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INTRODUÇÃO
Para que os processos mentais humanos sigam o
seu curso correto, o estado de vigília é essencial
Sua precisa regulação é impossível durante o
sono. O curso das reminiscências e associações
que surgem é de natureza desorganizada e a
atividade mental adequadamente dirigida é
impossível
Segundo Pavlov, “a atividade organizada, dirigida
a metas, requer a manutenção de um nível ótimo
de tono cortical”, o que seria garantido por um
‘foco de luz’ móvel”
Esse foco seria concentrado e se deslocaria por
sobre o córtex com a mudança de uma atividade
para outra, como um ponto de excitação ótima,
sem a qual e impossível a atividade normal
AS LEIS NEURODINÂMICAS DA PRIMEIRA UNIDADE FUNCIONAL
• Tais leis desaparecem no sono ou no estado que o precede (estado de inibição - fásico):
- Intensidade: estímulos fracos podem ou evocar respostas tão intensas como os fortes (fase igualizadora), ou
acarretar respostas mais intensas que os estímulos fortes (fase paradoxal), ou continuar a evocar uma resposta
quando estímulos fortes já tenham deixado de fazê-lo (fase ultraparadoxal)
- Concentração: a relação normal entre excitação e inibição é perturbada persistindo a inibição
- Mobilidade: a dinâmica de uma tarefa para outra desaparece e a mobilidade do SN, fundamental para que a
atividade mental siga normal, é perdida
Que partes do cérebro regulam e modificam o tono cortical, mantendo-o
no momento apropriado e elevando-o quando isto se faz necessário?
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS
E MORFOLÓGICAS DA 2ª UNIDADE FUNCIONAL
• Os sistemas desta unidade estão adaptados para a recepção de estímulos que vão ter ao
cérebro, a partir de receptores periféricos
• Esses estímulos serão analisados em seus elementos específicos pelas células que os recebem
• Em segundo momento, serão combinados em estruturas funcionais dinâmicas, por outros
grupos celulares
• Essas células realizarão a síntese dessas informações, integrando-as em sistemas inteiros e
permitindo o conhecimento do que nos estimulou
ESTRUTURA CELULAR
PARA ESSA TAREFA
• Principal diferença: na 2ª unidade, aferente, os processos vão das zonas primárias para as
secundárias e terciárias; na terceira, eferente, seguem em uma direção descendente: zonas
terciárias, secundárias (pré-motoras) até a área motora primária
• Segunda distinção: a unidade não contém diferentes lobos modais, mas é formada inteiramente
pelo sistema eferente, motor, e está sob a constante influência de estruturas da 2ª unidade
• Posição privilegiada tanto para a recepção e síntese dos impulsos aferentes da 2ª unidade e da
FRA, como para a organização de impulsos eferentes, regulando todas essas estruturas
• No homem, o papel do pré-frontal ocorre em íntima conexão com a fala
• Essas áreas só se tornam maduras em etapas tardias da ontogênese (entre quatro a sete anos)
SINTOMAS DE LESÕES EXPERIMENTAIS NOS LOBOS FRONTAIS
• animais cujos lobos frontais tinham sido removidos, mostraram profunda alteração no comportamento
• Pavlov: o comportamento racional, dirigido a metas, está profundamente transtornado
• O cão com lobos frontais destruídos responde a todos os estímulos irrelevantes, não reconhece seu
dono. Os reflexos de orientação ficam desinibidos. Essas distrações perturbam os planos e programas
e seu comportamento fica fragmentado, descontrolado
• Pribram: animal com lobos frontais intactos pode tolerar longas pausas enquanto aguarda reforço
apropriado. Comportamento voltado ao futuro
- Suas respostas ativas se fortalecem apenas com a aproximação da hora em que o estímulo esperado
deve aparecer
- Um animal privado de seus lobos frontais não pode manter um tal estado de “antecipação ativa” e
durante uma pausa longa responde imediatamente com uma série de movimentos que ele não pode
correlacionar com o fim da pausa (hora em que aparece o estímulo esperado)
CARACTERÍSITICAS MORFO-FUNCIONAIS DOS LOBOS FRONTAIS HUMANOS