Você está na página 1de 4

EDUARDA ZANIN

LUÍS FELIPE LOPES REZENDE


MARCOS SCARCHETTI
MARIA VITÓRIA RIBEIRO
THALITA DOMENE BESSANI
VINÍCIUS VITOR DOS REIS SOUZA

DINÂMICA GRUPAL

Londrina
2023
Pergunta:
Você foi contratado para atuar na rede de atenção psicossocial de um
município do interior de São Paulo. Atua no CREAS (Centro de Referência
Especializado em Assistência Social) e há demandas de violência doméstica,
especialmente com crianças e adolescentes. Quais estratégias de intervenções
grupais você poderia utilizar para atuar em conjunto com a equipe multidisciplinar?
No CREAS, junto ao assistente social, possivelmente psiquiatra e
informações advindas do advogado é possível uma colaboração e abordagem
holística para melhor coleta de dados e atendimento ao usuário do sistema. Além
de, um pensamento do paciente como um todo para o melhor encaminhamento para
outros serviços, e rede de apoio. Como por exemplo CAPS I, conselho tutelar, UBS.
Além desse trabalho multidisciplinar, serão realizados grupos com as crianças
e adolescentes, trabalhando principalmente os temas levantados junto a equipe. O
Psicólogo deverá se atentar e analisar criticamente as informações tanto da equipe
quanto dos usuários durante os encontros, sendo é possível trabalhar com os
indivíduos as seguintes práticas:
Psicoeducação para pais/responsáveis: Grupos de psicoeducação para os
pais/responsáveis, focados em habilidades parentais, comunicação assertiva e não
violenta e resolução de conflitos com diálogos abertos.
Grupos de educação e prevenção: Realização de grupos educativos para
conscientização sobre a violência doméstica, direitos das crianças e adolescentes, e
também com estratégias de prevenção. Isso pode envolver palestras, atividades
interativas e discussões em grupo, podendo usar temas específicos do mês, como o
dia internacional contra a exploração infantil e o dia das mulheres.
Terapia familiar: Realizar grupos de terapia familiar quando apropriado, onde
a criança/adolescente e seus pais/responsáveis possam trabalhar juntos para
melhorar os relacionamentos familiares e resolver problemas
Oficinas terapêuticas: Criação de oficinas terapêuticas que permitam às
crianças e adolescentes praticarem associação livre de maneira espontânea por
meio de atividades artísticas, música, dança ou outras formas criativas de terapia.
Já no grupo, primeiramente se dá necessária a aproximação dos participantes
do grupo com o (a) coordenador(a) e entre si, criando um vínculo, para que haja
uma liberdade e maior conforto para a discussão do assunto, que pode ser sensível
para os participantes. É importante criar um ambiente seguro e acolhedor para os
participantes se sentirem à vontade de compartilharem suas experiências com o
grupo.

Objetivo:

O objetivo da intervenção é oferecer um espaço seguro para esses jovens,


onde é possível compartilhar experiências, expressar emoções e identificar os
problemas através de conversas. Além de oferecer acolhimento e suporte emocional
para as vítimas e o incentivo à superação para que continuem vivendo o dia-a-dia
com menor sofrimento.

Processo:

Durante as primeiras sessões, a conversa pode ter um tom mais leve, não tão
pessoal, onde ao invés de compartilharem suas experiências próprias, os jovens
relatam sobre situações que presenciaram, tanto pessoalmente quanto em filmes,
sobre algum tipo de violência e descrevam o porque aquela ação ou momento pode
ser considerado violento, essa conversa deve ser abrangente, podendo aparecer
situações de violência física, financeira ou psicológica. Quando o conceito de
violência estiver bem fundamentado entre o grupo, o coordenador deve começar a
inserir dinâmicas para que haja um identificação e categorização da violência sofrida
pelos jovens para que facilite a intervenção.
Por exemplo: Depois de identificar com o grupo quais os tipos de violência
existentes, o coordenador pode pedir ao grupo que escrevam (anonimamente ou
não, preferência do participante) qual tipo de violência mencionada nas sessões se
encaixa mais com a vivência pessoal do participante e levantar uma análise dos
dados coletados para o desenvolvimento de uma dinâmica específica para a
demanda que aparece mais. É importante identificar quais demandas aparecem no
grupo para que todos os participantes sejam acolhidos e recebam o melhor suporte
possível no grupo.
Após a identificação dos problemas recorrentes, uma abordagem mais
intrusiva e pessoal pode começar a aparecer, perguntando aos participantes como
eles se sentem em diversas situações, os jovens irão se identificar uns com os
outros e os sentimentos semelhantes relatados. esse relato pode ser feito através de
brincadeiras, como por exemplo: Pedir para um participante nomear um sentimento
e escolher outro participante para compartilhar um momento em que este sentimento
estava presente, assim que terminar o relato, o participante nomeia outro sentimento
e assim em diante até que todos tenham compartilhado uma experiência própria.
Ao decorrer das sessões, com a proximidade criada entre os jovens,
momentos e sentimentos mais pessoais irão aparecer e outra etapa da intervenção
terá início; como lidar com esses sentimentos.

Você também pode gostar