Psicologia e Neurociências cognitivas: Alguns Avanços recentes e implicações para a educação.
MOGI DAS CRUZES – SP
2022 1
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “Alguns Avanços recentes e
implicações para a educação.”
Paulo Estevão Andrade e Paulo Sérgio T. do Prado são os autores do
artigo científico Psicologia e Neurociência: Alguns Avanços recentes e implicações para a educação, publicado na Revista Cientifica Interação em Psicologia, no ano de 2003. No presente artigo científico Andrade e Prado abordam as contribuições dos autores Jean Piaget e Lev Semenovitch Vygotsky para a compreensão do desenvolvimento psicológico e alguns importantes avanços na pesquisa em psicologia infantil, em suas contribuições são apresentados os estágios universais de Piaget e suas respectivas explicações sobre oque-se trata cada um, de maneira breve citam que com a morte prematura de Vygotsky não foi-se possível que o mesmo desenvolve-se relações entre o cérebro e o funcionamento psicológico. No artigo também é abordado pesquisas feitas com bebês, citando a importância do trabalho de Piaget e Vygotsky da qual teve grande significado para o impulsionamento da busca a compreensão da cognição humana. A abordagem vygotskyana tem sua demasiada importância na medição social e desenvolvimento cognitivo e a abordagem de Piaget, estava correta ao buscar correlacionar padrões de desempenho a faixas etárias em que estão a ocorrer. Os estudos de Gelman (1972) demonstram exatamente isto onde a mesma executou experimentos para verificar a capacidade dos bebês, indicando resultados acima do esperados pois apresentaram altos níveis de percepção mesmo com tão pouca idade, Xu Spelke (2000) também realizou um experimento onde seu resultado se deu mais que satisfatório pois os bebês testados demonstraram possuir conceitos de números e serem dotados de habilidades aritméticas inatas. A breve citação sobre inteligências múltiplas apresenta que a descrição de Piaget sobre desenvolvimento das capacidades espaciais e logico-matemáticas é uma das mais completas e belas, entretanto carecendo de algumas capacidades cognitivas dos seres humanos em seu conteúdo. O artigo nos diz que algumas tarefas cognitivas são isoladas e de certa maneira independentes em seus aspectos e áreas cerebrais. São descritos no artigo 7 domínios cognitivos relativamente independentes dos quais são: inteligências linguística, lógico- 2
matemática, musical, espacial, cinestésico-corporal, intrapessoal e
interpessoal. O artigo nos apresenta as divisões do sistema cognitivo sendo elas: Sociais, onde estudos feitos com lesões e neuroimagens demonstraram que o cérebro humano dispõe uma porção para o comportamento social, sendo estas áreas corticais maiores e mais complexas que de outros primatas, os sistemas neurais processam competências cognitivas como a linguagem, inferências sobre sentimentos, habilidade de processamento facial e comunicação não verbal como por exemplo a música; Biológicos, os estudos nesta área ainda são um tanto inconsistentes, entretanto sugerem que existem diferentes sistemas neurais na categorização de seres vivos, danos em uma parte do neurocórtex ocasionam problemas que impossibilitam a pessoa lesionada de nomear coisas vivas, entretanto fica intacta a sua capacidade de dar nome a objetos inanimados, demonstrando como há uma dissociação do sistemas e Físicos, neste tema os autores citaram sobre como testes psicológicos que são cada vez mais criteriosos são de suma importância para determinar quais tipos de déficits cognitivos estão lesionando o paciente. Por último é abordado sobre implicações educacionais, onde os autores citam a importância do estudo contínuo, pois cada vez mais devemos estudar para assim correlacionar assuntos acadêmicos utilizando assim nossos sistemas cognitivos e ocasionalmente nos desenvolvendo mais eficazmente. Abordam as pesquisas psicológicas e como nossas crenças culturais refletem a negligência de domínios cognitivos evolutivamente determinados e seus papeis fundamentais para a formação de nossa sociedade, citam como o fato de “categorizar” uma criança ou jovem como sem talentos é uma discriminação, pois ir atras de um objetivo apenas porque os pais e professores projetam neste individuo, não o traz benefício algum e não pode assim ser julgado como não talentoso. Os autores não apresentaram uma consideração final entretanto citaram uma discussão breve para sua finalização, onde falam sobre como a psicologia principalmente a neurociência possuem variados livros de fundamental importância, que podem ser utilizados por anos a fio, entretanto ressaltam que com a evolução da tecnologia e a facilidade de se obter informações e artigos científicos devemos utilizar destes meios e fazer bom uso para obtermos cada vez mais conhecimentos, e que a universidade além de dispor de recursos 3
modernos, livros e informações cientificas também deve-nos estimular para que
seus alunos busquem tal conhecimento. O artigo científico Psicologia e Neurociências cognitivas: Alguns Avanços recentes e implicações para a educação, tem como principal contribuição apresentar de forma clara e objetiva sobre o desenvolvimento cognitivo e seus estágios demonstrando as contribuição de Jean Piaget e Lev Vsemenovitch Vygotsky para a psicologia e neurociência, abordando pesquisas feitas com bebes e crianças levando em consideração os estudos dos mesmos citados, é visto como a inteligência e percepção dos bebês e crianças em testes conseguem ser superiores ao esperado e como estas pesquisas auxiliam para que possamos desenvolver novos estudos com o avanço da tecnologia e da humanidade. Também ressaltaram como categorizar uma criança ou jovem traz implicações práticas, pois a mesma é vista como inata de talento apenas por não apresentar os resultados e conquistar objetivos impostos por pais e professores, sendo uma prática injusta e discriminatória, pois todos são talentosos em alguma área, alguns apenas ainda não descobriram. Por fim os autores falam sobre a importância de se buscar cada vez mais conhecimento causando assim um desenvolvimento mais eficaz de nós mesmos intelectualmente, onde a universidade além de nos disponibilizar acesso a materiais para estudo também deve nos incentivar a utilizá-los. Sendo assim concluo que o presente artigo não deixa lacunas em aberto é bem estruturado e escrito, de fácil entendimento, para quem cursa psicologia seu conteúdo é extremamente rico para estudo, contendo assuntos que se ligam ao tema e citando autores para seu melhor embasamento, não tendo nada que o desabone ou cause dificuldades em seu entendimento. Este artigo é dirigido principalmente para estudantes de graduação e profissionais da área da saúde, sendo direcionado a disciplina de Neurofisiologia e adotado ao curso de Psicologia, utilizando de aprimoramento de conhecimento e estudos.