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Balneário Camboriú
2020 – I
VALENTINA CORRÊA DA ROSA
Balneário Camboriú
2020 – I
Resumo
Comfort food, ou comida conforto, é um termo amplamente conhecido, entretanto, não
tão comumente estudado. São, geralmente, alimentos que evocam sentimento de
conforto, nostalgia e alívio emocional. Considerando a importância e a subestimação
do tema, sobretudo em estudos na língua portuguesa, o objetivo deste trabalho de
iniciação científica é apontar as principais características e a influência do comfort food
na vida das pessoas, para dessa forma alcançar um maior entendimento sobre o
assunto. Foi realizada uma análise bibliográfica baseada em artigos, livros e estudos
encontrados para se atingir os resultados apresentados nesse trabalho. A pesquisa
buscou evidenciar as características encontradas sobre comida conforto e seus
principais autores, evidenciando diferenças nas preferências entre os diferentes
gêneros, idades, situações e humores em que o comfort food era consumido e em
como os alimentos de conforto estão associados às ligações interpessoais dos
indivíduos. A contribuição dessa pesquisa está na valorização e disseminação do
tema, além de demonstrar, através de uma visão acadêmica fundamentada
cientificamente, a relevância e profundidade do assunto.
Quadro 1 - Demonstrativo das comidas que mais foram levadas à aula no dia da
realização da pesquisa.......................................................................... 16
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 07
2 OBJETIVOS........................................................................................................... 09
3 METODOLOGIA.................................................................................................... 10
4 ANÁLISE DE RESULTADOS................................................................................ 11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 22
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO
É sabido do grande poder que a comida exerce sobre os seres humanos, na vida e
nas emoções, sendo ela capaz de proporcionar grande sensação de acalento, quando
associado à memórias e lembranças queridas. De acordo com Menèndez, apud Lima,
Lamounier e Teixeira (2018, p. 3):
A comida nunca é só comida, é também o veículo através do qual, quando
éramos pequenos, recebíamos o alimento afetivo da pessoa que cuidava de
nós. Este alimento é fundamental para a vida e para a vida psíquica. Assim
pois, sobre as necessidades corporais se constrói o psiquismo humano...
Além do leite a mãe alimenta o filho com seu afeto com suas palavras e com
o tom que se dirige a ele, assim como com a forma que o acolhe em seus
braços, com as canções com que o ajuda a dormir e etc. Tudo isso são
ingredientes fundamentais para o crescimento dos filhos. O alimento material
se trança com o afetivo de tal modo que se falta este, ainda que sobre aquele,
a criança pode morrer.
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sobre diversos âmbitos da vida das pessoas. “Comida se tornou uma parte
significativa das nossas vidas emocionais, especialmente tendo em vista que as
nossas escolhas alimentares tendem a estar intimamente ligadas com as nossas
memórias” (LUPTON, 1996, p. 2, tradução do autor).
Além disso, deve-se analisar como os indivíduos podem usar alimentos para
proporcionar conforto durante períodos de estresse e tristeza.
Locher et al (2005, p. 275, tradução do autor) afirma que:
A comida e o ato de comer significam um papel cada vez mais central na vida
das pessoas. Nós dependemos de objetos, especialmente objetos
alimentícios, para definir quem somos, tanto como indivíduos e como grupos.
[...] Embora se possa argumentar que sempre usamos comida para nos
confortar, somente na década passada a noção de comida para conforto
começou a aparecer regularmente em revistas populares, televisão, literatura
e publicidade. A vida cotidiana no mundo moderno, com seu estresse
concomitante, desconforto psicológico, problemas pessoais e deslocamento
pessoal originaram necessidade de alimentos reconfortantes [...].
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2 OBJETIVOS
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3 METODOLOGIA
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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
O termo comfort food foi adicionado ao Cambridge English Dictionary em 1997, s/p, e
o significado inclui fatores nutricionais e a ligação do comfort food com a história do
indivíduo à descrição: “O tipo de comida que as pessoas comem quando estão tristes
ou preocupadas, geralmente comida doce ou comida que as pessoas comiam quando
crianças”. Já Spence, oferece uma ideia mais geral para definir o que é comfort food:
Wansink (2000, p. 66, tradução do autor) também destaca que a situação em que a
degustação ocorre também é importante para o conceito: “uma comida específica
consumida em uma situação específica para obter conforto psicológico”.
Nina Horta, importante autora brasileira sobre o assunto, trouxe em seu primeiro livro
“Não é sopa” (1996), reunindo suas crônicas publicadas na Folha de S. Paulo, o que
ela define como “comida de alma”:
Comida de alma é aquela que consola, que escorre garganta abaixo quase
sem precisar ser mastigada, na hora de dor, de depressão, de tristeza
pequena. Não é, com certeza, um leitão pururuca, nem um menu nouvelle
seguido à risca. Dá segurança, enche o estômago, conforta a alma, lembra a
infância e o costume. É a canja da mãe judia, panaceia sagrada a resolver os
problemas de náusea existencial. O macarrão cabelo de anjo cozido mole e
passado na manteiga. O caldo de galinha gelatinoso, tomado às colheradas.
São as sopas. O leite quente com canela, o arroz doce, os ovos nevados, a
banana cozida na casca, as gelatinas, o pudim de leite. Nora Ephron, autora
de A difícil arte de amar, com o casamento acabado, grávida, enjoada, traída,
vota pelo consolo da batata: "Nada como um bom purê quando se está
deprimido. Nada como ir para a cama com um prato fundo de purê de batata já
saturado de manteiga e metodicamente ir adicionando mais uma fatia fina de
manteiga a cada garfada". Comida de alma tem de ser neutra. Sorvete é
comida de alma? Não é. Tem um pique gelado que a tristeza não suporta. A
temperatura deve estar entre ambiente e morna. Chocolate vale? Não, nem
pensar. É sexy, sedutor, pressupõe prazer e culpa. Tudo tem de ser especial
na comida de alma. A tia Léonie, de Proust, comia seus ovos com creme em
pratos rasos, com desenhos e legendas. Punha os óculos e decifrava contente:
" Ali Babá e os quarenta ladrões", ou "Aladim e a lâmpada maravilhosa" O
mingau de aveia ou fubá pode ser em prato fundo, o quadrado de manteiga se
derretendo por cima. O leite em boa caneca grossa, o chá em xícara inglesa
florida, e, para casos extremos, a mamadeira, é claro. A comida, de
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preferência, deve ser bebida aos goles ou tomada de colher. A faca é quase
sempre supérflua (HORTA, 1996, p.15).
Então fica a questão do que exatamente faz com que uma comida comum torne-se
um comfort food? Segundo Spencer (2017), dado ao fato de que muitas “comida de
alma” são muitas vezes associadas com o que os pais ou avós dos indivíduos
ofereciam para comer quando estavam doentes quando crianças. Tende a ter muitas
variações tanto entre os indivíduos, quanto a cultura em que estão inseridos para
definir o que as pessoas tem como comfort food.
De acordo com uma pesquisa com mais de 1.005 norte-americanos feita por Wansink
e Sangerman (2000) os alimentos de conforto mais comuns foram: batatas fritas
(24%), sorvete (14%), biscoitos (12%), pizzas e massas (11%), hambúrgueres de
carne bovina (9%), frutas/legumes (7%), sopa (4%) e outros (9%).
O gráfico 1 demonstra os alimentos mais comumente citados na pesquisa de Wansink
e Sangerman.
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alimentos de conforto para homens foram sorvete (77%), sopa (73%) e
pizza/macarrão (72%). Os gráficos 2 e 3 demonstram os principais comfort food
citados por homens e mulheres na pesquisa.
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Ademais, Wansink, Cheney e Chan (2003), encontraram que não foram apenas os
alimentos que diferiram por sexo, também foram reconhecidas diferenças nas
situações que provavelmente obter conforto para comer. Baseado nos resultados de
uma pesquisa na web com 277 participantes (196 mulheres e 81 homens), solidão,
depressão e culpa foram consideradas fundamentais condutores de conforto alimentar
para as mulheres, enquanto os homens questionados normalmente relatavam que
consumiam comida caseira como recompensa pelo sucesso.
Assim, enquanto a visão clichê pode muito bem ser que as pessoas buscam comida
caseira quando o humor não está bom, as evidências relatadas por Wansink e
Sangerman (2000) sugere ao invés que alimentos de conforto são consumidos
quando as pessoas se sentem em clima de júbilo (86%), ou quando eles querem
comemorar ou se recompensar por algo (74%). Somente 39% dos questionados
preferiram por comer alimentos de conforto quando eles estavam tristes ou estavam
sentindo-se solitários.
Locher et al (2005), realizaram uma pesquisa com uma população de 264 estudantes
de graduação de uma grande universidade pública do sudeste dos Estados Unidos.
Estes alunos possuíam diferentes ascendências étnicas e foram convidados a trazer
para seus colegas uma comida que lhes desse uma sensação de bem estar e que
lhes proporcionasse conforto. Os estudantes poderiam ainda escrever uma redação
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trazendo a justificativa de suas escolhas, o que lhes renderia pontos em uma
determinada disciplina cursada. Os dados analisados foram os 264 exemplos de
comfort foods trazidos pelos estudantes e as 72 redações produzidas com as
justificativas. Dentre as informações levantadas destacam-se: a identificação das
iguarias selecionadas, dos critérios de seleção e das respectivas condições de
consumo. Os autores estabeleceram então quatro categorias: nostalgic foods
(comidas nostálgicas), indulgence foods (comidas de indulgência), convenience foods
(comidas de conveniência) e physical comfort foods (comidas de conforto físico).
Locher et al (2005) nota que antes de descrever cada categoria, é importante observar
as semelhança entre os mesmos:
Primeiro, os alimentos que fazem os alunos se sentirem bem são os que
trazem um senso de familiaridade. Por exemplo, uma mulher cuja comida que
a reconfortava era salada de frutas "Quando eu morava em casa, minha mãe
sempre fazia salada de frutas". Em outro exemplo, um homem cuja comida
reconfortante era milho descreveu como sua “mãe, que cozinhava todos os
dias, adicionava milho a todas as refeições. Se não era milho enlatado, era
espiga de milho". [...] Somente os alimentos associados a algum evento
especial ou memorável na história de alguém foram definidos como alimentos
de conforto [...] os alimentos de conforto foram percebidos como alimentos
para ocasiões especiais, apenas para serem consumidos quando se sentisse
triste ou necessitando de um estímulo emocional. Por exemplo, uma mulher
lembrou como sua avó sempre fazia seu sorvete caseiro de chocolate quando
estava triste. Ela descreveu como "agora, quando estou me sentindo mal,
como sorvete de chocolate para me sentir melhor". Terceiro, embora os
entrevistados associassem os alimentos de conforto a alguma atividade
social anterior, eles quase sempre os consumiam sozinhos. Muitos alunos
descreveram como os alimentos que eles traziam para a aula eram os que
consumiam quando não havia mais ninguém por perto (LOCHER et al, 2005,
p. 279, tradução do autor).
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O quadro 1 demonstra as comidas que mais foram levadas à aula para a realização
da pesquisa de Locher et al.
Pudim
Caçarola de batata-doce
Salgadinhos chips
Almôndegas
Esses momentos em que essa exceção ocorria, muitas vezes geravam sentimento de
culpa no futuro, mas são motivadas pela criação de um sentimento de segurança e de
recompensa diante de uma situação percebida como triste, angustiante ou altamente
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desagradável. Locher et al, (2005, p. 284, tradução do autor) cita que uma mulher
descreveu a sua comida reconfortante como uma cheesecake e comentou que era
“muito prazerosa”. A mulher observou que “a única coisa ruim desse cheesecake era
que eles poderiam ser bem calóricos, especialmente se você servir ele com morangos
e chantilly”.
“Comidas de conveniência” eram aquelas que haviam como critério serem fáceis de
serem preparadas. O vínculo entre conforto emocional e praticidade é essencial nessa
categoria. Locher et al (2005 p. 286, tradução do autor) cita:” Uma mulher disse
“quando estou me sentindo deprimida... eu quero algo que seja conveniente; É mais
prático para mim ir até a loja e comprar alguns salgadinhos de queijo do que é para
mim ir para a cozinha e cozinhar”.” Locher et al (2005) também notam que isso
acontece por duas motivos: porque o indivíduo em pauta foi criado em um contexto
onde a industrialização alimentar já estava definitiva, então o acesso a estes produtos
já se conecta à infância e à memória emocional do indivíduo, ou porque o indivíduo
substitui por conveniência o produto feito em casa por um semelhante industrializado.
Horta (1996), por sua vez, cita em sua definição de “comida de alma”, que esse
alimento precisa estar em temperatura ambiente ou morna, já que por exemplo, em
sua palavras, sorvete não deve ser considerado comida de alma pois “tem um pique
gelado que a tristeza não suporta” (HORTA, 1996, p. 16).
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Lupton (1996 p. 108, tradução do autor) observou que “masculinidade é associada
com “comer comida que outros cozinharam”, enquanto feminilidade é associada com
“cozinhar para os outros, equivalendo oferecer alimento com amar”. De modo geral,
parece haver preferência por alimentos ricos em gordura e açúcar, de ação
comprovada na química do cérebro. Locher et al (2005) verificou nessa categoria
bebidas alcóolicas, além do chá e do café. Em termos de comida, porém, o número
maior de citações foi destinado ao chocolate e os preparos em que ele ocupa o espaço
de ingrediente fundamental.
É possível compreender então, que comfort foods não são alimentos definidos, pois
dependem da identificação pessoal de cada indivíduo, dependendo de diferentes
grupos sociais, socioeconômicos e étnicos, mas podendo haver padrões desses
alimentos em grupos com características similares.
Wansink, Cheney e Chan (2003), notam que muitas pessoas consomem comida
reconfortante na tentativa de aliviar inúmeras experiências emocionais negativas.
Entretanto, a eficácia da comida reconfortante na eliminação de emoções negativas é
questionável. Wagner et al (2014) pontuaram que algumas pesquisas recentes
sugerem que a comida reconfortante não é eficaz na eliminação de estados gerais de
tristeza.
Os resultados revelaram que aqueles que comeram comida saudável ou não durante
a fase de antecipação do stress não apresentaram redução psicofisiológica do stress
comparados com aqueles que não comeram nessa fase. Similarmente, aqueles que
comeram ambos tipos de alimentos imediatamente após o momento de stress, os
resultados não demonstraram aceleração na recuperação do estresse psicofisiológico
em comparação com aqueles que não comeram durante o estudo. Nesse estudo,
consumir comida industrializada não demonstrou que provia qualquer benefício de
redução de stress psicofisiológico comparado a quem comeu alimentos saudáveis,
independente de qual momento a ação de comer por conforto aconteceu.
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reconfortante e sentimentos de conexão interpessoal, sugerindo que a comida
reconfortante pode servir como um lembrete para a ligação de um indivíduo com
outros. Em seu primeiro experimento sobre esse tópico, eles descobriram que os
participantes que tiveram a oportunidade de consumir seus alimentos de conforto
(sopa de macarrão de galinha) mostraram uma ativação cognitiva aumentada do
conceito de relacionamento em comparação com os participantes que não
consideraram a sopa um comfort food.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em diversas pesquisas, definiu-se que muitas “comidas de alma”, são
geralmente associadas com memórias da primeira infância, a diferentes culturas e
nacionalidades e tende a variar entre os indivíduos. De acordo com pesquisas, os
alimentos de conforto mais comuns tendem a serem ricos em açúcar e gorduras e
altos em calorias, que exercem ação química comprovada no cérebro e com
expressivas diferenças de preferências alimentares entre diferentes gêneros e idades.
Entretanto, a eficácia da comida reconfortante foi questionada, já que algumas
pesquisas recentes não apontam eficácia na eliminação de estados de tristeza. Com
poucos estudos realizados em humanos, os conceitos estudados não são plenamente
garantidos.
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estabelecidos, dado que dependem da identificação pessoal de cada indivíduo,
dependendo dos seus diferentes grupos culturais, sociais e econômicos, podendo
haver características semelhantes entre eles.
O objetivo principal dessa pesquisa, que previu analisar quais fatores que determinam
o papel e os benefícios do comfort food no bem estar e na vida das pessoas, foi
alcançado, tendo como base uma pesquisa bibliográfica, mostrando o potencial para
que outras pesquisas sejam realizadas acerca desse tema, pois se nota a falta de
mais estudos relacionados à essa temática, sobretudo em língua portuguesa.
Mostra-se importante entender que as preferências alimentares das pessoas não são
formadas por acidente, e quanto mais é sabido sobre a psicologia por trás dos
alimentos, mais é possível ajudar às pessoas a tomarem decisões mais conscientes
em relação ao que irão comer.
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REFERÊNCIAS
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