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POVU

PODER
ELUCRO
CAPITALISMO PROGRESSISTA PARA
UMA ERA DE DESCONTENTAMENTO

JOSEPH
E.STIGLITZ
VENCEDOR DO PRËMIO
NOBEL DE ECONOMIA RECORD
CAPITULO I

Introdução

Estados Unidos e em mui-


coisas não vão bem nos

D
1zer que as

tos outros países desenvolvidos é minimizar o problema. Há


descontentamento por toda parte.
pensamento dominante
na
Não deveria ser assim, de acordo com o

economia e na ciencia política americanas do último quarto de século.


9 de novembro de 1989, Francis
Após a queda do Muro de Berlim
em

uma vez que a democracia e o capi-


Fukuyama declarou Ofim da história,
triunfado. Uma nova era de prosperidade global,
talismo haviam, enfim,
Com crescimento mais acelerado do que nunca, supostamente chegara,
e os Estados Unidos supostamente
estavam na liderança do processo.
finalmente ter voltado à
Em 2018, essas ideias tão altaneiras parecem
o capitalismo não era tudo
Terra. A crise financeira de 2008
mostrou que
nem eticiente, nem estável. Entäão,
aquilo que se esperava: ele
não parecia
beneticiários do cres-
uma onda de estatísticas mostrou que os principais
haviam sido aqueles no topo. E, por tim, os
Cmento nos últimos 25 anos

lados do Atl ntico-o


Brexit no
vOLOs antiestablishment em ambos os
Estados Unidos-susci-
eleição de Donald Trump
nos
Keino Unido e a
democracias eleitorais.
aram questöes sobre a sabedoria das
tacil e correta, dentrob
NOssos gurus forneceram uma explicação
o
sotrimento de muitos ameri-
Suas l1mitações. As elites ignoraram
inclusive
pressionavam por globalização e l1beralização,
OS enquanto todos se beneticiariam com
que
n e r c a d o s financeiros, prometendo
a maioria, os benetic1os prometidosjanmais se
retormas". Mas, para
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materializaram. A globalização apressou a desindustrialização e deixou


instruidos e,
os menos
para tras a maioria dos cidadãos, especialmente
do mercado finan-
entre eles, especialmente os homens. A liberalização
desde a Grande
ceiro levou à crise de 2008, a retração econômica
pior
dezenas de milhares em todo
Depressäo de 1929. Não obstante, enquanto
milhòes nos Estados Unidos perdiam
O mundo perdiam seus empregos e

Suas casas, nenhum dos grandes financistas que


levaram a economia glo-
Nenhum deles toi preso; em
bal à beira da ruína foi responsabilizado.
Os banqueiros
vez foram recompensados com bônus gigantescos.
disso,
toram socorridos, mas não suas vítimas. Embora as politicas economicas
tenham conseguido evitar outra Grande Depressão, não surpreende que

esse resgate desequilibrado tenha tido consequerncias politicas.


O fato de Hillary Clinton ter chamado de "deploráveis" aqueles que,
nas partes desindustrializadas do país, apoiavam seu oponente pode ter

sido um erro político fatal (e em si mesmo deplorável): para eles, essas

palavras refietiam a atitude inditerente das elites. Uma série de livros,


incluindo Era uma vez um sonho: A história de uma famiília da classe operária
e da crise da sociedade americana," de J. D. Vance, e Strangers in Their Own
Land: Anger and Mourning on the American Right |Estranhos em sua própria
terra: raiva e luto na direita americana], de Arlie Hochschild, documen-
taram os sentimentos daqueles que experimentaram a desindustrialização
ede muitos outros que partillham de seu
descontentamento, mostrando
como estão distantes das elites do
país.3
Um dos slogans de campanha
de Bill Clinton em 1992 foi "E a
economia, idiota". Essa é uma
simplificação excessiva, e esses estudos
sugerem a razao: as pessoas querem
sendo ouvidas.° De fato,
ser
respeitadas e sentir que estao
após ouvirem os republicanos afirmarem du
rante mais de trinta anos
que o governo não pode solucionar
problema, as pessoas não esperam nenhun
seu
que ele faça isso. Mas querem uc
governo as "apoie", o que quer que isso
governo as apo1a, não signifique. E, quando o

querem que ele


as
repreenda por serem "aquela
que ficaram para trás". Isso é
em um
mundo injusto. E degradante. Elas fizeram escolhas dificC
corrigidas. Todavia, esperam que algumas das desigualdades seja
durante a crise de 2008,
liberalização do mercado financeiro criada por
defendidas pelas elites, o politicas ue
govern
INTR
INTRODUÇÃO 29
areceu apoiar somente as elites. Ou,
aal se passou a acreditar e, como ao menos, essa foi narra
a rativa na
grão de verdade7
deixarei claro, há nela mais
que um
Embora o slogan do presidente Clinton
a0 Sugerir que a economia era tudo, talvez apossa ter simplificado as coisas
assim tão excessiva. Nossa simplificação näo tenha sido
economia não tem funcionado
Darcelas do pais. Mas tem sido enormemente para grandes
no topo. De tato, essa divisão recompensadora para aqueles
cada vez mais
dilema atual do nosso e
profunda está na raiz do
de muitos outros
países desenvolvidos.

Evidentemente, não é apenas a economia que tem se


mostrado falha, mas
também a política. A divisão econômica
levou a uma divisão
divisão política reforçou a divisão política, e a
econômica. Aqueles que têm dinheiro
usam seu
poder para escrever as regras do jogo economico e
maneiras que aumentem suas político de
vantagens.
Os Estados Unidos têm uma elite
muito pequena controlando uma
parte cada vez maior da economia e uma base cada vez
mais ampla com
quase nenhum recurso: 40% dos americanos no
podem arcar com uma
calamidade de 400 dólares, seja uma criança doente ou um
carro que-
brado. Os três americanos mais ricos, Jeff Bezos (Amazon), Bill Gates
(Microsoft) e Warren Buffet (Berkshire Hathaway), valem mais que a
metade inferior de toda a
população americana, demonstrando quanta
queza há no topo e como há pouca na base.
Buffett, o lendário investidor e milionário, tinha razão ao dizer:
Kealmente existe um conflito de classes, mas toi minha classe, a classe
ica, que criou o conflito,
vencendo."" Ele disse isso não de
e estamos
beligerante, mas porque achava que essa era uma descrição acurada
da
situaçãoEstados Unidos. E deixou claro que
nos a achava errada e
mesmo antiamericana.
Nosso país começou como democracia representativa, e os pais
undadores se preocuparam com a possibilidade de a maioria oprimir
minoria. Desse modo, implementaram salvaguardas na constituição,
ncluindo limites ao que o governo podia fazer." Nos mais de duzentos
OS coisas evoluiram.
Subsequentes, entretanto, as Hoje, os Estados
30 POVO, PODER E LUCRO

Unidos têm uma minoria politica que, embora n a oprima a


maioria, no
mínimo a domina, impedindo-a de tazer coisas que seriam do
interesse
do país como um todo. A vasta maioria do eleitorado gostaria de
ter
maior controle sobre as armas, salário minimo mais alto, regulamentações
financeiras mais estritas e melhor acesso à assistência médica eà educacão
superior, sem dívidas opressivas. A maioria dos americanos votou em
Al Gore, não em George Bush; em Hillary Clinton, não em Donald
Trump. A maioria dos americanos votou repetidamente nos democratas
para a Câmara dos R.epresentantes e, mesmo assim, em parte por causa
dogerrymandering, os republicanos mantiveram o poder- até que, em
2018, em uma votação suficientemente assimétrica, os democratas reto-
maram o controle. A imensa maioria dos americanos votou em senadores
democratas," mas, como estados com poucas pessoas, como Wyoming,
contam com os mesmos dois senadores que nossos estados mais populo-
sos, Nova York e Califórnia, os republicanos mantiveram o controle do
Senado, de grande importância por causa do papel que desempenha na
aprovação dos juízes da Suprema Corte. Lamentavelmente, a Suprema
Corte deixou de ser um árbitro justo e um intérprete da constituição e
se tornou apenas outro campo de batalha político. Nossas salvaguardas
constitucionais já não funcionam para a maioria, uma vez que a minoria
passou a dominar.
As consequências dessa economia e dessa política deformadas vo alem
da economia: elas afetam não somente nossa política, mas a natureza de
nossa sociedade e identidade. Uma economia e uma política desequill-
bradas, egoistas e sem visão levam a indivíduos
e sem visão,
desequilibrados, egoistas
reforçando as fraquezas do sistema econômico e político." AA
crise financeira de 2008 e suas
ser chamado de
consequências expuseram o que so pouc
torpeza moral de muitos banqueiros, que exibiram
niveis de desonestidade e a alto
Esses lapsos são ainda
disposição de tirar vantagem dos vulneravels
mais chocantes em um
há décadas se mostra país cujo discursO poilu
tão obcecado com os
"valores

Para entender como


podemos restaurar o crescimento
Samos
primeiramente entender as verdadeiras fontes dapartilhado, pre
riqueza de nosSa
INTRODUÇÃO 31

Ou de qualquer outra- nação. As verdadeiras fontes de riqueza são a


produtividade de, a criatividade e a vitalidade de nosso povo; os acentuados
auanCOS cientiticos e tecnológicos dos últimos 250 anos; e os avanços

em
economia, politica e organização social que ocorreram no mesmo
neríodo, incluindo estado de direito, mercados competitivos e regulados,
instituições democráticas com freios e contrapesos e uma ampla variedade
forneceram as
de instituições "divulgadoras da verdade". Esses avanços
ocorreu nos dois
bases para a enorme elevação do padro de vida que
últimos séculos.

Porém, o próximo capítulo descreve duas mudanças perturbadoras


últimas quatro décadas e já foram mencionadas: o
que ocorreram nas
da população es-
crescimento desacelerou e a renda de grandes parcelas
entre
tagnou ou mesmo entrou em declínio. Surgiu um grande abismo
o topo e os demais.
sociedade não
Descrever a trajetória assumida pela economia e pela
interesses
basta. Precisamos entender melhor o poder das ideias e dos
caminho nas ültimas quatro décadas, por que
que tanto nos desviaram do
errados.
são tão fundamentalmente
eles atraem tantas pessoas e por que
estabelecida pelos in
economica e politica tosse
Permitir que a agenda economico
maior concentração do poder
teresses corporativos levou à
Entender por que nossos sistemas
e politico, continuará a ser assim.
e
demonstrar como
cconomico e político falharamé o primeiro passo para
Outro mundo é possível. tâceis -econömica,
existem retormas
Eis uma fonte de esperança:
pros- maior
podem levar a
Cmbora não politicamente fáceis-que
criar uma economia
veremos, podemos
PCrldade partilhada. Como
valores básicos e amplamente
serem
dls
adequada ao que acredito
improbidade pelos ban-
evidenciadas
Pattilhados; não a cobiça e a
expressados pelos
elevados tão frequentemente
ueiros, mas os valores economia nos modelará,
lider econômicose religiosos. Tal
res políticos, individuos e a sOciedade a que
com os
dndo-nos mais parecidos cconomia mais
criar uma
fazer isso, nos permitirá
Pam0s. E, ao
dos cidadãos a vida de
fornecer à vasta maioria
ana, capaz de cada vez mais
se m o s t r o u
mas que
que eles desejam,
lasse média" qu
tora de seu alcance.
32
POVO, PODER E LUCRO

A riqueza das nações


O famoso livro de Adam Smith, A
riqueza das nações, publicado em 1776,
e um bom ponto de
partida para entendermos como as nações prospe-
ram. Ele costuma ser considerado o início da economia moderna. Smith
criticou, com razão, o mercantilismo, a escola de pensamento econômico
que dominou a Europa durante o Renascimentoe o início do período
industrial. Os mercantilistas defendiam a exportação de mercadorias para
suas economias mais ricas
Conseguir ourO, acreditando que isso tornaria
rir dessas
e suas mações politicamente mais poderosas. Hoje, podemos
tolas políticas: ter mais ouro guardado em um cofre não gera padrões
similarmente
de vida mais elevados. Contudo, prevalecem percepções
as exportações
erroneas, e m especial entre aqueles que argumentam que
defendem políticas equivocadas
devem ser maiores que as importações e
a fim de atingir esse objetivo.
nação é mensurada por sua capacidade
A verdadeira riqueza de uma

elevados para todos


de garantir, de modo sustentável, padrôes de vida
aumentos constantes da
cidadãos. Essa garantia está relacionada a
os
no investimento em instalações,
produtividade, baseados parcialmente
conhecimentoe na manutenção da
equipamentos e, ainda maisimportante,
os recursos de que
economia e m niveis emprego, assegurando que
de pleno Certamente
ou permaneçam ociosos.
dispomos não sejam desperdiçados De
ou ouro.
relação com a acumulação de riqueza financeira
não existe
financeira tem sido contraprodu-
mostrarei que o foco na riqueza
fato,
cente: seu
crescimento ocorreu à custa da riqueza real do país, ajudando
do crescimento nessa era de financeirização.
a explicar a desaceleração
escrevendo no revolução industrial, não poderia
início da
Smith, das na-
aquilo que dá origem à real riqueza
compreender integralmente e no
da Grä-Bretanha naquela época
Grande parte da riqueza
ções hoje. colónias. Mas Smith não focou
derivava da exploração das
século seguinte colönias, mas sim no papel|
n e m na exploração das
n e m na exportação, que os grandes
comércio. Ele
talou sobre as vantagens
indústria e do Isso era verdade, em
da da especialização."
tinham em função em
mercadores riqueza de uma nação
tratou da base da
mas ele não desenvolvimento
extensão, e
certa sobre pesquisa
noderna;
não falou
economia
uma
simples: avanços tecnologicos e aprendizado desempenharam papel
muito pequeno na economia do século XVIII.
Durante séculos após Smith, os padrões de vida permaneceram estag-
nados." Um pouc depois dele, o economista Thomas Robert Malthus
descreveu como o crescimento da população manteria os salários no
nivel de subsistência. Se os salários subissem, a população se expandiria,
reduzindo-os novamente ao nível de subsistência. Simplesmente não havia
errado.
perspectiva de elevação dos padrões de vida. Mas Malthus estava

O luminismo e seus efeitos

movimento intelectual ocor-


O próprio Smith fazia parte de um grande
Muitas vezes
rido fim do século XVIII, chamado de Iluminismo.
no
construído sobre de-
associado à revolução científica, o Iluminismo foi
na reforma protestante.
senvolvimentos dos séculos anteriores, com inicio
conduzida por Martinho
Antes da reforma do século XVI, inicialmente
decretada pelas autoridades. A
Lutero, a verdade era revelada, ou seja,
e, durante uma guerra de trinta
retorma questionou a autoridade igreja
da
lutaram por paradigmas alternativos.
anos iniciada em 1618, os europeus
forçou a sOciedade a se perguntar:
Esse questionamento da autoridade
sobre o mun-
Como podemos conhecer a verdade?Oque podemos aprender
nossa sociedade?
e devemos organizar
do a nossa volta? E como podemos
todos os
epistemologia, que passou governar
a
Surgiu uma nova
do mundo espiritual: a epistemologia
43pectos da vida, com exceção
sistema de confiança com verificação, no qual cada
ddClencia, com seu
pesquisas e progresSOsanteriores.° Com o passar
dnço repousava sobre
e outras instituiçðes de pes-
O anos, começaram a surgir universidades
descobrir a natureza do mundo. Assim,
isa, a fim de julgar verdade
a e

-eletricidade, transistores,
itas das coisas que consideramos normais
lasers, medicina moderna são resultado
putadores, smartphones, basIcas. E não falo
aescobertas científicas reforçadas por pesquisas
estradas e edificios repousam sobre
hi-tech: mesmo
PEnas de avanços
arranha-céus nemn
teriamos
científicos. Sem tais avanços, nao
anços moderna.
não teríamos a cidade
sem eles,
Odovias de alta velocidade;
PODER E LUCRo
POVO,
34

ou
eclesiástica para ditar como
de autoridade monárquica
A ausencia
a propria sociedade
deveria serorganizada significou que
a sociedade se apoiar na
autorida-
era posivel
de e n c o n t r a r as respostas. N o
teve cOisas funcionarian
as
ou celestial-para
garantir que
terrestre
de -

criar sistemas de gover


possível. Foi preciso
bem, ou tão bem quanto o bem-estar
instituições sociais capazes de garantir
Descobrir as
nança. descobrir as verdades da
mostrou mais complicado que
da sociedade se
controlar os experimentos.
não era possível
natureza. De modo geral,
ser informativo.

Mas o estudo atento de experiencias passadas podia


discurso,
reconhecendo que
basear no raciocínio e no
Foi necessário se
entendimento da organização
nenhum indivíduo tinha monopólio do o
estado
reconhecimento veio a apreciação
da importäncia do
sOCial. Desse
dos sistemas de freios e contrape-
de direito, do devido processo legal e
todos e a
fundacionais como a justiça para
sos, sustentados por valores
liberdade individual.9
fornecer
tinha o compromisso de
Nosso sistema de governo, que
da verdade.20 Com sis-
tratamentojusto a todos, exigia a determinação
era mais provável que
decisões boas e justas
temas de boa governança,
mas era mais provável
fossem tomadas. Elas podiam não seT perteitas,
que tossemcorrigidas no caso de se mostrarem talhas.
Com o tempo, surgiu um rico conjunto de instituições de descober-
ta, verificação e divulgação da verdade, e devemos a elas boa parte do
sucesso de nossa economia e democracia." Central entre elas é a mídia
ativa. Como todas as instituiçóes, ela é talivel, mas suas investigações
são parte do sistema geral de freios e contrapesos de nossa sociedade,
fornecendo um importante serviço público.
Os avanços tecnologicos e cientificos e as
mudanças na organizaçao
social, política e econömica associados ao lluminismo
levaram a aumen-
tos da produção mais rápidos que o crescimento da
que a renda per capita começou a subir.
população, de modo
A sociedade
crescimento populac11onal e, nos aprendeu a refrear o
paises desenvolvidos, mais e mais
decidiram limitar o tamanho de pessoas
suas famílias, especialmente depois que
os
padroes de vida subiram. A
Começou a imensa elevação dos
maldição malthusiana foi anulada. Assim
lustrada na figura 1: padrões de vida dos últimos 250 anos
após séculos de estagnação dos
padrões de vida,
INTRODUÇÃO 35
eles começaram a subir
rapidamente, primeiro na Europa, perto do t1m
do seculo XVIII e inicio do século
XIX, e
depois em outras partes do
mundo, especial após Segunda Guerra Mundial) e
em a
oaumento da
longevidade dos quais nos beneficiamos tanto.24 Foi uma mudança dra-
mática destino da humanidade. Ao
no
passo que no passado a maioria
dos estorços servia apenas para atender às necessidades
básicas da vida,
a partir de então elas puderam ser atendidas com apenas algumas horas
semanais de trabalho.25

Figura 1: Padröes de vida históricos

30,0001

25,000- | REINO UNIDO


JAPAO
20,000-
IITÁLIA

15,000

10,000
CHINA

5,0001
ÍNDIA
o

Fonte INET

vg Seculo XIX, todavia, os frutos desse progresso toram partilhados de


nodo desigual.26 De fato, para muitos, a vida parecia estar ticando pior.
Omo Thomas Hobbes afirmara mais de um seculo antes, "a vida era

,Orutal e curta"27 e, para uma grande parcela, a revolução industrial


coisas. Os romances de Charles Dickens descrevem
Cu piorar as
do século XIX.
nente o Inglaterra em meados
sofrimento na
novos picos no fim do
Nos Estados Unidos, a desigualdade atingiu
1920". Felizmente,
nos "Loucos Anos
X I X , na Era Dourada e
essas graves desigualdades: a
legislação
TeSposta governamental a
refrearam a exploração do poder
A Progressista e o New Deal

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