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AUXILLIUM – UniSalesiano
ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO E
SISTEMAS
ARAÇATUBA
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 8
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 16
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1 INTRODUÇÃO
Os indígenas são grupos étnicos que têm raízes profundas nas terras em que
vivem. Ao longo dos séculos, eles desenvolveram culturas únicas, adaptando-se à
vida em ambientes variados. Muitas vezes, o modo de vida tradicional dos indígenas
é intimamente ligado à terra, que é vista como um lugar sagrado que deve ser
respeitado e cuidado. A Cultura indígena é o conjunto de valores, conhecimentos,
crenças e costumes dos povos nativos do Brasil. Importante destacar que não existe
uma única cultura indígena, mas uma enorme diversidade cultural representada por
civilizações autônomas, com modos de pensar e agir únicos. A cultura indígena é
extremamente diversa e rica, compreendendo uma ampla variedade de grupos
étnicos, línguas, tradições e práticas. Os indígenas no Brasil são descendentes dos
povos que habitavam essas terras antes da chegada dos europeus e têm uma
conexão profunda com seus territórios ancestrais. Suas culturas são moldadas por
séculos de interação com o ambiente natural, resultando em uma profunda
compreensão dos ecossistemas e uma relação de respeito e harmonia com a
natureza.
A diversidade cultural indígena no Brasil é impressionante. Existem mais de
200 etnias indígenas reconhecidas no país, cada uma com suas próprias tradições,
idiomas, cosmovisões e formas de organização social. Cada grupo possui sua história,
mitologia, práticas religiosas, formas de subsistência, artesanato e expressões
artísticas únicas.
A espiritualidade é uma parte essencial da vida indígena. Muitas comunidades
indígenas possuem uma cosmovisão que valoriza a interconexão entre os seres
humanos, os espíritos da natureza e os antepassados. A relação com a terra é central
em suas crenças, sendo vista como uma entidade viva e sagrada. Os indígenas têm
uma profunda compreensão dos ciclos naturais, dos elementos e das forças da
natureza, e isso se reflete em suas práticas religiosas e rituais.
Apesar de sua riqueza cultural e contribuição para a diversidade do país, os
indígenas muitas vezes enfrentam desafios significativos, incluindo a perda de
territórios, discriminação, violência e a falta de reconhecimento de seus direitos. É
importante valorizar e respeitar a cultura indígena, reconhecendo sua importância
para a identidade brasileira e promovendo a preservação de suas tradições e
conhecimentos.
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2 DESENVOLVIMENTO
Unidas para Assuntos Indígenas. Essas instituições trabalham para apoiar a autono-
mia e promover a participação dos indígenas na tomada de decisões que afetam suas
vidas.
Desde o século XVI, os costumes de vários povos indígenas sofreram inúmeras
alterações em decorrência do contato com os costumes brancos. Atualmente, há al-
deias localizadas em grandes cidades, como São Paulo, onde as trocas com não in-
dígenas são cotidianas. Por outro lado, existem os chamados "índios isolados" - gru-
pos que vivem praticamente sem contato com a cultura do homem branco. Segundo
a Fundação Nacional do índio (FUNAI), há 46 evidências e 12 confirmações de grupos
isolados vivendo na floresta amazônica.
Com o avanço do desmatamento e do garimpo ilegal em áreas protegidas, o
isolamento desses grupos pode estar em risco. Hoje, muitos governos e organizações
trabalham para promover a preservação da cultura indígena e para garantir o respeito
aos direitos dos povos indígenas.
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2.1 TECNOLOGIA
Com esse avanço os indígenas tendo essa tecnologia tudo mudou inclusive a
forma como a sociedade se organiza, assim os serviços passaram a ser automatiza-
dos e algumas profissões foram extintas ao modo que outras surgiram, assim o capi-
talismo passou a ter um novo modo de produção, o informacionalismo tendo de base
a informação e a comunicação. Esse processo de aperfeiçoamento da técnica que
faz a cada dia surgir mais e mais recursos, pesquisadores de diferentes lugares do
mundo, entre eles, um antropólogo de Israel.
Batista (2007), diz que sempre acreditou que a Amazônia é um território por
excelência para cientistas. Para quem, vem de fora para pesquisar a Amazônia, o
mergulho precisa ser ainda mais profundo - e não é fácil. Há pré-conceitos, vivemos
em uma cultura com outra visão em relação a Amazônia. Outro exemplo de tecnolo-
gia que é a Amazônia além do ecossistema, é a rede das árvores de uma floresta
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descrita por Peter Wolleben no livro "A vida secreta das árvores". Nele, Wohlleben
apresenta seu estudo, fruto de mais de 20 anos de pesquisa e revela a existência de
uma suposta word wide web na floresta. Essa rede de comunicação composta por
fungos e outros agentes - até mesmo invisíveis a olho nu - é essencial para a sobre-
vivência das árvores.
Cada um dos elementos contribui de uma maneira para manter as árvores vi-
vas. Nessa rede, caso um desses elementos seja interrompido, a rede é danificada e
as árvores morrem, assim conseguem monitorar de qualquer lugar com a che-
gada da tecnologia.
Para o cineasta indígena Lucas Benites, essa realidade mudou com a che-
gada das tecnologias, se antes era o homem branco que mostrava como era o indí-
gena, agora "o indígena tem que mostrar sua cultura por meio da tecnologia" A von-
tade de mostrar ao homem branco que o indígena pode apresentar o seu trabalho
utilizando a tecnologia foi o que motivou o indígena a se tornar cineasta. Benites
sempre buscou preservar a cultura e a língua de seu povo e encontrou na tecnologia
o apoio que precisava para documentar a história dos indígenas, mas não são só os
adultos como Benites que estão fazendo isso. As crianças também utilizam a tecno-
logia para valorizar sua cultura e tradições.
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3 CONCLUSÃO
Muitos povos indígenas têm usado a rede para atingir um público grande,
dentro e fora do país. Os recursos on-line são usados para romper o isolamento em
que muitas comunidades vivem, e também para vencer a barreira da falta de espaço
que esses povos têm nas mídias tradicionais. "A internet possibilita aos indígenas di-
vulgar suas culturas e potencialidades de forma mais independente e autônoma, se
fazendo conhecer e dialogando diretamente com a população nacional", aponta Thi-
ago Cavalcante, historiador e pesquisador do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e
Etno-História (Etnolab) da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD) e do
grupo de pesquisas do Centro de Estudos Indígenas Miguel A. Menendéz (Ceiman)
da Unesp de Araraquara (SP).
A internet acabou se tornando uma ferramenta de comunicação fundamen-
tal para aqueles que antes não tinham voz. "A internet tem um papel importante na
transmissão dessas ideias e na demonstração de que os grupos indígenas são donos
de conhecimentos absolutamente pertinentes para o mundo não indígena. As redes
sociais também são importantes, pois nelas os indígenas se fazem muito presentes e
conseguem estender suas relações", explica Nicodème de Renesse, pesquisador da
Redes Ameríndias e membro do Centro de Estudos Ameríndios, ambos da USP.
Apesar desse apoio, o primeiro Centro de Inclusão Digital Indígena foi inaugu-
rado apenas em março de 2012, na comunidade Tikuna, situada na zona norte de
Manaus (AM). "De modo geral existem políticas públicas de inclusão digital desde
2003, mas ainda são muito marginais. Na prática, a manutenção das infraestruturas
em aldeias é caríssima, os pontos existentes não duram muito tempo, e as comunida-
des não conseguem mantê-los. As únicas exceções são os pontos em escolas indí-
genas, mantidas pelos governos estaduais. Na realidade, os índios acessam essenci-
almente a internet quando vão à cidade", diz Renesse.
A tecnologia ajudou a denunciar crimes ambientais, preservar e divulgar sua
cultura, defender seus direitos, mostrar suas condições de vida. Lutas diárias de di-
versas comunidades indígenas que, agora, ganharam uma aliada poderosa: a inter-
net.
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REFERÊNCIAS