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ETAPAS NA FORMAÇÃO DE CICATRIZ ➢ Macrófagos desempenham papel crucial ao

fornecer fatores de crescimento, remover


1. Formação do Tampão Hemostático: agentes agressores e tecido morto.
➢ Após a lesão tecidual, ocorre a formação de ➢ Macrófagos alternativamente ativados (M2)
um tampão hemostático composto por estão envolvidos no reparo.
plaquetas.
➢ Formação de uma cicatriz fibrosa estável.
➢ Esse tampão interrompe o sangramento,
proporcionando uma base para a deposição 6. Angiogênese:
de fibrina. ➢ Desenvolvimento de novos vasos sanguíneos
2. Inflamação (1° Etapa): a partir de vasos existentes.

➢ Produtos de degradação da ativação do ➢ Envolve vasodilatação, separação de pericitos,


complemento, quimiocinas e outros migração de células endoteliais, proliferação,
mediadores liberados pelas plaquetas atuam remodelamento e recrutamento de células
como agentes quimiotáticos. periendoteliais.

➢ Neutrófilos e monócitos são recrutados nas ➢ VEGF, FGF, angiopoietinas, PDGF, TGF-β e
próximas 6 a 48 horas para eliminar agentes Notch são fatores envolvidos na angiogênese.
agressores e remover resíduos.
➢ Com a remoção de agentes lesivos e células
necróticas, a inflamação é resolvida.
3. Proliferação Celular (2° Etapa):
➢ Duração de até dez dias.
➢ Células epiteliais migram sobre a ferida em
resposta a fatores de crescimento para cobri-
la
➢ Células endoteliais e pericitos proliferam para
formar novos vasos sanguíneos
(angiogênese).
7. Deposição de Tecido Conjuntivo (Detalhes):
➢ Fibroblastos proliferam, depositando
➢ Ocorre em duas etapas: migração e
inicialmente poliglicanos e colágeno tipo III na
proliferação de fibroblastos e deposição de
MEC. Novos capilares também se formam,
proteínas da MEC.
estimulados por VEGF.
➢ Citocinas e fatores de crescimento, como
4. Formação de Tecido de Granulação:
PDGF, FGF-2 e TGF-β, coordenam o
➢ Migração e proliferação de fibroblastos, processo.
deposição de tecido conjuntivo frouxo, vasos e
leucócitos formam o tecido de granulação.
➢ O tecido de granulação é rico em capilares
sanguíneos, colágeno tipo III, ácido hialurônico
e proteoglicanos.
➢ Preenche progressivamente o local da lesão.
5. Deposição de Tecido Conjuntivo: ➢ Macrófagos alternativamente ativados são
fontes importantes de fatores de crescimento.
➢ Tecido de granulação é substituído
progressivamente por deposição de colágeno,
predominância do tipo I, redução na síntese de
glicosaminoglicanos e diminuição da
vascularização.
8. Remodelamento do Tecido Conjuntivo (3° Etapa): BOGLIOLO
➢ Colágeno tipo I predomina, fibras colágenas 1. Liberação de mediadores: Fibrina, leucócitos,
tornam-se mais grossas, e ligações plaquetas, células nas bordas da lesão e
transversais aumentam, tornando o tecido terminações nervosas liberam mediadores, incluindo
mais resistente e estável. citocinas (IL-1 e TNF) e substância P.
➢ Equilíbrio entre síntese e degradação de 2. Ativação das células endoteliais: Citocinas ativam
proteínas da MEC. células endoteliais, expondo moléculas de adesão e
facilitando a adesão de leucócitos.
➢ Degradação realizada por metaloproteinases
da matriz (MMP). 3. Migração de leucócitos: Agentes quimiotáticos,
como fibrinopeptídeos, mastócitos ativados,
➢ Atividade das MMP é controlada por ativação, complemento e quimiocinas, promovem a migração
inibição por TIMP e regulação por fatores de
de neutrófilos, monócitos e linfócitos para a área da
crescimento. ferida.
➢ Remodelamento contínuo do tecido conjuntivo
4. Fagocitose do coágulo: Leucócitos fagocitam o
depositado na cicatriz.
coágulo, iniciando a proliferação de fibroblastos e a
ativação de componentes da matriz extracelular
(MEC).
5. Deposição de matriz extracelular: Fibroblastos
proliferam, depositando inicialmente poliglicanos e
colágeno tipo III na MEC. Novos capilares também
se formam, estimulados por VEGF.
6. Formação do tecido de granulação: O tecido de
granulação é rico em capilares sanguíneos,
colágeno tipo III, ácido hialurônico e proteoglicanos.
7. Formação do tecido cicatricial: Nas fases
seguintes, o tecido cicatricial se forma, com
aumento da quantidade de colágeno, predominância
do tipo I, redução na síntese de glicosaminoglicanos
e diminuição da vascularização.
8. Remodelação do tecido cicatricial: Colágeno tipo I
predomina, fibras colágenas tornam-se mais
grossas, e ligações transversais aumentam,
tornando o tecido mais resistente e estável.
9. Retração da cicatriz: Citocinas, quimiocinas e
produtos de degradação da MEC induzem
fibroblastos a se tornarem miofibroblastos,
contribuindo para a retração da cicatriz.
10. Regeneração do epitélio: A regeneração do epitélio
inicia-se em 16 a 24 horas, com ceratinócitos da
camada basal sofrendo transição epitélio-
mesenquimal, migrando sobre o tecido de
granulação e proliferando para forrar a área da
ferida.
11. Remodelação e fortalecimento da cicatriz: A
substituição de colágeno tipo III por tipo I, controle
da síntese e degradação desses componentes, e
estímulos reguladores da atividade celular
contribuem para a remodelação e fortalecimento da
cicatriz ao longo das semanas.
12. Controle do volume de tecido cicatricial: A
oxigenação é crucial para a síntese de colágeno; a
rápida deposição de MEC comprime capilares,
controlando o crescimento do tecido cicatricial.
13. Aumento progressivo da resistência: A resistência
da cicatriz aumenta progressivamente até atingir
cerca de 80% da resistência original, dependendo
da quantidade e qualidade de citocinas e fatores de
crescimento.
14. Equilíbrio entre síntese e degradação da MEC: O
equilíbrio entre a síntese e degradação da MEC,
mediado por metaloproteinases e seus inibidores, é
crucial para uma cicatrização normal.

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