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Patologia Geral
Luanda, 2023/2024
PATOLOGIA GERAL
Aspectos celulares da
cicatrização
Aspectos celulares da cicatrização
Cicatrização
processo que compreende a uma série de
eventos moleculares e celulares
(extravasamento de plasma, com a
coagulação e agregação plaquetária até a
reepitelização e remodelagem do tecido
lesado) que interagem para que ocorra a
restauração e funcionalidade do tecido
lesado.
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
Após a ocorrência do ferimento, inicia-se o
extravasamento sanguíneo que preenche a área
lesada com plasma e elementos celulares,
principalmente plaquetas.
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
A agregação plaquetária e a coagulação
sanguínea geram um tampão, rico em fibrina,
que além de restabelecer a hemostasia e formar
uma barreira contra a invasão de
microrganismos, organiza matriz provisória
necessária para a migração celular.
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
Essa matriz servirá também, como
reservatório de citocinas e fatores de
crescimento que serão liberados durante as
fases seguintes do processo cicatricial.
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
As plaquetas se agregarem e liberam fatores de
crescimento:
F de cresc derivado de plaquetas (PDGF)
F de cresc transformante-β (TGF-β)
F de cresc epidérmico (EGF)
F de cresc transformante- a (TGF-α)
F de cresc de células endoteliais (VEGF)
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
As plaquetas ainda liberam glicoproteínas
adesivas, importantes constituintes da matriz
extracelular provisória, liberados na área
lesada.
Fibronectina e Trombospondina
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
A lesão tecidual ativa a cascata de coagulação
e do complemento, juntamente com a
liberação dos fatores de crescimento e
ativação de células parenquimatosas
induzindo também as plaquetas a produzirem
mediadores vasoativos e fatores quimiotáticos
que auxiliam o recrutamento das células
inflamatórias no local da ferida.
Aspectos celulares da cicatrização
1- Fase inflamatória
Após a saída das plaquetas de dentro do leito
vascular ocorre o recrutamento de
neutrófilos, monócitos, fibroblastos e células
endoteliais que migram em direção ao leito da
ferida em resposta aos agentes quimiotáticos.
Aspectos celulares da cicatrização
Aspectos celulares da cicatrização
Fibroblastos
produzem fatores de crescimento (FGF e o
VEGF), que se destacam como as principais
citocinas necessárias para estimular a
formação do tecido de granulação.
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
A proliferação é a fase responsável pelo
fechamento propriamente dito da lesão.
Compreende:
1 – reepitelização;
2 - fibroplasia e angiogênese .
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
1 – reepitelização - inicia horas após a lesão,
com a movimentação das células epiteliais
oriundas da margem da ferida e de apêndices
epidérmicos localizados no centro da lesão;
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
2 - fibroplasia e angiogênese – formam o
chamado tecido de granulação responsável
pela ocupação do tecido lesionado cerca de
quatro dias após a lesão.
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
Formação da nova matris extracelular
pelos fibroblastos - necessária ao
crescimento celular
Novos vasos sanguíneos carreiam oxigênio
e nutrientes necessários ao metabolismo
celular local.
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
A proliferação epitelial inicia-se por
estimulação mitogênica e quimiotática dos
queratinócitos pelos factores de crescimento
(TGF-α e EGF), dando lugar a formação do
tecido de granulação.
Aspectos celulares da cicatrização
2- Fase proliferativa
É chamado de tecido de granulação pela
característica granular devida à presença de
novos capilares neoformados essenciais ao
processo de reparo.
Aspectos celulares da cicatrização
2.2- Angiogênese
etapa fundamental do processo de
cicatrização, que consiste na formação de
novos vasos sanguíneos a partir de vasos
preexistentes. Estes novos vasos participam
da formação do tecido de granulação
provisório e suprem de nutrientes e de
oxigênio o tecido em crescimento.
Aspectos celulares da cicatrização
2.2- Angiogênese
3- Fase de remodelagem
Aspectos celulares da cicatrização
3- Fase de remodelagem
- Consiste na tentativa de recuperação da
estrutura tecidual normal.
- É marcada por maturação dos elementos e
alterações na matriz extracelular, ocorrendo o
depósito de proteoglicanas e colágeno.
- Posteriormente, os fibroblastos do tecido de
granulação transformam-se em
miofibroblastos.
Aspectos celulares da cicatrização
3- Fase de remodelagem
Ocorre, concomitantemente, reorganização da
matriz extracelular para transformação da
matriz provisória em definitiva.
Com o decorrer do processo de maturação e
remodelagem, a maioria dos vasos, fibroblastos
e células inflamatórias desaparece do local da
ferida mediante processos de emigração,
apoptose levando a formação de cicatriz com
reduzido número de células.
Aspectos celulares da cicatrização
Reepitelização
É o recobrimento da ferida por novo epitélio
por migração e proliferação dos
queratinócitos a partir da periferia da lesão.
Reepitelização
Durante a fase inflamatória a liberação de
fatores de crescimento por plasma,
fibroblastos e macrófagos/ neutrófilos ativa os
queratinócitos localizados nas margens e no
interior do leito da ferida.
Aspectos celulares da cicatrização
Reepitelização
Entre os fatores de crescimento destacam-se:
- PDGF - induz a proliferação de fibroblastos
com consequente produção da matriz
extracelular durante a contração da ferida e
reorganização da matriz;
- KGF - considerado o principal regulador da
proliferação dos queratinócitos;
- TGF-β, principal responsável pelo estímulo
inicial da migração das células epiteliais.
Aspectos celulares da cicatrização
Doenças que interferem negativamente no
processo de reparo tecidual