Ponto em comum entre os dois Fases da cicatrização: 1. Inflamatória: limita os danos da ferida. Como? Hemostasia, selando a superfície da ferida… Principal célula da fase inflamatória é o macrófago. 2. Proliferativa: reparo da ferida por meio da angiogênese, fibroplasia e epitelizacao. Formação do tecido de granulação. Angiogênese: formação de neovascularização. Fibroplasia: deposição de colágeno, principalmente tipo I e III, na pele. Epitelização: Principal célula é o fibroblasto MEC é degradada e sintetizada (ciclo). 3. Fase da maturação: contratura da ferida (miofibroblastos); Remodelação: população de fibroblastos diminui, e a densa rede capilar regride. Aumento da força tensil; Maior fragilidade e predispõe a neoepiderme à avulsão após traumatismo mínimo, devido à diminuição das cristas intercapilares, projeções ondulantes da epiderme que penetram na derme papilar. Processo pode durar ate 1 ano. Fatores que inibem a cicatrização de feridas: Infecção; Estado nutricional; Radioterapia; Uso de corticoide; Diabetes; Isquemia/hipoxia; Idade avançada; Deficiência de Vit. C, zinco e ferro. Cicatrizes hipertroficas/queloides: São cicatrizes proliferativas caracterizadas por deposição excessiva de colágeno; Queloide: crescem alem das margens da ferida original e raramente regridem com o tempo. Vias propostas – apoptose, proteínas quinasses ativadas por mitógenos… Cicatrizes hipertroficas e queloides diferem histologicamente das cicatrizes normais. Hipertroficas possuem principalmente colágeno do tipo III bem organizado, enquanto os queloides contem feixes de colágeno desorganizados tipo I e III. Feixes de colágeno estriados alinhados no mesmo plano da epiderme. Já nas cicatrizes normais os feixes de colágeno estão dispostos aleatoriamente e relaxados. Prevenção: alivio da tensão, hidratação/oclusão e uso de bandagem/roupas de pressão. Feridas crônicas que não cicatrizam: Feridas que não conseguiram prosseguir com um processo reparador de maneira ordenada e cronológica para produzir a integridade anatômica e funcional; Células inflamatórias, como neutrofilos e macrofagos persistem na ferida e criam um ambiente altamente pró-oxidante e rico em proteases, com muitas citocinas pró—inflamatórias, como IL-1 e IL-6 e TNF-alfa; Isso resulta em em um ambiente hostil com infrarregulacao de inibidores de proteases e lesão direta da MEC, componentes celulares e fatores de crescimento de proteases; => ulcera de Marjolin = causa alterações neoplasicas. Liquido da ferida crônica tem níveis elevados de IL-1, IL-6 e TNF-alfa; Infecção: Infecção bacteriana prolonga a fase inflamatória e interfere na epitelizacao, contração da ferida e deposição de colágeno; Endotoxinas bacterianas estimulam a fagocitose e liberação de colagenose; Necessário tratamento mecânico e antibiótico.
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.