Você está na página 1de 4

XII Consulta Pública

Fórum de Participação Social do IPPDH

Participação dos Povos Indígenas nas Políticas Públicas

● GT Acesso ao direito à identidade

11:00 (17 de novembro)

Moderam: Bruno Kanela (MPI) e Micaela Cal (IPPDH)


Relatoria: Julia Ospina, André Hipattairi Baniwa, Larissa Pankararu (MPI)

Modalidade presencial: Instituto de Relações Internacionais (IRel), campus


principal da Universidade de Brasília (UnB), UnB, Asa Norte Brasília

Modalidade virtual: (por plataforma de videoconferências zoom)

Resumo (elaborado pelo MPI, Brasil):

Um dos grandes avanços históricos dos movimentos indígenas foi adquirir o direito
a sua autodeclaração. Isso é, o direito de se declararem indígenas, denominando
a si mesmos. No Brasil, por exemplo, o primeiro grande marco para a
autodeterminação indígena foi a Constituição de 1988. A partir da organização dos
povos indígenas, a Carta Magna reconheceu os povos como capazes de se
representarem. Até então, o Estado exercia “tutela” sobre povos originários, para
“integrar” os indígenas à sociedade, a partir de instrumentos como o Diretório dos
Índios, as políticas ditas indigenistas e órgãos como o Serviço de Proteção ao
Índio e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI).
Foram anos de empenho para poderem se autodeclarar, nomear a si e não
depender da heteroidentificação - quando não-indígenas definem quem é indígena
ou não. Até mesmo porque, para não-indígenas, o critério de definição da
indigenidade requer uma pureza inexistente, que ignora todas as violências,
escravizações e assédios sofridos ao longo dos séculos. Ao contrário do que se
prega, a partir de uma visão de mundo hiperindividualista, a ideia de “identidade”,
para povos indígenas, tem um cunho coletivo e comunitário. Está ligada ao
pertencimento, à memória, à cultura e às línguas. É a partir desses elementos que
povos indígenas relembram e vivem a memória histórica de seus ancestrais e dão
continuidade a projetos coletivos de vida, buscando valores que são expressos por
meio de rituais e crenças. Viver a memória dos ancestrais significa projetar uma
ideia de desenvolvimento e de futuro a partir das riquezas, dos valores, dos

1
conhecimentos e das experiências do passado e do presente adquiridas a partir
da conexão com o território. E isso, em última análise, é o que permite que as
identidades indígenas resistam e persistam. Portanto, a identidade indígena nunca
está solta, ela faz parte de uma comunidade, de um povo, conectada
ancestralmente a saberes milenares e parâmetros coletivos de auto-organização.
Para pensar o acesso ao direito à identidade sob esta perspectiva, é urgente
romper com uma maneira única de ver o mundo, de pensar as experiências entre
os seres vivos e de produzir conhecimento. Segundo Gersem Baniwa, uma forma
única, padronizada e hegemônica de pensar rege a ideia de identidade, o que
corresponde a uma epistemologia forjada pela Ciência Moderna no contexto da
colonização de territórios, povos e culturas, iniciada no século XV e ainda não
cessada. Trata-se de uma herança que perdura “nos corações e nas mentes”.
Segundo o autor, “essa herança da colonialidade está expressa de diferentes
formas e tempos por meio do racismo e de um modo de pensamento baseado no
evolucionismo que, por sua vez, hierarquiza, categoriza, elabora e processa
seletivamente pessoas, grupos, sociedades”.
Perguntas orientadoras - GT Acesso ao direito à identidade

1. Quais são os caminhos para garantir o acesso ao direito à identidade indígena


na região? Quais os desafios?
2. De que maneira o direito à memória e à cultura se relaciona com o direito à
identidade? Quais os desafios?
3. Como promover e garantir o acesso ao direito à identidade para indígenas em
situação de contexto urbano? Quais os desafios?
4. Como o acesso ao direito à identidade indígena se relaciona com a promoção e
a garantia de direitos LGBTQIAPN+? Quais os desafios?
5. Como o combate ao racismo estrutural deve se relacionar com a garantia do
acesso ao direito à identidade? Quais os desafios?

2
XII Consulta Pública
Foro de Participación Social del IPPDH
Participación de Pueblos Indígenas en las Políticas Públicas

● GT Acceso al Derecho a la Identidad


11:00 (17 de noviembre)

Moderación: Bruno Kanela (MPI) y Micaela Cal (IPPDH)


Relatoría: Julia Ospina, André Hipattairi Baniwa, Larissa Pankararu (MPI)

Modalidad presencial: Instituto de Relações Internacionais (IRel), Campus


Principal de la Universidad de Brasilia (UnB), UnB, Ala Norte Brasília

Modalidad virtual: (por plataforma de videoconferencias Zoom)

Resumen elaborado por MPI, Brasil:

Uno de los grandes avances históricos de los movimientos indígenas fue la


adquisición del derecho a la autodeclaración. Es decir, el derecho a declararse
indígenas, llamándose como tales. En el caso de Brasil, por ejemplo, el primer hito
importante para la autodeterminación indígena fue la Constitución de 1988.
Basada en la organización de los pueblos indígenas, la Carta Magna reconoció a
los pueblos como capaces de representarse a sí mismos. Hasta entonces, el
Estado ejercía una “tutela” sobre los pueblos originarios, para “integrar” a los
indígenas a la sociedad, utilizando instrumentos como el Directorio de Indios, las
llamadas políticas indigenistas y organismos como el Servicio de Protección al
Indio y Localización de Trabajadores Nacionales (SPI).

Fueron necesarios años de esfuerzo para poder declararse, nombrarse y no


depender de la heteroidentificación (término utilizado para referir a cuando los no
indígenas definen quién es indígena o no). Incluso porque, para los no indígenas,
el criterio para definir la indigenidad exige una pureza inexistente, que ignora toda
la violencia, la esclavitud y el acoso sufridos a lo largo de los siglos.
Contrariamente a lo que se predica usualmente (basado en una cosmovisión
hiperindividualista), la idea de “identidad” para los pueblos indígenas tiene un
carácter colectivo y comunitario. Está vinculada a la pertenencia, la memoria, la
cultura y las lenguas. Es a partir de estos elementos que los indígenas recuerdan
y viven la memoria histórica de sus antepasados ​y dan continuidad a proyectos de
vida colectivos, en busca de valores que se expresan por medio de sus rituales y
sus creencias. Vivir la memoria de la ancestralidad ​significa proyectar una idea de
desarrollo y futuro a partir de las riquezas, valores, conocimientos y experiencias

3
del pasado y presente adquiridos a través de la conexión con el territorio. Y esto,
en última instancia, es lo que permite que las identidades indígenas resistan y
persistan. Por lo tanto, la identidad indígena nunca está suelta, es parte de una
comunidad, de un pueblo, ancestralmente conectado a conocimientos ancestrales
y parámetros colectivos de auto-organización.

Para pensar el acceso al derecho a la identidad desde esta perspectiva, es


urgente romper con una forma única de ver el mundo, de pensar las experiencias
entre los seres vivos y de producir conocimiento. Según Gersem Baniwa, una
forma de pensar única, estandarizada y hegemónica rige la idea de identidad, la
cual corresponde a una epistemología forjada por la Ciencia Moderna en el
contexto de la colonización de territorios, pueblos y culturas, iniciada en el siglo XV
y que aún no ha cesado. Es un legado que perdura “en los corazones y las
mentes”. Según el autor, “esta herencia colonial se expresa de diferentes maneras
y tiempos a través del racismo y de una forma de pensar basada en el
evolucionismo que, a su vez, jerarquiza, categoriza, elabora y procesa
selectivamente a personas, grupos, sociedades”.

Preguntas orientadoras GT Acceso derecho a la identidad:

1. ¿Cuáles son las formas de garantizar el acceso al derecho a la identidad?


¿Cuáles son los retos para su garantía en la región?

2. ¿Cómo se relaciona el derecho a la memoria y la cultura con el derecho a la


identidad? ¿Cuáles son los retos?

3. ¿Cómo promover y garantizar el acceso al derecho a la identidad de los pueblos


indígenas en contextos urbanos? ¿Cuáles son los retos?

4. ¿Cómo se relaciona el acceso al derecho a la identidad indígena con la


promoción y garantía de los derechos LGBTQIA+? ¿Cuáles son los retos?

5. ¿Cómo debería relacionarse la lucha contra el racismo estructural con la


garantía del acceso al derecho a la identidad? ¿Cuáles son los retos?

Você também pode gostar