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Avaliação Neuropsicológica
Avaliação Neuropsicológica
NEUROPSICOLOGIA
Termo utilizado pela primeira vez em 1913, porém cunhado nos anos 40
com o trabalho de Hebb “The organization of bevarior: a
neuropsychological theory”.
Em 1957 – termo designava uma subárea das neurociências
Década 60 – divulgação científica, com os trabalhos de Lashley
FILÓSOFOS GREGOS:
RENÉ DESCARTES:
SÉCULO XIX:
Hipótese Cerebral
Quais as estruturas responsáveis pela cognição? Elas atuam em
conjunto ou de maneira independente?
FRANZ GALL:
(1758-1828): Localizacionista
Posição não-dualista e tentativa de localizar no cérebro áreas
específicas para os comportamento.
Verificou que os processos mentais estavam localizados em diferentes
regiões do cérebro.
Primeiro a descrever de forma completa a relação entre lesão cerebral
frontal esquerda e afasia, tornando-se assim um importante precursor da
neuropsicologia.
Ideia ingênua: palpação manual do crânio – Cranioscopia
Frenologia: interesse pela função cerebral, influência na escola
parisiense (Broca)
(1794-1867)
Maior opositor das ideias de Gall – realizou que fizesse mapeamento do
crânio de um cientista na época.
Visão holística = as funções mentais não dependiam de partes
particulares do cérebro, mas sim que elas atuam envolvendo o cérebro
como um todo
Experimento com pombos – evidência que o cérebro funciona de um
modo integrado
“Todas as sensações, percepções e vontades ocupam o mesmo lugar no
cérebro” (Flourens, 1824)
PAUL BROCA:
(1824-1880)
CARL WERNICKE:
(1848-1905)
Descobriu outra área relacionada com a linguagem, observando
pacientes com lesões temporais esquerdas
Dificuldades compreensão de linguagem
AFASIA DE WERNICKE
Pioneiro na concepção de que o cérebro funcionava conectado várias
partes do sistema por meio de feixes de fibras
HUGHLINS JACKSON:
(1835-1911)
Visão mais holística das alterações cognitivas
Sistema nervoso subdividido por hierarquia funcional: cada parte
correspondia a determinado nível de funcionamento
Cada uma das funções superiores era desempenhada por todo cérebro,
sendo que cada área com sua contribuição.
Condução Hemisférica – hemisfério direito também é importante
SÉCULO XIX:
Desenvolvimento da psicanálise
Origem epistemológica da psicologia
Falta de interesse por parte da psicologia dos achados biológicos
WILDER PENFIELD:
(1891-1976)
Durante a cirurgia de pacientes com epilepsia, utilizavase de
estimulação elétrica em regiões corticais e observava as reações do
paciente.
Mapeou diversas funções cognitivas e percepto-motoras e correlacioná-
las a áreas circunscritas do cérebro.
ALEXANDER LURIA:
(1902-1977)
Pacientes que sofreram lesões cerebrais na Segunda Guerra Mundial =
modelo de organização das funções mentais no cérebro
Funções mentais = sistemas funcionais altamente complexas e
dinâmicas e não podem ser localizados em áreas cerebrais específicas.
Dependem do cérebro como um todo, mas com partes distintas sendo
responsáveis.
NOVO ENFOQUE: LOCALIZAÇÃO DINÂMICA DAS FUNÇÕES
Funções mentais dependem do cérebro como um todo, mas com partes
distintas sendo responsáveis.
Memória, atenção... Produto final do processamento de diversas áreas
cerebrais que, trabalhando em conjunto, proporcionam a função
requerida.
Erro: delimitar áreas específicas do cérebro para cada função
(localizacionismo) e considerar que atividade mental estaria relacionada
ao funcionamento de todo o cérebro.
DIVIDE O CÉREBRO EM TRÊS UNIDADES FUNCIONAIS
UNIDADES FUNCIONAIS DE LURIA: I UNIDADE Regular tônus cortical
ou vigília (estado de consciência). II UNIDADE Obter, processar e
armazenar informações. III UNIDADE Programar, regular e verificar a
atividade mental.
DÉCADA DE 50 E 60:
PSICOLOGIA COGNITIVA:
NEUROPSICOLOGIA CLÁSSICA:
NEUROPSICOLOGIA COGNITIVA:
DÉCADA DE 90:
NEUROPSICOLOGIA ATUAL:
NEUROPSICOLOGIA NO BRASIL:
PSICODIAGNÓSTICO:
AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA:
Determinados instrumentos
Algumas fontes de encaminhamento
Clínica
Pesquisa
Hospitalar
Escolar
Organizacional
Esporte
Forense
Entrevista Clínica
Plano de avaliação e hipóteses
Idade
Nível de escolaridade
Frequência de hábitos de leitura e escrita
Fadiga
Fatores emocionais
Problema de audição e visão
Ambiente de avaliação
Motivação
ENTREVISTA CLÍNICA/ANAMNESE:
1 – Queixas e sintomas
o Sintomas pelos quais é levada à consulta: descrição e início
(psicopatologia?
o Alteração somática?
o Alteração de conduta sem psicopatologia?
o Ausência de psicopatologia?)
o Quem encaminhou?
o Desde quando?
o Desde quando notou o comportamento diferente (data que iniciou,
desenvolvimento, época do sintoma)?
o O que notou e quem notou?
o Ações neste sentido (buscou ajuda?)
o Descrever o filho/a filha
o Qual profissional/fonte que encaminhou?
2 – Histórico e curso dos sintomas
o Descrição detalhada do início e da evolução dos sintomas:
intensidade, frequência, contextos, tratamentos recebidos,
atitudes tomadas até então
o De forma rápida e destrutiva?
o De maneira lenta ou estacionária?
o Por surtos ou crises com remissão posterior?
o De forma espontânea?
o Presença de estressores?
3 –Antecedentes familiares
o Construção de um heredograma: verificar a ocorrência de
quadros similares na família
o Verificar o estado de sanidade física e mental e os traços
patológicos de conduta do paciente e seus familiares para ver se
há semelhanças.
o Estrutura familiar, condições socioeconomicas e culturais.
o Métodos educacionais e punitivos
o Descrição de cada pai
o Como é a união?
o Doenças físicas e psicológicas dos pais?
o Problemas legais dos pais?
o Desenvolvimento: Sono
Como foi o sono do bebê?
Até que idade dormiu o quarto com os pais? Ainda dorme?
É sonâmbulo? Se mexe na cama, fala ou grita quando está
dormindo?
Avaliar qualidade x quantidade
Avaliar como se acorda x fadiga
Tem insônia? (explorar época)
Tem pesadelos? (explorar época)
Como é o quarto da criança?
Dorme só? Necessita de alguém?
Quando acorda com pesadelo, qual a conduta?
Dorme com a luz acessa?
o Desenvolvimento: Controle esfincteriano
Com que idade? Como foi?
Com que idade controlou durante o dia? E à noite?
Em que idade começou a aprendizagem?
Como foi o treinamento?
Tem enurese noturna?
o Desenvolvimento: Histórico Médico
Quais doenças teve na infância?
Coincidiram com alguma situação específica?
Cirurgias?
Traumatismos?
Doença infecto-contagiosa com comprometimento
cerebral?
Crises convulsivas?
Teve assistência médica?
Tomou algum medicamento?
Quais exames realizou? Já foi hospitalizada?
Problemas de visão? Quando foi a última avaliação da
visão?
FINALIZANDO A ENTREVISTA:
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS:
Quanto ao tempo:
o Triagens ou screenings, cujo tempo de aplicação varia de 5 a 15
minutos.
o Instrumentos breves, que deve ser aplicado em uma única
sessão, ou seja, no máximo em 1 hora.
o Baterias expandidas, com duração de duas a mais de 10
sessões.
Quanto ao foco:
Análise Quantitativa
o Exame do desempenho
o Escores de porporção de acertos, erros, tempo
o Escalas – ocorrência, frequência, intensidade
o Comparação a uma amostra normativa (percentil, escore z)
Análise Qualitativa
o Observação da resposta e forma de execução
o Utilização de estratégias
o Tipos de erros
o Exclamações, nível de ansiedade...
Presencial verbal
Presencial verbal e por escrito: ideal!!!
Não-presencial e apenas por escrito
o Quando é inerente ao contexto (escolar, hospitalar, evoluções em
fichas e/ou prontuários)
o Quando paciente falta à sessão e precisamos entregar laudo à
fonte encaminhadora (nada ideal)
LAUDO NEUROPSICOLÓGICO:
PARECER NEUROPSICOLÓGICO:
NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO
ASPECTOS CONCEITUAIS:
PROCESSO CONTROLADO
o Exigem controles consciente
o Esforço e intenção
o Processos sequencias
o Mais duradouros
PROCESSO AUTOMÁTICO
o Sem controle consciente
o Pouca ou nenhuma intenção
o Processos paralelos
o Mais rápido
MODELOS TEÓRICOS:
o 4) Atenção alternada
o 5) Atenção dividida
Sternberg (2012)
o 1) Atenção seletiva
o 2) Atenção vigilante
o 3) Sondagem
o 4) Atenção dividida
Dalgalarrondo (2000)
o 1) Atenção dividida
o 2) Atenção sustentada
o 3) Atenção alternada
o 4) Atenção seletiva
Rueda (2011)
o 1) Atenção concentrada
o 2) Atenção dividida
o 3) Atenção alternada
o 4) Atenção sustentada
ATENÇÃO FOCALIZADA – Resposta básica ao estímulo (visual,
auditivo, tátil) específico.
ATENÇÃO SUSTENTADA – Manutenção da atenção ao longo do tempo
durante atividade contínua
ATENÇÃO SELETIVA – Habilidade para eleger alguns estímulos
relevantes e evitar os distratores - Livre de distratibilidade
ATENÇÃO ALTERNADA – Capacidade para mudar de foco atencional e
movimentar entre tarefas com diferentes requisitos cognitivos –
Flexibilidade
ATENÇÃO DIVIDIDA – Habilidade para responder simultaneamente a
múltiplas tarefas
BASES NEUROANATOMOFUNCIONAIS:
Colículo superior
Lobo frontal
Núcleos da base…
Posner e Rothbart (2007) sugerem que três circuitos cerebrais
separados, porém inter-relacionados, controlam as funções atencionais:
Fatores Externos
o Posição/Tamanho
o Cor
o Movimento
o Novidade
Fatores Internos
o Fadiga
o Estresse
o Interesse
o Motivação
Alterações hormonais
Estado de humor – depressão
Nível de ansiedade
Idade
Estresse, Fadiga
Privação do sono
Cafeína/Energético
NEUROPSICOLOGIA DA MEMÓRIA
O que é memória?
Etapas de Memorização
Declarativa ou Explícita
o Sistema de memória acessível à consciência
o Armazena eventos, fatos ou conhecimentos.
Procedural ou Implícita
o São memórias não declarativas e referem-se a atos automáticos
e inconscientes
ORGANIZAÇÃO DA MEMÓRIA:
MEMÓRIAS DECLARATIVAS:
MEMÓRIAS PROCEDURAL:
MEMÓRIA PROSPECTIVA:
MEMÓRIA DE TRABALHO:
Alça fonológica
o Componente responsável pelo armazenamento de informações
faladas
o Fundamental para a codificação semântica
Avaliação – SPAN de dígitos, SPAN de palavras, Repetir
pseudopalavras
Componente visuo-espacial
o Processamento de imagem
o Exemplo – forme uma imagem de letra maiúscula J. Imagine
agora o D. Agora gire D em 90 graus para esquerda e coloque-o
em cima do J. Com o que se parece?
Avaliação – Blocos de Corsi
Executivo Central
o Considerado um sistema de controle atencional, além de
coordenar as informações de diferentes origens.
o Ligado aos dois sistemas escravos
Buffer Episódico
o Age como conector entre diversos sub sistemas da memória de
trabalho
o Reúne conceitos previamente não relacionados para formar
novas representações.
AMNÉSIA:
Idade
Exercício físico
Medicamentos
Drogas
Estresse, depressão, ansiedade
Distúrbio do sono
Problema hormonal e metabólico.
Queixa de memória
Suspeita de epilepsia do lobo temporal
Suspeita de demência de Alzheimer
Quadros de AVC e TCE
Dependência química
Portadores de AIDS
Baterias de avaliação
Tarefas clínicas
Questionários
Entrevistas
Dígitos e SNL WAIS-III/WISC-IV
Informação e Vocabulário WAIS-III/WISC-IV
Figuras Complexas de Rey
Teste de aprendizagem auditiva-verbal de Rey (RAVLT)
Memória Lógica - Wechsler Memory Scale (WMS-R)
FUNÇÕES EXECUTIVAS
ASPECTOS CONCEITUAIS:
ASPECTOS HISTÓRICOS:
MODELOS TEÓRICOS:
Modelo Fatorial
o Atualização
o Inibição
o Flexibilidade
Controle Inibitório
o Habilidade de controlar os comportamentos inapropriados, assim
como os processos de atenção frente a distratores.
o Permite ao indivíduo inibir impulsos e respostas automáticas,
assim como inibir estímulos irrelevantes.
Avaliação informal e observação do comportamento:
o Incapaz de inibir respostas inadequadas e de regular sua conduta
o Interrompe os outros;
o Dificuldade para esperar a sua vez de falar ou de jogar nas
brincadeiras;
o São de certa forma “impacientes”, com baixa tolerância a esperar;
o Dão respostas impulsivas sem considerar o efeito das próprias
palavra;
o Necessidade de recompensas imediatas
Memória de Trabalho
o Sistema ativo, a partir do qual o indivíduo possui uma capacidade
de armazenar informação por um tempo curto e limitado,
enquanto a utiliza para solução de algum problema, atualizando
informações necessárias.
o Permite a manipulação mental da informação, possibilitando
relacionar ideias, integrar informações, lembrar de sequência ou
ordem de acontecimentos.
Avaliação informal e observação do comportamento:
o Dificuldade em conseguir realizar cálculos mentais embora não
tenham dificuldades no raciocínio matemático.
Avaliação formal:
o Instrumentos para a avaliação do desempenho que possibilitam
mensurar as seguintes variáveis:
Acertos
Erros
Tempo de execução
Avaliação informal: