Você está na página 1de 48

Ciência dos Materiais

Aula de revisão Capítulos 2, 3, 4 e 5.

Prof. Dr. Émerson M. Miná


Estrutura atômica

Modelo atômico de Bohr Modelo atômico de Schröedinger

Quatro
números
quânticos
• n;
• l;
• 𝑚𝑙 ;
• 𝑚s
Número
quântico
principal
• n;
Ligação atômica
❖Ligação Iônica

❖Ligação Covalente

❖Ligação Metálica
Forças e Energia de Ligação
𝐹𝐴 𝐹𝑅

𝐹𝐿 = 𝐹𝐴 + 𝐹𝑅

Quando as forças estão em equilíbrio o


somatório é igual a zero equilíbrio
𝐹𝐴 = positiva 𝑑𝐸 𝐴 𝐵
𝐹𝐴 + 𝐹𝑅 = 0 𝐹= 𝐸𝐴 = − 𝐸𝐴 = 𝑛
𝐹𝑅 = negativa 𝑑𝑟 𝑟 𝑟
1
𝐴= 𝑍1 𝑒 𝑍2 𝑒
4𝜋𝜀0
Exercício

✓ Calcule a força de atração entre um íon 𝐶𝑎2+ e um íon 𝑂2−


cujos centros estão separados por uma distância de 1,25 nm.

1
𝑑𝐸𝐴 ▪ 𝐴= 𝑍1 𝑒 𝑍2 𝑒
▪ 𝐹𝐴 = 4𝜋𝜀0
𝑑𝑟
𝐴
𝐹𝐴 = 2 • 𝜀0 = 8,85 × 10−12 𝐶²/𝑁𝑚²
𝑟
𝐴 • 𝑒 = 1,602 × 10−19 𝐶
▪ 𝐸𝐴 = −
𝑟
• 𝑍1 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑜 í𝑜𝑛
Exercício
Os raios atômicos dos íons 𝑀𝑔2+ e um íon 𝐹 − são de 0,072 e 0,133 nm,
respectivamente. Calcule a força de atração entre esses dois íons na sua
separação interiônica de equilíbrio. Qual é a força de repulsão nessa mesma
distância de separação?

1
𝑑𝐸𝐴 ▪ 𝐴= 𝑍1 𝑒 𝑍2 𝑒
▪ 𝐹𝐴 = 4𝜋𝜀0
𝑑𝑟

• 𝜀0 = 8,85 × 10−12 𝐶²/𝑁𝑚²


𝐴
▪ 𝐸𝐴 = −
𝑟
• 𝑒 = 1,602 × 10−19 𝐶
𝐴
▪ 𝐹𝐴 = • 𝑍1 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑜 í𝑜𝑛
𝑟2
A Estrutura dos Sólidos Cristalinos

❑ Materiais Cristalinos ou ❑ Materiais Amorfos

▪ 𝑆𝑖𝑂2 - Cristalino ▪ 𝑆𝑖𝑂2 - Amorfo

▪ CFC ▪ CCC ▪ HC
❑ Arranjo Cristalino
A Estrutura dos Sólidos Cristalinos
1. Número de átomos por célula unitária; 4. Fator de empacotamento (FEA)
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜𝑠 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎
𝑭𝑬𝑨 =
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎

5. Densidade da célula cristalina


2. Número de coordenação; 𝑛𝐴
1 2 3 𝜌=
𝑉𝐶 𝑁𝐴
4 ▪ CCC
8
5 6. Sistemas cristalinos
7 6
Sistema x-y-z
3. Volume da célula cristalina; ▪

▪ 3 arestas: a, b e c
𝑎 = 2𝑅 2
▪ Ângulos entre os eixos: α, β e γ
𝑎3 = 16𝑅3 2 ▪ 7 sistemas cristalinos. Ex.: cúbico, hexagonal,
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 𝐶𝐹𝐶 trigonal, etc.
Exercício
Demonstre que o fator de empacotamento
que o fator de empacotamento da célula
CCC e CFC são 0,68 e 0,74,
respectivamente.

▪ 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎𝑟 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎

▪ 𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎𝑟 𝑜 𝑝𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒


𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒐𝒔 á𝒕𝒐𝒎𝒐𝒔 𝒆𝒎 𝒖𝒎𝒂 𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 𝒖𝒏𝒊𝒕á𝒓𝒊𝒂
𝑭𝑬𝑨 =
𝒗𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒂 𝒄é𝒍𝒖𝒍𝒂 𝒖𝒏𝒊𝒕á𝒓𝒊𝒂
▪ 𝐶𝑎𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎 𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎
Pontos Cristalográficos

1 1
❑ Para a célula unitária mostrada na figura a seguir, localize o ponto com coordenadas 4 1 2.

origem

b
a 0
Pontos Cristalográficos

❑ Especifique os índices das coordenadas para todos os pontos numerados da célula unitária na
ilustração a seguir.
❑ O Ponto 1 está exatamente na origem
✓ Os índices que o define são
origem
𝑞𝑎 𝑟𝑏 𝑠𝑐

0 𝑎 (0)𝑏 (0)𝑐

0
❑ O Ponto 2 tocando o comprimento máximo do eixo x

𝑞𝑎 𝑟𝑏 𝑠𝑐

1 𝑎 (0)𝑏 (0)𝑐
Pontos Cristalográficos

❑ Especifique os índices das coordenadas para todos os pontos numerados da célula unitária na
ilustração a seguir.

❑ O Ponto 5 é localizado na metade do comprimento


origem máximo de cada eixo

𝑞𝑎 𝑟𝑏 𝑠𝑐

1 1 1
𝑎 𝑏 𝑐
2 2 2
0
Direções Cristalográficas

❑ A direção cristalográfica é um vetor definido por dois pontos, dos quais um é a


origem e o segundo ponto indica o sentido
𝑥1 𝑎 𝑦1 𝑏 𝑧1 𝑐

𝑥2 𝑎 𝑦2 𝑏 𝑧2 𝑐

(𝑥2 𝑎 − 𝑥1 𝑎) (𝑦2 𝑏 − 𝑦1 𝑏) (𝑧2 𝑐 − 𝑧1 𝑐)


𝑎 𝑏 𝑐
[𝑥𝑎 𝑦𝑏 𝑧𝑐]
Direções Cristalográficas

❑ A direção cristalográfica é um vetor definido por dois pontos, dos quais um é a


origem e o segundo ponto indica o sentido
𝑥1 𝑎 𝑦1 𝑏 𝑧1 𝑐

𝑥1 𝑎 𝑦1 𝑏 𝑧1 𝑐 𝑥2 𝑎 𝑦2 𝑏 𝑧2 𝑐

𝑥2 𝑎 𝑦2 𝑏 𝑧2 𝑐
(𝑥2 𝑎 − 𝑥1 𝑎) (𝑦2 𝑏 − 𝑦1 𝑏) (𝑧2 𝑐 − 𝑧1 𝑐)
𝑎 𝑏 𝑐

(0𝑎 − 0𝑎) (1𝑏 − 0𝑏) (1𝑐 − 0𝑐)


𝑎 𝑏 𝑐

A direção será representada como [011]


Direções Cristalográficas

❑ A direção cristalográfica é um vetor definido por dois pontos, dos quais um é a


origem e o segundo ponto indica o sentido
𝑥1 𝑎 𝑦1 𝑏 𝑧1 𝑐
𝑥2 𝑎 𝑦2 𝑏 𝑧2 𝑐
𝑥1 𝑎 𝑦1 𝑏 𝑧1 𝑐

𝑥2 𝑎 𝑦2 𝑏 𝑧2 𝑐
(𝑥2 𝑎 − 𝑥1 𝑎) (𝑦2 𝑏 − 𝑦1 𝑏) (𝑧2 𝑐 − 𝑧1 𝑐)
𝑎 𝑏 𝑐
1
(1𝑎 − 1𝑎) (1𝑏 − 0𝑏) (1𝑐 − 2 𝑐)
𝑎 𝑏 𝑐
1
A direção seria 01 2 , multiplicando os índices por 2: 021
Exercício

❑ Defina os índices da direção cristalográfica abaixo.


𝑥1 𝑎 𝑦1 𝑏 𝑧1 𝑐

• A direção cristalográfica verde 𝑥2 𝑎 𝑦2 𝑏 𝑧2 𝑐

• A direção cristalográfica azul

• A direção cristalográfica vermelha


Planos Cristalográficos

❑ Os planos cristalográficos são representados por quaisquer três pontos que tocam
os eixos cristalográficos da célula cristalina.
❑ Esses pontos são definidos como índices de Miller hkl.

𝑛𝑎 𝑛𝑏 𝑛𝑐
ℎ= 𝑘= l=
𝐴 𝐴 𝐴

▪ n é um fator multiplicador
▪ A, B e C são os pontos que interceptam os eixos
Planos Cristalográficos

1. Identificar onde o plano intercepta os eixos de coordenadas x, y e z

z
2. Multiplicar pelo o inverso desses três pontos

x y
3. Eliminar as frações multiplicando por fatores

4. Colocar os resultados em parêntese

Obs.: Caso o plano intercepte a origem, será necessário deslocar a origem do sistema
x-y-z
Planos Cristalográficos

❑ Identifique os índices de Miller do plano:

1. Quais são os pontos do plano que interceptam os


z eixos?
▪ Interceptam os eixo x e y.
▪ O plano intercepta o eixo z no infinito.
x y ➢ 𝐴=𝑎, 𝐵=𝑏, 𝐶 =∞

2. Multiplicar pelo o inverso desses três pontos

1 1 1 3. Eliminar as frações multiplicando por fatores


ℎ = 𝑛𝑎 𝑘 = 𝑛𝑏 l = 𝑛𝑐
𝑎 𝑏 ∞
4. Colocar os resultados em parêntese

(110)
Planos Cristalográficos

❑ Identifique os índices de Miller do plano:

1. Quais são os pontos do plano que interceptam os


z eixos?
▪ Intercepta o eixo x na posição -a.
▪ O plano intercepta os eixos y e z no infinito.
x y ➢ 𝐴 = −𝑎 , 𝐵 = ∞, 𝐶 = ∞

2. Multiplicar pelo o inverso desses três pontos

1 1 1 3. Eliminar as frações multiplicando por fatores


ℎ = 𝑛𝑎 𝑘 = 𝑛𝑏 l = 𝑛𝑐
−𝑎 ∞ ∞ 4. Colocar os resultados em parêntese
ഥ𝟎𝟎)
(𝟏
Planos Cristalográficos

❑ Identifique os índices de Miller do plano:

1. Quais são os pontos do plano que interceptam os


z eixos?
▪ Intercepta os eixos x, y e z .
▪ O plano intercepta os outros no infinito.
x y ➢ 𝐴 = 𝑎/2 , 𝐵 = 𝑏, 𝐶 = 𝑐

2. Multiplicar pelo o inverso desses três pontos

1 1 1 3. Eliminar as frações multiplicando por fatores


ℎ = 𝑛𝑎 𝑘 = 𝑛𝑏 l = 𝑛𝑐
𝑎/2 𝑏 𝑐
4. Colocar os resultados em parêntese

(𝟐𝟏 𝟏)
Exercício

❑ Identifique os índices de Miller dos planos:

x y
Densidade Linear e Planar

❑ Cada vetor direção ou plano intercepta uma certa quantidade de átomos

CFC CCC

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜


𝐷𝐿 =
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜


𝐷𝑃 =
á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜
Defeitos Pontuais

Al

Cu

Lacuna

Átomo substitucional

Átomo intersticial Auto-intersticial


Defeitos pontuais
❑ Número de Lacunas
Podemos calcular o número de lacunas a partir da Equação de Arrhenius:

𝑄𝑙 𝑁𝑙 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑐𝑢𝑛𝑎𝑠/𝑚³

𝑁𝑙 = 𝑁𝑒 𝑘𝑇
𝑁 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑠í𝑡𝑖𝑜𝑠 𝑎𝑡ô𝑚𝑖𝑐𝑜𝑠 (á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠Τ𝑚3 )

𝑄𝑙 = 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑟 1 𝑙𝑎𝑐𝑢𝑛𝑎𝑠


(𝐽Τ𝑚𝑜𝑙 𝑜𝑢 𝑒𝑉/á𝑡𝑜𝑚𝑜)
𝑘 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑙𝑡𝑧𝑚𝑎𝑛 (𝑒𝑉 Τá𝑡𝑜𝑚𝑜. 𝐾)
𝑇 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 (𝐾)
Solução sólida substitucional
A solubilidade ou a capacidade de um soluto ser incorporado pelo solvente para compor a
rede cristalina segue as regras de Hume-Rothery:

1. Tamanho do átomo de soluto


▪ A diferença de tamanho do raio atômico de soluto e solvente deverá ser aproximadamente ±
15%.

2. Estrutura cristalina
▪ Mesma estrutura cristalina. Ex.: Fe-CCC (solvente) + Cr-CCC (soluto) = Aço Inoxidável.

3. Eletronegatividade
▪ Quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre os elementos maior será
incompatibilidade entre eles.

4. Valência
▪ O elemento de soluto será mais facilmente absorvido pelo solvente quando possui uma
valência menor.
Solução sólida intersticial
A solubilidade de átomos intersticiais depende do tamanho do átomo e
do tamanho do interstício presente na rede cristalina.
No sistema cúbico esses interstícios são chamados de Octaédrico e
Tetraédrico. Cada um possui um número de coordenação específico.
Composição química
A composição química de uma certa mistura ou liga metálica pode ser
expressa pelo percentual em peso (%p) ou pelo percentual atômico (%a).

❑ Percentual em peso (%p)

𝑚1 𝑚2
𝐶1 = × 100 𝐶2 = × 100
𝑚1 + 𝑚2 𝑚1 + 𝑚2

❑ Percentual atômico (%a)


𝑛𝑚1 𝑚′1
𝐶′1 = × 100 𝑛=
𝑛𝑚1 + 𝑛𝑚2 𝐴1
Conversão
Converter o percentual em peso (%p) em percentual atômico (%a) para
uma liga hipotética contendo dois elementos.

𝑛1 𝑚1′
▪ 𝑀′ = 𝑚1′ + 𝑚2′ 𝐶1′ = × 100 𝐶1 = ′
𝑛1 + 𝑛2 ′ × 100
𝑚1 + 𝑚2
✓ 𝑚2′ = 𝑀′ − 𝑚1′
𝑚1′ 𝑚1′
✓ 𝑚1′ = 𝑀′ − 𝑚2′ 𝐴 𝐶1 = ′ × 100
𝐶1′ = ′ 1 ′ × 100 𝑀
𝑚1 𝑚2
+
𝑚′1 𝐴1 𝐴2 𝑚2′
✓ 𝑛= 𝐶2 = ′ × 100
𝐴1
𝑀
Conversão
Converter o percentual em peso (%p) em percentual atômico (%a) para
uma liga hipotética contendo dois elementos.

𝑚1′
▪ 𝑀′ = 𝑚1′ + 𝑚2′ 𝐴 𝑚1′ 𝑚2′
𝐶1′ = ′ 1 ′ × 100 𝐶1 = ′ × 100 ∴ 𝐶2 = ′ × 100
𝑀
𝑚1 𝑚2 𝑀
+
✓ 𝑚2′ = 𝑀′ − 𝑚1′ 𝐴1 𝐴2 𝐶 𝑀 ′ 𝐶2 𝑀 ′
1
𝑚1′ = 𝑚2′ =
100 100
✓ 𝑚1′ = 𝑀′ − 𝑚2′
𝐶1 𝑀′ 𝐶1
𝑚′1 ′ 100 × 𝐴1 𝐴1
✓ 𝑛= 𝐶1 = × 100 𝐶1′ = × 100
𝐴1 𝐶1 𝑀′ 𝐶2 𝑀′ 𝐶1 𝐶2
+ +
100 × 𝐴1 100 × 𝐴2 𝐴1 𝐴2
Conversão
Converter o percentual em peso (%p) em percentual atômico (%a) para
uma liga hipotética contendo dois elementos.

▪ 𝑀′ = 𝑚1′ + 𝑚2′ 𝐶1
𝐴1 𝐶1 𝐴1 𝐴2
𝐶1′ = × 100 𝐶1′ = × × 100
✓ 𝑚2′ = 𝑀′ − 𝑚1′ 𝐶1 𝐶2 𝐴1 𝐶1 𝐴2 + 𝐶2 𝐴1
+
𝐴1 𝐴2
✓ 𝑚1′ = 𝑀′ − 𝑚2′
𝐶1
′ 𝐴1 𝐶1 𝐴2
𝐶1 = × 100 𝐶1′ = × 100
𝑚′1 𝐶1 𝐴2 + 𝐶2 𝐴1
✓ 𝑛= 𝐶1 𝐴2 + 𝐶2 𝐴1
𝐴1 𝐴1 𝐴2
Exercício
Calcule a composição, em porcentagem em peso, de uma liga que contém
105 kg de Fe, 0,2 kg de C e 1,0 kg de Cr.

𝑚1′ 𝑚3′
𝐶1 = × 100 𝐶3 = ′ ′ ′ × 100
𝑚1′ + 𝑚2′ + 𝑚3′ 𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3

𝑜𝑢
𝑚2′
𝐶2 = ′ ′ ′ × 100 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 = 100%
𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3

𝐶3 = 100 − 𝐶1 − 𝐶2
Exercício
Calcule a composição, em porcentagem atômica, de uma liga que contém 105 g de
Fe, 0,2 g de C e 1,0 g de Cr. (Fe = 55,84 g/mol; C = 12,01 g/mol; Cr = 51,99 g/mol.

𝑛1
𝐶1′ = × 100
𝑛1 + 𝑛2 + 𝑛3
𝑚′1
𝑛=
𝑛2 𝐴1
𝐶2′ = × 100
𝑛1 + 𝑛2 + 𝑛3

𝑛3
𝐶3′ = × 100
𝑛1 + 𝑛2 + 𝑛3
Defeitos lineares
✓ Discordância helicoidal ✓ Discordância mista
Defeitos Interfaciais
Os materiais possuem diversas interfaces que são
responsáveis pela formação de defeitos na rede cristalina

2. Contorno de grão
Durante a solidificação (liquido → sólido) diversos
núcleos sólidos são formados com orientações
cristalográfica aleatórias.
Mecanismos de Difusão

1. É necessário um sítio adjacente vazio = Lacuna ou Interstícios


2. Requer energia para quebrar as ligações atômicas com seus átomos
Autodifusão Interdifusão Difusão interstícial

Ni

Cu

C ou N

Lacuna Interstício
Fluxo difusional

❑ Como calcular o fluxo de espécies químicas?

• J - fluxo de transferência de massa por tempo;


𝑀 1𝑀 (𝑘𝑔/𝑚2 ∙ 𝑠 ou átomos/𝑚2 ∙ 𝑠)

𝐽= 𝐽= • M - é a massa que está sendo transferida por


𝐴𝑡 𝐴 𝑡 difusão

• A - é a área perpendicular ao fluxo de massa

• t - é o tempo decorrido
Regime estacionário
❑A primeira lei de Fick define a passagem de
um fluxo em um regime estacionário:

𝐶𝐴 − 𝐶𝐵
𝐽 = −𝐷
𝑥𝐴 − 𝑥𝐵
Problema-Exemplo 5.1
Uma placa de ferro é exposta a 700ºC (1300ºF) a uma atmosfera carbonetante (rica em
carbono) em um de seus lados e a uma atmosfera descarbonetante (deficiente em
carbono) no outro lado. Se uma condição de regime estacionário é atingida, calcule o
fluxo difusional do carbono através da placa, caso as concentrações de carbono nas
posições a 5 e a 10 mm (5 × 10−3 e 10−2 m) abaixo da superfície carbonetante sejam de
1,2 e 0,8 kg/m³, respectivamente. Considere um coeficiente de difusão de 3 × 10−11 𝑚²/𝑠
nessa temperatura.

𝑑𝐶 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑢𝑚 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑖𝑜 𝐶𝐴 − 𝐶𝐵


𝐽 = −𝐷 𝐽 = −𝐷
𝑑𝑥 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑡𝑟𝑎çã𝑜 é 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑥𝐴 − 𝑥𝐵
Problema-Exemplo 5.1
Uma placa de ferro é exposta a 700ºC (1300ºF) a uma atmosfera carbonetante (rica em
carbono) em um de seus lados e a uma atmosfera descarbonetante (deficiente em
carbono) no outro lado. Se uma condição de regime estacionário é atingida, calcule o
fluxo difusional do carbono através da placa, caso as concentrações de carbono nas
posições a 5 e a 10 mm (5 × 10−3 e 10−2 m) abaixo da superfície carbonetante sejam de
1,2 e 0,8 kg/m³, respectivamente. Considere um coeficiente de difusão de 3 × 10−11 𝑚²/𝑠
nessa temperatura.

𝐶𝐴 − 𝐶𝐵 1,2 − 0,8 (𝑘𝑔Τ𝑚³)


𝐽 = −𝐷 𝐽 = −3 × 10−11 𝑚²Τ𝑠 ×
𝑥𝐴 − 𝑥𝐵 5 × 10−3 − 10−2 (𝑚)

𝐽 = 2,4 × 10−9 𝑘𝑔/𝑚² ∙ 𝑠


Regime não estacionário
❑ Solução ‘particular’ da Segunda lei de Fick

𝐶𝑥 − 𝐶0 𝑥
= 1 − erf
𝐶𝑠 − 𝐶0 2 𝐷𝑡

Onde erf(z) = z
✓Função erro de Gauss
Problema-Exemplo 5.2
Para algumas aplicações, é necessário endurecer a superfície de um aço (ou liga ferro-
carbono) a níveis superiores aos do seu interior. Uma maneira de conseguir isso é
aumentando a concentração de carbono na superfície, por meio de um processo
denominado carbonetação (ou cementação). A peça de aço é exposta, em uma
temperatura elevada, a uma atmosfera rica em um hidrocarboneto gasoso, tal como o
metano (CH4).

Considere uma dessas ligas contendo uma concentração inicial uniforme de


carbono de 0,25 %p, que deve ser tratada a 950ºC (1750ºF). Se a concentração de
carbono na superfície for repentinamente elevada e mantida em 1,20 %p, quanto
tempo será necessário para atingir um teor de carbono de 0,80 %p em uma
posição a 0,5 mm abaixo da superfície? O coeficiente de difusão para o carbono no
ferro nessa temperatura é de 1,6 × 10−11 𝑚2 /𝑠; assuma que a peça de aço seja
semi-infinita.
Problema-Exemplo 5.2
Considere uma dessas ligas contendo uma concentração inicial uniforme de
carbono de 0,25 %p, que deve ser tratada a 950ºC (1750ºF). Se a concentração de
carbono na superfície for repentinamente elevada e mantida em 1,20 %p, quanto
tempo será necessário para atingir um teor de carbono de 0,80 %p em uma
posição a 0,5 mm abaixo da superfície? O coeficiente de difusão para o carbono no
ferro nessa temperatura é de 1,6 × 10−11 𝑚2 /𝑠; assuma que a peça de aço seja
semi-infinita.

𝐶𝑥 − 𝐶0 𝑥
= 1 − erf
𝐶𝑠 − 𝐶0 2 𝐷𝑡
𝑥
erf = 0,4210
2 𝐷𝑡
0,8 − 0,25 𝑥
= 1 − erf
1,20 − 0,25 2 𝐷𝑡
Problema-Exemplo 5.2
Considere uma dessas ligas contendo uma concentração inicial uniforme de
carbono de 0,25 %p, que deve ser tratada a 950ºC (1750ºF). Se a concentração de
carbono na superfície for repentinamente elevada e mantida em 1,20 %p, quanto
tempo será necessário para atingir um teor de carbono de 0,80 %p em uma
posição a 0,5 mm abaixo da superfície? O coeficiente de difusão para o carbono no
ferro nessa temperatura é de 1,6 × 10−11 𝑚2 /𝑠; assuma que a peça de aço seja
semi-infinita.

𝑥
erf = 0,4210
2 𝐷𝑡
Problema-Exemplo 5.2
Considere uma dessas ligas contendo uma concentração inicial uniforme de
carbono de 0,25 %p, que deve ser tratada a 950ºC (1750ºF). Se a concentração de
carbono na superfície for repentinamente elevada e mantida em 1,20 %p, quanto
tempo será necessário para atingir um teor de carbono de 0,80 %p em uma
posição a 0,5 mm abaixo da superfície? O coeficiente de difusão para o carbono no
ferro nessa temperatura é de 1,6 × 10−11 𝑚2 /𝑠; assuma que a peça de aço seja
semi-infinita.

𝑥
erf = 0,4210
2 𝐷𝑡
𝑧 − 0,35 0,4210 − 0,3794
= 𝑧 = 0,392
erf 𝑧 = 𝑧, 𝑙𝑜𝑔𝑜 erf 𝑧 = 0,4210 0,40 − 0,35 0,4284 − 0,3794
Problema-Exemplo 5.2
Considere uma dessas ligas contendo uma concentração inicial uniforme de
carbono de 0,25 %p, que deve ser tratada a 950ºC (1750ºF). Se a concentração de
carbono na superfície for repentinamente elevada e mantida em 1,20 %p, quanto
tempo será necessário para atingir um teor de carbono de 0,80 %p em uma
posição a 0,5 mm abaixo da superfície? O coeficiente de difusão para o carbono no
ferro nessa temperatura é de 1,6 × 10−11 𝑚2 /𝑠; assuma que a peça de aço seja
semi-infinita.

𝑥
erf = 0,4210
2 𝐷𝑡

𝑥 𝑥²
= 0,392 = (0,392)² t = 25.400𝑠 𝑜𝑢 7,1ℎ
2 𝐷𝑡 4𝐷𝑡
Problema-Exemplo 5.3
Os coeficientes de difusão para o cobre no alumínio a 500ºC e 600ºC são de 4,8 × 10−14 e
5,3 × 10−13 𝑚2 /𝑠, respectivamente. Determine o tempo aproximado a 500ºC que produzirá o
mesmo resultado de difusão (em termos da concentração de Cu em algum ponto específico
no Al) que um tratamento térmico de 10h a 600ºC.

𝐶𝑠 − 𝐶0 𝑥 Regime não-estacionário (Segunda Lei de Fick)


= 1 − erf
𝐶𝑥 − 𝐶0 2 𝐷𝑡

𝑥 𝐶𝑠 − 𝐶0 𝑥0
erf =1− erf = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒(𝐶1 )
2 𝐷𝑡 𝐶𝑥 − 𝐶0 2 𝐷600°𝐶 𝑡600

𝑥 𝑥0
erf = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒(𝐶1 ) erf = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒(𝐶1 )
2 𝐷𝑡 2 𝐷500°𝐶 𝑡500
Problema-Exemplo 5.3
Os coeficientes de difusão para o cobre no alumínio a 500ºC e 600ºC são de 4,8 × 10−14 e
5,3 × 10−13 𝑚2 /𝑠, respectivamente. Determine o tempo aproximado a 500ºC que produzirá o
mesmo resultado de difusão (em termos da concentração de Cu em algum ponto específico
no Al) que um tratamento térmico de 10h a 600ºC.

𝑥0 𝑥0 𝑥0
= 𝑧0 =
2 𝐷500°𝐶 𝑡500 2 𝐷500°𝐶 𝑡500 2 𝐷600°𝐶 𝑡600
erf 𝑧 = 𝑧
𝑥0
= 𝑧0
2 𝐷600°𝐶 𝑡600 2 𝐷500°𝐶 𝑡500 = 2 𝐷600°𝐶 𝑡600

𝐷500°𝐶 𝑡500 = 𝐷600°𝐶 𝑡600

𝑡500 = 110,4 ℎ

Você também pode gostar