Você está na página 1de 2

Resumo - Unidade IV

Nesta unidade, tratamos dos recursos lingüísticos que ga-


rantem a coesão referencial e seqüencial dos textos.

A coesão referencial é a que possibilita a recuperação de termos de um


texto, evitando repetições; ela pode ser obtida por meio de:

• Anafóricos: elementos lingüísticos que recuperam (ou que se referem


a) algo que foi dito anteriormente;

• Catafóricos: elementos lingüísticos que anunciam algo que será dito.

A coesão seqüencial é a que possibilita a ordenação das idéias num en-


cadeamento lógico entre as partes de um texto, fazendo-o progredir. Para
que isso aconteça, devemos organizá-lo em orações, períodos, parágrafos,
usando elementos de ligação para “costurar” esses segmentos.

Um caso particular e muito comum de estrutura frasal é o paralelismo


(ou estrutura paralelística ou ainda paralelismo de construção), que é uma
construção sintática que se repete, fazendo o texto progredir de forma pre-
cisa, clara. Os dois (ou mais) segmentos devem ser, portanto, constituídos
da mesma estrutura frasal, de palavras da mesma classe gramatical e da
correta correlação de tempos e modos.

A coerência é o ponto de partida da interpretabilidade e da compreen-


são de qualquer texto: é ela que garante o “sentido” que um autor quer
passar para um leitor, o qual, por sua vez, terá condições de atribuir um
sentido ao que leu.

Portanto, um texto é coerente quando é possível interpretá-lo, entendê-lo,


tanto em suas partes, quanto no seu todo.

Coerência externa: entende-se por coerência externa a compatibilidade


ou não-contradição entre os dados, fatos e conceitos apresentados em um
texto e aqueles tidos como verdadeiros dentro do quadro de referências
em que esse texto se inscreve.

Coerência interna: por coerência interna entende-se a compatibilidade de


idéias entre as partes que compõem o texto.
UNIMES VIRTUAL
140 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
A coerência está intimamente relacionada com a verossimilhança. Isto
é, a história contada em um texto, mesmo que seja fruto da imaginação
do autor, deve dar ao leitor uma idéia de realidade, de possibilidade. A
verossimilhança, portanto, é um aspecto interno à narrativa. Mas como
o ponto de partida de qualquer história são os elementos da realidade, a
adequação do texto a eles garante a verossimilhança externa.

Enfim, ao redigir, devemos estar atentos a todos os elementos de um texto.

Referências Bibliográficas

ABREU, Antônio Suárez. Curso de redação. 12ª ed. SP: Ática, 2004.

CUNHA, Antonio Geraldo da. Dicionário Etimológico. Nova Fronteira da


Língua Portuguesa. 2ª ed., 8ª impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1997.

D’ONOFRIO, Salvatore. Metodologia do trabalho intelectual. 2ª ed. S.P.:


Atlas, 2000.

FIORIN, José Luiz, PLATÃO SAVIOLI, Francisco. Para Entender o texto:


Leitura e Redação. São Paulo: Ática, 1997.

GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de Redação: o que é preciso


saber para bem escrever. São Paulo, Martins Fontes, 2002.

MAZAROTTO, Luiz F et al. Manual de redação: guia prático da língua


portuguesa. SP: Difusão Cultural do Livro, 2004.

UNIMES VIRTUAL
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO 141

Você também pode gostar