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GABARITO 1ª Peça prática

A medida adequada, a ser ajuizada pelo examinando, é uma petição


inicial de ação de conhecimento com pedido de antecipação dos
efeitos da tutela jurisdicional. Não é cabível a impetração de
mandado de segurança, em virtude da necessidade de instrução
probatória.
A petição poderá ser endereçada tanto à Justiça Federal da Seção
Judiciária local quanto à Justiça Estadual, tendo em vista o
entendimento prevalente na jurisprudência no sentido de que os
entes públicos são solidariamente responsáveis pela prestação dos
serviços de saúde..
Seu Cliente é o autor. Quanto ao(s) réu(s), é admissível que a
resposta indique dois ou três entes federativos como litisconsortes
ou apenas um deles, isoladamente, conforme exposto acima. No
entanto, é necessário que sejam obedecidas as regras de
competência da Constituição: caso o examinando indique a União
Federal como ré na demanda, deverá direcionar a petição ao Juízo
Federal da Seção Judiciária respectiva (Art. 109, inciso I, da
Constituição da República). Caso apenas indique o Estado X e/ou o
Município Y, a demanda deverá ser direcionada ao Juízo de Direito
da Comarca respectiva.
Deve ser formulado pedido de antecipação dos efeitos da tutela,
indicando-se os dois fundamentos constantes do Art. 300 do CPC: o
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação
(progressão da doença e agravamento do estado de saúde) e a
verossimilhança das alegações (primeiro, a existência de informação
prestada pelas autoridades administrativas, no sentido de que “o
medicamento PRESCRITO” é mais eficaz, conforme relatórios oficiais;
segundo, a condição clínica foi atestada em laudo médico assinado
pelo profissional ESPECIALISTA, que também recomendou o uso do
“medicamento A”).
No mérito devem ser indicados como fundamentos à pretensão
autoral:
(i) a violação aos artigos 5º e 196 da Constituição da República,
tendo em vista que o direito à vida e à saúde gera, aos entes
públicos, o dever de fornecer os medicamentos necessários para
preservar sua vida;
(ii) os direitos assegurados pela Constituição não podem ser
limitados por listas, protocolos clínicos ou por razões orçamentárias;
(iii) o próprio profissional do SUS emitiu laudo médico atestando a
condição clínica do paciente e prescreveu o uso do “medicamento ”.
Devem ser formulados pedidos de citação do(s) réu(s), de concessão
da tutela antecipada para determinar o fornecimento do
medicamentos, e de sua confirmação, ao final, na tutela principal,
garantindo o direito ao recebimento contínuo e ininterrupto do
“medicamento pleiteado.

Por fim, deve-se requerer a produção de provas e a condenação do réu


em honorários advocatícios e custas processuais.

Pontuação da 2a fase da OAB


Antes de mais nada, você precisa saber que a pontuação da 2 a fase da
OAB pode variar. Por isso, vamos nos basear nos espelhos de provas
anteriores para trazer uma estimativa para peça prática e questões abertas.

Pontuação da peça prática

A pontuação da peça prático-profissional segue os elementos


fundamentais de cada peça. Na ordem em que aparecem, são estes:

 Endereçamento: por regra, vale 0,10. Em caso de peça de


interposição, vale 0,10 para o juízo ad quem e 0,10 para o juízo a
quo.

 Partes: valem 0,20 no total, sendo 0,10 para cada parte.

 Indicação da peça correta: se você errou a peça, é zero no total


(único erro que zera a peça inteira). Caso acerte, vale 0,10.

 Descrição dos fatos: 0,10 ponto.

 Preparo (se existir): 0,10 ponto (pode ser indicação de custas ou


também depósito recursal na prova trabalhista).

 Itens do mérito: variam entre 0,15 e 1,00, dependendo do item. Como


cada prova apresenta uma quantidade específica de itens, haverá
variação de valor.
 Pedidos: cada um costuma valer 0,10. Contudo, a banca pode
considerá-los a parte mais importante da ação, o que elevaria a
pontuação até mesmo a 0,60.

 Finalização da peça (com data, nome do advogado e OAB): vale


0,10.

Itens do mérito: pontuação diversificada

Ainda sobre os itens do mérito, é importante destacar que eles podem ser
divididos em até quatro partes para pontuação. O comum, porém, é a
divisão em duas partes. Mas imagine que temos uma peça que
apresente três partes de pontuação:

 0,00: quem erra tudo.


 0,70: quem acerta a fundamentação do tópico.
 0,80 (ou + 0,10): quem acerta a fundamentação e indica corretamente
o dispositivo legal ou jurisprudencial do tópico.

Em geral, a correta indicação do dispositivo normativo sempre vale 0,10.


A fundamentação corresponde ao restante da pontuação.

Pontuação de questões discursivas

Cada questão discursiva vale 1,25 ponto. Mas e dentro de cada questão?
Como funciona a pontuação da 2a fase da OAB?

Se você apresentar um raciocínio correto, mas uma indicação jurídica


diferente daquela apontada no espelho, fique tranquilo. Por regra, sua
questão não será zerada! Nesse caso, o candidato pontua na
fundamentação da questão, mas perde os décimos relativos à indicação do
fundamento legal.

Por outro lado, se você acertar o dispositivo legal e errar a


fundamentação, sua nota será zero.

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