cm2 - 180 psi).
Havendo fogo no local, devem ser armadas linhas de ataque para, em
complementação aos chuveiros automáticos, extinguir o incêndio. As válvulas de
comando do sistema somente deverão ser fechadas após a extinção do fogo ou se
estiverem ocorrendo danos ou desperdício de água.
Caso não seja possível fechar a válvula de comando, devem-se utilizar
bloqueadores de chuveiro automático.
A interrupção do funcionamento do sistema somente poderá ser feita após o
Comandante de a operação verificar a extinção do incêndio.
Quando uma válvula de comando é fechada, um bombeiro deve permanecer
junto a ela, a fim de opera-la caso haja necessidade de reabertura.

Após o término de serviço de combate a


incêndio, o sistema deve ser recolocado em
condições de operação. Os chuveiros utilizados
devem ser substituídos por outros do mesmo tipo.
A renovação e substituição dos chuveiros
devem ser feitas com chave própria, e, para isso,
são adotadas as seguintes providencias:
 Fechar a válvula de comando;
 Abrir a(s) válvula(s) de dreno;
 Remover o chuveiro automático;
 Substituir o chuveiro por outro do mesmo
tipo;
 Abrir a válvula de comando;
 Abrir válvulas de teste para retirar o ar
contido no sistema;
 Fechar válvula(s) de dreno.
 O abastecimento de água somente devera
ser interrompido após a inspeção final do
local.

Inspeção de Bombeiros

113
Durante atendimento a ocorrência de incêndio ou durante inspeção em edificações
protegidas por sistema de chuveiros automáticos, o bombeiros deve verificar:
 Se toda a edificação esta protegida por chuveiros automáticos, inclusive as
modificações e/ou ampliações;
 Se as mercadorias estocadas estão devidamente protegidas por chuveiros
automáticos e se estas não obstruem a descarga de água;
 Se todas as válvulas do sistema estão operando normalmente e se não estão
obstruídas;
 Se todas as válvulas, equipamentos e dispositivos do sistema estão em bom
estado de conservação;
 Se o sistema de automatização da bomba de recalque esta funcionando;
 Se o painel de sinalização e alarme está funcionando;
 Se o sistema encontra-se sobpressão;
 Se o sistema de teste de dreno está funcionando corretamente (testar através
das conexões para teste) ;
 Se o registro de recalque do sistema se encontra desobstruído e em perfeito
estado de conservação e funcionamento;
 Se o ar comprimido (ou nitrogênio) e a água no sistema de cano seco estão em
seus níveis normais;
 Se o compressor de ar se encontra em bom estado de conservação;
 Se os alarmes (hidráulicos e/ou elétricos) funcionam normalmente;
 Se existem chuveiros para reposição.

114
ESCADAS DE BOMBEIROS

OBJETIVOS

Identificar todas as escadas portáteis e definir-lhes o uso. Saber como


transportar, posicionar e armar escadas portáteis. Demonstrar como subir e descer em
todos os tipos de escadas. Saber como trabalhar com ferramentas e equipamentos em
escadas, com segurança. Demonstrar os vários métodos de descer pessoa ferida.
Demonstrar procedimentos de limpeza da escada. Conhecer a carga máxima
permitida nas diversas escadas. Conhecer os procedimentos de segurança no
manuseio e uso de escadas. Saber como realizar testes de força e resistência para as
escadas.
No desempenho de suas funções, o bombeiro tem frequente necessidade de
atingir níveis diferentes em prédios, quer para melhor combater o fogo, quer para
efetuar salvamentos.
Como nem sempre é possível à utilização das escadas do prédio, torna-se
necessário que o Corpo de Bombeiros disponha de escadas de tipos diversos e de
manejo fácil e rápido.
Considerando que o serviço de bombeiros exige rapidez e precisão,
conjugadas ao máximo de segurança possível, conclui-se que as escadas de
bombeiro devem ter desenhos especiais, bem como serem construídas com materiais
que reduzam seu peso, sem prejudicar sua resistência.
Tipos de Escada
Os tipos de escada portátil utilizados pelo bombeiro são:

 Escada simples.
 Escada de gancho ou de telhado.
 Escada prolongável.
 Escada crochê.
 Escada de bombeiro.
 Escada prolongável com suportes.

Escada Simples: É a escada comum, com um só lanço, constituída de dois


banzos rígidos e paralelos, unidos por degraus. Características:

Número de lances: 1
Comprimento: de 4 a 8m
Carga admissível: 2 homens, mais equipamento.

115
Transporte: agilizar o emprego da escada
simples, deve-se transportá-la para o posicionamento
com os pés voltados para frente, e recolhê-la com o topo
voltado para frente. Para início do transporte, a escada
estará no solo. A escada estará deitada com os dois
banzos no solo, sendo necessário levantar um deles para
o início do transporte. Para um bombeiro levantar a
escada, deve abaixar-se ao lado da escada na sua parte
central, segurar nos degraus, retirar um banzo do chão e
levantar-se, erguendo a escada e colocando-a na posição
desejada.

Para que dois bombeiros levantem a escada, devem abaixar-se ao lado e nas
extremidades da escada, segurar nos degraus, retirando um banzo do chão, e
levantar-se, erguendo a escada e colocando-a na posição desejada. Havendo três ou
mais bombeiros, dois posicionam-se nas extremidades da escada e os demais em
posições equidistantes entre si.

A forma de transporte da escada varia conforme


os obstáculos no local, o número de homens a transportá-
la e a comodidade de transporte.
A escada simples pode ser transportada no
ombro, na mão sobre o ombro, debaixo do braço e acima
da cabeça.
Para a escada ser devolvida à posição original,
deve-se proceder de forma inversa.
Transporte por um bombeiro, no ombro, a partir do solo:
 Levantar a escada pelos degraus.
 Colocá-la no ombro, passando o braço entre os
banzos.
 Firmar a escada com as mãos.

116
 Os pés da escada devem estar ligeiramente mais
baixos.

Transporte por dois bombeiros, no ombro, a partir do solo:


 Levantar a escada pelos degraus.
 Erguer a escada até à altura do ombro.
 Colocá-la no ombro, passando o braço por entre os degraus.
 Firmar a escada com a mão.

Transporte por um ou mais bombeiros,


debaixo do braço, a partir do solo:
Levantar um banzo do solo.
Erguer a escada.
Sustentar a escada com uma das mãos, à
altura do quadril.
Passar o outro braço por sobre a escada.
Segurar o banzo de baixo.

Transporte por um ou mais bombeiros, acima da cabeça, a partir do solo:

 Colocar a escada na posição sobre o ombro.


 A mão, oposta ao ombro em que está a escada,
segura o banzo de cima.
 A mão do lado da escada segura o banzo inferior.
 Levantar a escada acima da cabeça.

117
Posicionamento da Escada Simples: para o melhor
emprego de uma escada, deve-se posicioná-la de forma
correta. A seguir, expõem-se dois métodos.

Posicionamento por um bombeiro:


 Colocar o pé da escada no solo, afastado do obstáculo, a
uma distância que permita ângulo ideal de inclinação.
 Girar a escada para que os dois pés fiquem apoiados no
solo.
 Levantá-la, avançando em direção aos pés da escada.
 Encostar o topo da escada no obstáculo.

Escada de Gancho (ou de Telhado): É uma das adaptações da escada


simples. É dotada de ganchos móveis montados em suportes fixos no seu topo, que
podem ser dobrados para facilitar seu transporte e acondicionamento. Os ganchos
prestam-se a apoiar a escada em cumeeira, parapeitos, etc., tornando-a segura e
estável, mesmo sem apoio dos pés no solo.

Características:
Número de lanços: 1
Comprimento: de 4 a 6m
Carga admissível: l2 homens, mais equipamento.

Escada Prolongável: a escada é constituída por dois


lanços. O lanço superior desliza sobre guias que estão no
lanço base. Possui “cliques” na extremidade inferior do
lanço superior, cuja finalidade é encaixar e travar nos
degraus do lanço base. Possui guarnição própria para
seu emprego, embora possa ser manuseada por um ou
dois bombeiros.
A guarnição é composta por três homens.

118
Os integrantes da guarnição recebem a seguinte
denominação:

 Chefe da guarnição.
 Armador da direita.
 Armador da esquerda.

Características:
Número de lanços: 2
Comprimento: de 4 a 8m
Carga admissível: 1 homem por lanço,
mais equipamento.

Escada de crochê: a escada


crochê é formada por dois banzos
paralelos, dobráveis ao meio,
unidos por degraus e curvos no
topo, formando ganchos. Permite
ao bombeiro subir ou descer andar
por andar, pelos parapeitos,
sacadas ou janelas.

Serve ainda para uso em locais que não permitem o emprego de escadas maiores.
Esta escada deve ser sempre sustentada pelo gancho.

Características:
Número de lanços: 2
Comprimento: 4m
Carga admissível: 1 homem mais
Equipamento

Operações em Escada para operar com escada, o bombeiro deve observar, sempre,
todos os princípios básicos de utilização.
Subir e Descer Escadas:
 O bombeiro deve tomar posição junto à escada, colocando um dos pés no
primeiro degrau pela planta do pé e, com uma das mãos, empunhar o degrau
na altura dos olhos.
 Iniciar a escalada colocando o outro pé no degrau superior, alternando as
mãos nos degraus, tendo o cuidado de não avançar mais que um de cada vez,
para cada pé ou mão.
 Manter o corpo na vertical, braços estendidos e pernas sempre na frente do
corpo, nunca de lado.
 Impulsionar o corpo com as pernas e nunca puxar o corpo com os braços.
 Olhar sempre para frente, no nível da mão.
 Evitar que a escada balance.
 Subir e descer escadas com equipamento sempre que possível, a subida e
descida do equipamento deverá ser feita com o cabo de elevação ou com o
equipamento fixado ao corpo. Somente em circunstâncias extremas o

119
bombeiro poderá conduzir o equipamento em uma das mãos. Nesta situação, a
outra mão do bombeiro desliza pelo banzo.
 Descer Escada com Vítima sempre que possível, a vítima deve estar amarrada
por um cabo de segurança. Vítima consciente a vítima consciente desce a
escada amparada pelo bombeiro.
 Colocar os braços sob os braços da vítima.
Segurar nos degraus próximos ao centro, ficando com os braços ao redor da vítima.
Vítima inconsciente “Método de frente” colocar os braços sob os braços da vítima. As
mãos seguram os degraus. Colocar os pés da vítima para fora dos banzos. Apoiar a
vítima com o joelho, entre as pernas. A vítima fica face a face com o bombeiro. Descer
o degrau, primeiramente com a perna livre.

Recomendações:

 Conferir o ângulo de inclinação.


 Colocar e ancorar a escada.
 Amarrar o cabo de arvorar nas escadas
prolongáveis.
 Subir a escada com suavidade e ritmo.
 Trabalhar sempre com o cinto de segurança e
com trava de perna.
 Usar o equipamento de proteção individual (cinto
de segurança, luva e capacete).
 Ao arvorar a escada, não colocar o pé ou a mão
sobre os degraus do lanço base ou na parte
interna do banzo.
 Ao arvorar a escada não passar o braço por entre
os degraus.
 Ao se deparar com obstáculos, tais como postes,
árvores, toldos, buracos, contorná-los.
 Armar a escada, atentando para a estrutura e objetos soltos e frágeis, tijolos e
reboco soltos. Objetos nos parapeitos e vidros podem cair quando atingidos
pelo topo da escada, causando ferimentos nos bombeiros.
 Erguer a escada com os músculos da perna, mantendo o tronco ereto.
 Ao utilizar a escada de crochê ou de bombeiro, transpor o parapeito segurando
apenas no gancho.
 Ao armar a escada em solo instável, providenciar sapatas para os pés da
escada (tábuas, pedaços de madeira).

 Limpeza e Inspeção Visual


 Para limpeza das escadas, Usar:
 Água com sabão (para sujeira comum).
 Detergente (para graxa e óleo).
 Escova.
 Água corrente.
 Pano para secar.

 INSPECIONAR:
 Lascas (farpas).
 Cabo de arvorar gasto.

120
 Banzos ou degraus curvados, flexionados ou amassados.
 Partes soltas.
 Rachaduras (fissuras).
 Apodrecimento.
 Desgaste incomum.
 Analisar o manual do fabricante para avaliação da vida útil da escada.
 As partes danificadas devem ser substituídas.

ENTRADAS FORÇADAS

OBJETIVOS
Identificar e conhecer o uso de ferramentas manuais. Conhecer os métodos de
operação de cada ferramenta e equipamento de entradas forçadas. Conhecer os
métodos de execução de entradas forçadas, objetivando o uso mais eficaz das
ferramentas e causando o mínimo de danos possível.

Introdução:
Entrada forçada é o ato de adentrar em um recinto fechado utilizando-se de
meios não convencionais.
Deve-se tentar causar o menor dano possível, evitando ao máximo o
arrombamento. Existem diferentes métodos de entradas forçadas que podem ser
utilizados para se retirar um único obstáculo. Cabe ao bombeiro optar por aquele que
causará menor dano e for o mais rápido. Entende-se por obstáculo toda obstrução que
impede a passagem do bombeiro.
Lembrar: o melhor método de entrada nem sempre está à mostra. O bombeiro
deve procurá-lo.
Consiste de uma lingueta dentro de uma caixa de metal, que é encaixada no
batente da porta. Neste, há um rebaixo onde a porta encosta.

Fechadura do Tipo Tambor Não Cilíndrico Saliente

121
Caso a fechadura seja tipo tambor não cilíndrico e esteja saliente, deve-se usar
um martelo e, com batidas sucessivas, forçá-lo a entrar, empurrando-o.
A seguir, introduzindo-se uma chave de fenda no vazio deixado pelo tambor,
força-se a lingueta para dentro da caixa da fechadura.

Fechadura do Tipo Tambor Cilíndrico Saliente

Chave de grifo ou alicate de pressão para girar o cilindro, quebrando, desta


forma, o parafuso de fixação do tambor e soltando o cilindro, e força-se a lingueta para
dentro da fechadura.

Fechadura do Tipo Tambor Rente


Se o tambor não estiver saliente, coloca-se um punção no meio do tambor e,
batendo com um martelo, empurra-se o tambor para que saia do lado interno. Com

122
uma chave de fenda introduzida no vazio deixado pelo tambor, força-se a lingueta para
dentro da fechadura. Usa-se este processo para qualquer formato de tambor.

Fechadura Embutida
Se a fechadura estiver na maçaneta, utiliza-se uma
alavanca pé-de-cabra, encaixando-a entre a porta e a maçaneta,
forçando-a. A partir daí, surgem duas situações: o tambor sai
com a maçaneta, neste caso, utilizando-se a chave de fenda,
procede-se como já descrito; o tambor permanece e a maçaneta
sai caso típico de “tambor saliente”.

Cadeados e Correntes

Cadeados e correntes podem ser cortados com o emprego do corta a frio, ou


cunha hidráulica de corte, tipo.

Portas: antes de
forçar qualquer porta, o
bombeiro deve sentir o calor
usando o tato (mãos). As

123
portas podem estar
aquecidas a grandes
temperaturas, o que deve
exigir todo cuidado para sua
abertura, porque será
possível encontrar situações
em que pode ocorrer até
mesmo uma explosão
devido às condições
extremas do ambiente.
O bombeiro encarregado de abrir a porta deve conhecer várias condições, para
não incorrer no erro de uma abertura perigosa, tanto para o pessoal, como para o
controle do incêndio.
O primeiro cuidado com portas aquecidas é abri-las parcialmente, observando
as condições do ambiente: lufadas de fumaça escura, pequenos focos com labaredas
baixas e intenso calor são indicativos de possível explosão ambiental. Neste caso,
cientificar prontamente o chefe imediato. Em incêndios em locais confinados, toda a
abertura, principalmente de portas, deve ser feita com esse cuidado.
Portas Comuns
Podem ser com painéis de vidro, de
sarrafos, maciças, ocas ou mistas.

As dobradiças e os batentes devem ser verificados para determinar o sentido


da abertura, que pode ser para dentro ou para fora do ambiente.

Abertura para dentro do ambiente sabe-se


que uma porta abre para dentro do
ambiente pelo fato de não se ver suas
dobradiças, embora a parte conhecida
como batedeira (parte do batente onde a
porta encosta) fique à mostra. Para
verificar se existem trincos, deve-se forçar
124
a porta de cima até embaixo, do lado da
fechadura.

A porta apresentará resistência nos pontos em que se encontra presa


ao batente, ou seja, onde há trincos.
A ponta de uma alavanca é colocada entre o batente e a porta,
imediatamente acima ou abaixo da fechadura. Para se colocar a ponta
da alavanca neste local, usa-se a machadinha para lascar a batedeira e
expor o encontro da porta com o rebaixo do batente. Isto feito força-se a
outra extremidade da alavanca na direção da parede, afastando-a do
batente. Nesta fresta, insere-se outra alavanca, forçando-a na direção
da porta até abri-la. Repetir a operação para os demais trincos se
houver.
No caso de não existir batedeira (encosto), o encontro da porta
com o batente estará à mostra, bastando à utilização das alavancas
para abrir a porta.

Abertura para fora do ambiente


O mais comum é que as dobradiças estejam à mostra. Neste
caso, ao se retirarem os pinos com a lâmina do machado ou martelo e
formão, a porta, ou janela, se soltará. Em seguida, usam-se duas
alavancas juntas e, alternando movimentos com elas, afasta-se a porta
do batente, retirando-a.

Não estando às dobradiças à mostra, usa-se alavanca encaixada


imediatamente acima ou abaixo da fechadura, forçando-se a ponta
desta na direção da parede, até o desencaixe da lingueta. Repetir a
operação para os demais trincos se houver.

Portas duplas
São portas com duas folhas, geralmente uma delas fixada ao piso, na travessa do
batente ou em ambos, e a outra é amparada por ela. Para abri-las, utiliza-se o mesmo
processo usado em porta de uma folha, com a ressalva de que, nas portas duplas, a
alavanca será encaixada entre as duas folhas.

Portas de Enrolar

São feitas de metal e são abertas


empurrando-as de baixo para cima. Estas
portas geralmente têm dois tipos de trava:
uma junto ao chão e outra nas laterais.

125
A trava junto ao chão pode ser
eliminada de diferentes maneiras:

Se for um cadeado que prende a porta à argola fixada ao chão e se ele estiver
à mostra, será cortado com o corta a frio.
Se for uma trava tipo cilindro que prende a porta à argola e se estiver à mostra, bate-
se com um malho no lado oposto da entrada da chave na fechadura, o que deslocará
o cilindro, destravando a porta.
Se for um cadeado ou uma chave tipo cilindro que não está à mostra, libera-se
a porta das travas laterais e coloca-se uma alavanca grande, ou a cunha hidráulica,
entre a porta e o piso, próxima à fechadura. Força-se a porta para cima, o que fará
com que a argola desprenda-se do chão.
Se houver dificuldade no desenvolvimento dos métodos anteriores, pode-se
cortar a porta em volta da trava com o motoabrasivo ou com o martelete pneumático.
Após a abertura da porta, retirar o pedaço que ficou no chão, para evitar acidentes.
Existindo hastes horizontais, cortam-se suas pontas com o motoabrasivo, o
mais próximo dos trilhos quanto for possível. O bombeiro saberá onde estão às
hastes, tomando por base uma linha horizontal que parte da fechadura até o trilho.

Portas de Placa que Abrem sobre a Cabeça (basculante)


É constituída de uma única placa com eixos horizontais nas suas laterais, que
possibilitam sua abertura em movimento circular para cima. Seu sistema de
fechamento é na parte inferior, junto ao solo, podendo haver travas nas laterais e até
mesmo na parte superior, dependendo da exigência do usuário. Para sua abertura,
são utilizados os mesmos métodos empregados na abertura das portas de enrolar,

126
tomando-se o cuidado de forçar a porta no seu sentido de abertura. Todas as portas
que abrem sobre a cabeça devem ser escoradas, após abertas.

Portas Corta Fogo são portas que


protegem a edificação contra a propagação
do fogo. Quanto à forma de deslocamento,
podem ser verticais ou convencionais
(abertura circular).

As portas de deslocamento vertical e horizontal permanecem abertas, fechando-se


automaticamente quando o calor atua no seu mecanismo de fechamento. Estes tipos
de portas não necessitam ser forçadas, pois se abrem naturalmente com o esforço no
sentido de seu deslocamento.
As portas corta fogo convencional são dotadas de dobradiças e lingueta e, em
certas circunstâncias, abrem para o exterior da edificação. Nestes casos, possuem
maçaneta apenas do lado interno.
Se a dobradiça estiver à mostra, deve-se retirar o pino da mesma com uma
talhadeira e martelo, ou cortar parte da dobradiça com o moto abrasivo, e retirar a
porta, tomando cuidado para que não caia sobre o bombeiro. Se a porta for de uma
folha, a lingueta poderá estar à mostra.
Neste caso, pode-se forçá-la para fora com uma alavanca colocada entre a
porta e o batente, imediatamente acima ou abaixo da fechadura, fazendo a lingueta
soltar do seu encaixe, ou ainda, com o moto abrasivo, cortar a lingueta da fechadura.
Se a porta for de duas folhas ou a lingueta estiver escondida pela batedeira, pode-se,
com moto abrasivo, cortar partes desta batedeira, e, logo após, a lingueta.
Portas Metálicas
Portas metálicas de fechamento circular (convencional)
As portas de uma folha que abrem para fora do ambiente são
tratadas de forma idêntica às portas corta fogo. Quando abrem
para dentro do ambiente têm à mostra a batedeira metálica que
deve ser cortada com o moto abrasivo, bem como a lingueta que
aparecer.
As portas de duas folhas podem abrir para dentro ou para
fora do ambiente, sendo uma destas folhas fixadas no piso e na
travessa do batente e a outra amparada por esta, trancada por
um trinco horizontal. Com o moto abrasivo corta-se a batedeira e
o trinco, o qual será localizado pela resistência oferecida.
127
Portas metálicas de fechamento horizontal
As portas de uma folha são difíceis de serem forçadas
porque, em sua grande maioria, seu sistema de fechamento está
por dentro da edificação, protegido por uma aba de alvenaria
externa. Nestes casos, deve-se que efetuar a abertura na chapa
com o moto abrasivo.
As portas de duas folhas fechadas por corrente e
cadeado podem ser abertas facilmente com o corta a frio.
Painéis de Vidro
Painéis de vidro comum
O bombeiro deve posicionar-se acima e ao lado do painel a ser quebrado, para
não ser atingido pelos cacos.
Deve utilizar uma ferramenta longa (machado, croque) para manter-se afastado
e bater no topo do vidro, conservando suas mãos acima do ponto de impacto,
utilizando a escada sempre que necessário. Utilizando a lâmina do machado, deve-se
retirar os pedaços de vidro que ficarem nos caixilhos da moldura, para que não
venham a ferir os bombeiros, nem tampouco danificar o material (mangueira, por
exemplo) que irá passar pela entrada.
Após a operação, o bombeiro deve remover os cacos para local apropriado.
Quando necessário, o bombeiro deverá colar fita adesiva no vidro, em toda sua área,
deixando as pontas da fita coladas em toda a volta da moldura.
Ao ser quebrado o vidro, os cacos não cairão, ficando colados na fita, evitando
acidentes. Para retirar os cacos, soltam-se as pontas das fitas coladas na moldura, de
cima para baixo. Sempre que quebrar vidros, o bombeiro deverá usar o EPI
necessário (viseira, luva, capacete, capa e bota com a boca fechada, evitando, assim,
a penetração de vidro em seu interior).

128
Painéis de vidro temperado
O vidro temperado sofre um tratamento especial que o torna mais flexível e
resistente ao choque, à pressão, ao impacto e às variações de temperatura. Para
quebrar um painel de vidro temperado o bombeiro deve procurar pontos de fissuras
para força lós.
Estes pontos localizam-se nas proximidades da fixação do painel à parede
(dobradiços pinos). Com uma ferramenta longa (machado, croque) deve bater com as
laterais ou com as pontas como punção em um dos pontos de fissura, posicionando-se
acima e ao lado do painel, conservando as mãos acima do ponto de impacto. Quando
quebrado, este vidro fragmenta-se repentinamente em pedaços cúbicos pequenos.
Após a quebra, os cacos devem ser removidos para local apropriado. Quando
necessário, o bombeiro pode utilizar fita adesiva para impedir que os cacos caiam.

129
Portas de Vidro
Portas de vidro comum
O painel de vidro estará circundado por uma moldura, na
qual se encontram a fechadura e as dobradiças. Esta porta é
semelhante à porta comum. O painel de vidro, porém, irá partir-
se, se sofrer impacto, torção ou compressão.
Por isso, os métodos que podem ser utilizados para abrir
a porta, sem quebrar o painel de vidro, são: forçar com chave de
grifo o tambor da fechadura, se este for cilíndrico e saliente, e
retirar os pinos das dobradiças, se a porta abrir para fora do
ambiente e estas estiverem à mostra.
Se não for possível a utilização dos métodos anteriores, o
bombeiro deverá utilizar o método de quebrar painéis de vidro,
usando sempre EPI.

Portas de vidro temperado


Estas portas têm custo bem superior ao das portas
comuns e, assim, sempre que possível, deve-se utilizar outros
métodos de entrada forçada, antes de quebrar o painel.
Primeiramente, verificar se é possível forçar, com chave de grifo,
o tambor da fechadura, se este for cilíndrico e saliente. Se não
for possível, pode-se cortar a lingueta da fechadura, que neste
tipo de porta geralmente está à mostra, com o moto abrasivo ou
arco de serra. Para quebrar o painel de uma porta de vidro
temperado, utiliza-se a mesma técnica empregada para quebrar
painel de vidro comum, batendo, porém com a ferramenta
escolhida próximo às dobradiças ou fechaduras, e utilizando o
EPI necessário.
Vitrôs e Janelas

Janelas e vitrôs são colocadas nas aberturas das paredes para permitir que o ar e a
luminosidade entrem. Neste manual não será feita distinção entre vitrô e janela.
Ambos receberão a denominação de janela.

Janelas com Painéis de Vidro

Para realizar a entrada forçada em janelas com painéis de vidro, deve-se forçar
levemente, com uma alavanca, a moldura, no sentido de sua abertura. Se não houver
êxito, o vidro deve ser quebrado como descrito em técnica de forçar painéis de vidro,

130
pois a reposição do vidro é mais fácil que a do caixilho. Em seguida, liberam-se os
trincos ou trancas que seguram a moldura e abre-se a janela, se necessário.

Janelas de Deslocamento Horizontal e Vertical

Janelas de madeira ou metálicas que têm deslocamento horizontal ou vertical devem


ser forçadas com uma alavanca pequena, introduzida entre a folha e o batente, ou
entre as folhas, se for o caso. Se o trinco não ceder, ficará à mostra pelo esforço
sofrido ou pela deformação do caixilho. Caso não se consiga liberar o trinco com as
mãos ou com chave de fenda, deve-se romper o mesmo com alavanca ou outra
ferramenta apropriada e abrir a janela.

Janelas de Duas Folhas de Abertura Circular


(convencional)
Janelas de duas folhas de madeira ou de metal de
abertura circular horizontal podem ter a dobradiça à
mostra. Retirando-se os pinos da dobradiça, as folhas
sairão.
Se as dobradiças não estiverem à mostra, deve se
introduzir duas alavancas entre as folhas, uma abaixo e
outra acima, e forçá-las no sentido da batedeira. Isso fará
com que a folha sem o trinco se solte.

Grades
As grades de proteção das janelas serão cortadas com moto abrasivo, cunhas
hidráulicas ou retiradas da parede com alavanca.

131
Paredes
São obras de alvenaria ou outro material
que vedam externamente as edificações ou
as dividem, internamente, em
compartimentos.
Parede estrutural
É aquela que faz parte da estrutura da
edificação, sendo responsável por sua
estabilidade. Na medida do possível, não
se deve efetuar a entrada forçada por
paredes estruturais.
Parede de vedação
Normalmente de tijolos ou blocos, serve para vedar e compartimentar o
ambiente, não fazendo parte da estrutura da edificação.
Em meio às paredes de vedação, existem colunas e vigas de sustentação, as
quais não devem ser forçadas.
Paredes de Alvenaria
A abertura de paredes, lajes e pisos de alvenaria é
chamada de arrombamento.
O arrombamento em parede de alvenaria pode ser feito com
malho, talhadeira, alavanca e martelete hidráulico de
pneumático.

A parte superior da abertura deve ser feita em arco, com menor raio possível,
suficiente para permitir a passagem do bombeiro e material.

Pisos
Basicamente os pisos são de concreto ou de madeira.

Pisos de concreto
A necessidade de se realizar a entrada forçada através
do piso de concreto deve ser cuidadosamente avaliada,
porque o piso isola a propagação do fogo. Esse
procedimento cria riscos aos bombeiros e é de difícil
execução.
Pode-se utilizar o martelete (britadeira) para quebrar a
laje com maior rapidez ou, na falta deste, utilizar malho,
talhadeira, picareta ou alavanca.
132
Pisos de Madeira
O piso de madeira é encontrado em algumas edificações antigas. É formado por
tábuas, revestidas ou não, que se apoiam em vigas também de madeira.
Para fazer a entrada forçada neste piso, deve-se introduzir a alavanca ou outra
ferramenta na fresta da extremidade da tábua, forçando-a para cima. Na abertura
produzida pela retirada da parte da tábua, introduzir outra alavanca, mais próxima
possível da viga, forçando a tábua para cima. Proceder assim até que a tábua
desprenda-se totalmente da viga. Retirando a primeira tábua, as demais sairão
facilmente, ao se bater nelas com um martelo ou outra ferramenta, de baixo para cima.
Encontrando dificuldade em visualizar a fresta, podem-se cortar as tábuas com um
machado, tomando cuidado para não cortar a viga, o que comprometeria a
estabilidade do piso.

Telhados
O bombeiro deve analisar a edificação para ter certeza de sua estabilidade.
Rachaduras, sons característicos e superaquecimentos em estruturas metálicas são
alguns sinais de comprometimento da estrutura e da inviabilidade de forçar entrada
pelo teto (devido a colapso iminente).
O bombeiro deve chegar ao telhado em segurança e verificar:
O tipo de telha — as mais comuns são de barro cozido e de fibrocimento (as quais são
maiores, mais pesadas e fixadas às travessas do telhado por parafusos ou pregos).
O superaquecimento da telha — isto indicará que sob ela
existe grande quantidade de calor e, se for removida,
chamas e gases sairão pela abertura.
O que existe sob as telhas — a existência de laje e outros
obstáculos pode tornar inviável a entrada.

133
Para andar no telhado, o bombeiro deve pisar sobre os degraus da escada de gancho,
colocado sobre o telhado. Isto dará uma melhor distribuição de peso, evitando que o
bombeiro quebre o telhado e caia dentro do ambiente.

Para retirar uma telha de barro cozido, deve-se levantar a camada de telhas que está
sobre ela e puxá-la lateralmente.

Para retirar as telhas de fibrocimento, o bombeiro deve desparafusá-las das travessas


do telhado e puxá-las no sentido longitudinal.

134
As telhas também podem ser quebradas ou cortadas utilizando-se, para isto,
machado, motoabrasivo ou outra ferramenta. Para descer ao ambiente, o bombeiro
deve utilizar escada de gancho, a qual ficará no local até que o bombeiro providencie
outra via de fuga do ambiente.

Forros
Os forros podem ser feitos de sarrafo, gesso, cerâmica,
painéis de metal ou aglomerados. Para retirá-los, o
bombeiro deve puxá-los para baixo com uma alavanca ou
o croque, forçando depois os sarrafos que lhes dão
sustentação.

Divisórias
Utilizadas para compartimentar ambientes, são muito
empregadas em prédio de escritórios.

135
Divisórias Comuns
Para fazer a entrada forçada em divisórias de gesso, madeira ou aglomerados,
deve-se introduzir uma alavanca entre o caixilho e a placa, próximo ao piso. Outra
alavanca deve ser colocada no mesmo encaixe, na parte de cima da placa. A seguir,
forçar as alavancas em direção ao caixilho e a placa sairá do seu encaixe. O bombeiro
deve estar atento à fiação elétrica no interior da divisória, e desligar a chave elétrica do
ambiente.

Divisórias de Metal
As divisórias de metal são fixadas em colunas de
madeira, por parafusos, e em colunas de metal, por
parafusos, arrebites ou soldas.
Quando não for possível retirar os painéis
soltando os parafusos com a chave de fenda, ou
retirando os arrebites com martelo ou talhadeira, pode-se
utilizar o motoabrasivo para cortar a chapa, sempre que
possível próximo às colunas, onde é menor a vibração.

Cercas
As cercas podem ser de madeira, metal, alvenaria (muro) e telas de arame.
Ao invés de entrar por cercas, há sempre a possibilidade de transpô-las. O
procedimento a ser tomado ficará a cargo do comandante da operação, que analisar a
situação, levando em consideração os seguintes aspectos:
Material a ser transposto com os bombeiros;
Urgência do serviço;
Facilidade na operação e na recuperação do local
depois dos trabalhos.
Os portões destas cercas são normalmente
trancados com correntes e cadeados, que podem ser
cortados com o corta a frio.

136
Cercas de Madeira
São constituídas de tábuas pregadas em travessas. Para efetuar
abertura, despregam-se as tábuas com o uso de alavanca ou
martelo.

Cercas de Metal (Grades)


Quando as grades forem fixadas às colunas por parafusos, deve-
se utilizar chave de fenda e/ou chave inglesa para retirá- los,
soltando toda a grade. Se as grades forem soldadas nas
colunas, utiliza-se motoabrasivo ou cunha hidráulica para afastá-
las das colunas ou cortá-las, de preferência próximo às colunas,
onde há menor vibração e a eficiência no corte é maior.

Cercas de Alvenaria (Muros)


Se o muro for alto e suficientemente seguro para
fazer uma abertura que permita a entrada do
homem e do material, aplica-se o mesmo método
de arrombamento de parede de alvenaria. Se não
houver segurança suficiente, é aconselhável
retirar todos os tijolos entre duas colunas.

137
Cercas de Tela ou Arame

O arame ou tela deve ser cortado com alicate ou corta frio


próximo de uma das estacas ou colunas que o sustenta. O
bombeiro deve permanecer do lado oposto à tensão, para que
não venha a ser ferido pelo deslocamento do arame ou tela.
Após o corte dos fios da cerca, deve-se puxá-los para junto da
estaca que os mantêm presos, para evitar acidentes ou danos
materiais.

Ferramentas
Para que o bombeiro execute entradas forçadas, necessita de
ferramentas e equipamentos que tornem isto possível, bem
como conhecer sua nomenclatura e emprego.

01- Motor de Bombeamento de Óleo Hidráulico


Aparelho destinado à compressão do óleo hidráulico, para o funcionamento das
ferramentas de corte, alargamento e extensão
02- Moto Abrasivo
Aparelho com motor que, mediante fricção, produz cortes em materiais
metálicos e em alvenarias.
03- Eletrocorte
Aparelho destinado ao corte de chapas metálicas.
04- Oxicorte
Aparelho destinado ao corte de barras e chapas metálicas.

138
5 e 6-Cunha Hidráulica
Equipamento composto por duas sapatas expansíveis, formando uma cunha,
que abre e fecha hidraulicamente. Presta-se a afastar certos obstáculos.
08- Arco de Serra
Ferramenta constituída de uma armação metálica de formato curvo que
sustenta uma serra laminar. Destina-se a efetuar cortes de metais.
09- Martelete Hidráulico e Pneumático
Ferramenta que serve para cortar ou perfurar metais e cortar, perfurar ou
triturar alvenaria.
11- Alavanca multiuso
Possui uma extremidade afilada e chata formando uma lâmina, em cuja lateral
estende-se um punção, em cujo topo há uma superfície chata. Na outra extremidade
há uma unha afilada com entalhe em “V”.
12- Punção
Ferramenta de ferro ou aço, pontiaguda, destinada a furar ou empurrar peças
metálicas, com uso de martelo.
13- Talhadeira
Ferramenta de ferro ou aço, com ponta achatada, destinada a cortar alvenaria,
com uso de martelo.
14- Alavanca pé-de-cabra
Possui uma extremidade achatada e fendida, à semelhança de um pé-de-
cabra. É muito utilizada no forçamento de portas e janelas por ter pouca expessura, o
que possibilita entrar em pequenas fendas.
15- Alavanca
Barra de ferro rígida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados.
Apresenta-se em diversos tamanhos ou tipos.
 Alavanca de unha
Alavanca utilizada nas operações que necessitam muito esforço. Possui uma
extremidade achatada e curva que possibilita o levantamento de grandes pesos, e um
corte em “V” para a retirada de pregos.
 Alavanca de extremidade curva
Também denomina-se alavanca em “S”. Possui extremi-dades curvas, sendo uma
afilada e outra achatada.
17- Alicate
Ferramenta destinada ao aperto de pequenas porcas, corte de fios metálicos e
pregos finos.
18- Chave de Grifo

139
Ferramenta dentada, destinada a apertar, desapertar ou segurar peças
tubulares.
19- Chave Inglesa
Substituem, em certos casos, as chaves de boca fixa. É utilizada para apertar
ou desapertar parafusos e porcas com cabeças de tamanhos diferentes, pois sua boca
é regulável.
20- Martelo
Ferramenta de ferro, geralmente com um cabo de madeira, que se destina a
causar impacto onde for necessário.
21- Corta Frio
Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças metálicas
22- Machado
Ferramenta composta de uma cunha de ferro cortante fixada em um cabo de
madeira, podendo ter na outra extremidade formato de ferramentas diversas.
23- Malho
Ferramenta similar a um martelo de grande tamanho, empregado no trabalho
de arrombamento.
24- Picareta
Ferramenta de aço com duas pontas, sendo uma pontiaguda e a outra
achatada. É adaptada a um cabo de madeira e empregada nos serviços de
escavações, demolições e na abertura de passagem por obstáculo de alvenaria.
25- Croque
É constituído de uma haste, normalmente de madeira ou plástico rígido, tendo
na sua extremidade uma peça metálica com uma ponta e uma fisga.
Alicate de pressão
Ferramenta destinada a prender-se a superfícies cilíndricas, possibilitando a
rotação das mesmas e possuindo regulagem para aperto.
Chave de Fenda
Ferramenta destinada a encaixar-se na fenda da cabeça do parafuso, com
finalidade de apertá-lo ou desapertá-lo.
Cuidados
 Alguns cuidados básicos devem ser tomados ao se efetuar uma entrada
forçada:
 Verificar a estabilidade da edificação ou estrutura antes de entrar;
 Verificar se portas e janelas encontram-se abertas, antes de forçá-las;
 Transportar ferramentas com segurança;
 Identificar atmosfera explosiva. Na dúvida, agir como se fosse;

140
 Manter-se em segurança, quando estiver quebrando vidros, e remover todos os
cacos;
 Escorar todas as “portas que abrem acima da cabeça”, bem como as portas
corta fogo, após a abertura;
 Utilizar o EPI completo;
 Manter pessoas afastadas durante a operação;
 Desligar a chave elétrica quando houver fiação no obstáculo;
 Lembrar que uma abertura grande normalmente é mais eficaz e mais segura
que várias pequenas;

141
142
PROVA REFERENTE AO MÓDULO II

1. Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor
para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Quais são os
métodos de extinção?
A. Resfriamento, retirada de materiais e quebra da reação química
em cadeia.
B. Resfriamento, abafamento, retirada de materiais, isolamento do
fogo e quebra da reação química em cadeia.
C. Resfriamento da reação química, abafamento, retirada de
materiais e quebra da reação química em cadeia.
D. Resfriamento, abafamento, retirada de materiais.
E. Resfriamento, abafamento, retirada de materiais e quebra da
reação química em cadeia.

2. Classificam-se conforme a classe de incêndio


I. Classe A sólidos comuns.
II. Classe B líquidos inflamáveis.
III. Classe C elétrica e energizada.
IV. Classe D matérias pirofóricos.
V. Classe K óleos vegetais e gorduras animais
A. Água, pó químico seco, CO2, pó químico seco especial e extintor K.
B. Água, pó químico seco especial, CO2, pó químico seco especial e
extintor K.
C. Água, pó químico seco, CO2, extintor K. e pó químico seco especial.
D. Água, pó químico seco, CO2, pó químico seco e extintor K.
E. Água, pó químico seco, CO2, pó químico seco especial e CO2. .

3. Extintores sobre Rodas (Carretas) São aparelhos com maior quantidade de


agente extintor, montados sobre rodas para serem conduzidos com facilidade.
As carretas recebem o nome do agente extintor que transportam, como os extintores
portáteis. Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga a operação destesaparelhos
obriga o empregode pelomenosdoisoperadores.As carretaspodemser?

A. Espuma é o mais usado na indústria portando só tem ele.


B. Somente Pó químico como pó ABC, BC, HCFC.
C. Apenas de água
D. Água, pó químico seco, espuma mecânica, CO 2, entre outros.

143
E. Água e pó químico mais nenhum.

4. Os extintores de soda-ácida, carga líquida, apesar de ainda encontrados, não


mais são fabricados por causa das seguintes desvantagens: Após iniciada, a
descarga do extintor não pode ser interrompida. Agente é corrosivo. Esses
extintores são potencialmente perigosos para o operador durante o uso. Se a
descarga do jato for bloqueada, a pressão interna do cilindro poderá exceder
20 Kg/cm2 (300 lb/pol2) e, eventualmente, explodir, causando sérias lesões ou
morte ao operador.
A. Química e mecânica.
B. Espuma mecânica.
C. Espuma química.
D. Liquido umiquitante.
E. Espuma química e mecânica Liquida umiquitante.
5. A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e
termina com a correção dos problemas encontrados, visando um
funcionamento seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, onde são
verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de identificação, lacre e
selo da ABNT, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, peças
soltas ou quebradas e pressão nos manômetros. Quanto às alternativas
referentes à Manutenção e Inspeção de extintores.
I. Mensais verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar
a pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.
II. Semanais verificar acesso, visibilidade e sinalização.
III. Quinquenais fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete
o extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes
IV. Semestrais verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás
comprimido, quando houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de
90% do especificado, recarregar.
V. Anuais verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de
segurança e no lacre. Recarregar o extintor.
A. Todas estão corretas.
B. Apenas a II esta correta.
C. II e III esta correta mais a IV esta incorreta.
D. Apenas IV esta incorreta.
E. III e IV são corretas.

6. Lance de mangueira é a fração de mangueira que vai de uma a outra junta de


união, podendo der?

144
A. 15 20,25 e 30 metros.
B. 15 20,25 e 30 metros e 38, 63, 75 e 100 milímetros.
C. 15 20,25metros.
D. 15 20, e 30 metros.
E. 15 20,25, 30 e 45 metros
7. Quando as classes de incêndio.
I. As classes são de acordo com o material que esta queimando
como a classe B líquidos inflamáveis.
II. Na classe D são materiais pirofólicos.
III. Na classe K, óleos vegetais e na classe A sólidos comum.
IV. As classes C são elétricas e energizadas e a classe E são
radiativos.
A. Apenas a II esta correta.
B. Apenas I III e IV esta correta.
C. II e III esta correta mais a IV esta incorreta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.
8. Formas de Acondicionar Mangueiras são maneiras de dispor as mangueiras,
em função da sua utilização. Responda afirmativa INCORRETA?
I. Espiral, meio não eficiente, pois pode bater a junta de união.
II. Aspiral, meio não eficiente, pois pode bater a junta de união.
III. Aduchada, ziguezague para abrigos onde o local tem potencial de
incêndio.
IV. Sistema zero, para local confinado.
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. I III e IV são corretas.
E. Todas estão incorretas.
9. Abastecimento do sistema de chuveiros automáticos é vital para qualquer
sistema hidráulico dispor de abastecimento confiável de água, com pressão e
vazão adequada. O abastecimento de água para o sistema de chuveiros
automáticos é fornecido. Quais os tipos de abastecimentos.
A. Por gravidade, bombas de recalque, por tanques de pressão.
B. Por gravidade, bombas de poço.
C. Por gravidade, por bombas, por tanques de pressão.
D. Por gravidade, por registro de recalque, por tanques de pressão.
E. Por descida da caixa, por bombas de recalque, por tanques.
10. Quanto aos pontos de temperatura e cores das ampolas.
145
I. Vermelho 68°, Amarelo 79°
II. Verde 93° azul 141°
III. Laranja57°, Preta 183 a 260°
IV. Roxa182°
A. Apenas a II esta incorreta.
B. II e III esta correta mais a I e IV esta incorreta.
C. Apenas I e IV esta correta.
D. III e IV são corretas.
E. Todas estão corretas.

11. Referente os agentes extintores responda as afirmativas.


I. Agente pode ser de água, pó químico seco, CO2, composto
HALOGENADO.
II. Os extintores são nomeados pelo agende que as unidades extintoras
armazenam.
III. A capacidade extintora é de uma descarga de 60min.
A. II esta correta
B. I e III esta correta e II esta incorreta
C. I e II esta correta e III esta incorreta
D. III esta correta
E. II e III esta incorreta e I esta correta

12. Referente às mangueiras de incêndio responda as alternativas afirmativas.


I. Os diâmetros são 38 mm, 63 mm, 75 mm, 100 mm.
II. As mangueiras de incêndio podem ser classificadas de três formas lona
simples, tipo lona dupla, tipo lona revestida.
III. Formas de Acondicionar Mangueiras são: espiral, Aduchada, zigue-
zague.
IV. As mangueiras de 15, 20, 25 e 30 metros são chamadas de lance.
A. II esta correta.
B. I e III esta correta e II esta incorreta.
C. I e II esta correta e III e IV esta incorreta.
D. IV esta incorreta.
E. II e III esta incorreta e I esta correta.

13. O zigue-zague pode ser em pé ou deitado, referente sua utilização responda a


alternativa CORRETA.
A. É utilizado em locais onde o emprego operacional tem que ser mais
eficiente.

146
B. É utilizado em locais onde o armazenamento tem que ser mais
eficiente.
C. É utilizado em locais o armazenamento tem que ser menos eficiente.
D. É utilizado em locais onde o emprego operacional pelos leigos é
eficiente.
E. É utilizado em locais onde o emprego operacional é menos eficiente.

14. Linha direta é a linha de ataque, composta por um ou mais lances de


mangueira, que conduz, diretamente, a água desde um hidrante ou expedição
de bomba até o esguicho, referente à afirmação responda a alternativa
INCORRETA.
A. O bombeiro faz o ataque direto do hidrante de parede direto ao foco do
incêndio.
B. As conexões com lances são realizadas de acordo com a necessidade
do bombeiro.
C. O combate com a mangueira será utilizada pelo critério do bombeiro.
D. O bombeiro consegue arma uma linha siamesa antes de iniciar o
combate.
E. O bombeiro tem a devida autonomia em iniciar um combate.
15. E o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado
de juntas de união, destinado a conduzir água sobpressão. O revestimento
interno do duto é um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira,
evitando que a água saia do seu interior. É vulcanizada em uma capa de fibra.
A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada de fibras naturais ou
sintéticas, que permite à mangueira suportar alta pressão de trabalho, tração e
as difíceis condições do serviço de bombeiro.
O texto trás as informações da constituição das mangueiras de incêndio,
referente a essas responda a incorreta:
A. Linha de mangueira é o conjunto de mangueiras linhas acoplado,
formando um sistema para conduzir a água.
B. Empatação de mangueira é o nome dado à fixação, sem pressão, da
junta de união de engate rápido no ducto.
C. Lance de mangueira é a fração de mangueira que vai de uma a outra
junta de união. Por conveniência de manuseio, transporte e combate a
incêndio, as linhas padrão dos Bombeiros é de no mínimo 30 metros.
D. Juntas de união são peças metálicas, fixadas nas extremidades das
mangueiras, que servem para unir lances entre si ou ligá-los a outros
equipamentos hidráulicos.

147
E. As juntas de união de engate rápido tipo storz não são utilizadas como
padrão.
16. Os sistemas fixos automáticos de combate incêndios têm demonstrado, através
dos tempos, serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em
edificações. Os chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers",
possuem a vantagem, sobre hidrantes e extintores, de dispensar a presença de
pessoal, atuando automaticamente na fase inicial do incêndio, o que reduz as
perdas decorrentes do tempo gasto desde a sua detecção até o início do
combate. 0 sistema de proteção através de chuveiros automáticos consiste em
uma rede inteirada de tubulações, dotadas de dispositivos especiais que,
automaticamente, descarregam água sobre um foco de incêndio, em
quantidade suficiente para controlá-lo e eventualmente extingui- lo.
Reverente aos tipos de sistemas de chuveiros automáticos leia as
afirmativas:
I. No Brasil é utilizado basicamente 03 (três) sistema: cano molhado,
sistema de cano seco e sistema tipo dilúvio.
II. Sistema do Tipo Dilúvio tubulações secas, em cujos ramais são
instalados chuveiros do tipo aberto.
III. Sistema de Cano Molhado é o tipo de sistema menos utilizado no
Brasil.
IV. Sistema de Cano Seco tubulação permanentemente seca, mantida
sobpressão em cujos ramais são instalados os chuveiros.
A. Apenas a II e IV esta incorreta.
B. I II e IV estão corretas
C. As incorretas são I e IV.
D. Apenas I e II são corretas
E. III e IV são corretas e I e II são incorretas.
17. A renovação e substituição dos chuveiros devem ser feitas com chave própria,
e, para isso, são adotadas as seguintes providencias.
A. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar contido no
sistema, fechar válvula(s) de dreno.
B. Abrir a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar contido no
sistema, fechar válvula(s) de dreno.

148
C. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do tipo diferente,
abrir a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar
contido no sistema, fechar válvula(s) de dreno.
D. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando, abrir válvulas de teste para retirar o ar contido no
sistema, manter válvula(s) de dreno aberta.
E. Fechar a válvula de comando, abrir a(s) válvula(s) de dreno, remover o
chuveiro automático, substituir o chuveiro por outro do mesmo tipo, abrir
a válvula de comando.
18. Quanto à temperatura de rompimento:

Coloração da ampola

Vermelha
Laranja
Amarela
Verde
Azul
Roxa
Preta

A. 57°C, 68°C, 79°C, 93°C, 141°C, 182°C, 183°C a 260°C


B. 68°C, 57°C, 79°C, 93°C, 141°C, 182°C, 183°C a 260°C
C. 56°C, 68°C, 79°C, 93°C, 141°C, 182°C, 183°C a 260°C
D. 57°C, 98°C, 79°C, 93°C, 141°C, 182°C, 183°C a 260°C
E. 55°C, 68°C, 79°C, 93°C, 141°C, 182°C, 183°C a 260°C

19. O que é a sigla LGE dos extintores de espuma?

R:

149
MÓDULO III

COMUNICAÇÃO

Comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que


significa "partilhar, participar algo, tornar comum”.
Através da comunicação, os seres humanos e os animais partilham
diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial
para a vida em sociedade. Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de
importância vital, sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e
desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na transmissão de informação
entre um emissor e um receptor que descodifica uma determinada mensagem. A
mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos, sons,
indícios, uma língua natural, ou outros códigos que possuem um significado e
transportada até o destinatário através de um canal de comunicação (o meio por onde
circula a mensagem, seja por radio, carta, telefone, comunicado na televisão, etc.).
Quando a comunicação se realiza por meio de uma linguagem falada ou escrita,
denomina-se comunicação verbal. É uma forma de comunicação exclusiva dos seres
humanos e a mais importante nas sociedades humanas.

Linguagem verbal: é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.

Linguagem não verbal: é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança tom
de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de
comunicação.

Radio Transmissor Portátil / Radio HT (Hand-Talk)


Os rádios intercomunicadores portáteis realizam comunicação
entre pessoas de maneira rápida e segura através de ondas
magnéticas. Num condomínio, os funcionários e moradores
ligados a segurança podem portar Radio T que oferece
comunicação "instantânea ao toque de um botão", com uma
pessoa ou grupo. Para melhor utilização do Radio HT é
importante que os usuários aprendam o “Código Fonético
Internacional” e o “Código “Q”.

151
Como utilizar o Rádio Transmissor:

1. Falar clara e pausadamente;


2. Transmitir apenas o necessário, sendo que
qualquer tipo de brincadeira é proibido e
motivo de punição;
3. Não interromper comunicação de outro
operador;
4. Atender prontamente as chamadas;
5. Usar o Código Fonético Internacional e o
Código Q nas conversas;
6. Manter a disciplina na rede.

Código Internacional "Q" Código Fonético Internacional

Q.A.P- na escuta A - alfa


Q.A.R- desligar B - Bravo
Q.R.N- interferência C - Charlie
Q.R.A- nome do operador D - Delta
Q.R.L- estou ocupado E - Eco
Q.R.M- interferência humana F - Fox
Q.R.Q- transmita mais depressa G - Golf
Q.R.S- transmita mais devagar H - Hotel
Q.R.T- fora do ar I - Índia
Q.R.U- tens algo para mim J - Juliet
Q.R.V- as suas ordens K - Kilo
Q.R.X- aguarde L - Lima
Q.R.Z- fale quem chamou M – Myke
Q.S.A- como está recebendo N – November
Q.S.L- entendido O - Oscar
Q.S.M- está ouvindo P - Papa
Q.S.O- comunicado aviso Q - Quebec
Q.S.P- fazer ponte R - Romeo
Q.T.C- mensagem S - Sierra
Q.T.H- endereço T - Tango
Q.T.R- horário exato U - Uniform
Q.T.U- horário V – Victor
Q.T.A- última forma W - Whisky
Q.S.V- viatura X - Ex-Ray
Q.S.D- motorista Y - Yankee
Q.S.J- dinheiro
Z - Zulu
T.K.S- obrigado

152
Numeral Fonético Internacional

1 - Primeiro
2 - Segundo
3 - Terceiro
4 - Quarto
5 - Quinto
6 - Sexto
7 - Sétimo
8 - Oitavo
9 - Nono
0 - Negativo

Linguagem de sinais

153
COMUNICAÇÃO POR SINAIS DE APITO

Cada unidade pode criar seus próprios sinais de apito, tomando o cuidado de aprender
os sinais padrão usados

Sinais de apito Significado Emprego


No ato do guarda sinaleiro mudar a
direção do trânsito.
Um silvo breve Atenção Siga

Para fiscalização de documentos ou


outro fim.
Dois silvos
Pare!
breves

Sinal de advertência. O condutor deve


obedecer à intimação.
Três silvos
Acenda a lanterna
breves

Quando for necessário fazer diminuir a


marcha do veículo.
Um silvo longo Diminua a marcha

À aproximação do Corpo de Bombeiros,


Ambulâncias, Veículos de Polícia ou de
Um silvo longo Trânsito impedido Tropa, ou de Representante Oficial.
e um breve em todas direções

Três silvos Motoristas a Nos estacionamentos à porta de teatros,


longos postos campos desportivos etc.

154
RELATÓRIO

Um relatório deve ser redigido de tal forma que alguém que não presenciou o
experimento fique informado, ao lê-lo, do que foi feito, do que se obteve, das
conclusões e das limitações do experimento. Basicamente, um relatório deve conter os
itens listados na tabela abaixo, mas obviamente o aluno deverá julgar, em cada caso,
da conveniência de incluir todos os itens ou não, de reordená-los ou reagrupá-los.
Um bom relatório será conciso. Não gaste espaço com coisas irrelevantes.
Não copie o livro texto nem o roteiro. Evite considerações que nada tem a ver
com o experimento realizado. Não se sinta na obrigação de tecer comentários
brilhantes ou atingir conclusões estrondosas! Estabeleça conclusões a partir de suas
observações e da análise dos dados obtidos no experimento.
“texto baseado no Manual de Laboratório de Óptica Experimental, B. Buchweitz e P. H. Dionísio, IF-UFRGS, 1994”

Onde se diz a que se propõe a experiência.


• Por que realizá-la?
• Qual o fenômeno em estudo?
• Que informações ou conhecimentos a respeito do fenômeno ou do sistema em
estudo pretendemos obter?
• Que questões, basicamente, estaremos tentando responder?
Exposição Teórica
Onde se expõem os conhecimentos teóricos necessários à compreensão,
tratamento e/ou análise do experimento e aos dados e resultados obtidos.
• Quais as definições utilizadas?
• Quais os conceitos envolvidos?
• Quais as leis, as relações entre grandezas ou princípios?
OBS.: este item pode ser suprimido quando o assunto for elementar ou tratado
detalhadamente no roteiro.
Procedimento Experimental
• Descrição da aparelhagem a ser utilizada.
• Descrição da montagem, do método e do procedimento a ser seguido na obtenção
das medidas.
Resultados
• Exposição dos dados obtidos a partir das medidas, sob forma de médias, desvio
padrão, tabelas, gráficos, etc., convenientemente organizados de modo a facilitarem
sua análise.
• Relato de coisas relevantes que ocorreram no decorrer do experimento, de detalhes
do procedimento prático, de providencias importantes que o grupo tomou, de
eventuais observações à margem do procedimento.
Análise dos Dados
Discussão sobre a precisão, a validade, as possíveis causas de erro,
algarismos significativos, uso da estatística, etc.
Conclusões O que pode ser concluído a partir da análise dos dados.
155
PROVA REFERENTE AO MÓDULO III

1. Referente aos tipos de linguagem é CORRETO afirma?


A. Linguagem verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos,
dança tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura
e gestos como meio de comunicação.
B. Linguagem não verbal é uso da escrita ou da fala como meio de
comunicação.
C. Linguagem verbal é uso apenas da escrita.
D. Linguagem não verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos,
símbolos, dança, fala e escrita.
E. Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de
comunicação.
2. Os rádios intercomunicadores portáteis realizam comunicação entre pessoas
de maneira rápida e segura através de ondas magnéticas. Num condomínio, os
bombeiros ligados à segurança podem portar Radio T que oferece
comunicação "instantânea ao toque de um botão". Reverente ao texto
responda a CORRETA.
I. Falar clara e pausadamente; Transmitir apenas o necessário, sendo
que qualquer tipo de brincadeira é proibido e motivo de punição;
II. Não interromper comunicação de outro operador; Atender prontamente
as chamadas;
III. Usar o Código Fonético Internacional e o Código Q nas conversas;
IV. Manter a disciplina na rede.
A. I e III esta correta
B. Todas estão corretas
C. Apenas IV esta duvidosa
D. III esta incorreta
E. I e IV esta correta
3. O código internacional “Q” é utilizado para manter sigilo e descrição nas
mensagens. Com isso responda.
A. Q.R.A
B. T.K.S ( )Dinheiro
( )Tens algo para mim (novidade)
C. Q.S.J ( )Endereço
D. Q.T.A ( )Obrigado
E. Q.T.H ( )Nome do operador
F. Q.R.U ( )Última forma

A. D, F, E, B, A, C

157
B. B, F, E, C, A, D
C. E, F, C, B, D, A
D. C, F, E, B, A, D
E. F, C, E, D, A, B
4. Complete utilizando o alfabeto fonético internacional.
A. R
B. P
C. E
D. L
E. F
A. Romeu, papa, eco, limão, foxtrot.
B. Romeu, papa, eca, lima, foxtrot.
C. Romário, papa, eco, lima, foxtrot.
D. Romeu, papa, eco, limo, foxtrote.
E. Romeu, papa, eco, lima, foxtrot.
5. Qual a alternativa correta para a frase “BOMBEIROS” utilizando o alfabeto
fonetico.
A. Romeu, Bravo, Oscar, Myke, Bravo, Eco, Ìndia, Oscar, Sierra.
B. Bravo, Bravo, Oscar, Myke, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
C. Myke, Bravo, Oscar, Bravo, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
D. Oscar, BravoMyke, Bravo, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
E. Bravo, Oscar, Myke, Bravo, Eco, Ìndia, Romeu, Oscar, Sierra.
6. Determine a frase pelo alfabeto fonético: Bravo, Oscar, Mayke, Bravo, Eco,
India, Romeu Oscar.
A. Bombeiros
B. Bombeiro
C. Bravo
D. Brother
E. Braço
7. De acordo com código “Q”. Quais os códigos Q.S.P, Q.R.N, Q.S.L, Q.R.Q?
A. Fazer ponte, interferência, entendido, transmita mais depressa.
B. Interferência, fazer ponte, estou ocupado, transmita mais depressa.
C. Fazer ponte, estou ocupado, interferência, transmita mais depressa.
D. Fazer ponte, interferência, transmita mais depressa, estou ocupado.
E. Transmita mais depressa, fazer ponte, interferência, estou ocupado.
8. Para um bom relatório o que está INCORRETA.
I. Não gaste espaço com coisas irrelevantes.
II. Não copie o livro texto nem o roteiro.
III. Evite considerações que nada tem a ver com o experimento realizado.

158
IV. Você é obrigado a redigir comentários brilhantes.
V. Que informações ou conhecimentos a respeito do fenômeno ou do
sistema em estudo.
A. I, II e III esta incorreta.
B. Apenas a IV é a incorreta.
C. Todas são incorretas.
D. Todas são corretas.
E. IV e V são incorretas.
9. Um relatório deve ser redigido de tal forma que alguém que não presenciou o
experimento fique informado, ao lê-lo, do que foi feito, do que se obteve, das
conclusões e das limitações do experimento. Após um fato o bombeiro deve
fazer um relatório diante de uma vitima que não deseja ser atendido qual
documento tem que ser preenchido.
A. Livro ATA e termo de responsabilidade.
B. Termo de liberação.
C. Caderno de ocorrência.
D. E-mail para o supervisor.
E. Boletim de ocorrência.
10. Transcreva de acordo com o alfabeto fonético internacional; Fox, Índia,
Mayke, Delta, Eco, Papa, Romeu, Oscar, Victor, Alfa.

R:

159
MÓDULO IV

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Embora geralmente estejam associados apenas ao combate a incêndios, os
bombeiros cumprem diversas funções na área da proteção civil, tais como:
salvamentos aquáticos ou afogamentos, intervenção em acidentes elétricos ou com
materiais perigosos, atendimento de emergências médicas, captura de animais
perigosos, corte de árvores com risco iminente de queda e resgates em geral.
Para realizar esses trabalhos com segurança, é fundamental que esses
profissionais estejam devidamente equipados com dispositivos de proteção individual
(EPI), além de ferramentas que auxiliem a execução de sua função.
- Alerta de homem morto – PASS (Personal Alert Safety System) – sistema de
segurança de alerta pessoal que emite um sinal sonoro em caso de falta de
movimento do bombeiro, sendo que o mesmo precisa ser acionado antes do
profissional adentrar no local acidentado.

- Balaclava;
- Botas de combate a incêndio;
- Capacetes para diferentes situações;
- Equipamento de proteção respiratória (EPR);
- Lanterna;
- Luvas;
- Mosquetão e equipamentos para trabalho em altura em geral;
- Rádio comunicador;
- Colete salva-vidas.
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a)sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção


contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do
trabalho;

b)enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

c) para atender a situações de emergência.


Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA nas
empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI
adequado ao risco existente em determinada atividade.

161
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

A NBR 13716 Equipamento de proteção respiratória máscara autônoma de ar


comprimido com circuito aberto fixa as condições mínimas exigíveis para máscaras
autônomas de ar comprimido com circuito aberto.
Aplica-se também às máscaras autônomas para bombeiros. Esta Norma não
se aplica às máscaras autônomas de circuito aberto para fuga e para equipamentos de
mergulho.
Os bombeiros devem dispensar atenção especial aos aparelhos de proteção
respiratória. Isto porque os pulmões e as vias respiratórias são mais vulneráveis às
agressões ambientais do que qualquer outra área do corpo.
É regra fundamental que ninguém, no combate a incêndio, entre em uma
edificação saturada de fumaça, temperaturas elevadas e gases, sem estar com
equipamento de proteção respiratória. A não utilização deste equipamento pode não
só causar fracasso das operações como também trazer consequências sérias,
inclusive à morte.
Riscos É fundamental identificar os quatro riscos mais comuns encontrados em
incêndios:

1. Falta de oxigênio;
2. Temperaturas elevadas;
3. Fumaça;
4. Gases tóxicos.

 Falta de Oxigênio: O processo de combustão consome oxigênio (O2) e, ao


mesmo tempo, produz gases tóxicos. Estes gases ocupam o lugar do O2 ou
diminuem sua concentração. Quando as concentrações de O2 estão abaixo de
18%, o corpo humano reage com aumento da frequência respiratória, como se
estivesse sendo submetido a um esforço físico maior.

162
 Temperaturas Elevadas: A exposição ao ar aquecido pode causar danos ao
aparelho respiratório. Quando as temperaturas excedem 60ºC, pode-se
considerar que o calor é excessivo, e quando o ar preenche rapidamente os
pulmões pode causar baixa da pressão sanguínea e danos ao sistema
circulatório. Um dos riscos é o edema pulmonar, que pode causar morte por
asfixia. O fato de se respirar ar puro e fresco, logo depois, não torna o dano
reversível de imediato.
 Fumaça: A fumaça é constituída principalmente por partículas de carbono (C,
CO e CO2) em suspensão. O tamanho das partículas é que determina a
quantidade que, quando inalada, irá penetrar nos pulmões.
 Gases Tóxicos: O bombeiro deve se lembrar de que um incêndio significa
exposição a substâncias tóxicas e irritantes. No entanto, ele não pode prever,
antecipadamente, quais serão essas substâncias. A inalação da combinação
de substâncias, sejam tóxicas ou irritantes, pode ter efeitos mais graves do que
quando inaladas separadamente.

A inalação de gases tóxicos pode determinar vários efeitos no corpo humano.


Alguns dos gases causam danos diretamente aos tecidos dos pulmões e perda de
suas funções. Outros gases não têm efeito direto nos pulmões, mas quando entram na
corrente sanguínea, inibem a capacidade dos glóbulos vermelhos transportarem O2.
Os gases tóxicos em incêndio variam de acordo com quatro fatores:
1. Natureza do combustível
2. Taxa de aquecimento
3. Temperatura dos gases envolvidos
4. Concentração de oxigênio.

163
Monóxido de Carbono (CO): O monóxido de carbono destaca-se entre os
gases tóxicos. A maioria das mortes em incêndios ocorre por causa do monóxido de
carbono (CO). Este gás sem cor e sem odor está presente em todo incêndio e a
queima incompleta é responsável pela formação de grande quantidade de CO. Como
regra, pode-se entender que fumaça escura significa altos níveis de CO.
A hemoglobina existente no sangue é responsável pela troca gasosa. O
monóxido de carbono (CO) combina-se com a hemoglobina de forma irreversível,
inutilizando-a. Quando grande parte da hemoglobina do sangue se combina com o
CO, pode-se morrer por falta de oxigênio.
Num ambiente, a concentração de 0,05% de monóxido de carbono no ar já é
perigosa. Ainda que a concentração de CO no ambiente seja maior que 1%, não
ocorrem sinais que permitam a fuga do local em tempo hábil. Em baixos níveis de
concentração de CO, ocorre dor de cabeça e tontura, antes da incapacitação (que são
avisos antecipados).
Além do CO, existem outros gases tóxicos e asfixiantes que causam efeitos
prejudiciais à saúde do homem. Exemplo:
 Cloreto de hidrogênio (HCl);
 Cianeto de hidrogênio (HCN;)
 Dióxido de carbono (CO2);
 Óxido de nitrogênio (NO);
 Fosgênio (COCl2).

Atmosferas tóxicas não associadas ao fogo


As indústrias utilizam diversas substâncias químicas, tais como amônia, cloro, gás
carbônico, etc., que podem vazar, formando uma atmosfera tóxica, sem existir,
contudo a presença de fogo ou de suas consequências.
Aparelhos de Proteção Respiratória
São aparelhos que buscam anular a agressividade do ambiente sobre o sistema
respiratório, oferecendo em diversos casos proteção limitado, principalmente quando
utilizados equipamentos filtrantes ou autônomos de pressão negativa.
Máscara Contra Gases (Equipamento Filtrante)
 Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro
que elimina os agentes nocivos à respiração. Os filtros são próprios para cada
classe de agente, tais como:
 Filtro químico para absorção de gases e vapores;
 Filtro mecânico para retenção de partículas sólidas em suspensão no ar;

164
 Filtro combinado para gases e vapores (químico) e partículas em suspensão
(mecânico);
 Filtro específico para monóxido de carbono que possui um catalisador que
transforma o CO em CO2.
 Os filtros devem ser próprios para o agente nocivo à respiração. Necessitam de
controle rígido da validade e do tempo em uso, que varia, inclusive, conforme a
concentração do agente no ambiente. Não devem ser utilizados em ambientes
com pequena porcentagem de O2, pois podem causar a morte do bombeiro.
Estas graves restrições desaconselham sua utilização nas operações de
combate a incêndio e salvamento.

Aparelho Autônomo de Proteção Respiratória de Ar Comprimido


Este equipamento é usado no serviço do Corpo de Bombeiros. Ele dá proteção
respiratória e proteção ao rosto do usuário, mas é limitado pela quantidade de ar
existente no cilindro.
Descrição: O cilindro é preso por uma braçadeira à placa do seu suporte e
contém ar respirável altamente comprimido. Abrindo-se o registro do cilindro, o ar
comprimido passa pelo redutor de pressão, onde se expande a uma pressão
intermediária de 6 bar (6 kgf cm2). A esta, o ar chega até a válvula de demanda, que,
automaticamente, libera a quantidade de ar necessária para os pulmões. O ar
expirado vai para o exterior através de uma válvula de exalação existente na máscara
facial.
A válvula de demanda pode estar conectada à máscara por meio de uma
ligação de rosca ou em posição intermediária, entre o cilindro e a máscara.
O manômetro permite verificar a pressão do ar existente no cilindro a qualquer
tempo, o que é muito importante durante a utilização, pois permite ao bombeiro
checagens periódicas do tempo de uso que lhe resta, aumentando sua segurança.

165
Autonomia do equipamento:
O tempo de autonomia da máscara autônoma de ar comprimido está
relacionado à pressão de recarga do cilindro de ar, ao volume do cilindro de ar e a
intensidade do trabalho que vai interferir diretamente no consumo do usuário do
equipamento.

Sistema para conversão de unidades de Pressão:


1 Bar = 14,7 Psi = 1Atm = 10,33Mca = 1Kgf / cm2 = 760 mm Hg = 101,32Kpa

Lembramos que 1Bar equivale a 14,7 Psi mas, para fins de cálculos, adotamos que
1Bar é igual a 15 Psi.

Sistema para conversão de unidades de Pressão: Para se aplicar a


referida fórmula, devemos trabalhar com a pressão em Bar, o volume do
cilindro em litros e o consumo de ar em litros por minuto, além do tempo que
será expresso em minutos. Portanto, se utilizarmos um EPR que fornece uma
leitura em Psi no manômetro, devemos transformá-la em Bar antes de aplicá-la
na fórmula.

166
Lembramos que o volume do cilindro é expresso em litros e que ao
recarregarmos um cilindro de 7litros com 200 Bar de pressão teremos na
verdade: 200 x 7 = 1400 litros de ar pressurizado num cilindro cujo volume é de
7 litros.
Colocação do Equipamento
 Método de colocação por sobre a cabeça;
 Método de vestir.
Inspeção e cuidados: Os bombeiros devem inspecionar ajustar e vestir o EPR
diariamente. Após o uso, sua limpeza é obrigatória.
Conferência diária:
 O bombeiro deve se equipar com o EPR, observando:
 Validade do teste hidrostático.
 Conexão da válvula de demanda.
 Conexão do cilindro ao redutor de pressão.
 Cinta que prende o cilindro ao suporte.
 Alças de transporte e cinto com fivelas.
 Placa de suporte.
 Conexões das mangueiras.
 Tirantes e peça facial.
 Pressão do cilindro.
 Funcionamento do manômetro
 Vedação a alta pressão.
 Volante do cilindro.
 Alarme.
Prova de vedação a alta pressão: Acoplar a válvula de demanda à mangueira de
alta pressão, abrir o registro do cilindro e ler a pressão indicada no manômetro. Fechar
o registro do cilindro. A pressão deve permanecer inalterada durante um minuto.
Sempre acionar o botão de descarga para despressurizar o sistema; com isto,
consegue-se desacoplar as conexões com facilidade.
Ensaio do sinal de alarme: Abrir o registro do cilindro por um curto espaço de
tempo e depois, voltar a fechá-lo. Em seguida, cuidadosamente, liberar o ar pela
válvula de demanda, observando o manômetro. O sinal de alarme deve soar quando a
pressão do manômetro for de 50BAR, com tolerância de mais ou menos 10 BAR. O
assobio não diminui de intensidade senão quando o ponteiro do manômetro chegar ao
batente.
 Lavar a peça facial com detergente neutro e água, colocando-a para secar em
local fresco e ventilado e à sombra.

167
PROVA REFERENTE AO MÓDULO IV

1. O que é EPI?
A. Equipamento de Proteção Coletiva;
B. Equipamento de Proteção Auricular;
C. Equipamento de Respiração;
D. Equipamento de Proteção Instantânea;
E. Equipamento de Proteção Individual;
2. Qual Norma Regulamentadora trata do uso de EPI?
A. NR-05;
B. NR-07
C. NR-23;
D. NR-06;
E. Nenhuma das alternativas;
3. Qual a finalidade da capa de aproximação?
A. Protege as mãos do bombeiro contra ação de agentes corrosivos;
B. Servem para enfeitar o bombeiro;
C. Proteger o bombeiro contra gases que ele possa inalar;
D. Protegem o tronco e o abdome contra o frio, a umidade e o calor;
E. Não protegem o bombeiro;
4. O que é EPR?
A. Equipamento de Proteção Regular;
B. Equipamento de Proteção Respiratória;
C. Equipamento de Proteção Coletiva;
D. Equipamento de Pressão Regular;
E. Nenhuma das alternativas;
5. Qual método d colocação do cilindro de oxigênio é o mais usado pelos
bombeiros?
A. Colocação por sobre a cabeça;
B. Colocação modo de cobrir;
C. Não há meios específicos;
D. Primeiro os braços e depois a cabeça;
E. Vestido por colega bombeiro pelas costas;
6. Referente à máscara contra gases (equipamento filtrante), é correto afirmar
que:
A. Os filtros são próprios para cada classe de agente;
B. Os filtros podem ser usados para qualquer classe de agente;

169
C. Não deve ser higienizada;
D. Não deve ser usada em ambientes com deficiência de oxigênio;
E. Somente “a” e “d” estão corretas;
7. Uma das vantagens do aparelho de respiração com linha de ar é:
A. O bombeiro pode permanecer no local por um curto tempo;
B. O bombeiro tem seus movimentos mais livres e tempo maior;
C. O bombeiro deve fazer o cálculo de tempo de oxigênio;
D. Não há vantagens;
E. Nenhuma das alternativas.
8. Qual destes equipamentos não é EPI?
A. Capacete;
B. Luvas;
C. Equipamento dependente para resgate;
D. Bala-clava;
E. Bota;
9. Em um cilindro com volume de 8L/PM, carregado a 200BAR, com consumo de
50L/PM, qual será o tempo que o bombeiro poderá permanecer no local
sinistrado?
A. 10 minutos;
B. 28 minutos;
C. Tempo indeterminado;
D. 32 minutos
E. 05 minutos;
10. Visto que o alarme do cilindro de oxigênio começa a soar a uma pressão de
40BAR, quanto tempo o bombeiro tem para deixar o local sinistrado, sendo o
volume do cilindro de 8L/PM e o tempo de consumo de 50 L/PM?
A. 6,4 minutos;
B. 10 minutos;
C. 20 minutos;
D. Não há tempo;
E. 02 minutos;

170
MÓDULO V
ELEVADORES
Por incrível que pareça, o princípio básico é o mesmo desde que a máquina foi
inventada, 150 anos atrás: o elevador fica ligado a um contrapeso por meio de cabos e
polias, movidas por um motor que torna possível o sobe e desce vertical. Claro que
hoje os modelos mais modernos contam com vários aditivos, tudo para garantir a
segurança e a rapidez no transporte de pessoas: freios de emergência, um
computador que calcula o caminho mais lógico a ser percorrido pela cabine e sensores
que impedem o fechamento da porta quando há pessoas no caminho.
À primeira vista, a gente pode considerar o elevador uma invenção supérflua.
Mas é só pensar um pouquinho para ver que é justamente o contrário: os urbanistas
costumam afirmar que, sem essas máquinas, não existiriam as grandes metrópoles.
Quem iria morar no vigésimo andar de um prédio tendo de encarar uma
interminável escadaria quando voltasse do trabalho? Mais até: como seriam
construídos prédios enormes sem um sistema que levasse pesados materiais para
cima? Elevadores primitivos já existiam desde o século 3 A.C., movidos por alguns
animais, pela força de uma queda da água ou por gente mesmo. Mas o elevador
moderno só apareceu em 1853, inventado pelo americano Elisha Graves Otis.
Naquele ano, na feira mundial de Nova York, Otis demonstrou não só as facilidades de
sua invenção como também a segurança, exibindo várias vezes a eficiência dos freios
de emergência de um jeito radical: ele cortava os cabos com um machado quando
estava a vários metros do solo.
O mais louco é que ele próprio era a cobaia das demonstrações! A criação de
Otis foi considerada um sucesso e os resultados apareceram rapidamente.
Em 1889, os elevadores de sua fábrica transportaram todo o aço utilizado na
construção dos 300 metros da Torre Eiffel, em Paris. Desde então, o mundo não parou
mais de subir - e descer.
Sobe e desce centenário Recursos eletrônicos sofisticaram o invento, mas seu
princípio é o mesmo de 150 anos atrás
FORÇA CONTROLADA
Um motor elétrico é a peça responsável por realizar o sobe-e-desce da cabine.
Os elevadores mais modernos do mundo possuem motores bem potentes, que
conseguem fazer as cabines se movimentarem a quase 50 km/h

FIEL DA BALANÇA
Um elevador só consegue subir e descer porque fica ligado a um contrapeso
por meio de um sistema de polias e engrenagens. Para que essa operação seja

171
possível, o contrapeso deve ter pelo menos 40% do peso da cabine e da capacidade
máxima do elevador (se um elevador cheio pesar 1 000 kg, por exemplo, o contrapeso
terá 400 kg). O resto da força que movimenta a cabine é o motor quem faz

TRIO PARADA DURA


Os elevadores são suspensos por cabos de aço ligados à cabine e ao
contrapeso num conjunto que inclui também uma polia para evitar desgaste de

material. Normalmente, as máquinas contam com três cabos — se um deles se


romper, os outros dois são suficientes para garantir o transporte por um curto período
de emergência.

TRAVA TUDO
Se todos os cabos de aço do sistema de polia se romperem, os freios de
emergência são acionados automaticamente. Antes de a cabine começar a cair, os
cabos de aço liberam travas que se agarram aos dentes de um trilho que corre nas
laterais do fosso, travando o elevador e salvando os passageiros.

ENTRADA PROTEGIDA
As portas abrem ou fecham graças a um sistema de braços mecânicos
movidos por um pequeno motor. Os elevadores mais modernos têm sensores
infravermelhos que só permitem que a porta automática se feche quando todo mundo
está dentro da cabine. Alguns deles também impedem o fechamento quando o limite
de peso é ultrapassado.

CAMA ELÁSTICA
No térreo, o poço do elevador tem um sistema de amortecimento com molas
para evitar que a cabine se choque com o chão. Esse mecanismo diminui os danos de
uma parada brusca, mas não tem a capacidade de amortecer uma queda de mais de
dois andares, por exemplo.

SALVAMENTO EM ELEVADORES:
O crescimento vertical de nossas cidades vem dando oportunidade ao
aparecimento de um novo tipo de ocorrência. Trata-se de pessoas retidas em
elevadores, normalmente por falta de energia elétrica, por defeito no mecanismo de
paragem, ou, então, por uso indevido do equipamento, quando normalmente a
ocorrência se reveste de maior gravidade.
Esses são os locais onde o bombeiro deve atuar:
 Casa de máquinas, que é o coração do sistema.
 Porta em pavimento, de vários modelos e, consegue temente, possuindo vários

172
tipos de chave.
 Porta de cabina e saídas de emergência.
Ao se atender a ocorrências deste tipo, deve-se, como primeira providência,
desligar a chave geral de corrente elétrica do elevador acidentado. Esta providencia é
prioritária e da tranquilidade ao resgate, pois garante que a volta da energia não fará
qualquer acionamento da cabine.
Em seguida, o bombeiro deve se dirigir ao andar em que se supõe estar a
cabine e, abrindo com chave apropriada a porta de pavimento do andar imediatamente
superior ou inferior, deve decidir por onde tirar as pessoas presas. Porém, esta
operação só pode ter inicio após o desligamento da chave geral, garantindo que o
carro não se movimentara. Para melhor entrosamento entre os bombeiros que estão
na casa de máquinas e os que estão resgatando as vítimas, há necessidade de
comunicação via rádio portátil, pois em prédios muito altos a comunicação pela voz
torna-se difícil.
Existem vários tipos de portas de pavimento, bem como vários tipos de chave para
abri-las. A viatura deve possuir um jogo completo dessas chaves e o bombeiro deve
conhecê-las. Na sua falta, lembrar que o zelador do prédio sempre dispõe de uma
cópia.
Outro problema, bastante comum, é que, por desconhe- cimento, os moradores do
prédio contratam serviços de revestimento para as portas de pavimento e, via de
regra, os executores desses servidos acabam cobrindo os orifícios de destravamento
das portas.
Lembrar que esses orifícios ficam na parte superior, no centro ou nos cantos
(dependendo do tipo de elevador).
Outro ponto bastante importante é que as portas de emergência existentes nas
cabines não são para sair, embora possam ser utilizadas para isso. Sua finalidade
principal é de garantir acesso aos socorristas.
A maioria delas possui trava por fora, isto é, só podem ser abertas por quem
chega no teto ou na lateral do carro. Só se deve retirar pessoas por elas quando se
dispõe de cinto de segurança, cabos fixos e cadeiras de lona, previamente colocados
na vítima.
Não tirar as vítimas antes de desligar a chave geral. Embora, a principio, o
elevador fique imobilizado enquanto qualquer porta estiver aberta, isso nem sempre
acontece, e o excesso de confiança tem sido causa de graves acidentes.
Por fim, lembrar que uma cabina de elevador não despenca em queda livre,
mesmo que todos os cabos de sustentação tenham se rompido. Isso porque os
elevadores possuem um freio de segurança, abaixo do assoalho, na parte inferior do
carro, que é acionado, toda vez que eles excedem 25% da sua velocidade máxima.

173
Quando isso ocorre, garras especiais encunham a cabina nos trilhos guia dos
elevadores.
A maioria das ocorrências em elevadores é para retirar pessoas presas na
cabina.
Se não sofrerem qualquer mal súbito, estarão mais seguras dentro do elevador,
do que fora dele. Portanto, o bombeiro deve acalmar as vítimas e dispor de todo o
tempo necessário para retira-las com segurança. [Ocorrências onde as vítimas estão
prensadas ou presas entre a cabina e a caixa de concreto (normalmente conhecido
como poço) são de natureza grave, e de difícil liberação.].
Operação em Caso de Incêndio
Grande número de elevadores possui dispositivo junto à portaria que, quando
acionado, faz com que os elevadores desçam para o pavimento térreo, abram sua
porta e lá permaneçam. Isso permite que, em caso de incêndio, o elevador não seja
mais utilizado e as pessoas que nele se encontram, saiam em segurança.
Quando o elevador não dispõe deste sistema, o bombeiro pode chamar o
elevador para o térreo e colocar um obstáculo para manter as portas da cabine e do
pavimento abertas.

174
HELIPONTO

Heliponto e Balizamento
Uma importante ocupação para o bombeiro civil profissional é a sua presença
em pistas de pouso e decolagem de helicópteros particulares ou de serviços privados.
O piloto precisa do auxilio do bombeiro para executar manobras que são
extremamente criteriosas e exigem muito da habilidade do piloto na hora do pouso.
Os riscos que existem neste momento, exigem a presença de um bombeiro
para atuação imediata em caso de acidentes durante as manobras próximas da área
de pouso.

175
O helicóptero

Também chamado de aeronave de asas


rotativas, é conhecido como um equipamento que
voa em todas as direções; sobe e desce na
vertical, desloca-se para frente e para trás e para
todos os lados, podendo ainda manter-se imóvel
no ar.

Na realidade, a concepção deste equipamento versátil partiu do aeroplano. O


elo de ligação entre um e outro é considerado autogiro.
O autogiro não é capaz de voar absolutamente na vertical, assim como não
pode imobilizar-se no ar.
Possui motor e hélice convencionais, localizados na frente ou na parte traseira
da fuselagem, que lhe permite o deslocamento para frente.
Esse deslocamento cria um vento relativo que faz com que girem as pás do rotor (asa
rotativa) daí surgindo a sustentação.
Dessa auto-rotação veio o nome do autogiro.
Já no helicóptero o motor é engrenado diretamente ao eixo do rotor,
produzindo o movimento de rotação das pás. À medida que se aumenta o ângulo das
pás do rotor, o helicóptero eleva-se verticalmente e com um determinado passo das
pás, poderá permanecer imobilizado no ar.
O processo empregado para que o helicóptero se desloque horizontalmente em
todas as direções consiste em dar a inclinação adequada ao plano de rotação do rotor.
A pilotagem de um helicóptero é bem semelhante ao de um aeroplano convencional,
embora o piloto tenha de se adaptar aos novos deslocamentos de que é capaz o
aparelho.
A evolução do helicóptero através do tempo: Leonardo da Vinci foi o criador
dos princípios básicos atuais do helicóptero.
Em fins do século XVII, o inglês George Cauley, baseando-se num brinquedo
chinês, construiu um modelo de helicóptero, com dois pequenos rotores co-axiais, que
entretanto não chegou a voar. Durante o século XIX e primórdios do século XX, vários
inventores auxiliaram com seus esforços a aplainar o caminho para as atuais
realizações. Em 1923, La Cierva apresentou o autogiro.
A honra do primeiro vôo realmente bem sucedido com um helicóptero, coube ao
alemão Heinnch Focker. O seu aparelho, “Fockeachgelis”, estabeleceu em 1937
vários recordes:

 Vôo de uma hora e meia de duração;

176
 Deslocamento em todas as direções;
 Subidas e descidas na vertical, tudo com estabilidade e controle satisfatório.
No entanto, o helicóptero emergiu realmente do embrião quando Igor Sikorsky viu
coroadas de êxitos suas experiências.
Apesar de haver realizado um vôo bem sucedido em 1930, somente conseguiu
preencher completamente os requisitos de um verdadeiro helicóptero em 1940. Nos
aparelhos construídos por Sikorsky, em 1939, na sua fábrica em Connecticut (EUA),
baseiam-se quase todos os helicópteros conhecidos.
Dentre muitos experimentos construídos, é interessante assinalar o “Baumgart 1
PB61” construídos no Brasil e que fez seu primeiro vôo em 1950.
Os futuros helicópteros, espacialmente os destinados ao uso militar, deverão
sobrepujar suas principais limitações, no que se refere principalmente à
vulnerabilidade e a velocidade.
Em vários países, grandes esforços têm sido despendidos para tomar realidade
o “Convertiplano” – misto de helicóptero com avião – e que será capaz de subir e
descer verticalmente e voar para frente com a velocidade dos aviões, com propulsão a
jato.

APOIO DE SOLO EM HELIPONTOS

Entende-se como apoio de solo o conjunto de


medidas e tarefas a serem executadas, quando das
operações de helicópteros em helipontos, quer sejam ele
elevado (no topo de edifícios) ou no solo propriamente dito.
Este apoio deverá ser prestado por pessoal qualificado
e adestrado nos seguintes assuntos:
1. Conhecimento básico sobre helipontos;
2. Conhecimentos básicos sobre os helicópteros;
3. Conhecimentos sobre as normas de segurança em operações de helicópteros;
4. Orientação para embarque e desembarque de passageiros e/ou cargas;
5. Conhecimento dos equipamentos contra incêndio existentes no heliponto;
6. Conhecimento sobre combate a incêndio em helicópteros;
7. Procedimento de abertura e arrombamento das portas de um helicóptero;
8. Evacuação e resgate de pessoal de helicóptero acidentado;
9. Evacuação ou resgate de pessoal em edifícios, feitos com helicóptero;
10. Sinalização visual para helicópteros, como meio de comunicação e apoio;
11. Conhecimentos sobre a retirada de vítima de helicópteros acidentados
O objetivo fundamental é habilitar pessoas a prestarem o apoio de solo necessário
a operação de helicópteros em helipontos, com segurança e eficiência.

177
Definição de helipontos
O heliponto é uma área de pouso e decolagem para helicópteros, construída dentro
dos padrões estabelecidos pela portaria Nº 18/GM5 de 14 de fevereiro de 1974 e
registrada ou homologada pelo Ministério da Aeronáutica. Os helipontos de dividem
em publico, privado, militar.
- Heliponto Público: É um heliponto constituído em área publica (da União, Estado
ou Município), destinado ao uso de helicópteros em geral.
- Heliponto Privado: É um heliponto constituído em área particular por empresa
privada ou pessoas físicas e destinado ao uso dos helicópteros de seus
proprietários ou de pessoas por eles autorizadas, sendo vedada a sua utilização em
caráter comercial.
- Heliponto Militar: É um heliponto constituído em área da União, sob jurisdição
militar, podendo ser utilizado por aeronaves civis, desde que autorizadas pela
autoridade a quem o heliponto é jurisdicionado.
- Heliporto: É um heliponto público dotado de instalações e facilidades para apoio de
helicópteros e de passageiros, tais como: Pátio de estacionamento, estação de
embarque e desembarque de passageiros, locais de abastecimento, estação de
comunicação rádio autorizada, equipamento de manutenção e etc.
Os helipontos são designados da seguinte forma:

Heliponto Público: Letra H dentro de um triângulo no centro do heliponto;

Heliponto Privado: Letra P dentro de um triângulo no centro do heliponto;

Heliponto Militar: Letra M dentro de um triângulo no centro do heliponto;

Heliponto Hospitalar: Letra H dentro de uma cruz, no centro do heliponto.

Os helipontos podem ser quadrados, retangulares e circulares.


Divisão e dimensão do heliponto
A área total de um heliponto é dividida em duas partes, sendo Área de pouso
de decolagem, que coincide coma área total do heliponto e Área de toque, que
consiste da área interna, concêntrica e de formato quadrado ou circular.

O triângulo aponta a direção do norte


magnético e a letra informa o tipo de
heliponto, conforme o esquema abaixo:

178
Heliponto Público Heliponto Militar

Heliponto Privado Heliponto Hospitalar

O quadrado interno cuja dimensão é “B” x


“B”, é chamado de área de toque, isto é, o
ponto no qual o Helicóptero poderá pousar.

A dimensão de um heliponto varia de acordo com o comprimento do


helicóptero que irá utilizá-lo, sendo as menores dimensões aceitáveis, as seguintes:

 Heliponto Quadrado - de 18 metros de lado e a área de toque é de 12


metros de lado;
 Heliponto Retangular - de 18 metros de lado menor e a área de toque é
de 12 metros de lado;
 Heliponto Circular – de 12 metros de raio e a área de toque é de 6
metros de raio.

Esquilo

O ponto “B" é a maior dimensão do Helicóptero,


isto é, a distância entre a ponta do rotor de cauda até a
ponta do rotor principal. Podemos concluir então que a
dimensão mínima da plataforma para operarmos o Esquilo é de 19,50 x 19,50m. Outra

179
informação importante que podemos tomar conhecimento na sinalização da plataforma
é a capacidade portante.
Ex: Uma plataforma com capacidade de três toneladas, poderá receber
Helicópteros com peso máximo de 3 tf.

Capacidade:

O peso máximo suportável na plataforma de um heliponto é dado por um


número indicativo de toneladas, localizado acima e a direita da letra designativa do
heliponto, fora do triângulo ou da cruz.
Setor de aproximação (rampa): Pelo menos dois setores, abertos entre si mais de 90
graus, indicarão as rampas de aproximação para pouso e decolagens dos
helicópteros. Estes setores são indicados por duas setas existentes nos pisos dos
helipontos, ao longo do eixo de aproximação.

Pintura:
As linhas de demarcação, com 40 cm de
largura, deverão ser pintadas na cor branca ou
amarela fosforescente, com micro esferas de
vidro. Somente as linhas do triângulo terão 55
cm de largura. O piso poderá ser pintado em
cor contrastante com as linhas d demarcação.
No caso de hospital, a cruz será pintada na cor vermelha e as linhas de demarcação
em branco ou amarelo.

Iluminação para operação noturna:


À sinalização para a operação noturna em helipontos é feita com Lâmpadas
elevadas da plataforma, aproximadamente 25 cm.
Esta iluminação é colocada acompanhando o lodo externo do perímetro da
área de pouso e decolagem.

180
O heliponto deverá obrigatoriamente ter uma lâmpada em cada canto e cada
lado terá um número impar de lâmpadas não menor que 05, eqüidistantes e distantes
entre si menos de 5 metros
Indicador de vento (biruta):
De colocação obrigatória, é formada por um cone de nylon, que deverá ficar
acima do piso do heliponto, visível de qualquer setor, com condições de girar
livremente por ação do vento.
No caso de helipontos sinalizados para operação noturna, a biruta também deverá ser
iluminada.
Grades de proteção:
Nos helipontos elevados deverão ser colocados grades de proteção ao redor
das bordas externas. Estas terão a largura de 1.50m e serão inclinadas, sendo que as
extremidades mais elevadas deverão estar no mesmo nível do piso do heliponto.
Interdição do heliponto:
Um heliponto interditado deverá ser sinalizado pelo proprietário, com um painel
quadrado de 03 metros de lado pintado na cor vermelha, tendo no seu interior um X
unindo os vértices, pintado na cor amarela, com uma largura de 40 cm.
Divisão dos helicópteros:
Para melhor entendimento dividiremos o helicóptero em duas partes básicas:
- Rotores, e Fuselagem.
Rotores:
Normalmente os helicópteros possuem dois rotores: principal e de cauda.
Os rotores são mecanicamente ligados e apesar de ambos girarem ao mesmo tempo
á significativa a diferença de rotação entre um e outro, podendo chegar a razão de 1
minuto e 7 segundos. As pás (dos rotores) são construídas em ligas metálicas
especiais e ou compostos de fibra e resina, sendo responsável pela sustentação e
deslocamento do helicóptero em vôo. O mínimo de pás em um rotor são duas,
variando conforme o tamanho, capacidade, peso e desempenho de cada helicóptero.
O rotor principal é o maior: gira no plano horizontal e baixa rotação e é responsável
pela sustentação vertical e deslocamento horizontal.
Fuselagem:
Também para estudos e melhor compreensão, dividiremos
a fuselagem em três partes:
- Cabina;
- Cone de Cauda;
- Esquis ou trem de pouso;

181
Cabina:
É o local onde ficam os pilotos, passageiros ou carga, os
equipamentos elétricos eletrônicos, os comandos de voo e
acessórios.
Na sua parte superior traseira estão alojadas as turbinas.
Na parte inferior traseira estão os tanques de combustível, na
Cabina, ainda estão alojados os sistemas: Hidráulico, elétrico, de
ar condicionado e eletrônico.
É evidente, portanto que na cabina se concentram quase
todos os materiais de aeronave passive de fogo na aeronave: poltronas, carpetes,
forrações, revestimentos, combustível, fluído hidráulico, acrílicos e etc.
O acesso ao interior da cabina é feito por portas que dão acesso ao
compartimento dos pilotos, compartimento dos passageiros e compartimento de
bagagens.
Cone de cauda:
É uma estrutura metálica fixada na parte traseira da
cabina e que tem como finalidade a sustentação do rotor de
cauda com seu sistema de transmissão.
Por ser relativamente longo, o cone de cauda se
presta a fixação de algumas antenas dos equipamentos de
rádio navegação e comunicação, ao alojamento de bagageiro e do ar condicionado.
Não existe material inflamável no interior do cone de cauda.

Esquis ou trens de pouso:


Esqui é o conjunto tubular metálico fixado na
parte inferior do helicóptero, destinado a prover seu
apoio no solo.
É comumente mais usado do que o sistema de
trens de pouso. Por ser fixo, sem movimento, não
utiliza sistema hidráulico e consequentemente não
possui componentes inflamáveis.
O sistema de trens de pouso é constituído por conjuntos de rodas e pneus.
Estes conjuntos são retráteis, acionados por um sistema hidráulico.
Além da maior sofisticação, tem um custo significativamente mais elevado.
Possui componentes inflamáveis, tais como pneus e fluído hidráulico.

ÁREAS DE PERIGO E PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA


Área de perigo:

182
É sempre perigoso aproximar-se de um helicóptero pousado com os rotores em
movimento. De uma maneira geral, podemos afirmar que quando menor for à
visualização do piloto, maior será a condição de perigo na aproximação mais perigoso
é a área junto ao rotor de cauda, praticamente sem condições de visibilidade do piloto.
Pelo fato do rotor de cauda girar num plano vertical em relação ao solo e a uma
velocidade extremamente elevada, torna-se imperceptível ao menos avisado que por
desconhecimento poderá chocar-se com ele provocando um acidente com
consequências fatais para si próprios. Além disso, o piloto sem visualização poderá
efetuar um giro com o helicóptero e atingir de maneira involuntária aquele que se
aproxima.
Erroneamente as pessoas acreditam que quando um helicóptero faz um giro no
solo, este giro é feito em torno de um eixo imaginário que passa pela metade do seu
comprimento.
Na realidade este eixo imaginário existe, porém, na cabina onde se encontra o
piloto. Assim ao realizar um giro de 360 graus, o helicóptero descreverá um circulo
onde o centro é a cabina e a linha da circunferência é a trajetória descrita pelo rotor de
cauda.
Aproximar-se do helicóptero pelas laterais é bem mais confortável e seguro,
porem alguns cuidados e conhecimentos é requerido.

Nota:
Estes setores estão parcialmente no campo visual do piloto e não na sua
totalidade. Um deslocamento lateral do helicóptero poderá colidir com aquele que se
aproxima, causando um acidente de sérias consequências. Da mesma forma se o plano
do roto principal for inclinado para o lado, as pontas das pás poderão atingi-lo, pois em
determinados helicópteros, como já dissemos, a extremidade das pás alcança 1,60
acima do solo.
Vamos analisar o setor de aproximação frontal do helicóptero. Esta é a área considerada
de menor risco, por estar na sua totalidade dentro do campo visual do piloto. Assim,
como o rotor principal girando por ação das turbinas, praticamente inexistirá perigo de
acidentes, pois as ações serão todas de domínio do piloto. Existirá, no entanto o caso
de uma aproximação frontal, sob as vistas do piloto, com o rotor principal girando,
porém com as turbinas desligadas, ou seja, girando apenas pela inércia ou por ação do
vento, e neste caso sem controle do piloto. Nestas situações, por ação do vento poderá
ocorrer o abaixamento frontal do plano do rotor principal e atingir a pessoa que se
aproxima.

“F.O.D.”(FOREIGN OBJECT DAMAGE - Dano por Objeto Estranho)

O “F.O.D.” (Foreign Object Damage - Dano por


Objeto Estranho) é a maior causa para remoções
prematuras de motores. Milhões de dólares são

183
gastos a cada ano em manutenção para reparar os danos causados pelos
seguintes objetos:

 Ferramentas;
 Arames de freno;
 Plaquetas de identificação;
 Etiquetas de identificação;
 Fones de ouvido e fios;
 Parafusos, arruelas e braçadeiras;
 Equipamentos de teste;
 Painéis e prendedores (FASTENERS);
 Artigos de tecidos (BIBICOS, QUEPES, ETC.);
 Pino de travamento;
 Lista de verificação (CHECK-LIST); e
 Pedras, cascalho e pedaços de pavimentação.

Para que haja um sucesso completo de um programa de prevenção ao


“F.O.D.”, é necessário disciplina e motivação, Se for adicionado um pouco de
arrumação caseira às práticas de manutenção, pode-se derrotar o “F.O.D.”.
Se você trabalha numa aeronave a jato, perto ou nas vizinhanças, é claro
que você também estará envolvido na prevenção ao “F.O.D.”. A primeira coisa a
aprender é: Nunca Jogar as coisas fora. A segunda é: Retirar qualquer objeto que
esteja abandonado ou perdido na área e levá-lo ao primeiro depósito para “F.O.D.”
que você encontrar.
Aqui vão algumas “dicas” para que um programa de “F.O.D.” tenha
sucesso:

1. Dê o máximo de apoio ao Oficial de Segurança de Vôo. Cabe ao Comando da


Unidade, também, esse apoio e supervisão;

2. Conduza programas educacionais para alertar o pessoal com relações às áreas


perigosas de “F.O.D.”;

3. Identifique as causas dos incêndios de “F.O.D.” para que possam ser tomadas as
medidas preventivas;

4. Conserve tudo limpo e arrumado nas áreas de manutenção, saídas de pista,


pistas de taxi, pistas de pouso e decolagem. Conserve essas áreas, reparando-as
quando for necessário;

5. Coloque depósito para “F.O.D.” nas áreas de manutenção e esvazie-os


regularmente;

184
6. Conserve as coberturas dos motores e aeronaves livres de objetos estranhos;

7. Mantenha um controle sobre as ferramentas de trabalho. Faça uma “chamada”


dos itens após completar o trabalho;

8. Observe se o pessoal que executa tarefas especiais usa roupas adequadas


(macacões, sem bolso, botões ou outro tipo de prendedor);

9. Verifique os veículos quanto á segurança de carga, itens soltos e pneus, quando a


estarem livres de pedrinhas entre os frisos. Isso deve sempre ser feito antes da
entrada numa área de estacionamento, taxi ou decolagem; e

10. Lembre aos tripulantes de vôo quando ao perigo de itens soltos na cabine. Isso
pode ser resumido numa coisa:

Procedimento de segurança

1. Nunca permita que outras pessoas estejam


no heliponto durante as aproximações, pouso,
decolagem e manobras do helicóptero;
2. Em princípio, só permita a aproximação de
pessoas junto ao helicóptero, quando as turbinas
estiverem desligadas e os rotores parados;
3. Procure estacionar o helicóptero com a
frente para o setor de onde se aproximarão as pessoas;
4. Não permita a aproximação de pessoas pelo setor do rotor d cauda, quando este
estiver girando.
5. Procure definir ao pessoal como área de embarque aquela onde as pessoas
estejam de costas para o vento e de frente para o heliponto. O helicóptero,
dependendo da intensidade do vento, se aproximará contra ele.
6. Nas aproximações pelas laterais observe atentamente o piloto e só permita que as
pessoas se aproximem com o tórax flexionado e sem objetos que possam voar
por ação do vento do rotor principal. Isto significa que o helicóptero está
efetivamente estabilizado no solo.
7. Efetue o embarque e o desembarque de pessoas pela frontal do helicóptero,
mesmo com as turbinas desligadas (nos helicópteros a reação os rotores iniciam o
giro no momento em que se inicia a partida).
8. Tenha redobrado cuidado com as crianças.
9. No caso de vento nulo, oriente o helicóptero, para que pouse de frente para a área
de embarque, ou no máximo deixando esta área lateralmente, e preferencialmente
do lado do piloto.

185
10. Quando a condição mais critica acontecer, ou seja, o pouso for feito com a cauda
voltada para a área de embarque, oriente os passageiros a contornares o
heliponto pelas laterais e efetuarem a aproximação frontalmente ao helicóptero.
11. Oriente as pessoas que conduzem objetos compridos, que o façam na posição
horizontal. Um volume transportado verticalmente poderá chocar-se com os
rotores girando, faça um sinal de positivo para o piloto e aguarde dele a
confirmação.
12. Ao realizar desembarque e embarque de passageiros no mesmo vôo, tenha o
cuidado de primeiro realizar o desembarque e a condução dos passageiros até o
setor de segurança fora do heliponto, para após conduzir os novos passageiros
para embarque no helicóptero.
13. Ao efetuar o desembarque de passageiros, posicione-se de costas para o rotor de
cauda. Não permita que as pessoas se afastem por trás do helicóptero, mantendo-
se sempre a vista.
14. Ao efetuar o embarque de passageiros, certifique-se de que todos tenham
colocado o cinto de segurança, ajudando-os se necessários.
15. Ao colocar ou retirar bagagens do compartimento de bagagens do helicóptero,
certifique-se do fechamento correto de sua porta.
16. Oriente o piloto para iniciar a partida quando todo o pessoal estiver embarcado e o
heliponto livre de qualquer eventual obstáculo, que material ou pessoal;
17. Faça sinal de positivo ao piloto, quando todos os itens acima tiverem sido
cumpridos.
18. No caso de qualquer dúvida quanto ao procedimento correto, pergunte ao piloto.
19. Um heliponto é uma área de risco, tenha, portanto muito cuidado e atenção,
lembrando-se sempre que: “A pressa e a incerteza são inimigas da perfeição e
que em aviação só o perfeito é aceitável”.
20. Lembre-se que todos acatam orientações, principalmente quando feitas com
educação. Sua função é orientar executar os procedimentos de segurança. Seja
firme e enérgico nas suas atitudes. O fruto do seu trabalho é o que de mais puro
possa existir, ou seja, a segurança de vidas humanas.

Sinais visuais

A Sinalização Visual é um meio de comunicação utilizado


por elementos de apoio de solo para orientar ou advertir os pilotos
quando nas aproximações para pouso, deslocamentos nos
helipontos e nas decolagens. Vale frisar que as informações

186
transmitidas não têm o caráter determinado, mas sim de orientação ou advertência,
cabendo ao piloto a decisão na execução de manobras que garantam maior
segurança ao equipamento e seus ocupantes.
Isto, no entanto não invalida a prática correta deste sistema, pois de uma maneira
geral estas orientações são atendidas na íntegra pelos pilotos no comando de suas
aeronaves.
Fundamental é, portanto, que o apoio de solo seja prestado por pessoal qualificado,
onde a credibilidade seja o veículo das informações prestadas.
Preferencialmente, o homem transmissor destas orientações deverá estar equipado,
utilizando coletes luminescentes a qualquer hora (dia ou noite) e obrigatoriamente
portar lanternas de sinalização nas operações noturnas.
Quando da aproximação do helicóptero para o pouso, o sinalizador, após avaliar o
vento predominante, deverá posicionar-se de frente para o heliponto, com as costas
voltadas para a área de embarque ou desembarque, independente da rampa de
aproximação utilizada pelo helicóptero.
No momento em que a aeronave se encontrar próxima do solo, o sinalizador
deverá erguer os braços paralelos ao corpo no plano horizontal, indicando ao piloto o
posicionamento a ser tomado.
Se por qualquer motivo o piloto não seguir a orientação prestada, o sinalizador deverá
imediatamente tomar posição em frente ao helicóptero e continuar a sinalização.
Desde que possível, o sinalizador deverá se posicionar do lado externo das linhas de
demarcação de heliponto.
Conhecimento geral em caso de acidente
Um conhecimento perfeito de combate ao inimigo chamado fogo, associado a
uma cultura técnica profissional de como se aproximar do helicóptero em chamas, sem
dúvidas de como abrir suas portas, arrombar qualquer compartimento, soltar os cintos
e retirar as pessoas, farão desse homem um marco de credibilidade, apoio e
segurança nas operações de pouso e decolagens e manobras realizadas por
helicópteros nos helipontos.
Conhecer, pois os helicópteros, seus pontos fortes e fracos, suas áreas mais
inflamáveis, é extremamente importante para o elemento de apoio.
A seguir descrevemos os sistemas que equipam os helicópteros, suas
localizações genéricas e seus comportamentos num incêndio.
Sistema de combustível:
O combustível utilizado para os helicópteros a reação é o Jet-A1, também
chamado de querosene.
Já nos helicópteros convencionais, usa-se a gasolina de elevada octonagem.
Ambos os combustíveis são inflamáveis e explosivos.

187
Como regra geral podemos admitir que nos helicópteros onde a exaustão dos gases
de escapamento seja feita na parte superior traseira da cabina, os reservatórios de
combustível estarão localizados na parte superior central.
Hoje, o avanço tecnológico já permite que os helicópteros mais modernos
sejam equipados com tanques de borracha autovedantes que dificultam a explosão
em caso de impacto ou chama direta.
Sistema elétrico e eletrônico:
A maioria dos componentes elétricos e eletrônicos dos helicópteros está
localizada atrás do painel de instrumentos ou abaixo do piso da cabina. A bateria está
localizada no nariz, com acesso somente pela parte externa através de uma
portinhola. No caso de curto-circuito a temperatura pode ultrapassar os 100 graus
centígrados e até mesmo explodir.
Fabricada com níquel e Cádmio é pesada (acima de 15kg), podendo existir
duas baterias colocadas lado a lado. Não produz substância ácida. Todos os
componentes elétricos e eletrônicos, inclusive as fiações, são produzidas com
materiais não inflamáveis, de baixo índice de toxidez e geração de fumaça, quando
submetidas a elevadas temperaturas ou fogo direto.
O gerador está localizado junto ao motor, produzidas energia somente quando
a turbina estiver funcionando.
A energia produzida para o helicóptero é normalmente de corrente contínua (24V) e de
corrente alternada (110V).
Sistema hidráulico:
O sistema hidráulico existe no helicóptero para avaliar o esforço do piloto nos
diversos comandos de voo.
É constituído por bombas de alta pressão, mangueiras e reservatórios de fluido
hidráulico.
O fluído hidráulico é um líquido avermelhado, inflamável, mas não explosivo.
O sistema hidráulico como seu reservatório usualmente instalado próximo a
turbina.
Observações operacionais:
1. Os tecidos, carpetes, couros, plásticos, espuma e forrações que cobrem os
componentes e dão acabamento interno a cabina recebe tratamento antichamas,
produzindo pouco fogo ou fumaça quando submetidos a chama direta.
2. Especial atenção deve ser dada a pintura do helicóptero. Ela é inflamável e possui
alto índice de toxidez, produzindo muita fumaça.
3. As mangueiras existentes nos helicópteros são as seguintes:
- Combustível – identificada com um selo azul;
- Fluído Hidráulico – identificada com um selo vermelho;

188
- Óleo do Motor – sem identificação;
No caso de necessidade de corte ou desconexão de qualquer mangueira, não o
faça nas mangueiras com selo azul ou vermelho. Todas as conexões existentes
são do tipo “desconexão rápida”;
4. Quando houver condições, a equipe de apoio deverá ser constituída por duas
pessoas; um sinalizador e orientador de embarque e desembarque e um bombeiro.
Neste caso, o bombeiro deverá portar o extintor adequado, pronto para entrar em
ação;
5. Na impossibilidade de duas pessoas especializadas na equipe, o próprio sinalizador
deverá deixar os extintores a postos e estar preparado para utilizá-lo;
6. Da mesma maneira, em qualquer situação, os equipamentos complementares tais
como: roupa de penetração, materiais de arrombamento e de cortar cintos deverão
estar a mão para pronta utilização, se necessário.
7. Durante a partida, o bombeiro deverá estar a posto junto ao helicóptero,
observando por janelas de inspeção a seção traseira do compartimento do motor e
informar ao piloto qualquer vazamento ou indicio de fumaça. No caso de fogo
combatê-lo imediatamente.
8. Lembrar que as portas dos helicópteros normalmente são providas de um
dispositivo de alijamento que solta os pinos das dobradiças permitindo sua extração
rápida. O punho de acionamento deste dispositivo localiza-se internamente
próximo as dobradiças, bastando simplesmente puxá-lo para remoção das portas.

Procedimentos contra incêndio


As fases de maior perigo para qualquer aeronave são comprovadamente as
operações de pouso e decolagens. Nestas situações ocorrem estatisticamente 70%
dos acidentes, com vítimas.
Não raro estes acidentes são acompanhados por incêndios, face a
concentração de componentes inflamáveis tais como: tecidos, resina, borrachas,
equipamentos elétricos e eletrônicos, tanques de combustível e as altas temperaturas
das turbinas, etc.
É válido lembrar, que num acidente acompanhado de incêndio, de nada
adiantarão os socorros, por mais rápido que se desloquem para o local, se não houver
de imediato uma capacidade de pronta resposta dependerão as vidas dos tripulantes e
passageiros das aeronaves.
Operação de combate:
Qualificar o bombeiro de edificação para atender emergências aeronáuticas
nos helipontos, só é possível a partir da compreensão das táticas de salvamento e

189
combate a incêndio em aeronaves, e do pleno conhecimento das características dos
helicópteros que utilizam o heliponto.
Os tipos mais frequentes de incêndios em helicópteros são Nos motores, Nas
áreas da cabina e nos compartimentos de carga.
Quando ocorre um acidente aeronáutico há grandes possibilidades de incêndio,
e o fogo, se não for controlado rapidamente, em poucos minutos tornará impossível a
sobrevivência dos ocupantes da aeronave.
Lembre-se que o combate a incêndio, visando simplesmente reduzir perdas
materiais, é considerado uma atividade acessória e somente deverá ser elevada a
efeito após o salvamento das pessoas.
As organizações internacionais especializadas (ICAO e NFPA) e a NSMA 92-
01 do Ministério da Aeronáutica recomendam um tempo resposta de 02 e não maior
do que 03 minutos para o inicio da operação de combate ao fogo e resgate.
Nenhuma operação de salvamento não poderá ser executada eficientemente
quando houver uma situação que ponha em risco os ocupantes da aeronave e
bombeiros. Por esta razão em alguns casos é essencial iniciar o combate ao fogo
antes mesmo de efetuar as operações de salvamento.

Nota:
Em outras ocasiões poderá ocorrer o acidente sem incêndio de imediato.
Em ambos os casos providências especiais devem ser tomada devida o risco
na operação.

Acidente Sem Incêndio:


 Cobrir com espuma todo combustível derramado;
Observar e tomar cuidado com motores e materiais aquecidos;
 Tomar cuidado para não deslocar o combustível para as áreas ocupadas da
cabina;
 Evitar jatos diretos sobre líquidos inflamáveis;
 Não disponho de espuma é aconselhável o uso de água sob forma de neblina;
 Manter um bombeiro a postos em uma linha, com esguichos de neblina se
existir, enquanto durar a operação de evacuar ou resgate;
 Desligar a bateria, sistema de combustível e hidráulico, caso não tenha sido
desligado pelo piloto.

Acidente Com Incêndio:


 Atacar o fogo na área da cabina, procurando obter o controle rapidamente;
 Controlar o fogo nos líquidos inflamáveis derramados, para permitir a
aproximação junto à aeronave;

190
 Dentro de o possível efetuar a aproximação do fogo com o vento pelas costas;
 A melhor forma de se tirar os ocupantes é pelas portas;
 Cuidado! A temperatura no incêndio de uma aeronave é cerca de cinco vezes
superior à liberada nos incêndios em edificações;
 A localização dos ocupantes e das chamas atuantes determinação o ponto de
aplicação dos agentes extintores;
 Mantenha a cabina resfriada, mesmo após a extinção das chamas;
 Procure abrir rapidamente uma ventilação na cabina, a fim de evitar a asfixia
de seus ocupantes;
 Mesmo após a extinção das chamas, mantenha um bombeiro operando uma
linha, com esguichos de neblina se existir, enquanto durar a evacuação.

Evacuação e resgate
Embora as duas palavras evacuação e resgate pareçam ter o mesmo
significado, tecnicamente elas não são tão parecidas. Evacuar um local significa
retirar as pessoas que ali se encontram, mas que não estão impedidas de fazê-lo por
meios próprios, Já o resgate implica na retirada de pessoas que estajam confinadas
ou impedidas de fazê-lo por meios próprios. Já que o resgate implica na retirada de
pessoas que estejam confinadas ou impedidas de fazê-lo por meios próprios, Já o
resgate implica na retirada de pessoas que estejam confinadas ou impedidas de
abandonarem o local por meios próprios.
Em qualquer dos casos, no entanto, estas pessoas necessitarão de ajuda para que
possam de forma ordenada e segura abandonarem o local que apresenta perigo.
Ordenar a retirada garantindo uma relativa segurança é das missões mais
importantes da equipe de apoio de solo. O fato determinante do sucesso desta
operação está alicerçado no preparo psicológico e no equilíbrio emocional daquele
que comanda estas ações.
Por este motivo é de fundamental importância que o trabalho da equipe de
apoio esteja pautado numa doutrina de capacitação profissional, onde haja sempre um
interesse maior no aprendizado, pois como sabemos todo ser animal racional ou não,
tem medo do desconhecido.
Do conhecimento adquirido e da segurança que cada um tem ao se manter
atualizado, nasce a disposição para enfrentar qualquer situação anormal reservada
pelo destino.
Nestas condições o homem suplanta seus limites, neutraliza qualquer fator psicológico
adverso e constrói em meio a tragédia um ambiente de esperança, tranquilidade e
sucesso.

191
Evacuação no heliponto:
O perigo iminente de qualquer acidente no heliponto, deve ser regido por normas e
diretrizes a serem cumpridas pelo pessoal de apoio de solo, a fim de evitar que este
estado ameaçador se transforma em tragédia.
Neste caso proceda da seguinte forma:
 Auxilie a retirada das pessoas do helicóptero, mantendo calma e tranqüilidade;
 Oriente as pessoas a abandonarem o heliponto pela área de desembarque;
Procure manter-se a retaguarda das pessoas durante todo o trajeto.
Resgate do heliponto:
Normalmente, após um acidente, as pessoas no interior da aeronave perdem a
total lucidez, ou mesmo todos os sentidos, entram em pânico e necessitam de apoio
imediato. Nestes casos as ações de resgate devem ser rápidas e seguras, levando-se
em conta a possibilidade de incêndio.
Para isto alguns procedimentos devem ser observados:
 Somente se aproxime da aeronave quando tiver a certeza de que nenhuma
parte do helicóptero ainda em movimento o atingirá;
 Se o motor ainda estiver em funcionamento e por qualquer motivo o piloto não
possa desligá-lo, puxe todos os punhos pintados de vermelho para trás;
 Ataque qualquer foco de incêndio, evitando que o fogo atinja a cabina;
 Neutralize o combustível que tenha derramado e se encontre próximo da
aeronave;
 Observe a área do motor quando a indícios de fogo ou fumaça. Lembre-se
que a alta temperatura dos gases de escapamento da turbina e a proximidade
do combustível, poderão provocar incêndios e explosão;
Abra as portas da aeronave pelo sistema de alijamento, quando existir;
Efetue o arrombamento das [portas, caso estejam emperradas;
 Preocupe-se em não cortar inadvertidamente uma mangueira de combustível
ou fluído hidráulico. (selo azul e vermelho);
 Dentro do Possível, utilize sempre a pranchinha para a retirada das pessoas,
principalmente as inconscientes. Coloque a pranchinha firmemente presa,
usando sempre o protetor de pescoço.
 Retire os cintos de segurança das pessoas ou conte-os;
 Quando o acidentado estiver desmaiado, só retire o cinto após apoiá-lo;
Evite movimentos bruscos com as pessoas acidentadas;
 Fora da área de perigo coloque-as deitadas em um plano horizontal.
Resgate do edifício:

192
Quando houver um perigo iminente que obrigue as pessoas a se dirigirem para o
heliponto, para ali serem resgatadas, proceda da seguinte forma:
 Mantenha todos na área de embarque, de preferência distribuídos em grupos
de quatro a cinco pessoas;
 Mantenha a rampa de aproximação e decolagem livres;
 Dê especial atenção as pessoas idosas, senhoras e crianças;
 Observe o vento. Se o regate for por qualquer motivo que não o fogo, as
aeronaves executarão a aproximação para o pouso e decolagens contra o
vento;
 No caso de resgate por fogo no edifício, as aeronaves executarão as
aproximações a favor do vento ou com o vento na lateral e as decolagens
contra o vento.
 No caso do procedimento anterior, especial cuidado deve-se ter, pois as
aeronaves efetuarão um giro de 180 graus com a cauda, podendo atingir as
pessoas que por ventura ali se encontrem;
 Nos casos de maior rapidez nas operações de resgate, os cuidados com o
fechamento dos cintos de segurança perdem a importância. Mais válido é
observar o fechamento das portas;
 Tente recrutar entre as pessoas que ali se encontram alguém para ajudá-lo no
controle da fila, lembrando sempre que o embarque é de sua responsabilidade.
Pistas de pouso e decolagem
Heliponto Particulares

Helipontos Hospitalares

193
Heliponto Marítimo

SINALIZAÇÃO PARA POUSO E DECOLAGEM DE AERONAVES

POSIÇÃO PARA POUSO

Braços paralelos estendidos horizontalmente à


frente do corpo e mãos espalmadas. E assim
permanecerem até que o helicóptero entre neste
alinhamento.

A DIREITA

Braços distendidos na horizontal e mãos


espalmadas para baixo. Inclinam-se à esquerda
e voltam à horizontal quando cessar a
necessidade de deslocamento. É necessário
lembrar que direita do piloto é a esquerda do
sinalizador.

A ESQUERDA

Braços distendidos nahorizontal e mãos


espalmadas para baixo. Inclinam-se à direita e
voltam a horizontal quando cessar a
necessidade de deslocamento. É necessário
lembrar que a esquerda do piloto é a direita do
sinalizador.

194
PARA TRÁS

Braços flexionados na vertical e mãos


espalmadas, com os dorsos voltados para o
sinalizador. Movimentos horizontais de vai e
vem, enfatizando a fase que avança para o
helicóptero. Caminhe se possível contra o
helicóptero.

POSIÇÃO PARA FRENTE

Braços flexionados na vertical e mãos


espalmadas com os dorsos voltados para o
helicóptero. Movimentos horizontais de vai e ve.
Enfatizando-se a fase que avança para o
sinalizador. Sempre que possível, Este deve
caminhar à ré.

BAIXAR

Braços distendidos horizontalmente e mãos


espalmadas. Viradas para baixo. Os braços
executam movimento de vai e vem para baixo,
entre as posições horizontal e vertical.

MANTER A POSIÇÃO

Braços estendidos horizontalmente. Não há


movimentação.

LIVRE POUSO

Braços flexionados à frente do corpo com as


mãos superpostas e as palmas voltadas para o
solo. Efetuar este movimento com as mãos em
direção ao solo até o pouso da aeronave.

195
LIVRE DECOLAGEM

Um braço cruzado às costas e outro girando


estendido na direção de decolagem. Com o
indicador apontando-a.

CARGA PRESA

Braço direito na vertical, mão espalmada. E


braço esquerdo na horizontal segurando o
antebraço direito.

PARA CIMA

Braços distendidos horizontalmente e mãos


espalmadas, viradas para cima. Os braços
executam movimento de vai e vem para cima,
entre as posições horizontal e vertical.

CARGA FORA DO SOLO

Braços estendidos horizontalmente. Com


polegares para cima.

MANTER A POSIÇÃO

Braços cruzados na frente do corpo. Não há


movimentação.

196
CALDA PARA DIREITA

Braços estendidos horizontalmente. Flexionar o


braço esquerdo à frente do corpo enquanto
houver necessidade do movimento de cauda.

CALDA PARA ESQUERDA

Braços estendidos horizontalmente. Flexionar o


braço direito à frente do corpo enquanto houver
necessidade do movimento de cauda.

197
AMEAÇA COM BOMBAS
A ameaça de bomba ou com armas biológicas é uma situação que gera um
clima de medo e pânico (terror psicológico). Deve ser encarada como uma inocente
brincadeira de trote telefônico ou uma um ato criminoso?
Antes de mandar iniciar o abandono das instalações e fazer com que o objetivo
do criminoso seja atingido, devemos analisar os pontos seguintes.
Explosivas são substâncias que sob a ação de um excitante transformam-se
desprendendo- elevadas temperaturas, forte luminosidade e volume de gases (onda
positiva e negativa) em um curto espaço de tempo, produzindo efeitos mecânicos e
sonoros.
Os explosivos são divididos em dois tipos:

 EOD (Explosive Ordinance Disposal) – são os explosivos fabricados em


processo industrial, por exemplo uma granada;
 IOD (Improvised Explosive Device) – são os explosivos fabricados de uma
forma caseira, por exemplo lata com pólvora retirada de rojão.

Os explosivos podem ser sólidos (pó, grão ou massa), líquidos ou gasosos.


Os artefatos possuem um alto poder de destruição e uma relativa facilidade de
instalação no local ameaçado.
Os explosivos podem ser apresentados de uma forma dissimulada ou camuflados,
por exemplo: uma carta, uma caixa de relógio, um CD, um livro, uma caixa de sapato,
uma valise ou mochila, etc.
Toda ameaça representa um risco com potencial significativo para os usuários do
local (população fixa e flutuante), às operações do empreendimento e às edificações.
O empreendimento dever estabelecer políticas, diretrizes, medidas e
procedimentos para o gerenciamento da crise, contemplando desde a ameaça de
bomba até a concretização deste risco, ou seja, a explosão do artefato.
As conseqüências humanas podem variar da lesão corporal até a morte das
pessoas. Os efeitos financeiros se traduzem por meio da paralisação das atividades
administrativas e operacionais, por exemplo um CPD de uma instituição financeira, um
call-center de uma companhia aérea ou de uma administradora de cartão de crédito ou
a central de assinaturas de uma revista ou jornal , além de danos ao patrimônio da
empresa no caso da concretização. Fora o stress psicológico e o desgaste da
imagem da instituição por divulgação do fato na mídia, escrita, televisionada e falada,
apontando o descontrole da situação.
Todo plano de segurança deve contemplar três fatores:
 Proteção às vidas humanas;
 Proteção a propriedade;

198
 Recuperar e estudar as ameaças e evidências.
O papel da área de segurança do empreendimento é o de impor dificuldades,
eliminando ou reduzindo o campo de ação do criminoso, através da elaboração de
uma análise de risco, que utilize um critério científico, elaboração e implementação do
plano de segurança e de contingência do respectivo site, realização de simulados para
todas as situações e locais, realização de auditorias para detectar não conformidades
e se atualizar o procedimento ou o treinamento, programa de capacitação para todos
os colaboradores envolvidos com este processo e a análise de ocorrências anteriores
no seu site ou no seu segmento de negócio.
Esta ocorrência pode ser iniciada de 04 formas:
 Telefonema informando;
 Carta ou bilhete;
 Localização de um objeto suspeito;

 Explosão de um artefato.
A questão que surge é: “O que fazer no caso de uma ameaça? “ e “Devemos
adotar o mesmo padrão de resposta para todas as ameaças de bombas?”
O plano de contingência deve determinar:
 Como o colaborador que recebe a ameaça deve tratar o telefonema;
 Quem e como será avisado;

 Procedimento para acionamento de apoio externo especializado;


 Procedimentos de busca, varredura e inspeção das áreas físicas;
 Procedimentos de evacuação (parcial ou total);

 Procedimento para primeiros socorros, no caso de feridos;

 Procedimento para incêndio, no caso da explosão.


O plano de contingência deve definir quem formará o comitê de crise, inclusive
relacionando titular e suplente (caso de afastamento – férias, doença, etc) para cada
função.
A função do comitê é reunir os dados e analisá-los, informar a alta direção
dando subsídios para a tomada de decisões, recomendar e implementar ações
mobilizando os meios e fazer o follow-up com a alta direção.
No caso de um telefonema, informando o fato, deve haver um formulário em
todos os pontos possíveis de receber a chamada, em um call-center, todos os pontos
de atendimento devem dispor deste formulário,
Este questionário deve relacionar, entre outros itens, data, horário e duração do
chamado, características da voz (sexo, sotaque, idade, detalhes), transcrição exata do
interlocutor (existe a possibilidade de gravação, para posterior análise e investigação),

199
porque a bomba foi colocada (motivo), qual a sua aparência, qual o local em que ela
foi deixada (verificar se o criminoso conhece a instalação física, por exemplo cita uma
sigla utilizada internamente que define determinada área), ruídos de fundo (música,
tráfego, vozes, máquinas, trem/metrô, etc), se a ligação foi feita em telefone público ou
privado (é possível identificar o local da chamada por meio de um sistema eletrônico e
posteriormente investigar o fato) e nome de quem atendeu.
Para se atingir a perfeição no desenvolvimento deste trabalho, que é uma das
fases mais importantes, para posterior análise na tomada de decisão e investigação,
todas as pessoas que podem receber uma ligação devem receber um treinamento
sobre o assunto e como o questionário deve ser preenchido.
Após o treinamento devem ser feitos vários simulados, sendo que a primeira
coisa a ser dita ao atendente é “chamada de simulação”, posteriormente passa-se
toda a informação e depois se verifica, se e quais dados não foram relacionados. A
capacitação dos envolvidos é muito importante para a análise da ameaça, pois se
pode classificar a credibilidade da ameaça.
Com o plano elaborado será possível analisar todas as variáveis pertinentes ao
local e o gerenciamento da situação e a tomada das decisões será mais eficiente.

200
NORMA REGULAMENTADORA 35 (NR35)

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o


trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente
com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00
m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais
estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as
normas internacionais aplicáveis.
35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador:
a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em
altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em
altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas
complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas
de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas
de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou
condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja
possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em
altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive
os procedimentos expedidos pelo empregador;

201
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta
Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que
diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho.
35.3. Capacitação e Treinamento
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos
trabalhadores à realização de trabalho em altura.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que
foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima
de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) Análise de Risco e condições impeditivas;
c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e
controle;
d) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção,
conservação e limitação de uso;
e) Acidentes típicos em trabalhos em altura;
f) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e
de primeiros socorros.
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que
ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.
35.5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI,
acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura,
recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de
todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:
a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem
forem recusados.

202
RESGATE E SALVAMENTO EM ALTURA

Cabos, Voltas e Nós.


 Capacitar o bombeiro profissional para o correto manuseio e trabalho com
cabos, voltas e nós, dentro dos padrões e técnicas empregados mundialmente.
 Identificar o nó adequado para emprego específico a cada necessidade.
Executar vários tipos de nós básicos, essenciais ao serviço de bombeiros.
 Demonstrar conhecimento na aplicação dos nós apropriados, para içamento ou
descida de equipamentos e materiais destinados ao serviço de bombeiros, em
condições de segurança.
 Manter os cabos em condições de pronto emprego através de sua inspeção e
adequado acondicionamento.
Glossário de Termos Técnicos:
Com o objetivo de facilitar o
entendimento deste capítulo, segue um glossário dos principais termos técnicos
utilizados no manuseio com cabos.
 Peso - relação entre a quantidade de quilos (Kg) por metro (m) de um cabo.
 Tesar - esticar um cabo; ato de aplicar tensão ao cabo.
 Cabo de Sustentação - cabo principal onde se realiza um trabalho.
 Coçado - cabo ferido, puído em consequência de atrito. Laçada - forma pela
qual se prende temporariamente um cabo, podendo ser desfeita facilmente.
 Nó - entrelaçamento das partes de um ou mais cabos, formando uma massa
uniforme.
 Aduchar - trata-se do acondicionamento de um cabo, visando seu pronto
emprego.
 Bitola - diâmetro nominal apresentado por um cabo, expresso em milímetros ou
polegadas.
 Cabo - conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas,
torcidos ou trançados entre si.
 Cabo Guia - cabo utilizado para direcionar os içamentos ou descidas de
vítimas, objetos ou equipamentos, além de guiar bombeiros em locais de difícil
visibilidade.
 Carga de Ruptura - exprime a tensão mínima necessária para romper-se um
cabo.
 Carga de Segurança de Trabalho - corresponde a 20% da carga de ruptura. É
o esforço a que um cabo poderá ser submetido, considerando-se o coeficiente
de segurança 5. Carga máxima a que se deve submeter um cabo.
Partes de um Cabo

203
 Alça - é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em um cabo.
 Cabo - conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas,
torcidos ou trançados entre si.
 Chicote - extremos livres de um cabo, nos quais normalmente se realiza uma
falcaça.
 Falcaça - arremate realizado no extremo de um cabo, para que o mesmo não
desacoche. É a união dos cordões dos chicotes do cabo por meio de um fio, a
fim de evitar o seu destorcimento. Nos cabos de fibra sintética pode ser feita
queimando-se as extremidades dos chicotes.
 Seio (ou Anel) - volta em que as partes de um mesmo cabo se cruzam. Vivo
(ou Firme) - é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa do cabo.
Constituição dos Cabos
Considerando que todos os equipamentos dos serviços de bombeiros
trabalham próximos ao limite máximo de sua capacidade, é necessário que cada um
possa conhecer algumas características técnicas do material, materiais constitutivos,
tipos de cabos, etc.
Cabos de Fibra de Origem Natural Da natureza é possível extrair fibras
destinadas à fabricação de cabos. Ao conjunto de fibras dá-se o nome de fios, os
quais por sua vez formam os cordões e por fim os cabos propriamente ditos.
Cabos de Fibra de Origem Sintética Com matérias plásticas fabricadas pelo
homem, e que possam ser esticadas em forma de fios, produzem-se cabos de
excelente qualidade. As fibras sintéticas mais utilizadas na confecção de cabos são os
polímeros derivados de petróleo, como por exemplo o poliéster, a poliamida, o
polietileno e o polipropileno
Tipos de Cabos
Os cabos torcidos, normalmente não apresentam elasticidade, sendo, portanto
considerados estáticos.
Os cabos trançados, por apresentarem coeficiente variável de elasticidade,
são, na maioria das vezes, dinâmicos.
Carga de Ruptura (CR) e Carga de Segurança de Trabalho
A fim de desenvolver com segurança os trabalhos de bombeiros, é necessário
saber que todo cabo possui uma Carga de Ruptura (CR), que depende da qualidade
da matéria-prima utilizada em sua fabricação.
A Carga de Ruptura é dimensionada em conformidade com a tensão a que
pode ser submetida um cabo. No entanto, para o seu pronto emprego, faz-se
necessária a utilização de voltas e nós, os quais modificam o vetor de força e, por
conseguinte, a resistência do cabo.

204
Com o objetivo de suprir eventuais deficiências em virtude dos nós e voltas
empregadas, faz-se uso do fator “5” para definição da Carga de Segurança de
Trabalho, ou seja, a Carga de Segurança de Trabalho é igual a 1/5 (20%) da Carga de
Ruptura de um cabo. Por exemplo, um cabo cuja CR é igual a 3.000 Kgf deve
ser utilizado para tensões não superiores a 600 Kgf.
Principais Nós, Voltas e Laçadas.
 Meia Volta
 Nó Direito
 Escota Singelo e Duplo
 Volta do Fiel chicote
 Volta do Fiel pelo Seio
 Lais de Guia
 Volta do salteador
 Nó de mola
 Nó de forca
 Nó oito
 Azelha em oito (oito duplo)
 Orelha de coelho

VOLTA OU NÓ RESISTÊNCIA
Meia Volta........................................................................45%
Nó Direito.........................................................................45%
Nó deEscota...................................................................55%
Volta do Fiel.....................................................................60%
Lais de Guia.....................................................................60%

Cabo da Vida

É um cabo solteiro feito de material sintético, de 12 mm de diâmetro e 6 metros


de comprimento, com resistência a ruptura de 2.000 kgf.
Para facilitar sua aplicabilidade, deve ter marcas distintas nos terços e na
metade do mesmo. O cabo da vida tem a finalidade de servir como segurança básica
para trabalhos diversos, sendo utilizado juntamente com um mosquetão de segurança
com fecho em rosca interna.
O comprimento de 6 metros do cabo foi baseado na possibilidade última de um
bombeiro safar-se com a utilização de um material de segurança individual (cabo da
vida), pois, dobrando-o ao meio, permeando-o, obterá dois chicotes de três metros e
poderá executar o no de salva cabo, descendo de um andar para outro de um edifício

205
(a maioria dos prédios possui pé direito de três metros), recuperando-o para uma nova
descida.
Confecção - Para a confecção do cabo da vida, deve-se dividir um cabo
principal, que atenda as qualificações (material, tipo, diâmetro e resistência), a cada
seis metros. Ao se dividir o cabo, deve-se colocar fita adesiva (tipo fita isolante), a
cada intervalo de dois centímetros, de forma a manter as fibras unidas e uniformes. Só
então, as fibras serão cortadas e as extremidades queimadas (falcaça em cabos de
fibra sintética).
Divisão operacional do cabo - Realizar marcas distintas na metade e nos
terços do cabo, ou seja, com a utilização de tinta de tecido, ou então com a utilização
da própria fita adesiva, marcar o meio do cabo e, em seguida, dividi-lo em três partes,
marcando o primeiro e o segundo terços com sinais ou cores diferentes.
Transporte do cabo da vida - O bombeiro aduchara o cabo da vida,
arrematando-o com uma série de voltas com laçada interna. Uma vez aduchado, o
cabo da vida será transportado em diagonal ao tronco com o arremate da aducha
sobre o ombro direito e o mosquetão ao lado do corpo.
Cuidados com os Cabos - Para prolongar a vida útil de um cabo, e empregá-
lo em condições de segurança, devem-se seguir algumas regras básicas: Não
friccionar o cabo contra arestas vivas e superfícies abrasivas. Não submeter o cabo a
tensões desnecessárias.
Evitar o contato do cabo com areia, terra, graxas e óleos. Evitar arrastar o cabo
sobre superfícies ásperas. Não ultrapassar a Carga de Segurança de Trabalho
durante o tensionamento do cabo. Lavar o cabo após o uso, em caso de necessidade.
Não guardar cabos úmidos.
Caso necessário, secá-los na sombra, em local arejado. Seria interessante que
cada cabo possuísse uma ficha, onde deveriam ser lançadas as descrições de todas
as atividades que com ele foram praticadas, para que, após determinado período,
fosse descarregado, evitando, desta maneira, a ocorrência de eventuais acidentes.

206
PROVA REFERENTE AO MÓDULO V

1. O que é um heliponto?
A. Área de pouso e decolagem para helicópteros;
B. Área para estacionamento de aeronaves em geral;
C. Área livre para prática de descidas de rapell;
D. Área para disputa de corridas de helicópteros;
E. Nenhuma das alternativas;
2. Os helipontos se dividem em:
A. Não se dividem;
B. Militar e público;
C. Público e privado;
D. Apenas hospitalar;
E. Público, privado, militar e hospitalar;
3. Área na qual o helicóptero poderá pousar:
A. Área de pouso;
B. Área de toque;
C. Área livre;
D. Área de decolagem;
E. Qualquer lugar;
4. O triângulo localizado na área de toque aponta para o?
A. Sul
B. Leste.
C. Norte magnético.
D. Oeste.
E. Noroeste.
5. Para cada nó uma função, preencha a laguna de acordo com função do nó.
A. Volta do fiel.
( ) Nó de ancoragem.
B. Volta do salteador.
( ) Nó para emenda.
C. Laís de guia. ( ) Nó de ancoragem equalizada.
D. Nó de Mickey. ( ) Nó com alça fixa.
( ) Nó de fulga.
E. Pescador simples
A. A, B, C, D, E
B. D, E, A, C, B
C. B, C, D, E, A
D. A, E, D, C, B
E. E, A, B, C, D

207
6. Cabo da vida é muito utilizado por bombeiros. Quais as exigências de um cabo
da via?
I. 6m de comprimento e 12 mm de bitola.
II. Dividido nos seus terços.
III. Carga de ruptura de 2.000 Kgf.
IV. Com carga de segurança de 100 kgf.
A. I e III são corretas.
B. II e IV são incorretas.
C. II e III são corretas.
D. Todas são corretas.
E. Apenas IV é incorreta.
7. Qual a carga de segurança que deve ser obedecida na utilização de uma corda
para resgate?
A. 10% da carga de ruptura;
B. 20% da carga de ruptura;
C. 05% da carga de segurança;
D. 30% da carga de ruptura;
E. Não há carga de segurança;
8. Equipamento que faz a conexão da cadeirinha de resgate no sistema de freio
oito?
A. Freio oito de resgate;
B. Mosquetão;
C. Cordelete;
D. Cinto de segurança tipo paraquedista;
E. Nenhuma das alternativas;
9. O nó denominado “volta do salteador”, tem qual finalidade?
A. Unir cabos de diferentes polegadas;
B. É utilizado para içamento de materiais;
C. É um nó utilizado para reforçar um cabo;
D. É um nó usado para fuga e ancoragem;
E. Não usa se em caso de emergência;
10. Qual a carga de segurança de uma corda com carga de ruptura de 4000 kg?
A. 400 kg;
B. 800 kg;
C. 200 kg;
D. 2000 kg;
E. 80 kg;

208
MÓDULO VI

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS- NR16

Legislação:
16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos
Anexos desta Norma Regulamentadora - NR.
16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao
trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o
salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa.
16.2.1 O empregado poderá optar pelo adicional de Insalubridade que
porventura lhe seja devido.
16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a
descaracterização da periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do
Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.
16.4 O disposto no item 16.3 não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério
do Trabalho nem a realização ex-ofício da perícia.
16.5 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas
atividades ou operações perigosas às executadas com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos
sísmicos, choque e atritos.
16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos,
em quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas em condições
de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite
de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco)
quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos.
16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo
próprio dos veículos, não serão consideradas para efeito desta Norma.
16.7 Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido
combustível todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus
Celsius) e inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).(Alteração dada
pela Portaria SIT 312/2012).
16.8 Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser delimitadas, sob-
responsabilidade do empregador. (Incluído pela Portaria SSST n.º 25, de 29 de
dezembro de 1994).

209
LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS NR20
Legislação:
20.1.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora - NR fica definido "líquido
combustível" como todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC
(setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de
graus centígrados).
20.1.1.1. O líquido combustível definido no item 20.1.1 é considerado líquido
combustível da Classe III.
20.1.2. Os tanques de armazenagem de líquidos combustíveis serão construídos
de aço ou de concreto, a menos que a característica do líquido requeira material
especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País. (120.001-1 / I3)
Todos os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis, de superfície ou
equipados com respiradouros de emergência, deverão ser localizados de acordo com
a Tabela A. (120.002-0 / I3)

TABELA
DISTÂNCIA DO TANQUE
DISTÂNCIA MÍNIMA DO
CAPACIDADE DO TANQUE À LINHA DE DIVISA DA
TANQUE ÀS VIAS
(litros) PROPRIEDADE
PÚBLICAS
ADJACENTE
Acima de 250 até 1.000 1,5 m 1,5 m
Acima de 1.001 até 2.800 3m 1,5 m
Acima de 2.801 até 45.000 4,5 m 1,5 m
Acima de 45.001 até 110.000 6m 1,5 m
Acima de 110.001 até 200.000 6m 3m
Acima de 200.001 até 400.000 15 m 4,5 m

Acima de 400.001 até 2.000.000 25 m 7,5 m

Acima de 2.000.001 até


30 m 10,5 m
4.000.000
Acima de 4.000.001 até
30 m 13,5 m
7.500.000
Acima de 7.500.001 até
50 m 16,5 m
10.000.000
Acima de 10.000.001 ou mais 52,5 m 18 m

20.1.4. A distância entre 2 (dois) tanques de armazenamento de líquidos


combustíveis não deverá ser inferior a 1,00m (um metro). (120.003-8 / I3)
20.1.5. O espaçamento mínimo entre 2 (dois) tanques de armazenamento de
líquidos combustíveis diferentes, ou de armazenamento de qualquer outro
combustível, deverá ser de 6,00m (seis metros). (120.004-6 / I3)

210
20.1.6. Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem
pressões internas excessivas, causadas pela exposição a fonte de calor. (120.005-4
/ I3)
Classificação de substâncias perigosas
Explosivas
Substâncias muito sensíveis ao fogo, ao calor e à fricção
(choques, atritos).
Exemplos: Gás natural (metano), gás de botijão (propano,
butano), partículas de pó de sementes.
Inflamáveis.
Substâncias que em temperatura ambiente, podem entrar
em combustão espontaneamente em contato com o ar. Em geral
emitem gases e vapores.
Exemplos: Hexano (solvente de extração), naftas, solventes de uso geral.
Combustíveis.
Substâncias que originam, durante sua combustão, uma grande liberação de
calor. Reagem com grande facilidade com as substâncias inflamáveis.
Exemplos: Papel, madeira, panos, tapetes.
Corrosivas
Substâncias que em contato com os materiais de tubulações, equipamentos e
com o tecido vivo (pele, mucosas) exercem uma ação destrutiva.
Exemplos: Soda cáustica, ácido fosfórico, ácido sulfúrico, ácido clorídrico.
Oxidantes.
Substâncias que em contato com compostos orgânicos ou qualquer substância
oxidável, podem provocar incêndio ou explosão.
Exemplos: Peróxido de hidrogênio (água oxigenada), ácido nítrico.
Irritantes
Substâncias não corrosivas que, por contato imediato, prolongado ou repetido
com a pele ou com as mucosas, podem provocar uma reação inflamatória.
Exemplos: Terras filtrantes, solventes de uso geral, tintas, pó, resinas epóxi.
Nocivas
Substâncias que por inalação, ingestão ou penetração através da pele, podem
produzir doenças.
Exemplos: Álcool etílico.
Tóxicas
Substância que tem a capacidade de produzir efeitos prejudiciais ou letais
através da sua interação com a química do corpo.
Perigosas para o meio ambiente

211
São aquelas substâncias químicas que podem produzir dano imediato, mediato
ou retardado ao meio ambiente (que compreende comunidade e biodiversidade das
espécies animais e vegetais)
O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido
pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como
diamante do perigo ou diamante de risco —, é uma
simbologia empregada pela Associação Nacional para
Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire
Protection Association), dos Estados Unidos da América.

212
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Os produtos perigosos são classificados pela organização das nações unidas (ONU)
em nove classes de riscos e respectivas subclasses, conforme apresentado na tabela.
Tabela 1 – Classificação ONU dos Riscos dos Produtos perigosos

Classificação Subclasse Definições


1.1 Substância e artigos com risco de explosão em massa.
Substância e artigos com risco de projeção, mas sem
1.2
risco de explosão em massa.
Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno
1.3 risco de explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem
Classe 1 risco de explosão em massa.
Explosivos Substância e artigos que não apresentam risco
1.4
significativo.
Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão
1.5
em massa;
Artigos extremamente insensíveis, sem risco de
1.6
explosão em massa.
Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão
normal são inflamáveis quando em mistura de 13% ou
2.1 menos, em volume, com o ar ou que apresentem faixa
de inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%,
independente do limite inferior de inflamabilidade.
Classe 2
Gases não-inflamáveis, não tóxicos: são gases
Gases
2.2 asfixiantes, oxidantes ou que não se enquadrem em
outra subclasse.
Gases tóxicos: são gases, reconhecidamente ou
2.3 supostamente, tóxicos e corrosivos que constituam
risco à saúde das pessoas.
Líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas de líquidos
ou líquidos que contenham sólidos em solução ou
suspensão, que produzam vapor inflamável a
Classe 3
- temperaturas de até 60,5°C, em ensaio de vaso
Líquidos Inflamáveis
fechado, ou até 65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, ou
ainda os explosivos líquidos insensibilizados dissolvidos
ou suspensos em água ou outras substâncias líquidas.
Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e
explosivos sólidos insensibilizados: sólidos que, em
condições de transporte, sejam facilmente
combustíveis, ou que por atrito possam causar fogo ou
4.1
contribuir para tal; substâncias auto-reagentes que
Classe 4 possam sofrer reação fortemente exotérmica;
Sólidos Inflamáveis; explosivos sólidos insensibilizados que possam explodir
Substâncias sujeitas à se não estiverem suficientemente diluídos.
combustão espontânea;
Substâncias sujeitas à combustão espontânea:
substâncias que, em contato
substâncias sujeitas a aquecimento espontâneo em
com água, emitem gases 4.2
condições normais de transporte, ou a aquecimento em
inflamáveis
contato com ar, podendo inflamar-se.
Substâncias que, em contato com água, emitem gases
inflamáveis: substâncias que, por interação com água,
4.3
podem tornar-se espontaneamente inflamáveis ou
liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas.
Classe 5 Substâncias oxidantes: são substâncias que podem, em
Substâncias Oxidantes e 5.1 geral pela liberação de oxigênio, causar a combustão de
Peróxidos Orgânicos outros materiais ou contribuir para isso.
Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes,
Classe 5
considerados como derivados do peróxido de
Substâncias Oxidantes e 5.2
hidrogênio, termicamente instáveis que podem sofrer
Peróxidos Orgânicos
decomposição exotérmica auto-acelerável.
Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de
provocar morte, lesões graves ou danos à saúde
Classe 6 6.1
humana, se ingeridas ou inaladas, ou se entrarem em
Substâncias Tóxicas e contato com a pele.
Substâncias Infectantes
Substâncias infectantes: são substâncias que contém
6.2
ou possam conter patógenos capazes de provocar

213
doenças infecciosas em seres humanos ou em animais.
Qualquer material ou substância que contenha
Classe 7 radionuclídeos, cuja concentração de atividade e
-
Material radioativo atividade total na expedição (radiação), excedam os
valores especificados.
São substâncias que, por ação química, causam severos
Classe 8 danos quando em contato com tecidos vivos ou, em
-
Substâncias corrosivas caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem
outras cargas ou o próprio veículo.
Classe 9
São aqueles que apresentam, durante o transporte, um
Substâncias e Artigos -
Perigosos Diversos risco não abrangido por nenhuma das outras classes.

A classificação de uma substância numa das classes de risco,


acima apresentadas, é realizada por meio de critérios técnicos, os
quais estão definidos na legislação do transporte rodoviário de
produtos perigosos.

Tabela 2 – Significado dos Algarismos dos Números de Risco

AlgarismoSignificado
2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química.
Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito
3 a auto-aquecimento.
Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a auto-
4
aquecimento.
5 Efeito oxidante (intensifica o fogo).
6 Toxicidade ou risco de infecção.
7 Radioatividade.
8 Corrosividade.
9 Risco de violenta reação espontânea.
Substância que reage perigosamente com água (utilizado como
X
prefixo do código numérico).

214
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VI

1. Qual a NR que fala das atividades e operações perigosas de bombeiro:


A. NR 10
B. NR 16
C. NR 06
D. NR 20
E. NR 09
2. Exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador
a percepção de adicional de:
A. 30%
B. 25%
C. 17%
D. 20%
E. 1%
3. NR 20 respectiva mente fala de?
A. Líquidos não combustíveis.
B. Líquidos combustíveis inflamáveis.
C. Líquidos combustíveis explosivos.
D. Líquidos combustíveis corrosivos.
E. Líquidos combustíveis radiativos.
4. Uma das primeiras ações a ser executada em caso de acidente como
vazamento, envolvendo produtos perigosos é:
A. Passar um rodo, empurrando o produto para qualquer lugar;
B. Chamar a ambulância;
C. Seguir viagem sem dar importância;
D. Pronta classificação e identificação dos produtos envolvidos;
E. Riscar um fósforo para ver se o produto é inflamável;
5. Os líquidos inflamáveis fazem parte de qual classificação?
A. Classe 03;
B. Classe 05;
C. Classe 07;
D. Classe 09;
E. Classe 01;
6. Uma das definições de explosivos é:
A. Qualquer material ou substância que emite radiação;

215
B. Gases tóxicos e corrosivos;
C. Substâncias oxidantes;
D. Substância e artigos com risco de explosão em massa;
E. Substâncias que podem provocar doenças infecciosas;
7. Qual meio utilizado para a identificação de produtos perigosos?
A. Sistema de leitura em braile;
B. Através de simbologia de risco, composta por painel de
segurança, de cor alaranjada, e um rótulo de risco;
C. Através de autofalante;
D. Com gestos feitos pelo motorista;
E. Pelo barulho do caminhão;
8. É correto dizer que na representação da intensidade dos riscos, o algarismo 9
significa:
A. Corrosividade;
B. Radioatividade;
C. Toxicidade ou risco de infecção;
D. Efeito oxidante;
E. Risco de violenta reação espontânea;
9. Toxicidade ou risco de infecção, é o significado de qual algarismo na
representação da intensidade dos riscos?
A. 6;
B. 4;
C. 9;
D. 1;
E. 5;
10. Qual significado do número de risco “20”?
A. Gás tóxico;
B. Gás liquefeito;
C. Gás tóxico corrosivo;
D. Gás inflamável;
E. Gás asfixiante ou gás sem risco subsidiário;

216
MÓDULO VII
PRIMEIROS SOCORROS

OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA:

1. Mantenha a calma.

2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando


socorro:

Primeiro eu (socorrista)

Depois minha equipe (incluindo os transeuntes)

E por último a vítima

Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não
gerar novas vítimas.

3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao


chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar três números: 193 (número
do corpo de bombeiros da cidade de São Paulo).

4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.

5. Mantenha sempre o bom senso.

6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se


sentirão mais úteis.

8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa)

9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida
como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando
muito.

10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento)

217
LEGISLAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS

Lei de Omissão de Socorro – Artigo 135 do Código Penal Brasileiro – Decreto


Lei 2848/40

Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública.

Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão


corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Lei Abandono de Incapazes – Artigo 133 do Código Penal Brasileiro

Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda vigilância ou
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do
abandono: pena — detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.

§1º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: pena: —


reclusão, de 1(um) a 5 (cinco) anos.

§ 2º Se resulta a morte: pena: — reclusão de 4 (quatro) a 12(doze) anos.

§ 3º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:


I — se o abandono ocorre em lugar ermo;
II — se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da
vítima.
III — se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (inciso introduzido pela Lei n° 10.161,
de 1° de outubro de 2003)

INTRODUÇÃO
Primeiros Socorros é o tratamento imediato e provisório ministrado a uma
vítima de trauma ou doença. Geralmente se presta no próprio local e continua até
colocar o paciente sob cuidados médicos.
É da maior importância que o socorrista conheça e saiba colocar em prática o
suporte básico da vida. Saber fazer o certo na hora certa pode significar a diferença
entre a vida e a morte para um acidentado.
Além disso, os conhecimentos na área podem minimizar os resultados
decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la nas melhores
condições para receber o tratamento definitivo.
O domínio das técnicas do suporte básico da vida permitirá que o socorrista
identifique o que há de errado com a vítima; levante ou movimente-a, quando isso for

218
necessário, sem causar lesões secundárias; e, finalmente, transporte-a e transmita
informações sobre seu estado ao médico que se responsabilizará pela sequencia de
seu tratamento.

AVALIAÇÃO INICIAL

Antes de qualquer outra atitude no atendimento às vítimas, deve-se obedecer a


uma sequencia padronizada de procedimentos que permitirá determinar qual o
principal problema associado com a lesão ou doença e quais serão as medidas a
serem tomadas para corrigi-lo.
• O local da ocorrência. É seguro? Será necessário movimentar a vítima? Há
mais de uma vítima? Pode-se dar conta de todas as vítimas?
• A vítima. Está consciente? Tenta falar alguma coisa ou aponta para qualquer
parte do corpo dela.
• As testemunhas. Elas estão tentando dar alguma informação? O socorrista
deve ouvir o que dizem a respeito dos momentos que antecederam o acidente.
• Mecanismos da lesão. Há algum objeto caído próximo da vítima, como escada,
moto, bicicleta, andaime e etc. A vítima pode ter sido ferida pelo volante do
veículo?
• Deformidades e lesões. A vítima está caída em posição estranha? Ela está
queimada? Há sinais de esmagamento de algum membro?
• Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela apresentou emese
(vomito)? Ela está tendo convulsões?
A análise primária é uma avaliação realizada sempre que a vítima está
inconsciente e é necessária para se detectar as condições que colocam em risco
iminente a vida da vítima.
• Determinar inconsciência: chamar a vítima (tato, sonoro, estimula da dor)
• Checar circulação: sentir palpação da artéria carotídea.
• Abrir vias aéreas: hiper estender as vias aéreas
• Observa o acidentado em condições que leve ao agravo de sua situação
Determinar inconsciência:
Um paciente consciente significa que a respiração e a circulação estão presentes
e, neste caso, pode-se passar direto para a análise secundária. Porém, se ele está
caído, ou imóvel no local do acidente, deve-se constatar a inconsciência, sacudindo o
paciente gentilmente pelos ombros perguntando: "Ei, você está bem?".
Checar circulação – Se o paciente não respirar, deve-se determinar o pulso na
artéria carótida. Para checar o pulso carotídeo, deve-se gastar de 5 a 10 segundos.

219
Se o paciente não responde a estímulos, realizar a abertura das vias aéreas
para que o ar possa ter livre passagem aos pulmões.
A manobra de abrir as vias aéreas pode ser realizada de dois modos:
 Tríplice manobra: manobra utilizada em casos de trauma

Observação: Esta manobra aplica-se a todas as vítimas, principalmente


em vítimas de trauma, pois proporciona ao mesmo tempo liberação das vias
aéreas, alinhamento da coluna cervical e imobilização.

 Elevação do queixo e rotação da cabeça: manobra utilizada em casos clínicos


Observação: este procedimento aplica-se apenas às vitimas que não possua
indícios de ter sofrido trauma de coluna vertebral, especialmente, lesão
cervical.

Checar a existência de grandes hemorragias

Após constatar a presença de pulso, deve-se procurar por grandes


hemorragias e estancá-las, utilizando qualquer um dos métodos de estancamento que
serão ensinados mais à frente.
Na realização da análise primária não se deve usar mais do que 30 segundos.
Considerações especiais
Paciente em decúbito ventral

220
Para realizar a análise primária em paciente inconsciente, encontrados em
decúbito ventral, deve-se, antes de tudo, girá-los. Recomenda-se, sempre, o emprego
de quatro socorristas para realizar o rolamento, de forma a preservar a coluna
vertebral do paciente. Porém, estando o socorrista só, e não havendo possibilidade de
contar com qualquer pessoa para ajudá-lo.
Análise primária em bebês
A análise primária em bebês é diferente, em alguns aspectos, daquela
realizada em crianças e adultos.
Primeiramente, a constatação da inconsciência deve ser realizada através da
aplicação de um estímulo levemente doloroso, que provoque choro ou manifestação
de desagrado ao bebê. Esse estímulo pode ser um leve toque dado com a unha na
sola do pé.
A abertura das vias aéreas é realizada da mesma forma, tomando-se cuidado
para não hiperestender demasiadamente a coluna cervical do bebê.

ANÁLISE SECUNDÁRIA
O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou problemas
diversos que possam ameaçar a sobrevivência do paciente, se não forem tratados
convenientemente. É um processo sistemático de obter informações e ajudar a
tranquilizar o paciente, seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu
estado, e esclarecer que providências estão sendo tomadas.
 Entrevista: conseguir informações através da observação do local e do
mecanismo da lesão, questionando o paciente, seus parentes e as
testemunhas.
 Exame da cabeça aos pés: realizar uma avaliação pormenorizada do paciente,
utilizando os sentidos do tato, da visão, da audição e do olfato.
 Sintomas: são as impressões transmitidas pelo paciente, tais como: tontura,
náuseas, dores etc.
 Sinais: tudo o que se observa no paciente, como, por exemplo, cor de pele,
diâmetro das pupilas etc.
 Sinais vitais: Frequência de pulso e respiração, pressão arterial, temperatura e
dor.
 Observação: teste de glicemia capilar

DIÂMETRO DAS PUPILAS


Observação Causa provável
Dilatadas, sem reação Inconsciência, choque, parada cardíaca,
hemorragias, lesão na cabeça
Contraídas, sem reação Lesões no sistema nervoso central abuso

221
de drogas
Uma dilatada e outra contraída Acidente vascular cerebral, lesões na
cabeça.
Embaçadas Choque, coma

TIPOS DE RESPIRAÇÃO
R Rápida, superficial Choque, problemas cardíacos, choque
insulínico, pneumonia, insolação.
E
Profunda, ofegante e Obstrução das vias aéreas, ataque
S dificultosa cardíaco, doenças pulmonares, lesões de
P tórax, como diabético, lesões nos pulmões
I pelo calor.
Roncorosa Acidente vascular cerebral, fraturas de
R crânio, uso excessivo de drogas ou álcool,
A obstrução parcial das vias aéreas.
Ç Crocitante Obstrução das vias aéreas, lesões nas
vias aéreas provocadas pelo calor.
Ã
Gorgolejante Obstrução das vias aéreas, doenças
O pulmonares, lesões nos pulmões
provocadas pelo calor.
Ruidosa, com chiado. Asma, enfisema, obstrução de vias aéreas,
arritmia cardíaca.
Tosse com sangue Ferimentos no tórax, fraturas de costela,
pulmões perfurados, lesões internas.

COR DA PELE
Observação Causa Provável
Vermelha Acidente vascular cerebral, hipertensão arterial, ataque
cardíaco, como diabético.
Pálida, cinzenta Choque, ataque cardíaco, hemorragia, colapso circulatório,
choque insulínico.
Azulada, Deficiência respiratória, arritmias, falta de oxigenação,
cianótica doenças pulmonares, certos envenenamentos.

TEMPERATURA DA PELE
Observação Causa Provável
Fria, úmida Choque, hemorragia, perda de calor do corpo,
intermação.
Fria, seca Exposição ao frio
Fria, com sudorese Choque, ataque cardíaco.
excessiva
Quente, seca Febre alta, insolação.
Quente, úmida Infecções

TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO


Normal Adulto 12 a 20
Criança (1 a 5 anos) 25 a 28

222
Criança (5 a 12 anos) 20 a 24
Bebê (0 a 1 ano) 30 a 70
Rápida Adulto + 30 (problema sério)
Criança (1 a 5 anos) + 44 (problema sério)
Criança (5 a 12 anos) + 36 (problema sério)
Bebê (0 a 1 ano) + 70 (problema sério)
Lenta Adulto - 10 (problema sério)
Criança (1 a 5 anos) - 20 (problema sério)
Criança (5 a 12 anos) - 16 (problema sério)
Bebê (0 a 1 ano) - 30 (problema sério)

PULSO POR MINUTO


Normal Adulto 60 a 80
Criança (1 a 5 anos) 70 a 110
Criança (5 a 12 anos) 65 a 160
Bebê (0 a 1 ano) 150 a 180
Rápido Adulto + 80
Criança (1 a 5 anos) + 110
Criança (5 a 12 anos) + 160
Bebê (0 a 1 ano) +180
Lento Adulto - 60
Criança (1 a 5 anos) - 70
Criança (5 a 12 anos) - 65
Bebê (0 a 1 ano) - 150

Pequenas variações param mais ou para menos devem ser consideradas


normais, levando-se em consideração o "stress" do paciente envolvido em um
acidente ou com um súbito problema de saúde.
Considerar como sinal bastante sério, pulsos abaixo de 50 ou acima de 100 por
minuto, em pacientes adultos, e abaixo de 60 batidas por minuto, em crianças.

TIPOS DE PULSO
Observação Causa provável
Rápido e forte Hemorragia interna (estágios iniciais),
ataque cardíaco, hipertensão
Rápido e fraco Choque, fadiga pelo calor, como
diabético, falência do sistema
circulatório
Lento e forte Acidente vascular cerebral, fratura de
crânio, lesão no sistema nervoso
central
Ausência de pulso Parada cardíaca

MANOBRA DE DESENGASGO

Obstrução respiratória

223
Ao iniciar a manobra de respiração artificial, o socorrista pode se deparar
com uma resistência ao tentar ventilar. Isso significa que, por qualquer
problema, o ar insuflado não está conseguindo chegar aos pulmões do
paciente. Não adianta prosseguir na análise primária, sem antes corrigir e
eliminar a obstrução.
Causas de Obstrução Respiratória

Há muitos fatores que podem causar obstrução das vias aéreas, total ou
parcialmente. No nível do suporte básico da vida nós pode-se atuar e corrigir as mais
comuns, que são:
 Obstrução causada pela língua;
 Obstrução causada por corpos estranhos.
Obstrução causada por corpo estranho em vítima consciente
Em vítimas conscientes, o alimento é a principal causa de obstrução das vias
aéreas. Quando esse acidente ocorre, a vítima fica muito nervosa e agitada pela
impossibilidade de respirar e caracteristicamente vai segurar o pescoço e abrir
amplamente a boca. Tentará falar e não conseguirá.
Para constatar essa obstrução o socorrista deve questionar a vítima: "Você
pode respirar?"; "Você pode falar?"; “Você está engasgado?”
Se o paciente confirmar através de movimento afirmativo (como por exemplo,
balançando a cabeça), à última pergunta, o socorrista deve imediatamente iniciar a
MANOBRA DE DESENGASGO para vítimas conscientes.
PARADA CARDÍACA
Quando o coração para de bombear sangue para o organismo, as células deixam de receber oxigênio. Existem órgãos
que resistem vivos, até algumas horas, porém, os neurônios do sistema nervoso central (SNC) não suportam mais do
que seis minutos sem serem oxigenados e entram em processo de necrose. Desta forma, a identificação e a
recuperação cardíaca devem ser feitas de imediato. Caso haja demora na recuperação cardíaca, o SNC pode sofrer
lesões graves e irreversíveis, e o paciente pode, até mesmo, morrer.
Identificação
Inconsciência
 Ausência de respiração
 Ausência de circulação

224
Reanimação cardiopulmonar RCP

RCP EM TRÊS PASSOS SIMPLES

RCP - Reanimação Cardiopulmonar

1. CHAME SOCORRO

Cheque o estado da vítima (nível de consciência). Se a vítima não


responde, Chame 193 e depois retorne a vitima. Na maioria dos
casos de emergência, os operadores (atendentes) podem dar
assistência de como iniciar uma RCP.

2. PULSO
Se a vítima não tem pulso e movimento respiratório, inicia
a RCP.

3. COMPRESSÃO

Se, depois das ventilações a vítima não voltou a respirar, verifique


se não tem circulação (batimento cardíaco) caso não tenha
circulação, inicie a (compressão cardíaca) 30 compressões no
tórax para cada 2 ventilações se 2 socorrista A cada minuto
deverá ter realizado 100 compressões, feito isto verifique o pulso.

Nunca treine compressão cardíaca em uma pessoa com


batimentos normais.

ATENÇÃO Verifique se os batimentos estão restabelecidos


a cada minuto. Continue fazendo respiração (2 respirações)
e fazendo compressões cardíacas (30 vezes) até que
chegue socorro especializado.

225
RCP para crianças com (Menos de um ano)

GRITAR COM PEQUENOS ESTÍMULOS

Chame alto e dê um suave golpe sobre o ombro da criança. Se não responde, ponha a criança em uma
superfície.

ABRA SUAS VIA AÉREAS.


Abra as vias aéreas, inclinando a cabeça suavemente. Não incline a cabeça demasiadamente.

DÊ 5 COMPRESSÕES
Ponha os dedos terceiro e quarto no meio do peito, Suavemente pressione 5 vezes sobre o peito, a um
ritmo de 100 compressões por minuto. Pressione somente 1 1/2 centímetro. .

Repita ciclos de duas respirações e cinco compressões por minuto. Depois de um minuto ligue para
emergencia. Regresse a criança e repita

O socorrista deverá iniciar a massagem cardíaca externa o mais cedo possível.


Para realizá-la deve-se:
 Localizar o apêndice xifóide com o dedo indicador da mão esquerda.
 Colocar dois dedos da mão direita logo acima do indicador da mão esquerda.
 Após colocar os dois dedos, posicionar a palma da mão esquerda.
 Posicionar a mão direita sobre a mão esquerda, cruzando os dedos.
Os ombros do socorrista devem estar paralelos ao osso esterno do paciente e
os seus braços não flexionados.

226
Somente a região hipotenar da palma da mão toca o esterno do paciente,
evitando-se, dessa forma, pressionar as costelas.
Em adultos a pressão a ser exercida sobre o esterno deverá fazer com que ele
desça cerca de 4 a 5 cm.
Em crianças, com idade entre 1 a 8 anos, a pressão deve ser exercida com
apenas uma das mãos, e o esterno deve descer de 2,5 a 4 cm.
Em bebês, com idade variando de 0 a 1 ano, a pressão é realizada com dois
dedos, posicionando-os na intersecção do osso esterno com uma linha imaginária
ligando os mamilos, fazendo o esterno descer de 1 a 2,5 cm.
Nos casos de parada respiratória e cardíaca simultâneas, deve-se intercalar a
respiração artificial com a massagem cardíaca, método conhecido como Reanimação
Cardiopulmonar ou RCP, do seguinte modo :
RCP – um ou dois socorristas
 Adulto: 2 ventilações por 30 massagens, de 100 à 120 vezes por minuto.
 Criança – De 1 á 8 anos: 2 ventilações por 30 massagens, de 100 vezes por
minuto.
A cada quatro ciclos de 2 ventilações por 30 massagem, checar o retorno
espontâneo de pulso no paciente.
Não interromper a RCP por mais de 7 segundos, e uma vez iniciada só se deve
desistir se:
 O paciente apresentar retorno de pulso e respiração;
 O paciente tiver em condições de contar com recursos mais avançados e com
pessoal apto para prosseguir no tratamento;
O socorrista estiver completamente exausto.

Desfibrilador externo automático DEA

O Desfibrilador Externo Automático é um aparelho eletrônico portátil que


diagnostica automaticamente as, potencialmente letais, taque cardia ventricular sem
pulso, fibrilação ventricular sem pulso, assistolia e atividade eletrica sem pulso em um
paciente.
Além de diagnosticar, ele é capaz através da desfibrilação, uma aplicação de
corrente elétrica que para a arritmia.
O uso do DEA é regulamentado pelo Decreto n° 49.277 de 4 de março de
2008.
Ritmos de PCR
 Fibrilação Ventricular → ritmo caótico, desorganizado.
 Taquicardia Ventricular sem pulso → ritmo elétrico organizado do miocárdio
ventricular, porém que não produz débito cardíaco.

227
 Atividade elétrica sem pulso → grupo heterogêneo de diversos ritmos elétricos
que estão associados à ausência de atividade mecânica ventricular
 Assistolia → ausência de atividade elétrica ventricular detectável podendo ter
ou não atividade elétrica atrial
 Desfibrilação precoce
 Realizar apenas 01 choque
 Reiniciar RCP imediatamente após o choque
 Dose: 120-200J se bifásico, 360J se monofásico.
 Observar a posição de todos os socorristas (e curiosos)

CHOQUE
É definido como a hipoperfusão tecidual, secundária ao desequilíbrio entre a
oferta e a demanda de O2, ocasionando o predomínio do metabolismo anaeróbico.

Choque cardiogênico: Falha de bomba cardíaca, insuficiência miocárdica;


Choque obstrutivo: obstrução mecânica do fluxo sanguíneo.
Choque hipovolêmico: Baixo nível de fluido no corpo, perda de sangue, plasma ou
líquidos extracelulares;
Choque distributivo: Problemas nos vasos sanguíneos - alteração na resistência
(tônus) da parede vascular;
Subdividido em:
 Choque neurogênico;
 Choque anafilático;
 Choque séptico.

228
HEMORRAGIA
Hemorragia é a ruptura de vasos
sanguíneos, com extravasamento de sangue.
A gravidade da hemorragia se mede pela
quantidade de sangue perdido e pela rapidez com
que ele é perdido.
A perda de sangue pode ocasionar o estado de
choque e levar a vítima à morte.
A hemorragia divide-se em interna e externa.
Hemorragia interna
As hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas porque o
sangue se acumula nas partes ocas do corpo, tais como: estômago, pulmões, bexiga,
cavidade craniana, cavidade torácica, cavidade abdominal etc.
Sintomas:
O paciente queixa-se de:
 Fraqueza;
 Sede;
 Frio;
 E aparenta ansiedade ou indiferença.
Sinais
 Alteração do nível de consciência ou inconsciência;
 Agressividade ou passividade;
 Tremores e arrepios do corpo;
 Pulso rápido e fraco;
 Respiração rápida e artificial;
 Pele pálida, fria e úmida;
 Sudorese;
 Pupilas dilatadas.

Identificação
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia interna quando:
 Houver acidente por desaceleração (acidente automobilístico);
 Houver ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente
no tórax ou abdome;
 Houver acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento,
queda).

229
Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido existem suspeitos de uma
hemorragia no cérebro.
Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia
será no pulmão; se vomitar sangue será, no estômago; se evacuar sangue, será nos
intestinos (úlceras profundas); e se houver perda de sangue pela vagina, poderá estar
ocorrendo um processo abortivo.
Normalmente estas hemorragias se dão (se não forem por doenças especiais)
logo após acidentes violentos, nos quais o corpo suporta pressões muito fortes
(colisões, soterramentos etc.).

Hemorragia Externa
As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.
Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo rico em oxigênio, e a
perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas do coração. Esse tipo de
hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de sangue se
processa.
As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro,
pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos
graves que as hemorragias arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar
sérias complicações.
As hemorragias capilares são as pequenas perdas de sangue, em vasos de
pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.

Métodos para detenção de hemorragias


 Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias nos membros e
outras partes do corpo podem ser diminuídas, ou mesmo estancadas,
elevando-se a parte atingida e, consequentemente,
dificultando a chegada do fluxo sanguíneo. Não elevar o
segmento ferido se isto produzir dor ou se houver suspeita
de lesões internas.
 Tamponamento: pequenas, médias e grandes
hemorragias podem ser detidas pela obstrução do fluxo sanguíneo, com as
mãos ou, preferencialmente, com um pano limpo ou gaze esterilizada, fazendo
um curativo compressivo. É o melhor método de estancar uma hemorragia.
 Compressão arterial: se os métodos anteriores não forem suficientes para
estancar a hemorragia, ou se não for possível comprimir
diretamente o ferimento, deve-se comprimir as grandes
artérias para diminuir o fluxo sanguíneo.

230
 Torniquete: é uma medida extrema que só deve ser adotada em último
caso e se todos os outros métodos falharem. Consiste em uma faixa de
constrição que se aplica a um membro, acima do ferimento, de maneira tal que
se possa apertar até deter a passagem do sangue arterial. O material a ser
utilizado poderá ser o que houver à mão (gravata, lenço, toalha, suspensório
etc.), não devendo ser inferior a 2,5 cm de largura para não afetar os tecidos.
Deve-se usar um pequeno rolo de gaze sobre a artéria para ajudar a
compressão. Uma vez realizado o torniquete não de deve mais afrouxá-lo. A
parte do corpo que ficou se receber sangue libera grande quantidade de
toxinas vão sobrecarregar os rins, podendo causar maiores danos à vítima.

Tratamento da hemorragia interna


Nos casos de hemorragias internas, pouco se pode fazer como primeiros
socorros, além de:
 Deitar o acidentado e elevar os membros inferiores.
 Prevenir o estado de choque.
 Providenciar transporte urgente, pois só em hospital se pode estancar a
hemorragia interna.
Tratamento da hemorragia externa
 Deitar a vítima; o repouso da parte ferida ajuda a formação de um coágulo.
 Se o ferimento estiver coberto de roupa, descobri-lo (evitar, porém, o
resfriamento do acidentado).
 Deter a hemorragia.
 Evitar o estado de choque.
FERIMENTOS
Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados. Abertos são
aqueles que apresentam descontinuidade da pele, enquanto que, nos fechados, a pele
encontra-se íntegra.

Ferimentos fechados
Ocorrem em consequência de contusões, compressões e abrasões.
Esses mecanismos lesam os tecidos da pele e podem provocar rompimento
dos vasos sanguíneos.
O trauma provoca o acúmulo de líquido nos tecidos e o rompimento dos vasos
gera sangramento.
Esses ferimentos são chamados de contusões. Dependendo da intensidade da
energia e da força aplicadas, outras estruturas mais profundas, como músculos, ossos
e órgãos, podem ser lesados junto com a pele.

231
Os sinais clínicos mais frequentes do acometimento superficial são edema,
equimose e hematoma. Essas lesões superficiais geralmente não colocam a vida em
risco, porém podem ser um sinal importante da presença de lesões internas graves
concomitantes.
Ferimentos abertos Os ferimentos abertos podem ser divididos em:
1) Escoriações - são lesões da camada superficial da pele ou das mucosas,
que podem ou não apresentar sangramento discreto e são acompanhadas de dor local
intensa;
2) Corto contusos - são lesões superficiais, de bordas regulares, e que
geralmente são produzidas por objetos cortantes, como facas, fragmentos de vidros ou
de metais. O sangramento dessas lesões pode ser extremamente variável,
dependendo da existência de ruptura de pequenos vasos. Os ferimentos
cortocontusos também podem produzir lesões de vasos, tendões, nervos e músculos;
3) Lacerações - são lesões teciduais de bordos irregulares, em geral
decorrentes de traumatismos intensos produzidos por objetos rombos;
4) Ferimentos perfurantes - são lesões produzidas por objetos pontiagudos,
tais como pregos, agulhas e estiletes, com orifício de entrada geralmente pequeno. De
acordo com a profundidade de penetração, podem ser lesados estruturas e órgãos
internos. Na região do tórax, as intercorrências mais freqüentes e graves são o
pneumotórax, o hemotórax e o tamponamento cardíaco, que podem colocar em risco a
vida do doente. No abdome, os ferimentos perfurantes podem provocar hemorragia
e/ou peritonite, podendo gerar risco de vida;
5) Avulsões - são lesões abertas, onde existe descolamento de pele em
relação aos planos profundos, com perda do revestimento cutâneo. Essas lesões
também podem ser acompanhadas de sangramento;
6) Esmagamentos - ocorrem em traumatismos resultantes da aplicação de
energia e força intensas. As lesões podem ser abertas ou fechadas, podendo causar
extensa destruição tecidual. Os mecanismos que provocam essas lesões são as
colisões automobilísticas, os desabamentos e os acidentes de trabalho.

Localização de pontos arterial

232
Técnicas de estancamento em ferimentos

Estancamento por elevação do membro

Tipos de Hemorragias Pressão direta sobre


artéria

Torniquete

Compressão arterial

Ferimento no braço Imobilização do Ombro com


bandagem triangula

Ferimento nos olhos,


Ferimento na cabeça

233
FRATURA
É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento.
Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que, apesar do choque, deixam a pele
intacta, e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas
exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e
procure socorro imediato.
Fratura fechada - sinais indicadores
Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação. Incapacidade de
movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região.
Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro
machucado.
O que não fazer: Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido. Não
dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.
O que fazer: Solicite assistência médica, enquanto isso mantenha a pessoa
calma e aquecida. Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea.
Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala. Mantenha o local afetado em
nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo para diminuir o
inchaço, a dor e a progressão do hematoma.
Entorse: é a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura
que sustenta as articulações). Os cuidados são semelhantes aos da fratura fechada.
Luxação: e o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição
normal na articulação. Os primeiros socorros são também semelhantes aos da fratura
fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na região, nem tentar
recolocar o osso no lugar.
Contusão: uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento
externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver
arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).
Improvise uma tala: Amarre delicadamente o membro machucado (braços ou
pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista dobrada, vassoura ou outro objeto
qualquer. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar
a circulação sanguínea.
Improvise uma tipoia: Utilize um pedaço grande de tecido com as pontas
presas ao redor do pescoço. Isto serve para sustentar um braço em casos de fratura
de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipóia se o braço ferido
puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado.

234
GRANDES TRAUMATISMOS
Não se trata de uma classificação de fratura quanto à forma e, sim, de
traumatismos ocorridos em pontos vitais do corpo humano. Traumatismo é a lesão
resultante de violência externa ao organismo.
Trauma de crânio: Lesões na cabeça fazem suspeitar de uma condição
neurológica de urgência. Podem causar hemorragias externas na cavidade craniana
que, se não corrigidas de imediato, podem levar o paciente ao choque e progredirem
até a morte.
Trauma de coluna: Todos os pacientes politraumatizados inconscientes
deverão ser considerados como portadores de trauma de coluna até prova em
contrário. Os traumas de coluna mal conduzidos podem produzir lesões graves e
irreversíveis de medula, com comprometimento neurológico definitivo. Todo o cuidado
deverá ser tomado com estes pacientes para não surgirem lesões adicionais.
Fratura de costela: A costela fraturada pode produzir lesão interna,
comprometendo a respiração.

QUEIMADURA
Queimadura é uma lesão produzida no tecido de revestimento do organismo
por agentes térmicos, produtos químicos, irradiação ionizante etc.
O tegumento (pele) tem por finalidade a proteção do corpo contra invasão de
microrganismos, a regulação da temperatura do organismo através da perda de água
para o exterior e a conservação do líquido interno.
Desta forma, uma lesão produzida no tecido tegumentar irá alterar em maior ou
menor grau estes mecanismos, dependendo da sua extensão (área queimada) e da
sua profundidade (grau de queimadura).
Pode-se dividir a queimadura em graus, de acordo com a profundidade.
Graus de queimadura
 Primeiro grau: atinge somente a epiderme. Caracteriza-se por dor local e
vermelhidão na área atingida.
 Segundo grau: atinge a epiderme e a derme. Caracterizam-se por dor local,
vermelhidão e formação de bolhas d'água.
 Terceiro grau: atinge o tecido de revestimento, alcançando o tecido muscular,
podendo chegar até o osso. Caracteriza-se pela pele escurecida ou
esbranquiçada e as vítimas podem se queixar de muita dor. Também podem
não referenciar dor alguma na área queimada, por ter havido a destruição dos
terminais sensitivos. De todo modo, ao redor de queimaduras de 3º grau,
haverá queimaduras de 2º e de 1º graus, que freqüentemente serão motivo de
fortes dores.

235
Observação: pelo protocolo Prehospital Trauma Life Support (PHTLS) temos:
 Quarto grau: Carbonização - Comprometem, parcial ou totalmente, as partes
profundas dos vários segmentos do corpo, atingindo os próprios ossos e
ocasionando muitas vezes o êxito letal.

Extensão da queimadura
Para calcular em um adulto a porcentagem aproximada de superfície de pele
queimada, tomamos em conta os seguintes dados, considerando as partes em
relação ao todo.
Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo
dele):
Cabeça............................................................................ 9%
Pescoço........................................................................... 1%
Membros superiores (cada um)....................................... 9%
Tórax e abdome............................................................... 18%
Costas.............................................................................. 18%
Membro inferiores (cada um incluindo as nádegas)........ 18%
Para as crianças, a porcentagem é a seguinte:

Cabeça............................................................................ 18%
Membros superiores (cada um)....................................... 9%
Tórax e abdome............................................................... 18%
Costas.............................................................................. 18%
Membro inferiores (cada um incluindo as nádegas)........ 14%

É considerada como sendo grave qualquer queimadura (mesmo que seja de primeiro
grau) que atinja 15% do corpo ou mais.
 Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo
representa 1% de sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a
extensão de uma queimadura, calculando-se o “número de palmas”.
Tratamento em queimaduras térmicas
 Retirar parte da roupa que esteja em volta da área queimada.
 Retirar anéis e pulseiras da vítima, para não estrangularem as extremidades
dos membros, quando incharem.
 As queimaduras de 1º grau podem ser banhadas com água fria para amenizar
a dor.
 Não perfurar as bolhas em queimaduras de 2º grau.

236
 Não aplicar medicamentos nas queimaduras.
 Cobrir a área queimada com um plástico limpo.
 Se a vítima estiver consciente, dar-lhe água.
 Evitar (ou tratar) o estado de choque.
 Transportar a vítima com urgência para um hospital especializado.

Tratamento em queimaduras químicas

 Retirar a roupa da vítima impregnada com agente químico.


 Lavar o local afetado com água corrente sem esfregá-lo – 5 minutos para
ácidos, 15 minutos para álcalis e 20 minutos para cáusticos desconhecidos.
 Se o agente agressor for cal virgem seco, não usar água; removê-lo com
escova macia.
 Nos demais casos, proceder como nas queimaduras térmicas.

DESMAIO E VERTIGEM
O desmaio consiste na perda transitória da consciência e da força muscular, fazendo
com que o paciente caia ao chão. Pode ser causado por vários fatores, como a
subnutrição, o cansaço, excesso de sol, stress. Pode ser precipitado por nervosismo,
angústia e emoções fortes, além de ser intercorrência de muitas outras doenças.
Vertigem consiste nos sinais e sintomas que antecedem o desmaio.

Identificação
 Tontura
 Sensação de mal-estar.
 Pele fria, pálida e úmida.
 Suor frio.
 Perda da consciência.

Tratamento
Diante de um indivíduo que sofre desmaio, devemos proceder da seguinte maneira:
 Arejar o ambiente.
 Afrouxar as roupas da vítima.
 Deixar a vítima deitada e, se possível, com as pernas elevadas.
 Não permitir aglomeração no local para não prejudicar a vítima.

Crise convulsiva

237
A convulsão é uma doença do sistema nervoso central que se caracteriza por causar
crises de convulsões (ataques) em sua forma mais grave.
Os ataques ou convulsões de caracterizam por:
 Queda abrupta da vítima.
 Perda da consciência.
 Contrações de toda a musculatura corporal.
 Aumento da atividade glandular com salivação abundante e vômitos.
Pode ainda ocorrer o relaxamento dos esfíncteres com micção e evacuação
involuntárias.
Ao despertar, o doente não se recorda de nada do que aconteceu durante a crise e
sente-se muito cansado, indisposto e sonolento.
A conduta do socorrista no ataque epilético consiste, principalmente, em proteger o
doente e evitar complicações. Deve-se deixar o paciente com roupas leves e
desapertadas (as contrações musculares aumentam a temperatura corpórea) e virá-lo
de lado para que não aspire as secreções ou o vômito para os pulmões.
Um cuidado especial deve ser dado à boca, pois o doente pode ferir-se, mordendo a
língua ou as bochechas. Para tanto, interpõe-se um calço (pedaço de pano, por
exemplo) entre os dentes superiores e inferiores, impedindo que eles se fechem. Esta
manobra, entretanto, deve ser cuidadosa, pois o socorrista poderá ser mordido, ou o
objeto poderá causar obstrução respiratória. Cessada a crise, que dura de 1 a 5
minutos, o doente deverá receber limpeza corpórea, ingerir líquidos e repousar em
ambiente silencioso.
É preciso que os curiosos sejam afastados do local, pois esta doença um grande
senso de inferioridade e a presença de estranhos apenas contribuem para a
acentuação do problema psicológico.
Deve-se orientar o paciente para voltar a procurar seu médico, pois haverá
necessidade de ajustar a dose da droga em uso.

TRANSPORTE
Vítimas Inconscientes: Quando a vítima se encontra inconsciente, a retirada da
mesma deve ser feita com utilização de materiais como: escadas, prancha rígida,
lonas, cobertor, maca ou apenas pela força física do Bombeiro.

238
Transportar a vítima sobre as espáduas é um método fácil, onde o bombeiro
coloca a mesma em decúbito ventral, achando uma posição estável, sendo que o peso
irá ser sustentado pelos membros inferiores.
Transportar a vítima por maca ou meios disponíveis no local como cadeira,
lençol, cobertor, etc.

Fig. 2 Transporte de vítimas por meio de coberto, lençol etc.

Transporte de vitimas por


cadeira

239
Retirada de vítimas utilizando-se de escadas

Retirada de vítimas utilizando-se de escadas

240
MÉTODO START
Múltiplas Vítimas: Se o socorrista, no local de ocorrência, tiver que assistir a mais de
uma vítima, deve realizar análise primária e controlar todos os problemas que colocam
em risco iminente a vida das vítimas, antes de realizar análise secundária em quem
quer que seja.

PARTO DE EMERGÊNCIA

A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente, apenas sendo


assistidos pelo médico ou obstetra. Haverá situações em que o parto acontecerá antes
de a parturiente chegar ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos, deve-se
estar treinado para assistir (acompanhar) ao parto.
No final da gestão, a parturiente começa a apresentar sinais e sintomas que
são indicativos do início do trabalho de parto.
Identificação do parto iminente
 Contrações regulares a cada 2 minutos.
 Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento.
 Saída de água pela vagina (ruptura da bolsa das águas).
 Nestas condições, o parto está se iniciando.
Procedimentos gerais
 Sem expor à parturiente, ela deverá estar livre de todas as vestimentas que
possam obstruir o canal de nascimento.
 Em hipótese alguma o processo de nascimento do bebê poderá ser impedido,
retardado ou acelerado.
 Sempre o marido, os pais ou outros parentes próximos deverá acompanhar, o
tempo todo, a parturiente.

241
 Não permitir a presença de curiosos. Procurar ser o mais discreto possível e
manter ao máximo a privacidade da gestante.
 Não permitir que a gestante vá ao banheiro se é contatado os sinais do parto
iminente.
Procedimentos específicos
 Colocar a parturiente deitada de costas, com os joelhos elevados e as pernas
afastadas uma da outra e pedir-lhe para conter a respiração, fazendo força de
expulsão cada vez que sentir uma contração uterina.
 Quem vai assistir ao parto deverá lavar bem as mãos.
 À medida que o parto progride, ver-se-á cada vez mais a cabeça do feto em
cada contração. Deve-se ter paciência e esperar que a natureza prossiga o
parto; nunca se deve tentar puxar a cabeça da criança para apressar o parto.
 À medida que a cabeça for saindo, deve-se apenas ampará-la com as mãos,
sem imprimir nenhum movimento, que não o de sustentação.
 Depois de sair totalmente, a cabeça da criança fará um pequeno movimento
de giro e, então, sairão rapidamente os ombros e o resto do corpo. Sustentá-lo
com cuidado. Nunca puxar a criança, nem o cordão umbilical; deixar que a
mãe expulse naturalmente o bebê.
 Após o nascimento da criança, limpar apenas o muco do nariz e a boca com
gaze ou pano limpo e assegurar-se de que começou a respirar. Se a criança
não chorar ou respirar, segurá-la de cabeça para baixo, pelas pernas, com
cuidado para que não escorregue, e dar alguns tapinhas nas costas para
estimular a respiração. Desta forma, todo o líquido que estiver impedindo a
respiração sairá.
 Se o bebê ainda assim não respirar, fazer respiração artificial delicadamente,
insuflando apenas o volume suficiente para elevar o tórax da criança, como
ocorre em um movimento respiratório normal.
 Não há necessidade de cortar o cordão umbilical, se o transporte para o
hospital demorar menos de 30 minutos. Porém, se o tempo de transporte for
superior a 30 minutos, deitar a criança de costas e, com um fio previamente
fervido, fazer nós no cordão umbilical: o primeiro a aproximadamente quatro
dedos da criança (10 cm) e o segundo nós distante 5 cm do primeiro. Cortar
entre os dois nós com uma tesoura, lâmina ou outro objeto esterilizado.
 O cordão umbilical sairá junto com a placenta, cerca de 20 minutos após o
nascimento.

242
 Após a saída da placenta, deve-se fazer massagem suave sobre o abdome da
parturiente para provocar a contração espontânea do útero e diminuir a
hemorragia que é normal após o parto.
 Transportar a mãe e a criança ao hospital para complementação assistencial
médica. Deve-se também transportar a placenta para o médico avaliar se ela
saiu completamente.

243
244
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VII
1. Detectada a parada respiratória da vítima pelo socorrista na análise
primária, este deverá:
A. Realizar a análise secundária.
B. Abertura de vias aéreas, porte de oxigênio (oxigeno terapia).
C. Verificar a existência grandes hemorragias.
D. Iniciar imediatamente a RCP.
E. Realiza a manobra heimlich
2. Toda a vítima de acidente traumático inconsciente deverá ser
considerada como uma possível vítima de:
A. Mal Súbito.
B. Lesão cervical.
C. Infarto.
D. Ataque epilético.
E. Lesão na medula óssea.
3. Em caso de vítima de acidente traumático:
A. O socorrista deverá fazer a tríplice manobra; imobilizar a vítima;
colocar o colar cervical e transportar a vítima em prancha rígida.
B. O socorrista deverá socorrer a vítima rapidamente.
C. O socorrista deverá fazer a abertura das vias aéreas através da
técnica e elevação e rotação do queixo.
D. O socorrista deverá fazer a tríplice manobra; imobilizar a vítima;
não colocar o colar cervical e transportar a vítima em prancha
rígida.
E. O socorrista deverá fazer a tríplice elevação do queixo e rotação
da cabeça; imobilizar a vítima; colocar o colar cervical e
transportar a vítima em prancha rígida.
4. No caso de fratura o socorrista deverá?
A. Tentar recolocar o osso para dentro do organismo, e transportar
a vítima rapidamente para o hospital.
B. Na possibilidade o socorrista deverá colocar o osso no lugar,
realinhar o membro, imobilizar o membro com emprego de talas
e transportar a vítima em prancha longa.
C. Socorrer a vítima imediatamente e não realinhar o membro,
fazendo imobilização ao redor e transportando em prancha
larga.
D. Não mexer na vítima e chamar o Corpo de Bombeiros
(Resgate).

245
E. Na possibilidade o socorrista deverá fazer uma tração, realinhar
o membro, imobilizar o membro com emprego de talas e
transportar a vítima em prancha longa.
5. Quando devemos suspeitar de hemorragia interna?
A. Perda interna e externa anormal de sangue, palidez na pele e
mucosa, edema local, suor abundante, pele fria, inchaço local;
fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
B. Perda interna normal de sangue, pulso rápido e fraco, edema
local, suor abundante, pele fria, inchaço local; fraqueza, sede,
frio, tremores e arrepios no corpo.
C. Perda externa anormal de sangue, pulso rápido e fraco, palidez
na pele e mucosa, edema local, suor abundante, pele fria,
inchaço local; fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
D. Perda interna de sangue pulso rápido e fraco, palidez na pele e
mucosa, edema local, suor abundante, pele fria, inchaço local;
fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
E. Perda externa de líquidos, pulso rápido e fraco, palidez na pele
e mucosa, edema local, suor abundante, pele fria, inchaço local;
fraqueza, sede, frio, tremores e arrepios no corpo.
6. Quanto às hemorragias?
I. Hemorragias internas e externas.
II. Hemotórax e tamponamento cardíaco.
III. As externas se dividem em arterial e venosa e capilar.
IV. Torniquete é usado sempre em hemorragias capilares.
A. IV esta incorreta
B. I e II estão certas.
C. I, III e IV estão certas.
D. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
E. Todas estão corretas
7. Marque apenas os casos de emergência.
I. Hemorragias internas
II. Contração a cada 2min
III. Hemorragia arterial
IV. Em caso de perfuração no tórax.
V. Desmaio.
A. I e II estão certas.
B. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
C. V esta incorreta

246
D. I, II, III e IV estão certas.
E. Todas estão corretas
8. Sobre as queimaduras.
I. Divide se em primeiro e segundo grau podendo atingia
hipoderme
II. Pelo protocolo internacional PHTLS, teremos o de quarto grau.
III. As queimaduras são por agentes químicos, físicos e por
irradiação.
IV. Melhor tratamento é água temperatura ambiente e será grave
acima de 15%.
V. As queimaduras por sol são muito comuns o melhor é jogar
água gelada.
A. I e II estão certas.
B. I, II, III, IV são corretas a V está incorreta.
C. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
D. I, III e IV estão certas.
E. III e V esta incorreta.
9. Marque as alternativas corretas.
I. A análise primaria realizada sempre quanto a vitima esta
inconsciente são determina nível de consciência em sonoro, tato
e doloroso, chegar circulação e abertura de vias aéreas.
II. Na possibilidade de um engasgo total o socorrista realiza
técnicas de manobra de Heimlich
III. A análise secundaria tem por finalidade filtra o que coloca em
risco maior o risco da vitima.
IV. Sempre em ausência de pulso iniciar a RCP, 100 compressões
por minuto.
V. É o atendimento imediato e provisório ministrado a uma vitima
de trauma ou doença dentro de um âmbito hospitalar.
A. III e V esta incorreta.
B. I, III e V estão certas e as II incorreta.
C. I, II, III, IV são corretas a V esta incorreta.
D. I, III e IV estão certas.
E. III e V esta incorreta
10. Se o socorrista, no local de ocorrência, tiver que assistir a mais de uma
vítima, deve realizar análise primária e controlar todos os problemas
que colocam em risco iminente a vida das vítimas, antes de realizar

247
análise secundária em quem quer que seja. Com isso é marcada com
cores quais elas?
A. Preta, vermelha, amarela e lilás.
B. Preta, vermelha, amarela e azul.
C. Preta, vermelha, amarela e rosa.
D. Preta, vermelha, amarela e branca.
E. Preta, vermelha, amarela e verde.
11. A grande maioria dos partos se resolve espontaneamente. Haverá
situações em que o parto acontecerá antes que a parturiente cheque
ao hospital, ou mesmo a caminho dele. Nestes casos, deve-se estar
treinado para assistir ao parto. Quais os sinais e sintomas que
denuncia um parto de emergência.
I. Contrações regulares a cada 2 minutos.
II. Visualização da cabeça do bebê no canal de nascimento.
III. Saída de liquido amniótico.
IV. Dores e falsa sensação de ir ao banheiro.
A. III e IV esta incorreta.
B. I, III e IV estão certas e as II incorreta.
C. I, II, III, são corretas a IV esta incorreta.
D. Todas estão certas.
E. III e IV esta incorreta
12. Os choques são definidos como uma hipoperfusão tecidual quais deles
são choques?
I. Hipovolêmico: perda de líquidos corporios
II. Distributivo (Choque neurogênico, Choque anafilático; Choque
séptico).
III. Séptico: alergia a animais e alimentos.
IV. Cardiogênico: falha na bomba cardíaca.
V. Obstrutivo: obstrução mecânica do coração.
A. III e V esta incorreta.
B. I, III e V estão certas e as II incorreta.
C. I, II, III, IV são corretas a V esta incorreta.
D. I, III e IV estão certas.
E. III esta incorreta
13. Referente as legislação de primeiros socorros responda as alternativas
corretas.

I. Lei de Omissão de Socorro – Artigo 136 do Código Penal


Brasileiro

248
II. Art. 136 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.
III. Pena – detenção, de um a seis anos, ou multa.
IV. Parágrafo único – A pena é diminuída de metade, se da omissão
resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta
a morte.
V. Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda
vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do abandono: pena —
detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.

A. III e V esta correta.


B. I, III e V estão incorretas e as II correta.
C. I, II, III, IV são corretas a V esta incorreta.
D. I, III e IV estão corretas.
E. I esta correta.
14. À cadeia de sobrevivência, consistem em 4 atitudes que determinam
um bom socorro às vítimas de parada cardiorrespiratória. De acordo
com a imagem qual a ordem correta da sequencia.

I. Suporte Avançado de Vida


II. Tratamento definitivo.
III. Reconhecimento precoce de uma situação de urgência
e ativação dos serviços de emergência
IV. Manobras de Suporte Básico de Vida.
V. Desfibrilação Automática precoce.
A. III, V, IV, I, II
B. III, IV, V, II, I
C. II, IV, V, I, III
D. III, IV, V, I, II
E. I, IV, V, III, II
15. São ritmos de parada onde são chocadas.
A. Assistolia e atividade elétrica sem pulso.
B. Atividade elétrica sem pulso e fibrilação sem pulso.
C. Taquicardia ventricular sem pulso e assistolia.

249
D. Taquicardia ventricular sem pulso e fibrilação sem pulso
E. Apenas atividade elétrica sem pulso.
16. Descreva os passos da análise primaria.

R:

17. Sr. Jotoclodoaldo ao brincar com fogo queimou o rosto abdome e


membro inferior esquerdo. Quantos por cento ele queimou?

R:

18. Descreva com suas palavras onde são colocadas as pás de


DEA.

R:

19. Referente às porcentagens marque para cada membro a baixo:


A. Tórax. %
B. Membro superior. % (apenas um membro).
C. Cabeça criança. %
D. Membro inferior. % (apenas um membro).

250
MÓDULO VIII
PLANO DE EMERGÊNCIA

Em virtude do grande número de vítimas que os incêndios têm causado nos


locais de maior concentração humana, principalmente edifícios e, tendo como causas
principais à falta de conhecimento dos melhores locais de saída.
Causando pânico, correria, ocasionando quedas e pisoteamentos, pessoas
retidas em elevadores e outras falhas, se faz necessário o planejamento e a execução
de exercícios de abandono de emergência.

OBJETIVO

Preparar os funcionários para um rápido e eficiente abandono do edifício, fábrica,


escolas, hospitais etc, em caso real de incêndio ou qualquer outra emergência. Definir
o atendimento e as potenciais situações de emergência conforme plano vigente e nas
considerações do departamento de segurança.

Razões para a elaboração de um plano de emergência


Estabelece a possibilidade de acidentes conforme o ambiente e para os riscos
encontrados.
 Define as diretrizes, princípios e normas para atuação, tento em consideração
aos cenários possíveis de um acidente
 Organiza as formas e socorro e prevê atribuições que competem a cada um da
equipe de ação do plano.
 Organiza ações que visam diminuir as consequências do sinistro.
 Evita confusões, erros, atropelos e atuações duplicadas que em uma
emergência pode até ser fatal.
 Organiza antecipadamente prevendo a atuação no procedimento de
evacuação.
 Permite rotina e procedimentos, os quais poderão ser testados, através de
exercícios de simulação.
NPT 016
Estabelece os requisitos mínimos para a elaboração, implantação, manutenção
e revisão de um Plano de Emergência Contra Incêndio;
5.1.1 Para a elaboração de um Plano de emergência contra incêndio é
necessário realizar uma análise preliminar dos riscos de incêndio, buscando identificá-
los, relacioná-los e representá-los em Planta de risco de incêndio.

251
5.1.2 Conforme o nível dos riscos de incêndio existentes, o levantamento
prévio e o plano de emergência devem ser elaborados por engenheiros, técnicos ou
especialistas em gerenciamento de emergências.
5.1.3 O profissional habilitado deve realizar uma análise dos riscos da
edificação com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes,
recomendando-se a utilização de métodos consagrados tais como: What if, Check list,
HAZOP, Árvore de Falhas, Diagrama Lógico de Falhas.
5.1.4 O Plano de emergência contra incêndio deve contemplar, no mínimo, as
informações detalhadas da edificação e os procedimentos básicos de emergência em
caso de incêndio.
5.1.5.1 localização (urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de
outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros,
existência de Plano de Auxilio Mutuo (PAM));
5.1.5.2 construção (alvenaria, concreto, metálica, madeira etc);
5.1.5.3 ocupação (industrial, comercial, residencial, escolar etc);
5.1.5.4 população total e por setor, área e andar (fixa, flutuante, características,
cultura etc);
5.1.5.5 característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias
e horários fora do expediente);
5.1.5.6 pessoas portadoras de necessidades especiais;
5.1.5.7 riscos específicos inerentes à atividade;
5.1.5.8 recursos humanos (brigada de incêndio, brigadas profissionais, grupos
de apoio etc) e materiais existentes (saídas de emergência, sistema de hidrantes,
chuveiros automáticos, sistema de detecção de incêndio, sistema de espuma
mecânica e de resfriamento, escadas pressurizadas, grupo motogerador etc).
5.1.6 Os procedimentos básicos de emergência em caso de incêndio.
5.1.6.1 Alerta: identificada uma situação de emergência qualquer pessoa pode,
pelos meios de comunicação disponíveis ou sistema de alarme, alertar os ocupantes,
os brigadistas, os bombeiros profissionais civis e o apoio externo. Este alerta pode ser
executado automaticamente em edificações que possuem sistema de detecção de
incêndio.
5.1.6.2 Análise da situação: após o alerta, deve ser analisada a situação, desde
o início até o final da emergência, e desencadeados os procedimentos necessários,
que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com os recursos
materiais e humanos disponíveis no local.
5.1.6.3 Apoio externo: o Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos locais devem
ser acionados de imediato, preferencialmente por um brigadista, que deve informar:
a) nome do solicitante e o número do telefone utilizado;

252
b) endereço completo, pontos de referência e/ou acessos;
c) características da emergência, local ou pavimento e eventuais vítimas e suas
condições.
5.1.6.4 Primeiros socorros: prestar os primeiros socorros às possíveis vítimas,
mantendo ou estabelecendo suas funções vitais, até que se obtenha o socorro
especializado.
5.1.6.5 Eliminar os riscos: por meio do corte das fontes de energia (elétrica
etc.) e do fechamento das válvulas das tubulações (GLP, oxiacetileno, gases, produtos
perigosos etc), quando possível e necessário, da área sinistrada atingida ou geral.
5.1.6.6 Abandono de área: proceder ao abandono da área parcial ou total,
quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, conduzindo a população
fixa e flutuante para o ponto de encontro, ali permanecendo até a definição final da
emergência. O plano deve contemplar ações de abandono para portadores de
deficiência física permanente ou temporária, bem como às pessoas que necessitem de
auxílio (idosos gestantes etc).
5.1.6.7 Isolamento da área: isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a
garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem
ao local.
5.1.6.8 Confinamento do incêndio: confinar o incêndio de modo a evitar a sua
propagação e consequências.
5.1.6.9 Combate ao incêndio: proceder ao combate, quando possível, até a
extinção do incêndio, restabelecendo a normalidade.
5.1.6.10 Investigação: levantar as possíveis causas do sinistro e os demais
procedimentos adotados, com o objetivo de propor medidas preventivas e corretivas
para evitar a sua repetição.
5.1.7 Deve ser prevista a interface do Plano de Emergência contra incêndio
com outros planos da edificação ou área de risco (produtos perigosos, explosões,
inundações, pânico etc).
5.2 Divulgação e Treinamento do Plano de Emergência contra Incêndio
5.2.1 O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser amplamente divulgado
aos ocupantes da edificação, de forma a garantir que todos tenham conhecimento dos
procedimentos a serem executados em caso de emergência.
5.2.2 Sugere-se que os visitantes sejam informados sobre o Plano de
Emergência contra Incêndio da edificação por meio de panfletos, vídeos e/ou
palestras.
5.2.3 O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treinamentos
de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada
de incêndio, dos brigadistas profissionais, do grupo de apoio etc.

253
5.3 Exercícios simulados
5.3.1 Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área,
parciais e completos, na edificação, com a participação de todos os ocupantes, sendo
recomendada uma periodicidade máxima de um ano para simulados completos.
5.3.2 Imediatamente após o simulado, deve ser realizada uma reunião
extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas, com a elaboração de
ata na qual constem:
a) data e horário do evento;
b) tempo gasto no abandono;
c) tempo gasto no retorno;
d) atuação dos profissionais envolvidos;
e) comportamento da população;
f) participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para a sua chegada;
g) ajuda externa (por exemplo: PAM – Plano de Auxílio Mútuo etc.);
h) falha de equipamentos;
i) falhas operacionais;
j) demais problemas levantados na reunião.

5.4 Manutenções do Plano de Emergência contra Incêndio


5.4.1 Devem ser realizadas reuniões periódicas com o coordenador geral da
brigada de incêndio, chefes e líderes de brigada de incêndio, um representante dos
brigadistas profissionais (se houver) e um representante do grupo de apoio, com
registro em ata e envio às áreas competentes para as providências pertinentes.
5.4.2 Nas reuniões periódicas devem ser discutidos os seguintes itens:
a) calendário dos exercícios de abandono;
b) funções de cada pessoa dentro do plano de emergência contra incêndio;
c) condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;
d) apresentação dos problemas relacionados à prevenção de incêndios,
encontrados nas inspeções, para que sejam feitas propostas corretivas;
e) atualização de técnicas e táticas de combate a incêndio;
f) outros assuntos.

5.4.2.1 Devem ser realizadas reuniões extraordinárias para análise de situação


sempre que:
a) ocorrer um sinistro;
b) for identificado um perigo iminente;
c) ocorrer uma alteração significativa dos processos industriais ou de serviços,
de área ou de leiaute;

254
d) houver a previsão e execução de serviços que possam gerar algum risco.

5.5 Revisão do Plano de emergência contra incêndio


5.5.1 O Plano de emergência contra incêndio deve ser revisado por profissional
habilitado sempre que:
a) ocorrer uma alteração significativa nos processos industriais, processos de serviços,
de área ou leiaute;
b) for constatada a possibilidade de melhoria do plano;
c) completar 12 meses da última revisão.

5.5.2 As alterações significativas nos processos industriais, processos de


serviços, de área ou leiaute, devem ser acompanhadas de uma avaliação por um
profissional habilitado, preferencialmente aquele que elaborou o plano de emergência
contra incêndio, a fim de que avalie e efetue as eventuais alterações necessárias.
5.5.3 As avaliações do plano devem contar com a colaboração do coordenador
geral da brigada de incêndio,líderes da brigada de incêndio, um representante dos
brigadistas profissionais (se houver na edificação), um representante do grupo de
apoio e os profissionais responsáveis pelas alterações significativas nos processos
industriais, processos de serviços, de área ou de leiaute.
5.6 Auditoria do plano
Um profissional habilitado deve realizar uma auditoria do plano a cada 12
meses, preferencialmente antes de sua revisão. Nesta auditoria deve-se avaliar se o
plano está sendo cumprido em conformidade com esta NPT, bem como verificar se os
riscos encontrados na análise elaborada pelo profissional habilitado, foram
minimizados ou eliminados.
6 PROCEDIMENTOS PARA VISTORIA DO CB
6.1.1 O Plano de emergência contra incêndio não deve ser exigido por ocasião
da vistoria, para fins de emissão do Certificado de Vistoria, sendo obrigatório apenas a
Planilha de informações operacionais e a Planta de risco de incêndio, nos termos dos
itens 6.1.3. e 6.1.4.
6.1.2 Entretanto, uma cópia do Plano de emergência contra incêndio deve estar
disponível para consulta em local de permanência humana constante (portaria, sala de
segurança etc), podendo ser requisitada pelo Corpo de Bombeiros na vistoria, em
treinamento ou em situações de emergência.
6.1.3 Planilha de informações operacionais
6.1.3.1 A Planilha de informações operacionais constitui no resumo de dados
sobre a edificação, sua ocupação e detalhes úteis para o pronto atendimento
operacional do Corpo de Bombeiros.

255
6.1.3.2 As informações operacionais devem ser fornecidas por meio do
preenchimento de planilha.
6.1.3.3 A Planilha de informações operacionais deve ser apresentada por
ocasião do pedido de vistoria a ser realizada na edificação ou área de risco.
6.1.3.4 Quando da substituição de Projeto ou alteração dos riscos existentes na
edificação, deve ser feita a atualização da Planilha de informações operacionais.
6.1.3.5 O Serviço de segurança contra incêndio deve encaminhar uma cópia da
Planilha de informações operacionais para COBOM (CIOSP) e para o Posto de
Bombeiro responsável pelo atendimento daquela localidade.
6.1.4 Planta de risco de incêndio
6.1.4.1 A Planta de risco de incêndio visa facilitar o reconhecimento do local
por parte das equipes de emergência e dos ocupantes da edificação e das áreas de
risco.
6.1.4.2 Planta de risco de incêndio deve fornecer as seguintes informações:
a) principais riscos (explosão e incêndio);
b) paredes e portas corta-fogo;
c) hidrantes externos;
d) número de pavimentos;
e) registro de recalque;
f) reserva de incêndio;
g) local de manuseio e/ou armazenamento de produtos perigosos;
h) vias de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros;
i) hidrantes urbanos próximos da edificação;
j) localização das saídas de emergência.
6.1.4.3 A planta de risco de incêndio deve permanecer na entrada da
edificação, portaria ou recepção, nos pavimentos de descarga e junto ao hall dos
demais pavimentos, de forma que seja visualizado por ocupantes da edificação e
equipes do Corpo de Bombeiros, em caso de emergências.
6.1.4.4 A planta de risco de incêndio deve ser elaborada em formato A2, A3 ou
A4, preferencialmente em escala padronizada, conforme modelo em anexo.
6.1.4.5 A Planta de risco de incêndio deve ser conferida pelo vistoriador no
local a ser fixada, a partir da primeira vistoria em que a edificação ou área de risco
estiver ocupada.
6.1.4.6 Por ocasião de substituição de Projeto ou alteração dos riscos
existentes na edificação, deve ser feita a substituição da Planta de risco de incêndio.

256
PROVA REFERENTE AO MÓDULO VIII
1. É correto afirmar que análise de risco é:
A. Verificação dos pontos críticos que possam vir a apresentar não
conformidade durante a execução de determinado projeto ou
atividade;
B. Algo sem importância;
C. Ato realizado após a execução de cada trabalho;
D. Visa proteger a empresa de prejuízos causados por acidentes
do trabalho;
E. Nenhuma das alternativas;
2. Um dos métodos de análise de riscos é:
A. APR;
B. Relatórios;
C. Análise à distância;
D. Alternativas “a” e “c” estão corretas;
E. Apenas alternativa “b” está correta;

3. Qual a definição de APR (Análise Preliminar de Riscos)?

A. Estudo que consiste na determinação de possíveis riscos durante a


fase operacional de um projeto;
B. Apenas um documento sem importância;
C. Não há definição;
D. Consiste na determinação de gastos inerentes aos materiais usados no
projeto;
E. Planilha usada para controle de gastos;

4. Qual a periodicidade de inspeção em extintores?

A. Semanais e quinquenais;
B. Mensais;
C. Diárias;
D. Quando puder;
E. Semanais, mensais, semestrais, anuais e quinquenais;

5. Inspeção periódica tem como objetivo:


A. Atrapalhar a rotina diária de atividades de uma empresa;

257
B. Gerar gastos desnecessários ao empregador;
C. Servem somente para passar o tempo;
D. Confirmar, com regularidade, a manutenção das boas condições de
funcionamento e de segurança de todo o equipamento e das condições
de segurança;
E. Não servem para nada;
6. Qual a definição de prevenção de incêndio?
A. Conjunto de providências tomadas para impedir o aparecimento de um
incêndio (ou, na sua ocorrência, detecta-lo o mais rapidamente
possível).
B. Ações administrativas para monitorar o desempenho dos funcionários;
C. Não é necessária no que se refere a incêndios;
D. Nenhuma das alternativas;
E. Apenas “a” e “b” estão corretas;
7. Para uma inspeção bem sucedida, é indicado o uso de:
A. Prancheta e caneta;
B. Apenas uma inspeção visual;
C. Ronda basta
D. Plantas da edificação e realização de testes nos equipamentos;
E. Apenas teste nos equipamentos;
8. Uma das formas de verificar se um extintor não está em conformidade é:
A. Pintura descascada;
B. Altura do equipamento em relação ao piso;
C. Cor do anel de identificação;
D. Cor do gatilho;
E. Cor do rótulo;
9. Em caso de inspeção semanal em extintores, o que deve ser observado?
A. Lacre e pino;
B. Gatilho;
C. Acesso, visibilidade e sinalização;
D. Peso do extintor de gás carbônico;
E. Manômetro;
10. Os meios de proteção e combate a incêndios deverão:
A. Estar danificados e avariados;
B. Ser do tipo, obsoletos e ultrapassados, assim se economiza dinheiro;
C. Atender a legislação própria em vigor;
D. Ter peças e assessórios faltando;
E. Ser deixados de lado, pois inspeciona-los é perda de tempo;

258
11. Espaço confinado é:

A. Qualquer área ou ambiente, não projetado para ocupação humana


contínua ou intermitente;
B. Área livre com ar respirável;
C. Área projetada para trabalhos diversos;
D. Alternativas “a” e “b” estão corretas;
E. Somente a alternativa “b” está correta;
12. É correto afirmar que em um espaço confinado pode haver:
A. Deficiência de oxigênio;
B. Ar suficiente para permanência humana;
C. Gases benéficos à saúde;
D. Presença de gases inflamáveis;
E. Alternativas “a” e “d” estão corretas;
13. O nó denominado “Pescador duplo”, tem qual finalidade?
A. Unir cabos de diferentes polegadas;
B. É um nó usado para ancoragem;
C. É utilizado para içamento de materiais;
D. É um nó utilizado para reforçar um cabo;
E. Unir cabos de mesma polegada;
14. Qual a carga de segurança de uma corda com carga de ruptura de 500 kg?
A. 400 kg;
B. 800 kg;
C. 100 kg;
D. 200 kg;
E. 300 kg;
15. Em um cilindro com volume de 7L/PM, carregado a 200BAR, com consumo de
50L/PM, qual será o tempo que o bombeiro poderá permanecer no local
sinistrado?
A. 32 minutos;
B. 28 minutos;
C. 27 minutos;
D. 10 minutos;
E. 05 minutos;

259
GABARITO

MODULO 1.

1D; 2 E;3 C; 4 A; 5 E; 6 C; 7 B; 8 E; 9 D; 10 E; 11 D 12 D; 13 E; 14 B; 15 D; 16 E; 17
C; 18E 19 DISSERTATIVA

MODULO 2

1E; 2A; 3D; 4C; 5A; 6C;7B; 8D; 9A; 10E; 11D; 12D; 13A; 14D; 15E; 16B; 17A; 18B; 19
DISSERTATIVA

MODULO 3

1D; 2B; 3D; 4E; 5E; 6B; 7A; 8D; 9A; 10 DISSERTATIVA

MODULO 4

1E; 2D; 3D; 4B; 5A; 6E; 7B; 8C; 9D; 10ª

MODULO 5

1A; 2E; 3B; 4C; 5D; 6E; 7B; 8B; 9D; 10B

MODULO 6

1b; 2a; 3b; 4d; 5a; 6d; 7b; 8e; 9a; 10e

MODULO 7

1D; 2B; 3A; 4E; 5D; 6A; 7D; 8B; 9C; 10E; 11D; 12E; 13A; 14D;

MODULO 8

1A; 2A; 3A; 4E; 5D; 6A; 7D; 8C; 9C; 10C; 11A; 12E; 13E; 14C; 15B

261
Referências Bibliográficas
http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/
http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm
http://www.protecaorespiratoria.com
http://www.viaseg.com.br/artigos/ameaca_de_bomba.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr20.htm
http://www.bombeirosemergencia.com.br/rcpsequencia.html
http://segurancadotrabalhonwn.com/plano-de-emergencia/

BIBLIOGRAFIA

Lopes, Filipe – Instrutor Credenciado pelo CBPMSP; Técnico em


Enfermagem; Especialista em Suporte Básico de Vida.
São Paulo-SP – 1ª edição.
Ano 2018

263

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