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Neste relatório ,iremos debater sobre os benefícios de se utilizar a Pedagogia Afetiva para se
desenvolver um trabalho significativo e vinculativo junto aos usuários, preparando-os para a
vida em sociedade.
Quando programa foi desenvolvido, algumas crianças que hoje estão no G2, eram do G1 e
tiveram um grande salto na questão da indisciplina, como por exemplo ,podemos mencionar a
usuária Alana que sempre chamava a atenção para si, para as coisas negativas que fazia e
quando participou do programa, foi aos poucos assimilando, é criando de si mesma uma outra
imagem que refletiu em outros ambientes por onde a mesma frequentava. Houve respeito e
empatia por parte de todos e com isto, temos uma usuária bem diferente das possíveis
estatísticas antes relacionadas à mesma.
Trouxe tudo isto à memória, para enfatizar que penso ser extremamente necessário trabalhar
as emoções ,as questões relacionadas ao bullying, para termos um desenvolvimento
significativo e ativo no campo cognitivo dos usuários, pois tudo se relaciona no campo
socioemocial. Cito aqui também, a Pedagogia da presença e do amor , que nada mais é do
que um ramo da Pedagogia Afetiva. Claro que trata-se de um trabalho em que o educador fica
praticamente no mesmo patamar que os usuários, pois, eles passam a notar que os
educadores também têm sentimentos e falhas e qualidades ,gerando assim em vínculo afetivo
impulsionador para a realização dos processos cognitivos.Esta formação vêm endossar ainda
mais que no processo de de desenvolvimento ,o afetivo, o motor e o cognitivo se relacionam
entre si profundamente e dão como resultado a pessoa individual única. Por isto ,não há como
ou não seria correto tratar a criança de forma fragmentada, só valorizando muita das vezes o
cognitivo. A base nacional comum curricular BCC, visa a partir de toda está ideia, desenvolver
os cinco pilares da Pedagogia Afetiva nas crianças, ou melhor dizendo, que elas se
desenvolvam dentro destes cinco pilares que são a autoconsciência, a autogestão, consciência
social, habilidades de relacionamento e tomada de decisão. É tudo isto precisa ser construído e
reconstruído, posto que nós pais e educadores não viemos de uma pedagogia afetiva e sim
disciplinadora e doutrinária .Torna-se um exercício diário e um aprendizado significativo para
ambas as partes. Me veio a cabeça um acontecimento em que um usuário aplicou uma música
para a mãe, porque naquele momento ele conseguiu ter empatia pelos sentimentos da mãe e
ajudá-la a se sentir melhor. Está criança conseguiu ao meu ver, conseguiu desenvolver a
habilidade de relacionamento e tomada de decisão .Deu-se aí também a oportunidade de
aumento do vínculo mãe /filho é uma quebra de paradigma em que o pai/mãe/educador não
compartilha seus sentimentos e sensibilidades ou preocupações . Tudo proveniente da
aplicação no caso, da Pedagogia Afetiva, mesmo não sendo usado na época estes termos. Era
apenas um programa socioemocial. Penso que o programa desenvolvido no Cca foi de grande
valia naquele momento para a família daquele usuário. Vemos aqui um canal de
transformação do meio, busca constante da Pedagogia social.