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28/09/2021

OCLUSÃO NORMAL
• CHAVE DE OCLUSÃO: cúspide
mesiovestibular do primeiro molar
CLASSIFICAÇÃO DAS superior oclui no sulco mesiovestibular
do primeiro molar inferior.
MÁS OCLUSÕES

Profa Dra Fernanda Angelieri


Mestrado e Doutorado – FOB/USP
Pós-Doutorado – University of Michigan

Trespasse
CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE vertical – 1/3
do incisivo
inferior – 2 a
• 1899; 2,5mm;
• primeiro molar permanente superior - Trespasse
horizontal – 2
posição estável no esqueleto craniofacial; a 2,5mm
• desarmonias - alterações
anteroposteriores do arco dentário
inferior (primeiro molar permanente
inferior) em relação ao superior;

Thomazinho et al., 2005


Vigorito, 1986

OCLUSÃO NORMAL
1. (VUNESP – Presidente Prudente-SP/2017) Segundo a
Classificação de Angle, uma oclusão normal é aquela em que
• Arco dentário superior –
maiores dimensões que (A) a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui
inferior; no sulco vestibular do segundo molar inferior.
• Transversal: cúspides (B) a cúspide disto-vestibular do primeiro molar superior oclui
palatinas dos dentes póstero- no sulco vestibular do primeiro molar inferior.
superiores ocluem no sulco (C) a cúspide mésio-vestibular do segundo molar superior oclui
central dos dentes póstero- no sulco vestibular do segundo molar inferior.
inferiores. (D) a cúspide disto-vestibular do segundo molar superior oclui
no sulco vestibular do segundo molar inferior.
• Ausência de diastemas,
(E) a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior
giroversões e apinhamentos.
oclui no sulco vestibular do primeiro molar inferior.

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1. (FGV - TJ-RO/2015) A classificação das maloclusões sugerida por Angle na MÁ OCLUSÃO DE CLASSE I
década de 1890 foi um passo importante no desenvolvimento da ortodontia, não
somente porque ela subdividiu os principais tipos de maloclusão, mas também
porque representou a primeira definição clara e simples da oclusão normal em
uma dentição natural. A afirmativa que descreve o postulado de Angle é:
• Relação molar
normal.
(A)a cúspide distovestibular do primeiro molar superior deve ocluir no sulco • Presença de
mesiovestibular do primeiro molar inferior; apinhamentos,
(B)a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior deve ocluir no sulco diastemas, más
mesiovestibular do primeiro molar inferior; posições dentárias
(C)o sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior está mesializado em relação individuais, mordida
à cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior; aberta,
(D)o sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior situa-se distalmente à
sobremordida
cúspide mesiovestibular do primeiro molar permanente superior;
profunda, mordida
(E)a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior oclui no sulco
cruzada.
distovestibular do primeiro molar inferior.

Classificação de Angle Perfil facial reto


• Classe I Equilíbrio nas funções da musculatura peribucal

• Classe II
Divisão 1
Divisão 2
} subdivisão

• Classe III
subdivisão Harmonia entre as bases ósseas –
relação anteroposterior normal
entre maxila e mandíbula.

MÁ OCLUSÃO DE CLASSE I
• Relação molar normal – Chave de oclusão. Alterações
dentárias/
dentoalveolares.

Cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior permanente


oclui no sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior
permanente. Relação molar normal, porém com apinhamento:
Má oclusão de Classe I.

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MÁ OCLUSÃO DE CLASSE II
Classe II, divisão 1
• sulco mesiovestibular do
primeiro molar
permanente inferior
encontra-se distalizado Perfil facial convexo,
em relação à cúspide com função dos
mesiovestibular do lábios anormal.
primeiro molar
permanente superior; Geralmente, maxila
• “Relação distal da protruída e/ou
mandíbula em relação à mandíbula retruída.
maxila”;
• Distoclusão.

CLASSE II, DIVISÃO 1


Classe II, divisão 1 subdivisão
• Relação molar de
Classe II - distoclusão; • Mesmas características faciais e
• incisivos superiores esqueléticas;
inclinados para • Incisivos superiores vestibularizados;
vestibular;
• trespasse horizontal • Um lado – relação molar de Classe II;
(sobressaliência) • Outro lado – chave de oclusão (normal);
positivo acentuado
(>2mm); • Lado alterado – subdivisão.
• Perfil facial convexo.
CAPELOZZA FILHO, REIS, MANDETTA, 2002
SILVA FILHO, et al., 1990
KESKI-NIKULA, K et al., 2003

Maloclusão de
Classe II,
Classe II, divisão 1 divisão 1,
subdivisão
direita

Arco superior atrésico


Relação molar de Classe II Relação molar normal

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MÁ OCLUSÃO DE CLASSE II, Má oclusão de Classe II, divisão 2


DIVISÃO 2
• Relação molar de Classe II;
• incisivos centrais superiores lingualizados
ou verticalizados;
• Sobressaliência normal/reduzida;
• Geralmente, ILS vestibularizados;
• sobremordida profunda;
• dimensão vertical diminuída;
• Função labial normal.

Classe II, divisão 2 1. (VUNESP – Poá-SP: Buco/2013) A cúspide mésio-


vestibular do primeiro molar superior direito oclui no
espaço entre cúspide vestibular do primeiro molar inferior
e a face distal da cúspide vestibular do segundo pré-molar
Sobressaliência inferior, associada à inclinação lingual excessiva dos
normal, incisivos superiores. A descrição refere-se à má oclusão
ICS lingualizados,
ILS vestibularizados. (A)mésio versão.
(B)Classe III.
(C)Classe III subdivisão.
(D)Classe II divisão 1.a.
(E)Classe II divisão 2.a.d

Perfil facial normal a Classe II, divisão 2 subdivisão


levemente convexo Má oclusão de
Classe II,
divisão 2,
subdivisão
esquerda

Função labial normal


Relação molar normal Relação molar de Classe II

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MÁ OCLUSÃO DE CLASSE III Má oclusão de Classe III


• Relação molar de
Classe III; • Mordida cruzada anterior
• mesioclusão do • Mordida cruzada posterior
primeiro molar inferior
permanente - o sulco
mesiovestibular do
primeiro molar inferior
está mesializado em
relação à cúspide
mesiovestibular do
primeiro molar
superior permanente;

Perfil facial côncavo


Má oclusão de
Classe III –
subdivisão
direita

Desarmonia entre as bases ósseas –


prognatismo mandibular e/ou
retrognatismo maxilar.

Podem estar associados PREVALÊNCIA DAS MÁS OCLUSÕES


• CLASSE I - Prevalência brasileiros: 52,94%
• Mordida cruzada anterior (adultos), 48,4% (7 a 11 anos);
• europeus: 47,8%;
• CLASSE II, divisão 1 - prevalência brasileiros:
37,64% (adultos); 37,58% (7 a 11 anos);
• europeus: 33,1% (5 anos);
• CLASSE II, Divisão 2 - prevalência brasileiros:
5,9% (adultos); 3,21% (7 a 11 anos);
• CLASSE III – prevalência brasileiros: 3,52%
(adultos); 2,51% (7 a 11 anos).

CAPELOZZA FILHO, REIS, MANDETTA, 2002


SILVA FILHO, et al., 1990
KESKI-NIKULA, K et al., 2003

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Modificações das proporções da criança para


o adulto

• Cabeça – 50%
no terceiro mês
intrauterino e
12% no adulto;
• Pernas – 30% no
nascimento e
50% no adulto;

Proffit, Fields 1995

Modificações das proporções da criança para


CRESCIMENTO E o adulto
DESENVOLVIMENTO
GRADIENTE CEFALOCAUDAL DE
CRANIOFACIAL CRESCIMENTO
• Estruturas mais próximas do cérebro
crescem menos que as mais distantes
(pernas x crânio);
• Mandíbula crescerá mais que maxila e mais
tardiamente;
• Bebês – retrognatia mandibular.
Profª Drª Fernanda Angelieri Proffit, Fields 1995

Gradiente cefalocaudal de crescimento


CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
CRANIOFACIAL PÓS NATAL

4 meses 5 anos

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OSTEOGÊNESE
Maxila – sistema
nervoso (até os 8-
10 anos);
Mandíbula –
crescimento
corpóreo geral;
Gráfico - Scamon
Vellini-Ferreira 2004
Proffit, Fields 1995

FORMAÇÃO ÓSSEA ENDOCONDRAL

• Tecido mesenquimal – cartilagem;


• A cartilagem é o esboço do futuro osso;
Surto de crescimento e
• Ela é substituída por tecido ósseo;
pico de crescimento
puberal • Áreas submetidas a pressão;
Maior crescimento • Base do crânio, côndilo mandibular, tronco e
mandibular! membros.

Proffit, Fields 1995 Moyers, 1991

1. (FGV - TJ-SC/2015) A seleção de casos ortodônticos na prática geral deriva da


resposta a diferentes perguntas. Uma dessas perguntas diz respeito a como o
problema é tipificado. Tal tipificação está relacionada às características do caso e
suas possíveis formas de tratamento. Como parte dessa pergunta, questões como
época ideal para o tratamento, padrão do esqueleto facial e espaço disponível Tecido fibroso
dentro do arco para corrigir a má-oclusão devem ser consideradas. Em relação à Zona de proliferação celular –
época ideal para o tratamento ortodôntico, é correto afirmar que: diferenciação em condroblastos
Células hipertrofiadas –
(A)as estratégias e táticas para o tratamento precoce são semelhantes àquelas secreção de matriz extracelular
existentes para o tratamento tardio; Calcificação progressiva
(B)o tratamento tardio deve competir com o crescimento ativo ou utilizar sua da matriz - ossificação
dinâmica;
(C)o tratamento precoce pode ser ajustado, complicado ou confundido pelo Tecido ósseo
crescimento;
(D)enquanto o canino superior e segundo pré-molar não calcificam, pode-se optar
pelo tratamento tardio.
(E)com o tempo, o grau de modificação do osso diminui, mas persiste, assim o
tratamento ainda é possível;

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FORMAÇÃO ÓSSEA
INTRAMEMBRANOSA
CRESCIMENTO CRANIOFACIAL
REGIONAL
• Formação óssea por secreção de matriz
diretamente nos tecidos conjuntivos, sem a
formação intermediária de cartilagem;
• Células mesenquimais indiferenciadas do
tecido conjuntivo - osteoblastos - elaboram a
matriz osteóide;
• A matriz calcifica-se = tecido ósseo
• Abóbada craniana, ossos faciais, maxila e
mandíbula (exceto côndilo);

Moyers, 1991

FORMAÇÃO ÓSSEA
INTRAMEMBRANOSA ABÓBADA CRANIANA

Periósteo

Osteoblastos

Osteócitos

MECANISMOS DE CRESCIMENTO ÓSSEO ABÓBADA CRANIANA

• Sítios de crescimento – • Cérebro expande – ossos (frontal, parietais e


locais específicos onde
ocorrerá o crescimento; occipital) da calota craniana são separados –
• Côndilo e ramo Atenção: os ossos faciais expansão para fora;
mandibulares, túber não aumentam por • Separação nas suturas – deposição óssea
maxilar, sincondroses adição superficial
passiva;
da base craniana, generalizada!!!
suturas e processos
alveolares.

Moyers, 1991

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BASE CRANIANA

• SINCONDROSES!
• Sincondroses – originárias das cartilagens
primárias do condrocrânio;
• Centros de crescimento;
• Formação óssea endocondral – alongamento
da porção mediana da base craniana;

Enlow

ABÓBADA CRANIANA SINCONDROSES DA BASE CRANIANA

Esfeno-etmoidal – 7 a 10
anos;
Interesfenoidal – ao
nascimento;
Intra-occipital – 3 e 5
anos;
Esfeno-occipital – até 20
Fontanelas – fechamento até os 20 meses; anos.
Abóbada craniana – 50% do crescimento total no
primeiro ano; 75% aos 3 anos e 90% aos 7 anos;
Proffit, Fields 1995
Thomazinho et al. 2005 Thomazinho et al. 2005

BASE CRANIANA FACE MÉDIA


Cavidade Nasal,
órbitas, seios
maxilares, processos
alveolares superiores e
dentes.
Maxila;
Frontal, vômer,
lacrimal, palatino,
zigomático, nasal e
etmóide.

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MAXILA
• Ossificação intramembranosa.
• Túber – local de maior crescimento sagital na
maxila!

Deslizamento –para trás e Deslocamento primário -


para cima para frente e para baixo

MAXILA
1. (VUNESP – Poá-SP: Buco/2013) O tratamento ortodôntico-ortopédico
pode modificar e modular o crescimento craniofacial. Visando
 Comprimento tratamento ortopédico anteroposterior para paciente classe III, pode-se
indicar o uso do aparelho
 Aposição óssea na tuberosidade
(A)Quadri-hélice.
da maxila
(B)Herbst fixo.
 Suturas: Frontomaxilar (C)Máscara facial.
(D)Fränkel.
Zigomaticotemporal (E)Hawley.

Zigomaticomaxilar
Pterigopalatina

Crescimento nas suturas devido:


Deslocamento produzido pelos tecidos moles + função.

Frontomaxilar
Zigomaticotemporal
Zigomaticomaxilar Herbst Regulador de
Pterigopalatina Função Fränkel 2

Correção da retrusão mandibular na má oclusão de Classe II

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MAXILA

 Largura:

 Sutura palatina mediana

Aposição óssea lateral

Hawley -  Língua
Quadrihélice -
Expansão maxilar Contenção

Enlow

Crescimento da base craniana desloca o complexo


nasomaxilar para BAIXO e FRENTE
MAXILA
 Altura:
 Processos
alveolares (dente como
matriz funcional)
 Palato – deposição
óssea.

1. (VUNESP – Poá-SP: Buco/2013) Após o nascimento, o


MANDÍBULA
desenvolvimento craniofacial da nasomaxila, devido ao
crescimento continuado do cérebro e da base do crânio,
apresenta o seguinte vetor de crescimento:

(A)exclusivamente para frente.


(B)exclusivamente para baixo.
(C)exclusivamente látero-lateral.
(D)para baixo e para frente.
(E)para baixo e para trás.

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MANDÍBULA
Crescimento mandibular = ramo + côndilo
• Ossificação endocondral – (côndilo)

• Ossificação intramembranosa (ramo e corpo) O que promove o deslocamento


mandibular?

Côndilo – cartilagem
secundária – função
intermediária;
Crescimento dos tecidos moles
+ função.

Deslizamento – para Deslocamento – para anterior


posterior e superior e inferior

MANDÍBULA MANDÍBULA

 Comprimento: Largura:

 Crescimento condilar Sutura sinfisiana – fechamento por volta


dos 6 meses;
 Remodelação óssea no ramo  Aposição e reabsorção óssea
(aposição na borda posterior e reabsorção diferencial (remodelação)
 Crescimento em “V”
na anterior)

MANDÍBULA

Proffit, Fields 1995

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MANDÍBULA 1. (VUNESP – Poá-SP: Buco/2013) Assinale a alternativa que descreve


corretamente a influência da erupção da dentição no desenvolvimento
craniofacial.

 Altura: (A)O crescimento da altura vertical do terço inferior da face independe da


erupção dental.
(B)A erupção dos dentes superiores mantém a dimensão vertical da maxila.
 Crescimento condilar (C)A reabsorção das bordas do ramo mandibular proporciona local para o
desenvolvimento e erupção dos dentes anteriores inferiores.
 Aumento da altura dos processos (D)A erupção dental influencia o crescimento transversal do terço inferior da
face até os 14 anos de idade nas meninas e 17 nos meninos.
(E)A erupção dos dentes inferiores aumenta o crescimento vertical da
alveolares mandíbula e contribui para o desenvolvimento da altura facial.

1. (FGV - Câmara Salvador-BA/2018) O padrão de crescimento e


desenvolvimento da face são determinantes no estabelecimento de
maloclusões. Sobre o crescimento dos ossos da face, é correto afirmar que:

(A) os côndilos mandibulares iniciam a maior parte do seu crescimento ativo no


final da adolescência, após o crescimento do complexo nasomaxilar;
(B) o crescimento da mandíbula em largura é determinado pelo crescimento na
sutura mediana e possui velocidade semelhante à curva de crescimento geral
do corpo;
(C) o osso maxilar aumenta em altura devido ao crescimento sutural em direção
aos ossos esfenoide e etmoide e ao crescimento aposicional no processo
alveolar;
(D) o mecanismo geral de crescimento na mandíbula se dá pelo crescimento
intramembranoso na extremidade dos côndilos e endocondral no meio,
semelhante aos ossos longos;
(E) o aumento do comprimento da maxila ocorre por aposição na
tuberosidade maxilar e pelo crescimento sutural em direção ao osso
palatino.

1. (VUNESP – Poá-SP: Buco/2013) Sobre o desenvolvimento craniofacial da


TEORIAS DO CRESCIMENTO
mandíbula, assinale a alternativa correta. CRANIOFACIALIAL
(A)A mandíbula tem o crescimento mais rápido e o menor crescimento pós-natal de
todos os ossos faciais.
(B)Os locais primários de crescimento mandibular pós-natal são as aposições
Como ocorre o crescimento craniofacial?
endocondrais e intramembranosas na região posterior do ramo e bordas • HUNTER - aposição e reabsorção - 1771
alveolares.
(C)Ao nascimento, a mandíbula encontra-se protruída em relação à maxila, mas essa • SICHER - suturas - 1947
discrepância é rapidamente corrigida pelo crescimento craniofacial.
(D)O crescimento da mandíbula no sentido anterior inicia imediatamente após o • SCOTT - cartilagens - 1953
nascimento.
(E)O término do desenvolvimento craniofacial da mandíbula se dá após a erupção • MOSS - matriz funcional - 1962
dos terceiros molares.
• ENLOW - crescimento em “V” - 1965

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TEORIA DE HUNTER - 1771 Deslocamento nasomaxilar para baixo e para frente –


crescimento nas suturas paralelas entre si

 Questionamento: Como surgia o espaço para


que os molares permanentes irrompessem na
cavidade bucal?

Frontomaxilar
Zigomaticatemporal
Zigomaticamaxilar
Pterigopalatina

TEORIA DE HUNTER - 1771


TEORIA DE SCOTT - 1953

+ -
 Tecido Cartilaginoso -
+ - crescimento genético
+ - intrínseco;

+  septo nasal, côndilo,


sincondroses da base
craniana.

Tecido ósseo – controle genético para o crescimento ósseo.


Proffit, Fields 1995

TEORIA DE SICHER - TEORIA DE MOSS - 1962


1947
 Teoria da Matriz Funcional

“Teoria da dominância sutural” - Crescimento e manutenção ósseos - depende da


 O centro de crescimento primário são as suturas matriz funcional
da face; - Tecidos moles + função - força primária de
 o controle genético determinante do crescimento crescimento – osso responde secundariamente;
seria expresso nas suturas ósseas. - Abóbada craniana, maxila, mandíbula;
- órbita;

Moyers 1991

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Crescimento da abóbada craniana: resultado do


crescimento do cérebro

Muito obrigada!

Feto anencéfalo Hidrocefalia

Proffit, Fields 1995

TEORIA DE ENLOW - 1965

 Teoria do Crescimento em “V”


- Muitos ossos faciais e cranianos, ou partes dos
ossos, têm configuração em “V”. A direção do
movimento é para a extremidade aberta do “V”

- “O crescimento sobre os extremos livres aumenta


Biogênese das Dentições
a distância entre eles mesmos”
Profa Dra Fernanda Angelieri

Van der Linden, 1993

Desenvolvimento da dentição decídua


Profa Dra Fernanda Angelieri
Enlow Van der Linden, 1993

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Ao Nascimento Ao Nascimento
 Incisivos decíduos com
as coroas calcificadas
• Roletes gengivais
 Metade da coroa dos
caninos decíduos • Contato posterior
 ¾ da coroa do 1º molar
decíduo • Espaço anterior
 Ponta das cúspides do
2º molar decíduo • Posição distal do rolete
 Início da calcificação inferior ( 2 a 7mm)
do 1º molar
permanente
Van der Linden, 1993
Vellini-Ferreira, 2004 Machado, 2005

Ao Nascimento
“O relacionamento dos
 maxila e mandíbulas
pequenas
abaulamentos gengivais
 mandíbula retroposta neonatais não é um
 Germes dos dentes indicador das futuras
decíduos anteriores: relações oclusais
apinhamento intra-
ósseo
dentárias.”
Robert E. Moyers

Van der Linden, 1993 Machado, 2005

Ao Nascimento
Posição de repouso normal
Abaulamentos em bebê de 5 meses, com
gengivais língua interposta entre a
maxila e a mandíbula.

Freio lingual normal no


recém-nascido, inserido na
ponta da língua.

Machado, 2005 Machado, 2005

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Do nascimento à dentadura decídua

 6-8 meses pós-natal:


crescimento dos arcos
 1 ano: crescimento
anterior dos arcos
 crescimento
transversal: sutura
Freio labial normal no recém- palatina mediana
nascido - com inserção baixa. (maxila) e sutura
sinfisiana (mandíbula)

Machado, 2005 Machado, 2005

Amamentação no peito Sínfise mentoniana em recém-nascido.


Por volta dos 6 meses – fechamento da sutura

Sutura palatina mediana -


fechamento – final do surto
de crescimento puberal

Aspectos da ATM ao nascimento:


cavidade glenóide quase plana e
côndilo com aspecto plano.

Machado, 2005
Machado, 2005

Dente natal, neonatal (1º mês) e 6 meses


pré-erupcionados (2ºe 3º mês) ( + 2 meses)

Incisivos inferiores – hipoplasia do esmalte;


Não extrair;
Amamentação;
Supranumerários – extração.

Machado, 2005
Moyers, 1991 Vellini-Ferreira, 2004

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Incisivos centrais inferiores

Normalmente ocorre a irrupção concomitante dos


incisivos centrais e laterais superiores decíduos.
Machado, 2005

9 meses
(+ 2 meses)
Incisivos laterais inferiores

Vellini-Ferreira, 2004
Machado, 2005

1 ano
(+ 3 meses)

Machado, 2005 Vellini-Ferreira, 2004

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2 anos
(+ 6 meses)

Primeiro molar decíduo inferior seguido do superior

Estabelecimento da primeira relação


oclusal tridimensional;
Dimensão vertical.

Machado, 2005
Moyers, 1991 Vellini-Ferreira, 2004

18 meses Segundos molares decíduos


(+ 3 meses)
inferiores e superiores

Dentadura decídua completa

Vellini-Ferreira, 2004 Machado, 2005

Caninos decíduos inferiores e Dentição decídua completa


superiores

Machado, 2005

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SEQÜÊNCIA DE ERUPÇÃO Características de normalidade da


Dentadura Decídua
Dentição decídua

• Incisivos centrais inferiores


• Incisivos centrais superiores
• Incisivos laterais superiores
• Incisivos laterais inferiores
• Primeiros molares decíduos
• Caninos decíduos
• Segundos molares decíduos
Ausência da curva de Spee

Dentadura decídua Características de normalidade da


Dentadura Decídua
Longo eixo dos dentes perpendicular ao
plano oclusal

Características de normalidade

Características de normalidade da Características de normalidade da


Dentadura Decídua Dentadura Decídua

Incisivos
• forma do arco:
verticalizados
ovóide;
• dentes inferiores
ocluem suavemente Ângulo interincisivos:
por lingual dos próximo de 1800
superiores.

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Características de normalidade da Características de normalidade da


Dentadura Decídua Dentadura Decídua
Espaços primatas: Tipo I Tipo II
 arco dentário superior: por mesial dos caninos
 arco dentário inferior: por distal dos caninos

Diastemas generalizados Somente espaços primatas

Características de normalidade da
Espaços primatas Dentadura Decídua

Tipo I Tipo II

Características de normalidade da
Arco Dentário Decíduo
Dentadura Decídua
 Classificação de Baume (1950)
- Tipo I: diastemas anteriores GENERALIZADOS Existe uma associação entre a presença de
- Tipo II: contatos ou suaves apinhamentos –
diastemas na região anteroinferior na dentadura
SOMENTE ESPAÇOS PRIMATAS!
decídua e o apinhamento na dentadura
permanente?

TIPO I TIPO II

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ARCO DE BAUME TIPO I Características de normalidade da


Dentadura Decídua
–ocorre em 77% dos casos
–contribuiu para:
• 50% casos sem apinhamento
• 40% casos com apinhamento moderado
Relação caninos
• 10% casos apinhamento severo
em Classe I;
Portanto, não pode ser utilizado única e exclusivamente Plano terminal reto
para predizer o correto alinhamento dos incisivos ou mesial;
permanentes!
CLAUDENIR ROSSATO
(1990)

Moyers, 1991

ARCO DE BAUME TIPO II Planos terminais normais na Dentadura


Decídua

ocorre em 23% dos casos


contribuiu para:
 22% casos sem apinhamento
 50% casos com apinhamento moderado
 28% casos apinhamento severo
Portanto, não pode ser utilizado única e
exclusivamente para predizer o correto alinhamento
dos incisivos permanentes!
CLAUDENIR ROSSATO
(1990) Plano terminal reto Degrau mesial
76% 14%
Thomazinho, 2005

Características de normalidade da Degrau distal – indício de má


Dentadura Decídua oclusão futura!

Sobremordida
pouco profunda;
Sobressaliência –
0 a 4mm;
Sobremordida
profunda – 10 a
40%.

Degrau distal
Moyers, 1991 10%
Thomazinho, 2005 MÁ OCLUSÃO DE CLASSE II

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Características de normalidade da DESENVOLVIMENTO DA


Dentadura Decídua DENTADURA MISTA
 Raramente há agenesia de
dentes decíduos (menos de
1%)
Prevalência considerável de
anquilose dentária – decíduos
em relação aos permanentes;
Inferiores 2x maior que
superiores;
Molares decíduos inferiores;
“dentes submersos”. Profa Dra Fernanda Angelieri
Moyers, 1991

Características de normalidade da DENTADURA MISTA


Dentadura Decídua
 Diastemas anteriores;  Dos 6 aos 12 anos
 Espaços primatas;
Sobremordida pouco  Estágio de caráter dinâmico e
profunda; transitório
 plano terminal reto/degrau
mesial;  Van der Linden (1983):
 relação caninos em Classe I;
Inclinação quase vertical dividiu a dentadura mista em
dos incisivos; três estágios.
Arco de forma ovóide.

Moyers, 1991

1. (FGV - TJ-GO/2014) O desenvolvimento da oclusão humana envolve uma série de


transformações no organismo, desde a fase intrauterina, até a fase adulta. Desta forma o cirurgião-
A Dentadura Mista
dentista deve levar em consideração seus aspectos normais, a fim de diagnosticar precocemente
quaisquer desvios da normalidade. Em relação à oclusão humana, é licito afirmar que:
- 1º período transitório: irrupção dos primeiros
(A) para que a dentição decídua esteja completamente instalada e definida, dentro dos padrões de
molares permanentes e esfoliação dos incisivos decíduos
normalidade, é necessário que a relação interativa entre forma e função esteja equilibrada, e que
os dentes estejam íntegros e respeitando as curvas de Spee e Wilson; e irrupção dos incisivos permanentes
(B) na fase pré-dental (0 a 6 meses), é possível observar o contorno dos rebordos, a relação entre
maxila e mandíbula, o posicionamento dos lábios, a forma e a relação ânteroposterior dos rodetes - período intertransitório: não há trocas
gengivais, e o posicionamento protruído da mandíbula (mesialmente posicionada em relação à
maxila); dentárias
(C) na fase dental (7 aos 18 meses), o toque incisal é um valioso guia para o desenvolvimento da
oclusão e transmite importantes estímulos de crescimento às bases ósseas; - 2º período transitório : esfoliação dos caninos e
(D) na fase pré-dental (0 a 6 meses), retrusão mandibular e trespasse vertical maior que 3mm,
mordida aberta, mordida cruzada, anteriorização da língua, distoclusão fisiológica e sobremordida molares decíduos e irrupção dos caninos permanentes e
profunda são situações frequentes;
(E) a oclusão mais favorável na dentição permanente é a Classe III e certos fatores, se observados
pré-molares – irrupção dos segundos molares
cuidadosamente, podem fornecer indícios de que as dentições decídua e mista podem se
desenvolver.
permanentes.
Van der Linden, 1983

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Primeiro período transitório Primeiro período transitório


 Dos 6 aos 8 anos
7 anos (+ 9 meses)
 Irrupção dos primeiros molares permanentes,
esfoliação dos incisivos decíduos e irrupção dos
incisivos permanentes

 Irrupção dos incisivos centrais inferiores e


superiores

1o PERÍODO TRANSITÓRIO Primeiro período transitório


8 anos (+ 9 meses)
6 anos (+ 9 meses)

Irrupção dos primeiros molares permanentes inferiores e superiores  Irrupção dos incisivos laterais inferiores e
superiores
Vellini-Ferreira, 2004

Planos terminais dos segundos molares


A Dentadura Mista – 1ºperíodo transitório
decíduos
Como os incisivos permanentes obtêm espaço
para suas irrupções?
Degrau
distal  Diastemas na região anterior – Arco tipo I de
Baume, espaços primatas;
Plano
terminal
 Maior inclinação para vestibular dos
reto
incisivos permanentes;
 Aumento da distância intercaninos –
Degrau
mesial
crescimento transversal dos arcos.

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ARCO TIPO I DE BAUME “Desvantagem dos incisivos”

• Apinhamento primário
– incisivos laterais
inferiores – 1,6mm;
• Estágio de
desenvolvimento
normal;
• Aumento da distância
intercaninos;
• Vestibularização;
• Autocorreção.

Thomazinho, 2005

1o PERÍODO TRANSITÓRIO

• plano terminal
reto ou
suave degrau
mesial

• relação canino
normal

Inclinação para vestibular dos incisivos permanentes

Como os incisivos permanentes obtêm espaço Período intertransitório


para suas irrupções?

• Reposicionamento dos caninos decíduos (distalização) nos


espaços primatas;
Aumento da distância intercaninos – na fase de irrupção dos
caninos permanentes.

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Período intertransitório Período Intertransitório


 Dos 9 aos 10 anos (+ 9 meses)

 Presença de dentes
decíduos e
permanentes;
 Diastemas entre os
incisivos superiores.

PERÍODO Período intertransitório


INTERTRANSITÓRIO
“Fase do Patinho Feio”
 Convergência do longo eixo dos incisivos permanentes
(de incisal para apical);
 Diastemas entre os incisivos superiores;
9 anos  Poderá persistir por 3 a 4 anos;
(+ 9 meses)
 Normaliza-se com a irrupção dos caninos permanentes.

Fase do “Patinho Feio”

Período intertransitório

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Segundo período transitório

Ocorre a irrupção dos caninos permanentes e


dos pré-molares

Segundo período transitório

 Dos 10 aos 12 anos


 Esfoliação dos caninos e
molares decíduos;
 Irrupção dos caninos
permanentes e pré-molares;
 Irrupção dos segundos
molares permanentes.

Período Intertransitório 2o PERÍODO TRANSITÓRIO


Fase do “Patinho Feio” 10 anos 11 anos
(+ 9 meses) (+ 9 meses)

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SEQÜÊNCIA DE ERUPÇÃO MAIS “Lee Way Space”


FAVORÁVEL
É a diferença entre o diâmetro mesiodistal dos
molares e caninos decíduos para os caninos
SUPERIORES INFERIORES permanentes e pré-molares.

1os pré-molares caninos


2os pré-molares 1os pré-molares
caninos 2os pré-molares Arco superior: 0,9mm
2os molares 2os molares Arco inferior: 1,7mm

Thomazinho et al. 2005

1. (VUNESP – Poá-SP: Buco/2013) O canino superior 2o PERÍODO TRANSITÓRIO


permanente é um dos dentes que apresenta um maior potencial
de não erupção. Ao avaliar paciente pediátrico, assinale a idade
em que é esperada a erupção dos caninos superiores. Irrupção dos PM e C

(A)11 anos.
(B)9 anos. Ajuste final da relação anteroposterior entre
(C)7 anos. os 1os Molares Permanentes
(D)6 anos.
(E)5 anos.
LEEWAY SPACE
(ESPAÇO DISPONÍVEL DE NANCE)

A Dentadura Mista – 2ºperíodo transitório “Lee Way Space”

ajuste das relações


mesiodistais dos dentes
Como os pré-molares e caninos obtém espaço para posteriores
irromperem na cavidade bucal?
A diferença do arco superior
Não encontram problemas, pois há o Lee Way Space (espaço para o inferior é de 0,8mm
disponível de Nance). movimentação para mesial de
ambos os molares permanentes
(maior do inferior)
Plano terminal reto –Relação
molar de Classe I.

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Perímetro do arco dentário


Ajuste da relação molar
Área de atuação do
Ortodontista

Medido da face mesial do 1º molar permanente à


face mesial do 1º molar permanente do lado oposto,
Plano terminal reto para relação molar normal seguindo o contorno do arco sobre os pontos de
contato e bordas incisais.
Thomazinho et al. 2005

Perímetro do arco dentário na


Dentadura Mista
Plano terminal reto
76% O perímetro do arco dentário inferior
O normal na diminui, em média, 5mm
dentadura
Degrau distal decídua/mista é um
10% plano terminal reto Isto ocorre devido:
ou um degrau  Deslocamento mesial tardio dos molares
mesial.  Componente anterior de força
Degrau mesial  Desgastes interproximais dos dentes
14%
 Posicionamento lingual dos incisivos inferiores

Moorrees, 1965

Mecanismo de ajuste transicional durante a


Comprimento do arco
dentadura mista
A – Plano B – Degrau C – Degrau
terminal mesial distal
reto

Há um encurtamento do comprimento do arco inferior de


aproximadamente 3mm em virtude da diminuição do
Classe II Classe I Classe III Classe II perímetro.

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Largura dos Arcos Dentários SEQÜÊNCIA DE IRRUPÇÃO DOS


DENTES PERMANENTES
5mm
Crescimento
divergente dos
SUPERIORES INFERIORES
processos
4mm
alveolares 1os molares 1os molares
incisivos centrais incisivos centrais
incisivos laterais incisivos laterais
Deposição 1os pré-molares caninos
nas bordas 2mm 2os pré-molares 1os pré-molares
laterais do caninos 2os pré-molares
corpo
mandibular
2os molares 2os molares
3mm
MOORREES, 1965

DESENVOLVIMENTO DA Seqüência de Irrupção – dentes


DENTADURA PERMANENTE permanentes

Moyers, 1991

A Dentadura Permanente
Completa-se aos 12 anos com a irrupção dos
segundos molares permanentes

12 anos (± 6 meses)

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Muito obrigada!

Profa Dra Fernanda


Angelieri

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