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Soldabil.

dos Aços Carbono e Aços Liga


– Os principais defeitos que podem surgir como
decorrência da soldagem são:
- Trincas - Porosidade
- Rechupe - Inclusão de escórias
- Falta de Fusão - Falta de penetração
- Mordedura - Perfuração
- Micro-trincas - Inclusão de Tungstênio

– Alguns dos defeitos são causados por técnicas de


soldagem inadequadas, outros por falha do soldador ou
má regulagem do equipamento ou ainda por questões
relacionadas ao material.
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– No caso dos aços de forma geral, a soldabilidade está
relacionada principalmente aos problemas de ordem
metalúrgica, tais como:

• Composição química;
• Microestrutura;
• Presença de carbonetos, sulfetos, óxidos, etc.;
• A energia de soldagem (heat Input) empregada;
• As velocidades (R) de resfriamento envolvidas;
• Restrições impostas pela junta (chanfro).
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– O principal problema da soldagem dos aços carbono


(dependendo do teor de C) e aços ligas, é a formação da
trinca a frio, causada pela presença de hidrogênio
associada a microestrutura frágil;

– Este tipo de defeito pode ocorrer quando a peça atinge


temperaturas próxima da Temp. ambiente até 24 hs
após a realização da solda;

– Este tipo de trinca ocorre geralmente na zona afetada


pelo calor, principalmente quando apresentar
microestrutura martensítica ou até mesmo baínitica.
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– Na maioria dos casos, quando a trinca ocorre, ela pode
percorrer distâncias longas pela peça caminhando pela
ZTA e/ou pelo metal de solda (cordão). A sua
característica é intragranular, mas pode percorrer
também os contornos de grão;

– A maioria das peças onde ocorre este tipo de trinca,


normalmente são descartadas. É difícil sua recuperação;

– Para minimizar/evitar a formação de trincas a frio,


deve-se analisar a soldabilidade dos aços antes da
realização da soldagem.
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• Deve-se aplicar o conceito do Carbono Equivalente;

• Cequiv. = %C + %Mn/6 + (%Cr + %Mo + %V)/5 + (%Ni + %Cu)/15

Cequiv.  0,4  Boa Soldabilidade


0,4 < Cequiv.  0,6  Média Soldabilidade
Cequiv.  0,6  Péssima Soldabilidade
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– Dependendo do seu resultado, deve-se avaliar a
necessidade dos seguintes parâmetros:

– Pré-aquecimento e/ou Pós-aquecimento;


– Ressecagem do Eletrodo ou do consumível a ser utilizado;
– Tipo de processo de soldagem empregado;
– Parâmetros de soldagem que serão utilizados (E);
– Condições superficiais da junta a ser soldada;
– Técnicas de soldagem (deposição dos cordões de solda);
– Tratamento térmico pós-soldagem.
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• 1) Aços de baixo ou médio teor de carbono, abaixo
de 0,5%, normalmente não apresentam problemas de
soldabilidade, embora acima de 0,4% C podem
apresentar Martensita ou Perlita fina na ZTA;
• Nestes casos, tratamentos térmicos de alívio de
tensão ou recozimento, poderão deixar a junta
soldada menos suscetível a ocorrência de defeitos
durante a sua aplicação em serviço;
• Dependendo do tipo de recozimento, pode-se obter
na ZTA microestruturas como Ferrita e Perlita, que
apresentam propriedades muito boas para a maioria
das aplicações.
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• 2) No caso de Aços com teores de carbono mais
elevados, acima de 0,6%C, a soldabilidade é ruim,
exigindo análise cuidadosa, principalmente em
relação ao pré-aquecimento;
• Se for aços hipereutetóides, a soldabilidade é
bastante crítica devido a presença da cementita e de
carbonetos. A redução da taxa de resfriamento
permite reduzir as tensões e sua influência na ZTA;
• Em ambos os tipos de aços, a ZTA é muito mais
frágil quando comparada com os aços de teores de
carbono menor.
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• 3) Aços com vários elementos de liga e com teores
baixos, normalmente apresentam péssima
soldabilidade. Em alguns casos, não se consegue
soldar o material com custos compatíveis;
• Alguns aços dependendo da espessura a ser soldada,
exigem temperatura de pré-aquecimento da ordem
de 500 °C;
• A ZTA de um aço baixa liga pode apresentar uma
variedade grande de microestruturas, divididas em
faixas paralelas ao cordão de solda, embora
predomina-se a martensita;
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• Avaliar a Soldabilidade dos seguintes Aços:

– Aços Carbono (baixo teor de carbono)


– Aços Carbono (médio teor de carbono)
– Aços Estruturais
– Aços de Alta Resistência e Baixo Teores em
Liga - ARBL.
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• Composição Química dos Aços
a) Aços baixo carbono
• C  0,16 a 0,19%; Mn  0,50 a 0,80%; Si  0,35% a 0,70% ;
P  0,05 máx.; S  0,06 máx.

b) Aços médio carbono


• C  0,20 a 0,50%; Mn  0,50 a 1,50%; Si  0,35 a 0,80%;
P  0,05 máx.; S  0,06 máx.
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c) Aços Estruturais
• C  0,60 a 0,90%; Mn  0,50 a0,90%; Si  0,10 a 0,35%; P 
0,05% máx.; S  0,05%

d) Aços ARBL
C  0,06 a 0,28%; P  0,01 a 0,12%; S  0 a 0,03%; Si  0,01 a
0,90%; Mn  0,35 a 1,60%; Cu  0 a 1,25%; Cr  0 a 1,80%;
Ni  0 a 5,25%; Mo  0 a 0,65%; Zr  0 a 0,12%; Al  0 a
0,20%; Ti  0 a 0,05%; B  0 a 0,005% e Nb  0 a 0,10%

Exemplo:
C = 0,13%; P = 0,019%; S= 0,014%; Si = 0,20%; Mn= 0,89%;
Cr = 0,58%; Cu = 0,28%; Ni = 0,07; Mo = 0,37%; V= 0,08%

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