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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

1º Ano Laboral

Cadeira de Técnicas de Expressão de Língua Portuguesa

TEXTO EXPOSITIVO E REQUERIMENTO

Discentes:
Elnatan Aníbal Nhaningue
Eucleusia João Saize Duarte
Sérgio Jaime João Passage

Beira, Setembro
2023

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

1º Ano Laboral

Cadeira de Técnicas de Expressão de Língua Portuguesa

TEXTO EXPOSITIVO E REQUERIMENTO

Discentes:
Elnatan Aníbal Nhaningue
Eucleusia João Saize Duarte
Sérgio Jaime João Passage

Docente:
Msc. Chicumule Fernando

Beira, Setembro
2023

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Índice
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 6

2. O REQUERIMENTO ............................................................................................................. 7

2.1. ESTRUTURA DO REQUERIMENTO............................................................................... 7

2.1.1. Abertura ............................................................................................................................ 7

2.1.2.Identificação Do Requerente ............................................................................................. 8

2.1.3.A petição ............................................................................................................................ 8

2.1.4. Fecho ................................................................................................................................ 9

2.1.5. INSTITUIÇÕES REQUERIDAS ..................................................................................... 9

2.1.6. Exemplo .......................................................................................................................... 10

3. TEXTO EXPOSITIVO ......................................................................................................... 11

3.1. Características do Texto de Exposição .............................................................................. 11

Estrutura do Texto de Exposição .............................................................................................. 11

3.2.1. Tese ................................................................................................................................. 11

3.2.2. Série De Argumento ....................................................................................................... 11

3.2.3. Reafirmação .................................................................................................................... 12

3.3. Regras Linguísticas ........................................................................................................... 12

3.4. Padrões De Desenvolvimento No Texto De Exposição .................................................... 13

3.4.1. Geral-especial ................................................................................................................. 13

3.4.2. Específico geral .............................................................................................................. 13

3.4.3. Ilustração ........................................................................................................................ 13

3.4.4. Razão .............................................................................................................................. 13

3.5. Texto expositivo administrativo ........................................................................................ 13

3.6. Exemplos De Texto De Exposição .................................................................................... 14

3.7. PASSOS PARA ELABORAR UM TEXTO EXPOSITIVO ............................................. 15

3.8. AS PROPRIEDADES DO TEXTO EXPOSITIVO .......................................................... 15

3.9. Exemplo de textos expositivos .......................................................................................... 17

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3.10. Texto Expositivo Informativo .......................................................................................... 20

3.11. Texto Expositivo Argumentativo ..................................................................................... 20

4. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 22

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 23

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Resumo:

A escrita administrativa, também chamada funcional e institucional, vem-se afirmando, entre


nós, desde os anos 60, com o desenvolvimento do sector dos serviços. A mudança de tipo de
comunicação dentro da empresa é um outro factor a explicar esse crescimento: a uma
comunicação interpessoal, individualizada e subjectiva substituiu-se uma comunicação
formal, tipologizada e objectiva, numa palavra, impessoal.

Uma tipologia de textos surge, 'assim, no horizonte das instituições e organizações,


remetendo-se a sua aprendizagem para uma prática tão aprofundada e variada quanto as
necessidades o exigem. Este facto explica a diversidade de modelos para o mesmo texto, em
diferentes instituições, a existência de uma teorização incipiente para alguns deles e a
relutância de muitos funcionários em aceitarem escrever alguns desses textos, por não terem
modelos ou padrões de referência. Exemplo disto é a dificuldade em encontrar alguém que em
determinadas situações aceite, de bom grado.

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1. INTRODUÇÃO
Nos contextos administrativos, a comunicação escrita desempenha um papel fundamental na
eficácia das organizações. Os textos administrativos, em particular os de exposição e
requerimento, são ferramentas essenciais para a transmissão de informações, tomada de
decisões e solicitações de recursos. A capacidade de redigir esses tipos de textos de forma
clara, concisa e adequada às normas estabelecidas é uma habilidade indispensável para
profissionais em diversas áreas.

Este trabalho se dedica ao estudo aprofundado dos textos administrativos de exposição e


requerimento, explorando suas características, funções e estrutura. Abordaremos a
importância da comunicação escrita na administração e como textos bem elaborados podem
contribuir para o desempenho eficiente das organizações.

Além disso, examinaremos os principais elementos que compõem os textos de exposição e


requerimento, destacando suas diferenças e usos específicos. Analisaremos exemplos práticos
e discutiremos as melhores práticas para a redacção desses documentos, levando em
consideração as normas linguísticas e a adequação ao contexto administrativo.

Ao compreender melhor a natureza e a função dos textos administrativos de exposição e


requerimento, os profissionais e estudantes poderão aprimorar suas habilidades de
comunicação escrita, contribuindo para a eficiência e eficácia das organizações em que
actuam.

No decorrer deste trabalho, exploraremos em detalhes os elementos que compõem esses tipos
de textos, bem como ofereceremos orientações práticas para aprimorar a competência na
redacção administrativa. Através dessa análise aprofundada, pretendemos contribuir para a
formação de profissionais mais aptos a enfrentar os desafios da comunicação escrita no
ambiente administrativo.

Em suma, este estudo busca lançar luz sobre a importância dos textos administrativos de
exposição e requerimento, oferecendo insights valiosos e directrizes para aprimorar as
habilidades de redacção nessa área crucial da administração.

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2. O REQUERIMENTO
É um texto de pedido formal em que um cidadão ou uma entidade usa para se dirigir a uma
autoridade com capacidade de satisfazer relativamente ao que é pedido.Qualquer coisa pode
ser objeto de requerimento desde que o objeto seja lícito e o requerimento esteja vinculado
aquilo que pede.Como o requerimento é sempre dirigido ao responsável por um determinado
setor ou serviço, deve utilizar-se um tratamento solene e adequado à entidade e um registro de
língua cuidado. Por outro lado, a apresentação da situação deverá ser feita com clareza, para
possibilitar uma fácil compreensão, podendo apoiar-se no conjunto de leis acerca de
determinada matéria em vigor.

O requerimento é a forma de o cidadão se dirigir à autoridade, solicitando um benefício, isto


é, a satisfação de um seu interesse. Qualquer coisa pode ser objecto de requerimento desde
que o objecto seja lícito e o requerente esteja vinculado àquilo que pede. Contudo, o
deferimento depende de vários factores de que se destaca a compreensão do requerimento
pela autoridade, a sua base legal e o cumprimento de determinados requisitos colocados para
cada caso.

Ao elaborar um requerimento, deve se ter em atenção ao tipo de discurso a utilizar:

 Uso de registro formal


 A linguagem deve ser objetiva e clara, (registro de língua cuidada);
 Emprego da terceira pessoa do singular ou do plural;
 Recurso a palavras ou expressões específicas desta tipologia textual, ou seja, a
manutenção depalavras como por exemplo:
 «Requerente, deferimento, requerer, solicitar, conceder, dignar-se, sito,
respeitosamente, etc.»
 Inclusão de elementos como identificação, morada, etc.;

2.1. ESTRUTURA DO REQUERIMENTO

2.1.1. Abertura
Identificação da entidade quem é dirigido (autoridade e órgão requerido).

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Por norma, é recorrente escrever-se na parte superior da folha, do lado direito, o nome da
entidade a quem se dirigi o pedido, bem como o cargo por ela ocupado e o órgão a que
pertence. É frequente o uso da utilização de fórmulas como:

«Excelentíssimo ou Exmo. Senhor» e «Meritíssimo Juiz». O tratamento deve ser adequado à


entidade a quem se dirigi.

2.1.2.Identificação Do Requerente
Requerente (elementos de identificação) - No corpo do próprio requerimento, constam,
habitualmente, os dados que permitem identificar o requerente: nome completo, profissão,
morada, número de Bilhete de Identidade e/ou número de contribuinte.

2.1.3.A petição
Motivo que esteve na origem da solicitação (pedido ou objecto do requerimento) -Deve conter
circunstâncias, ocorrências e situações interiores que possam, aos olhos da autoridade,
justificar o pedido, seguidamente esclarecerá a sua pretensão à entidade requerida. A situação
apresentada pontuará pela clareza, para que seja fácil a quem ler o seu requerimento
compreender o que pretende na realidade. O pedido pode ser fundamentado com recurso de
conjunto de leis acerca do pedido feito, nomeadamente com referência a diplomas, decretos,
portarias, etc.

Pedido de deferimento – Quando se finaliza um documento desta índole, acrescenta-se, no


lado direito da folha, expressões como «pede/aguarda/espera deferimento», que significam
que espera que o seu pedido seja satisfeito. Para se fazer o pedido, pode-se usar uma das
seguintes formas: Pede a V. S.ª, Solicita a V. S.ª, Requer a V. S.ª. Este pedido pode ser feito
com recurso a abreviaturas por exemplo:

a) E. D- Espera deferimento;

b) A. D- Aguarda deferimento;

c) P. D- Pede deferimento;

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2.1.4. Fecho
Local, data e assinatura do requerente – Para finalizar o requerimento, coloca-se o local e a
data em que o mesmo foi elaborado, seguidos da assinatura do requerente e devera ser
perceptível.

Na apresentação de um requerimento há que se ter alguns cuidados:

 Usar uma folha branca ou uma folha própria (de 25 linhas) para o efeito;
 Separar os diferentes pontos do requerimento com uma linha em branco;

2.1.5. INSTITUIÇÕES REQUERIDAS


As entidades às quais habitualmente nos dirigimos por meio de requerimentos são:
estabelecimentos de ensino, tribunais, câmaras, repartições de finanças. Na maior parte dos
casos, quase todas têm minutas expostas ao público, devendo o requerente apenas transcrevê-
las para papel de formato legal, azul ou branco.

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2.1.6. Exemplo

INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA BEIRA

EXMA SENHOR DIRETORA DO INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL DA


BEIRA

Eu______________________________, filho de_______________ e de_______________,


nascido aos___/__/____, em__________, província de ___________ portador do B.I.
n°_______________, emitido em ___ de ________ de____ pelo arquivo de identificação civil
de _________, aluno desta instituição, da turma AED, do 1° ano, n°___, do curso nocturno,
vem mui respeitosamente rogar a V.Excia se digne autorizar a relevação das faltas cometidas,
visto ter excedido o n° limite de faltas por motivos de doença, nas disciplinas de
___________, _________, _________, ________, pelo que;

Pede deferimento

_______, aos____de___________de__________.

(Assinatura do requerente)

____________________________

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3. TEXTO EXPOSITIVO
Um texto de exposição é uma forma de escrita que descreve ou descreve uma ideia,
pensamento principal, opinião, informação ou conhecimento a ser absorvido pelo leitor sem a
intenção de influenciar. Você poderia dizer que este texto é uma forma de os escritores
transmitirem o que desejam. Este texto também pode ser na forma de uma retórica que é
usada para transmitir uma descrição da ciência. Textos em livros ou enciclopédias se
enquadram neste tipo de texto. Além disso, alguns exemplos desse tipo de texto são notícias,
ensaios, procedimentos e relatórios. Este texto é uma forma de ensaio de natureza não
ficcional, pois cada conteúdo dos parágrafos deste texto conterá fatos verídicos e prováveis.

3.1. Características do Texto de Exposição


Existem recursos que você pode usar para distinguir o texto na forma de exposição de vários
outros textos. A seguir estão as características:

 Contém informação e conhecimento


 Escrita directa, concisa, concisa e clara
 Linguagem padrão
 Seja objectivo e imparcial.

Estrutura do Texto de Exposição


Se nos diferenciarmos, podemos dividir a estrutura do texto de exposição em três, a saber:

 Tese
 Série de argumentos
 Reafirmação.

3.2.1. Tese
A secção que serve para apresentar questões, problemas ou opiniões do autor em geral, que
serão então discutidos no texto,

3.2.2. Série De Argumento


Após a tese, o texto será seguido por uma série de argumentos, nomeadamente factos que
reforçam o argumento. Nesta seção, o papel dos dados como reforço do argumento torna-se
importante. Cada argumento deve ser provado.
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3.2.3. Reafirmação
Por fim, o texto se encerra com uma reafirmação na forma de conclusões e sugestões da
discussão geral.

3.3. Regras Linguísticas


O texto da exposição possui características linguísticas próprias. Geralmente use palavras que
são direto e denotação significativa. Isso significa que este texto não usa palavras figurativas
que acrescentam significado ao seu significado básico.

Além disso, este texto também usa palavras técnicas ou termos relacionados ao tema principal
do texto. Forma a conjunção de causalidade como causa e efeito também é freqüentemente
usado, por exemplo, as palavras ‘se’, ‘então’, ‘causa’, ‘devido’ e ‘assim’. Este texto também
usa muitas conjunções temporais ou comparações.

Verbo mental como prestar atenção, observar e concluir também são freqüentemente
encontrados neste texto. Há também um uso verbo de referência e palavras persuasivas nele.

Palavras de afixação e sentença ativa transitiva também é uma regra de idioma


frequentemente encontrada neste tipo de texto.

Afixação é o processo de formar palavras adicionando afixos ou afixos a formas básicas,


tanto formas básicas simples como complexas. Alguns exemplos de afixos são os seguintes.

Prefixos: ber-, men-, di-, per-, pe-, ke-, ter- e se-

Infixos: -er-, -el- e -em-

Sufixos: -kan, -i, -an, -nya, -man, -wan, -wati, -you e -you

Confixos: papel, filho e filho.

A voz ativa transitiva é uma frase ativa que requer um objeto. Suas características são que ele
tem um objeto e pode ser transformado em uma frase passiva. Geralmente, a frase usa
palavras afixadas comigo e get.

Os fatos também são uma parte importante do texto de exposição. Para não se desviar de seu
objetivo principal, que é fornecer conhecimento, todos os fatos e dados apresentados devem
ser verdadeiros e prováveis. Porém, o texto da exposição também visa transmitir a opinião do
autor, portanto não há proibição se nele houver opinião, desde que esteja de acordo com as

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questões levantadas. Em contraste com os fatos, as opiniões não precisam ser provadas como
verdadeiras e estabelecer uma relação causal. As opiniões também contêm subjetividade
pessoal. Nem todos devem concordar com a opinião expressa pelo autor.

3.4. Padrões De Desenvolvimento No Texto De Exposição


Geralmente, o padrão de desenvolvimento do texto de exposição será na forma de
causalidade, na qual cada frase e parágrafo se apoiarão e se relacionarão entre si. Além deste
padrão, este tipo de texto também pode ser desenvolvido com 4 outros padrões, a saber:

3.4.1. Geral-especial
Também conhecido como parágrafo dedutivo. Nesse padrão, a ideia principal é colocada no
início do texto, seguida de frases de apoio.

3.4.2. Específico geral


Também conhecido como nomes de parágrafos indutivos. A ideia principal é colocada no final
do texto e precedida de frases explicativas específicas ou específicas.

3.4.3. Ilustração
Um texto em forma de exposição contém exemplos ou ilustrações que servem para convencer
o leitor das ideias apresentadas no texto.

3.4.4. Razão
Nesse padrão, o texto de exposição fornece uma comparação de uma ideia para fortalecer a
ideia.

3.5. Texto expositivo administrativo


Um texto expositivo administrativo é um tipo de documento escrito que tem o objectivo de
transmitir informações claras e objectivas sobre assuntos relacionados à gestão e
administração de uma organização, empresa ou instituição.

Geralmente, esse tipo de texto é utilizado para comunicar decisões, políticas, procedimentos,
relatórios e informações relevantes para o funcionamento eficiente de uma empresa.

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3.6. Exemplos De Texto De Exposição

“Ambiente de vida limpo pode melhorar a qualidade de vida”

Uma boa qualidade de vida pode ser determinada pela forma como protegemos o meio
ambiente. Quanto mais limpo, melhor será nossa qualidade de vida. A proteção do meio
ambiente visa evitar que coisas indesejadas aconteçam, como o surgimento de surtos de
doenças que são perigosas para a saúde e o conforto das pessoas. É a prova de que um
ambiente limpo pode ajudar a simplificar e melhorar a qualidade de nossa vida.

A cooperação mútua na limpeza e proteção do meio ambiente em uma base regular pode ser
uma alternativa para superar a poluição ambiental. Num RT constituído por vários chefes de
família, será dividido em vários grupos de acordo com o número de dias disponíveis e de
acordo com o horário acordado.

Além disso, os domingos podem ser usados como um cronograma para atividades de serviço
comunitário de rotina para toda a comunidade da aldeia, começando pela manhã. São muitos
os benefícios que podem ser sentidos nessas atividades, além da limpeza e saúde, as relações
de solidariedade entre os moradores serão mais fortes

A limpeza ambiental é algo que não pode ser separado da sociedade e é um fator importante
para a saúde e o conforto da sociedade. A limpeza do ambiente da comunidade garantirá
saúde e conforto e, claro, terá impacto na melhoria da qualidade de vida.

Bem, isso é uma discussão do texto de exposição, se você ainda está confuso, pergunte na
coluna de comentários

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3.7. PASSOS PARA ELABORAR UM TEXTO EXPOSITIVO
Em primeiro lugar, você deve ter um conhecimento claro o assunto que vai expor. Faça um
esquema prévio à redação com as ideias principais que vai desenvolver, podendo classificá-las
por afirmativas e negativas ou por ordem de prioridade. Você pode organizar o esquema
prévio da seguinte forma:

Em uma folha de papel, escreva primeiro qual é o tema do texto expositivo.

Divida a folha em três blocos: um para triagem e seleção de informações, outro para
organização do texto e um terceiro para verificar se você conseguiu atender todos os seus
objetivos;

 No primeiro bloco, você irá inserir as informações que tem sobre o tema;
 No segundo bloco, é hora de usar a estrutura já conhecida de introdução,
desenvolvimento e conclusão. Na introdução, deve apresentar o assunto, dar os
dados mais gerais sobre ele e explicar sobre o que vai falar em um parágrafo, de
preferência. Com isto, você situará o leitor. No centro deverá desenvolver o tema,
dando os pontos positivos e negativos sobre ele e fazendo argumentações lógicas a
favor ou contra a questão. Lembre-se que quanto mais bem fundamentado for seu
texto, melhor ele será recebido. Use cerca de dois parágrafos para o
desenvolvimento. Por último, o final deve ser uma breve conclusão. Nela devem ser
recolhidos os pontos mais importantes que resolvam a tese. Nesta parte deve
apresentar um breve resumo de tudo o que foi exposto anteriormente, em um
parágrafo preferencialmente.

Feito tudo isso, é hora de verificar o terceiro bloco e confirmar se você deu conta de
abranger tudo o que queria no seu texto expositivo. Questione-se: seu texto está adequado ao
tema? As informações estão dispostas de forma que fazem sentido? Trouxe fontes? Usei
conectores no texto (ex.: contudo, todavia, nesse sentido, etc)? O texto está escrito conforme a
norma padrão da língua portuguesa?

3.8. AS PROPRIEDADES DO TEXTO EXPOSITIVO


Lembramos que qualquer texto expositivo deve conter as três propriedades básicas que o
dotem de um sentido completo, para que o leitor compreenda adequadamente esta exposição.
Vejamos quais são eles:

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3.8.1. Adequação. O texto deve ser adequado à situação comunicativa. Isto é, a
linguagem utilizada, deve corresponder ao tipo de tema e ao tipo de público a que
vai ser dirigido. Não será o mesmo fazer uma exposição sobre um tema médico,
utilizando seu jargão, que uma exposição sobre a televisão atual. Cada exposição
deve ser adequada ao seu contexto.
3.8.2. Coerência. Esta propriedade refere-se à clareza e ordem do texto. Isto é, a
exposição deve ser compreendida na perfeição pelo leitor. Além disso, não deve
ser contraditória, mas lógica. Por isso, o esquema da introdução, desenvolvimento
e conclusão pode ajudar você a consegui-lo.
3.8.3. Coesão. As diferentes partes e ideias que compõem o texto -desde as orações entre
si, até aos parágrafos- devem estar relacionadas corretamente. Para fazê-lo mais
facilmente, pode utilizar os conectores, isto é, palavras ou expressões que unem as
respetivas ideias: assim, por outro lado, deste modo, ou no entanto são algumas
das mais utilizadas.
Seguindo estas directrizes e conseguiremos criar um texto expositivo perfeito.
Lembre-se que uma escrita clara pressupõe a compreensão de todos, por isso o
ideal é escrever conforme a norma padrão da língua portuguesa.

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3.9. Exemplo de textos expositivos

O MODERNISMO EM PORTUGAL

Já tem sido discutida a propriedade do termo, e não a defenderemos nós se por modernismo
se julgar definir suficientemente um muito complexo movimento artístico contemporâneo. Só
o aceitaremos a falta do melhor e por se ter imposto a conta divulgarizado aceitando-o,
entenderemos modernismo por uma vontade, consciente ou obscura, de valorizar certa psique
e tida por moderna (consequentemente em arte a expressão voluntariosa ou ingénua) em
desfavor duma julgada ultrapassada. Por outras palavras talvez mais concretamente
modernismo será uma tendência a valorizar o actual e o novo (na expressão como é expresso)
em virtude quer dum cansaço das formas e substâncias passadas, esgotadas, quer duma
descrença nas tidas por insuperáveis, modelares, eternas. Sob certo ponto de vista; o
modernismo não é coisa nova; como o não foram o romantismo ou o realismo. Em todos os
tempos houve homens desprendidos do passado por antes voltados para aquela parte do
presente que se inclina ao futuro. Isto é: em todos os tempos houve modernistas, como houve
românticos, realistas, etc., no mais largo ou filosófico sentido das palavras; e afigura-se-nos
muito provável que sempre os haja. O que faz com que em dada época pareça coisa
inteiramente nova qualquer destas posições e, primeiro, o exclusivismo ou absolutismo com
que em dada época se afirma; depois, a melhor consciência que então de si toma; por fim, a
coloração particular que a época lhe empresta. Poderíamos acrescentar o carácter de
misticismo e proselitismo, se não estivera tal carácter implicado na primeira razão. Resulta
ele de em geral triunfar qualquer nova corrente, gosto, escola; etc., por imposição dos novos,
e de ser comum aos novos a ilusão de tudo verem pela primeira vez e duma vez para sempre.
Não deixa tal ilusão de ser fecunda, pois como se teria, sem ela, a coragem e o entusiasmo
necessários ao combate? A crítica e a experiência se encarregarão de a seu tempo lhe
corrigir quaisquer excessos desastrosos. E inútil será dizer que a arte se deixaria mirrar‹ de
anemia e monotonia, sem os movimentos modernistas que continuamente a rejuvenescem.

Ora, indiferente às correntes nacionalistas estudadas no capítulo anterior, uma arte digamos
cosmopolita, e mais ou menos contemporânea daquelas, começava de se revelar nas
tentativas da nova geração. Alguns dos artistas que então se ensaiavam, e depois vieram a
criar um nome, sofriam essa torturada ânsia de novidade e libertação que fez da arte
moderna uma empresa dramática. A esses, e a alguns que se lhes seguiram e os continuaram,

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se chamou modernistas. As mais arrojadas concepções estéticas apareciam então lá fora, ou
haviam aparecido, proclamando cada qual por sua vez a descoberta da verdadeira arte
actual: o futurismo italiano, o cubismo, o dadaísmo, o ultra-realismo franceses, o
expressionismo alemão e todas as correntes mais ou menos derivadas ou apensas - lançavam
então ao ar o fogo dos seus manifestos estridentes, rangentes, intolerantes: fogo que algumas
vezes ameaçava apagar-se com uma facilidade proporcional à com que esfuziara. Em tais
manifestações se misturava o espírito de blague e sarcasmo com a seriedade consciente ou
involuntária. Não se via, talvez, aparecerem as obras-primas de arte que, devidas embora ao
génio individual, para sempre ilustram uma escola, uma corrente, uma época; mas vingava-
se uma atitude de inconformismo e aventura, procura e audácia, decerto favorável à criação
libérrima: o romantismo erguia a sua nota mais aguda - atingia as suas extremas
consequências.

As próprias manifestações estéticas dos povos primitivos, das crianças, até dos moradores
dos mani-cómios e cadeias, eram estudadas, pelo menos coleccionadas, com um interesse
inquietante e sôfrego: nelas se pretenderia sugar uma arte inédita, mais sintética e, pensava-
se, mais pura; isto é:

mais nua de todos e quaisquer preconceitos e convenções de origem mais ou menos


academicista.

Simultaneamente, o cabotinismo, a superficialidade e a moda rebuscavam tudo cuja


antiguidade, cujo esquecimento, cujo desconhecimento ou cujo exotismo pudessem sugerir, ou
simular, o ineditismo duma criação nova. Reinando no mundo da arte a complexidade, a
confusão, a inquietação, o desvairamento, os charlatães sentavam-se à mesa dos príncipes,
os servis confundiam-se com os grandes senhores. Ainda hoje nem sempre é fácil separar uns
e outros.

Eis, a muito largos traços, o estado de espírito e as circunstâncias que então começavam de
se reflectir também na poesia portuguesa. De 1910 em diante, são cada vez mais sensiveis
entre nós os ecos de todas essas correntes estrangeiras. Mas nem só ecos de movimentos
estranhos encontraremos em revistas como Orpheu, Portugal Futurista, Contemporânea,
Athena, e, mais tarde, já com propósitos de crítica que bastariam a denunciar o seu
aparecimento posterior, pre-sença: A verdade é que nestas e outras publicações se manifesta
ser o chamado modernismo um

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• largo movimento geral, internacional, uma profunda e complexa disposição da
sensibilidade moderna, que naturalissimamente também em Portugal achava representantes e
expressão. Procurando as características essenciais e comuns a este modernismo português,
achá-las-íamos, tal-vez, nestas duas tendências antagónicas: Tendência do artista para se
abandonar o mais inteira e candidamente possível ao seu próprio instinto criador e
individual - a sua inspiração. Tendência do artista para conceber completamente a arte que
vai realizar. Assim teremos uma arte toda intuitiva, directa ou indiretamente filiável em
Bergson, a par, ou misturada, com uma arte toda intelectualista, ansiosa de construção,
equilíbrio, norma. Estas mesmas duas tendências, e até a sua aberração, as encontraremos
nos dois maiores poetas do modernismo português - Mário de Sá-Carneiro e Fernando
Pessoa. A estes consagraremos já algumas. linhas especiais. Fiéis ao nosso plano de não
fazermos deste esboço duma história uma enumeração de nomes a que não possamos atender
convenientemente, abster-nos-emos de citar aqui muitos poetas contemporâneos dignos do
mais vivo interesse. Tratando, porém, dum primeiro período do nosso modernismo por assim
dizer já histórico, já ultrapassado, não deveríamos deixar de citar, ao menos, como
colaboradores principais das revistas já citadas ou outras, os nomes de José de Almada

Negreiros, Mário Saa, Raul Leal, Côrtes-Rodrigues, Montalvor.

Grande poeta e grande artista isolado, António Botto, que Fernando Pessoa saudou como ,
representante máximo de certo nosso esteticismo, tem já uma obra que, pelas esquisitices do
ritmo, as subtilezas de ironia, os arroios confessionais, os recantos de intenção e os achados
da expressão depurada é bem moderna; posto mereça em outro lugar, que não num golpe de
vista sobre o nosso modernismo, atenção mais demorada.

Quanto aos novos poetas revelados pela presença - e vários são eles, e alguns já com uma
obra sobre que há muito a dizer - todos estão ainda na força da idade e do talento: talvez o
seu lugar ainda seja antes em monografias sobre a poesia contemporânea e a literatura em
formação; posto sobre certo seu esteticismo, subjetivismo, psicologismo, já novíssimos poetas
se levantem, alguns ainda quase imberbes, pregando de novo a preocupação do social na
poesia. Não pára o vaivem de correntes e contracorentes que perpetuamente inquietam a
literatura - e óptimo é que assim seja.

José Régio "O Modernismo Português", in José Régio, Obras Escolhidas,

Crítica e Ensaio 1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994, pp. 196-199

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Podemos observar no texto

 Clareza em relação ao tema


 Fundamentação que observa aspectos técnicos
 Uso de dados
 Coesão e coerência
 Síntese de ideias na conclusão

3.10. Texto Expositivo Informativo


O texto expositivo informativo tem o objetivo de apresentar determinado tema, no intuito de
informar o leitor a respeito de dados importantes sobre ele. Nesse sentido, esses textos
apresentam caráter explicativo e, muitas vezes, descritivo, no intuito de instruir o leitor por
meio da exposição e explicação de novas informações.

3.11. Texto Expositivo Argumentativo


O texto expositivo argumentativo possui como segunda característica predominante o traço
argumentativo, desse modo, além de apresentar informações sobre determinado assunto, o
autor também procura defender um posicionamento, ou seja, apresentar uma opinião
embasada em argumentos sólidos. Por esses motivos, esse tipo de texto expositivo tem o
intuito de informar e convencer o leitor.

Os textos do tipo expositivo podem apresentar inúmeras variações em sua composição formal,
a depender do gênero utilizado e das intenções comunicativas. Entretanto, alguns aspectos
podem ser considerados essenciais a todos os textos expositivos. A seguir, algumas dessas
características serão exploradas.

De início, os textos expositivos têm preferência pelo conteúdo, pela mensagem, desse modo, a
linguagem utilizada tenta ser acessível e, muitas vezes, impessoal, tentando garantir um teor
de neutralidade. Além disso, eles podem ser divididos em duas categorias, que se referem ao
método de exposição utilizado no texto:

Composição: é a estrutura que prioriza a identificação de fenômenos individuais, desse


modo, são os textos que pretendem apresentar diversas informações a respeito de um único
tema ou assunto. Essa estrutura é utilizada principalmente para informar o leitor a respeito de

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determinado conteúdo. Outra característica dela é a preferência pela estrutura sintática sujeito
+ predicado + complemento, utilizados no tempo presente.

Decomposição: processo em que o texto estrutura-se com o intuito de conectar fenômenos,


desse modo, não se limita a um único tema ou assunto, como no método anterior, mas
estabelece relações entre diferentes tópicos, buscando decompor as partes do grande tema.
Nesses textos, é comum a utilização do verbo ser com predicativo nominal ou outros verbos
com complementos diretos.

Além desses aspectos, ainda é possível acrescentar-se outras características do tipo textual
expositivo. A intertextualidade é uma ferramenta que pode ser muito utilizada nesses textos,
principalmente quando o autor pretende aprofundar um assunto ou, além de expor, propor um
ponto de vista. Nesses casos, o uso de informações e dados de outros textos pode
potencializar a produção textual bem como fornecer subsídios para sustentação dos
argumentos.

A descrição é um outro elemento que pode ser muito presente no texto expositivo. Quando o
autor possuir intenção de instruir e informar o leitor a respeito dos detalhes de determinada
questão, é possível que ele descreva aspectos visuais ou funcionais do fenômeno analisado, no
intuito de qualificar o texto e auxiliar a compreensão do leitor.

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4. CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, exploramos detalhadamente os textos administrativos de exposição e


requerimento, desvendando suas características distintivas, funções e importância no contexto
organizacional. A comunicação escrita é uma peça fundamental na administração, e a
habilidade de elaborar esses tipos de textos de maneira eficaz é essencial para o sucesso
profissional.

Nossa análise revelou que os textos de exposição são vitais para a transmissão de informações
claras e concisas, enquanto os textos de requerimento desempenham um papel crucial na
solicitação de recursos e na tomada de decisões. A compreensão das normas linguísticas e da
estrutura adequada desses documentos é essencial para garantir que a mensagem seja
transmitida de forma eficiente e eficaz.

Além disso, demonstramos como a competência na redacção de textos administrativos pode


contribuir para a eficiência operacional das organizações, minimizando mal-entendidos e
retractado. Profissionais que dominam essa habilidade têm uma vantagem significativa na
comunicação interdepartamental e na busca por recursos necessários para suas actividades.

Como resultado deste estudo, é evidente que a capacidade de criar textos administrativos bem
formulados é uma competência valiosa que pode beneficiar tanto indivíduos quanto
organizações como um todo. No entanto, reconhecemos que a melhoria contínua é necessária,
pois as normas e práticas de comunicação evoluem com o tempo.

Recomendamos que profissionais e estudantes busquem aperfeiçoar suas habilidades de


redacção por meio de treinamento e prática contínua. Além disso, sugerimos que as
organizações incentivem o desenvolvimento dessas competências entre seus colaboradores,
promovendo um ambiente de comunicação eficaz.

Em última análise, este estudo sobre textos administrativos de exposição e requerimento é um


convite à reflexão sobre a importância.

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5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BALMET, Simone Eurin, LEGGE, Martine Henao, Pratiques du Français Scientifique. L'
Enseignement du françaisà des fins de communication scientifique, Paris, Hachette,
1992, pp. 104-108.

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