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Riquétsias

Introdução:
Doença causada por bactérias da família Rickettsiaceae, representada pelos seguintes gêneros:
Rickettsia, Orientia, Coxiella, Bartonella, Ehrlichia e Anaplasma;
São bactérias intracelulares obrigatórias, suas membranas celulares permitem o extravasamento de
substâncias;
São bactérias gram negativas;
Todas as espécies de rickettsia são transmitidas por artrópodes (piolho, pulgas e carrapatos);
Todas as doenças envolvem a produção de erupção cutânea;
As manifestações clínicas dessas infecções são muito semelhantes e superpostas, dificultando com
isto o diagnóstico etiológico.

Espécies de importância Médico-veterinária:


Rickettisia akari - riquetsiose variceliforme
Rickettisia prowazekii - tifo epidêmico
Rickettsia rickettsii - febre maculosa
Rickettisia typhi - tifo endêmico

Febre maculosa das montanhas rochosas:


Agente etiológico = Ricketssia rickettsii;
Vetor = carrapatos;
A Ricketssia akari e Ricketssia felis possuem como vetores, os ácaros e pulgas;
Doença de distribuição ubiquitária, e de caráter zoonótico. Acomete cães e seres humanos.

Patogenia:
Infecção por carrapatos, primordialmente da espécie Amblyomma cajennense , as riquétsias
disseminam-se via hematogênica invadindo e replicando-se nas células endoteliais de pequenas
artérias e vênulas.
Após a invasão endotelial inicia-se uma vasculite com ativação de plaquetas e do sistema de
coagulação – progredindo a vasculite necrosante levando a necrose tecidual – consequente
extravasamento de sangue mais o consumo coagulatório contribuem para trombocitopenia.

Achados clínicos:
Essas doenças podem se apresentar de forma clínica e subclínica. Sempre fazer relação com
anamnese, exame físico, achados hematológicos, citologia e radiografia.

ANAMNESE = Letargia, anorexia, perda de peso, vômitos, diarreia, ocorre em meses mais quentes;
EXAME FÍSICO = Febre, sinais oculares (congestão, conjuntivite, hemorragia na íris).
linfadenomegalia, edema, hiperemia, taquicardia, taquipneia, dispneia, necrose cutânea, edema
subcutâneo, icterícia, hepatomegalia, petéquias, equimoses (manchas na pele), mialgia, artralgia,
tumefação, rigidez articular, sinais neurológicos (ataxia, convulsões);
ACHADOS HEMATOLÓGICOS = Trombocitopenia, leucocitose, hiponatremia, hipocalcemia,
tempo de coagulação prolongados;
CITOLOGIA = hiperplasia de linfonodos;
RADIOGRAFIA = pneumonia;

Podem surgir hemorragias petéquias e equimóticas logo após a doença aguda em cães – petéquias nas
mucosas oculares, bucal e genitais mais do que a pele.

Epistaxe, melena e hematúria em animais gravemente acometidos.

Acometimento neurológico generalizado cerebral e medula espinhal – meningites podem evoluir


para encefalomielite que são encontradas em animais e humanos com diagnóstico e tratamento
tardio.

Por vezes os cães infectados têm recuperação rápida e completa se o acometimento for leve ou o
tratamento antimicrobiano for instituído cedo.

Dano orgânico permanente 1 a 2 semanas após o início dos sinais clínicos em cães com acometimento
grave que sobrevivem aos estágios agudos da doença.

Necrose das extremidades nas partes antes hiperêmicas do corpo.

Os cães podem morrer nos estágios agudos da doença em decorrência de diátese hemorrágica ou
trombose de órgãos vitais. Danos cardiovasculares, neurológicos e renais são as causas mais
consistentes de morte ou disfunção orgânica permanente.

Diagnóstico e tratamento:
Achados laboratoriais = leucopenia, trombocitopenia, hiperglicemia discreta e hipercolesterolemia;
Exames sorológicos = sorologia ELISA e isolamento de R. rickettsi - cultura celular;

O óbito de cães acometidos está associada ao diagnóstico e tratamento tardios;


o início do tratamento é preconizado em diagnóstico clínico. (por 7 dias ) Tetraciclina,
Cloranfenicol, Doxiciclina e Enroflaxcina

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