Você está na página 1de 11

Alexander Romanovich Luria (16 de julho de 1902 —

14 de agosto de 1977) foi um famoso neuropsicólogo


soviético especialista em psicologia do
desenvolvimento. Foi um dos fundadores de psicologia
cultural-histórica onde se inclui o estudo das noções de
causalidade e pensamento lógico–conceitual da
atividade teórica enquanto função do sistema nervoso
central.
 Filho de pais judeus, nasceu em Kazan, uma região central a
leste de Moscou;
 estudou no Curso de Ciências Sociais da Universidade
Estadual de Kazan (graduado em 1921) ;
 Estudou no Instituto médico de Kharkov e no Instituto Médico
de Moscou graduando-se em medicina em 1937, onde depois
foi professor (1944). Obteve seu doutorado em Pedagogia
(1937) e Ciências Médicas (1943).
 Durante Segunda Guerra Mundial Luria liderou uma equipe de
pesquisa no Hospital do Exército para desenvolver métodos de
reabilitação de deficiências orgânicas psicológicas em
pacientes com lesões no cérebro. Morreu, em Moscou aos 75
anos, alguns anos depois de publicar os estudos de casos
realizados nesse período, praticamente dando início à
Neuropsicologia que conhecemos hoje.
 Lúria defendeu a ideia de que todos as
estruturas que compõem o cérebro podem
ser divididas em 3 unidades funcionais;
 A 1ª unidade é formada pela substância
reticular, estruturas do tronco cerebral e
diencéfalo e regiões mediais do córtex;
 A 2ª unidade constitui-se de regiões
laterais do neo córtex nas superfícies
convexas dos hemisférios, compreendendo
os lobos occipital, temporal e parietal;
 A 3ª unidade funcional de
Alexander R. Lúria compunha-
se de estruturas localizadas na
região anterior dos hemisférios
cerebrais, logo a frente da
circunvolução para-central;
 A primeira unidade funcional é a responsável por
regular o estado de atividade cortical e do nível
de vigilância (estado de consciência);
 Esta estrutura mantém funções como a atenção
que irá ocasionar em um melhor aproveitamento,
ou não, das funções referentes à segunda unidade
de Lúria;
 Atua na modulação, ou regulação, de estímulos
corticais e no processo de habituação dos
sentidos em resposta a estímulos ambientais;
 Estruturas responsáveis pela recepção, análise e
armazenamento das informações;
 Esses processos dividem-se nas áreas primárias,
secundárias e terciárias dos lobos occipital, temporal
e parietal;
 As áreas primárias recebem e analisam os estímulos;
 As secundárias sintetizam os estímulos através de
padrões funcionais;
 As estruturas terciárias situam-se nas clássicas áreas
de Brodmann: 5, 7, 39 e 40 (região parietal), 21
(região temporal) e 37 e 39 (na região têmporo-
occipital);
 Essas áreas encarregam-se de integrar os estímulos
recebidos, analisados e padronizados;
 Nas palavras de Lúria elas promovem a organização
dos impulsos aferentes oriundos de diferentes regiões e
converte em grupos de processamento;
 Nessa unidade ocorre a programação, regulação e
verificação das atividades;
 Destaca-se as regiões frontais do córtex que torna
possível a intencionalidade, a planificação e organização
de condutas acerca do conhecimento do mundo;
 Exerce controle para movimentos voluntários;
 A ação (área 4) e a coordenação (áreas 6 e 8), são as
unidades dialéticas e funcionais da 3ª Unidade
Funcional (ALVES, 2008);
 Governa os sistemas motores eferentes desenvolvendo
respostas subjetivas aos estímulos esternos.
 O grande neuropsicólogo destacava que as três
unidades trabalham juntas para elaboração do
comportamento e todas as funções reguladoras do
organismo;
 Entretanto Lúria focou amplamente os aspectos e
relações dessas unidades nos processos cognitivos
simples e complexos aos quais demonstrava grande
interesse;
 Nesse sentido a 1ª unidade detém-se nas funções de
sono e vigília, além de tonificação cortical e muscular;
 A 2ª unidade recebe, analisa e armazena informações;
 E a 3ª unidade utiliza-se das funções cognitivas mais
desenvolvidas para elaborar respostas às situações
diversas do ambiente.
 ALVES, R. C. S. Psicomotricidade II. In:
http://www.psicomotricialves.com/PSICOM
OTRICIDADEII.pdf, acessado em
04/10/2010;
 OLIVEIRA, J. M., AMARAL, J. R. O
pensamento abstrato. In:
http://www.cerebromente.org.br/n12/opinia
o/pensamento.html, acessado em 04/10/2010;
 LURIA, A. R. A construção da mente. São
Paulo: Ícone, 1992.

Você também pode gostar