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4.9.

3 Flutuação 47
4.9.4 Aplicações da Lei de Arquimedes 48
5. Fluidocinemática 51
5.1 Generalidades 51
5.2 Escoamento - definição 51
5.2.1 Métodos de Análise de Escoamento. 6.1
-
5.2.2Linhade corrente, Tubo de Corrente e Filamento de Corrente definição 52
5.2.3 Classificação do escoamento 53
5.3 Vazão volumétrica e vazão mássica ou de massa) 55
5.3.1 Relação entre as vazões 56
5.4 Equacioname!)to básico da grandeza genérica N, pertencente ao sistema em escoamento,
na forma integral, para um volume de controle 58
5.4.1Dedução da equação geral da taxa de variação da grandeza N _ 58
5.4.2 Casos particulares do equacionamento básico para o volume de controle 60
5.5 Eauação de Bernoulli para um EPJ em atrito 62
-
5.5.1 Aplicações da equação de BernouJli para um EPI sem atrito instrumentos de
medição de velocidade local e vazão volumétrica 63
5.6 Linhas de Energia.,-.. 69
, 5.7 Médição de vazão utilizando orifícios (Foronomfa .0"; 70,
5.7.1 Orificio - definição. 70
5.7.2 Classificação dos orifícios 70
5.7.3 Medição de vazão a~ravés de orificios de parecie. delgadá- o --- o - 0-- 71
5.7.4 Medição de vazão através de orifícios retangulares de gra~ldes dimensões
de parede delgada 73
5.7.5 Relação entre a altura h do tanque e as coordenadas de um ponto P(x,y) da
trajetória do jato de saída do orificio 73
5.8 Medição de vazão em canais abertos através de vertedores 74
5.8.1 Canal aberto - definição _74
5.8.2 Vertedor - definição !- 74
5.8.3 Classificação dos vertedores .- 74
5.8.4 Medição de vazão através de vertedores retangulares s_:'!~11.?_ontração
lateral 75
5.8.5 Medição de vazão através de vertedores triangulares 75
6. Escoamentos viscosos em tubulações 77
6.1 Experiência de Reynolds 77
6.2 Classificação do escoamento em tubulações pelo Número de Reynolds 79
6.3 Perda de carga 80
6.3.1 Definição 80
6.3.1.1 Perda de carga distribuída 81
6.3.1.2 Perda de carga localizada 85
6.3.2 Perda de carga total 86
6.3.3 Consideraçõe~ finais sobre <;perda de .;arg~ _ 86

I:..primeira Lei da Termodinâmica aplicada a um volume de controle 87


7.1 Balanço energético em um sistema de controle 87
7.2 Caso particular de al?licação da PLT em sistemas de controle _ 90
~.: Processos de Transferência de Calor em Regime Permanente 96
8.1 Generalidades 96
8.2 Processos de transferência de calor em regime permanente 97
8.2.1 Radiação térmica 98
_. _. _~ n' ... ___0 : ~__. _~.___~____...

.u _ _..

8.2.2 Condução térmica ' 99


8.2.3 Convecção natural 10
8.3 Analogia entre os processos de transferência de calor em regime permanente
e a Eletricidade 10
Biblioqrafia 10

Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos


Apêndice B: Figuras Planas ix
Apêndice C: Aplicação dos estudos sobre Empuxo na flutuação de corpos cilíndricos impermeáveis
. em contato com água comum xi
Apêndice O: Dados da rugosidade para tubos novos xi
~êndice E: Instrumentação eletrônica utilizada ara medição de vazão em tubulações x>
.Apêndice F: DanieJ Bernoulli x>
Apêndice G: Leonard Euler X)
Apêndice H: Osborne Reynolds x:
~êndice I: Efeito Coriolis x:
..Aêndice. J: Dados de conexões. utilizadas
.
ara sistemas de bombeamento sim les .xl.
Apêndice L: Fatores de conversão de unidades. xl

....
-- ~ --- ._- ...

-.-----

LISTA DE FIGURAS
_. -
Fig. 8.3: condução térmica numa parede vertical de espessura L,
submetida a uma diferença de temperatura 100
Fig. 8.4: tü'bõ..Circúlarõcõ" nã.h'õrizõrit~iT---"".."..".."_._'.' '''''''''-'' 101
..F.i"g~...ff:5:..cã.mãdãTimit.e..t.ê.;:mTcã 102
.:~I~~:::~~~i::!9.~~~~~~~~:~If.~ii~!~~~~~I.9.~::p.~9.~~~..~~:~:~~9:~9.:~~:::~~:~~:::=::=::~..~~~:::::::=::::::::::::::::~:::::::::::::=::::::=::::::::::::~==~:::::::=::::::= 1 02

~. -,\.,.,. .:

. . -------.------------

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_._ o . _________._ 0: ...:.- _. -~ ~ .- O" ._~__

0'- _ _0_- ___

LISTA DE TABELAS
13
17
18
31
40
43
96
103

LISTA DE CIENTISTAS
HO.M.ENAGEADOS
.!~.~~..~~H~~.!~:~~]j..§~~:=~~!.!._~L 15. 24, 103
.~.~.~.:.~...~.~:.~.~.?~~..~?..~.~.:.J~..~.~..~...=...~..~.~~) : ~ ; 15
.::!.~~.:.~...~..?:~!..t~.~~...~..=...!~...~~L 15
André Marie Ampere (1775 1836) - 16
'w'tÚiTi'ã'm'''T'"h"õ'npsõn',''''Cõrd'''Keivjli'''(f824'':''1''907.) 16, 96
..siãj.s.e;...Pasc.ãi"f1"G.23..:...1.662) 17, 33
:~~~~:~!:~:~~~~~:~~~:~~~:~:?:~:L?~~~D~!.:~~:.=~..~9..§I::~~:::~::::~::::::::=::::::~~:~:::::::::::::~::::::~::::::~:::~::::::~=::~~=~~::::~:=~:=:~:~~:~=:::::::~::~=::::::::~:::::::::::::: 17
..~~..~.~.~..?..~~.~.~..~~.!:...~~.~~.:.~!!!..~.i!.?..?.~.:..!
8~.~1 25
George Gabriel Stokes (1819 -1903) .. 25
..C.ãr"j..E.n.gTe.r..("1.842...:..:-j'g.2'Sj"' : 3O
"S-im'õi;"'Stev'fr;"(:;"54S"::"1'6
2Õ'j-- 35
"Evâ-n-geiTs'fã'''T"orr'j'ce''iii'(16ÕS
-. ";64 7) 41
.ArqüiiTi.edes...êi"ê...sTr.ac.üs.ã..{2SYãc..::-.Z..-j.2...ãc"j" 45
.["eõii.ã.r(jEu.jer...(1""7.Õ.:;
:::;..is3)"' 51, xxvi i
.fii.e.õ.(jõre..v.õ.j:;
Kâ.rmIil...(i'ã"á1
:..1..S63)"' 54
.-.:rü..ilter.."Rõ-ü..se.."(séc.:..xxy 60
.Õã.iÚei"'E3'e.rn.õ.l.j.ii.j...(fiõ.õ...:..1.79..Õ)'" 62, xxii, xx
.Fj"éj:;-rj...P.itõt'("1..695..:..1.7"7"1T..~ 63

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..Hen.ry...õ'ã.j:.cy.."(1.S0.3.-::..1..S.5S"j" 81
"J.uÜüs..["u.g.;:..ig..wei"s.b.ãc.h...{Üj.O.G...~...1..S7..1y 82
"j"õ.ti..ail.il...NTk.ü..,:.a"ds.e..("1..S94..:...1.97.9.) , 82
..CewTs...F.:...iV1õ.õ.ci"y...{ú=j.S'õ...:..i..§.S3r 82
.p.ã.u.j...R.:..j::(..i3'i"asiüs..(1.S83'..:..1.9"7Õy 84
.Cyri.j...F.j:.a.ii..i<..C.õ"i"e"t;.rõõ.k..(i91.Õ...::-:;..997")" 84
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An"d.ers.C'e.j.sTu.s..Hiõ.:;...:...:;..744y 96
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..R.en.é~.Ã.n"tofn.e..Fe.;:c.h.ã..üÜ..cie..R.éã..li"iTi.ü.r..f1..6à3"..~...1.757r ~ 97
.joserS"tef.ã.;:j...n..ã.35..~..:1"s9.3y 98
.Cü.dwig...S.õ.i'tZmã.fi.n (1844..:..19'õsf 98
..je.ail..S..a.pÜst.e.josep-ti.:'Fõ..üji.e.:..(1..76S.:...1"83Õ., 100
..Benõ.it..Pãli'j'..EiTiTi.ê...Ciape.yron'(1'79.S.:..1..8S4) ii
.V'iij.j.fãm..S'ü.th.e;.;:.iã.;:j.(j...(1.S.S9..:1..9.1..1.j' iv
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.-.--.---
Capítulo 1: Introducão a Fenômenos de Transporte 1

Capítulo 1

(. ~~.'"
Introdução a Fenômenos de
Transporte
1.1 Generalidades

Acordar de manhã, escovar os dentes, lavar o rosto, tomar banho.


Lavar os pratos para o desjejum, fazer o café e tomá-Io,sair para trabalhar ou
estudar.Enquantoisto, alguém em casa resolve lavaras roupas e secá-Iasao vento,
tom a contribuição da radiação solar.
Indo a pé, ou de ônibus, ou de carro, caminhando, respirando, falando, o
sangue circulando nas veias, o metabolismo processando o desjejum. Após o
trabalhoou estudo, parandopara almoçar,novamenteo metabolismoentra em ação
. poi$,' có:mo'diriam nosso$'.~:!J!.~RÇI$sacibs,ninguém.é d.e ferro.
E assim, novamente nodia"S'é§üinté, dia.após dia.
Os agricultores regando suas plantações e aplicando-Ihes inseticidas e
adubos. As indústrias processando os alimentos para que durem mais, produzindo
também remédios, plásticos, revestimentos, por processos altamente automatizados.
Es~ações de tratamento de água aplicando cloro e flúor na mesma para a saúde
humana. Metereologistas estudando o clima, as correntes do ar e do ;-,~3r,fazendo
previsões do tempo. Enchentes acontecendo em várias partes do planeta, por
transbordarem os leitos dos rios ou canais. Tsunamis em alguns países arrasam as
praias. Furacões e tornados atormentam a população. O orifício (pois na Engenharia
não existem buracos ou furos, são orifícios) na camada de ozônio precisa ser
controlado pela diminuição de gases poluentes emitidos na atmQsfera terrestre.
Em contrapartida, foguetes e sondas são lançados ao espaço para estudar os
;:'Ilanetase estrel'à'_~~
submarinos e navios são projetados, juntamente com av;õ~~ e
automóveis.
O conforto térmico no escritório ou na sala de aula precisa ser melhorado com
o projeto mais eficaz das paredes do recinto, aplicando-Ihes algum revestimento
térmico. Ou ainda, instalando-se sistemas de ventilação e condicionamento de ar e,
infelizmente, projetando-os também para o caso da existência de fumantes.

Em todos estes casos familiares, que fazem parte do nosso cotidiano, e mais
~m uma centena de outros casos, é ..aplicado algum estudo de Fenômenos de
Transporte (FT). .
Por isto, pode-se definir Fenômenos de TransjJorte como a ciência que
estuda toda a fenomenologia na transferência (transpt.'rte) de um ponto A até um
ponto B, de três áreas (ou situações) a saber:

Fluidos: líquidos e gases -7 Transferência de Quantidade de Movimento;


Calor: fluxo térmico -7 Transferência de Calor;

Massa: difusividade molecular -7 Transferência de Massa;


- _.0 _ _.._.

Caoítulo 1: Introducão a Fenõmenos de Transporte 2

Algumas aplicações de FT são fundamenta"is e serão explanadas a seguir.

1.2Aplicações de FT
1.2.1 Aeronáutica

Como projetar um avião como cs das figuras 1.1 e 1.2 sem saber de FT?
Tente imaginar a complexidade destes aparelhos sem o conhecimento do
engenheiro que os projetou em FT.

Fig. 1.1: avião para uso comercial

1.2.2 Automobilística

Estudar a aerodinâmica dos automóveis, colocando o prQtótipo num túnel de


vento já é tarefa corriqueira para um engp.nheiro com conhedmentos em FT (fig.
1.3).

Fig. 1.3: carro esporte


.. . . - ..

Cacítulo 1: Inlroducão a Fenômenos de Transcorte 3

1.2.3 Projeto de coração artificiál e hemodiálise

Imagine a Medicina sem o auxílio de engenheiros com conhecimentos em FT.


Talvez alguns pacientes demorassem um pouco mais para serem curados de seus
problemas cardíacos ou renais (figs. 1.4 e 1.5).

Fig. 1.4: projeto de coração artificial elétrico

Fig. 1.5: bomba peristáltica utilizada em hemodiálise

1.2.4 Estação de Tratamento de Esgoto

Muito se deve ao bem estar da população pela existência de engenheiros e


químicos com conhecimentos em FT capazes de projetar estas edificações que tanto
bem fazem à humanidade (fig. 1.6), prirícipalmente ao nosso querido Rio Sorocaba.
Caoitulo 1: Introducão a Fenômenos de Transoorte 4

mrn-.l1ídr%,gío. cj/J.lU' t ET Á de
Ser.,.;~o

Dc:;arcnador

Gradcamento

iE"~iod",
locIo F'ma-io

BiogQ:; griculturQ
ou
Naiural Átcrro
Sanitário
Fig. 1.6: Estação de Tratamento de Esgoto

1.2;'5 Formação de ondas oceânicas e estudos climáticos

Base para a Metereologia, FT. deslumbra como matéria fundamental para a


previsão de ondas gigantes (tsunamis) e furacões em alguns países cujas
populações tem que se precaver destes fenômenos metereológicos (fig. 1.7 e 1.8).

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. .

Fig. 1.7: furacão visto do espaço por satélites


Capitulo 1: Introducão a Fenômenos de Transporte
5

Fig. 1.8: formação de ondas no oceano

1.2.6 Usina Maremotriz

Sabia o futuro engenheiro que é possível conseguir-se gerar energia elétrica


através da força das marés? Esta edificação é denominada usina maremotriz e já é
"aplic~d?em atg.uns.:"pa,tsesJá
. . . ,,_o
- '. .
faz algum tempo (fig.1.9).
,. . '. -, "":"<: -'," ," ." ':', 1-."~ ~'., - ; ~.'
" .
.,.....

~~~.~..o ...~__~. ~__<_~~_~..


Fig. 1.9: modelo de usina maremotriz

1.2.7 Extração Petrolífera e Sondagem na Água

Hoje já existem plataformas de;-petróleo em alto mar que são totalmente


automatizadas, cujo controle é feito na costa marítima, sem haver a necessidade de
tÉ:<::nicos nô plataforma, evitando assim inúrr.eras acidentes que, infelizmente,
fizeram várias vítimas. Imagine isto sem os conhecimentos básicos em FT (figs. 1.10
e 1.11).
Capitulo 1: Introdução a Fenômenos de Transporte 6

Fig.1.10: plataforma para extração petrolífera em alto mar

Fig. 1.11: sondagem na água

1.2.8 Projeto de embarcaçõe~ ':~~grande porte

Será que quem projetou o Titanic tinha reais conhecimentos em FT? Será que
ele deveria realmente ter afundado? Hoje todas as embarcações são projetadas com
o máximo de segurança possível e seus engenheiros são altamente gabaritados em
FT para cumprir tal nobre missão na Engenharia (fig. 1.12).
Capítulo 1: Introducão a Fenõmenos de Transporte 7

Fig. 1.12: transatlântico Queen Mary 2


'. .;~,it~..:~'..;'.'~;:;~~:':,:~;~,,: .~~.: :'.' .:. ~:_::.. ~:.«:",

':"':i"::2~9"'Forit~s"âlternativás'deg~~~ç-ãó de en"ergiaelétrica
o vento vem sendo uma das formas mais estudadas para geração de energia
elétrica,considerada como forma alternativa ainda a ser amplamente aplicada em-
nossos dias. Logicamente, estudar os geradores eólicos $omente se faz com
conhecimentos profundos em FT. Na figo 1.13 se faz um comparativo entre as pás de
um gerador eólico e um avião comercial.

Bôdng 7~7--IOO
Em'cr~"lura: lrt.Hm
Comprimento: 70.66m
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Ahurol de \'lrrc:: "5.65.1J
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Fig. 1.13: geradores eólicos


- -.- ----..
Capítulo 1: Introdução a Fenômenos de Transporte
8.

1.2.10 Usina Hidrelétrica de Itaipu


Logicamente, para se projetar, construir e manter o funcionamento de Itaipu, é
formada uma equipe de engenheiros, biólogos, químicos e vários outros
profissionais que, sem os conhecimentos básicos em FT, seria impossível suprir esta
tarefa (fig. 1.14). .

Fig. 1;14: UH de Itaipu

1.2.11 Pasteurização do leite e fabricação do leite em pó

Pasteurizar o leite é purificá-Io das bactérias nocivas à saúde, para depois


secá-Io, sem tirar-lhe suas propriedades nutritivas, fabricando-se assim o leite em
pó. E isto é feito com os conhecimentos básicos em FT (figs. 1.15 e 1.16).
. .._~

2
Fig. 1.15: processo de pasteurização do leite
(1)-Leite Crú; (2)-Bomba; (3)-Água Fria; (4)-Água Quente; (5)-Homogeneizador; (6)-
Serpentina de Controle; (7)-Água Superaquecida; (8)-Vapor de Aquecimento; (9)-L.eite
Pasteurizado

.,
Capitulo 1: Introducão a Fenômenos de Transporte 9

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i
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4
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'-'

Fig. 1.16: desid.ratador para leite em pó


(1)-Desidratador; (2)-Ar Aquecido; (3)-Leite Líquido; (4)-Bomba de Pressão; (5)-Atomizador;
(6)-Ciclone;(7)-Filtro; (8)-Saída do Ar; (9)-Saída do Leite em Pó .. . - u_
'-'
1.2.12 Fabricação de cerveja

Quem não conhece, pelo menos teoricamente, esta bebida famosa no mundo
inteiro? Para suprir a demanda mundial, os fabricantes tem que automatizar seus
processos de fabricação, aprimorando ainda mais os seus conhecimentos de FT
nesta aplicação (fig. 1.17).
._~

";"'
..
. _.

Capitulo 1: Introducão a Fenômenos de Transporte 10

Fig. 1.17: modelo de fabricação de cerveja


- ~ --

. ------..--------.-..
Capitulo 1: Introducão a Fenõmenos de Transporte 11

1.2.13 Fabricação do aço

Considerando-se que para fundir o aço, a temperatura mínima necessária, à


pressão normal, é de 1480 °C, pode-se fazer uma idéia de quão necessário é o
conhecimento mínimo em FT para se controlar esta temperatura num forno propício
para tal (fig. 1.18).

Fig. 1.18: fabricação do aço


"

1.2.14 E a vida continua... . - -. -...---.-.-----.-----------------

Em outras palavras, não há nenhuma área de Engenharia que não precise de


FT. É por isto e por muitos outros motivos que o futuro ergenheiro precisa
fundamentalmente dos conhecimentos adquiridos em FT para sua formação
profissional.

1.3 Revisão de Cálculo Numérico (CN)


..

Um dos graves problemas do .futuro engenheiro é considerar que. o que ele


aprendeu n') :1nopassado, não é utilizado para nada.
Pois bern, o futuro engenheiro deve estar se lembrando que, em alguln lugar do
passado, deve ter ouvido falar (pelo menos ouvido) da cátedra ICCN (Introdução à
Computação e Cálculo Numérico). Nesta cátedra, o futuro engenheiro deve estar
lembrado que existe uma técnica muito interessante de se calcular zeros de funções
chamada Método de Newton-Raphson (MNR) que se resumia assim:

a) seja a função f(x) e o intervalo a < x < b, onde f(x) é contínua, a e b


pertencem ao domínio de f(x) e"'ondese encontra o valor de x tal que f(x) = O;
b) o valor de x tal que f(x) = O, denominado xo, pode ser determinado
iterativamentepela seguinterelação: <{,:",.'

X. 1 = x.1- 1 - fr Xi-I)
f' (Xi-I)
.. _ _4 . _ _

- .-----
Capitulo 1: Introdução a Fenõmenos de Transporte 12

onde: Xi = valor de Xona iteração i


Xi-1 = idem, na iteração i-1
f(Xi-1) = valor de f(x) em X = Xi-1
f'(Xj__1)= valor da primeira derivada de f(x) em x = Xi-1

Como é um cálculoiterativo, o mesmo só deverá ter fim quando um


determinado erro for atingido. Particularmente em FT, este erro s;;.'17pre será menor
que 1% e deve sempre ser calculado da seguinte forma: ..

Erro% = IXi-1 - Xi .100 = 1 - xi 1.100 < 1 %


x.1- I X.1- 1

. Por exemplo, seja a equação abaixo, pertencente a um determinado


fenômeno físico, onde t é o tempo em s _ecuja raiz está no intervalo 0,05 < t < 0,1 s:

-40.t -
...,..
..
. t.,-". e - O

A função que se deseja saber o seu zero e sua primeira derivada são,
._.respectivamente:

f ( t) = t - e-40.t

f' (t) = 1+ 40.e-40.t


Para aplicar o método de forma mais rápida pode-se utilizar sabiamente uma
planilha em EXCEL, o que resulta: ...

ti-1@.' f ti-1 f ti-í). ti 5 Erro o/nl..!


0,100000 ;.Ó:081684.:',1)32626 O,052855.47,144~!
:O,052855:0:à678745,829163 0,064499 .22,0297
.ó;'()é4499.~O;01t278 :.4:031080 .O,067297<~4,3377
.0;067297 ;::;Ó;b00457:3;710163 0,067420 .' '0,1832

Isto é, o valor de t que torna a função igual a O é 0,067420 s, com erro de


0,1832%.
Consultandoo trabalho "Aplicaçãb de Cálculo Numérico em FT', de autoria
do prof. André Vitor Sonora, o futuro engenheiro ficará mais familiarizado com outras
8plicações de CN em FT e poderá, evidentemer,tf:.:.fazer uma revisão do MNR.
.. --. - -- _o.

. .. -- -. --~-
Capitulo 2: Sistemas de Unidades
13

Capítulo 2

Sistemas de Un.idades
2.1 Grandeza - definição
Grandeza é tudo o que pode ser medido. A grandeza obedece à seguinte
equação característica:-

Grandeza = valor medido + unidade

'.. o valor medido pode ser obtido por um método direto (instrumento de
medição) ou índireto (cálculo).

2.2 Sistemas de Unidades

A unidade deve ser obtk~apor um sistema de unidades adequado. São quatro


os sistemas de unidades mais utilizados em FT, a saber:
i) Sistema Internacional de Unidades (SI): é composto de 7 grandezas
básicas, chamadas FUNDAMENTAIS, de onde deduzem-se as outras, denominadas
DERIVADAS.

As grandezas básicas do S.I. s~ · . t-;sumidas na tabi::;:a2.1.


Tab. 2.1: arandezas fundamentais do SI
Grandeza Unidade Símbolo da unidade Símbolo Dimensional
.'
Comprimento " >.' :\',': m '. .. L .
,./:." mel[o:/:..-:..
Massa ._ . ..'quilograma . :.' kg '. ..' . M
.- -
Tempo s T
. '.,,,,-,:-egu.n.do.. :' '.'; " '-.'
, .. " .. .
Temperatura Termodinãmica '.',::--'- . ,.-.Kelvin
... , ..",. ;:
-.- . ... '. . K ,; :'" 8-.

Intensidade de Corrente Elétrica A' : :I:


:;"",0":9",mpre:.-: :
Intensidade Luminosa .: .. candela'
.... . ;,:.,:
.
cd ;Iõ
Quantid:::='). de Matéria . _.. .. . moI . . ".' moi N
- --- . .. --..:. '. -.

o símbolo dimensional leva em consideração a dimensão mais básica da


grandeza. Assim, através do símbolo dimensional das fundamentais, pode-se
deduzir o símbolo dimensional das derivadas.
- ___o
Capítulo 2: Sistemas de Unidades 14

Exemplos:

a) Velocidade: V =d/t =distância/tempo


Símbolo dimensional: [V] = [d/t] = L IT = L . r1

b) Aceleração: a =V/t =velocidade/tempo


Símbolo dimensional: [a] = [V/t] =L . r1/T = L r2 .

c) Força: F =ní . a =massa. aceleração (2a Leide Newton )


Símbolo dimensional: [F] = [m . a] = M . L . r2 = F

Obs.: neste caso, a força reúne em si toda a base dimensional do sistema,


isto é, a base ML1. Assim pode-se obter outra base dímensional, isto é, a base F.
Ou seja, toda grandeza que. depender da força para sua definição básica, utilizará a
base F ou a base MLT, coriformeo caso.

d) Trabalho, Energia: E = F . d = força. distância


Símbolo dimensional: [E] = [F.d] = F . L = M . L2.r2

Um dado importantíssimo sobre o símbolo dimensional é que ele independe


do sistema de unidades
- -'utilizado.' Assim, o símbolo dimensional de qualquer
grandeza será o mesmo e será utilizado para se saber qual.a.-unidade da grandeza
no sistema adotado.
Por exemplo, qual a unidade de velocidade no SI ?
Lembrando que o símbolo dimensional da velocidade é L . r1, tem-se que a

unidade da velocidade no SI será a unidade representativa de L vezes o inverso da


unidade representativa de T, no mesmo sistema (isto é, o SI). Ou seja:
[V] = m . S-1 = m/s
~

E, assim analogamente, pode-se determinar as unidades das grandezas


derívad2'3, saber.do-se seus símbolos dimensionaís E; o sistema de unidades em
estudo.

Algumas grandezas possuem suas unidades homenageando alguns


cientistas.

- I .. . .
. .

Capítulo 2: Sistemas de Unidades 15

Alguns exemplos:

a) Força: Newton -7 N

Em homenagem a Isaac Newton, cientista inglês.

Isaac Ne~ton (1643 -1727)

b) Energia, trabalho: Newton . metro = Joule -7 J

Em homenagem a James Prescott Joule, cientista inglês.

._~

James Prescott Joule (1818 -1889)

c) Potência: Joulelsegundo = Jls = Watt -7 W


Em homenagem a James Watt, cientista escocês.

James Watt (1736 -1819)


- n

CaQ,Ítulo 2: Sistemas de Unidades 16 .

d) Intensidade de Corrente Elétrica: Ampere -7 A

Em homenagem a André Marie Ampere, cientista francês.

André MarieAmpere (1775-1836)

e) Temperatura,Absoluta: Kelvin -7 K

Em homenagem a William Thonpson (mais conhecido pelo seu título, Lord


Kelvin),cientista inglês.

t:~~::.::.~~;~~;;~~~.~~5~~~~~?':~~~~:

Whilliam Thonpson, Lord Kelvin (1824 -1907)

f) Pressão, tensão: Pascal -7 Pa

Em homenagem a Blaise Pascal, cientista francês.


Cacítulo 2: Sistemas de Unidades 17

Blaise Pascal (1623 -1662)

g) Carga elétrica: Coulomb ~ C

Em homenagem a Charles Augustin Coulomb, cientista francês.

. ~ '" . ., - -

Charles Augustin Coulom b (1736 1806) -

ii) Sistema Inglês Gravitacional (SIG): as grandezas ,fl}{ldamentais do SIG


são resumidas na tabe'::] 2.2.
.. --b.2.2
-. : gran d fund tais do SIG
Grandeza Unidade Símbolo da unidade
" fi
Comprimento > ;;Y(:+/p.J Jg?; ,)/:Y5.\ " , "

"
Massa " ' slug, "
.... .
';;'-i:,\:::,;;:,g!,:,::I,g:\:='i:;(:,.' '
"
Tempo . . .. s .. ..
::<:,:.;(;;;seg:nK';'" \ , : "

Temperatura R
-,,:d.',o j/:a,,,\';';;':<',:,: , , , ,

Força Ibf
" ,',o'i' ,f-i',::'
"-',, "," ,:Jibra-força:.-
"" '.. ,",' ', ' ,

l,pn1brando O conceito do símbolo ,rJimensional, tn!"l1a-se novamente o


exemplo da velocidade, Qual seria, então, a unidade de 'v'elocidade no SIG ?
Lembrando que o símbolo dimensional da velocidade é: M = L . 1'1, sua unidade
será:
[V] = ft . 5.1 = ftl5
- ------.- _. "--_.-
Capítulo 2: Sistemas de Unidades
18

iii} Sistema Inglês de Engenharia (SIE): basicamente, o que muda do SIE


para o SIG é a unidade de massa que, no SIE, é a libra-massa (Ibm).
A relação das unidades de massa dos dois sistemas está no valor da
aceleração gravitacionalno SIE, que vale 32,17 ftJs2.Assim, a relação entre a libra-
massa e o slug é::
1 slug =32,17 Ibm

iv}Sistema Prático (SP): basicamente, as grandezas fundamentais no SP


estão resumidas na ta5ela 2.3.
Tab.2.3: randezas fundamentais do SP
Grandeza Unidade Símbolo da unidade
Força ~>; ~;.~:t;j:,i~~~~~~~~~;f9f,~.s:;'
.'. ...... kgf
Comprimento i~
Temperatura P
~.;;;'~~~~;~;~;~;~;i~;~.~1;:;~i.f::;..:.:!:;:i.'~ .
. .
oCo

Todos os fatores de conversão de unidades mais importantes que relacionam'


as grandezas...dos quatro sistemas de unidades supra citados estão resumidos no
arêndice L.
Para o futuro engenheiro, saber manipular as unidades dos diversos sistemas
é de fundamental importância para a sábia resolução das situações que serão
expostas nos exercícios e no cotidiano.
Só a título de curiosidade,no iníciodo século XXI a NASA,Agência Espacial
..
Norte Americana, perdeu uma sonda no espaço sideral, isto e, não sabia onde ela
";P...encontrava, simples e purament3 ')orquê metade dos computadores da base
espacial estava fazendo as operações matemáticas da trajetória da sonda em
polegadas (in), enquanto a outra metade estava fazendo as operações matemáticas
em centímetros (cm). E o preço da sonda era apenas 7 bilhões de dólares
(US$ 7.000.000.000,OO). Se ponha o futuro engenheiro no lugar do chefe da equipe
que trabalhava na base espacial e tertte sentir a pressão que ele sentiu para dar
explicações sobre o que aconteceu. Não queira o futuro engenheiro estar 1"18pele
dele.
Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 19

Capítulo 3

Fluidos e suas propriedades '. .,

3.1 Generalidades

FLUIDO: é uma substância que se deforma continuamente sob a ação de um


esforço (tensão) tangencial, NÃO IMPORTANDO quão diminuto seja este esforço.
Outra definição: é uma substância que se adapta totalmente ao recipiente que a
contém (mesmo volume). Em FT como fluidos se entendem os líquidos e os gases.

PARTíCULA FLUIDA: é uma certa quantidade de fluido que possui uma certa
continuidade.

ADERÊNCIA: propriedade inerente ao fluido, que corresponde à condição de


deslocamento do mesmo quahdo em contato com alguma superfície, expressa da
seguinte forma: liA camada de fluido.em contato com a superfície possui a mesma
velocidade da superficie."

DIAGRAMA DE ESTADO DO FLUIDO: gráfico que relaciona pressão e temperatL'ra


e fornece o ponto tríplice do fluído, para estudo dos limites de mudanç::: je estado.
Como exemplo, a figura 3.1 fornece o diagrama de estado do dióxido de .carbono
(COz). .

p(atm)

-78 - 56.6 o

Fig. 3.1: diagnfma de estado do CO2

Em geral, o diagrama ue estado eu f:uido é múl1lâ jo C0:.10 ilustrado na figo


3.2.
_""_0-0__0 __ - _-0_. _..____

Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades


20

Sólido

Gasoso

o I 0T e (0C)
Fig. 3.2: diagrama de estado geral

MASSA ESPECíFICA OU DENSIDADE ABSOLUTA: define-se massa específica (p)


ou densidade absoluta de uma substância como sendo a relação:

" ~m dln
p= I 1m.. =
Ô Vai ~ .M(~I ( L1 Vol J dVol
Onde: ôV 01' ..;; -\iÓiume
iilfri-im-õ-
ondeainda se pode determinar a massa específica.

Unidades:

No S/: [p] = kg/m3

No SIG: [p] = slug/tf


..
Os instrumentos utilizados para medir-se a massã específica são o
densímetro e ~. picnômetro, ilustrados nas figs. 3.3 e 3.4.

O funcionamento do densímetro basea-se no princípio do empuxo: uma força


de resistência causada pelo fluido em contato com alguma superfície em seu interior
A força de empuxo se equilibra com a força peso do densímetro e, no equilíbrio,
registra na escala a densidade do fluido estudado.
o.. ,. _. ._~___~,._" _".::..._ ___, .- ...--~.- ..__o

Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 21

Fig, 3.4: picnômetro completo

No caso do picnômetro deve-se medir a sua massa quando vazio, com o


auxílio de uma balança (de preferência aigital) e repetir a medição da massa quando
cheio. A relação entre a diferença entre as medidas das massas pelo volume
conhecido do picnômetro fornece a densidade do líquido, juntamente com a sua
temperatufa.

PESO ESPECíFICO: defini-se peso específico (y) de uma substância como sendo a
relação: . . .-_'_ ...._____

' ~W dW
y= I1m = dVol
óVol~óVol' ( ~Vol J
Relação do peso específico como a massa específica:
...

ünidades:

No SI: [ri = N/m3

No SIG: [rI = Ibf/ff

DENSIDADE RELATIVA: define-se densidade relativa (DR) como sendo a relação


entre a massa específica (ou peso ..específico) da substância com a massa
específica (ou peso específico) de uma substância padrão (ou conhecida). A
substância padrão mais util::-:da é a água.
Sendo assim, a equaçao da densidade relativa define-se cal 110sendo:

DR = PSllbst. = rsllbst.
P áglla r água
. n_' . _' ' '.u _u _ ._._____

Caoítulo 3: Fluidos e suas prooriedades 22

Para efeito da determinação do valor da DR, os valores de Págua e Yágua,


ambos a 4°C, são:

Págua = 1000 kg/m3 = 1,94 s/ug/ff -7 Yágua = 1000 kgf/m3 = 9806,65 N/m3 = 62,41/bf/ff

HIPÓTESE DO CONTíNUO:

Enunciado da hipótese: "O fluido é um meio contínuo, isto é, pode ser dividido
infinitas vezes, em partículas fluidas, entre as quais se supõe não haver espaços
vazios."

Problema 1: divide-sé o fluido em partículas fluidas e corre-se o risco de, num


determinado volume muito pequeno, não encontrar-se mais moléculas o suficiente
para determinar-se os valores de p e y, pois as moléculas do fluido SE MOVEM
CONTINUAMENTEem qualquervolum~,por menorque seja.

SOLUÇÃO ADOTADA NA ENGENHARIA:adota-seum volumemínimo (/),Voi') onde


se encontre um número Jazoável de moléculas, onde.se ppde ainda determinar suas
propriedades,

MAS, AFINAL, QUAL SERIA 'ESTE VALOR DO VOLUME MÍNIMO?


.._ u _____.

ESTUDO DO PIOR CASO: O AR

Em CNTP (condições normais de temperatura e pressão: 15°C e 1 atm), em


1 m3 de ar tem-se 2,5.1025 moléculas, número muito mais que suficiente para o
cálculo de suas propriedades. Mas, se se tomar um volume de 10-12m3de ar, tem-se
um número de 2,5.1013 moléculas que, ainda assim, é muito mais que suficiente
para os cálculos supra citados. ..

Problema 2: então, pode-se dizer que a hipótese do cu,ltínuo vale sempre.

RESPOSTA ENCONTRADA NA ENGENHARIA: Não, nem sempre.

NOVAMENTE, ESTUDANDO O PIOR CASO: A ATMOSFERA

A uma altitude de 90 km acima do nível do mar, tem-se uma redução de 99%


na massa especifica do ar. Estes dados foram fornecidos por cuidadosas e
complexas medições através de balõe~ meteorológicos combinados com técnicas
computacionais avançadas. Neste caso, portanto, a aplicação da hipótese do
contínuo é arriscada. Gera!~'ente, em casos deste tipo, se recorre a métodos
probabilísticos: ..

FORÇAS ATUANTES: em FT há duas classes de forças atuantes: as forças de


campo (peso, eletromagnética) e as forças de contato. A força de contato ainda se
divide em força normal à superfície (Fn) e a força tangGncial à superfície (Ft),
conforme ilustra a figura 3.5. .
- ~. .. .. ..-.... --' ~-" :.. .-:

. -.---
Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 23

Fn
F

Ft -- - -

Fig. 3.5: decomposição da força F em normal e tangencial à superficie

Dividindo-se a força normal à superfície pela área da superfície (A) tem-se a


tensão normal 0, isto é:

Analogamente, dividindo-se a força iangenciafé--.sÚ.peifíCle--pela área da


superfície (A) tem-se a tensão de cisalhamento 1:,isto é:

._~
O fluido não suport:=9sforços tangenciais, embora saiba suportar muito bem
esforços nOímais. E são c.:-:~Morços tangenc;~is o assunto da ;: 0xima propriedade
do fluido.

3.2 Viscosidade - definição


É a propriedade inerente a um fluido real, que se define como a resistência
que o fluido oferece ao movimento relativo de qualquer de suas partes.
Considere-se duas placas planas paralelas, separadas por uma distância
infinitesimal, onde, entre elas há um fluiâo qualquer. A placa ínferior está em repouso
e a slJperior é móvel, conforme figo3.6.
..-....-..-..-.-

Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 24

F
I dU
to =O I " t =to + dt
/
I
I
I ,.
I
1 I
I Fluido I /
dy
I /
I da. /
f-., /
I
I
\//
I /

I
F.ig. 3.6: placas planas paralelas

À placa superior aplica-se uma força F que a faz adquirir uma velocidade dU.
Em t + dt o fluido deforma-se sob um ângulo da, chamado deformação angular.

Lei de Newton da Viscosidade: em homenagem a Isaac Newton, cientista inglês..

..
Isaac Newton (1643 - 1727)

Enunciado:

liA tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa de


deformação angular."

Isto é:

da" dU
T yx == J.1.- == J.1.-
dt dy
Onde: ~ = viscosidade dinâmica ou absoluta do fluido

Unidades:

No SI: [Ji] = N.s/m2 = kg/m.s = Pa.s


. h_. .~.h__. . " ~' '.'

-.. ._...

Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 25

No SIG: [J.i] = Ibf.s/ff = slug/ft.s

Outra unidade utilizada: cP = centi-Poise

A unidade Poise foi dada em homenagem a Jean Louis Marie Poiseuille,


cientista francês.

:~~
{(li
~I
Jean Louis Marie Poiseuille (1797 - 1869)
. .....": Defini-se viscosidade cinemática (utilizada na análise de escoamentos) como
a 'relação entre a viscosidade dinâmica e a massa específica do fluido, ou seja:

-/1 -
_r
V --
,O

Unidades:

No SI: [v] = m2/s


.-~
No SIG: [v] = ff!=
Outra unidade utilizada: St = Stoke

A unidade Stoke foi dada em homenagem a George Gabriel Stokes, cientista


irlandês.

George Gabriel Stoke,s -'1819 - 1903)


Capitulo.3: Fluidos e suas cropriedades 26

085. MUITO IMPORTANTE: O FLUIDO QUE 08EDECE À LEI DE NEWTON DA


VISCOSIDADE É CHAMADO DE NEWTONIANO.

3.2.1 Fluidos Não Newtonianos

Equação geral:

Onde: k = índice de consistência do fluido


n = índice de comportamento de escoamento do fluido

Para:

n= 1 -7 k = J.l 7 fluido newtoniano (ex.. água, óleos em geral, glicerina)

n >"1 -7 fluiC1ej"dilatante
(ex.: suspensão de parlícÚfas'sólidas em líquidos)'

n < 1 -7 fluido pseudoplástíco (e?(.: creme R.~S?g()_


de I~itf!)

Plástico ideal (ou Bingham): necessita de uma tensão inicial de cisalhamento


para escoar. Sua equação geral é definida como sendo:

."-~

f-=...:.: pasta dental, 1::!l1ade perfuração 3uspensão de argila, tinta a óleo.

Mostra-se, na figo 3.7, o comportamento dos fluidos e sua classificação, de


acordo com sua característica viscosimétrica. O diagrama da figo 3.7 denomina-se
DIAGRAMA REOLÓGICO*.

"Re%gia: parte da Fisica que estuda as propriedades e o comportamento mecânico dos corpos deformáveis
que não são nem sólidos nem liquidas.

..
___o .___

_. - --...
Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 27

plástico Bingham

..

sólido ideal

newtoniano

fluidoideal
dU/dy
Fig. 3.7: diagrama reológico

3.3 Viscosímetr.p$.~..
.,,:' :... .:"'; . ~.

São instrumentos para medir-se a viscosidade de fluidos.


. -. .--.-...-.

Tipos mais utilizados:

i) Saybolt Universal: utilizado para produtos de petróleo :. ~ubrificantes. Suas


características construtivas são mostradas nas figs. 3.b e 3.9.

Eixo

Nívtl
.x:=-:___

11i 3wO,J75U
b- o.~s
I
~ ' h- 0,9
I
i
oi
....
:i
..
McJida..
tmcm

Fig. 3.8: viscosímetro Saybolt Universal


__o. . _..

Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 28

:~~1

I
ri;:;:~r:.:

Fig. 3.9: viscosímetro Saybolt Universal utílizado em laboratórios

A leitÜra deste viscosímetro e erri' Segundos Saybolt Universal SSU, isto é, o.


tempo necessário para que o óleo complete o volume de um recipiente de 60 cm3,
colocado na saída do obturador (parte inferior do instrumento) ap~~_pré aquecimento
no interior do viscosímetro, feito por font~ elétrica ou a gás. 0__0-. -- - o
Faixa de valores:
1 95
para 32::;t::;100 s :v =O,00226.t_--2--
. t
1 35
para 100::; t::; 1000 s: v =O,00220.t
-~ t

. Onde: v = viscos;(:.lde
. cinemática em S1.
t = tempc ':..'; SSU

ii) Cilindros concêntricos: dois cilindros de mesmo eixo central (um fixo e
outro em movimento circular) onde, entre eles, há um fluido. A construção
do viscosímetro pode ser simplificada nas figs. 3.10 e 3.11.
.. -.- .. .;,., : : . .; ' ,.- n._'_~'_'__. '.u. . ., -. .-.

. _.- -. .----....

Capítulo 3: Fluidos e suas propriedades 29

Fig. 3.10: viscosímetro de cilindros concêntricos

..- .---..---.-.-..

Fig. 3.11: viscosímetro de cilindros concêntricos (ou rotacional) usado em laboratórios

Aplicando a 2a Lei de Newtn'1 para o sistema da figo 3.10 e a Lei de Newton da


Viscosidade \;:>dpondo que o fl~li;'1 a obedece) tem-se que a viscosidade dinâmica
do fluido pode ser dada pela eqL!:.~;.ãoabaixo:

M.g.a
J..1==-
2.n.OJ.H.R2
Também por este viscosímetro é possível se obter o momento de atrito Ma entre
ele e o fluido, dado pela equação:

Ma = 2.7Lfl.H.OJ.R3
a

Em casos onde s'e exige maior precisão nos resultados como, por exemplo, em
rolamentos, utiliza-se a equação de Couette:
Capitulo 3: Fluidos e suas propriedades
30

Ma = 4.n.~.co.H.R2.CR+ a)2
(R+a)2 _R2
iii) Viscosímetro Engler: em homenagem a Carl Engler, cientista alemão.

.- -- ... -.
Um viscosímetro Engler é ilustrado na figo3.12.

Obtur~dor

Uquido a éiisayar Bano María

ujero Calibrado, 1= 20mm


~2.9mm.
Marca de 200cm3

Fig. 3.~2: '.iscosímatro Engler

A viscosidade Engler se expressa em segundos Engler para um recipiente de


200 cm3.
O grau Engler é a relação entre os tempos de fluxo de 200 cm3 de líquido a
uma temperatura indicada e do mesmo volume de água destilada a 20 °e (48,51 s).
A equação de conversão de graus Engler para o CGS fica:
... ~ '-:'- ~-;' . -- . ....-.

- -.-----.-------.--..
CaDítulo 3: Fluidos e suas crocriedades 31

v = 0,0731.E - 0,0631 [em 2/S]


E
A tabela 3.1 mostra a relação entre a viscosidade em graus Engler e a
viscosidade SAE (Society of Automotive Engineers).
Tabela 3.1: relação da viscosidadE' SAE e a viscosidade em raus En ler a 50°C
SAE:':::::~{1 0:\;::~1%\1~1t;f:;;:;;~20t?!~~> :,~>K{~ e;;~;f:AO
(;t$r.f~~.30 :;?'..;.. :.;,;;i\;':i~~50:'>:" '::~'" 60.
E '".'3'~ 5:-(;''-:;~{:;:~~~5'F].::.'/,,::
%':~':;T:::::'9
;::-:~';:P::9.>12, .. ";':..12'.:...19' .' 19 - 27.

3.4 Variação da viscosidade com a temperatura

Nos fluidos a viscosidade varia com a temperatura da seguinte forma:

I) Líquidos: a viscosidade diminui com-o aumento da temperatura. Motivo: diminuição


da força de interação intermolecular.

11)Gases: a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. Motivo: aumento


da quantidade de movimentointermolecular.

... . No___ap~lJd.iç~ /:-. encontram-se dados de massa específica e viscosidade


dinâmica e cinemática, variantes com a temperatura, para vários fluidos.

o'i
~!

'-- -l ~'=
:;:":..,

I:.;'
J

I . .,
r~'
,...
.~._.
1/ - .
r 'I. «1"/
( : 1- ,\..!..!. - ':;'
Capitulo 4: Fluidoslática
32

Capítulo 4

Fluidostática
4.1 Definição

É a parte da Mecânica dos Fluidos que estuda os fluidos em repouso


(equilíbrio estático).

4.2 Pressão - definição

Define-se pressão como sendo:

- "~o .' -",.., .


A D
d'D
~':Jlm: ~ =~
M->O ( M J
,.. ;;.:é,i::':~<.~;:;-:;;~:';.,~;':.-~L.,.:-:,:.:..~":rg0,;p'
.' dA

onde: LiA = elemento de área que possui direção perpendicular à área e sentido para
fora da mesma.
LiF = elemento de r0iça aplicado na direção perpendicular à área. Se o
elemento de força possuir mesmo sentido do elemento de área, a pressão será de
sucção. Do contrário, será de contração, conforme figo 4.1.

t:.e F e d.A.possuem direções opostas a pres~ão será de ;:-". 'ressã,J


Se F e dA possuem mesma direção a pressão será de sucção.

Fig. 4.1: diagrama F x dA - pressão

. I. . .
. ...-....

-- .-----..-... ..-.-
Capitulo 4: Fluidostática
33

Unidades de pressão:

No SI: [p] = N/m2 = Pa (Pascal)

No SIG: [p] = Ibf/tf =psf (pound square foot)

A unidade Pascal foi dada em homenagem a Blaise P2scal, cientista francês.

Blaise Pascal (1623":' 1662)


.'
-- 4.3 -Estudo de um elemento prismático de fluido submetido à forças de pressão
e de campo

Seja o seguinte elemento prismático de fluido, de volume dVol = dx.dy.dz,


submetido à forças de pressão e de campo (peso), dado pela figo 4.2.

._~

-PL

/
I ,
I G -py
py --7-"'--?/---- +---
y
I / I
/ " I
/" "A- I
I pz
I
I dy

-w
Fig. 4,2: elemento prismático de fluído submetido a vários esforços
Capítulo 4: Fluidostática 34

Enunciado do princípio fundamental da Fluidostática:

"A soma de todas as forças atuantes no elemento fluido deverá ser nula. "

. Método: toma-se todos os esforços de pressão (pressão x área),


concentrando-os no ponto G (baricentrodo elemento), utilizando expansão em
séries j:'olinomiais. Após isto, calcula-se a resultante tfestes esforços, igualando-a a
O.
Assim, obtém-se o seguinte resultado:

-+

\lp ~ -p.g.(k)

Isto significa que:

",!. .~. "..'" . .~


",.'

8p = _p.g
8z

Como a única variável que resulta do repouso do ele~eflto fluido é a cota z, a


derivada parC:31acima pode ser substituída por lima derivada ordinária, resultando
na Equaçãe.r[)odamentalda FiLJidostática:

dp == _p.g
dz
Duas hipóteses podem ser '" admitidas na equação fundamental da
Fluidostática:

I) O produto p.g é constante (,~to é, não varia nem com p e nem com z): neste
caso, pode-se resolver uma simples equação diferencial na equação
fundamental da Fluidostática e determina-se a relação entre p e z, para os
pontos em estudo na coluna fluida;
11) O produto p.g não é constante (isto é, ou p ou g variam com p ou z): neste
caso, faz-se necessário estabelecer a relação direta entre p, 9 , P e z,
substituir esta relação na equação fundamental da Fluidostática e resolve-se
a equação fundamental da Fluidostática em sua forma completa. Este caso
.~-' ~ .....-. ' ~-

.--- ._---. '-

Capítulo 4: Fluidostátíca 35

será exemplificado no trabalho "Aplicação de Equações Diferenciais em


FT', de autoria do praf. André Vitor;

4.4 Lei de Stevin

:=m homenagem a Simon Stevin, cientista belga.

__o __.. _. .

Seja uma coluna de fluido de massa específica p, onde, em seu interior, tem-
se dois pontosem estudo,A e B, conformefigo4.3.

p .8 p 88
.-..

Fig. 4.3: recipientes com fluido e dois pontos em estudo em seu interior

Admitindo-se a primeira hipótese da equação fundamental da Fluidostática,


para os pontos A e B descritos na figo 4.3 tem-se a seguinte equação: .

PB - PA = p.C. (ZA - ZB)

Fazendo-se:

LJ.p= Pa - PA
Capítulo 4: Fluídostálica
36

E:

L1z= ZA - Za

Tem-se, finalmente, a Lei de Stevin:

.Jp = p.g.iJz = y.L1z


Cujo enunciado é:

tiA diferença de pressão entre dois pontos, no interior da massa fluida (em equilíbrio
estático e sujeita à gravidade), é igual ao peso da coluna dtJ fluido tendo como por
base a unidade de..áreae por altura a distância vertical entre os dois pontos. ti

Mais ainda, se as cotas são iguais (ZA = za), as pressões nos pontos também
. serão iguais (PA = pa) desde que esteiam no mesmo fluido.

4.5 Pressão absoluta e pressão efetiva (ou manométrica)

Define-se pressão absoluta (Pabs) num dado ponto .do .sistema fluidQ ~';,'pressã9 .
total existente no referido ponto.. Em suma, é a soma'total'de todas8s pressões.
acima deste ponto.
Matematicamente, pode-se descrever a pressão absoluta como sendo:

Pabs = Patm + p.g.L1z

Por outro lado, define-se pressão efetiva ou manométrica_(Pef = Pman)num dado


ponto do sistema fluido como sendo a pressão da coluna de fluido existente acima
daquele ponto.
Matematicamente, pode-se descrever a pressão efetiva como sendo:
-~

P:nan = Per = p.g.L1z

Assim, pode-se ter as seguintes relações:

Pabs = Patm + Pman -f Pman = Pabs - Patm


Conclusão muito importante sobre as pressões efetivas e absolutas:

Se, num dado ponto do sistema fluido, a pressão absoluta for a própria pressão
atmosférica, a pressão efetiva neste ponto será nula, isto é:

Pabs_no ponto X = Patm ~ Pman_no ponto X ~: O


Pode-se resumir estes conceitos no diagrama dado na figo4.4.
-:...~.-- -~ '~'--'-- -~ -- '-. . - .,~ '."

~.- . "- '~--- ---

Capítulo 4: Fluidostática
37

Pabs
Pabs = Pef + Patm
Pef> O

pressões ~e.tiVas'.
Pabs = Patm
Pef =O
vácuo

Pabs = o
Pef = - Patrn
Fig'.4.4: diagrama de pressões efetivas e absolutas

..4.6 Aplicações da lei de Stevin

Vasos comunicantes: são sistemas de dutos, contendo dois ou mais fluidos, ligados
entre si, cujos fluidos em seu interior se equilibram sob a ação da pressão de seus
pesos. O principio dos vasos comunicantes possui uma infinidade de aplicações, por
exeIT)plo, na _construção civil, para determinação do ponto de nivelamento de
paredese/ouestrutura's("mangueirinha'j. ",

A figo 4.5 ilustra um conjunto de vasos comunicantes~

.~...

Fig. 4.5: vasos comunicantes

Manometria: é a parte da Mecânica dos Fluidos destinada à medição de altas


pressões através de instrumentos próprios para este fim, denominados manômetros.
A manometria é ainda subdividida em piezometria (piezômetros são
instrumentos utilizados em Hidráulica que utilizam a própria água como fluido
manométrico) e vacuometria (medição de pressão de vácuo).

Os manômetros mais utilizados são:

a) tipo 5 ~Llrdon:utiliza o principio da expansão de membrana cspiralC'lda através


da injeção (ou retirada) de fluido em seu interior, conforme figo 4.6.

. . I .
Capitulo 4: Fluidostática 38

_ Fig. 4.6: manômetro mecânico tipo Bourdon

Na membrana está preso um ponteiro, que mostra numa escala o valor


medido de pressão. Geralmente, a escala deste instrumento é em psi e kgf/cm2;

b) tipo diferencial de coluna em U ou de coluna fluida: este manômetro utiliza o


princípio dos vasos comunicantes e a lei de Stevin e pode medir tanto a
diferença de' pressãoeotre,doi$ pontos ,comq~p ,pressão de um ponto do
, sistema com relaçãoàatmosfera"(refe(ência).Suc1 configuração mais básica
$ dada na figo 4.7.

~.
-..
'<IJJj5Y "-,
.:}'. - --_o .:.!]}.'"
.,~ '<,~"~'
'-' o_-o.oo..o.. Ug'Jidn rmwom.:tli,:t1
Fig. 4.7: manômetros diferenciais

Instalado numa tubulação, onde escoa-se um fluido de massa


específica p, o manômetro diferencial pode adquirir a configuração dada na
fig.4.8. .
---..- '-.-

Capitulo 4: Fluidoslática 39

--7P .~.. ..~..

:--------
-------- 1

Fig. 4.8: manômetro diferencial instalado numa tubulação horizontal

Considerando os pontos 1 e 2 da figura anterior e aplicando a Lei de Stevin


tem-se:

onde: p = massa específica do fluido escoante;


Pm = massa específica do fluidoque está dentro do manômetro(fluido
manométrico).
h =cota manométrica.
Se o ramo do ponto 1 (ou 2) estiver aberto à atmosfera, o instrumento estará
medindo a pressão no ponto correspondente com relação à atmosfera. Neste caso,
o próprio fluido escoante pode ser utilizado como manométrico (o manômetro, então,
transforma-se num piezômetro). ..

Algurr'n~ condições são observáveis no manr~l1etro tipo coluna de fluido:

i) se P1 > P2 -7 Pm > P

ii) os fluidos não podem se misturar (imiscíveis)

iii)vários pares de fluidos podem ser utilizados para este fim: mercúrio e água,
água e óleo, água e ar, etc;

iv) no caso de p > Pm-7 o manômetro deve ser invertido (por exemplo, se o
fluido escoante for água e o il.c:nométricofor benzeno).

c) esfignomanômetro: aparelho que mede a pressão arterial, conforme ilustra a


fig.4.9.
. ._-- - -. -~

Cagitulo 4: Fluidostática 40

Fig. 4.9: esfignomanômetro típico

o que significam os números de uma medida de pressão arterial? Significam


uma medida de pressão calibrada em milímetros de mercúrio (mmHg). O primeiro
número, ou o de .maiorvalor, é chamado de sistólico, e corresponde à pressão da
'. artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. O segundo
número, ou o de menor valor, é chama90 de diastó lic o , e corresponde à pressão na
mesma artéria, no momento em que' o coração está relaxado após uma contração.
Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão
f.lQrmal.,rT\pS.em termo~ .gerais.. ~i.z.-.seque o valor de 120/80 mmHg é o valer
. consideraeJo,'ideah.GontudQi..m~didas:,até. 14Q mrnHg pa:ra:a pressão sistólica, e 90.
mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de
verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta da artéria
braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro,
vulgarmente chamado de manguito, e pa:-a auscultar os batimentos, usa-se o
estetoscópio, ilustrado pela figo4.10

...

Fig. 4.10: estetoscópio típico

Na tabela 4.1 encontram-se os valores de pressão arterial considerados


normais em seres humanos em função '"da idade.

Tab. 4.1: valores médios normais de pressão arterial


iC:ad~(em atlos)
>.4
Pressão Arterial (em mmHg)
-, ~ ::..,...~ .,.,;:;';"" 85/60.. ".:.' ..
--
'.. . ..
. .. 6 .. ......
.....
... ~-. ...
,.-. . '1
... - .'. ,. ..
. . 95/62 .. .
'. .. .>.: ,:: '10,'::.'; ... '.': ',: : . :. .,:..: ::.>:'100/65 . ,
";:'.. : : ;.:12 ~: "':-:.'::' .,~.. ..::..;;~' :-::.'..::::;~;;/:.108/67 , '._ .., .
:::".~:...'>..16.;.::. :,;:,;:--;...:. '..:"\;.',..:":. ..:\'..>.1i8/75 :.:..~ .'. ....
"">"~" ..<Adulto...~::::-.,~;-:.:. .'. : _:.~~:'.,::~/.:;::::.~':.::...120/80.'::.;;.~.;.;. '::. .' ..
; Idoso:,,':,"" : :"::,- :; ~.:'..;~.140-160/90-100 ..
.__h... - , --. .- ~-..

Capítulo 4: Fluidostática 41

4.7 Experiência de Torricelli - Barometria


Em homenagem a Evangelista Torricelli,cientista italiano.

Evangelista Torricelli(1608 - 1647)


Experiência realizada ao nível do mar: toma-se uma bacia com mercúrio e um
tubo de ensaio de, no mínimo, 1 m de comprimento. Enche-se o tubo de ensaio
também com mercúrio. Coloca-se uma tampa de vedação (rolha) na entrada do
tubo, vira-se o tubo ao contrário (de cabeça para baixo) e introduz-se o tubo assim
preparado dentro da bacia com.mercúrio.Tira-se a rolha do tubo e observa-se o
equilíbrio da coluna de me:Gúrio no interior do tubo e o ar em volta do mesmo.
Observa-se que a coluna de mercúrio no interior do tubo desce até uma altura de 76
cm acima do nível do mercúrio na bacia. Embora invisível, há vapor de mercúrio no
espaço restante no fundo do tubo, cuja pressão é praticamente desprezível. Aplica-
se a lei de Stevin entre um ponto fora do tubo e um ponto em seu interior. No lado
de fora, a pressão é a atmosférica. No lado de dentro do tubo,}e pressão é de 76 cm
de coluna de mercúrio, conforme as fig. 4.11 e 4.12.. I
Capitulo 4: Fluidostática 42

Fig. 4.11: experiência de Torricelli

tubo

Exp. de Torricelli - barômetro de Hg

.. ;.. ..
.' ..
76 cm
patm

r
;;~,jt~~:i:~~'!'~; ·

recipiente
Fig. 4.12: experiência de Torricelli - modelo físico para o barômetro de Hg

Como as pressões nos pontos devem ser iguais (estão à mesma cota), pode-
se tirara seguinte conclusão: /...

ao /.\r.i do mar a pressGo atmosférica vak: ',:'6crni-fg.

Assim, a experiência acima descrita transformou-se num instrumento


rudimentar de medição de pressão atmosférica: o barômetro de mercúrio (fig. 4.13).
. '.''''.'-., . . -.;. -.... ,u_". ___- -. ._. .

Capítulo 4: Fluidostática
- - 43

Atualmente, vários outros barômetros são utilizados para medir-se a pressão


atmosférica com muito mais precisão do que este, mas a precisão atingida por
Torricelli, mesmo utilizando equipamentos rudimentares de laboratório, o tornou um
dos maiores cientistas que já colaboraram para a Fluidostática.
Em outras unidades, pode-se adotar os seguintes valores para Palm, ao nível
do mar, dados na tabela 4.2.

4.8 Lei de Pascal

Deixa-se para o futuro engenheiro tentar adivinhar qual foi o cientista que foi
.homenageado, da"ndo seu nome a esta lei.

Enunciado:

" A pressão exercida sobre a superfície de uma massa fluida é transmitida ao seu
. interior, integrq/rnente e em todas as direções."

Experiência de Pascal: toma..:se uma moringa de barro, com vários orifícios


em sua área lateral (orifícios, pois na Engenharia não existem furos nem buracos)
que posteriormente serão vedados com parafina (cera). Enche-se a moringa com
água e fecha-se a mesma com uma rolha, fazendo o papel de êmbolo.Aplica-se
uma força na parte superior da rolha e verifica-se que todas as vedações de parafina
sairão de suas posições AO MESMO TEMPO, conforme ilustrado pela figo4.14.

~p

parafina parafina
? ..;----

Fig. 4.14: experiência de Pascal

Algumas aplicações da Lei de Pascal são ilustradas na figs. 4.15,4.16 e 4.17.


_. h....

Capitulo 4: Fluidostática 44

Pistào

JOOO Ib

p : 30 Ib/ pol'

Fig. 4.15: aplicação da Lei de Pascal: elevador pneumático

Tambor

,....

;.~ -....

..----.--..-.
P"ra Os outros. 3 cilindros

Fig. 4.16:aplicação da Lei de Pascal: freio de automóvel

Transmissão de forças por pistões

--')o
F2

F2=F1. (D/d/
Fig. 4.17: aplicação da Lei de Pascal: principiode funcionamento dos atuadores hidráulicos

4.9 Empuxo sobre superfícies planas> submersas - Lei de Arquimedes

Em homenagp-";l a Arquimedes de Siracusa, cientist8 grt3go.


'-~-"- -.----.

Capitulo 4: Fluidostática
45

EMPUXO: força de resistência oferecida pela superfície à ação de um fluido ao qual


está imersa ou parcialmente imersa.

4.9.1 Equação geral do empuxo

Seja uma superfície plana A, de contorno qualquer, mergulhada em um


líquido em equilíbrio, conforme figo4.18.

superfície livre do líquido (SL)


..
a

E
,..,.-

"
,,
~~,
,
~
~' ~
y

Fig. 4.18: superfície plana submersa em fluído

Cada face da superfície está sujeita à pressão unitária p,provocando o


esforço elementar de empuxo dE, dado,.por:

dE = p.dA

Utilizando-se da equação fundamental da Fluidostática e conhecimentos


básicos de Figuras Planas, a superfície estará sujeita a um esforço total de empuxo
dado por:

E = y.A.ho
- ~- - ....-

..- - .-.-..----.
Capítulo 4: Fluidostática 46

onde: E = empuxo total sobre A


A = área da superfície
ho = profundidade do centro de gravidade (ou baricentro) da superfície A

Conclusão fundamental sobre a equação do empuxo:

o empuxo é igual ao peso de uma coluna líquida que tem por base a área da
superfície e por altura a profundidade do seu centro de gravidade.

4.9.2 Profundidade do centro de pressões

o centro
de pressões C é o ponto de ação da força de empuxo E. Por isto, é
de fundamental importância sua determinação.
Considere-se a equação do elemento diferencial de empuxo dE:

dE = r: Y . sen a. dA

Princípio: o empuxo forçará a superfície a um momento de rotação.


Tran~lada-seeste momento para"o eixo central (aquele que passa PE?lobaricentro da
figura) e diyi,de~se o resultado 'pelo empuxo,total.: ,,' :," ' . ,. ,', '
Assim, resulta-se que a coordenada y do centro de pressões pode ser dada
pela equação:
___ n .._ __..
"
\ -
\ IG
Yc=Yo+\ ,

iA.yo

E a profundidade do centro de pressões pode ser dada por:

, o valor de IG(momento . de inércia central) é tabelado e seus valores estão no


apêndice B para várias figuras planas.

Casos particulares:

I) se a = 900 -7 plano da superfície é vertical.

Logo: Yc = hc -7 a profundidade do centro de erlpuxo é igual à coordenada y do


mesmo.

11)se a = 00 -7 a superfície mergulhada está no plano horizontal.

Logo: hc = ho -7 a profundidade do centro de empuxo é igual à profundidade do


centro de gravidade da superfície.
Cag.ítulo4: Fluidostática 47

111) se O::;a::;900 -7 a superfície está inclinada de ângulo qualquer.

logo: sen2 a > O ~ IG > O ~ A > O ~ ho > O ~ hc > ho -7 em geral, a


profundidade do centro de pressões é maior que a profundidade do centro de
gravidade da superfície.

4.9.3 Flutuação

Seja um corpo imerso num fluido de peso específico Ynuido conforme a figo
4.19.

--_._----._.._----

Fig. 4.19: corpo imerso em fluido

o corpo está sujeito às forças peso (W) e empuxo (E). Portanto, define-se
peso aparente do corpo à diferença E - W, isto é:

Waparente == E- W ..

lembrando a equação geral do empuxú.

E == y.A.ho
o produto ho . A é o volume de uma coluna líquida (Vo/) e o produto y. VaI é O
peso do fluido deslocado. logo pode-se ~nunciar assim a lei de Arquimedes:

"O empuxo total sobre um corpo em flutuação é igual ao peso do


fluido deslocado pelo mesmo. II
.. .. _._ __o h_....._
Capitulo 4: Fluidostática 48

Equacionalmente tem-se que:

~ == }lcorpo.VTo1(corpo)
E:

E = rflllido,Vol(deslocado)
Portanto:

Waparente r fluido,Vol(deslocado)- r COlpO ,Vol(corpo)

Se:

Waparente
< o ~ Ycorpo> Yfluido~ VO/(des/ocadO)
= Vo/(corpo)~ corpo afunda

Waparente~O
-'. '.'! '-.' '-- ~ ~
.-,+Ycorpo<
'. .
Ynuido.~
'. . ." .
VO/(des/ocad~)<'Vo/(corpo)
.. .; ... ' .~.,;: . .
~ corpo flutua
'.
acima da superfície do fiitido:": "

Waparente= O ~ Ycorpo= Ynuido~ Vo/(des/oca.rJO)


= Vo/(corpo)~ corpo flutua no interior do fluido
H _.,.

4.9.4 Aplicações da Lei de Arquimedes

As grandes aplicações da Lei de /\rquimedes basicamente se resumem ao

.
projeto de comportas, barragens e muros de arrimo e ao projeto de embarcações
(navios e submarinos), conforme ilustram as figs. 4.20, 4.21, 4.22, 4.23 e 4.24.
..
... :'..~~~::;".--:.-
.----..
.. ~~'.i.- r. .-. t:.~~
.,
., :r;r ~- ...-. . .....

,,~t.
Fig. 4.20: comporta em eclusa
Capítulo 4: Fluidostática 49

Fig.4.21: comportas da UH d~ Paulo Afonso JJI


i",
'. ...

Fig. 4.22: barragem da UH de Itaipu


-'-' '--. ..

Capítulo 4: Fluidostática 50

Fig. 4.23: tran~atlântico Queen Mary 2

Fig. 4.24: Submarino alemão Nemo

..;.
:' ~ ,,'~.
. .

-.-+-----.
CaDitulo 5:. Fluidocinemática
51

Capítulo 5

Fluidocinemática
5.1 Generalidades

Analogamente à Mecânica dos Sólidos, a Cinemática dos Fluidos estuda o


movimento do fluido (escoamento) sem se importar com as causas que provocam
este efeito.

. 5.2 Escoamento - definição

Define-se ESCOAMENTO como qualquer simples alteração na forma inicial do


fluido, sob ação de esforço tangencial. Também pode ser chamado de "fluidez".

5.2.1"Metbcl6s' de Análise dE(Escoári1ento :

Dois são os métodos de análise de escoamento mais estudados em FT, a


saber: -. -. .

I) MÉTODO DE LAGRANGE: o observad.ér desloca-se, simultaneamente, com a


partícula fluida. As trajetórias serão linhas, descritas pelas partículas em movimento.
Para cada partícula fluida, uma linha é definida. O método é simples quanto à
descrição do movimento, mas apresenta grandes dificuldades nas aplicações
práticas. Na maioria dos casos, Óque interessa não é o movimento de uma partícula
em si, mas de um conjunto de partículas que constituem o escoamento;
. .-..

11)MÉTODO DE EULER: em homenagem a Leonaró !=:uler, cientista suíço.

Leonard Euler (1707 - 1783)

Adota-se um certo intervalo de tempo, escolhe-se um ponto do espaço e


considera-se todas as partículas que passam por esse ponto. Neste método, o
observador é fixo. O método apresenta grandes facilidades práticas e por isto é o
preferido para estudar' o escoamento dos fluidos. Em geral, a pressão e a velocidade
de cada partícula são funções do tempo e das- coordenadas do ponto considerado.
Todavia, as coordenqdas podem ou não depender do tempo.
.-. ~...

.- ...'.-. .~ _. - -
Capítulo 5: Fluidocinemática
52

5.2.2 Linha de Corrente, Tubo de Corrente e Filamento de Corrente - definição


LINHA DE CORRENTE: é uma curva imaginária, tomada através do fluido, para
indicar a direção da velocidade em diversos pontos. As linhas de corrente nunca se
cruzam pois, se isto ocorrer, a partícula que estiver no ponto de cruzamento terá
velocidades diferentes, o que é impossível na prática.

. TUBO DE CORRENTE:é um conjunto de nilhas de corrente,formandouma figura


espacial fechada (tubo) entre si, onde não há escoamento perpendicular às suas
paredes.

FILAMENTO DE CORRENTE: é a porção de fluido que escoa no interior do tubo de


corrente. -
A figo 5.1 ilustra os conceitos acima.

~~~-

----

l'ubo de corrente

Fig. 5.1: linha de corrente, tubo de corrente e filamento de corrente.


..
Para ilustrar o conceito de linhas de corrente, as figuras5.2, 5.3, 5.4, 5.5 e 5.6
mú~.i' Yl1 as linhas de corrente que se "ormam ao redor de um cilindro qU3:1do
subíl1etido ao escoamento de ar e numa D~:3de avião (ou aerofólio,.

Fig. 5.2: linhas de corrente num cilindro erg


meio ao fluxo de ar com velocidade V1

Fig. 5.4: linhas de corrente num cilindro em


meio ao fluxo de ar com velocidade V3> V2
-. .. ~ '

Cacitulo 5: Fluidocinemática
53

C'\lTCnl..O d... oU Cu",:nt..: \J; õU


I,h..nctil,!3 'lu, c~<~.

Fig. 5.6: linha~ de corrente ao redor de uma asa de avião (ou aerofólio)

..5.2.3 Classificação do escoamento

I) Quanto à direção da trajetóriã:


Iamina r: as linhas de corrente formam como "lâminas" paralelas que
escoam em baixa velocidade; .

turbulento: as linhas. de corrente formam. pequenos turbilhões


(vórtices) ao longo do escoamento, geralmente em altas velocidades;

o conceito--de--vórtice---está-voltado à formação de movimentos de


rotação da partícula fluida. em torno do seu eixo de rotação, ao longo
do escoamento. fato este visto altamente nos escoamentos rotacionais;
as figuras 5.7,5.8 e 5.9 ilustram algun~ exemplos de vórtices.

Fig. 5.7: exemplo de vórtice violento - furacão Isabel


- -.- --.--......-..
Capítulo 5: Fluidocinemática
54

__ . I-

",,;;O',
{c..........!
~:,."
,
~

c;onventionaJ BlendlX!
.~'. . .)vingtip. wlnglcl

Fig. 5.8: formação de vórtices nas asas de um avião comercial


. p----- .."--- .- ___o

Fi;;: :".9: "rua" de vórtices de Von Kármán, que se formam ao redor de urn
cilindro submetido ao escoamento de um fluido (ver figo 5.4)

.
f.
;
~.I_._._.
Theodore von Kármán, cientista húngaro (1881 -1963)
.-, -'- - --- -" .~ -'. -.-" .- ._- -- -' -.' - . .

Capitulo 5: Fluidocinemática
55

/I) Quanto à variação no tempo:


permanente: as propriedades do fluido e sua velocidade não variam
no tempo, num dado ponto do escoamento, podendo variar de ponto a
ponto; .

não permanente: as propriedades do fluido e sua velocidade variam


no tempo, num dado ponto do escoamento, podendo variar também de
ponto.a p.onto; .

/lI) Quando à variação da trajetória:


uniforme: numa dada trajetória em todos os pontos a velocidade é
constante no intervalo de tempo considerado, podendo variar de uma
trajetória para outra;
variado: os diversos pontos da trajetória não apresentam velocidade
constante lÍo intervalo de tempo considerado;
IV) Quanto ao movimento de rotação:
rotacional (ou com atrito): cada partícula fluida é submetida a uma
velocidade angular OJcom relação ao seu centro de massa, devido aos
efeitos de viscosidade (tensão de cisalhamento);
irrotacional (ou sem atrito): as partículas não de deformam, fazendo-
se uma concepção matemática do escoamento, desprezando-se a
influência da viscosidade; .
V) Quanto à compressibilidade:
compressível: as propriedades do fluido variam conforme a posição
da partícula; . --- . _..n_ n n_....

incompressível:as propriedades do fluido não variam conforme a


posição da partícula;
VI) Quanto à dimensão:
unidimensional: quando o campo de velocidades varia apenas em
uma dimensão;
bidimensional: quando o campo de velocidades varia em duas
dimensões;
tridimensional: quando o campo de velocidades varia em três
dimGII~ões;

5.3 Vazão volumétrica e vazão mássica (ou de massa)

Define-se VAZÃO VOLUMÉTRICA (Q) como sendo a relação entre o volume


de massa deslocado na unidade de tempo.

Equacionalmente, pode-se escrever a vazão volumétrica como sendo:

Q == lim il V:l " == dVol

Unidades:
(
Ól.~O ilt j dt

No SI: [Q] = m3/s

No SIG: [Q] = tf/s


- '".--". - ,',;., .- ,-'~."- " ~.. ., . '. --'. ..-. .. -' - ..

.-.-..-.-....
Capitulo 5: Fluidocinemática 56

Define-se VAZÃO EM MASSA ou MÃSSICA (dm/dt) como sendo a relação


entre a massa em escoamento na unidade de tempo.
Equacionalmente, pode-se escrever a vazão de massa como sendo:

I.lm
dm · r
dt = m = ô~~ ('- I.lt )
Unidades:

No SI: [dm/dt] = kg/s

No SIG: [dm/dt] = slug/s

'. 5.3.1 Relação entre as vazões

Como:

Llm = p. LlVo1

Pode-se escrever que:

. - _.. -.--.....--.....

m == p.Q
Outra forma de escrever-se a equação de Q é através da variação da
velocidade das partículas em cada ponto da seção transversal do escoamento.
Como:
.._e.

Tem-se que:

A~ - -
Q = lim . = JV o dA
61~O ( b.t J A

Como na maioria dos casos a velocidade das partículas fluidas, no


escoéimento, varia conforme a trajetória, admite-se, para efeitos práticos, um valor
mé.dio para a velocidade na seção transversal, dado por:

- l --+--+
V = Vmédio = -.
A
fV
A
o dA

Por exemplo, seja o escoamento laminar numa tubulação, cujo perfil é


ilustrado na figo 5.10.
..- __o____.. ....

_..d_'___"_
Capítulo 5: Fluidocínemática
57

z .. Parede da
tubulação

Eixo-
--- -----

Fig. 5~10:perfil de velocidades de um escoamento laminar num tubo

A equação que rege o perfil de escoamento laminar é dado por:

v(r) . _. =. _ Vmáx{l-
._ _'.. . __o
h ~: J
. __h_o .__ .
onde: Vmáx = velocidade do escoamento medida no centro da tubulação (r = O). .
r = variávelpolar raio .

R = raio da tubulação

Lembrando-se que, numa secção transversal circular:

A = TC.R2 ~ dA = 2.1C.r.dr . ,.....

O<r<R
Substituindo-se estes dados e a equação do perfil no conceito de velocidade
média, prova-se que, num escoamento laminar dentro de um tubo circular:

v
Para o futuro engl'>r'heiro,deixa-se como exercício o caso da determin2':'?o da
velocidade média de urrl ~scoamento turbulento, nas mesmas condições de 3::::cção
transversal do escoamento laminar, mas cujo perfil de velocidades é dado por:

1
r N
v ( r ) = Vmáx' ( 1 - R ) ~ -N > 1
Capítulo 5: Fluidocinemática
58

A resposta esperada é:

2
V = 2.N .Vmáx
(2.N + l).{N + 1)

5.4 Equacionamento básico da grandeza genérica N, pertencente ao sistema


em escoamento, na forma integral, para um volume de controle

Os objetivos deste estudo são:

I) estudar o escoamento de um volume de fluido ao longo do tempo;


. 11) estudar a taxa de variação de uma certa grandeza N do sistema de controle
ao longo do escoamento do volume de fluido;

Os motivos deste estudo são:

I) equacionar o sistema de controle é mais trabalhoso do que;equacionar o


volume de fluido, pois, para equacionar o sistema é preciso identificar e seguir
a mesma massa de fluido em todos os instantes de tempo;
11) interessa-se, sobretudo, nos efeitos do movimento da massa. fluida sobre..
algum dispositivo ou estrutura; .

Algumas definições:

I) Superfície de controle (SC): superfície onde, em seu interior, se escoa a


massa fluida;
11) Volume de controle (VC): volume de massa fluida em escoamento, tendo
como fronteira espacial a superfície de controle; . _"'
11I) Sistema de ccr.trole: a reunião dos conceitos anteriores.

5.4.1 Dedução da equação geral da taxa de variação da grandeza N

Seja a figo5.11, onde encontra-se a massa fluida, nos instantes te t + Llt:


. - --..

-- .-.--
Capitulo 5: Fluidocinemática 59

Sub.rll<;Jlãa (1)
dD rogl~o I

,
'-< V(,)/urno do conlroJa

(lI) ~lante.l" (b) Instante, I" + ~

Fig. 5.11: Deslocamento da massa fluida ao longo do tempo

Nota-se que a massa fluida,- ao deslocar-se de t a t + L1t, sofre um


deslocamento que a divide em três sub-regiões distintas: /, /I e 11I.
O objetivo é determinar a taxa de variação da grandeza Llanérica N ao longo
das regiões /, /I e /lI, ou seja: .

. dN ) sistema
Princípio: o deslocamento da massa fluida deve ser analisado sobre dois aspectos:
o estudo dos fenõmenos envolvidos no seu deslocamento no início e no fim de seu
translado (sub-regiões I e 111)e no meio de seu deslocamento (sub-região 11).A soma
total destes fenômenos resulta na variação total da grandeza N ao longo do
escoamento da massa fluída, o que resulta: .'-~
. .

dN
dt ) sistema = sef1]PVOdÃ+~ at [ veJ17PdVOZ
]

Significado físico da equação geral:

dN
--;-
UI j
. sistema
: ; taxa de variação total de qualquer proprit'.i11.:teextensiva art~trária do sis!~ma

fTlPV dà ~vazão líquida em massa, da propriedade extensiva N, saindo da superfície de controle


se
O

a~r JTlP~VOll= taxa de variação com o tempo da propriedade extensiva N, dentro do volume de contI
O.Lve I
Capítulo 5: Fluidocinemática 60

Onde: 17 = é a propriedade intensiva correspondente a N --'? 17 = N por unidade de


massa.

5.4.2 Casos particulares do equacionamento básico para o volume de controle

Três são os casos mais importantes da aplicação da equação geral da


grandeza N, a saber:

I) Equação da Continuidade:

Fazendo-se:

N = ms ~ massa total do sistema

17=1

Tem-se que:
dm --'? -7 a

~
s = xJp.vo d A+-at~ fp.dV01
Como a massa total de conserva tem-se que a equação acima deve ser igual
a O.Assim: .

--'? ~ 8
se
fp.v o d A = --
8t ve
fp.dVo!

Princípio da Continuidade (de acordo com o Or. Hunter..Rouse,da


l:..Iniversidadedo lowa, USA): .

HA menos que se tenha contração ou compressão do volume no interior


de um tubo de corrente, a vazão líquida de fluido que passa por ele é a
soma das vazões da entrada e da saídà do mesmo.11
..,~, r.'r"""':"""".A'~"'''' ~... '. I'

Hunter Rouse, cientista norte americano, diretor do Instituto de Pesquisas de


Hidráulica da Universidade do lowa, in memorian
.. .-..-.. . ' . --- .

-. ___o
_._.__.__. . , -.- .
Cacitulo 5: Fluidocinemálica 61

-
Em resumo, considerando-se um EPI (escoamento permanente e
incompressível) tem-se que:
~ ~

fp.Vod A =O ~ Pl.Vi.Al
se
1/) Equação da Quantidade de Movimento:

Fazendo-se:

N = P = m. v -)o quantidade de movimento

T/=v

Tem-se que:
~

dp ~ ~ ~ ~ à ~

-
dt
= F R = IV .p.Vo d A+-àt vcIv.p.dVo1
- - n--SC ~-h - - _

Num EPI tem-se que:

~ ~ ~ ~

FR = fV.p.vodA
se -~
~.' ;

1/1) Primeira Lei da Termodinâmica aplicad:: á i./m Volume de Controle:

Fazendo-se:

N =E = Q - W -)o energia total

'1= e -)oenergia total por unidade de massa

Tem-se que:

-7 ~ a
= dQ J e.p.dVo1
dE
dt dt = se
dt _ dW fe.p.v.d A+ at vc
Num EPI tem-se que:-
.-. .. _._n_ ...._ " '. '. '- - ~. '- _.---.-

Capítulo 5: Fluidocinemática 62

dE ~ ~

dt Je.p.V.dA
se
Este assunto em particular será melhor tratado no capítulo 7 desta apostila.
Não perca!

5.5 Equação de Bernoulli para um EPI sem atrito

Em homenagem a Daniel Bernoulli, cientista holandês.


. __ , ~.. . .'_ _ ., 1M_oI~_..:.-::_~._.:I.
.

Três são as formas de energia de um sistema fluidodinâmico sem atrito, a


saber: .-~

I) Ene gia de pressão por unidade de massa:

P
E pressão = p

fi) Energia Cinéticapor unidade de massa:

v2
Ecinética= 2
11/) Energia potencial gravitacional por unidadt::: de massa:

E potencla. z
==
g .z
Fazendo-se o balanço energético do sistema tem-se que:
.._~ . .-...

n__... - ----
Capitulo 5: Fluidocinemática 63

E pressao- + E cmetzca
. ,. + E potencza. I = cons tan te
Assim, somando-se os termos anteriores tem-se a Equação de Bernoulli para EPI
sem atrito:

v2
p + - + g.Z = constante
p 2

Que pode ser escrita, ainda, da seguinte forma:

P V2
-+-+z = constante
r 2.g - g
Para dois pontos de um sistema de escoamento tem-se que:

5.5.1 Aplicações da equação de Bernoulli para um EPI sem atrito -


instrumentos de medição de velocidade local e vazão volumétrica

As aplicações da equação de Bernoulli são diversas. Nos exercícios que


acompanham esta apostila estão muitas aplicações destã equação. Aqui se
resumem-<=! :...enas as aplicações instrumentais.

I) Tubo de Pitot: em homenagem a Henri Pitot, cientista francês (1695 - 1771). o


tubo de Pitot é um medidor de velocidade local (no ponto de interesse). Sua
construção mais simples é baseada na figo 5.12.

.h
tuho

fiuicio V ~,

figo 5.12: tubo de Pitot simples

Mas o tubo de Pitot sofreu aperfeiçoamentos ao longo do tempo e pode ser


construído pela forma dada na figo 5.13.
Capitulo 5: Fluidocinemática
64

2
1

~~ I " .: I'

.f
~

Fig. 5.13: tubo de Pitot para escoamentos unidimensionais

...~tualmen,J!3, 1J:~",.tLJQ9_s
de Pitot para as mais diversas aplicações, em
escoarfYéntos bi e tridim'énsionais, inclusive para medições de velocidade relativa em
aviões a jato, conforme ilustrado pelas figs. 5.14 e 5.15.

. .-- --

JG
I""~.... .'. .:.:.. '1..
'.-- ~
(' j~
..."10
. r+..
\.-.;~.
~_~:;-:,'';'.-",.
.. . ' .N'-'
... . .' ~ I \ I

J
~. .. $~ ".,-", t

d'-':" "--
. ,.._~
Fig. 5.14: tubo de Pitot em uso

i.".,,,, p.~.r;T*t ,.".,-, .s:. '"!O" ,I' ..,J~" "'-'$.r",,,,, C" L" _U''':;.25_ O," =:
''''''.wJ'A,toJlO.:!;Ift/>(j:",.,ler -.I.Jccn !tS~~tr. dnt1 '::;'" '''S~' '''!:s

Fig. 5.15: tubo de Pitot usado num MIG - 29A


No ponto 1 da figo 5.13 tem-se o ponto de estagnação da velocidade do fluido
(V1 = O), mas a pressão do fluido neste ponto não é nula. Porém, no ponto 2, a
velocidade V2 e a pressão não são nulas, podendo o tubo medir a velocidade local,
pois a distância entre os pontos é muito pequena (Z1==Z2).
-~... .'--..

- __0__._-
Capítulo 5: Fluidocinemática 65

Aplicando a equação de Bernoulli entre os pontos 1 e 2 do tubo de Pitot tem-


se que: '

Na realidade, há de se fazer uma correção na velocidade real medida pelo


tubo, pois na prática há fatores que na teoria não se levam em consideração.
Portanto, define-se a relação entre a velocidade real e a teórica como sendo o
coeficiente de velocidade Cv:

V,eal

v;

Assim, a velocidade real que o tubo mede é dada por:

v
real -- CV 'J:"
-- _. . -- --- - -
P
~2.f1n

11)Placa de orifício (ou diafragma): a placa de orifício é um dispositivo que mede a


vazão em condutos forçados (fechados) e constitui-se, na sua forma mais simples,
de uma placa circular com um orificio em seu centro, dada na figo5.16.
placa de orificio
..
ftange ~ /
fluido 2 ,..
) fluido

LW
')

'7

~ flange
Fig. 5.16: placa de oiificio concêntrica

o fato da existência do orifício no seu centro força o fluido a se contrair (vena


contracta) para passar pelo orifício. Desta forma, a contração provoca, entre os
pontos' 1 e 2 da figo 5.16, uma diferença de pressão mensurável através de
manômetros.
Capítulo 5: Fluidocínemática 66

Aplicando a equação de Bemoulli entre os pontos 1 e 2 da figura 5.16 tem-se:

V2(real) = Cv ~ 2'~P

A relação entre as áreas do tubo e a ár~a contraída dá-se o nome de


coeficiente de contração Cc:
Cv = -V~
V1..

Assim, considerando-se a vazão- na seção 2 tem-se que:

.,.;
. :
, CQA!(bo.J2.f1P .
.. P" .,

onde:

A figo 5.17 ilustra uma série de placas de orifício utilizadas para medir vazões
em tubulações.
. ----..-.

-- . .- -- __o -.-.-.--.-
Capítulo 5: Fluidocinemática
67 .

111) Tubo de Venturi: em homenagem a Giovanni Batista Venturi, cientista italiano.


,

... ..; " :': -:.:......--.

Giovanni Battista Venturi (1746 -1822)

É um dispositivo que também mede vazão em condutos forçados, dado no


modelo da figo5.18. .,

- -- ...

'J
..!!.UI~ ,,1
r-v- _ _ _ ------

Fig. 5.18: tubo de Venturi


...

Devido à contração da seção; o tubo de Venturi provoca o mesmo efeito do


que a placa de üri"i,do, porém sÚa precisão é bem. rnaior. Mas apresenta a
desvantagem de ser mais caro que a placa, pela sua cOii:;trução ser mais onerosa.
Em compensação, apresenta uma perda de energia menor do que a placa, por
contrair a seção de uma forma mais suave.
Aplicando a equação de Bernoulli entre os. pontos 1 e 2 da figura 5.18 e
aplicando o conceito de vazão real tem-se que, pelo tubo de Venturi:

A figo5.19 ilustra um tubo de Venturi típico.


--- ..--_..__.
Cag.ítulo 5: FJuidocinemática 68

Uma aplicação- muito conhecida do tubo de Venturi é no carburador do


automóvel, para regular a mistura ar - combustível no interior do mesmo, conforme
ilustra fig 5.20. .

Fig. 5.20: utilização do tubo de Venturi no carbur_ador

A figo5.21 mostra uma comparação sntre estes medidores.

Tipo de J\ledidor Diagrama Perda de Carga Custo

Orifício Alta Baixo

Bocal Intermcdiária Intcrm~diáriu

Vcnturi Baixa Alto

Fig. 5.21: comparação entre medidores deprimogêneos de vazão em tubos


---.-.-..

Capitulo 5: Fluido~inemática
69

5.6 Linhas de Energia

Seja um sistema fluidodinâmico onde há um EPI sem atrito entre dois pontos
A e B quaisquer, tal que:

Cada parcela da equação de Bernoulli pode ser representada por uma linha
imaginária, denominada LINHA DE ENERGIA MECÂNICA ou DE CARGA ilustrada
na figo 5.22.

,'f\ ;K linha de enegia cinética


I I
V2 I I
~I
'\1,2
29 I I~
: 29
I

~ .v

, linha piezométrica
I I I
~ I ~- I~
I, I
zA'I
I
~ IZ
linha de posição
I B
~
A datum B
Fig. 5.22: linhas de energia ...

Nota-se que, embora as parceiac- ,_'ossuam valore~ riiferentes, a som~ tot31


destas resulta num único valor, pois, dt:; acordo com a equação Bernoulli, é:I~ )ma
destas parcelas, em qualquer ponto do escoamento, deve ser constante. Por isto, a
linha resultante de energia deve ser paralela ao datum (também denominado PHR,
plano horizontal de referência).
Assim sendo, se a linha resultante de energia não resultar paralela ao datum
mas, sim, inclinada com relação ao mesmo, a diferença entre a linha paralela ao
datum e a linha resultante de energia resultará na variação de energia mecânica
entre os pontos A e B estudados, variação esta denominada PERDA DE ENERGIA
MECÃNICA ou DE CARGA. Neste caso, portanto, como a linha resultante de
enefgia é paraleiaao datum a perda de carga é nula.
No estudo dos fluidos reais (escoamentos com atrito) a perda de carga será
de fundamental importância no projeto e correto dimensionamento de sistemas
fluidodinâmicos muito utilizados na Engenharia, assunto este que será melhor
tratado no capítulo 6. Não perca!
. .
_._. -".-"'--" '--.

. - - ._----
Capitulo 5: Fluidocinemática
70

5.7 Medição de vazão utilizando orifícios (Foronomia)

5.7.1 Orifício - definição


É uma abertura ou perfuração por onde se escoam líquidos, tendo as seguintes
características:
.......

a) o orifíciotem forma'geométrica definida;


b) o perímetro é fechado;
c) a abertura está situada na parede de um reservatório, tanque, canal ou
encanamento;
d) a abertura está abaixoda superfícielivredo líquido;
e) em geral, o recipiénte é alimentado de maneira contínua, tal que o nível de
líquidopermal')eçaconstante.Em certos casos o nível é variável;

5.7.2 Classificação dos orifícios

I) . . Quanto à.forma geométrica.: circulares, retangulares, triangulares, etc.

11) Quantos às dimensões relativas: pequenos ou grandes;

111) Quanto às condições das bordas (extremidades da supertície): em parede


delgada e em parede espessa;

Nas figs. 5.23 e 5.24 são ilustrados a seção transversal de dois orifícios e
suas características geométricas numa determinada situação.

----------.---------

Fig. 5.23: seção transversal de orifícios típicos


-........-.-. "" --_. _"__. ." _ . ",.'_..' _. '_. '''h

_ _. .. H _ _.

Capítulo 5: Fluidocinemática 71

S.L. ~---_.

_1-- - - - - Id

Fig. 5.24: posicionamento do orifício e dimensões principais na parede de um tanque

Os orifícios são denominados pequenos quando a medida d na figura é muito


mencr que a profundidade onde se encontram. Na prática, adota-se que:
d ~ h/3

Do contrário, temos um orifício de grandes dimensões.

Na prática, se: e < d ~ orifício de parede delgada ou de borda viva


e ~ d ~ orifício de parede espessa

No estudo de Foronomia em FT considera-se apenas os orifícios de parede


delgada.

5.7..3 Medição de vazão através de orifícios de parede delga0~

Seja um orifício de parede delgada conforme a figo 5.25.

l ~2.~
-'- '0~

Fig. 5.25: orifício de parede delgada


_. _a__ _________ _. ---..---.-

CaQitulo 5: Fluidocinemática 72.

Analisando os pontos 1 é 2 tem-se:

Em 1: velocidade é muito menor que em 2 -7 a área em 1 é muito maior que a área


em 2 (grandes reservatórios).
A pressão absoluta é a atmosférica,logo a efetivaé nula.
Em 2: o líquido sofre o fenômeno denominado "vem: contracta", isto é:
rtSP .
AJ = Cc . Ao""'~
'
Onde: Cc= coeficiente de contração de área
A pressão também é a atmosférica, mas o líquido sai em jato livre (isto é, a
pressão efetiva no ponfo é nula).

Assim, aplicando a equação de Bernoulli entre 1 e 2 tem-se que:

V2 = ~2.g.h
"

Mas a velocidade dada pela equação acima é a teórica que precisa ser
corrigida
- ..
por um fator Cvdenominado coeficiente de velocidade, dado por:

Como a vazão em volume é dada por:

Q = Vreal . AJ
C-".V2. Cc, Aq
Tem-se que: C-Q, Ao.\j2-

Q = Cv .Cc .Aorificio.~2.g.h
Define-secoeficiente de vazão do orifício CQ como sendo:

CQ= Cv. Cc

F;nalmente tem-se a equação da va::ão do orifício:


.- . ... ..-. o. .__

.--..

CaDítulo 5: Fluidocinemática 73

5.7.4 Medição de vazão através de orifícios retangulares de grandes


dimensões de parede delgada

Seja um orifício retangular de grandes dimensões de parede delgada


conforme figo 5.26.

"

S.L.
.~
5'. - -,1- - -~- - - - . 1.';;

h1
h2 Ih
- - - - ---------

--------- b

----------- ------..

Fig. 5.26: orifício de parede delgada e de grandes dimensões

Define-se o elemento de área dA para este caso:

dA = b . dh .'i .. ~

Define-se o elemento de vazão dQ para este caso:

.-...

Integrando dQ de h .-Üéh2 tem-se que:

5.7.5 Relação entre a altura h do tanque e as coordenadas de um ponto P(x,y)


da trajetória do jato de saída do orifício

Sej2 ~m ponto P(x,y) pertencente à trajetória do jato de saída do orifício


conforme a figo 5.27. .
'- .---.-------.-.... __. .0_-

CaQ.itulo 5: Fluidocinemática 74

Fig. 5.27: trajetória do jato de saída de um orifício

Aplicando conceitos da Cinemática e de contração do jato tem-se que:

.--.--..------

5.8 Medição de vazão em canais abertos através de vertedores

5.8.1 Canal aberto - definição


o canal aberto difere-se do canal fechado (ou conduto forçado) por possuir
seu perímetro aberto, tendo como referência direta a pressão atmosférica. Exemplos
de canais abertos: rios, córregos, canaletas, calhas para águas-pluviais, etc.

5.8.2 Vertedor - definição


É um orifício incompleto, pois possui perímetro aberto. Localiza-se na parte
superior de reservatórios, canais, etc. Sua função, neste caso, é medir a vazão em
canais abertos, podendo ser utilizados para controle do nível de reservatórios em
usinas hidrelétricas.

5.8.3 Classificação dos vertedoras


Os vertedores classificam-se em:

I) simples: retangular, triangular, trapezoidal, circular, parabólico, etc.

11) compostos: reunião das formas apresentadas anteriormente.


CaQítulo 5: Fluidocinemática 75

A figo 5.28 mostra um vertedor retangular e suas características principais.

End View
.., '.'
..J>!t...
.'V....

t-- b -;.j
I:
I. B J

Fig. 5.28: vertedor retangular com contrações laterais

Onde: b = crista ou soleira


B = largura do vertedor
h = carga do vertedor
P = profundidade do vertedor

. .' Nota-se qÚe, pela figo 5.28, o líquido deve se contrair para passar pela
abertura do vertedor:-PÔristo, se houver uma única contração em sua abertura, o
vertedor é denominado vertedor com contração lateral. Se não houver a contração, o
vertedor é denominado vertedor sem contração lateral, sendo que, neste caso: b =
B.

5.S.lI- Medição de vazão através de vertedores retangulares sem contração


lateral

Considerando um vertedor retangular sem contração lateral como um orifício


de grandes dimensões onde h1 = O(ítem 5.7.4) tem-se que:
._!'<
2
Q -= - .CQ .b.~/-.. h],5
. .0-

3)

5.8.5 Medição de vazão através de vertedores triangulares

Analogamente aos vertedores retangulares, o triangular pode ser ilustrado


pela figo5.29.

End View

Fig. 5.29: vertedor triangular típico


. - .-- ... ..

'..-

Capítulo 5: Fluidocinemática 76

Seja um vertedor triangular conforme figo5.30.

Fig. 5.30:vertedor triangular

Onde: b' = largura genérica de uma faixa elementar


z = profundidade dessa faixa
dz = altura da referida faixa
h = carga do vertedof, correspondente à altura do triângulo
b = base do triângulo, relativa à altura h

. Aplfcando--se-semeW,"ança de triângulos na figo 5.30 e o conceito de vazão em


volume tem-se que:

..
No caso de a = 90° (b = 2.h) tem-se que:

Adotando-se um valor típico para:

CQ = 0,60'& ~ 9 =9,81 m/s2


Tem-se que:

Q ==1,427.h2,5
.-.-.....-.. .. ..-------...._.

Capítulo 6: Escoamentos viscosos em tubulações 77


"

Capítulo 6 ."

Escoamentos visco$oS em tubulações


6.1 Experiência de Reynolds

Em homenagem a Osborne Reynolds, cientista irlandês.

Osborne Reynolds (1842 - 1912)

Na figo 6.1 (a) mostra-se o aparato experimental projetado por Re}'rlOlds, que,
na década de 1880, utilizou numa experiência por ele realizada.

L_____.-_ L:ui,in:lt

Tubo [)
\
''-....
Q - \'..1 " --- .

lk-:al <k aJiIllC'1lll1.,ào com


\';lrilÇào de árc~ suave Turhlllc'1lln
c pareó<: liS3
:..~ :;~S:~
~ w
Fig. 6.1: experiência de Reynolds: (a) aparato (b) resultados
... _n .____..

..- ___o ~___.____.._.____._...


Capitulo 6: Escoamentos viscosos em tubulacões 78

Objetivo da experiência: estudar a relação entre as forças que agem num


escoamento de fluidos, a saber: forças de inércia (m~~'{iment~
da massa fluida) e de
viscosidade (ação das tensões de cisalhamE?nto).

Funcionamento do aparato: um corante apropriado (que não influencia na de;i


da água) é inserido lentamente na corrente fluida, fazendo-se com que o conJ'Úrlluu\..
partículas fluidas que pa$sa~ pela agulha injetora do corante se tornem visíveis.
fornecendo-se uma idéia ma'fs clara dâ trajetória das mesmas.

Observações feitas por Reynolds na sua experiência: em velocidades baixas, o filete


visível de partículas fluidas formava um único filamento ao longo do tubo,
caracteristica de escoamento Iaminar (filetes formando "lâminas" paralelas)
demonstrado na figo 6~1(b). À medida que a velocidade aumentava, o filete tornava-
se mais ondulado" até quase desaparecer no meio da corrente fluida. Neste caso, as
partículas fluidas formam pequenos "turbilhões" (vórtices) ao longo da tubulação,
fazendo-se com que sua trajetória se torne caótica (indefinida), característica de
escoamento turbulento, demonstrado' na figo 6.1(b). Entre os escoamentos laminar
e turbulento, ocorria um fenômeno onde as flutuações dos dados experimentais
eram mais acentuadas, chamada zona de transição, conforme ilustrada na figo
6.1(b).' " ",

Ao relacionar as forças que agem no escoamento, Reynoldsdeduziu um


parâmetro adimensional dado por:
.'. . 4.__._._._.____.

Re y == N Re == N R -- Re-_ p.V.L
J.l-

Parâmetro este mundialmente conhecido como NÚMERO DE REYNOLDS,


onde:
p = massa específica do fluido ,_!-<
V = velocidade média do escoamento
L = dimensão caracmrística da superfície de controle (SC)
J1 = viscosidade dinámica do fluido escoante

Sabendo-se que:

onde: v = viscosidade cinemática do fluido escoante, o Número de Reynolds também


pode ser dôdo por:

... :...
Rey == V.L
V

A dimensão característica L depende da se utilizada como parâmetro de


estudo e, de uma forma geral, pode ser dada por:

.'!J"...I)....
. -_._. __." ___o o'.'_ _.__'~_'...._

Capítulo 6: Escoamentos viscosos em tubulacões


79

onde: Am =área molhadada se =superfície na qual o fluido escoará totalmente


Pm =perímetro molhado = perímetro efetivo da SC por onde escoará o fluido

No caso de tubos circulares tem-.se que:

TC.D2
4
-> Pm = n.D ~ L =D
No caso de tubos retangulares de altura h e base b tem-se que:

Am = b.h -> Pm = 2.(b + h) -> L = 2.b.h


b+h

Como a maioria dos estudos em FT serão feitos em tubos circulares, pode-se


escrever o Número de Reynolds da s~guinte forma:

V.D 4.p.Q 4.Q


Rey = p.V.D
J1 v Te.D.J1 Te.D .V
..
..-'

6.2 Classificação do escoamento em tubulaç5es pelo Número de Reynolds

Pela sua experiência, Reynolds ainda concluiu que, independentemente do:


parâmetros do escoamento (velocidade, massa específica, diâmetro, viscosidade)
desde que relacionados pela equação acima, o escoamento do fluido em
tubulações poderia ser classificado conforme a faixa de Rey ao qual está inserido,
isto é: '.

Rey < 2300 (alguns autores adotam 3000): escoamento LAMINAR.

Rey> 4000 (alguns autores adotam 40000): escoamento TURBULENTO.

2300 < Rey < 4000: ZONA DE TRANSIÇÃO

4000 < Rey < 105: escoamento TURBULENTO LISO.

105 < Rey <.106: escoamento TURBULENTO MISTO

Rey> 106: escoamento TURBULENTO RUGOSO.


_.-.. - - .- - -- .

0 .._ _. __. ___


Capitulo 6: Escoamentos viscosos em tubulações 80

o Número de Reynolds nao tem como função apenas a de classificar o


escoamento. Pode-se afirmar com certeza que praticamente tudo o que está
relacionado com escoamento tem seu estudo em função de Rey, desde a calibração
de instrumentos até o estudo de modelos reduzidos de barragens, eclusas,
comportas e, juntamente com os Números de Froude e de Mach, em estudos de
modelos reduzidos de aviões, automóveis etc.

6.3 Perda de carga

6.3.1 Definição

Define-se perdá de carga como sendo a conversão irreversível de energia


mecânica ao longo do escoamento em duas formas de energia: energia térmica
indesejada mais a perda de energia através da transferência de calor ao longo do
escoamento.
Se o escoamento fosse admitido como sem atrito, a velocidade numa seção
seria uniforme e a equação de Bernoulli para escoamento ideal preveria perda de
carga nula. . . .
. Portanto, .como no estudo de um fluido real o atrito é relevante, deve...,se
completar a eq. de Bernoulli com o termo de perda de carga, que se deriominàrá a
equação de Bernoulli para escoamento real, dada por:
o u_ .__ _ ._0.0__._____

Onde: ht = perda de carga total entre os pontos de estudo.

Unidades:
No SI: [hJ = m21s2

No SIG: [hJ = &152

Outra forma. de escrever a eq~ação de Bernoulli para escoamento real é:

Unidade~:

No SI: [HJ =m
No SIG: [HJ = ft

O futuro e"ngenheiro deve ter percebido que esta última forma de escrever a
eq. de Bernoulli para escoamento real é bem mais prática que a anterior.
--
-

Capítulo 6: Escoamentos viscosos em tubulacões Fi1

6.3.1.1 Perda de Carga Distribuída (hl)


... a." .

É devida à ação das tensões de cisalhamento "ao longo da tubulação e é


função das seguintes grandezas: velocidade média V do fluido escoante, massa
específica p do fluido escoante, comprimento L dá tubulação (ou do trecho
considerado), viscosidade dinâmica J.ldo fluido escoante, diâmetro D da tubulação e
rug"osidade e do material do tubo. Relacio.nardo-se dimensionalmente estas
grandezas pode-se escrever a perda de carga distribuída pela equação:

h, = f.~.D V22

Onde: f =fator de atrito da tubulação que, por sua vez, é função de elD (rugosidade
relativa da tubulação) e de Rey. Os dados da rugosidade e encontram-se no
apêndice D.

. .. . Heriry Darcy,"Cientistafra.ncês,dtomou. um tubo horizontal de diâmetro'


constante e mediu o fator de atrito'f. neste tubo. Suas experiências foram
confirmadas posteriormente por Julius Lugwig Weisbach, cientista alemão. A
equação do valor de f, determinada por estes cientistas, é conhecida como a
equação de Darcy-Weísbach, dada por:'

2.D.iJp
f 2
p.L.V
.-~

Henry Darcy (1803 -1858)

...'1....
0.._'__.'__0.___ ~ : .---.

Capitulo 6: Escoamentos viscbsos em tubulacões 82

-.

. .'.. . ..0' . . ..,:..,. o ' .

Julius Lugwig Weisbach (1806 -1871)

No início do século XX o cientista alemão Johann Nikuradse (1894 -1979)


realizou experiências sobre a relação entre f e Rey com tubos e simulou a perda de
carga em seu interior utilizando grãos de areia colados delicadamente nas paredes
dos mesmos, com uma cola especial. Os grãos de areia eram selecionados com
," máxima precisão, o que levou a Nikuradse a ter alto conhecimento em
,granulometria. Seus'~studos" forma co~relaeionadosem' diagramas, denominados
ábacos de Nikuradse, ilu'strados na figo6.2.

.
0,10
0,09
0,08
0,07
D-,2,412em...... D-4,82em t 1
0,06 :i5-Jõ
0,05
"- D-4,a7 e D-964 em
I 1
,'>..
\' ......... !.-' "D-2,434 em I
L...:.r'1f'1
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75- 61,2
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0,02
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E
-
[j 504
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1\ "'-.,' -99, 4em


[j- 1.014

0,01
10.
R--\'Dp
I!
Fig. 6.2: ábacos de Nikuradse

Conjuntamente, Lewis F. Moody, cientista norte americano (188C - 1953),


utilizandotubos comerciais, levantou dados da correlaçãode f e Rey, mostrando-os
num diagrama que leva seu nome, o diagrama de Moody, ilustradonafigo6.3.
.. . .-- . ..~~_.,.-',-.. . .
-

CaDitulo 6: Escoamentos viscosos em tubulacões 83

0,1 Til I
I I TIII
0,09 Zo I I I I
0,08 ' Joae- tran i
'I . '''' 10 (
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0.07 :am 0,05
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I t- 0,00005
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I I
0,008 , . I
2 J 4 5 6 B 10' 2 3 4 56 B 10~ 2 3 4 5 6 B 106

Número da Reynoids, R~.. pVD


11

Fig. 6.S: Diagrama de Moody

Para se obter o valor de f (eixo vertical esquerdo), toma-se o valor de e/D


(eixo vertical direito) e determina-se a curva de e/D empírica (se esta curva já existir
no gráfico, utiliza-se a existente). Após isto, toma-se o valor de Rey (eixo horizontal)
e sobe-se verticalmente até a curva de e/Do Ao encontrar-se a curva de e/D, dirige-
se até o eixo vertical esquerdo de f. Se o escoamento for lalJ;linar, não há a
necessidade do valor de e/D, pois a reta do escoamento laminar encontra-se no lado
esquerdo do gráfico, antes do valor de qey igual a 2300.
A figo 6.4 ilustra a metodologia ~upra descrita.

. TURBULENTO
"'~'[~~\) ' ~
,,>:'. ,.: -,':. >::.::I N'
A
D
E

f tu'~ul'nto

R.y
Rey turbulento

Rey= 2300 R'y. 4000


Fig. 6.4: diagrama,de Moody -descrição
"......
de utilização
_.~" .
J __~~_
, ..-.
--- ,'_ - .; , ,. "'0 ~ .. '-

"" -'-'.-

Capítulo6: Escoamentos viscosos em tubulações 84 .

Alguns cientistas deduziram algumas equações que:' computa ciona 1mente,


abrangem a maioria das situações práticas. São:

I) Escoamento laminar: o valor de f para este escoamento não depende de


e/D e pode ser calculado por:

. , 64
f = Re y
11)Eq. de Blasius: Paul R. H. Blasius, cientista alemão (1883 - 1970)
correlacionou os dados dos outros cientistas e determinou que, numa faixa de
Rey da ordem de 4000 < Rey < 105 e somente para tubos lisos (e = O) o
valor de f poderia ser calculado por:

f = -0,3164
Re y 0,25

111)Eq. de' Colebtook: em homenagem a Cyril Frank COlebrook, cientista


galês:

'"

. . .

Cyril Frank Colebrook (1910 - 1997)


Colebrook propôs a utilização, por meio dos cálculos dos coeficientes de
resistência ao fluxo, uma dependência linear entre Rey e elO. Esta proposta é
fundamentada nas observações de Prandtl e Nikuradse. A equação de Colebrook é
largamente utilizada no mundo inteiro~com diferentes denominações:

o futuro engenheiro deve ter percebido que a eq. de Colebrook é uma


equação transcendente, isto é, para ser resolvida é necessário cálculo iterativo (CN).
' '. ..."-." ...~- '--'.
-

Capítulo 6: Escoamentos viscosos em tubulações "85


- -

Mas, R. W. Miller, um estudioso dos trabalhos de Colebrook, sugeriu que, se a


1a iteração fosse calculada por sua equação, o valor de f po,r-Colebrookteria um erro
de cálculo da ordem de 1%, erro mais do que aceito em todas as aplicações práticas
vistas aqui em FT.
Portanto, para se utilizar a equação de Colebrook (a menos que um
computador ou calculadora programável o faça) d€ve-se calcular a 1a iteração de
Colebrook pela equação de Mil/e r, dada por:

-2

10 = O,25.lOg el D + 5,74
[ ( 3,7 Re yO.9 J]

6.3.1.2 Perda de carga localizada (hs)

É devida à perda de energia em dispositivos (bombas, turbinas, reatores) e


conexões (curvas, cotovelos, tês, válvulas, placas de orifícios, etc) instalados ao
longo da tubulação. '

A equação que determina o valor de hs é dada por: .

Onde: K = coeficiente de perda de carga iGcalizada da conexão C?Udispositivo

O valor de K é tabelado e dado pelo fabricante do dispositivo (ou conexão)


para uma dada situação. Em geral, pode-se adotar os seguintes valores práticos:

cotovelos de 90° : k = 0,9 ~ bombas (ou turbi~~..s): k = 1

Pode-se substituir a perda de carga localizada po:- uma perda distribuída de


comprimento Leq que, como o próprio nome diz, é equi'Jalente à perda localizada no
ponto. O valor de Leq é denominado comprimento equivalente da conexão (ou
dispositivo) e é determinado igualando-se a perda de carga distribuída com a
localizada no tubo ao qual está conectado, isto é:

L eq V 2 -
-- V2
-
f . . -. K
D 2 " 2
Assim:

K.D
f
Obs.: deve-se tomar muito cuidado com, o valor de V nas conexões. Para
todos os efeitos, adota-se como valor de V à ;usante da conexão (após a mesma).
:. ; : : --:..-~ ~-.-

- ..~__o- - __.___.___.__ -.-..


Capítulo 6: Escoamentos-viscosos em tubulacões 86

6.3.2 Perda de carga total

Finalmente, somando-se as perdas de carga distribuída e localizada


tem-se a perda de carga total, isto é:

Utilizando-se o conceito de comprimento equivalente, a perda de carga


total pode ainda ser escrita como sendo:

Onde Leqé a soma de todos os comprimentos equivalente de todas as


conexões do trecho considerado.

6.3.3 Considerações finais sobre a perda de carga

O futuro engenheiro deve ter percebido que a perda de carga é algo


que deve ser minimizado ao máximo possível, para que o sistem::l de escoamento'
tenha o maior rendimento possível. .

Minimizar a perda de carga não é uma tarda tão simples assim. A


priori, pelas equações a'presentadas, o futuro engenheiro deve ter percebido
também que, para diminuir a perda de carga é necessário escolher tubos com
diâmetros grandes ou escolher tubos lisos ou trechos de tubulações mais curtos ou
sistemas com baixas vazões.
É justamente estas considerações que devem -~er levadas para os
projRtos de tubulações e, mais ainda, tentar minimizar os custOf\ relevantes do
projt-~'~~,
bem como atingir a maior relação custo-benefício do mes, 1,J.
Está lançado o desafio para quem quiser ser um bom profissional nesta
área.
-

Capitulo 7: Primeira Lei da Termodinãmica aplicada a um volumede controle 87

.Capítulo 7 o .0"

Primeira Lei da Termodinâmica


aplicada ti um volume de controle

7.1 Balanço energétiço em um sistema de controle

Seja o sistema demonstrado na figo7.1:

sistema

E
/W

Fig. 7.1: sistema de controle genérico

Onde: E = energia interna total do sistema


W = trabalho exercido pelo sistema
Q = quantidade de calor introduzida no sistema . ._~

Pela PLT tA.i"'-se que:

dE == dQ _ dW
dt dt dt
Seja e a energia total por unidade de massa e definida como sendo:

v2
e == - + g .z + u
2 .

Onde: V2/2 = energia cinética por unidade de mas.sa -.


g.z = energia potencial por unidade de massa
u = energia intermolecular por unidade de massa

Lembrando que. para o volume de controle, tem-se:


..-----..-.--.. .~.-.-.. '" u.__: .... .. ..~ . -.-..--....

.-- -- ----------.---.--....

Capítulo 7: Primeira Lei da Tennodinâmica aplicada a um volume de controle


- 88.

dN - - a

"dt
::.~

se
fry.p.V o dA + -
at~
fry.p. d vo/

Pela PLT aplicada a um volume de controle tem-se que:

N=E
7]=e
Lembrando que num EPI:

~at vcfry.p.dVo{ == O

Então:

dQ _ dW == fe.p.Vo dÃ
dt dt se

W = W s+ V!r1(1rmal + Wcisalha~ento + WOlltros '.

s
. ~ ~\. . r' C'- ~:~~..: ~ I-

Onde: Ws = trabalho de eixo transferido para fora da SC (bombas e turbinas)


Wnormal= trabalho realizado por tensões normais na SC
Wcisalhamento = trabalho realizado por tensões de cisalhamento na SC
Woutros = trabalho realizado pela energia elétrica, eletromagnética, isto é,
outras formas de energiaque em FT não serãoconsideradas;pbrtanto: Woutros= O.

é dado pelas forças d~ iJiessão normal à SC, tem-se que:


Como Wnormal ;

p .

p dt
No caso de Wcisalhamento, tem-se que:

Wcisalhamento = .
JT
-oVd ..fl
/1

se
Como a SC, geralmente, é perpendicular ao vetor velocidade V, tem-se que:

Wcisalhamento = O
Capítulo 7: Primeira lei da Termodinãmica aplicada a um volume de controle 89

Assim a PLT, na forma resumida, é dada por:

dQ _ dWs == J V2 + g.Z +íl + p .P'V odÃ


dt dt se( 2 pJ
...~..e
Mas, se se passar o termo dQ/dto para o segundo membro aa equação
anterior, pode-se escrever que: '.

dQ == dm . dQ
dt dt dm
Define-se perda de carga ht como sendo:

ht ==-U _ dQ
dm
. . , " . .

Assim, para dois pÓntos dé{sistema de controle; ()n"dêe; ponto 1 é a entrâdae3" . 0'
o ponto 2 é a saída, tem-se que:
.. .. -. _...

dWs == _ dm . P2 - ~
dt dt [ p
Mas, lembrando que:

dm
-. p.Q
dt
Pode-se simplificara equação da PLT como sendo:

dWS'
Q.LJP
dt
Onde:

..; .
...
- ~-. - -- -- - .

a____.___.___
Capitulo.7: Primeira lei da Termodinãmica aplicada a um volume de controle 90

.~
...~ .
Isto- é, O termo dWs/dt é o produto de vazão em volume pela variação de
pressão total do sistema, o que dimen.sionalmente resulta:

Que é o símbolo dimensional da potência.


Em outras palavras, a potência de eixo do dispositivo (bomba ou turbina)
instalado no meio do escoamento é o produto da vazão em volume do sistema pela
variação de pressão total. Nesta variação de pressão total estão incluídas todas as
pressões possíveis do-sistema e, principalmente, a perda de pressão pela existência
da perda de carga.
No SI, a unidade de dWs/dt resulta:

[dWsldt] = N.m.s.1 = W -7 Watt

No SIG, a unidade de dWs/dt resulta:

[dWsldt] = Ibf.ft.s.1

Mas;-é-muito mais comum utilizar-se das unidades do sistema prático, isto é,


o CV (cavalo-vapor) e o HP (horse-power). .

Pelo modelo adotado para a aplicação da PLT (fig.7.1) convenciona-se que:


dWs/dt> O-7 turbina existente entre 1 e 2

dWs/dt < O-7 bomba existente entre 1 e 2


._~

dWs/dt =- O -7 nem bomba e nem turbina existEfnteentre 1 e 2

7.2 Caso particular de aplicação da PLT em sistemas de controle

Seja o sistema .simples de bombeamento ilustrado na f"ig,'7.2.

.'. --...-

0:.-.-_
~ -- ,-.. .~. . _. -.. --

Capitulo 7: Primeira.Lei da Termodinâmica aplicada a um volume de controle 91

......

"

........

.' :/.:.' ~~~r:::~'::::::~::::::'. .")~>.. .


. . ':'~""""""':":'~"~ Valllula de pe
<\::t "_" ..., "0' _..' ," ,.__ ~:::::.::::::::.~~::?::~?:.:::.?~
..<'i~':':~~>~,'-'
Fig. 7.2: sistema ~imples.de bombeamento

o sistema é formado por duas tubulações distintas, a saber: sucção (vai do


reservatório.'inferior ou poço até a .sC) e reca/que (vai da SC até o reservatório
superior"ou:caixa d'água)'. Os diâmetros destas tubulações podem ser ..diferentes
(geralmente DSUCÇão > Drecalque)ou iguais.
Neste sistema destacam-se os seguintes componentes:

I) Bomba centrífúga (BC): disposi~ivo que tem a função de retirar a água do


reservêJ9rio inferior (geralmente um poço) e enviá-Ia para o reservatório
superior (geralmente uma caixa d'água); seu princípio de funcionamento
baseia-se na aplicação da força centrífuga na água quando ela se
encontra dentro do impulsor, conforme figs. 7.3 e 7.4.

...
.. .... ..
Fig:'7.~.;. bomba centrífuga típica
..- -. -

- ._'._.~-
Capítulo 7: Primeira Lei da Termodinãmica aplicada a um volume de controle 92

.".".
. ,.
,'.,. ..' . .

Bomb~ ~Centrífu9él
Fig. 7.4: sistema em corte de uma SC

11) Motor de acionamento (motor): pode ser elétrico, de combustão interna


(gasolina, álcool) ou à explosão (diesel); também pode ser empregada
um<=!.turJ?in? a vapor no lugar do motor; sua função é mover o rotor da
bomba em regTme- permanente, para garantir o funcionamento da parte
hidráulica; no caso de um motor elétrico em regime CA a figo 7.5 o ilustra.

..

" ~

, .
~;:., .~>

i'o:;. ::.:a.
i.. ;..........

;';'lÉj""%;0~~f,~;;;. .
Fig. 7.5: motor
'" elétrico em CA

111) Cotovelo de 90°: geralmente é metálica mas, para algumas aplicações


em baixa potência hoje já existem em PVC rígido; na figo 7.6 ilustra-se
uma cotovelo em aço inox.
,
.
~
~
;

"
1
l
i
iiW9
Fig. 7.6: cotovelo de 90° em aço inox
.. - - - ---_._-

- .. -- -
Caoilulo 7: Prim~iralei da Termodinãmica aDlicada a um volume de controle 93

IV) Válvula de retenção: utilizada para controlar a energia de descarga no


recalque; geralmente é metálica e tem que ser fabricada com rígido
controle de qualidade (fig. 7.7).

Fig. 7.7: válvula de retenção

V) Registro de gaveta: utiiizado para controle da vazão do sistema; sua


fabricação também deve seguir o mesmo rigor da válvula de retenção (fig.
.: 7..8).,.:,~o.;;::.~~;;~:-;.-';,:.~,":.. o'.

a..
~
-, , S , ---
-o
u
vi
'"
'5
.=:
~
o
c
(I)
CJ\
~
~ ...
~
~ . -"
Fig. 7.8: registro de gaveta

VI) Válvula de crivo ou de pé: utilizada para controle da entrada da água na


sucção (fig. 7.9).

Fig. 7.9: válvula de crivo em aço inox


~ h .' _.""'" .a ___________..._._ - .. - .-

--- .- ~._..

. ,Çapítulo 7: Primeira -lei da Tennodinâmica aplicada a um volume de controle 94

Para o sistema da figo7.2 deve-se considerar que: ~ "


'.' '

a) os pontos 1 e 2 para aplicação .da.YL T serão, respectivamente, o nível de


água do reservatório inferior (onde P1 = Patm, em termos absolutos) e a saída
da tubulação de recalque no reservatório superior (onde Pz = Patm,também
em termos absolutos); . .
b) a ve.Joç,idade deu recalque Vz é muito maror que a velocidade do ponto 1
(prinCíp'jodos grandes reservatórios) de tal forma que, no te'(I'I-'Ode energia de
pressão cinética tem-se que:

2 2 2
p, ( VI - V2 ) /'-I - p,vi ._ p,V2 -8,Q
2 2 2 2 4
Te ,Drecalque

c) cada tubulação e conexão contribuirá com sua perda de carga; somando-as.


tem-se a perda de carga total do sistema, dada por:

onde:

LeqJecalque = Leq_cotovelo de 90° + LeqJeg;stro de gaveta +Leq_ válvulade retenção

Os dados de Leqpara estas conexões estão dispostos do"apêndice J.

d) a dif~,\3nça de cotas entre os pontos 1 e 2 resulta:

L1z = Z1 - Z2 = - (H + h)

e) a altura manométrica total do sistema (AMT), que considera toda altura


necessária para a elevação da" água mais as perdas de carga do sistema, é
dada pela expressão:.

AMT

Porém, devido ao fato da SC também provocar uma perda de c2rga


localizada no sistema, adota-se que a AMT real deve ser o produto da AMT por um
coeficiente de segurança (da ordem de 20% ou mais). Por isto, a AMT real é dada
por: .
- '. . . "-"_0 _..

--- --'.
Capitulo 7: Primeira Lei da Termodinãmica aplicada a um volume de controle 95

AMTreaJ = 1,2.AMT

Substituindo-se os dados dos itens a até d na PLT tem-se que:

dWs _
- p.. 2 8.Q2
4 +g.(H+h)+ht
Q[ Te .D recalque ]
onde o sinal negativo foi omitido pois já se sabe que o dispositivo é uma bomba.

Finalmente, com os dados da potência dWs/dt e AMTreal basta consultar um


catálogo do fabricante de bombas e dimensionar a bomba mais adequada para a
aplicação. Um exemplo de dados sobre bombas se encontra no e-book to/der
eletrônico 1MB/L, disponível na área de "Materiais Disponíveis" no site da FACENS
- FT. É claro que, num projeto mais completo,. q~Ye.:-se,çonsiderar também a
,determinação do . parâmetroNPSH(1J, .':.de':,'J~J1B~i'r:riêi'i1.fal'"
illlPOrtância rià
dimensionamento da SC (este parâmetro será visto em oUtras cátedras do curso).' .

--_.-.-..

(1) Net Positive Suction Head, cuja tradução literalpara o Português não expressa clarae tecnicamente o que significa na
prática;no entanto, é de vitatimportânciapara fabricantes.e usuários de bombas o conhecimento do comportamento de.>ta
variável,para que a bomba tenha um desempenho satisfatório,principalmenteem sistemas onde coexistam as duas situações:
bomba trabalhando no inicio da faixa, com baixa pressão e altavazão ou existência de alturanegativa de sucção; quanto maior
for a vazão da bomba e a alturade sucção negativa, maior será a possibilidade da bomba cavitarem função do NPSH.
-. .. -- __o
Capítulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reqime Permanente 96

Capítulo 8

Processos de Transferência de Calor


.~..: '.

em Regime Permanente
8.1 Generalidades

Transferência de Calor: ciência que trata das taxas de troca de calor entre um corpo
quente denominado fonte e um corpo frio denominado receptor.

Calor: forma de energia em trânsito entre corpos à diferentes temperaturas.

Temperatura: medida da quantidade de movimento intermolecular da matéria, feita


através de ,métodos indiretos (termômetros).
As escalas de temper"atura'são deduzidas pela medição' (direta. .ou.
indiretamente) de dois pontos básicos do estado molecular: o ponto de gelo (PG) e o
pontode vapor (PV). ____ __ .....
As principais escalas estão resumidas na tabela 8.1.
Tab. 8.1: escalas usuais de tem eratura
PG

..-.

212,00

.'

.' .'

373, i 5
-'.' .....
..

--
'. I' . ~ ~. . :.~ :

. -. ~. '-'. .~ I _ ..

'.. . ...'..'

- .-
- -. -. -.
..: ......
.'. ..
-.. .... ..
. -~.
~ií~<t"litt~~i~~'<~;l€ji~i~
- _._~'" ."--

.,. ---' "~ "'---

Capítulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reqime Permanente 97

Tab. 8.-1:escalas usuais de tem


Escala PG PV

: . :.: -'..~'

"

.'..

..':.

n__. _._ ____

Das escalas de temperatura deduz-se as funções termométricas, aplicando-se


interpolação linear entre os pontos PV e PG dados na tabela 8.1, resultando:
.~! .

32 BK - 273,,15
- -
9 5
8.2 Processos de transferência de calor em regime perm~nente

Os proc:essos de transferêi'da de calor podem ser esquematizados na figo8.1.

ConduçãQatr(!v~s de urr Convecção de urna sup.:rfície "


Transferénc ia liquida de calor
s61ido ou fluido estacionário por radiação entre duas superfícies
para um fluido em movimento -
TI > T.. 'f, > T~
.,.

---
r) "
--... ", " 1_--' Fluid8em
movimento. T_

"
.:.: .;
,"

:::;::~:"'.
..:','.'.'
- --"--+~ ,(

..
- .' ...r.-'-~~".
I
T
"i"..
'
.

"Fig. 8.1: processos de transferência de calor

Onde: T1, Tz =temperaturas das superfícies interior e exterior do sólido ou do fluido


em repouso (condução)ou de superfícies radiantes (radiação).
Capítulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reqime Permanente 98

.,
. ~

Ts =temperatura da superfície em contato com o fluido (conve'cção,. .


T<O= temperatura do fluido quando a sua velocidáde for Vao(convec<:(ão).
q" = fluxo térmico (ou .pQ.têflcia térmica) tfocado em 0S pontos a diferentes
temperaturas. '.

8.2.1 Radiação térmi~a

Define-se radiação térmica como toda a energia emitida de um corpo que se


encontra numa temperatura definida e finita. Além disto, em sua grande maioria,
ocorre pelo transporte por ondas eletromagnéticas do corpo para o meio circundante
(vizinhança). No caso da condução e convecção, há a necessidade de meio físico
para este transporte. No caso da radiação, isto é dispensável, sendo que sua maior
eficiência se encontra no vácuo.
A figo 8.2 ilustra o processo de transferência de calor por radiação em dois
casos.

G F.
'-- t
i
" Vizinhanças

\ J if.::".
a TV;!

Superfície com emissivida~~ Superfície de eml5sividade


c. absonmiade a e: .:. a. âreB.-\ e
e temperatu(j' r, temperatura T,
('I) (h)

Fig. 8.2: radiação: (a) somente emitida por uma superfície (b) entre uma superfície e sua
'vizinhança
..
Define-se poder emissivo E (fig. 8.2(a)) de uma súperfície como sendo a
energia radiante emitida n(~" ela, dada pela Lei de Stefan - Bolt'.:'mann:
- .._" o.~ _
-

-_ .0 0_______
CaDítulo 8: Processos de Transferência de Calor em ReQime Permanente .99

Onde: E = poder emissivo da superfície -7 [E]=F.L-1.r1 -7 No SI: [E] ='N/m2


B= emissividade da superfície, cujo valor está na faixa 0< B:{ 1 (corpó negro)
() = constante de Stefan- Boltzmann
()= 5,67.10-8W/m2.K4 =0,1714.10.8 BTU/h.ft2.R4
Ts = temperatura da superfície

Define-se irradiação G (fig. 8.2(a)) à radiação invicente sobre a superfície


provinda, por exemplo, do Solou de outra fonte térmica. Parte da irradiação G pode
ser absorvida pela superfície e é determinada através do produto do coeficiente de
absorvidade a da superfície pelo valor de G, resultando:

Gabsorvido = a.G
Na grande maioria das vezes, a superfície radiante está envolvida por uma
grande vizinhança, com temperatura Tviz (fig. 8.2(b)) que pode ser um outro corpo
envolvente. Assim, esta vizinhança poderá absorver parte da energia emitida pela
superfície, originando uma irradiação absorvida dada por:
.........

. 4
"._ 0"- _ . .
Gviz
0._ _. _
a.Tviz
Se a superfície apresenta a = B pode-se determinar a taxa líquida de
transferênc!a de calor por radiação a partir da superfície, por unidade de área, dada
por:

. Onde: q/A = diferença entre a energia térmica liberada devido à emissão de radiação
pela superfície e a energia térmica ganha devido à absorção da radiação (potência
térmica líquida por unidade de área) -7 [q/A] [E] =

8.2.2 Condução térmica

É o processo de transmissão SEM


de r.<'Ilor que ocorre em corpos sólidos,
transferência de massa associada. Na c;v,'lduçáo, a transferência de calor ocor(e por
simples troca de quantidade de movimento entre as moléculas em vibração.
A figura 8.3 ilustra a transferência de calor por- condução através de uma
parede de espessura L (ou uma fina camada fluida em repouso).
Capítulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reoime Permanente
100

:"'-""

Fig. 8.3: condução térmica numa parede vertical de espessura L, submetida a uma diferença de
temperatura T1 - T2

Equacionalmente, a condução é dada pela lei de Fourier.

"
q -k. dT
,.
"'

A . ,
dx'
~':-.

Em homenagem a Jean Baptiste Joseph Fourier, cientista francês ,.

" ,
,

.....-

--

....\..
%
.:
".
".
. ..... t',:':':_. . "
..I,:I 4...",,'..

. '

Jean Baptiste Joseph Fourier (1768 - 1830)

Onde: q/A =taxa


de calor transferido pelo sólido por unidade de tempo e por unidade
de área (potência térmica por unidade de área)
k = coeficiente de condução térmica-"ou condutíbilidade térmica (depende do
material e da temperatura a qual se encontra)
dT/dx =taxa de variação da temperatura com a dimensão x
No SI tem-se:

[q/A] = W/m2 -7 [k] = W/m.K ~ [dT/dx] = K/m


... - -----.----------.-. -.
Capítulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reqime Permanente 101

No SIG tem-se:

[q/A] = BTU/h.ff -7 [k] = BTU/h.ft.R -7 [dT/dx] = RIft

No caso da parede sólida da figo8.3 tem-se que:

Em x = O -7 T = T1
Em x = L -7 T = T2

Aplicando a lei d~ Fourier para este caso tem-se:

No caso de um tubo cilindro oco, de raios interno ri e externo reI constituídL. de


.'~/'\m,.?t~Fl?y:,ÇH~i.:.:,:g911~i,~tt.~lL.~fl~t~~P'$.l),tt,M~mdo
"algum 'fluido que mantenha a sua
"':té'ni'per'âiÚra"':TrifêhÚ;i""T1
rt1àloY"'qÚe'ã'"s\Yi:ttemperatura externa T2 (ilustrado pela figo
8.4), tem-se que:
_ .. . _._ ._ _. _. n. _ .~.. .

T2

fluxo do fluido
transportador de
calor
~--

L
Fig. 8.4: tubo circular ôco na horizontal

Em r = ri -7 T = T1
Em r = re -7 T = T2

Aplicando a lei de Fourier para este caso tem-se:

2.1C.k.L.6T
q=
Capitulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reqime Permanente 102

8.2.3 Convecção natural

É o processo de transferência de calor em meios fluídos, COM transferência de


massa associada, que é a soma dos efeitos de dois fenômenos associados: a
transferência de calor devido ao movimento aleatório das moléculas do fluido e o
movimento global de toda a massa fluida.
Em geral, a cOQvecçãonatural ocorre quando há uma diferença de tGmperatura
entre a camada do fluido que está em contato com a superfície (Ts) e o fiuido (T(X)),
Lembrando-se da propriedade da aderência, quando a primeira camada de fluido
entra em contato com a superfície, adquire a velocidade da superfície. Isto faz com
que a temperatura varie da mesma forma da velocidade, embora não
necessariamente na mesma função. Portanto, numa região bem próxima à
superfície, surge o fenômeno da camada limite térmica, que associa à variação da
velocidade à variação da temperatura, conforme ilustra a figo8.5.

"

"'~: ~ ~ J~ ~~n~-
~i5t<ibu;çãa Ois,nt,uiçãc
de liekx;,da::le de :"r.lp~rôiura
11'\" T(\"i
~ I

~d...:::;~.:::: ~:-:;'':i.~:i~/~:'~..;.:: }':;..;;J!~,;:~:;~.~:~~';;:::.;:"'::~;~~ ~...~,~;;:::; ~::~:~ '::,-.:_.; ::.~.:.::;.

I .. ,,(,') Superfbe I ) TI,')


a~uecida '

Fig. 8.5: camada limite térmica

A convecção também pode ser vista numa panela fervendo água (Ebulição)
ou na condensação de gotículas de água em contato. ebm zonas de baixa
temperatura (ern,bora não sejam objetos de estudo deste capítulo). A figo 8.6 1h,,!c;tra
as formas de trans'ferência de calor convectivas. '

1,00
E:.<:"".',,'o
,) fvr;n dr ~m~UI(;
I
0.
t t. t
I ,'" " C:""DOtI~lIt!" . .. . r.n EZ3 G
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i
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\
. . . ..
~~....~:.~~:..~ I
.
. ..
, ,
I l

Fig. 8.6: formas de transferir calor por convecção: (a) forçada (b) natural (c) ebulição
(d) condensação
.- -..----
CapItulo 8: Processos de Transferência de Calor em Reoime Permanente
:103

Equacionalmente, a convecção é dada pela lei de Newton para o resfriamento:

q
A
Em homenagem a Isaac Newton, cientista inglês.

. ':: .:~~~:7~~:~?;~~':~'1~~~r," ~'. }:-:":.:.:; .~,:?-::::~:~..;;:-n:' ;..>~~:"-;'"'~~'

~'.i..;:t::~.~:~/;j,~~tf~~i~t:~:~f:~;ft};f.~~~f~';;:~:;::~~~~
Isaac Newton (1643 -1727)

Onde: q/A = taxa


de calor transmitido por unidade de tempo e de área (potência
térmica por unidadede área)
h = coeficiente de transmissão de calor por convecção ou coeficiente de
película
Ts =temperatura da superfície
LJ =temperatura do fluido

No SI tem-se:

[q/A] = W/m2 -f [T] = K -f [li];.: W/m2.K

No SIG tem-se:

[q/A] = BTU/h-tf -f [T] = R -f [h] = BTU/h-tr.R

8.3 Analogia entre os processos de transferência de calor em regime


permanente e a Eletricidade
~

Pode-se fazer uma analogia entre os processos de transmissão de calor e a


Eletricidade, mostrado resum!damente na tabela 8.2.
Tab. 8.2: analoÇJlaentre Elet~icidade e Transferência de Calor em Regime Permanente
Fenômeno Transferência de Calor Eletricidade
" ;;.:::,~~:.:.,:'.:_:'.-}-~;.Fluxo""'::0~~:'\{;~~:~~:;"~:
- .:i '-;"_~
>::.~TérmiCo: q <.. ;..~. De cargas elétricas: j
.'-./:Diferença'dê.'poterlCiãlj{\~~;~';::.:::;'?~.":Térmiéa:L!T.~.Y:"".~... ',':':' Elétrico: L1V : . ."
';:~'.<;:'/.':.J:.r,::Resi~.têri c!a"'?~~::i:~{;~t;.; ;::.'''-.:<::':.:::;;-.;;,'1
érmica: fR .:::,',:';.. <-": '., ..';'': . " Elétrica:R '. n

:';;'~~\~c,r:--:
Lei de :fornÜlção}~'::/~.~~~2 .>;:. <~::.L'.'::':~'q ==L1T/9l;' .~;~ . ':. _. .j ='.1 V/R '. ..'
Biblioqrafia 104

Bibliografia

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Guanabara, 1983.
BRUNETTI,F. Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
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Rio de Janeiro: ~uanabara Koogan, 2001.
GILES, R.V., EVETT, J.B., LlU, C. Mecânica dos Fluidos e Hidráulica. São
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Hill, 1982.
VENNARD, J.K., STREET, R.L. Elementos de Mecânica dos Fluidos. Rio
de Janeiro: Guanabara Dois, 1978.

...
--- "

- ._- -.-.

Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos

Apêndice A

Dados das propriedades dos fluidos

A1. Massa específica

A1.1 Água

Baseado no gráfico da figo A 1 foi extraída a tabela A 1 que pode ser utilizada
para determinação do valor de OR da água em função da temperatura, utilizando
INTERPOLAÇÃO LINEAR.
Ta -. . .. - - - - - -- a ê. água
DR eco C)
:>,1,0000,::' . ,:,,:'"._;.4 ,,"-,,::.",.
':<0,9999 ,,';:- .':-:'..""'5" '.'-".'.
:. 0,9995',."'-::' Z:';;C:"1
o
.;:. 0,9990 <.;; '':<,:15."--
, 0,9980.:.:: -'':'."20' '.'."-
:{'0,9965 :';-:: . -'.;'<.'.25 ",C:'''.:-
";<O,9950:;:;;' :,";':""';30 ..:;'.
.' "i 0,9935 <ê"; ,':.b: 35 '.,.';:' ,
.'
0,9915,;" '.'. 40
: 0,9895: :/'::':45 ;.
':' i 0,9875,.;< ";'.':i':' 50.:';"
. :' 0,9855',::.-;- ':;::'55 . :. .
. . ':.' 0,9825 \,..-.:' ::'::;".:;60 '. ': .
:':'0,9800.:: . ....:..',.65... .
.;':::"0,9770."::" {'::'.:<'70 ','"
:"0,9740,,:". :::.".::..75 '. ..:',"
, O.Q710',=., :-:':::.':..80 .....
"'.' 0,9676 :;":.: .,';::85 ...
::., "'0,9698 ':..;.., "::"'>'90 >:'"
"':":0,9607 :.!.... ".....::.95: ,....
".' 0,9570 :,": 'i. .100:'.

Por exemplo: qual o valor de OR da água para uma temperatura de 32°C?


Método:
I) Localizar o valor de 32 °C na tabela, com seus respectivos valores de
OR, gerando a tabela auxHiarA2:
Tab. A2: localizando,:: ,:onto
õ
32°C na tClbela A1
DR e (0 C)
..... 0,9950" -. .'.' ..30....,
X":; ',. . . .- 32 " :,
.. , 0,9935 d' . . .35

11) Calcular as relações entre as diferenças dos valores da tabela A2:


'__'_h_ ~ ~ .... . .-.~- .......

. .....-....-.-

Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos 11

x - 0,9935 32 - 35
0,995 - 0,9935 30 - 35

111) Finalmente resolve-se a equação acima resultando:

= 0,9944
e

)(.

A figoA 1 ilustra a variação da DR da água em função da temperatura.

A1.2 Ar

Utilizando-se a equação de Clapeyron para os gases perfeitos tem-se que:

Pabs
Par
.,
R..8abs.
onde: PabS = pressão absoluta_do.aL --..-
R = constante dos gases para o ar .

R = 286,9 J/kg.K = 53.33 IbUt/(lbm.R)


8abs = temperatura absoluta

A equação acima foi dada em homenagem a Benoit Paul Émile Clapeyron.


cientista francês.

-'~

:.!

Benoit Paul Émile Clapeyron (1799 - 1864)


Por exemplo, em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) os
valores são:

Pabs= 1 atm = 101325 Pa -7 Babs= 15°C = 288,15 K


Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos iii

o que resulta:

par = 1,2256 kg/m3

Esta equação se aplica perfeitamente a outros gases desde que sejam


considerados perfeitos a uma determinada temperatura e pressão (por exemplo,
vapor de água a 1000 °F).

A2. Viscosidade para diversos fluídos

A2.1 Água

A variação da viscosidade dinâmica da água pode ser dada pela seguinte


equação:

( 570,6
J
J.l == 2,414.10-5.e\ 0-i40

Onde: [/-l] = N.s/m2= Pa.s


[8] = K-.

A2.2 Ar

Analogamente, a viscosidade dinâmica do ar também pode ser dada por uma


equação, denominada equação empírica de Sutherland: .._~

" ~ -, 0
1,4 _~.J.
-6
e
.
1,5

j..1==
110,4+e
Onde: = N.s/m2= Pa.s
[/-l]
[8] = K

A equação acima foi dada em homenagem a William Sutherland, cientista


escocês. ~
Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos iv

.. . .
William Sutherland (1859 - 1911)

A2.3 Óleo SAE 10W-30

Para este fluido pode ser utilizada a tabela A3 aplicando-se interpolação


linear.

Tab. A3: dados d - 'dada x t tura - óleo SAE 10W-30


e
(De) 1.1.(Pa.s)
:..'':):;:' o :r?i:::';;', ?;0.550::::;:::! . :~.:_ . ",:'~i''>._" t:.,

. .;<.;'";,./: 5 !j,::.. :::,,0;390 ".:E


c;?, !. 1 O' ::";:" '>:;i 0.300 .......
.'
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.-. -. - ._- - -.-
':,':,20:r;;, ;-;..\0.:150,,,;. .
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:':::;:'-;30i.;:'':;' ,:-'LO,090,r '.
. 'S:-(357C;' ;V:O;070:;');'
,':.- '."'AO{,'?';", ;:::'i\0;060':i''"
,>" 45:'t'f>: ':';(O;050:j-: '
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:.'::>/ 55:'§'f;;::'. :"};,O,035', :;',
,,:;;';,>'!'60I*i;j";, '',§0;030 ,\:;:",
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:"/':: -70;f,;.::;:: ':;-;;"0.02 o ':i;,.",. ..-~
".;': -,:75 'j;;' ",:,;,';O,018 ,::.".::
:,::( ': 80':'61,'::',; ::::;('0;016':,",
;">':0,009'.<
./;:" :-;C:: i'-;0.005 :'L..
-_..

Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos


v

A2.4 Óleo SAE 30

Analogamente ao anterior, pode-se utilizar a tabela A4.


Tab.A4: dado dad e x tem!: eratura - óleo SAE 30
e C°C) 11(Pa.s)
. ":; ::Oj.':,';;"'. ,; 1 ;-200-:
,.,-.'.'..:5 ;':,;(:,' '!.:':.1 ;000 .:..
::':'=<.'1 O::':c': 1:;:..O,850 .: ..,
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--.:?8S-';:;'Y< ;'&>0,012'.:0,
c' i" 90:.-;\ :.;;' ":{ 0;008 ,'.

A2.5 Óleo de Rícino

Analogamente ao anterior, pode-se utilizar a tabela ,..\5.

)>\' Tab. A5: dados d "dade x t ratura - óleo de rícino


e COC) 11(Pa.s)
. .::':',,0 ;:;;.;;..:.,: :.:4:'::':.';
....:,-.:5:;:',;:,(.: :r:(:'.':' '9:.
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....,::,'50.. .«. :o,,,,.0150'
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" " ',85 '.i ''-'0,035
..', 90 ',. . :.: .0,026
. _0-.'... _~.._~ _ _ .._h.

Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos vi

A2.6 Glicerina

Analogamente ao anterior, pode-se utilizar a tabela A6.

Tab. A6: dados de viscosidade x temperatura - glicerina


8 (0C) I.l(Pa.s)
. ;;;;':;'o O.)q:;\ .:1?t-r.:.:: .\

::;. .::5.';...:";}:ti.:. .' }"J..:_:. ;..{:,

;:f:':;'1 OH':,,::,} '::4;000 "jf:,


\':'-?,;:'1S'''iDi. :';;;'2;200 '::,:;
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'l";;';':': '.90 '.:/>;<, ,;,,'',;;'O :022 ".;'}

A2.7 Óleo SAE 10W

Analogamente ao anterior, pode-se utilizar a tabela A7.


Tab.A7:dados - - -. -- -- ratura - óleo SAE 10W
8 (oC) u (Pa.s).
,..: o ;(:,C::,: ::':0;4100' ..' ,
'::'.'::.::':':5>.;:\'>" :\O ;'3000 :-
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. . '.' 80:<it. '::0.0080'
""::'.85 :'-.' :.: ...0,0070 :'.
90 .... '. O.pOR'.) .

E, assim por diante, todos os outros fluiL~os cujos gráficos de J.1.x e estão
expostos na figo A2 e os gráficos de v x () estão expostos na figo A3 podem ter seus
dados tabelados.
Apêndice A: Dados das propriedades dos fluidos vii

0,990

0,980

0.970

0,960 I-para a água a 4 C, P _ 1000l<glm3

0,950
-20 120

Jempt!ralura, C

Fig. A1: gráfico DR x e para a água


" I
\.~ 4

í",;.
1,0
,,~, B
6
4

'c- /.'
' 1/
/ '\'
x 10-1
8
6
4

1 x 10-2
B
6

7 \j
\
.4

,,}-)

\ 'Ir( ,\P }"


)
-r /
J
i]v' v,'tp
0(' I 1 X 10-4
a
CP .-, 6

'rí --<~
/.

1 x 10 - ~
B idrog~..io
6
-20 o 20 40' 60 80 00 120
Temperalura, C
.'

Fig. A2: gráficos de Il x e para diversos fluidos


J)~ \)
_ 0 r"

.\) j~~.fJ'fl f' f"') }. I _I~) - - ~ IS _~-S.


'r'
, .- ). A -::.
I ')<) V_I 1..0 ..::, :.J. 1\0
Acêndice A: Dados das crocriedades dos fluidos
viii

I x 10-2
8
6
.: 1m'is =10,76 h'is
2

1 x 10 - 3
8
6
4

2 Hélio

Hidrogênio
1 x 10 - 4
jI
6
4 I
Mel«no
2 Ar

4 OCfancl
,

2 TelraClare,:>
! I de carbof11
Mercurio I
I
1 x 10-7
8 j
6
-20 o 20 120.

Fig. A3: gráficos de v x 6 Me" ::! diversos fluidos


._ ~ 4.. _ .._ __O ...__

A uras Planas
ix

Apêndice B

Figuras Planas
Na tabela B1 estão resumidos vários dados sobre figuras planas para as mais
diversas aplicações.

lanas
figura Arca c: mum~nlo de inércja

I>
(\ A = ;a'"
\," .:;; 1"

~ tdG
4._~._.,
. I" = I I }'.. ::
-

" "
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l'

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A = 1>11= ab ,on n

1,,= ~'
I~

t-
I
A = fio ~ bJ H
. _ H fio . ~ bJ
}:,.--
~ ~lio. h)

I" = H'(a'. 4ab + b')


y 36 (a .. bJ I ,'od..: a = b;I'oc """",,, no ci;\u O X

--------- -- - -- - - - ------
l)I ~!:'---~.../ x

.u

H \ (a' + 4" 1'0- h'J


I" =
~h (a - 1'01

)(

y
Apêndice B: Fiquras Planas x

Tab. B1: dados de várias figuras planas (cont.)


Figura Área e momento de inércia Centro de gravidade

() t - - - - - .b- _ . _ r x bH H
A
2 Yc ="3

.. 1(;= ~3 G = interseção das medianas


\'
36

---- ---- -- - ----


x 2H
A=bH
T YG = 3"

I,.=
'36 b H' G = interseção das medianas
y

x
A = 1Tr'

x" = Yc = r

n x
A=1Tr' Xc= r
2

4r
\' I" = r' (9 1T'- 64) ._"G = 3 'Ir
7211'

-------- -- - -- --------..----
'Ir r'
A=
2
Xc =r
x
I _ r' (9 'Ir' - 64) Yc =(~r
c- 7211' 311'
y

4r
x,;= y" 311'

y Ir. = 0,055 r'


-- ---

Apêndice B: FiQuras Planas xi

Figura . Área e momento de inércia Centro de gravidade

b b
t ~ t
~ ,~x
A=~ Xc = b
3
:
I
a

2a
10 = 16a' b
175 Yo=S
y

--- ---- -------- ---------


x
3 :1
x"=5

'b
I
I
[c = 4 a b' Yc = b
... ~

A =1Tab

[r, = TT a bJ
4
y

A = 11'a b

Ir; = TTb a"


4
y ~

o x
I
I
I
I A=Lan
I 2
I

_ _ _ }G__ __
/1
-'), I G = centro da circunfaência
, IR
I I
I
[o = L a n (6 R:
48
- L')
I
circunscrita
,.

y = Lan(12a2+ U)
96

rrlí~ono rc:gul3T do: n la.Jo!l


:-- --~ ---

Apêndice B: Fiauras Planas


xii

Tab. 81: dados de várias figuras planas (cont.)

Figura Área e momentode inércia I Centro de gravidade

x A = r' a (com a em rad)

I Xc = 2 r 3ase" a
ouA=a7Tr'
180

I
Yc =r sen a
(com a em graus)
I
(a em rad)
I
y'f' ] c-_ r (a - sen4 a cos a)
-
.x 4rsen'a
Xc =
°1 _ --_/f\ A= (2 a - sen 2 \l ) I 3(2a - sen 2 a)

:-\'- . --- I -)
......or'. I (com a em rad)
-.Ou
Yc = r'sen"a
I

y", Ic = A4r' (I _ i3 . 2asen' - asenCOSa)


2a (com-a em rad)
.,',,

Qul"3do vazado
O X
I I
I
I ,
I
,,
I :
Ia
I
A = a' - b'
-+-1Q FL ,L I
,
a
'--",,--
,b ..
,
a' - b' I Xc=Yc="2
... Ic=- 12
-----ã----°-f
y
Rc:tingulo \'SlJ1do
o X
I
I
I
: I I -...
-- Qgf_b.! :b
'--.&.-...,/
Ia,
I
I A : i! b - aI b, Xc = !
2
I I

----------- . 1c -_ a b' - a, b Yc =
I I
12
I
. 2
y

Anel circub.r
X

A =,m (R' - r')

Xc = Yc = R

1<;= 1T(R I - r)
4
y
Apêndice C: Corpos cilíndricos em contato com áQuacomum xiii

Apêndice C

Aplicação dos estudos sobre Empuxo


"na flutuação de corpos cilíndricos
impermeáveis em contato com água
comum
C1. Introdução

o estudo que se segue é baseado na aplicação dos estudos sobre a Lei de


Arquimedes sobre corpos cilíndricos impermeáveis (troncos de macjeira e outros
" materiais) em co:ntató 'com" água comum." " "
. As condições básicas para este estudo são:

a densidade relativa do corpo está na faixa O< DR < 1; . -- .. - -

o impermeabilizante utilizado (principalmente 110 caso dos troncos de


madeira) não influenciará no peso próprio do mesmo;
a água e o corpo estarão sempre em repouso;
o corpo possui raio R (diâmetro D = 2.R) e comprimento L;

C2. Equacionamento

o sistema adotado para o estudo da aplicação da Lei çJe-Arquimedesdepende


da densidade relativa do corpo em questão e se divide em dois casos ilustrados
pelas figuras C2.1 e C2.2.

corpo
O
R _:<!>~ R
,...( -' 8 : D '......
IT\
água
PF
,.?1"
parte submersa do ;;orpo C

Fig. C2.1: corpo em contato com a água quando a DR do corpo estiver na faixa
° < DR < 0,5
Apêndice C: Corpos cilíndricos em contato com áQua comum xvii

Tab. C3.1: dados de a e PFID para algumas espécies de madeira do Brasil


(cont.)
Alguns tipos de Densidade relativa Ângulo de contato do Relação entre a profundidade
madeira encontradas no da madeira tronco com a água I de flutuação e o diâmetro I

Brasil do tronco
DR a (Qraus) PF/D (0/0)
Glicia :. .'..', .0~\::; >': . ~.~:'...: :'~:,0:66' ::.:;Z:::/::o;:::,,:'20'9:'4392C)'i::..{ < ;:: :-.'.: 62. 704444' .-
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Abiurana'.. ~, '. '.<:.:. :. '. ::..0.83 :..:'.>;~:;~';;:;"246.325975 . .77,35112à
Sapucaia' ; ';':';.'.: - ;:::.> 0,84 ./','.;>: 248'.93'3617 :..~. ".'78.296436 .
Macaranduba .: ;..:::./~:..~.. ;:>"':~0',87::":~'::/ ;::.;::257,3049'10' > , '.:':>'.'.'. ":'81.229741."
Angelim verde .~>: "'0':.'. '..~.::~: 0,88'\:\ ":".: :,;;:'r:.260.:3'-i9~i89' :;-. ;. .' 82:246211 . -.
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.'
Pau Brasil -:;.. : ~:~:..:: :'0.93' ,~:',<': ."C;':: 27S;ói1865 .::: ::'. :.;,'87.756044
Preciosa: .'. :' ".'.' . :-.: ;::,. .\0.93 ~...:'..:. ': :'278.071865':i:"<: : 87,756044 .
Oliveira: <:.,;-.,., <,..,;.': ':'. :",-::0'.95 :::.:~":.':.:-:.. 287;294643 '.;.';: f:- - .90,269182 . :
[paud.arco: .c">-." :' ":"':0.95".:" , ',":-':'2'87.294643"<' ..' .90.269182'"

Da tabela C3.1 pode-se montar um gráfico PF/D x DR, para se ter uma noção
mais quantitativa da relação entre a profundidade de flutuação e a densidade relativa
do corpo cilíndrico, dada pela figura C3.1.
'.
___o-
Apêndice c: Corpos cilíndricos em contato com áQua comum , xiv
- -

água

PF

,?1
parte submersa do corpo

Fig. C2.2: corpo em contato com a água quando a DR do corpo estiver na faixa
0,5 < DR < 1

o objetivo do equacionamento dos dois sistemas é determinar o ângulo de


contato do corpo com relação à água (a) e a profundidade de flutuação (PA, que
será descrita em função do diâmetro do corpo cilíndrico.
Para isto aplica-se a relação empuxo-peso para cada caso e levanta-se a
equação do ângulo interno ao triângulo OBD (ou QAD) qwe, pelas figoC2.1 e C2.2, é,
denominado pela letra '8. " " .. .
Equacionando o sistema tem-se que:

10 caso: quando a densidade relativa do corpo está na faixa O < DR < 0,5 (fig.
C2.1). '

Neste caso a força de empuxo do fluido sobre o corpo será dada pela
equação C2.1:

_.Yagua.L.R 2 . -8.1t - Sen(2.8J [C2.1]


E=. Yagua'Vdeslocado=.Yagua"LA setor circular-
.
- ( ~O 2 )

E a forçg pr;)sodo corpo cilíndrico será dada pela equação C2.2:

w = Ycorpo,Vcorpo = DR.y água.L.Asecção = DR:y água.L.1C.R2 [C2.2]

Igualando as equações C2.1 e C2.2 tem-se a equação C2.3:

8.n _ sen( 2.8) _ DR.TI -=-') [C2.3]


180 2

Por sua vez, o ângulo de contato do corpo com a água, baseado na figo C2.1,
é dado por:

a = 2.8 [C2.4]
Apêndice C: Corpos cilíndricos em contato com áaua comum xv

E a profundidade de flutuação, baseado na figoC2.1, é dado por:

PF ==O,5.D.(I- cos(8)) [C2.5]


2° caso: quando a densidade relativa do corpo está na faixa 0,5 < DR < 1 (fig.
C2.2).

Neste caso a força de empuxo do fluido sobre o corpo será dada pela
equação C2.6:

e.1t Sen(2.8)
E-.- Yagua' Vdeslocado
. --. Yagua'L .Asetor - circular -- Yágua.L.R 2 .( TC- -180 + 2 ) [C2.6]

E a força peso do corpo cilíndrico será dada pela equação C2.2.

..;,.I.á~.?r~~.do C1~equ8.:gões, C2,2 .e.C2.6te,m-sea equação C2.7:


. . : , .:'. -".:. .;. :: ,.' '.': '.- .

8.n _ sen( 2.8) + n. ( DR -.1) -::-0 [C_2..I] .


180 2 .
Por sua vez, o ângulo de contato do corpo com a água, baseado n8 figo C2.2,
é dado por:

a == 360 - 2.8 [C2.8]


~

E a profundidade de flutuação, baseado na figoC2.2, é'dado por:

PF == ü/5.D.(1 + COs(e)) [C2.9]


Portanto, tanto no 10 como no 2° caso, os dados do ângulo a e PF dependem
da resolução das equações C2.3 e C2.7, o que pode ser feito utilizando-se do
Método de Newton-Raphson, com erro < 10-9.

C3. Caso particular: al~Juns troncos de madeira encontrados no Brasil

Um caso particular que pode ilustrar a aplicaçs:> descrita nos itens 1 e 2


acima é o estudo dos troncos de madeira ciiindricos flulur.'ntes na água, quando são
posicionados no rio para transporte.
Utilizando-se do Método de Newton-Raphson para resolver-se as equações
C2.3 e C2.7 e aplicando-se em algumas espécies de madeira encontradas no Brasil,
obtém-se os resultados expressos na tabela C3.1.
.....--..-- _u u...

Apêndice C: Corpos cilíndricos em contato com áaua comum xvi

Tab. C3.1: dados d e o. e PFID para alÇ!umas espécies de madeira do Brasil


Alguns tipos de DensidaderelativaIÂngulode contatodo Relaçãoentrea profundidade
madeira encontradas no da madeira tronco com a água de flutuação e o diâmetro I
Brasil do tronco
DR a (oraus\ PFID 10/0\
Balsa: : ~~'::::,":::'~:.A;,:k:.~::;{';\:':,;'~:j'0;1'6.;;:,~.t.;;~.;:~;g~11'1 '".~A::' .~:.:> '21;i03564"
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Apêndice C: Corpos cilindricosem contato com áaua comum xviii

Gráfico PF/D(%) x DR corpo cilíndrico -


impermeável em contato com água comum
PFID(% )
100,00
90,00 .~.."..-

80,00
~.;~:j:~;~~1.i~ii:i~~~~;!;k~;I~t1ji~~b~::ii~~~~.~E;~.~~:~:~.:':~.:..
70,00
60,00
50,00
,!O,OO
30,00
20,00
10,00
0,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
DR

Fig. C3.1: gráfico PFID(%) x DR - corpo cilíndrico impermeável em contato com água
comum .

Nos dados do gráfico da figo C3.1 pode-se aplicar processos de ajuste de


retas e, assim, obter-$ç 9 melhor função que ajuste os dados. Uma delas é dada na
equação C2.1O.
. ... - ~--'_ - __.0

..~ . _..
Apêndice C: Corpos cilíndricos em contato com áQua comum xvii

Tab. C3.1: dados de a e PFID para algumas espécies de madeira do Brasil


(cont.)
Alguns tipos de Densidade relativa Ângulo de contato do Relação entre a profundidade
madeira encontradas no da madeira tronco com a água de flutuação e o diâmetro
I

Brasil do tronco
DR a (Qraus) PFID (%)
IGlicia:5}":' ~.~\.
'.-:.:?j;,:.:>:,;:c; <?/~;:O:6Ef~:::1,i.i!~~9t20!?:43920i?~;(::-
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Da tabela C3.1 pode-se montar um gráfico PF/D x DR, para se ter uma noção
mais quantitativa da relação entre a profundidade de flutuação e a densidade relativa
do corpo cilíndrico, dada pela figura C3.1.
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n._ ~_ _. n "__.

Apêndice D: Dados da ruqosidade para tubos novos xix

Apêndice D

Dados da rugosidade para tubos


novos

Para tubos novos valem os valores de e (rugosidade) dispostos na tabela 01.

Tab. D1: valores de e ara tubos novos


Material do tubo e in
" ,;.':.,.' .':- A o rebitádo.L:>«:/::;~':>;:,,:,>-{;f:
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" .' . Cohcreto'l ,:;'<~~::i"':,:~>\;::~::;:i:)k;;: 1(~;~;tj~;'~::;'~~}?;j/;i,,}j~,ii!~0, 1200000
, .. " Conc'feitó II . . ;(fyg;;~Y;~:~~~J}.'::,:);t;D,0120000
, Aduelas de"madeiraJ.., ::'2,::}/!~:L:::/ ?f;1i;i:::;:.~:.;;;:'nt:~:~.::~;.<;;~0,0360000 ".
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...: ;..
. Ferro fundidO': fofo:~C~~~;~;t'f,';'.?f,:ff.;;Wf(;tf~~!O:0102000
'" . Ferro alva"nizado .::':";. .':::',"-,/!,,:,::',:..,::
'\i'~~;,~>".c:'«';i';>:'j:'~'0,0060000 '

Ferro fundido asfaltado.:, ~-;)~";;,;;,,:;':f;;:;':<;:;;::,:,,~;{


0,0048000
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Aco com'ercial Ol.fférró'for'adó";>;"7.:::~,;;.~....~.
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Aoêndice E: Instrurnentacão eletrônica utilizada cara medicão de vazão em tubulacões xx

Apêndice E

Instrumentação eletrônica utilizada


p-âra medição de vazão em tubulações
Além dos instrumentos citados na teoria, existem medidores de vazão que
podem ser acrescentados, aplicados em diversas plantas de automação de
processos industriais.
São: -

I) Medidor de vazão tipo eletromagnétiCo: este medidor é ilustrado na figo


E1.

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~
1

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II ,\
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figoE1: medidor eletromagnético de vazão

Seu princípio de funcionamento se baseia na Lei de Faraday, isto é, o fluido


que está escoando passa por um campo magnético gerado por bobinas
percorridas por corrente elétrica. Por usa vez, a interferência no campo
magnético pela passagem do fluido faz surgir uma diferença de potencial (ddp)
que pode ser mensurada pelo sistema de medição do instrumento. Esta ddp é
proporcional à vazão do fluido que passa. Evidentemente, o fluido deve ter
sensibilidade eletromagnética para que o sistema funcione adequadamente. -
. --~ '. --- ---"-p -.. , ..~.-

- -.----.--.. -
Acêndice E: Instrumentacão eletrônica utilizada cara medicão de vazão em tubulacões xxi

11) Medidor de vazão por efeito Coriolis: este medidor é ilustrado na figura
E2. .

figoE2: medidor tipo Coriolis

Seu princípio de funcionamento se baseia no efeito Coriolis (vide apêndice I).


Um fluido passa por tubos paralelos que estão conectados à duas bobinas,
conforme fig.' E2. As bobinas fazem os tubos vibrarem numa determinada
freqüência. Quando não há fluido passando pelos tubos as vibrações ocorrem na
mesma fase. Quando o fluido passa pelos tubos as vibrações ocorrem em fases
diferentes. Assim, medindo-se esta diferença de fases entre os tubos sabe-se a
vazão do,fluido que passa. . .......
~, -"'!.
111) ivr~did~r~e ~aZão'tiPO VOrlex: e~te medid~r é qi~~~;(ádci'h~'
fi9':'g3::/'::<;<;';~I:/(

figo E3: medidor tipo Vortex

Este medidor utiliza o princípio dos VÓi;ices gerados por um obstáculo


colocado no meio da corrente fluida. O sistema de medição capta a freqüência de
vibração gerada pelos vórtices. Como esta freqüência é proporcional à vazão do
fluido, basta amplificá-Ia e reproduzi-Ia em forma de valores de vazão.
~ ~ .

_ ___ n ___ _ uu.__..


Apêndice F: Daniel Bernoulli xxii

Apêndice F

Oaniel Bernoulli

. -------

Daniel Bernoulli (1700 -1782)

Data de nascimento: 8 de fevereiro de 1700 em Groningen, Holandô

Data da morte: 17 de março de 1782 em Basel. Suíça

Daniel Bernoulli era filho de Johann Bernoulli. Nasceu em Groningen


enquanto seu pai organizava a cadeira de Matemática. Seu .,irmão mais velho era
Nicolaus(lI) Bernoulli e seu tio era Jacob Bernoulli de forma 'que ele nasceu em uma
farnilia de grandes :'natemáticos, mas também em uma família em qu~.
lamentavelmente. havi~ !'ivalidade, ciúme e amargura.
Quando Daniel tinha cinco anos a família retornou à sua cidade natal, Basel.
onde seu pai ocupou a cadeira de Matemática, vaga desde a morte do seu tio Jacob
Bernoulli. Nesse mesmo ano nasceu seu irmão mais jovem Johann(lI) Bernoulli. Os
três irmãos iriam, nos anos seguintes, estudar Matemática, embora este não fosse o
curso que Johann Bernoulli tivesse planejado para Daniel.
O pai de Johann Bernoulli tinha tentado forçar Johann a seguir uma carreira
empresarial e ele tinha resistido for;temente. Estranhamente, Johann Bernoulli.
tentou exatamente o mesmo com o próprio filho Daniel. Primeiro, porém, Daniel foi
enviadc para Universid3de de Baspl com a id:;:rle de 13 anos ~3ra estudar Filosofia e
Lógica. t:le obteve o bacharelado em 1715 e .seu mestradc ::111 17'j 0. Daniel, como
seu pai, realmente queria estudar Matemática e durante o tGmpo em que estudou
Filosofia em Basel, estava aprendendo os métodos de cálculo de seu pai e de seu
irmão mais velho, Nicolaus(lI) Bernoulli.
Johann estava determinado em fazer de Daniel um comerciante e tentou
encaminhá-fo ao aprendizado comercial. Porém Daniel, como seu próprio pai,
resistiu fortemente e logo Johann cedeu, mas certamente não até a ponto de deixar
Daniel estudar Matemática. Johann declarou que não havia nenhum dinheiro a ser
-~.., . .-...-......

- -.

AQêndice F: Daniel Bernoulli xxiii

ganho com a Matemática e assim mandou Oaniel de volta à Universidade de Basel


para estudar Medicina. Oaniel estudou medicina em Heidelberg em 1718 e
Estrasburgo em 1719, voltando a Basel em 1720 para completar o doutorado em
Medicina. .

Nessa época Johann Bernoulli ensinou Matemática a Oaniel, enquanto ele


estudava Medicina. Ele estudou as teorias do pai sobre a energia cinética. O que
aprendeu est~dando as teorias do pai sobre a conservação de energia, aplicou aos
seus estudos médicos ao escrever a sua tese de doutorado sobre a mecânica da
respiração. Tal qual seu pai, Oaniel aplicou a Física e a Matemática para obter seu
doutorado na Medicina.
Oaniel quis abraçar uma carreira acadêmica como o pai, assim, solicitou duas
cadeiras em Basel. A candidatura para a cadeira de Anatomia e Botânica foi
decidida por sorteio entre os empatados e Oaniel perdeu. A outra cadeira
~

desocupada em Basel para a qual Oaniel se candidatou era a cadeira de Lógica,


mas novamente' o sorteio na seleção final lhe foi desfavorável. Não tendo obtido
nenhum posto acadêmico, Oaniel foi para Veneza a fim de estudar Medicina Prática.
Em Veneza, Oaniel ficou muito doente e assim não pôde levar a cabo sua
intenção de viajar a Pádua para avançar nos estudos médicos. Porém, durante sua
.es~~da em Veneza ele trabalhou em Matemática e o seu primeiro Jrô;b.?.!h,g.,.
:,':.:.,xtÚ:it€matiço.
, '. .,' .',foi publicado em 1"l24 qÜando, com '8 ajUda .de Goldbach, puhlicou.;,,:,':"",
,.,1., . ;. ' " .' . . . . , . . .1_. .' ';"':J'<~ .;;. .;. "" '. ...<'\;. ".....

Mathematicalexercises. O trabalho constituiu-se de quatro partes separando quatro" ,


tópicos que tinham atraído seu interesse enquanto estava em Veneza.
- -'A primeira-parte 'descrevia um jogo de azar e é de pouca importância para
mostrar o que Oaniel estava aprendendo sobre probabilidades naquele momento. A
segunda parte era sobre o fluxo de água através de um buraco em um recipiel1te e
discutiu as teorias de Newton (que estavam incorretas). Essp trabalho mostra
novamente que o seu interesse estava se mudando nesta direção. O seu trabalho
médico com o fluxo de sangue e pressão sanguínea também lhe facilitou a
compreensão do fluxo dos fluidos. A terceira parte dos Mathematical exercises era
sobre a equação diferencial de Riccati, enquanto que a quarta e última parte era
uma pergunta de geometria relativa a figuras limitadas por dqis'arcos de um círculo.
Enquanto estava em Veneza, Oaniel projetou também uma ampulheta para
ser usada .10 mar de forma que os grãos de areia caíssem de forniá'c...mstante,
mesmo quc;ndo o navio navegasse em mares bravios. Ele submeteu o seu trabalho
à Academia de Paris e em 1725, ano em que retornou da Itália para Basel, ele
soube que ganhara o prêmio da Academia de Paris. Oaniel tinha também atingido
fama por seu trabalho Mathematical exercises e como conseqüência foi convidado a
lecionar a cadeira de Matemática em St Petersburg. Seu irmão Nicolaus(ll) Bernoulli
também foi convidado a assumir uma cadeira de Matemática em St Petersburg, de
forma que em 1725 os dois irmãos foram trabalhar nesta cidade. .

Após oito meses da ida deles para St Petersburg o irmão de Oaniel morreu de
febre e ele ficou muito triste e infeliz. Ele também não gostava daquele clima severo
e pensou em voltar a Basel falando sobre esses seus planos. Johann Bernoulli
arranjou para que um de seus melhores alunos, Leonard Euler, fosse para St
Petersburg trabalhar com Oaniel. Euler chegou em 1727 e este período em St
Petersburg, até sua partida em 1733, foi o mais produtivo de sua vida.
Um dos tópicos estudados por Oaniel em St Petersburg foram os sistemas
vibratórios.. Em 1728, Bernoulli e Euler dominaram a Mecânica dos Corpos Flexív3is
e Elásticos, derivando as curvas de equilíbrio para estes corpos. Bernoulli
"' ' - '-h_ .._._ - -.. _..

....-----.---..-
Apêndice F: Daniel Bernoulli xxiv

determinou a forma que uma linha perfeitamente flexível assume quando submetida
a forças, uma vertical à curva e outra paralela a uma determinada direção.
Em 8t Petersburg, Daniel fez um das suas descobertas mais famosas quando
definiu os nós simples e as freqüências de oscilação de um sistema. Ele mostrou
que os movimentos das cordas de instrumentos musicais são compostos de um
número infinito de vibrações harmônicas, todas sobrepostas nas cordas.
Um segundo trabalho importante que Daniel produziu enquanto estava em 8t
Petersburg foi sobre Probabilidades e Economia Política. Daniel, ao estudar riscos,
fez uma suposição de que o valor moral do aumento da riqueza de uma pessoa é
inversamente proporcional à quantia daquela riqueza. Ele estabelece então as
probabilidades dos vários meios que uma pessoa tem para ganhar dinheiro e deduz
uma expectativa de aumento na expectativa moral. Daniel aplicou algumas dessas
deduções em seguros.-
Indubitavelmente o trabalho mais importante que Daniel Bemoulli fez
,enquanto estava 'em 8t Petersburg foi sobre hidrodinâmica. Até mesmo o próprio
termo está baseado no título do trabalho que ele produziu - Hydrodynamica - e,
antes de deixar 8t Petersburg, Daniel deixou uma cópia preliminar do livro com um
impressor. Porém o trabalho não foi publicado até 1738 e embora ele tivesse
revisado o trabalho ~on.si.q~~í3y~lmente entre 1734 e 1738, as mudanças foram mais
na aprésenta.ção. --""'~;;~:é7f.:J:.};,;,. '

Este trabalho contém pela primeira vez a análise correta da água que flui de
um buraco em um recipiente. O trabalho foi baseado no princípio de conservação de
energia que ele tinha-estudada-com. seu pai em 1720. Daniel também estudou
bombas e outras máquinas para elevar água. Uma descoberta notável aparece no
Capítulo 10 de Hydrodynamica onde Daniel discute a base para a tepria cinética dos
gases. Ele estabeleceu as leis fundamentais para a ~eoriade gases e deu, embora
não em detalhe, a base da equação descoberta depois por Van der Waals um
século depois.
Daniel Bernoulli não estava contente em 8t Petersburg, apesar da óbvia
vantagem científica de trabalhar com Euler. Antes de 1731 ele já concorrera a um
posto em Basel mas a probabilidade parecia novamente tr~b.Blharcontra ele, e ele
lJerdeu outra vez. A vaga que ele conseguiu não era nem clp. Matemática nem de
t"isica, mas assim mesmo, Daniel preferiu voltar a Basel' e (.:i;- conferências sobre
botânica em lugar de permanecer em 8t Petersburg. Nesta epoca, seu irmão mais
jovem Johann(ll) Bemoulli também estava com ele em 8t Petersburg e ambos
deixaram a cidade em 1733, visitando Danzig, Hamburgo, Holanda e Paris,
retomando a Basel em 1734.
Daniel Bernoulli submeteu um trabalho para concorrer ao Prêmio Principal da
Academia de Paris em 1734 dando uma aplicação de suas idéias na Astronomia. O
pai de Daniel, Johann Bemoulli, também havia concorrido ao prêmio com trabalho
similar e ambos foram declarados vencedores, dividindo o Prêmio Principal. O
resultado deste episódio do prêmio da .A.cademiade Paris teve sérias conseqüências
familiares p~ra Daniel. Seu pai ficou :~uriosopensando que o seu filho tinha sid;:-
avaliado como um igual a ele e isto resultou e"mum desentendimento e rompimento
de relações entre os dois. O resultado foi que Daniel se retirou para Basel, banido da
casa do pai. 8e isto fez com que Daniel se tornasse menos interessado na
Matemática ou se o posicionamento acadêmico dele era de um não matemático,
certamente o fato é que Daniel nunca mais recuperou o vigor para a pesquisa
matemática que ele havia demonstrado em 8t Petersburg.
.-', .'.-. ~..- - ....-. -.-.--... -- .:"- '-_.'.:_'---~ " ,-. .' , .. - ..

-.. -----.------.-.. - .
Apêndice F: Daniel Bernoulli xxv

Embora Oaniel tenha deixado St Petersburg, ele começou a corresponder-se


com Eulere os dois trocarammuitasidéiassobreos sistemasvibratórios.Euler usou
sua grande habilidade analítica para pôr muitas das idéias físicas de Oaniel em uma
forma matemática rigorosa. Oaniel continuou o trabalho de polir sua obra-prima,
Hydrodynamica para publicação, e acrescentou um capítulo sobre a força de reação
de um jato de fluido e a força de um jato de água em um plano inclinado. Nesse
mesmo capítulo, o Capítulo 13, ele t~mbém discutiu aplicações à propulsão de
navios.
O prêmio da Academia de Paris em 1737 também teve um tema náutico, a
melhor forma para a âncora de um navio, e Oaniel Bernoulli foi novamente o
vencedor em comum deste prêmio, agora juntamente com Poleni. Hydrodynamica
foi publicado em 1738 mas, no ano seguinte, Johann Bernoulli publicou Hydra,ulica
trabalho que está em grande parte baseado no trabalho de seu filho. Mas Johann
tentou fazer crer que seu filho Oaniel escrevera Hydrodynamica com base na
. Hydraulica, anteCipandoa datade publicaçãode seu livro para 1732em vez de sua
real data que provavelmente é 1739. Esta foi uma tentativa infame de Johann
ganhar crédito para um trabalho que não era seu e ao mesmo tempo de tentar
desacreditar seu próprio filho, mostrando a que ponto chegou a profundidade que
ating.i.I,J..Ç)
cQnflito entre eles~.
'. )<~-JiJ$JqAjz~r.~u~~~':Q~qÚ1.~~R~nhuma evidência de que Daniel fosse de qualquer
forma culpado pela deteriorá"ção das relações com seu pá i. Muito a-ócoritrário",
desde o início há evidências de que ele tentou reparar essa relação, inclusive
descrevendo-a si próprio na fachada do Hydrodynamica como "Oaniel Bernoulli, filho
de Johann". Outro sinal de queDaniel não tinha ciúmes de sua própria família, como
tinham tido Johann Bernoulli e Jacob Bernoulli, é o fato que ele produziu um trabalho
em conjunto com o irmão mais jovem, Johann(lI) Bernoulli.
Os estudos sobre Botânica não eram o que Oaniel queria e as coisas
começaram a melhorar para ele em 1743 quando pôde trocar a Botânica pelos
estudos de Fisiologia. Em 1750, porém, ele foi designado para a cadeira de Física
que lecionou em Basel durante 26 anos até 1776. Ele deu algumas conferências
notáveis sobre Física com experiências executadas durante_~essas conferências.
; Baseado em evidência experimental ele pôde conjecturar certas leis que não foram
confirmadas senão depois de muj!ns anos. Entre estas a lei de Coulomb sobre
Eletrostática.
Oaniel Bernoulli produziu outro trabalho científico excelente durante os anos
que permaneceu em Base!. No total ele ganhou o Prêmio Principal da Academia de
Paris por 10 vezes, em tópicos da Astronomia e tópicos náuticos. Ele ganhou em
1740 Guntamente com Euler) em um trabalho sobre a teoria das marés de Newton;
em 1743 e 1746 com composições e ensaios em Magnetismo; em 1747 com um
método para determinar o tempo no mar; em 1751 com um trabalho sobre correntes
oceânicas; em 1753 com os efeitos de forças em navios; e em 1757 com propostas
para reduzir o balanço de um navio em alto mar.
Outro aspecto importante do trabalho de Oaniel Bernoulli que prúvou ~~a
importância no desenvolvimento da Física e da Matemática era a sua aceitação de
muitas das teorias de Newton e o seu uso destas junto com as ferramentas obtidas
com os cálculos de Leibniz. Oaniel trabalhou com a Mecânica e novamente usou o
princípio de conservação da energia no estudo das equações básicas de Newton.
Ele também estudou o movimento de corpos usando os métodos de Newton. Ele
também continuou produzindo bons trabalhos sobre a teoria de oscilações e em um
_o. __ -.. ._.... -.. .-.-

.- -- -..-..-.
Acêndice F: Daniel Bernoulli xxvi

estudo ele aborda a oscilação de ar em tubos de órgão. Suas forças e fraquezas são
citadas por Straub:

A mente ativa e imaginativa de Bernoulli lidou com as áreas científicas


mais variadas. Porém, tais interesses extensos impediram-no
freqüentemente de levar alguns dos seus projetos à conclusão. É
especialmente lamentá'v't':!l que ele não pudesse continuar o
crescimento rápido da Matemática que começou com a introdução de
equações diferenciais parciais na Física e na Matemática. Não
obstante ele assegurou para si, um lugar permanente na história da
ciência pelo seu trabalho e pelas descobertas em Hydrodynamica, a
sua antecipação da teoria cinética dos gases, um método moderno
para calcular o valor de um aumento nos ativos, e a demonstração de
que o movimento mais comum de um fio em um instrumento musical
está composto pela superposição de um número infinito de vibrações
harmônicas.. .

Daniel Bernoulli foi muito homenageado durante sua vida. Ele foi eleito para
.q.irigir s.ociedades científicas de sua época, incluindo as de Bolonha, St Petel'sburg,
'Serlim,.Paris, Londres, Berna, Turin, Zurique e Mannheim. ,,,..
Fonte: J J O'Connor and E F Robertson
. -. - -.. -... _.---..
._- .:,..- .1, . ' '-' ~. ..

--- '- - .- .. - -.-...-.---


AQêndice_G: LeonardEuler xxvii

Apêndice G

Leonard Euler

. - .,. ~

., ~ , .

Leonard Euler nasceu a 15 de Abril de 1707 em Basileia, Suíça; Seu pai, Paul

Euler, estudou Teologia na Universidade de Basileia onde aprendeu Matemática


com Jean Bernoulli (1667-1748). Tornou-se ministro religiQ$o e casou-se com
Margaret Brucker, filhr:\de um outro homem de igreja.

Jean Bernoulli (1667-1748)


Quando Leonard completou um ano de vida, os seus pais mudaram-se para
Riehen, perto da Basileia, or.de Euler cresceu.
Desde pequeno, foi ganhando gosto pela Matemática. As aulas que seu pai
lhe dava terão tido uma influência decisiva no seu fascínio pela disciplina. Quando
0.0-
_0._ _OH
._0. _O. ___

'0. o _ ___
ADêndice G: Leonard Euler xxviii

chegou a altura de ir para a escola, foi enviado para a Basileia, para casa da avó
materna. Na escola, pouco aprendeu de Matemática. Porém, o gosto qÚe tinha
ganho pela disciplina levou-o a estudar sozinho diversos livros de Matemática e a ter
lições às escondidas.
Po~11 Euler, que ambicionavapara o filho uma r.arreirade teólogo, colocou o
jovem Leonard na Universidade de Basileia para aí seguir estudos de Teologia.
Leonard entrou para a universidade em 1720, com 14 anos, para, primeiro, ter
uma instrução geral e só mais tarde obter estudos mais avançados.
Na altura do ingresso na universidade, Euler realizou, por sua iniciativa, um
exame pelo qual Jean Bernoulli descobriu o seu potencial para a Matemática. Como
o próprio Euler escreveu:
"cedo descobri uma oportunidade de ser apresentado a um famoso professor
r-me
Jean, B~moulli ... Na verdade ele estava muito ocupado e ent~o rec~:~u ~a. .
liçoes privadas; mas deu-me conselhos muito importantes'para eu começaj:.~à'1fir:B'a .
estudar livros mais difíceis de Matemática; e se me deparasse com algum obstáculo
ou dificuldade, tinha permissãó pára' ô visítar7õclás'--;jis"fàfdes de domingo que ele,
o .

gentilrnt:mte, explicar-me-ía tudo aquilo que eu não consegui-se entender. 11

(citado por O'Connor e Robertson em www-qap.dcs.st-and. ac.ukJ-historv/Mathematicians/Euler.html).

Conheceu, assim, Jean Bernoulli e tornou-se amigos dos seus dois filhos
Nicolaus (1695-1726) e Oaniel (1700-1782). ..-"

Nicolaus Bernoulli (1695-1726)

Em 1723, obteve o grau de Mestre em Filosofia. Começou, no Outono desse


mesmo ano, a estudar Teologia, seguindo, assim, os desejos de seu pai. Mas,
embora tendo sido todo a vida um cristão devoto, nunca sentiu o mesmo entusiasmo
pela Teologia que sentia pela Matemática.
- - - -.....-..
AQ.êndice G: Leonard Euler xxix
- -

Por isso, ajudado por Jean Bernoulli, convenceu o seu pai a deixá-Io mudar
para o curso de Matemática.
De qualquer modo, Euler recebeu uma instrução bastante ampla pois
estudou, além de Matemática, Medicina, Astronomia, Física e Línguas Orientais.
Em 1726 terminou os estudos lia Universidade de Basi:eia. No ano seguintA
foi nomeado para o Grande Prêmio da Academia de Paris com um trabalho sobre
mastros de navios. Apesar de não ter ganho ficou em segundo lugar, o que para um
matemático tão jovem constituiu um grande incentivo.
Na Suíça de 1700 não havia muito trabalho para matemáticos em início de
carreira. Quando se soube que a Academia de S. Petersburgo procurava novos
colaboradores, matemáticos de toda a Europa viajaram até à Rússia, incluindo
Daniel e Nicolaus Bernoulli.
Ne~ta altura Euler procurava também um lugar acadêmico. PÔ
re'comendação de DarlieI e Niêolaus Bernoulli,é cham'adciâ'trabalhÇ1rn'a Academia
de S. Petersburgo. Porém resolve só viajar para a Rússia na Primavera seguinte por
dois motivos: procurava tempo para estudar os tópicos do seu novo trabalho; queria
tentar conquistar um lugar vago na Universidade de Basileia, como professor de
Física. Para se candidatar a este lugar, Euler escreveu um artigo sobre acústica.
Apesar da qualidade do artigo, não foi escolhido para o cargo. O fato de ter apenas
19 anos terá tido influência.
Mal soube que não tinha sido aceite na Universidade d.e..i3asileia, Euler partiu
a 5 de Abrilde 1727. Desceu o Rena, atra\:"6F'30Uos estados a!emães e chegou; ::!'3
barco, aS. Petersburgo a 17 de Maio de 1727.
A Academia de S. Petersburgo havia sido fundada dois anos antes da
chegada de Euler, por Catarina I, segundo as idéias do seu falecido marido Pedro, o
Grande.
Euler foi indicado para o departamento
<>
de Matemática e Física. Mas, no dia
em que chegou à Rússia, Catarina I morreu. Como os novos governantes mostraram
menos simpatia COTi1
os sábios estrangeiros do que Cat?rina I, â ,:'.cademia qua~e
fechou e Euler perdeu todas as esperanças de uma carreira acadêmica,
ingressando, assim, na Marinha russa.
Em 1730, com a Academia já em melhores c1)ndiçóes, Euler retomou o lugar
de professor de Física o que lhe permitiu deixar o lugar de tenente que ocupava na
Marinha.
.. . - -_. ~ .

Apêndice G: Leonard Euler xxx

Em 1733, Daniel Bernoulli, deixou a Academia de S. Petersburgo para


regressar à Basileia. Euler tomou o seu lugar, tornando-se. assim, aos 26 anos, o
principal matemático da Academia.
Com este novo cargo, viu o seu orçamento melhorar. o que lhe permitiu
trabalhar mais na sua pesquisa.~.~atemáticae constituir família. Casou a 7 de Janeir~
de 1734. com Katharin Gsell. Tiveram 13 filhos mas só 5 sobreviveram à infância.
A Academia de S. Petersburgo editava, periodicamente, uma revista de
Matemática, Commentarii Academiae Scientiarum Imperialis Petropolitanae, onde,
desde o início, Euler publicava inúmeros dos seus artigos. Eram tantos os artigos
com que contribuía para a revista que o acadêmico francês Françóis Arago (1786-
1853) disse que Euler podia calcular, sem qualquer esforço tal "como os homens
respiram, como as águias se sustentam no ar' (citadopor O'Connore Robertsonemwww-
QaD.dcs. st-and. ac. uk/-historv/Ma ther;:a licia ns/Euler. html).

;:...': :';;:

Françóis Arago (1786-1853) . .-'"

Na verdade, a facilidade que tinha em escrever era tal que chegava a estar
com um filho num joelho, um bloco de notas no outro joelho e os restantes filhos a
brincar em volta dos seus pés.
Já desde 1735, !::uler sofria de alguns problemas de saúde, 'como febres
altas. Em 1738, perdeu a visão do olhç: direito, devido ao excesso de trabalho. Mas
tal infelicidade não diminuiu em nada a sua produção Matemática. Conta-se que terá
dito que o CE::.ilápis o superava em inteligência t::i era a velocidade r:om que
escrevia.
Desde cedo Euler ganhou reputação internacional. Apresentava com
frequência trabalhos para concursos da Academia e por doze vezes venceu o
cobiçado prêmio bienal. Os temas dos seus trabalhos eram variados e, numa
--".__#-....-..

-- -- .-
Apêndice G: Leonard Euler xxxi

ocasião, em 1724, partilhou com Maclaurian (1698-1746) e Oaniel Bernoulli um


prêmio para um ensaio sobre marés.

Maclaurian (1698-1746)

(citado por O'Conn':Jre Robertson em www-qap.d::::s.~:1:


andoac. uk/-historv/Mathematicians/Euler. htm/).

Numa carta a um amigo escreveu: "Posso fazer o que quiser na minha

pesquisa... O rei chama-me o seu professor, e penso que sou o homem mais feliz no

mundo" (citado por O'Connor e Robertson em www-qap.dcs.st-


andoac.uk/-historv/Mathematicians/Euler. htm/).
ADêndice G: Leonard Euler xxxii

Euler passou 25 anos na corte de Frederico. Durante todo esse tempo,


continuou a receber uma pensão da Rússia, que usava para comprar iivros e
instrumentos para a Academia de S. Petersburgo, onde continuou a apresentar
vários artigos.
A ~ontribuição de Euler para a Academia de Berli~ foi impressionante: '

supervisionava o observatório e o jardim botânico; selecionava pessoal e geria


várias questões financeiras; coordenava a publicação de mapas geográficos e de
trabalhos científicos, uma fonte de rendimentos para a Academia; foi encarregado
pelo rei de tratar de problemas práticos, como o projeto de 1749, que visava corrigir
o nível do canal de Fonow; e supervisionou, também, a parte de bombas e
tubulações do sistema hidráulico em Sans Souci, a residencial real de Verão.
Mas não foram só estas as suas tarefas. Trabalhou no comitê responsável
pela bibiioteca da Academia e como conselheiro do gc>verno em temas tão dive,rsos
como seguros, anuidades e pênsOes. E no topo das suas tarefas encontrava-se,
claro, o seu trabalho a nível científico.

No entanto, a vida de Euler em Berlim não foi totalmáilte' felii O- j6vém


monarca Frederico achava que o seu dever era encorajar os matemáticos mas,
preferia a companhia de filósofos como Voltaire (1694-17i8) à de Euler, a quem
chamava, cruelmente, "ciclope matemático" (citadopor O'Connor e Robertsonem www-
,qaIJ.dcs.st-and.ac.uk/-historv/Mathematicians/Euler.html)
tornando as relações na corte
'"
pouco agradáveis.

Maupertius (1698-1759)
Em 1759, com a morte de Maupertius (1698-1759), o lugar de diretor da
Academia foi dado a Euler. Ao saber que outro cargo, o de presidente, tinha sido
oferecido ao matemático d'Alembert (1717-1783), com quem tinha tido algumas
divergências sobre questões científicas, Euler ficou bastante perturbado. Apesar de
d'Alembert não ter aceito o cargo, Frederico continuou a implicar com Euler, que
.~ - --- .. .~ ~--- _._~- - .. .~ "- ;..,-.~. :----- . _.~.. - - -".

Apêndice G: Leonard Euler xxxiii


- -

farto de tal situação, aceitou o convite feito por Catarina, a Grande (Catarina 11)de
voltar para a Academia de S.Petersburgo. Retomou à Rússia em 1766.

Catarina, a Grande (Catarina 11)

Durante esse ano, descobriu que, devido a cataratas, estava a perder a visão
do olho esquerdo. Pensando no futuro, tentou preparar-se para a cegueira treinando
escrever com giz))uma lousa ou ditando paraalgLJm dos seus filhos.
Em 1771, perdeu todos os seus bens, à exceção dos manuscritos de
Matemática, num incêndio na sua casa. No mesmo ano é operado das cataratas, o
que lhe restitui a visão durante um breve período de tempo. Mas, ao que parece,
Euler não terá tomado os devidos cuidados médicos tendo ficado completamente
cego.

-~
'"

De forma impressionante, continuou


...
com os seus projetos científicos e quase
metade do seu trabalho foi concluído após a cegueira. Para tal, além da sua
fabulosa me::-:6ria, contou com a ajuda de várias pessoas. Entre elas encontravam-
se Johann Albrecht Euler, seu filho, que seguindo os seus passos foi nomeado, em
1766, para o departamento de Física da Academia de S. Petersburgo; Christoph
Euler, também seu filho, que seguiu carreira militar e, dois colegas da Academia,
A.J.Lexell (1740-1784) e o jovem matemático N. Fuss (1755-1826), marido da sua
neta.
..-.-.

A.Qêndiçe G: leonard Euler xxxiv

Por exemplo, Albrecht Euler ajudou-o na publicação de um trabalho com 775


páginas sobre o movimento da Lua, em 1772 e, Fuss ajudou-o a preparar mais de
250 artigos, durante 7 anos, tornando-se mais tarde seu assistente.
A sua capacidade para o cálculo mental era tão grande que conseguia fazer,
de cabeça, cálculos que outros matemóticos tinham dificuldadés de fazer no papel.
Conta-se que quando dois dos seus alunos calculavam a soma de uma série até ao
décimo sétimo termo, Euler detectou um erro no décimo quinto termo e calculou,
mentalmente, o resultado certo.
Assim, a sua cégueira não foi problema para as suas pesquisas e publicações
que continuaram até 1783, quando, aos 76 anos faleceu subitamente enquanto
tomava chá com um dos seus netos.

Yushkevich (1906-1993) descreve o dia da sua morte: .

"No dia 18 de Setembro de 1783 Euler passa a primeira metade do dia como de

costume. Dá uma lição de Matemática a um dos seus filhos, faz alguns cálculos com
giz em dois quadros sobre o movimento de balões; depois discute com Lexell e Fuss
a descoberta recente do planeta Urano. Perto das cinco hoF13sda tarde e/e sofre
uma hemon agia cerebral e murmura somente 'Estou a mormr' antes de perde::)
consciência. Morre por volta das onze horas da noite." (citadapor O'Connore Robert.::~"
em www-qa.o.dcs.st-and.ac. uk/-historv/Mathematicians/Euler. html).
.--.- ... .....-

Apêndice H: Osborne Revnolds xxxv


- -

Apêndice H

Osborne Reynolds

Osborne Reynolds (1842 - 1912)

Osborne Reynolds nasceu em Selfast, cidade da Irlanda, em 23 de agosto de


1842, em meio a uma clerical família Anglicana, vindo a falecer na Inglaterra em 21
de fevereiro de 1912.
. ._~
Seu pRi. t.al como avô e bisavô, foi reitor da "Debach-with-Boulge" além de ter
sido eleito cornú um dos alunos exemplares em mat.-mática de Cambridge em 1837,
ter sido membro da "Queen's College", principal estabelecimento do colegiado de
Selfast, e diretor da "Oedham GrammarSchoof'.

Reynolds foi iniciou seus estudos primeiramente em Dedham, entrando após


a trabalhar com Edward Hayes, um engenheiro mecânico, em 1861. Durante essa
fase teve um aprendizado com Hayes de modo a aprender a arte da mecânica,
seguindo após para Cambridge, tal como seu pai. Reynolds mais tarde escreveu:
"Em minha juventude eu tive a vantagem de possuir a constante orientação de meu
pai, que também possuía uma paixão pela mecânica, e de um homem sem muitos
talentos em matemática e sua aplicaç,âo à física".
Em Cambridge, Reynolds foi um bem sucedido aluno em matemática
completando o programa de matemática em 1867 como o septuagésimo aluno
exemplar em matemática de Cambridge. Foi eleito, no mesmo ano, membro do
"Queen's College", ta: como seu pai, e imediatamente após começou a trabalhar na
firma de engenharia civil de John Lawson. .
. -. ~ : ' __o '-.- ~.- --"-"-. -..

Apêndice H: Osborne Revnolds xxvi


- -

No ano seguinte um novo cargo de engenharia foi publicado no "Owens


Callege", que Reynolds, com determinação, apesar de sua idade e falta de
experiência, conseguiu adquirir. Durante os 37 anos seguintes como professor,
Reynolds pesquisou e contribuiu significativamente sobre uma grande variedade de
assuntos a respeito de engenharia e física.
De 1868 a 1873 sua atenção se voltou para assuntos e problemas de
eletricidade, magnetismo e eletroma9netismo envolvendo fenômenos solares e
relativos a cometas. Nas duas décadas seguintes a 1873 sua atenção se voltou em
direção à mecânica, especialmente para a mecânica dos fluidos.
Em um importante artigo IIAn Investigation af Circunstances which Determine
whether the Matian in_Parallel Channnels shall be Direct ar Sinuaus af the Law af
Resistance in Parallel Channels" Reynalds investigou experimentalmente o caráter
de líquidos fluindo através de tubos e canais e demonstrou a existência de linhas de
. corrente e regimes turbulentos nos escoamentos. Mostrou também que existe uma
velocidade crítica, dependente da viscosidade cinemática do fluido, do diâmetro do
tubo, e de um parâmetro físico constante, o número de Reynolds, a partir da qual
ocorre a transição entre os dois tipos de escoamento possíveis (Iaminar e
turbulenJ9L' Oe'\modo'.sé;f11.elhante pode-se calcular o número de. Reynolds,
escoamento,onde se percebe que a transição do .
conhedênd6~se.~,;;.~gtoCl(fàde;:do
regime laminar para o turbulento ocorre comumente para o número de Reynolds
entre 2000 e 3000. As tensões de Reynolds resultaram da análise dos escoamentos
turbulentos, e representavam justamente as tensões resultantes das flutuações de
velocidade e, conseqüentemente, da quantidade de movimento do fluido nesse tipo
de escoamenro. Essas tensões desempenharam importante papel para o
desenvolvimento das teorias a respeito de eS9oamentos turbulentos.
Em 1886 Reynolds publicou IIQn lhe Theory af Lubrificatian", que logo se
tornou um artigo clássico na área de lubrificação por filmes de fluidos, e contribuiu
para o desenvolvimento de novos mancais capazes de suportar grandes
carregamentos e grandes velocidades, consideradas, até então~ impossíveis.

A. analogia de'~~eynolds, que aSSLJlneque a taxa de c~jor transferida entre um


fluido e suas fronteiras (paredes, aletas, etc ) é proporcio;.al à difusão interna do
fluido nas fronteiras e próximo às mesmas, foi publicada como um artigo em 1874.

Outros trabalhos, baseados em experimentos complementares, tiveram


influência sobre a teoria do equivalente mecânico do calor. Mais especificamente
Reynolds achou o calor específico médio da água, em termos de trabalho, entre o
ponto de fusão e vaporização da água. Esse resultado tomou lugar entre as
clássicas constantes físicas da ciência."

Reynolds também trabalhou sobre :::I ação de ondas e correntes para


determinação do caráter de estuários, u6dndo modelos durante as pesquisa::>.
Também contribuiu para o desenvolvimento de turbinas e bombas, teoria da
transpiração, realizou estudos sobre radiometria, refração do som e cavitação.

Em 1885 Reynolds forneceu o nome dilatância a uma peculiar propriedade de


massas granulares aglomeradas, de acordo com a qual a massa granular pode
variar o volume de seus interstícios quando sua forma é alterada. Como modelo
utilizou uma bolsa fina de borracha cheia de pequenos grãos de chumbo. Acreditava
ADêndice H: Osborne Revnolds xvii

com isso ter visto um possível modelo para os corpos que explicaria a coesão, luz e
gravidade. Essas especulações formaram a base de sua publicação de 1902'''On an
Inversion of Ideas as to the Structure of the Universe" que imediatamente após
apresentou-se de forma matemática em "The Submechanics of the Universe".
Nessas obras Reynolds argumentou que, contrariamente à visão dos cinematicistas,
o universo é quase todo preenchido por grãos rígidos, teoria que na época foi
elogiada por alguns cientistas.

Durante sua dedicada carreira profissional, Reynolds sempre trabalhou com


propósito de que "o progresso da mecânica aparentemente não tem fim. Tanto no
passado como no futuro, cada passo dado em qualquer direção sempre irá remover
limites e transpor barreiras permitindo que novamente se possa caminhar em outras
direções. Assim o que antes parecia ser uma barreira passará a ser uma nova
direção".
Reynolds foi um membro ativo e dedicado da "Manchester Literary and
Philosophical Society', na qual ele serviu como secretário por muitos anos e foi
presidente entre 1888 e 1889. Após a morte de Joule. escreveu uma excelente
biografia deste, publicada em 1892. Em 1877 Reynolds foi eleito membro da "Royal
Society.'. Em 1888 recebeu,uma medalha .real.

Por causa de sua saúde fraca Reynolds se afastou do trabalho ativo em 1905.
passando os anos seguintes em Somerset a medida em que ia perdendo sua
integridade física e mental. Deixou três filhos e uma filha de seu segundo
casamento.
Fonte: Fernando Javier Mar~=:1
Apêndice I: Efeito Coriolis xxxviii
- -

Apêndice I

Efeito Coriolis

Foi descoberto pelo engenheiro e matemático francês Gustave Gaspard de


Coriolis em 1835.

, ~'..
,: -..".

Gustave Gaspard de Coriolis (1792 -1843)

Supomos que um projétil é lançado, na direção norte, a partir de um ponto O


na linha do equador (não há necessidade de ser na linha do equador; é apenas para
maior clareza), conforme figo 11.A inclinação vertical do lançador e a velocidade
inicial são tais que o projétil deve atingir um alvo A, na direção norte,

Em primeiro lugar, vamos considerar a Terra estática, sem rotação. Neste


caso, o projétil atinge o alvo A após percorrer uma trajetórià parabólica em um
. determinado intervalo de tempo ...it. como pode ser deduzido das equações do
.' f"ilovimento de Newton (estamostam;'óm desprezando a resistência do ar).

Mas a Terra gira e, para um observador estacionário fora da mesma, após o


intervalo dt o alvo A está em A'. E alguém pode imaginar: ora, o projétil está na
mesma rotação da Terra e, assim, não há problema, Ele deve atingir o alvo A em
sua nova posição A', Mas isso não ocorre, O projétil atinge um ponto P um pouco a
leste de A',

Na figura 11,w é a velocidade arfgular da Terra, R o raio de rotação do ponto


inicial O e r o raio do alvo A.
AQ..êndiceI: Efeito Coriolis xxxix

. Fig. 11:modelo. do. planeta Terra para estudo do efeito'Coriolis

Quando o projétil é lançado, a sua vel~cidade tangencial é V ~ w.R e ela é


mantida pois não mais está ligada à Terra. Mas a velocidade tangencial do alvo A é
v = w.r, que é menor que Vpois r < R.

Assim, depois do intervalo dt, o projétil per~orre uma trajetória tangencial


maior que a do alvo e, portanto, atinge o solo em um ponto P.

Notar que, rigorosamente, não há desvio de trajetória do projétil. Ocorre


apenas porque na Terra o nosso sistema de coordenadas gira com a mesma. E o
desvio pode ser visto como o resultado de uma força ou aceleração atuante no
projétil. . --..

Por isso, às vezes é chamado de força ou aceleraçã.' o'e Coriolis.


E o efeito Coriolis afeta o quê? Bem, a velocidade angular da Terra é bastante
baixa (cerca de 7,3 10-5rad/s). Portanto, é lógico supor que apenas coisas de longa
distância são significativamente afetadas. Exemplo: a rota de um avião, a trajetória
de um míssil de longo alcance, etc. .

Se você analisar o caso com movimento em direção oposta à da figura e


também para o hemisfério sul, poderá verificar que, no hemisfério norte, o desvio se
dá para a direita da direção do movimento e o contrário no hemisfério sul. Isso tem
implicação na formação de furacões. No hemisfério norte a espiral tem sentido anti.
horário e no sul, sentido horário.

E o redemoinho do escoamento da água pelo ralo de uma pia segue a mesma


regra dos furacões? Algumas vezes isso é dado como exemplo do efeito Coriolis.
Mas deve ser visto com bastante reserva. Conforme já dito, o efeito É:significativo
apenas para grandes distâncias. Uma pia comum é muito pequena para algo
relevante. Outros fatores devem ser maís determinantes para o sentido do
~._." .._!to ... , ....

Apêndice I: Efeito Coriolis xl

escoamento: vibrações, irregularidades e assimetrias geométricas da pia, gradientes


de temperatura, correntes de convecção, etc. '

,
," .,.'.-'-" "õ',.
Apêndice J: Dados de conexões utilizadas para sistemas de bombeamento simples xlii

Na tabela J2 encontram-se dados de Leq para cotovelo de 90°.

Tabela J1: comprimento equivalente para cotovelo de 90° (em m)


DIÃMETRO
NOMINAL I
---; Vazao
-
em polegadas J m3Jh
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.....- - . ~. "___0_ _,-'_r

Apêndice J: Dados de conexões utilizadas para sistemas de bombeamento simples xliii

Na tabela J3 encontram-se os dados de Leqpara válvula de pé.


Tabela J3: comprimento equivalente para válvula de pé (em m)
DIÁMETRO
NOMINAL IV-~l
azaoI
em polegadas m3/h I
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t~~:'1.~~;;~.0t~~i.I:';~~:~1;;1~~~&.i~~i;;~'.~i~~;§~;:{~1~j~r:~~
Apêndice J: Dados de conexões utilizadas cara sistemas de bombeamento simples xliv

Na tabela J4 encontram-se os dados de Leq para válvula de retenção.

Tabela J4: comprimento equivalente para válvula de retenção (em m)


DIÂMETRO NOMINAL -I
Vazao I
empolegadas m% i
, 1" I 1v.'° I 1Yz" I 2" I 2'h" I 3" I 4" I 5" m 8" 10" 12" I

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..

~~1~~~~~]~~-~
Acêndice L: Fatores de conversão de unidades
xlv

Apêndice L

Fatores de conversão de unidades


Abaixo estão relacionados os fatores de conversão de unidades mais
importantes a serem utilizados em FT.

ÂNGULO

Se a arandeza estiver em Para obter a grandeza em


._lVIul~ipliq~e ~,~~ . ....
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ÁREA

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..,. , . 944 ~ .
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COEFICiENTE DE PELíCUL' ':;ONVECTlVO

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COMPRIMENTO

randeza estiver em Multiplique por Para obter a grandeza em


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~~:.~.F~~r~;:~~~~~;(i.~':,;;~;.'ft~~~:i~~i'~~;;~~~~t~:i7~i~
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Apêndice L: Fatores de conversão de unidades
xlvi

CONDUTlBILlDADE TÉRMICA

Para obter a arandeza em


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DENSIDADE ABSOLUTA (OU MASSA ESPECiFICA)


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ENERGIA

Se a grandeza estiver em Multiplique por Para obter a ÇJrandeza em


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Apêndice L: Fatores de c~nversão de unidades xlvii

FORÇA

Se a Para obter a Qrandeza em


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f.~i:;;~~~~~fl~~0 ;~~::1:~~1\:~~?~~~~:.'f~.~9 78.066 51;~.'~.~.~}?~r~~.~~"X.~~
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MASSA
randeza estiver em Para obter a
~':..~~~2.'~ j;~[O
~:;~. ~~:;~_;' ~.'4 5 3 Ef~::.:r;~~:~~~~:~~~'i'.~"
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~:..::,:~-:~';:,;~;~;~J~;1 ,~;~~~;~ t~&~/i';~}~!~~~.;~~1~.t k~' . '~~~~~I~:}~g~.~~.ti~:~~~~~'.' :

.~. .~.~~.~" ::'f~~.~tS:;~": :1: ~~~.K - ~~1~l~~~-7~.t;~~T~~~~~~~ )'~~;~_:2~:;'::, .,:.(.~~~~:~.:'~V:~O ;0'6 8 5 2~~~~~1r~~.;~"?~t:~"~'~'~f
;~;-\;,':;}f;h~~~;~1t~~7~{~:~'.S
I Li - . .:~~.~:i~~~t.~:;!~~X~~~~i~:\:;..;'~

';~~:;?~;.~}~1i;~~:-E~~~~.;ki.~~~j~~~~1~~~~~~~ ..:i~~~\2~r20'4. ~'aj~~~!::~~?1j~:i~?h~.,


~':7.~i~~f~:_:':~:: i~~~~~/t~{~{f~\;i~{~'lb'm.~~.;:~.~~~:;S ~~';;~;~~~;S~:S-

:'~.:: ~';: ~ ~..~~}~;~,~..~.:~~.;:"~.~::..(s Iu l' ,~~:)~~..~~~~~~~~~.~'!~~t~:- ~.~~~..~:~~:-~.' .j.. .~j::i~1.4; 5 923.'D ~.~.:~~.~;-~}:~~~..::.~.::{~?
;0~.~ ~~~~~}.~Y~~~k;~Ç;(:::':' k '. .t\~~~i(~~~:::::~'\~.f~~}":::_~:

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.~~~:Ib m~. kl':~~;~}~:~'::'.';:-;':~.~?~;~~i{~.'
.. -- ._- .-- - - -----

POTÊNCIA

Se a grandeza estiver em Multiplique por Para obter a grandeza em


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:;:.~;;~;. '~~~~~~;~~t~~~~'f ;~~. .I>;~;~W ~~~
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':.':~~;-~;~'~;:'.,:
~~~~~~:H8~~\~:~~1~f;~~~~ :~:::~'l;~t;~fjéi~:.:.~~~g:~;7.4 6 ~?tJ~~~~~~~~;:j~'h';~
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::.::~:1.~~~:~.f:s~~"i':~1~~.1~i
H 8;ji~~;~j~j;1~~t*~ .::~~~~;i(.~ '{;.(-~~:,~~~:~ff~1..7.8. ;.2 ~~~~~~~.~~~\~~it?~~\:~~:, :~ ;~:~; ~~<)~~.::51};~\::~:ca)/ s .~~:*~.~:::': :-:f.~~(~~~i?i

'.'.:.~~:.~~~}~;l1:~rr;?;::~~.~ '{H p ~~~?:i~~~~-~~t~~~\~t~


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B TU Ih\f~};f:::,~;~~~:8X{~'.

. ;:'~~:'1::~~~.:~:\t<':r~~~~:~t~.WJff~:..-;~1:~~;~i~~i~~~~~;5f~

:~~.~~~:;:~~.:~~~.
:~~~:,:;~;.
'}r:~'_W ii.51~:Ê~:~~~i~~~t~k~~~~~~
Apêndice L: Fatores de conversão de unidades

VISCOSIDADE CINEMÁ TICA

Se a or Para obter a arandeza em


:~~~~tf~~~if~~~~m~/&-::l~~~~l~t~§
.~i;:6f;.tf~;~~2~:~7Êfl~~1
O :.~~~~f~f~~.i;f~~~{V}~~~~~
'rf~~~~ti~)~~3~~;~~'St~~~\~~~i:~~7T/~~.~i
1~tl:f~f~~~~~!~7ff:[
.~/S~ii~~~~~~~~~ ::~:):~;~:~f;~~~t~~O;f092:903.04'i;~:~;~.'~?~~1:\1:.:
ff~~~}1J~~\*~~rm;ls~;:';."K;'~f=j.?fiif~~!~$]~
~~~~l~~~f~T~r~~f:~ft.~ls~:~~~~~~!~*'~~, .::'~~;:\;~9
.~0~~~3f{.~ 2 9 ~~'O
3_04 ~~i:~:';S:;:'::~::;~~~~~:~~_~7
'~~~~~~~~'Y~~~~}:'-}~~fi~~S t{~.~:::.~~~~i~~;~~'~If~:f~:~:':~

..

VISCOSIDADE DINÂMICA OU ABSOLUTA

Se a arandeza estiver em Para obter a arandeza em


.~:;~~~~N:l~51,~~1~~~~~.i~~P.â-'}s'~~~\~~t~~~*l
~~:~~~c:~:.

:t~~~~~~~~~~}::i:,:~
~.P.a:~s_'~;:~~~~~~%~~~~1.~
~:/l.:.::. ;

b"f"slft. ~~;?:~~~~~:E(~;i~. ,-:" ~>~':ft~:~.~.


.ff~~.f~?i1~~~;~~:~~:~-1

YOLUME

Se a Para obter a arandeza em

,.~t~1L:~{~?~~~}CT~~~~~~~
,:;~",-~'::'m ~~n~~~~:~h~:~<~~~.;i;~}:~~:_ .;.\,~i;~~~,;:'.:
,'.~:~.
~:~..:~~'~:3
5" ;31 .
':~~{;if~~1~{.~~~~~k:: ?~~!~~êm' ,~:.~~f.~~~i~:r~~~~7;~~ ;~::;:~:~r~~.~.;"'
~.:.:f:~~~~:.~~'(:':~~.:~1
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;.~~'~~l~~~;~~~~~:'~:;'.\:êiTí.-.~~~~~~~~:~t~1,ft~~~~ ::y~'.\~.~:~::.~
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~ii})~i~:~~~~\~~{~~~~.:;},:.~::.'L~E~~t;~~~~~jji{ij'~~'2j{1~

"
n_ __._._.__
Apêndice L: Fatores de ~onversão de unidades
xlix

TORQUE

Se a grandeza estiver em Multiplique por Para obter a grandeza em


.:;!f:fi.kgfm.1:Vs1Jitl :\/: J>;.'t:{9 '8 0(3 6 5 .{;;}/ ;:}'::::. .:,:;t2,,:f ,1\}.'}f.N .:m,:7l1}:i&;.;:;:..;'

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VAZÃO EM MASSA OU MÁSSICA

VAZÃO EM VOLUM~ OU VOLUMÉTRICA

Se a
Para, ?bt~.r a grand~za. em.. .
.~::';~~~~./:f 5~~~i::~ :.;.~.~.:\.~;T LI 5 \E::~:} f[::.{~~~~.
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. ~<:.<:.: :\~i?f~ ':/-:;;fe/s;)}/:~:: i.;~'i:;".


:':.:/::;f:', '(:.~';:" .:/:(:}::L/ s':F -/\::".t'.: or'. ':'.:,~t;:!:.

VELOCIDADE AN.GULAR

randeza estiver em
...;:'<H.:';:,<iL.;/j:PrD '~kS',\{>~(~'I~;~t~_:

VELOCIDADE

Se a grandeza estiver em Multiplique por Para obter a grandeza em


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Apêndice L: Fatores de conversão de unidades
xlviii

PRESSÃO, TENSÃO

Para obter a arandeza em

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TEMPERA TURA

Convertendo: I Utilize a equação abaixo: I Se for o contrário, utilize a


equação abaixo:

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