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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PORTUGUÊS
4O ANO
ESTELA FELIX
GUIDO DA SILVA
JOAQUINA SANDACA
MARCIA ADAMO
SARA TRONGO
ZARBANA INCESSE
Quelimane
2023
ESTELA FELIX
GUIDO DA SILVA
JOAQUINA SANDACA
MARCIA ADAMO
SARA TRONGO
ZARBANA INCESSE
Quelimane
2023
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
2. CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................................................... 4
2.1.6. Por forma a analisar profundamente o programa didáctico, propôs-se o seguinte ........ 13
3. Conclusão.............................................................................................................................. 16
1. Introdução
O presente trabalho visa sobre análise crítica dos conteúdos do plano curricular da 9ª
classe, o intuito desta análise é verificar os conteúdos dados nesta classe se são de grande
relevância, o que dá para ficar ou mudar e o que pode permanecer.
A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se
enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e
tem como objectivos:
Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos
aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país. Também
corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e
profissionalizante e alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação
dos estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.
Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências
do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre
outros desafios.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1.Análise do Programa de Manuais da 9ª Classe
Nesta senda, o grupo descrevem análise de conteúdo como sendo o estudo científico do
conteúdo de comunicação, é assim, o estudo do conteúdo com referência aos significados,
contextos e intenções contidos na mensagem. Conteúdo denota o que está contido é analise de
conteúdo é a analise do que esta contido na mensagem. Não obstante, os termos "que m" procura
saber a fonte de comunicação, o " porque" é o processo de codificação e "como" aqui
encontramos o canal de comunicação, e as consequências ou efeitos que tem no receptor da
mensagem.
É impossível falar de análise crítica sem primeiro debruçar os dois termos; análise e
crítica.
Na nossa óptica, entendemos análise como sendo processo lógico que consiste na
investigação das estruturas básicas de uma informação. Entretanto, crítica é um comentário de
um certo tema que está repleto de erros, falhas ou pontos a serem melhorados. Outrossim, é um
processo no qual é verificado se a informação inserida dentro de um plano curricular está
correctas segundo as regras definidas.
Na nossa perspectiva, catapultamos análise crítica como sendo um exercício de reflexão a
respeito de uma obra ou um plano curricular, considerando os seus aspectos positivos e negativos.
1º Trimestre
1.Textos Normativos
2.Textos Administrativos
Tempos compostos
Desporto
3. Textos Jornalísticos
4. Textos multiusos
Instruções várias
(instruções do dia a dia, folhetos/cartazes diversos, receitas de cozinha, etc...)
5. Textos Literários
Assédio sexual
Total---------------------------------------------------------------------------------------- 38 tempos
2º Trimestre
6.Textos Normativos
8
Flexão em género
Masculino e feminino
Formação do feminino
Flexão em número
Singular e plural
Formação do plural
7. Textos Administrativos
Pretérito perfeito;
Pretérito mais-que-perfeito
7.3 Tema transversal
Higiene e ambiente
8. Textos Jornalísticos
Texto publicitário
Publicidade comercial
O comércio
9. Textos Multiusos
Guia Turístico
9.2.Funcionamento da língua
9.3.Tema transversal
10
10.2.Funcionamento da língua
10.3Tema transversal
Total-----------------------------------------------------------------------------------------44 tempos
3º Trimestre
11.2.Funcionamento da língua
12.2.Funcionamento da língua
12.3.Tema transversal
Educação Fiscal
Acentuação: casos especiais (monossílabos, hiatos, formas verbais dos verbos ter, ver)
Pontuação
13.3.Tema transversal
14.2.Funcionamento da língua
Presente genérico
14.3.Tema transversal
Drama
15.3.Tema transversal
A repetição contínua dos temas propostos nas unidades é aceitável. Todavia, apela-se que,
os temas que já tinham sido abordados ou trabalhados nas classes anteriores, onde estudam a
definição e conceitos, na 9ª classe devem ser postos em prática esses conhecimentos.
Por exemplo: Na unidade V, em que abordam sobre os textos literários, na 9ª classe os
alunos devem ser capazes de:
Produzir um texto literário;
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Entretanto, tem-se notado que os textos narrativos não são trabalhados numa dimensão
literária, mas sim, pedagógicas. Não só, há uma "sensibilidade e regulação" nota-se que existe
uma compatibilidade entre os conteúdos do programa de ensino e o livro do aluno, mas por outro
lado, não existe relação ou concordância entre o programa de ensino e o livro do aluno no que
tange a realização da prática desses textos narrativos, o programa de ensino não propõe a
realização da prática, enquanto, o livro do aluno propõe à prática, até no próprio plano curricular
dessa classe, os objectivos dizem à respeito da própria prática, onde o aluno deve ser capaz de
pôr em prática todos os conteúdos aprendido em sala de aula, sobretudo em todas as unidades
(Lasswell, 1968, p.76).
Na unidade I do programa didáctico, onde se aborda sobre os textos normativos
(Declaração dos direitos Humanos), em comparação com o livro do aluno, o grupo constatou que
esta unidade não possui muita relevância constar no programa de ensino, visto que, a mesma
unidade tem sido muito bem abordada teoricamente é posta em prática na classe anterior.
Em contrapartida, a unidade II onde abordam sobre os textos normativos (Convocatória),
em comparação com o livro do aluno há uma discrepância no que diz respeito a realidade do
próprio aluno. Este não é trazido para a prática da elaboração desses textos normativos. Não
basta simplesmente trazer os conceitos repetitivos. A aprendizagem de conciliar a teoria com a
pratica para que se obtenha resultados positivos.
No que diz respeito à cultura, somos da opinião que à educação deve fazer algo mais.
Não é suficiente a interação cultural, o respeito pelas diferenças culturais. O currículo não deve
ser de imitação dos sonhos dos outros. É necessário, inventarmos os nossos sonhos para sermos
factores da nossa história (como diz Severino Ngoenha). É pertinente trazer para o currículo as
disciplinas que fortalecem o espírito de respeito e de interculturalidade ou multiculturalidade.
Por exemplo, introduzir nos currículos disciplinas como interculturalidade ou multiculturalidade,
com a finalidade de elevar a consciência dos alunos em torno da diversidade cultural. Pois a
questão não é só do Macua, Sena ou Tsonga.
A interculturalidade é uma questão que hoje ultrapassa fronteiras. Primeiro através de
meios de comunicação social que mesmo não querendo consumimos a cultura de ouros grupos
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sociais e em segundo lugar a questão da abertura de fronteiras que traz consigo a circulação de
bens e pessoas. Para dizer que, o currículo deve reflectir estas realidades todas " da
internacionalização".
Entretanto, na unidade XI onde se trata dos textos normativos fala-se de sinais de
pontuação e na unidade XIII onde se trata dos textos jornalísticos, também abordam sobre sinais
de pontuação, aqui o grupo salienta que, não seria necessário repetir-se sobre esses sinas de
pontuação, pois, o aluno podia pôr em prática sobre as regras de pontuação sem voltar a ver só os
conceitos, mas sim, o aluno podia produzir um texto da sua autoria usando todos os sinais de
pontuação.
Infelizmente, a maior parte dos alunos quando lêem um texto não consideram os sinais de
pontuação, não por vontade deles, mas sim, por desconhecimentos dos mesmos, visto que, eles
aprendem somente a teoria e à prática está longe desses alunos. Entretanto, esses sinais de
pontuação deveriam ser aprendidas como teoria numa só unidade e na outra unidade, o aluno
podia pôr em prática esses conhecimentos aprendido anteriormente.
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3. Conclusão
Análise de conteúdo é uma técnica para análise de dados tanto q uantitativamente quanto
qualitativamente. Pela abordagem feita pelo grupo, concluiu que, a repetição dos conteúdos em
todas as unidades é aceitável só estes conteúdos deviam ser desenvolvidas de uma forma
profunda, o aluno devia saber contar a sua história que ele viveu na sua vida mas seguindo toda
estrutura de um texto narrativo, ler uma narrativa e relacionar a uma outra história que tenha lido
e dentro disso criar uma outra história mas através da história que o aluno leu.
Nesta senda, a escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto
significa que o papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de
transmitir grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química,
entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.
As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,
conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar crítica
e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto
de conhecimentos, práticas e valores.
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em
conta a realidade do país.
Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só
as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e
escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas
como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem-estar
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3.1.Bibliografia
Azevedo, M. A. R. de, & Andrade, M. de F. R. de. O conhecimento em sala de aula: a
organização do ensino numa perspectiva interdisciplinar. Educar em Revista, (30), 235-250.
Acedido Agosto 18, 2015, em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
0602007000200015&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0104-40602007000200015. 2007.
Berelson, B.(1952) Content Analysis in Communications Research, New York, Free
Press, 1952, p. 56.
Bivar, et al. (2013), Programa e metas curriculares de Química. Ministério da Educação.
Bruner, J. S.( 1962) The process of education. Cambridge: Harvard University Press..
Bzuneck, J. A. (2004), A motivação do aluno: aspectos introdutórios. In: E.
Boruchovitch, p.43.
Bzuneck, J. A. (2019) A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea,
3ª ed Petrópolis RJ: Editora Vozes Ltda.
Gerhardt, T. E. & Silveira, D. T.( 2009.) Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da
UFRGS.
Lasswell, H.D. (1968 ) Propaganda Technique in the world war, New York, NY, Knopf,
p.76.
Manzini, E.J. (2003). Consideração sobre a elaboração de roteiro para entrevista
semiestruturada, p.34.
Piletti, C.(2004), Didáctica geral. 23ª Ed. São Paulo: Ática. p.89.
Programas Definitivo da 9ª classe. INDE/DINEG, Maputo, 2008.
Programas Intermédios de português da 8ª e 9ª classe. MEC – INDE. Maputo, 2006.
Programas Intermédios de português da 8ª e 9ª classe. MINED/DINESG, Maputo, 2007.