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MARÇO DE 2022
Índice
Introdução ..........................................................................................................................3
Decoração ..........................................................................................................................7
Conclusão ........................................................................................................................10
Bibliografia ......................................................................................................................11
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Introdução
A Cúpula do Rochedo é um edifico extremamente relevante da arquitetura
islâmica na medida em que se apresenta como uma das primeiras construções na
formação do Islão. A arquitetura da Cúpula do Rochedo é algo original e próprio da
mesma, é portadora de séculos históricos importantes que estão representados a partir de
inscrições nas suas paredes pois é partir das inscrições presentes que se pode
compreender a magnitude do Califado Omíada, Abássida e Fatímida.
Na vertente deste trabalho irá ser introduzido o contexto histórico em que a
Cúpula do Rochedo se encontra, as características arquitetónicas bem como decorativas,
as teorias envolventes e os argumentos de Oleg Grabar.
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Contexto histórico
Situado no Haram al-Sharif (Monte do Templo) simboliza para muitas pessoas um
dos sítios mais religiosos do mundo. Imensos turistas visitam anualmente a Cúpula do
Rochedo. Haram significa local sagrado o que projeta a importância do local geográfico
em que a Cúpula do Rochedo se situa sendo, portanto, uma construção importante para a
arquitetura islâmica.
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Figura 5 – Mosaicos com escritura de Abd al-Malik
Características arquitetónicas
A Cúpula do Rochedo possui uma planta octogonal cujas medidas são
aproximadamente 35 metros de altura e 54 metros de diâmetro. A planta é dividida pela
zona do ambulatório tanto interno como externo, por cima encontra-se o tambor que faz
a ligação para a cúpula no cimo sustentando-a respetivamente. O deambulatório faz parte
da planta da Cúpula para que as pessoas possam andar em volta para ver o interior. A
Cúpula do Rochedo apresenta uma arquitetura totalmente simétrica onde todos os seus
eixos são iguais inclusive as portas correspondem entre si as mesmas medidas estando
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organizadas para os quatro pontos cardiais. A fachada da Cúpula do Rochedo tem o
objetivo de dar destaque à mesma, é importante frisar que apesar dos antecedentes
tipológicos existentes, o edifico da cúpula diferencia-se desses mesmos antecedentes.
Decoração
Em termos decorativos, com uma análise mais profunda pode-se afirmar que a
maior parte dos temas decorativos dos mosaicos são de origem mediterrânica e é possível
observar tipos de mosaicos constituídos por motivos vegetais. Dentro dos seus conjuntos
existe pedras valiosas e madrepérolas, puramente decorativas, é possível ver joias como
brincos, braceletes, colares e coroas, introduzidos na decoração dos mosaicos que podem
ajudar a explicar o motivo da construção da Cúpula. As joias estão presentes
exclusivamente na fachada interna do colonato octogonal e do tambor, são adaptadas e
colocadas nas bases do esquema decorativo. Relativamente à decoração interna, as
paredes são cobertas por mosaicos com motivos vegetais, geométricos e inscrições.
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Figura 8 - Foto do interior da Cúpula do Rochedo
A sua linguagem visual através da arte nas copas e na parte superior dos pilares
pois mosaicos e pinturas foram utilizados para mensagens visuais na arte cristã e clássica.
Verifica-se na decoração uma ausência de seres vivos nas suas decorações, com isso gera
várias teorias que tipo de mensagem se quer passar para o observador.
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O autor refere que a escolha dos símbolos bizantinos deu-se pelo desejo de mostrar
a derrota dos infiéis conduzidos ao grémio da verdadeira fé. No total seriam três inscrições
que foram analisadas, e o autor chega à conclusão de que o Califa (seja Abd al-Malik ou
Mu'awiyah) na época pretendeu consagrar o Islão como a nova fé.
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Conclusão
A Cúpula do Rochedo é então o exemplo perfeito de cruzamentos culturais e
interações históricas, na medida em que demonstra como o Islão interagiu cedo com as
culturas vizinhas e, portanto, tirou inspiração.
O facto de a Cúpula do Rochedo ter tido influências arquitetónicas exteriores como já foi
visto anteriormente, não pode ser visto como uma forma de menosprezar valor espiritual
do monumento. Aliás, um dos segredos para o grande poder do Califado Umayyad e
Abaasid foram a sua predisposição de poder aprender com os seus concorrentes.
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Bibliografia
GRABAR, Oleg – The Formation of Islamic Art. USA: Yale University, 1973. ISBN 0-
300-02187-9.
GRABAR, Oleg - The Meaning of the Dome of the Rock in Jerusalem. In Constructing
the Study of Islamic Art. Hampshire: Ashgate Publishing Limited, 1998. pp. 143-158.
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