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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

As Correntes da Engenharia na Canoagem


Canoagem para competição

Projeto FEUP – 1º Semestre 2013/2014 -- Mestrado Integrado em Engenharia


Mecânica :
Coordenadora de curso: Teresa DuarteCoordenador Geral: Armando Sousa

Equipa 1M8_01:
Supervisor: Ana Reis Monitor: Marieta Rocha

Estudantes & Autores:


André Alves up201305243@fe.up.pt António Reis up201306243@fe.up.pt
Bernardo Oliveira up201306284@fe.up.pt Carlos Silva up201302901@fe.up.pt
Vitória Abreu up201305913@fe.up.pt

Data de entrega: 4 de Novembro de 2013


As Correntes da Engenharia na Canoagem - Canoagem para competição

Resumo

Neste trabalho irão ser abordadas as vertentes da Engenharia Mecânica no


fabrico de canoas de alta competição.
É feito um breve resumo histórico. São explorados os materiais utilizados, os
processos de fabrico. São abordados os conceitos básicos de engenharia mecânica
necessários ao desenvolvimento de uma canoa. É abordado todo o ciclo de vida de
uma canoa e o seu impacto ambiental, com todas as condicionantes necessárias à
sua otimização de modo a melhorar a performance dos atletas. Finalmente é
mencionada, também, uma perspetiva vanguardista na qual se encontram vários
protótipos e processos de construção inovadores que estão já a ser utilizados.
Conclui-se que a canoagem ainda tem muitas alterações a sofrer.

Palavras-Chave
Canoagem; Canoa; Kayak; Competição; Engenharia; Fluidos; Mecânica;
Hidrodinâmica; Materiais; Moldes; Impulsão; Ambiente; Ciclo de vida; Ecodesign;
Protótipos; Fabrico; Compósitos; Kevlar; Fibra de carbono; Fibra de vidro

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Agradecimentos

A nossa equipa de trabalho gostaria de agradecer todo o esforço e


dedicação bem como todo o conhecimento, acompanhamento,
orientação e disponibilidade da Supervisora da turma 1M8, Ana
Rosanete Lourenço Reis.
Em segundo lugar, gostaríamos de agradecer o empenho e
disponibilidade da monitora Marieta de Sousa Rocha que contribuiu com
diversas ideias para planificação e concretização do relatório.
Agradecemos também à professora Teresa Margarida Guerra
Pereira Duarte pelos conhecimentos e disponibilidade para tirar dúvidas
relacionadas com a disciplina que lecciona.
Simultaneamente, o nosso grupo gostava de agradecer o trabalho,
investimento e
dedicação dos professores das sessões da primeira semana de Projeto
FEUP.

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Índice
Introdução 5
1. Contextualização 6
1.1 História 6
1.2 Evolução 6
1.3 Canoagem como Desporto e Lazer 7
1.4 Canoagem Olímpica 7
2. Materiais e Fabrico 9
2.1 Materiais 9
2.1.1 Compósitos 9
2.1.1.1 Matrizes 10
2.1.1.2 Fibras de Reforço 11
2.2 Fabrico 14
3. Conceitos de Engenharia na Canoagem 16
3.1 Impulsão – estabilidade do “kayak” 16
3.2 Hidrodinâmica – velocidade do “kayak” 18
3.3 Design 22
4. Impacto ambiental e perspetivas futuras 24
4.1 Impacto Ambiental 24
4.2 Perspetivas futuras 26
5. Conclusões 30
6. Recomendações 31
Referências bibliográficas 32

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Introdução
No âmbito da unidade curricular “Projeto FEUP” do ano letivo 2013/2014, a
esta equipa de trabalho (1M8_01) foi atribuído o tema “As correntes da
Engenharia na Canoagem”.

Ao longo do relatório serão abordados diversos tópicos tais como a história e


a evolução da canoagem; os materiais utilizados e os processos de produção de
“kayaks”; conceitos específicos da Engenharia que são aplicados à canoagem; e
finalmente o design e o impacto ambiental dos “kayaks”.

Existe uma distinção entre “kayak” e canoa: enquanto que na canoa se utiliza
um remo com uma única lâmina, com o “kayak” é utilizado um remo com lâmina
dupla. Outra distinção é a carlinga[1] do “kayak” ser coberta ao passo que a da
canoa é aberta. O assento do “kayak” fica no piso do barco, na linha da água; o
das canoas fica, normalmente, a um nível próximo da borda.

A equipa centrou-se no estudo da canoagem de alta competição, na qual são


utilizados “kayaks”.

Finalmente, o desenvolvimento deste tema e relatório permitiu uma visão


geral sobre os relatórios de engenharia e este conhecimento será útil no futuro
como engenheiro mecânico.

[1] - carlinga

nome feminino
1. NÁUTICA peça de madeira em que assenta o mastro grande do navio; sobrequilha

carlinga In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-28].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/carlinga>.

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1. Contextualização

1.1 História

A palavra “Canoa” surgiu da palavra indígena “Kenu”. Desenvolveram-se ao


longo de milhares de anos pelos povos nativos da América do Norte, regiões
Árticas, Asiáticas e Gronelândia. Estes barcos eram feitos pelos povos das Ilhas das
Caraíbas com largos troncos de árvore esculpidos e eram suficientemente
resistentes para viajarem entre ilhas. Eram também utilizados pelos esquimós com
vista a transporte e pesca, construídos com madeira e pele de foca e vedados com
a gordura do próprio animal.

A canoa mais antiga encontrada tem cerca de 6.000 anos.

1.2 EVOLUÇÃO

A palavra “Canoa” surgiu da palavra indígena “Kenu”. Desenvolveram-se ao longo


de milhares de anos pelos povos nativos da América do Norte, regiões Árticas,
Asiáticas e Gronelândia. Estes barcos eram feitos pelos povos das Ilhas das
Caraíbas com largos troncos de árvore esculpidos e suficientemente resistentes
para viajarem entre ilhas. Eram também utilizados pelos esquimós com vista a
transporte e pesca, eram construídos com madeira e pele de foca e eram vedados
com a gordura do próprio animal.

A canoa mais antiga encontrada tem cerca de 6.000 anos.

Figura 1- Primeiras Canoas de slalom

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1.3 A canoagem como desporto e lazer

Foi na segunda metade do século XIX que John McGregor, um advogado


escocês projetou e construiu uma canoa denominada Rob Roy e foi nesta época
que se iniciou a utilização de canoas como desporto e lazer em Inglaterra, França e
Alemanha. Foi o fundador do Royal Canoe Club of London, em 1865, o primeiro
clube de canoagem de toda a História. Três anos depois já existiam mais de 300.
A primeira regata registada decorreu em Thames Ditton, a 27 de Abril de 1867.
Em 1871 já se formara o New York Canoe Club.

Figura 2. Planificação da Rob Roy

Figura 3. Capa do livro Rob Roy


1.4 Canoagem Olímpica Canoe

O kayak (modalidade de velocidade, “sprint”) foi primeiramente demonstrada nos


jogos Olímpicos de 1924, em Paris, tendo surgido como desporto olímpico em 1936
nos Jogos Olímpicos de Berlim. Em 1972, novamente na Alemanha, nos Jogos
Olímpicos de Munique, a modalidade “Slalom” (águas brancas) surgiu como
desporto de demonstração, tendo vinte anos mais tarde, esta modalidade tido
presença válida no quadro de medalhas nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em
Espanha.

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Figura 4 – Atletas dos jogos olímpicos de Barcelona

Os primeiros eventos olímpicos de Kayak foram: K-1 1000m, K-2 1000m, K-1
10000m, K-2 10000m, C-1 1000m, C-2 1000, C-1 10000, C-2 10000, Folding K-1
10000, Folding K-2 10000.

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2. Materiais e processos de fabrico

2.1 Materiais

A engenharia mecânica intervém diretamente na construção de “kayaks” de


competição. Os materiais necessários para o fabrico dos “kayaks” diferem mediante
o destino da embarcação. Na eventualidade de o “kayak” ser destinado ao lazer, os
materiais utilizados deverão apresentar maior durabilidade ou peso e menor preço.
Nestes casos, o alumínio, a madeira e o plástico assumem-se como materiais
essenciais para a construção destas embarcações.

Cabe à engenharia mecânica, no âmbito da construção de “kayaks” cada vez


mais competitivos, a pesquisa e utilização de materiais mais leves, mais resistentes
e mais rígidos. Na figura 5 são comparadas as propriedades do alumínio e de
compósitos sendo o aço um elemento de referência já que este material não é
utilizado no fabrico de “kayaks”.

Figura 5 – Comparação de propriedades entre o Aço, o Alumínio e Compósitos

De um modo geral a canoagem de competição utiliza essencialmente


compósitos com 3 tipos de reforço: fibra de carbono, fibra de vidro e kevlar®.

2.1.1 Compósitos

Os compósitos são combinações de dois


ou mais materiais com caraterísticas
distintas e complementares de modo a
otimizar algumas das suas propriedades.
Estes materiais compósitos são

Figura 6- Disposição das fibras na matriz

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maioritariamente formados por duas categorias: uma fase de reforço


difundida numa matriz.

2.1.1.1 Matrizes
A matriz tem como principal função formar uma barreira contra potenciais
agentes adversos e proteger da abrasão a superfície das fibras. Por outro lado, visa
preservar a estrutura das fibras e transmitir forças entre as mesmas.

No fabrico das embarcações de alta “performance” são utilizadas matrizes


termoendurecíveis. Neste tipo de matrizes as moléculas apresentam ligações
cruzadas o que não permite que estas deslizem sobre si próprias aumentando então
a resistência e rigidez da própria resina. A resina utilizada para fabricar kayaks de
competição é, na maioria dos casos, a resina epoxy.

A resina epoxy é um plástico que, quando adicionado um catalisador,


endurece. Estas resinas são impermeáveis e apresentam uma baixa percentagem
de contração durante o processo de cura.

Figura 7 - Estrutura química base das resinas epoxy

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2.1.1.2 Fibras de Reforço

Fibra de Vidro

As primeiras canoas produzidas a partir de compósitos foram fabricadas com


fibra de vidro. Este material é concebido a partir de uma mistura de óxidos de 3
materiais: Areia de Sílica, Calcário e carbonato de sódio. Trata-se de um filamento
constituído por finas camadas de vidro que se unem através da sua agregação à
matriz. Este reforço, quando adicionado à matriz, passa a designar-se por: Polímero
Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV).

A utilização deste material permite baixar o preço dos kayaks uma vez que é um
material muito disponível, permite também aumentar a sua resistência química e
facilita o seu reparo. No entanto, estes materiais são pouco rígidos e começam a
deteriorar-se quando expostos a temperaturas superiores a 200ºC.

Figura 8 - Fibra de vidro nos “kayaks”

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Fibra de Carbono

A fibra de carbono é também designada por fibra de grafite, sendo constituída


por fibras formadas, essencialmente, por átomos de Carbono. Esta fibra não tem
uma estrutura totalmente cristalina. Possui, de facto, regiões grafíticas mas possui
igualmente regiões sem arranjo ordenado.

O facto de esta fibra ser muito leve, forte e a mais resistente das fibras de
reforço, leva a que seja a mais utilizada no fabrico de embarcações de alta
performance. O custo de fabrico destas fibras é, também, muito elevado.

Figura 9 – Imagem de microscopia de uma fibra de carbono

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Kevlar®

O Kevlar® é um polímero
sintético obtido por adição de ácido
tereftálico (ácido p-benzenodioico) com
a p-benzenodiamina.

Figura 10 – Reação química de formação do kevlar

Na síntese deste composto, as moléculas das fibras são alinhadas. A direção


das fibras passa a depender da direção da carga aplicada (anisotropia).

Figura 11 - Alinhamento das moléculas das fibras

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O kevlar apresenta dois tipos diferentes de afinação: Kevlar 29 e Kevlar 49.


O Kevlar® 49 é o polímero utilizado no fabrico de kayaks uma vez que é
muito resistente, muito pouco denso e 20% mais leve do que o reforço por fibra de
vidro.

A tabela 1 compara as propriedades dos 3 materiais de reforço em análise.

Tabela 1 – Propriedades dos materiais de reforço


Propriedades
Preço Resistência Rigidez Elasticidade
Materiais de Reforço
Fibra de Vidro - - - -
Fibra de Carbono + + + +
Kevlar ++ ++ ++ ++

2.2 Fabrico

O processo de fabrico de “kayaks” de alta competição implica o fabrico de um


molde que é utilizado como base para o fabrico das embarcações. Este molde é
formado por uma sucessiva sobreposição alternada entre resinas “epoxy” e fibras de
reforço.

A resina que origina a matriz termoendurecível é, em “kayaks” de alta


competição, a resina epoxy - embora haja kayaks produzidos a partir de poliéster.

Os produtores de kayaks utilizam resina epoxy “gelcoat”, que combina a


própria resina epoxy com alguns pigmentos e minerais de forma a proteger química
e mecanicamente o laminado e a peça, e servir de base para a coloração da
embarcação.

As fibras de reforço são depois laminadas. Neste processo, os materiais de


reforço são aplicados em várias camadas. As fibras de reforço só são fortes ao
longo do comprimento da fibra, logo, durante a laminagem é determinante que as
fibras sejam cuidadosamente alinhadas na direção das forças aplicadas sobre o

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“kayak”. Caso o alinhamento não seja de acordo com a direção das


cargas aplicadas, o peso do “kayak” aumentará significativamente sem que o torne
necessáriamente mais resistente.

De seguida, o molde e os laminados são depositados e selados num material


plástico fléxivel. Procede-se então a uma operação que tem em vista evacuar o ar
entre o molde que apresenta diferentes camadas de resina epoxy e o plástico
atráves de uma bomba de vácuo de forma a remover vazios presentes no laminado
diminuindo a quantidade de resina existente. Este processo denomina-se “wet lay
up”.

O “kayak” sofre depois um processo de cura à temperatura ambiente durante 12


horas. Segue-se o processo de pós-cura que consiste em expor o molde a
temperaturas elevadas (normalmente numa estufa) por forma a acelerar o processo
de cura e melhorar algumas propriedades do material. Este processo é apresentado
na figura 12.

Figura 12- Processo de fabrico de um kayak

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A embarcação é depois retirada do molde e submetida ao processo de acabamento


em que se procede à aberturas no convés, quer do “cockpit” quer das escotilhas, e em que
são aparadas e lixadas todas bordas do kayak.

3. Conceitos de Engenharia na Canoagem

3.1 Impulsão – Estabilidade do “kayak”

Na canoagem e em outros desportos aquáticos, um dos mais importantes


tópicos a estudar para perceber a raiz deste desporto é a Impulsão.

Grande parte do que conhecemos hoje sobre a Impulsão foi desenvolvido por
Arquimedes (fig. 14) no século III a.C. Diz uma lenda que Arquimedes (fig. 14)
chegou a uma conclusão sobre este conceito enquanto tomava banho e, ao ter essa
epifania, formulou a famosa expressão “Eureka! Eureka!”.

Isto levou ao que hoje nós conhecemos por Princípio de Arquimedes (fig.13):

"Todo o corpo mergulhado num fluido (líquido ou gás) em repouso, fica sujeito a
uma força vertical de baixo para cima, cuja intensidade é igual ao valor do peso do
fluido deslocado pelo corpo." (Arquimedes - séc III a.C.)

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Figura 13. Princípio de Arquimedes Figura 14. Arquimedes

O módulo da impulsão, I, é igual ao módulo do peso do fluido deslocado pelo


corpo. Assim,

Em que:
ρ é a densidade do fluido;
V é o volume do fluido deslocado;
g é a aceleração gravítica;

Fazendo uma experiência muito simples como a ilustrada na figura 12,


Arquimedes deduziu a expressão acima e ainda retirou as seguintes conclusões:

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“Quando um corpo está totalmente imerso num líquido, podemos ter as


seguintes condições:
* se este permanecer parado no ponto onde foi colocado, a intensidade da força
de impulsão é igual à intensidade da força Peso (Fimp = P);

* se o corpo se afundar, a intensidade da força de impulsão é menor do que a


intensidade da força Peso (Fimp < P);
* por sua vez se ele for levado para a superfície, a intensidade da força de
impulsão é maior do que a intensidade da força Peso (Fimp > P)”
(http://w3.ualg.pt/~pjsilva/guias/principio%20de%20Arquimedes.htm - 17/10/13).

O estudo da impulsão é o que permite tirar conclusões sobre o nível de


estabilidade e rigidez de um “kayak”.

3.2 Hidrodinâmica – velocidade do “kayak”

Outro dos conceitos fundamentais para entender a mecânica da canoagem é a


Hidrodinâmica. Esta área da Física e da Hidráulica estuda os fluidos em movimento.
É mais um conceito base para otimizar a produção de canoas.

“Na canoagem Velocidade, kayaks e canoas devem ter hidrodinâmica adequada,


que os torne rápidos em águas calmas. Nas provas de canoagem Slalom, é
fundamental que a embarcação tenha boa manobrabilidade, rapidez e boa
resistência a impactos.” [1]

Nos estudos de Hidrodinâmica os fluidos considerados são sempre ideais, ou


seja, não viscosos, homogéneo e de velocidade constante de escoamento num
determinado ponto em relação ao tempo.

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Equação de continuidade

“O facto de a velocidade de escoamento de um fluido ser constante em cada


ponto ao longo do tempo permite estudar como os fluidos se deslocam [ ].
Imaginemos um tubo dentro de um fluido, por onde um certo volume deste se
escoa, em regime estacionário.
Dado que não há fontes de fluido dentro dele, nem orifícios por onde ele
desapareça, se o fluido for incompressível, a quantidade de fluido que entra no tubo
tem de ser igual à quantidade de fluido que sai no mesmo intervalo de tempo.” [ ]

Figura 15. Equação de continuidade

Tal como a figura sugere, sendo:


S1 – Área da secção do tubo na região 1;
S2 – Área da secção do tubo na região 2;
V1 – Velocidade do fluido na região 1;
V2 - Velocidade do fluido na região 2;

A equação de continuidade traduz a constância do caudal de um fluido.

, sendo Q o caudal expresso, no sistema internacional em m 3/s.

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Equação de Bernoulli

Daniel Bernoulli (fig. 16) foi um matemático holandês que viveu no século XVIII.
Os seus estudos na área da mecânica dos fluidos e mais precisamente na
Hidrodinâmica contribuíram para vários aspetos do quotidiano como por exemplo as
chaminés, etc.

Figura 16. Daniel Bernoulli

“A equação de continuidade estabelece que, quando um fluido se escoa num


tubo e entra numa região onde o diâmetro do tubo se reduz, isto é, o fluido acelera.
Esta variação de velocidade tem de dever-se à existência de uma resultante de
forças diferente de zero, que atua no fluido. [ ]
A velocidade do fluido também será afetada pela inclinação do tubo: se o fluido
sobe, a velocidade diminui, se o fluido desce, a velocidade aumenta.
Deste modo é de esperar que a pressão, a velocidade e a altura do fluido em
movimento estejam relacionadas. Esta relação é traduzida pela equação de
Bernoulli.” [ ]

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Figura 17. Base da Equação de Bernoulli

Onde

p – pressão num ponto do tubo;


- densidade do fluido;
v – velocidade do fluido nesse ponto;
g – aceleração gravítica;
h – altura desse ponto;
c – constante;

Através da expressão acima é possível estudar a pressão a que as canoas vão


estar sujeitas quando forem colocados num determinado ambiente como por
exemplo num rio.

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3.3 Design

"A narrow kayak is faster and much better in a choppy sea because it cuts
through the waves, while a wide one bumps like a box".
F Spencer Chapman, Watkins' Last Expedition, 1934

O design tem uma grande importância no que toca à produção de “kayaks”, pois
influencia a sua performance, a sua estabilidade, segurança e conforto,
comprometendo positiva ou negativamente a prestação dos atletas. Assim, o design
trata de adaptar a largura, comprimento e a forma geral da canoa (inclinações, etc..)
às necessidades das diferentes modalidades, escolhendo para isso os materiais e
formas necessárias para uma maior/menor velocidade, bem como uma maior/menor
resistência ao choque (águas bravas/calmas).

 Canoa Longa/Curta

Aplicando a mesma força a uma canoa longa e outra curta, verifica-se que há um
maior deslocamento por parte da longa. Na curta, a parte de trás é “sugada” para
baixo, sendo a energia maioritariamente utilizada para produzir ondas, daí uma
menor velocidade. Além disso, uma canoa curta necessita de ter maior largura de
forma a suportar o peso do atleta, diminuindo ainda mais a sua velocidade. Há, no
entanto, um limite: a partir de uma certa medida, uma canoa longa começa a ser
menos eficaz. Não fica mais lenta, apenas é necessária uma força enorme para
superar a resistência que a água oferece. Uma canoa demasiado longa também
demonstra problemas ao nível da fragilidade ou do peso excessivo.

 Estabilidade

Quanto à estabilidade, uma canoa longa têm grande estabilidade longitudinal,


sendo que se o atleta parar de remar a canoa continuará em linha recta, enquanto
que uma canoa curta (e consequentemente larga) terá sempre a tendência de fugir
para os lados, tendo por isso uma baixa manobrabilidade.

A estabilidade inicial de uma canoa corresponde ao momento em que a canoa


está parada e equilibrada, sendo elevada se for sentida solidez e sendo baixa se for
necessário utilizar os remos para equilibrar a canoa.

A estabilidade secundária corresponde ao momento em que a canoa está


desiquilbrada para um dos lados, sendo elevada se a canoa se mantiver segura,
sendo baixa se, perdendo o equilibrio por um momento, for necessário ser muito
rápido a reequilibrar, de forma a não virar a canoa. A figura seguinte (Fig.18) mostra
os locais da canoa associados aos dois tipos de estabilidade.

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Figura 18 Estabilidade Inicial e Secundário

Figura 19 - Cascos de Canoa (à esquerda), Soft Chine (canto superior direito), Hard
Chine (canto inferior direito)

Existem 4 principais tipos de cascos de canoas (“hull shape”), que dependem


quer da forma do fundo da canoa, quer da suavidade de transição entre o lado e o
fundo da canoa (“Chine”):

Canoas com “hard chine” têm um angulo entre o lado e o fundo da canoa,
tendo uma grande estabilidade inicial e uma pobre estabilidade secundária.

Canoas com “soft chine” têm uma transição suave entre lado e fundo, tendo
uma forma mais cilindrica, capazes de atingir maiores velocidades.

 EcoDesign

O EcoDesign pode ter também uma grande influência


no fabrico de canoas.
Este conceito resulta da fusão das preocupações ambientais
com o design de produto, tendo como objetivo principal
conseguir reduzir o impacto ambiental, reduzir os custos e
atingir a sustentabilidade, através de modificações na
funcionalidade, qualidade,segurança, estética e fabrico,
através da análise do ciclo de vida do produto (desde a sua
produção, à sua distribuição, uso e fim de vida, como
demonstrado na figura seguinte) (Fig.22). Figura 20 - Ciclo de vida de um
produto

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4. Impacto ambiental e perspetivas futuras

4.1 Impacto ambiental

É fulcral, numa sociedade cada vez mais sensibilizada para o ambiente e


para as consequências dos nossos atos sobre a mesma, analisar detalhadamente o
impacto ambiental de todos os produtos utilizados. Os “kayaks” não fogem à regra.
Ao ser analisado o ciclo de vida de produto de uma canoa, verificou-se que o seu
impacto se dá na sua fase de contrução/fabrico e no fim de vida da mesma, sendo o
impacto associado à sua utilização quase nulo. Assim, de forma a reduzir a
quantidade de resíduos e a obter o máximo dos nossos recursos com as menores
consequências possíveis para o que nos rodeia, é necessário ver o impacto do
produto e fazer os possíveis para o minimizar.

Ao nível dos “kayaks”, existe um grande desperdício de matéria-prima na fase


de construção (principalmente plásticos) e no fim de vida, em que a opção mais
recorrente é abandonar o “kayak” num aterro. É necessário ter a consciência que
existem alternativas viáveis, baseadas por exemplo na reutilização do plástico,
poupando matéria-prima e reduzindo os custos das empresas e fábricas. A figura
seguinte (Fig.21) mostra o ciclo de vida do plástico no fabrico de “kayaks”, desde a
matéria-prima até à sua reciclagem, passando pelos fabricantes e consumidores.

Figura 21 - Ciclo de vida do plástico no fabrico de “kayaks”

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A reciclagem de “kayaks” é, portanto, um tema bastante


discutido, e até posto em prática nos últimos anos. Como exemplo, a marca Palm
criou o “Dagger Fiesta” (Fig.22), feito inteiramente por plásticos reciclados, que se
encontra mesmo disponível para venda, tendo curiosamente uma grande procura
para fins de lazer.

Figura 22 - Dagger Fiesta, fabricado com materiais reciclados


Para além dos materiais plásticos, também muitas outros materiais são ainda
não recicláveis. Mas sendo os plásticos recicláveis, o grande problema reside nos
“kayaks” de competição, pois os compósitos e os termoplásticos são muito difíceis
de reciclar. As espumas e embalagens são também um problema e uma causa de
desperdício. Neste momento, os fabricantes pagam para embalar o seu produto,
que chega ao vendedor e este tem que pagar para o deitar ao lixo.

Posto isto, é necessária uma legislação mais apertada, isto é, impostos mais
altos sobre os aterros, de forma a quase “obrigar” uma procura de alternativas mais
amigas do ambiente. É também necessária uma maior colaboração entre todos
intervenientes na vida de um produto, isto é: designers, engenheiros, fabricantes,
vendedores, consumidores, para que existam respostas a problemas que podem ser
facilmente resolvidos. Por exemplo, ao nível das embalagens (já referido
anteriormente como grande fonte de desperdício), não seria benéfico o fabricante
questionar ao vendedor a melhor forma de embalar, visto que são eles que a
desperdiçam? Ou questionar ao consumidor quanto estão dispostos a pagar se
soubessem que há alternativas muito menos poluentes? Ficando assim os
fabricantes com uma ideia geral do que o seu mercado pretende ao nível da relação
preço/qualidade, preço/impacto ambiental e qualidade/impacto ambiental.

Fica assim ao encargo dos designers escolher material reciclável e criar um


produto cujas componentes sejam separadas facilmente (facilitando a reciclagem e
a reutilização no fim de vida do produto).

Cabe ao vendedor criar programas de reciclagem para os seus clientes, de


forma a protegerem-se da regulamentação cada vez mais apertada que tem sido
aplicada, pois ao estarem disponíveis para receberem “kayaks” usados/em fim de

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vida, conseguem, para além de material para reciclar, partes perfeitamente


reutilizáveis como suplentes para os seus clientes.

Cabe ao consumidor considerar se o seu “kayak” pode ser reparado em vez


de abandonado e, se não puder ser reparado, levá-lo aos locais certos para poder
ser reciclada.

Por fim, outro aspeto relacionado com o ambiente é a utilização dos rios. Esta
utilização tem que ser feita de forma cívica, quer pelos praticantes das diferentes
modalidades, quer por todos os seus utilizadores. Isto significa que é de extrema
importância a preservação destes rios, pelo que o despejo de resíduos nos mesmos
deve ser punido de forma severa.

4.2 Perspetivas futuras

Um dos grandes desafios da indústria da canoagem é, como em todas as outras


indústrias, a capacidade de inovar, isto é, de melhorar quer ao nível dos seus processos de
fabrico e materiais, quer ao nível do transporte, do treino, da segurança e do próprio
impacto ambiental discutido no tópico anterior. O objetivo da inovação é assim tornar a
produção mais eficaz, mais lucrativa, de forma a oferecer um produto mais completo,
moderno e tecnologicamente mais avançado, capaz de responder às exigências da
sociedade atual e futura, ao nível da competição e do lazer.

 Transporte

Ao nível do transporte, de forma a facilitar o uso por parte do consumidor/atleta,


existem neste momento múltiplos protótipos de ideias que têm tentado aliar a
performance da canoa ao seu conforto e montagem rápida. Embora não existam
muitos exemplos no mercado atual, ao nível de prótipos é possível verificar que o
transporte é de facto um problema a resolver, como é o caso da “Oru Kayak”
(Fig.23), uma canoa de montagem rápida (5 minutos) e de performance elevada
(segundo especialistas da àrea e consumidores) cujo transporte é facilitado pelo
facto de se poder dobrar e transportar numa mala.

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Figura 23 – “Oru Kayak”

Outro exemplo é o “Boat in a Bag” (Fig.24) criado pela Folbot, uma empresa de
kayaks inglesa, cujas canoas são também dobradas e colocadas num saco para facilitar o
transporte.

Figura 24 - Boat in a bag

De forma a ocupar a menor quantidade de espaço possível, os fabricantes propõem


também ”Easy Air-Filled Boats”, canoas insufláveis que embora não possuam a
performance de outros “kayaks” fabricados com outros materiais são de grande utilidade
para fins de lazer.

Figura 25 - Canoas insufláveis "Infinity"


 Treino

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 Treino

Ao nível do treino, a mais recente inovação é a simulação. Em vez do tradicional


treino no rio, com todas as preocupações de transporte, segurança e de tempo, é
agora possível treinar em casa, com equipamento apropriado. Exemplos disto são
equipamentos desenvolvidos como aqueles produzidos pela empresa KAYAKPRO
(equipamentos simples de treino simulado), potencializados agora ao máximo pela
WEBA, empresa especialista em equipamento de análise de treino desportivo,
criadores do Kayak Ergometer (Fig.26). Esta ferramenta de treino, além de uma
simples máquina de exercício que simula o que um atleta faria no rio, é capaz de
registar e analisar todos os dados das sessões de treino (ficando o atleta com maior
percepção do seu desenvolvimento). O alcance ilimitado da resistência é feito
através de uma turbina, sendo por isso realista a simulação da dinâmica dos fluidos
sentida pelo atleta.

Figura 26 - Kayak Ergometer - Análise de rendimento desportivo

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Existe também, mais recentemente, rios criados pelo Homem, com bastante
utilidade para o treino de canoagem, assim como sistemas de transporte por
correias que facilitam a deslocação (Fig.27 e Fig.28).

Figura 27 - Rio Artificial

Figura 28 - Sistema de transporte por correias

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5. Conclusões

A primeira semana que foi passada nesta faculdade foi somente dedicada a
esta unidade curricular. Lecionaram-se palestras acerca de como utilizar os
recursos informáticos e de informação dos quais dispomos. Com o conhecimento
recolhido nessa semana sentimo-nos capazes para produzir este relatório.

Começou-se por estudar a historia da canoagem, e foi descoberto que


durante muitos séculos as canoas eram somente utilizadas como meio de transporte
e pesca. Apenas recentemente começou a ser praticada como desporto.

Inicialmente foi deparada pouca informação disponível e foi considerado que


o trabalho não seria muito vasto, no entanto, à medida que se avançou na pesquisa,
foi encontrada uma grande variedade de assuntos a explorar relacionados com a
canoagem, tendo tido dificuldades de fazer referencia todos. Foi optado explorar as
vertentes da engenharia na canoagem de alta competição, tendo, deste modo,
reduzido em muito os meios a explorar, podendo também explorar mais
profundamente alguns assuntos.

No que aos materiais diz respeito, foi deparada uma grande quantidade de
materiais utilizados para fabricar kayaks. Esta abrangência foi um dos motivos para
a restrição do nosso tema a canoagem de alta competição. Encontrou-se, então, um
número limitado de materiais utilizados e descrevemos o processo de fabrico de
kayaks de competição.

Abordando os conceitos de engenharia associados ao tema, aquilo a que a


equipa de trabalho concluiu, foi que a base para este desporto foi já estudada e
analisada por matemáticos e físicos de há muitos séculos atrás. Mas só num
passado recente foi aplicado diretamente na canoagem através do avanço e
progressão da engenharia.

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Foi ainda concluído que a canoagem tem um grande impacto


ambiental, mas apenas ao nível do fabrico e do fim de vida. Fica também
esclarecido que o design, para além de estar relacionado com o impacto ambiental,
tem uma grande importância ao nível do rendimento desportivo do “kayak”. Por
último, conclui-se que a canoagem tem ainda muito por onde evoluir, quer ao nível
do treino, quer ao nível da própria performance, pois o objetivo e a ambição é que
as canoas sejam cada vez melhores e mais rápidas.

Assim, é importante também referir a importância que a unidade curricular


Projeto FEUP tem na integração dos estudantes, desde as palestras com toda a
informação necessária para os primeiros passos na faculdade até ao trabalho de
grupo onde facilita a interação entre estudantes.

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6. Recomendações

A empresa “NELO Mar Kayaks” é uma empresa líder a nível internacional no que
toca ao fabrico de “kayaks” de alta competição sendo que mais de metade dos
atletas olímpicos utiliza equipamento desta empresa.
Para mais informações sobre este tema consulte o site http://www.mar-
kayaks.pt/pt/. A empresa NELO ajudou-nos a compreender e a entender a ciência
da canoagem.

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Referências bibliográficas

Introdução

Sites:

Travinha Esportes – “História da Canoagem” - http://www.travinha.com.br/esportes-


aquaticos/52-canoagem/211-canoagem-a-historia Acedido no dia 14 de Outubro de 2013;

Internacional Canoe Federation – “History – The very beggining “-


http://www.canoeicf.com/icf/AboutICF/History.html Acedido no dia 12 de Outubro de 2013;

Official website of the Olympic Movement – “Canoe / Kayak Slalom Equipment and History”
http://www.olympic.org/canoe-kayak-slalom-equipment-and-history?tab=history Acedido no
dia 14 de Outubro de 2013;

Royal Canoe Club – “About us: History” http://www.royalcanoeclub.com Acedido no dia 14


de Outubro de 2013;

Kayaking Journal -“Kayak history” - http://www.kayakingjournal.com/kayak-history.html


Acedido no dia 15 de Outubro de 2013;

Paddling – “Greatest Moments in Olympic Canoe/Kayak History”


http://paddling.about.com/od/historyfacts/tp/Greatest-Moments-in-Olympic.html Acedido no
dia 16 de Outubro de 2013;

Imagens:

Figura 1:
http://www.canoeicf.com/icf/AboutICF/History/main/0/imageBinary/Indigenous%20Canoes%
20from%20the%20Early%20Days.jpg

Figura 2: http://intheboatshed.net/wp-content/uploads/2008/12/rob-roy-caoe.jpg

Figura 3: http://covers.openlibrary.org/w/id/5561738-M.jpg

Figura 4:
http://www.travinha.com.br/cache/multithumb_thumbs/b.496.330.16777215.0...images.storie
s.canoagem.canoagem_atletas_alemaes_olimpiadas_1936.jpg

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Materiais e Fabrico

Livros:

Mallick, P. K, Fiber-Reinforced Composites: Materials, Manufacturing And Design, Dekker


1988.

Schwartz, M. M, Composite Materials Handbook, McGraw-Hill Book Company 1984

Callister, William D. J, Materials Science and Engeneering: An Introduction, John William &
Sons, Inc. 2007

Tese:

Kirkland, David R. Environmental Impact of Various Kayak Core Materials (Bachelor,


Massachusetts Institute of Technology, 2007)

Sites:

Nelo - “Construção” http://www.mar-kayaks.pt/pt/development/manufacturing/ Acedido


no dia 8 Outubro de 2013
Kayak Portugal – “Tipos de Construção” https://sites.google.com/site/kayakportugal/canoas-
e-kayaks/tipos-de-constr Acedido no dia 13 de Outubro de 2013

Paddling Experts - “How to choose a canoe” http://paddlingexperts.com/sitecontent/all-


things-canoe/how-to-choose-a-canoe-part-3-canoe-materials Acedido no dia 14 de Outubro
de 2013

Canoe Guide – Canoe Materials http://www.canoeing.com/canoes/choosing/materials.htm


Acedido no dia 14 de Outubro de 2013

IST – “ Materiais Compósitos” http://disciplinas.ist.utl.pt/qgeral/mecanica/MatComp.pdf


Acedido no dia 14 de Outubro de 2013

Imagens :

Figura 5:
http://civil.fe.up.pt/pub/apoio/Mestr_Estr/NovosMateriais/apontamentos/teorica/REFORcO%
20E%20REABILITAcao%20DE%20ESTRUTURAS%20%20Curso%20de%20formacao%20
%20Modulo%202%20%20Parte%20I.pdf página 2.17

Figura 6: http://disciplinas.ist.utl.pt/qgeral/mecanica/MatComp.pdf

Figura 7: http://estudomec.info/files/MCM2_Monografia_Caiaques.pdf

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Figura 8: http://www.boardlady.com/repairbasics.htm

Figura 9: http://www.mundoeducacao.com/quimica/polimero-kevlar-mais-forte-que-aco.htm

Figura 10: http://moodle.stoa.usp.br/file.php/433/2010/pmt2200aula1em2010-


Materiais_Compositos.pdf

Figura 11:http://wikienergia.com/~edp/index.php?title=Fibra_de_carbono

Figura 11: Mallick, P. K, Fiber-Reinforced Composites: Materials, Manufacturing And


Design, Dekker 1988.

Tabela:

Tabela 1: Mallick, P. K, Fiber-Reinforced Composites: Materials, Manufacturing And Design,


Dekker 1988.

Conceitos de Engenharia na Canoagem

Livros:

[1] Freitas, A. O Que É Canoagem, Remo E Esqui Aquático. Casa da Palavra, 2007.

[2] Caldeira, Helena, e Bello, Adelaide, e Gomes, João. Ontem e Hoje - Física 12º ano,
Porto Editora, 2012. Volume 1.

Sites:

Aulas Física e Química – “Impulsão” http://www.aulas-fisica-quimica.com/9f_16.html


Acedido no dia 15 de Outubro

Explicatorium – “Lei de Arquimedes” http://www.explicatorium.com/CFQ9-Lei-de-


Arquimedes.php Acedido no dia 15 de Outubro

UALG- “ Guia do Príncipio de Arquimedes “


http://w3.ualg.pt/~pjsilva/guias/principio%20de%20Arquimedes.htm Acedido no dia 16 de
Outubro

UFIJ – “ Hidrodinâmica “ http://www.ufjf.br/fisicaecidadania/conteudo/hidrodinamica/ Acedido


no dia 19 de Outubro

Imagens:

Equipa 1M8_01 MIEM 35/37


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Figura 13: http://boletimfq.paginas.sapo.pt/impulsao/impulsao.htm

Figura 14:http://ecalculo.if.usp.br/historia/arquimedes.htm

Figura 15 h:ttp://fr.wikipedia.org/wiki/Daniel_Bernoulli

Figura 16:http://www.mundoeducacao.com/fisica/hidrodinamica.htm

Figura 17: http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrodinamica/hidrodin.html

Figura18:https://encrypted-
tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSW1iT1QmcCFkF62EyxlEvW32BU3uDV6peaTAJU
5eudpU8hv0qx
Figura 19:
http://www.infovisual.info/05/img_es/069%20Diferentes%20tipos%20de%20cascos%20de%
20canoas.jpg
Figura 20: http://www.inedic.net/imagens/editor/lifecycle.jpg

Ambiente e Futuro

Sites:
Kickstarter - “Oru Kayak: the Origami Folding Boat” -
http://www.kickstarter.com/projects/1975288517/oru-kayak-the-origami-folding-boat Acedido
no dia 16 de Outubro de 2013;
International Canoe Federation - “The Kayak Recicling Project” -
http://www.canoeicf.com/icf/NewsGallery/News-Archive/November-2011/Kayak-Project.html
Acedido no dia 16 de Outubro de 2013;
Paddling - “An illustrated history of Canoe/Kayak” -
http://www.canoeicf.com/icf/NewsGallery/News-Archive/November-2011/Kayak-Project.html
Acedido no dia 16 de Outubro de 2013;

Imagens:
Figura 21: http://www.canoeicf.com/icf/NewsGallery/News-Archive/November-2011/Kayak-
Project.html
Figura 22:http://www.whitewaterthecanoecentre.co.uk/ekmps/shops/wwtcc/images/dagger-
fiesta-100-recycled-2822-p%5Bekm%5D390x102%5Bekm%5D.jpg
Figura 23:http://www.kickstarter.com/projects/1975288517/oru-kayak-the-origami-folding-
boat

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Figura 24:file:///C:/Users/UP2013~1/AppData/Local/Temp/xboat-in-a-bag-
folbot-edistos-folding-kayak.jpeg.pagespeed.ic.DpVObt-Owz-1.webp
Figura 25: http://www.kentcanoes.co.uk/item-infinity_orbit_245_.html
Figura 26: http://webasport.at/en/products/kayak-ergo
Figura 27: http://www.redbull.pt/cs/Satellite/pt_PT/Article/V-Boyz-Na-%C3%81ustria-com-
um-kayak-021243231318091
Figura 28: http://paddling.about.com/od/historyfacts/ss/History_8.html

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