Você está na página 1de 10

TÍTULO: DIMENSIONAMENTO DE GRUA PARA IÇAMENTO DE PEQUENAS MASSAS

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

SUBÁREA: Engenharias

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ENIAC - ENIAC

AUTOR(ES): RENAN COSTA FRANCO

ORIENTADOR(ES): ANTONIO CARLOS NETO DE JESUS

COLABORADOR(ES): JHONATAN SOUZA BORGES, BEATRIZ MOREIRA DUARTE

Realização: Apoio:
Resumo

Nos últimos anos a verticalização urbana vem crescendo devido a escassez de


terrenos urbanos. Um dos equipamentos mais utilizados na construção de prédios e
a Grua ou Guindaste de torre. Este trabalho irá dimensionar e construir uma Grua
para fins didáticos. Será desenvolvido um dispositivo eletromecânico para fazer o
levantamento vertical (grua de torre), manobra (180°) e abaixamento de uma peça
com massa (1,5Kg), tempo máximo de operação (15 ± 0,50 segundos) e altura
máxima de içamento (600mm) estabelecidos. A base conforme especificação deverá
seguir a medida 200mm x 200mm, para içamento e giro, será feita a utilização de
dois motores de corrente contínua (CC), para a alimentação dos motores ocorrer
utilizamos uma bateria de 12v, duas chaves H.H com bipolaridade.
Palavras chave​: grua, motor CC, chave bipolar.

INTRODUÇÃO

Nos últimos anos vem ocorrendo uma diminuição de terrenos nos centros urbanos,
esta tendência ocorreu no início do século XXI (Santos, 2015). No Brasil o primeiro
edifício construído foi na cidade de São Paulo no ano de 1921 (Fresca,2007). A
verticalização urbana é uma tendência mundial (Oliveira, 2018).
Um dos equipamentos utilizados para construção de edifícios é a grua ou chamada
também de guindaste de torre. A grua transporta cargas na direção vertical e
horizontal. Conforme o movimento pudesse classificar as gruas em fixas ou
estacionárias; ascensionais e as sobre trilhos que são móveis (Engel, 2008). As
primeiras gruas foram construídas no antigo Egito e antiga Grécia, eram movidas por
força humana ou animal, eram usadas para transporte de água e construir prédios.
Com o passar do tempo foi desenvolvido um sistema de engrenagens para erguer
cargas maiores e mais pesadas. Na idade média foi utilizada em navios para
levantar e transportar cargas do navio para a terra e vice e versa, fabricadas de
madeira com base sobre torres de pedra ( Rodrigues, 2013).
No final dos anos noventa foi introduzido um conversor de torque para as gruas,
reduzindo as manutenções e o consumo de energia (Rodrigues, 2013).
OBJETIVO
Desenvolver uma grua de torre com dispositivo eletromecânico para fazer o
levantamento vertical, manobra (180°) e abaixamento de uma peça com massa
(1,5Kg), tempo máximo de operação (15 ± 0,50 segundos) e altura máxima de
içamento (600mm) estabelecidos.

METODOLOGIA

Para dimensionar a capacidade da grua foi calculado: o motor de içamento, motor do


giro, rotação de transmissão, carretel, contra peso, e os cálculos elétricos dos
motores.
O projeto usou itens reciclados, uma pá de pedreiro, roldana carrinho de mercado,
partes de uma mesa de aço.
Materiais utilizados para a construção grua.
● Material estrutura: ferro galvanizado.
● Motores corrente contínua (CC).
● Esquema elétrico, mediante projeção ocorreu a compra dos materiais
elétricos.
● Dimensões das polias: cálculos mecânicos e adequação ao tempo proposto.
● Definição do tipo de estrutura: base e torre como contrapesos.
● Teste realizado em campo: medido 15,13s, ou seja, dentro do previsto.
● Escolha do sistema de transmissão, polias, correia.
● Chaves H.H com bipolaridade.

DESENVOLVIMENTO

O projeto á a construção de máquinas de elevação de cargas, nesse caso a grua


torre, especificam alguns parâmetros pré-estabelecidos como altura de elevação,
velocidade para elevação e carga de elevação e giro 180º. O dimensionamento é
realizado, portanto, de forma a atender os requisitos citados acima, que
compreenderá o desenvolvimento e estudo de um sistema responsável pela
elevação da carga e da transmissão de potência e torque necessários para o
funcionamento do equipamento
Este memorial de cálculos teórico tem por finalidade dimensionar e verificar as
cargas, estabelecer limites e definir a construção de um equipamento com base em
uma solicitação, que irá avaliar e demonstrar as capacidades, limites que o
equipamento pode ser submetido, indica a forma de construção e material a ser
empregado e o tratamento dos componentes a serem agregados de forma a garantir
a qualidade e robustez que atenda os dimensionamentos e regras estabelecidas
neste memorial.

ω 8,68
Cálculos Mecânicos: motor 1 f= 2π
= 2π
= 1, 383 Hz
(içamento)

Força peso = massa x aceleração Rotação Motor 1

Ma= m * a n = 60.f = 60.1, 383 = 83 rpm

Ma= 1,5 * 9,8


Energia Potencial
Ma= 14,7N
Ep = m * g * h
Velocidade Tangencial
0,6
Ep = 1,5 * 9,8 * 0,6
∆s
Vt = ∆t
= 5
= 0, 12 m/s
Ep = 8,82 joules
Potência Motor 1
Velocidade Angular Motor 1
P = Ep
8,82
t
= 5
= 1, 76 w
π.n
ω= 30 Torque Motor 1
3,1415.83
ω = 30 = 8, 69rad/s 1,76 w
P
Calculo da Polia Motor 1 Mt = ω
= 8,69 rad/s
= 0, 20 N m = 2,039

R= vT
=
0,12
= 0, 01380 m kgf/cm
ω 8,69

Frequência Motor 1

Cálculos Mecânicos: motor 2 (GIRO


π.n
180º) ω= 30

Velocidade Angular motor 2 3,1415.13


ω= 30
= 1, 36 rad/s
Frequência motor 2 Ep = 1,5 * 9,8 * 0,6
ω 1,36
f= 2π
= 2π
= 0, 216 Hz Ep = 8,82 joules

Rotação motor 2 Potência motor 2


Ep 8,82
n = 60.f = 60.0, 216 = 13 rpm P = t
= 5
= 1, 76 w

Torque (GIRO 180º) motor 2


P 1,76 w
Energia Potencial Mt = ω
= 1,36 rad/s
= 1, 29 N m = 13,15

kgf.cm
Ep = m * g * h

Rotação de transmissão (i) (GIRO 180º) motor 2

Giro 180º (i= 5s)


Período 1 volta em 10s =
RPM= 60/1T = 6 rpm
Motor utilizado 13 RPM (ferramenta utilizado para redução) relação transmissão
polias.

Relação transmissão
13rpm
i= 6rpm
= 2 (relação 2.1)

1- Polia possui d1=20 dentes


2- Polia possui d2=40 dentes
d1
i= d2 =2

Cálculo do Diâmetro do carretel

Cálculo
P = Ø.π
P = 27.3,1415 = 84,82 mm
(Definido o Ø do carretel e sabendo que com uma volta erguerá 84,82 mm em 5
voltas ou 5s erguerá 424,10 mm).
Cálculo do contrapeso

∑Ma=0
∑M=-cp.169,49+p.353=0
= -cp.169,49+9,8.353 =0
= -cp.169,49 = -3459
= cp =3628,89/169,49
=cp = 21,41 N
Cp=21,41 / 9,8 m/s²
cp = 2,18 kg
cp= contrapeso

Cálculos Elétricos Motor 1 (içamento)

Resistência Total do Circuito

Informações do Motor1 (içamento)


28,8 Ω e 12V

Corrente do Motor

v 12
I total = Rmotor1 = 28,8 = 416,67 mA

Potência do Motor
P=V*I
P = 12 * 416,67.10​-3
P=5W

Cálculos Elétricos Motor 2 (180º)


Resistência Total do Circuito

Informações do Motor 2 (içamento)


39,02 Ω e 12V

Corrente do Motor

v 12
I total = Rmotor2 = 39,02 = 307,53 mA

Potência do Motor
P=U*I
P = 12 * 307,53.10​-3
P = 3,7 W
Figura 2 – Vista lateral da estrutura mecânica do projeto. Fonte: Autor
Fonte: Autor

Figura 2 – Diagrama Ponte H.H com chaves bipolares.

RESULTADOS

No teste prático a grua foi capaz de içar e baixar uma massa de 1,5 kg com um
tempo máximo de operação de 15 segundos e altura máxima de içamento de 600
mm. Foi possível realizar o giro com um ângulo de 180°.Portanto os cálculos
utilizados para este trabalho foi capaz de operar com uma capacidade de 1,5 kg.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para diminuir o custo do projeto foi recuperado um motor de giro. utilizado no projeto
estava especificado para o dobro da velocidade. Entretanto o motor estava girando o
dobro da velocidade adequada para o projeto. As opções para reduzir a velocidade
do motor eram o uso de engrenagens ou redução por polia. Foi utilizado as polias
pois apresentaram um custo menor.
REFERÊNCIAS

CASARIL, Carlos Cassemiro; FRESCA, Tania Maria. Verticalização urbana


brasileira: histórico, pesquisadores e abordagens. Revista Faz Ciência, Francisco
Beltrão, v. 49, n. 10, p. 169-190, 2007

Engel, Jaqueline Barreto; Ferreira, Emerson de A. M.. A Segurança na Utilização da


Grua na Construção do Edifício. Disponível em
http://www.gpsustentavel.ufba.br/downloads/Seguranca%20Grua%20-%20Jaqueline
%20Engel%20UCSAL.pdf . Acesso em 26/08/2019

MELCONIAN, SARKIS. ELEMENTOS DE MÁQUNAS. São Paulo, Editora Erica, , 9


edição, 06/2018.

Oliveira, Tarcisio Dorn; Neumann, Marcio André; Wieczorec, Lucas Gemelli.


Verticalização Urbana: Um Quantitativo de Edificações Verticais na Rua do comércio
em Ijuí-RS. Revista Ciatec, v. 10, p.p. 86-94, 2018.

Rodrigues, Ricardo, Guindaste de Torre: O Tipo de Grua Mais Comum. Engiobra.


Disponível em https://engiobra.com/guindastes-torre/. Acesso em 22 de agosto de
2019.

ROSÁRIO, João Mauricio. Princípios de Mecatrônica. São Paulo: Editora Prentice,


Disponível em Hall, 6ª Edição, 2011.

SANTOS, Leilson Alves dos et al. Impactos socioambientais resultados do processo


de verticalização.
IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, Porto Alegre, nov. 2015. 7 p.
Disponível em: <http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2015/IV-019.pdf>
Acesso em: 10 de agosto 2019.

Você também pode gostar