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COMPANHIA SIDERÚRGICA DO PECÉM Augusto Neto

TECNOLOGIA MECÂNICA
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MEMORIAL DE CÁLCULO - AUMENTO DA VELOCIDADE DO AMOSTRADOR


Nota: 10118995 Descrição/Equipamento: Amostrador de sínter
Data: 13/07/2018 Área Sinterização Responsável: Augusto Neto

OBJETIVO
-VERIFICAR A INTEGRIDADE ESTRUTURAL DO EQUIPAMENTO NA NOVA CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO

NORMA APLICÁVEL/ LITERATURA DE REFERÊNCIA


- HIBBELER, R. C. Dinâmica: Mecânica para Engenharia, 10 Edição. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2005
- ANDRADE, Alan. Memorial de cálculo - Chapa de base de pilar e chumbadores
- ABNT NBR 8400 - Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas

1.0 Dimensionamento do atuador linear

1 Massa da estrutura(P) 979.0 kg


2 Deslocamento angular total do amostrador (θt) 51.6 graus
3 Ângulo disponível para aceleração(Δθ) 9.0 graus
4 Velocidade de corte caçamba(V) 0.60 m/s
5 Distância do eixo de suporte ao CG da caçamba( R ) 2.878 m
6 Raio de acionamento do braço( r ) 0.922 m
7 Momento de inércia da estrutura(Io) 3181.79 kg m²
8 Distância do centro de gravidade ao eixo de rotação( Rcg ) 0.267 m

As informações de número 2,5 e 6 da tabela podem ser verificadas nos desenhos CSP-1-AB-331-EM131-20631 e CSP-1-AB-331-
EM131-20630. As outras informações foram extraídas do modelo da estrutura.

A velocidade de corte foi solicitada pela operação. O ângulo disponível para aceleração foi escolhido de forma a garantir uma
aceleração e desaceleração de pelo menos 1.5s e de forma a permitir que a caçamba atinja a velocidade necessária de corte ao
passar pela correia de sínter. Foi informado pela equipe da EIC que os inversores de frequência capazes de gerar acelerações e
desalecerações inferiores à 1.5s requerem um tipo de painel especial instalado na área, para diminuir os custos de instalação do
novo acionamento o projeto foi adaptado para ter acelerações e desacelerações de 1,5s. O percurso do amostrador será dividido em
quatro momentos, dois de velocidade constante e dois movimentos acelerados.

1.1 Cálculo da aceleração angular do conjunto do amostrador

Tempo em velocidade constante 2.81 s


𝑉
W= 0.208 rad/s 𝑊= Tempo de movimentos acelerados 3.01 s
𝑅
Tempo total de percurso do amostrador 5.83 s
α = 0.13835 rad/s² 2 2
𝑊 = 𝑊𝑜 + 2 ∗ 𝛼 ∗ ∆𝜃

Tempo de desaceleração e aceleração(t1) = 1.51 s ∆𝜃 = 0 ∗ 𝑡 + 𝛼 ∗ 𝑡12 ∗ 1/2

1.2 Torque necessário para gerar a aceleração angular no início do movimento do amostrador

T = 440.192 N.m T = 𝐼𝑜 ∗ 𝛼

1.3 Força necessária para acionamento no início do movimento do amostrador

Fa*r + P*Dcg*g = T Fa = -591.37 N

onde: Dcg = distância do centro de gravidade ao centro de rotação (ver fig. XX) = 97,15 mm
g = gravidade local

1.4 Velocidade do atuador linear

V = 192.217 mm/s 𝑉 =𝑊∗𝑟


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1.5 Força mínima necessária para acionamento durante a aceleração do amostrador (0 a 1,51 s)

Será utilizado o princípio de impulso e quantidade de movimento angular para determinar a força necessária do atuador linear para
acionar o amostrador, esse princípio afirma que a soma dos impulsos angulares atuando sobre o corpo durante um intervalo de
tempo é igual a variação da quantidade de movimento angular durante esse intervalo.

𝑡2
𝑀𝑜 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊1 − 𝐼𝑜 ∗ 𝑊𝑜 (1)
𝑡1
Onde:
Mo = Momentos atuantes no sistema
Io = Momento de inércia da estrutura
Wo = Velocidade angular no início do período = 0
W1 = Velocidade angular no final do período = 0.208 rad/s
t1 = Tempo inicial = 0 s
t2 = Tempo final = 1.51 s
Intervalo de tempo = t2 - t1 = 1.51 s

As duas forças que geram momento na estrutura são a força de


acionamento(Fa) e o peso da estrutura(P).

Considerando que o momento gerado pela força de acionamento não varia


(pois a força é constante e o seu braço de ação não muda em relação ao
ponto de fixação) e que a linha de ação do momento causado pelo peso
da estrutura é igual ao comprimento do arco desenvolvido(C) pelo
centro de gravidade da estrutura temos o seguinte desenvolvimento na
equação:

𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑀𝑝 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝑀𝑎 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2
Onde Mp é momento causado pelo peso da estrutura e Ma é o momento
causado pela força de acionamento do atuador linear.

𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝐶 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2
Sabendo que o comprimento do arco (C) varia de acordo com um Figura 1 : Amostrador na posição de repouso e
movimento circular uniformemente variado podemos equacionar a variação forças atuantes (início do movimento)
desse fator da seguinte forma:

𝐶 = 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔
∆𝜃 = 𝑊𝑜 + 𝛼 ∗ 𝑡 2 ∗ 1/2
Assim teremos:
𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2

Sabendo que apenas o momento da força peso varia com o tempo, retira-se da integral as variáveis constantes:
𝑡2 1 𝑡2 2 𝑡2
𝑃 ∗ 𝑅𝑐𝑔 ∗ 𝑊𝑜 𝑡1
𝑑𝑡 + 𝑃 ∗ 𝛼 ∗ 2 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑡1
𝑡 𝑑𝑡 + 𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑡1
𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2

Substituindo os valores nas integrais temos:

Fa = 263.643 N

Nesse período do movimento a força de acionamento é baixa, pois grande parte da sua função (fazer com que a estrutura atinja 0,6
m/s) está sendo desenvolvida pelo próprio peso da estrutura.
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1.5 Força necessária para acionamento até a linha neutra (1.51 a 2.78 s)
𝑡2
𝑀𝑜 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2 − 𝐼𝑜 ∗ 𝑊1 (2)
𝑡1
Onde:
Mo = Momentos atuantes no sistema
Io = Momento de inércia da estrutura
W1 = Velocidade angular no início do período = 0.208 rad/s
W2 = Velocidade angular no final do período = 0.208 rad/s
t1 = Tempo inicial = 1.51 s
t2 = Tempo final = 2.78 s
Intervalo de tempo = 1.27 s

Serão aplicados os mesmos princípios da análise feita no item 1.5, porém nesse
período o movimento do mecanismo possui velocidade constante, sendo assim temos
o seguinte desenvolvimento na equação (2):

𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝐶 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 0

Sabendo que o comprimento do arco (C) varia de acordo com um


movimento circular uniforme podemos equacionar a variação desse fator
da seguinte forma:
𝐶 = 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔
∆𝜃 = 𝑊 ∗ 𝑡

Assim teremos:
𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 0

Retirando da integral as variáveis constantes:


𝑡2 𝑡2
𝑃 ∗ 𝑊1 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑡 𝑑𝑡 + 𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 0
𝑡1 𝑡1
Resolvendo as integrais temos:

Fa = -2727.1 N

Figura 2 : Amostrador na posição da linha


neutra (final do segundo movimento)

Nesse período do movimento a estrutura já está em velocidade constante, pois a caçamba está passando pela correia de sínter, a
força de acionamento possui um valor negativo, pois seu sentido é o oposto ao da figura 2. Esse fato ocorre, pois a força de
acionamento mantém a velocidade do conjunto constante, enquanto o peso tende a acelerar a estrutura. Logo os momentos
causados pelas forças devem possuir sentidos opostos.
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1.6 Força necessária para acionamento da linha neutra até a desaceleração (2.78 a 4.32 s)
𝑡2
𝑀𝑜 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊3 − 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2 (3)
𝑡1
Onde:
Mo = Momentos atuantes no sistema
Io = Momento de inércia da estrutura
W1 = Velocidade angular no início do período = 0.208 rad/s
W2 = Velocidade angular no final do período = 0.208 rad/s
t1 = Tempo inicial = 2.78 s
t2 = Tempo final = 4.32 s
Intervalo de tempo = 1.54 s

Serão aplicados os mesmos princípios da análise feita no item 1.5, porém nesse
período o movimento do mecanismo possui velocidade constante, sendo assim temos
o seguinte desenvolvimento na equação (3):

𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝐶 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 0

Sabendo que o comprimento do arco (C) varia de acordo com um


movimento circular uniforme podemos equacionar a variação desse fator
da seguinte forma:
𝐶 = 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔
∆𝜃 = 𝑊 ∗ 𝑡

Assim teremos:
𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2
Figura 3 : Na posição final do terceiro
Retirando da integral as variáveis constantes: movimento
𝑡2 𝑡2
𝑃 ∗ 𝑊2 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑡1
𝑡 𝑑𝑡 + 𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑡1
𝑑𝑡 =0

Resolvendo as integrais temos:

Fa = 506.437 N

Nesse período do movimento o momento da força peso tende a desacelerar a estrutura, logo a força de acionamento deve produzir
um momento de sentido oposto ao da força peso para manter constante a velocidade da estrutura.
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1.7 Força necessária para acionamento da linha neutra até a desaceleração (4.32 a 5.83 s)

𝑡2
𝑡1
𝑀𝑜 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊4 − 𝐼𝑜 ∗ 𝑊3

Onde:Mo = Momentos atuantes no sistema


Io = Momento de inércia da estrutura
W3 = Velocidade angular no início do período = 0.2 rad/s
W4 = Velocidade angular no final do período = 0 rad/s
α = Aceleração angular = 0.1383 rad/s²
t1 = Tempo inicial = 4.32 s
t2 = Tempo final = 5.83 s
Intervalor de tempo = 1.51 s

As duas forças que geram momento na estrutura são a força de


acionamento(Fa) e o peso da estrutura(P).

Considerando que o momento gerado pela força de acionamento não varia


(pois a força é constante e o seu braço de ação não muda em relação ao
ponto de fixação) e que a linha de ação do momento causado pelo peso da
estrutura é igual ao comprimento do arco desenvolvido(C) pelo centro de
gravidade da estrutura temos o seguinte desenvolvimento na equação:

Figura 4 : Amostrador na posição final


𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑀𝑝 𝑑𝑡 − 𝑡1
𝑀𝑎 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2
𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝐶 𝑑𝑡 − 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = 𝐼𝑜 ∗ 𝑊2

Sabendo que o comprimento do arco (C) varia de acordo com um


movimento circular uniformemente variado podemos equacionar a variação
desse fator da seguinte forma:
𝐶 = 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔
∆𝜃 = 𝑊𝑜 + 𝛼 ∗ 𝑡 2 ∗ 1/2

Assim teremos:
𝑡2 𝑡2
𝑡1
𝑃 ∗ 𝛥𝜃 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑑𝑡 + 𝑡1
𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑑𝑡 = −𝐼𝑜 ∗ 𝑊3
Retirando da integral as variáveis constantes:
𝑡2 1 𝑡2 2 𝑡2
𝑃 ∗ 𝑅𝑐𝑔 ∗ 𝑊𝑜 𝑡1
𝑑𝑡 + 𝑃 ∗ −𝛼 ∗ 2 ∗ 𝑅𝑐𝑔 𝑡1
𝑡 𝑑𝑡 + 𝐹𝑎 ∗ 𝑟 𝑡1
𝑑𝑡 = −𝐼𝑜 ∗ 𝑊3

Substituindo os valores nas integrais temos:

Fa = 4020.74 N

A força de acionamento possui seu maior valor no período final, pois ela deve manter a desaceleração do amostrador constante
(0,1383 rad/s²), enquanto o momento da força peso tende a desalecerar bruscamente o amostrador.
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2.0 Análise estrutural - Esforços aplicados em um corpo em movimento rotacional

Serão analisados individualmente cada componente do amostrador com o


objetivo de definir as forças atuantes na estrutura durante o movimento,
esse passo é importante para definir as cargas atuantes no eixo principal
do amostrador.

𝐹𝑡 = 𝑚 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼

𝐹𝑛 = 𝑚 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤² Figura 5: Esforços atuantes em um corpo em


movimento rotacional

Quando um corpo executa um movimento rotacional surgem duas forças resultantes no corpo, uma força tangente à
direção do movimento (Ft) e uma força normal (Fn) que aponta para o ponto de rotação da estrutura, essas forças
resultantes são balanceadas por forças (Ot e On) que surgem no ponto de rotação da estrutura e serão suportadas pelo
eixo que permite que a estrutura gire.

As tensões na estrutura variam conforme o movimento oscilatório é executado, porém a estrutura será avaliada no período
do movimento em que a força de acionamento possui seu maior valor (desaceleração do amostrador) e também no final do
curso do movimento, pois é nesse momento que os esforços na estrutura são maiores.

O objetivo das próximas sessões é determinar os esforços sofridos pelos pontos mais críticos da estrutura.

Referência do peso dos componentes: CSP-1-AB-331-EM131-20631

2.1 Análise estrutural - Corpo 1 - Contrapeso Diagrama de corpo livre - Contra peso

m1 = 439.1 kg
g = 9.81 m/s²
α = 0.1383 rad/s²
w = 0.208 rad/s
r = 1.330 m

𝐹𝑡1 = 𝑚1 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼 = 80.76761 N

𝑂𝑡1 + 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 18.4 = 𝑚1 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼 27.4°

Ot1 = -1901.58 N

𝐹𝑛1 = 𝑚1 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤² = 25.26631 N

𝑂𝑛1 + 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠 27.4 = 𝑚1 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤²


On1 = -3799.06 N
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2.2 Análise estrutural - Corpo 2 - Braço superior

m2 = 193 kg Diagrama de corpo livre - Braço superior


g = 9.81 m/s²
α = 0.1383 rad/s²
w = 0.208 rad/s
r = 0.327 m
Fa = 4020.74 N

𝐹𝑡2 = 𝑚2 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼 = 8.7 N

𝑂𝑡2 + 𝑚2 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 27.4 + 𝐹 ∗ cos 60 = 𝑚2 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼


60°
Ot2 = -2872.95 N

𝐹𝑛2 = 𝑚2 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤² = 2.7 N

𝑂𝑛2 + 𝑚1 ∗ 𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠 8.5 + 𝐹 ∗ sin 60 = 𝑚2 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤²


On2 = -1869.8 N
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2.3 Análise estrutural - Corpo 3 - Braço Inferior

m3 = 134.1 kg Diagrama de corpo livre - Braço inferior


g = 9.81 m/s²
α = 0.1383 rad/s²
w = 0.208 rad/s
r = 1.767 m

𝐹𝑡3 = 𝑚3 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼 = 32.8 N

𝑂𝑡3 − 𝑚3 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 18.4 = 𝑚3 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼

Ot3 = 638.164 N

𝐹𝑛3 = 𝑚3 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤² = 10.2 N

𝑂𝑛3 − 𝑚3 ∗ 𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠 18.4 = 𝑚3 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤²


On3 = 1178.19 N

2.4 Análise estrutural - Corpo 4 - Caçamba

m4 = 211 kg
g = 9.81 m/s² Diagrama de corpo livre - Caçamba
α = 0.1383 rad/s²
w = 0.208 rad/s
r = 2.878 m

𝐹𝑡4 = 𝑚4 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼 = 84.0 N

𝑂𝑡4 − 𝑚4 ∗ 𝑔 ∗ 𝑠𝑒𝑛 18.4 = 𝑚4 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝛼

Ot4 = 1036.56 N

𝐹𝑛4 = 𝑚4 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤² = 26.3 N

𝑂𝑛4 − 𝑚4 ∗ 𝑔 ∗ 𝑐𝑜𝑠 18.4 = 𝑚4 ∗ 𝑟𝑔 ∗ 𝑤²


On4 = 1863.97 N
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2.4 Análise estrutural - Somatório das reações suportadas pelo eixo de balanço do amostrador

Otr = Ot1 + Ot2 + Ot3 + Ot4 = 6449.2 N


Onr = On1 + On2 + On3 + On4 = 8711.0 N
Resultante = 𝑂𝑟 = 𝑂𝑡𝑟² + 𝑂𝑛𝑟² = 10838.6 N

2.4 Gráfico de esforço cortante, momento fletor e força normal.

As forças produzidas pelo movimento rotacional são muito baixas (Fnr = 36.3 N e Ftr = , pois a velocidade angular, a
aceleração e o raio de giração são muito baixos. Logo os esforços atuantes no corpo são produzidas principalmente pelo
peso próprio da estrutura e pela força de acionamento.

Figura 6: Distância do centro de gravidade da estrutura ao centro de giração.

O período do movimento em que a estrutura produz maior esforço de momento fletor sobre ela mesma é durante a parte
final do movimento, que é quando ela está mais inclinada em relação à seu eixo neutro (27,4º) e ainda está sofrendo a ação
da força de acionamento, pois é nessa configuração os esforços de flexão na estrutura são os maiores.

O peso próprio e a força de acionamento da estrutura produzirão esforços interno de três tipos na estrutura: força cortante,
momento fletor e força normal. Esses esforços foram calculados utilizando o software FTOOL, aplicando na estrutura o
peso de cada componente da estrutura nos seus respectivos centros de gravidade e a força de acionamento máxima
durante o movimento do amostrador.
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Figura 7: Modelo do amostrador com os pesos do componentes e a força de acionamento aplicada na condição crítica.
Eixo de balanço

Junta aparafusada

Ponto da viga principal da estrutura sem reforço com maior momento fletor
Figura 8: Desenho de montagem do amostrador e sessões mais solicitadas (Fonte: CSP-1-AB-331-EM131-20631).
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Figura 9: Gráfico da força normal na estrutura Figura 10: Gráfico da força cortante na estrutura

Ponto do eixo principal da


estrutura sem reforço com
maior momento fletor

Eixo de balanço

Junta aparafusada

Figura 11: Gráfico de momento fletor atuante na estrutura com indicação dos pontos mais solicitados.
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2.4 Análise estrutural - Análise de tensão nos pontos críticos do equipamento

2.4.1 Tensão admissível da estrutura

Para determinar os coeficientes de segurança da estrutura se faz necessário determinar suas tensões admissíveis, esse
equipamento de enquadra na categoria de mecanismos da norma ABNT NRB 8400. Segundo a norma é necessário
determinar a classe de funcionamento e o estado de solicitação para determinar o grupo que o mecanismo se enquadra.
Essa classificação se aplica para todos os componentes do amostrador.
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Após determinar o grupo do mecanismo determina-se a tensão admissível utilizando a seguinte fórmula:
𝜎𝑟
𝜎𝑎 = = 142.86 MPa Propriedades do material
𝑞 ∗ 𝐹𝑆𝑟 Material da estrutura SS400(equivalente a A36)
onde: σa = Tensão admissível Resistência à tração 400 MPa
σr = Resistência à tração
q= Fator de carregamento
FSr = Fator de segurança

2.4.1 Cálculo de tensões na viga principal da estrutura

A pior condição para esse componente do equipamento se encontra a uma


distância de 200 mm a direita do eixo de balanço do amostrador.

Momento fletor no ponto analisado 5164 N.m

Força normal no ponto analisado 5800 N

Força cortante no ponto analisado 6900 N

Momento de inércia das chapas (eixo Y) = 1196.4672 cm^4

𝐼𝑦
Módulo de resistência no eixo y 𝑊𝑦 = = 160 cm^3
𝑐

𝑀 Figura 12: Seção transversal do perfil em análise


Tensão de flexão 𝜎𝑓 = 𝑊𝑦 = 32.37 MPa
Geometria do perfil
b= 15 cm
h= 15 cm
Tensão de 𝑉∗𝑄
𝜏= = 6.23 MPa t= 0.6 cm
cisalhamento 𝑡 ∗ 𝐼𝑦 A= 34.56 cm²

Tensão de 𝑁
compressão 𝜎𝑐 = = 1.68 MPa
𝐴

Tensão von Mises (𝜎𝑓 + 𝜎𝑐 )² + 3 ∗ 𝜏² = 35.7 MPa

Fator de 𝜎𝑎
segurança
FS = 𝜎𝑟
= 4.00 Aprovado
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2.4.2 Junta aparafusada

Figura 13: Junta aparafusada em análise e com indicação dos parafusos analisados

Mf
V
C

Figura 14: Esforços aplicados na seção da junta

Esforço cortante V = 1800 N Quantidade total de parafusos (Qt) = 8


Número de parafusos sob flexão (n) = 2
Momento fletor Mf = 2980 Nm Tipo de parafuso M16 8.8
Diâmetro = 16 mm Passo = 2 mm
Forca normal C = 3600 N Resistência a tração (fu) = 800 MPa

Área efetiva de 𝜋 𝑑 − 0.649519 ∗ 𝑝 + 𝑑 − 1.226869 ∗ 𝑝


= 156.67 mm² 𝐴𝑡 = ∗[ ]²
tração(At) do parafuso 4 2
Área efetiva de cisalhamento(As)
= 68.09 mm² 𝐴𝑠 = 𝜋 ∗ 𝑑 − 1.226869 ∗ 𝑝 ∗ 0.8 ∗ 𝑝
do parafuso

Módulo de resistência à flexão da junta(Wy) = 2362.384 cm³

Área da junta(A) = 43456 mm²


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Tensões em parafusos sob flexão


EQUAÇÕES VALOR Unid.

𝐶 𝑀
𝑓𝑐.𝑚𝑎𝑥 = + 1.344 N/mm²
𝐴 𝑊𝑦

𝐶 𝑀
𝑓𝑐.𝑚𝑖𝑛 = − -1.18 N/mm²
𝐴 𝑊𝑦
𝑓𝑚𝑎𝑥 𝐿
𝑐= 133.2 mm
𝑓𝑚𝑎𝑥 + 𝑓𝑚𝑖𝑛

𝑎 = 𝑐 − 𝑎1 108.2 mm

𝑦 = 𝐿 − 𝑎1 − b 186.1 mm

𝐿−𝑐
𝑏= 𝑎1 = 25
3

Forças atuantes e tensão resultante nos parafusos


1 𝑀𝑓 + 𝐶 ∗ 𝑎 𝑇𝑖
Forca tracao(Ti) = 9054.544 N 𝑇𝑖 = Tensão de tração(ft) = 57.79 MPa 𝑓𝑡 =
𝑛 𝑦 𝐴𝑡
𝑉 𝐹𝑣
Forca cisalhamento(Fv) = 225 N 𝐹𝑣 = T. de cisalhamento(fv) = 3.3 MPa 𝑓𝑣 =
𝑄𝑡 𝐴𝑠

𝑓𝑟 = 𝑓𝑡2 + 3𝑓𝑣² ≤ 0,38𝑓𝑢 58 < 304 Aprovado


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2.4.3 Eixo de giro

Diâmetro do eixo 90 mm
Comprimento livre (L) 500 mm
Força atuante (F) 10839 N
Área sessão transversal 0.00636 m²
Momento de inércia (I) 3.22E-06 m4
Momento de inércia
6.44E-06 m4
polar (J)
Torque no eixo durante
440.19 N.m
desaceleração (T)

𝐹∗𝐿
Momento atuante (M) = = 1354.822 N.m
4

𝑀∗𝑐 Figura 15: Eixo de apoio do amostrador


Tensão de flexão(σf) = = 18.93 MPa (Fonte: CSP-1-AB-331-EM131-20631)
𝐼

4𝐹
Tensão cisalhamento(τc) = = 2.27 MPa
3𝐴

𝑇∗𝑟
Torção(τt) = = 3.08 MPa
𝐽

Tensão von Mises (𝜎𝑓 )² + 3 ∗ (𝜏𝑐 + 𝜏𝑡 )² = 21.1 MPa

Fator de 𝜎𝑎
segurança
FS = = 6.78 Aprovado
𝜎𝑟

3.0 Conclusão

Conforme os cálculos apresentados neste memorial, a estrutura do amostrador de sínter está aprovada para a nova
condição de operação nas condições estabelecidas pela operação e com os períodos de aceleração e desaleceração
estabelecidos no memorial, para usos ou condições diferentes das apresentadas no memorial se faz necessário
avaliar novamente a estrutura do amostrador. O atuador linear a ser instalado na área deve ter a mesma força
nominal de acionamento do instalado atualmente (4 ton.f) de forma a garantir que a velocidade do amostrador se
mantenha constante. A velocidade nominal deve ser de, no mínimo, 192 mm/s para que a velocidade de corte seja de
0,6 m/s.

Estrutural
Componente Tensão atuante Tensão admissível Fator de segurança Status
Viga principal 35.7 MPa 142.86 MPa 4.00 OK
Junta aparafusada 58.1 MPa 304.0 MPa 5.23 OK
Eixo de giro 21.1 MPa 142.86 MPa 6.78 OK

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