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OSTENSIVO DGPM-501

CAPÍTULO 12
PROGRAMA DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE
12.1 - PROPÓSITO
Estabelecer parâmetros de atuação do assistente social junto ao Sistema de Saúde da
Marinha (SSM), potencializando o acesso dos usuários e de seus familiares a direitos e
serviços socioassistenciais.
12.2 - APRESENTAÇÃO
De acordo com o Estatuto dos Militares, Art. 50, inciso IV, alínea e, a Assistência
Médico-Hospitalar (AMH) consiste em direito dos militares, extensivo aos seus dependentes.
O SSM adota um modelo de autogestão para prover AMH aos usuários, por meio de uma rede
nacional de Organizações Militares Hospitalares (OMH) e de Organizações Militares com
Facilidades Médicas (OMFM).
Os profissionais de Serviço Social inserem-se nas OMH e nas OMFM, nos setores do
Serviço de Assistência Social-Hospitalar (SAS-H) ou de Organização Militar com Facilidade
de Serviço Social (OMFSS). Esses setores são responsáveis pelo planejamento, execução e
avaliação dos programas, projetos e ações sociais, pela prestação de serviços sociais e pela
administração dos benefícios previstos nesta Norma e na DGPM-401 em vigor. Nos SAS-H, o
Serviço Social realiza o atendimento e orientação aos usuários internados e a seus familiares,
além de compor equipe interdisciplinar, no desenvolvimento dos programas da saúde que
preveem esta intervenção técnica, conforme as peculiaridades de cada SAS-H ou OMFSS da
área da saúde.
Ademais, assistentes sociais de todos os Órgãos de Execução do Serviço de Assistência
Social ao Pessoal da Marinha (OES) possuem a competência técnica para o assessoramento
em matéria do Serviço Social, no âmbito do Subsistema Médico-Pericial da Marinha do Brasil
(MB), por meio de Parecer Social sobre Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da
Família (LTSPF) e Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família (LMDPF),
respectivamente, para militar e servidor civil.
A lógica de organização do trabalho do Serviço Social parte da compreensão dos
aspectos sociais, econômicos e culturais que interferem no processo saúde-doença, buscando
estratégias de enfrentamento, considerando os determinantes e condicionantes previstos na
Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990), art. 3º - “a saúde tem como fatores determinantes
e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio

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ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais.”
As atribuições e competências dos profissionais de Serviço Social são orientadas e
norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional, na Lei de
Regulamentação da Profissão e na Política Nacional da Humanização (PNH).
12.3 - OBJETIVOS
a) Promover a atuação profissional junto aos usuários do SSM e seus familiares por
meio da provisão de serviços socioassistenciais, buscando assegurar seus direitos;
b) Potencializar as intervenções em Serviço Social no Subsistema Assistencial previsto
na DGPM-401 em vigor; e
c) Normatizar a assessoria em Serviço Social ao Subsistema Médico-Pericial da MB,
nos casos de LTSPF/ LMDPF.
12.4 - PÚBLICO-ALVO
Usuários do SSM e seus dependentes. No âmbito das assessorias em Serviço Social,
incluem-se servidores civis e seus dependentes.
12.5 - DESENVOLVIMENTO
12.5.1 - Atendimento ao usuário do SSM e seus familiares
O Serviço Social em saúde tem sua intervenção relacionada ao atendimento direto ao
usuário, o qual ocorre por meio de ações socioassistenciais, socioeducativas e de articulação
interdisciplinar com as equipes de saúde. Tais aspectos estão alinhados aos “Parâmetros para a
Atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde”, previstos pelo Conselho Federal de
Serviço Social (CFESS/2010).
Principais ações a serem desenvolvidas:
a) prestar orientações individuais e coletivas acerca dos direitos sociais dos usuários,
desenvolvendo atividades em grupo, nas enfermarias e nas salas de espera, disseminando
informações que possibilitem o acesso eficiente dos usuários e seus familiares aos serviços
disponibilizados pelas OMH e OMFM;
b) participar de atividades socioeducativas junto às equipes interdisciplinares nas
campanhas preventivas, promovendo ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças,
danos, agravos e riscos;
c) elaborar e/ou divulgar materiais socioeducativos como folhetos, cartilhas, cartazes
e outros que facilitem o conhecimento e o acesso dos usuários aos serviços oferecidos pelas
unidades de saúde e aos direitos sociais em geral;

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d) contribuir com a equipe interdisciplinar, quando necessário, para as notificações
compulsórias nos casos de doenças, agravos e eventos de saúde pública, inclusive nas
situações constatadas e/ou suspeitas de violências e/ou negligências previstas na legislação
vigente;
e) construir o perfil socioeconômico familiar do usuário em atendimento,
evidenciando as condições determinantes e condicionantes da saúde, com vistas à formulação
de estratégias de intervenção interdisciplinar que considerem a situação socioeconômica,
habitacional, trabalhista, previdenciária, dentre outras, que impactam diretamente na saúde do
usuário e de sua família;
f) realizar encaminhamentos, quando necessário, para a rede de serviços
socioassistenciais na MB e extra-MB;
g) conhecer a realidade dos usuários, por meio da realização de visitas domiciliares,
quando avaliada a necessidade pelo profissional do Serviço Social, respeitando a privacidade
e esclarecendo sobre os objetivos profissionais deste instrumento técnico;
h) realizar visitas institucionais tendo como objetivo viabilizar direitos sociais,
conhecer e mobilizar a rede de serviços, quando avaliada a necessidade pelo Serviço Social;
i) fortalecer os vínculos familiares na perspectiva de incentivar o usuário e sua família
a se tornarem sujeitos do processo de promoção, proteção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde;
j) subsidiar a equipe de saúde quanto às informações sociais dos usuários por meio do
registro no prontuário único, resguardadas as informações sigilosas que devem ser registradas
em material de uso exclusivo do Serviço Social;
k) elaborar relatórios e pareceres sociais na perspectiva da garantia de direitos e de
acesso aos serviços sociais e de saúde;
l) realizar em conjunto com a equipe de saúde o atendimento à família e/ou
responsáveis em caso de óbito, cabendo ao assistente social esclarecer a respeito dos direitos
sociais, como também realizar os encaminhamentos que se fizerem necessários. Essas ações
diferem das atribuições do assessor de óbito, pois são voltadas para assegurar os direitos
sociais, previdenciários, dentre outros no âmbito de competência do Serviço Social e as do
assessor de óbito estão relacionadas às dúvidas sobre os procedimentos e providências com
serviços funerários, sepultamento, translado e documentação; e

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m) realizar pesquisas, levantamentos e estudos que subsidiem ações e projetos
interdisciplinares voltados para as demandas dos usuários e de suas famílias e para ações de
reflexão, controle do estresse e cuidado com as categorias profissionais da saúde.
12.5.2 - Atendimento ao usuário internado
Nos casos dos usuários em situação de internação hospitalar, para além dos
procedimentos já citados, caberá ao Serviço Social dos SAS-H e das OMFSS de saúde:
a) considerar a família como unidade de cuidado que participa de todo o processo de
internação e também como usuária do Serviço Social;
b) conhecer a relação do usuário internado com a sua família, seus hábitos, costumes
e valores, compreendendo as configurações das redes de cuidados e afetos estabelecidos, bem
como seus impactos durante o período de internação, evitando o isolamento do usuário
internado do seu meio social e familiar, no momento em que precisa de atenção e apoio;
c) contribuir para a diminuição da ansiedade e do estresse familiar, por meio de
atividades individuais e coletivas que valorizem a presença dos acompanhantes e das visitas
familiares ao leito, esclarecendo sobre direitos e deveres dos pacientes e seus acompanhantes,
desenvolvendo percepções sobre os impactos do adoecimento sobre o grupo familiar,
dialogando sobre o papel do cuidador e suas vulnerabilidades, verificando/dirimindo dúvidas
sobre a rotina hospitalar, a burocracia da internação e outros temas considerados relevantes;
d) criar mecanismos (rotinas) e ações institucionais (recepção integrada) que agilizem
e facilitem o comparecimento dos familiares e/ou responsáveis à unidade de saúde,
possibilitando a participação sistemática e continuada da família no processo de internação;
e) orientar a família sobre o respeito ao desejo do usuário de ser acompanhado nas
consultas e internações por pessoas por ele indicada;
f) contribuir para a comunicação ao poder público dos casos de abandono de incapaz,
especialmente crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiências e com transtornos
mentais nas Organização Militar (OM) de saúde da MB, obedecendo aos procedimentos
previstos nas legislações em vigor; e
g) avaliar a necessidade de acompanhamento social do paciente, após a alta
hospitalar. Constatada a necessidade, o paciente deverá ser encaminhado, por meio de Guia de
Encaminhamento - anexo E, ao OES que assiste sua OM, observando a distribuição prevista
no anexo A.

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12.5.3 - Intervenções junto ao Subsistema Assistencial na atenção ambulatorial
Os profissionais de Serviço Social compõem equipes interdisciplinares que
desenvolvem programas e assistências em saúde, previstos na DGPM-401 em vigor, no
âmbito do SSM:
a) assistência aos pacientes com deficiências: compondo equipe interdisciplinar do
Grupo de Avaliação e Acompanhamento do Programa de Atendimento Especial (GAAPE),
analisando os condicionantes e determinantes sociais que influenciam na dinâmica familiar e
no acesso da pessoa com deficiência ao processo de habilitação e reabilitação;
b) atendimento aos pacientes idosos: compondo equipe interdisciplinar de avaliação
multiprofissional nos casos de vulnerabilidade do idoso, no acompanhamento e orientação nos
casos de internações hospitalares e atendimento domiciliar, quando necessários. Nos casos de
institucionalização cabem os procedimentos previstos no Programa de Atendimento ao Idoso,
quanto à avaliação para ingresso nas Instituições de Longa Permanência do Idoso (ILPI);
c) Programa de Medicamentos Especiais (PME): o assistente social realizará o estudo
socioeconômico familiar, para emissão do Parecer Social, conforme o Modelo de Parecer para
Medicamentos Especiais – anexo AE. Este instrumento técnico comporá o processo de
solicitação do usuário para o recebimento de medicamentos especiais na fase inicial do
tratamento ou nos casos de modificação de prescrição. A solicitação de fornecimento de
medicamentos especiais é consolidada por requerimento do usuário ao titular da
OMH/OMFM, acompanhado por cópia da prescrição médica e o menor orçamento, contendo
o valor de aquisição do medicamento especial no comércio local, catálogo ou internet,
correspondente ao tratamento mensal. O Parecer Social será parte integrante desse processo e
pode ser solicitado pelo Conselho Técnico ao Serviço Social da própria OMH/OMFM.
Ademais, os usuários cujo tratamento estiver sendo realizado em regime ambulatorial poderão
solicitar o Parecer Social junto ao OES ao qual estiverem vinculados. Nesses casos, o NAS ou
OMFSS realizarão o estudo socioeconômico e encaminharão o Parecer Social para a
OMH/OMFM onde foi protocolado o requerimento e onde se encontra o Conselho Técnico
responsável pela apreciação do pedido;
d) Planejamento Familiar: compondo equipe interdisciplinar e participando das
discussões e deliberações da Comissão Interna de Acompanhamento do Programa de
Planejamento Familiar (CIAPPF), obedecendo aos preceitos legais, éticos e científicos que
envolvem o tema; e

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e) Núcleo de Atendimento ao Idoso na Marinha (NAIM): trabalhando em conjunto
com a equipe multidisciplinar, visando dar suporte e encaminhamento de demandas sociais
afetas aos idosos assistidos.
O nível de atuação do Serviço Social nos programas e assistências, no âmbito do
SSM, varia de acordo com as características de cada OMH/OMFM. Estas e quaisquer outras
ações, devem compor os instrumentos técnicos de monitoramento e gestão do Sistema de
Assistência Social da Marinha (SiASM), encontrando-se sob supervisão técnica da Diretoria
de Assistência Social da Marinha (DASM).
12.5.4 - Assessoria ao Subsistema Médico-Pericial da MB
O assistente social prestará assessoria técnica às Juntas Regulares de Saúde (JRS), por
meio do Parecer Social atinente à concessão e prorrogação da LTSPF, LMDPF e concessão de
horário especial para o servidor civil.
a) Licenças - LTSPF e LMDPF
A Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da Família (LTSPF) poderá ser
solicitada por militar mediante comprovação em seu requerimento, por meio de seus
assentamentos ou de documento hábil, que a pessoa enferma é seu ascendente, colateral,
consanguíneo ou afim, até o segundo grau civil, ou cônjuge do qual não esteja separado.
[Parecer nº 198/54, da CJM (Bol MM 03/55)].
A Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família (LMDPF) pode ser
solicitada pelo servidor civil e poderá ser concedida por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva
a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, Art. 83, com a redação da Lei nº
11.907, de 2 de fevereiro de 2009).
Para a concessão da LTSPF e LMDPF, o Parecer Social é considerado o
instrumento técnico privativo do Serviço Social que apresenta a análise da situação familiar,
com base nos conhecimentos específicos da profissão, descrevendo a necessidade de
afastamento do militar ou do servidor civil, para prestar efetiva assistência à pessoa enferma,
em período inconciliável com a jornada de trabalho.
O assistente social deverá emitir seu parecer técnico somente sobre o que é de sua
área de atuação e de sua atribuição legal, não realizando juízos de valor sobre aspectos
atinentes a outras áreas de conhecimento técnico-científico. O profissional deverá respeitar as

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normas e limites legais, técnicos e normativos das outras profissões, em conformidade com o
que estabelece o Código de Ética do Assistente Social.
Medidas a serem adotadas:
I) o militar/servidor civil que necessitar de LTSPF/LMDPF, respectivamente,
deverá submeter requerimento solicitando a concessão da referida licença na cadeia de
Comando, comprovando o vínculo familiar previsto na legislação vigente;
II) após as consultas a serem realizadas pelo Setor de Pessoal da OM do
requerente, serão providenciadas, pela própria OM, as solicitações de Parecer Social e de
Inspeção de Saúde, por mensagem, ao OES responsável pela prestação da Assistência Social,
mediante consulta à Tabela de Distribuição das OM Assistidas pelos OES do SiASM - anexo A
e a JRS que submeterá o familiar à Inspeção de Saúde, de acordo com as Normas Reguladoras
para Inspeções de Saúde na MB – DGPM-406 em vigor. A mensagem deverá ser classificada
como INFORMAÇÃO PESSOAL, nos termos da Lei n° 12.527/2011 e regulamentada pelo
Decreto n° 7.724/2012 e conterá: posto/graduação, NIP e nome do requerente, o nome do
familiar enfermo, o grau de parentesco, o endereço onde se encontra a pessoa doente, o
telefone de contato do militar e da pessoa mais próxima daquele que necessita da assistência;
III) caso o familiar enfermo esteja em área geográfica fora da área de jurisdição
onde serve o militar ou servidor civil, a OM do requerente, deverá solicitar a realização do
Parecer Social e da Inspeção de Saúde, por meio de mensagem, ao OES da localidade onde se
encontra a pessoa enferma e à JRS da jurisdição daquela localidade, com cópia para a DASM
e para o OES que assiste o requerente;
IV) caso o familiar enfermo esteja baixado em OMH/OMFM, o Parecer Social
será solicitado pela OM do requerente, por mensagem, diretamente ao Serviço Social daquele
SAS-H ou OMFSS, o mesmo deve ser emitido com cópia para a DASM e para o OES que
assiste o requerente;
V) quando não houver OES próximo à localidade onde se encontra o familiar
enfermo, caso necessário, poderá ser solicitado pelo OES responsável pelo atendimento do
requerente, questionário descritivo à OM mais próxima. O questionário conterá dados
sucintos, objetivos e sem juízo de valor, respondendo às questões objetivas formuladas pelo
assistente social do OES responsável pelo atendimento, devendo ser preenchido por militar
designado pelo titular da OM, preferencialmente o ELig;
VI) ao final do estudo, sendo o Parecer Social considerado elegível ou inelegível
para a licença, o OES responsável pela emissão do documento deverá encaminhá-lo para a

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JRS indicada pela OM do requerente, com cópia para a OM solicitante e para a DASM. No
caso do Parecer Social emitido fora da área de jurisdição onde serve o militar ou servidor civil
ou pela OM de saúde onde se encontra baixado o familiar enfermo, uma cópia do documento
técnico deverá ser enviada para o OES que assiste a OM solicitante;
VII) no caso de solicitação de prorrogação da licença, a OM deverá reapresentar o
militar/servidor civil, com antecedência mínima de dez dias a JRS, a fim de que seu familiar
seja submetido à nova inspeção de saúde. O Parecer Social somente será necessário se
extrapolado o prazo de validade de seis meses, contados a partir da data de emissão do último
documento técnico, ou na ocorrência de fato novo;
VIII) a atuação profissional nas assessorias relacionadas aos casos de LTSPF e
LMDPF é considerada atendimento prioritário para o Serviço Social, por considerar os
impactos das enfermidades crônicas no grupo familiar, os diversos condicionantes e
determinantes sociais que interferem diretamente na reabilitação e recuperação da saúde, a
possibilidade de óbito nos casos mais graves, a necessidade imediata do acompanhante
durante a internação hospitalar de crianças, adolescentes e idosos, como previsto na legislação
vigente;
IX) as LTSPF/LMDPF são alternativas prioritárias nos casos de adoecimento de
pessoa da família que demande a assistência imprescindível do militar ou servidor civil,
inconciliável com o exercício profissional;
X) nos casos dos militares e servidores civis que solicitarem LTSPF/LMDPF
deverá ser realizado o acompanhamento social da situação vivenciada, pelo OES que assiste a
OM do usuário, visando identificar alternativas a serem implementadas ou nos casos em que
não exista a necessidade de apoio permanente, mas de apoio eventual, cabendo
assessoramento ao Comandante da OM onde serve o militar ou servidor civil, por meio de
Parecer Social; e
XI) nos casos dos militares e servidores civis que possuem dependentes com
deficiências, quando o assistente social do OES julgar necessário, por solicitação de JRS, do
Comando de OM ou da Administração Naval, cabe o assessoramento por meio de Parecer
Social (contendo a identificação do usuário, a situação que gerou a solicitação, o estudo social
e o parecer social) sobre os aspectos sociais, familiares e institucionais que interferem na
adesão e evolução do tratamento de saúde, sobretudo daqueles indicados pelo GAAPE que
são fornecidos ou custeados pela MB e requisitam a participação ativa da família.

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b) Concessão de horário especial ao servidor civil
A concessão de horário especial ao servidor civil, sem necessidade de
compensação, requer a realização de Inspeção de Saúde (IS) eventual a ser realizada na Junta
Regular de Saúde (JRS) da jurisdição da OM que lota o servidor civil. A perícia objetiva
constatar o grau de deficiência do cônjuge e/ou filho (dependente), e a necessidade de
assistência do servidor civil, nos termos do Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e
suas alterações previstas no Decreto n° 5.296, de 02 de dezembro de 2004.
A JRS solicitará ao OES que assiste a OM que lota o servidor civil, mediante
consulta à Tabela de Distribuição das OM Assistidas pelos OES do SiASM - anexo A, a
emissão do Parecer Social, somente para os casos em que seja comprovada a presença da
deficiência. O documento deverá conter: matrícula; nome do requerente; o nome do familiar –
pessoa com deficiência; o grau de parentesco; o endereço e o telefone de contato do servidor
civil e, sobretudo, informar a jornada de trabalho semanal do requerente, na qual a JRS e o
OES deverão basear-se para o devido enquadramento.
O Parecer Social deverá apresentar a necessidade do horário especial para o
servidor civil prestar assistência ao familiar com deficiência, com base no Estudo Social,
pautado nas dinâmicas sociofamiliares e nas demandas de acompanhamento do cotidiano.
Este documento privativo do Serviço Social deverá estabelecer a redução da carga horária
trabalhada, da seguinte forma:
I) até 10 (dez) horas semanais para os servidores submetidos a jornada de 40
(quarenta) horas semanais;
II) até 7 (sete) horas e 30 (trinta) minutos semanais para os servidores submetidos
a jornada de 30 (trinta) horas semanais;
III) até 6 (seis) horas semanais para os servidores submetidos a jornada de 24
(vinte e quatro) horas semanais; e
IV) até 5 (cinco) horas semanais para os servidores submetidos a jornada de 20
(vinte) horas semanais.
Havendo a reavaliação da concessão, o Parecer Social somente será necessário se
extrapolado o prazo de validade de seis meses, contados a partir da data de emissão do último
documento técnico.
As excepcionalidades não previstas motivarão consulta técnica à DASM.

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12.5.5 - ATIVIDADES SOCIAIS DE CUNHO VOLUNTÁRIO
Poderão ser desenvolvidas atividades de capacitação e coordenação de oficiais e
praças veteranos, ou seus cônjuges, que sejam voluntários para apoiar, em caráter
complementar, as atividades sociais subsidiárias do SAS-H ou OMFSS. Neste caso, tal grupo
de voluntários ficaria sujeito ao contido na Lei nº 9.608/98 – Lei do Serviço Voluntário,
podendo dispor da orientação do assistente social e do Departamento Voluntárias Cisne
Branco e suas seccionais.

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