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Seja como for, para a configuração do grupo econômico, além da participação societária, é

imprescindível que haja o exercício de atividade conjunta e sob a mesma orientação,

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EMPRESAS PERTENCENTES A MESMO


GRUPO ECONÔMICO. INDÍCIOS DE CONFUSÃO ENTRE OS PATRIMÓNIOS.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPRESA EXECUTADA.
POSSIBILIDADE.
1. As empresas em questão constituem um grupo econômico, uma vez que exercem atividades
idênticas ou similares sob uma mesma unidade gerencial e patrimonial, além de possuírem o
mesmo objeto social, o mesmo local como sede e o mesmo gerente com poderes decisórios. (grifo
acrescido).
2. Não obstante a simples existência de grupo econômico não autorize a constrição de bens de
empresa diversa da executada, em casos excepcionais, nos quais se vislumbre confusão entre os
patrimônios ou fraude, é cabível a desconsideração da personalidade jurídica da executada, como
forma de se assegurar o pagamento de credores.
3. É possível a desconsideração da personalidade jurídica da empresa executada incidentemente
nos próprios autos da execução fiscal, sem a necessidade da propositura de ação própria, tendo
em vista que a finalidade do instituto é impedir a fraude à lei.
4. Agravo de instrumento provido. (TRF - 3ª Região - AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 240349
Relator: JUIZ MÁRCIO MORAES)"

Leia mais: http://www.fiscosoft.com.br/a/5slk/responsabilidade-tributaria-de-empresa-integrante-de-grupo-


economico-centrada-na-desconsideracao-da-personalidade-juridica-da-executada-antonio-airton-
ferreira#ixzz2LNXVcbn6

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA (ART.


124, CTN). CONGLOMERADO ECONÔMICO. CONFIGURAÇÃO. REALIZAÇÃO CONJUNTA DO
FATO GERADOR. SÓCIOS CONSTANTES NA CDA. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
RESPONSABILIZAÇÃO TRIBUTÁRIA POR SIMPLES DETENÇÃO DE PODERES DE
GERÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. MULTA TRIBUTÁRIA. REDUÇÃO. MAJORAÇÃO PELA
SIMPLES MORA. CARÁTER CONFISCATÓRIO CONFIGURADO. PRECEDENTES DO STF . -
Segundo entendimento consagrado pelo STJ (cf. AgRg no AREsp 21.073/RS, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, DJe 26/10/2011), a responsabilidade solidária entre grupos econômicos
resta evidenciada quando, para além de sua caracterização, reste demonstrado que as empresas
envolvidas realizavam de forma conjunta a situação configuradora do fato gerador, qual ocorre no
caso dos autos. - Não há como estender ao sócio a responsabilidade pelo pagamento de tributos
devidos pela pessoa jurídica pela simples detenção de poderes de gerência outorgado pelo
contrato social sem que fiquem demonstradas algumas das situações previstas no art. 135, inc. III,
do CTN, qual ocorreu na espécie dos autos. - O pressuposto indispensável para o reconhecimento
do caráter confiscatório de multa tributária, reside na ausência de correspondência entre a falta
supostamente perpetrada pelo contribuinte e o montante da multa. - Caso em que as multas foram
alçadas aos patamares de 40% e 80% não só pela simples ocorrência de mora, ao se tomar como
parâmetro o mero ajuizamento do executivo fiscal, como também pelo exercício do direito de
defesa no âmbito administrativo, afigurando-se escorreita a conclusão da sentença apelada em
reduzir a multa aplicada para o percentual de 24%. Precedentes do STF (AgrReg no AI 523.471 -
MG; RE 91.707/MG). - Apelações e remessa necessária não providas.

APELREEX 200985000060053
APELREEX - Apelação / Reexame Necessário - 17824

Relator(a)
Desembargador Federal Edílson Nobre

Sigla do órgão

TRF5

Órgão julgador

Quarta Turma

Fonte

DJE - Data::11/10/2012 - Página::473

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