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RESUMO
O presente artigo visa discutir a contratação de pessoas com deficiência auditiva envolvendo
responsabilidade social e, além disso, as legislações que garantem às pessoas com deficiência
direito a educação, a comunicação, aos serviços públicos, ao transporte, a saúde e ao trabalho. A
metodologia utilizada foi a pesquisa descritiva e bibliográfica. Verificouse que o RH deve evitar que a
contratação seja apenas o cumprimento da Lei de Cotas, deixando o profissional excluído ou sendo
tratado com desigualdade. Essa prática tem que ser constante, para que o futuro não fosse
necessário uma lei para gerar a inclusão e sim que seja realizada com espontaneidade a integração
de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho. O RH desenvolve um papel muito
importante de treinar e trabalhar a conscientização dos diretores, gestores e demais colaboradores a
se relacionar com essa nova forma de diversidade, auxiliando a instituição a adotar a filosofia da
inclusão social, trabalhando como facilitador na construção de vínculos, auxiliando na compreensão
sobre as diferenças e na convivência mútua. Concluise então que a área de Recursos Humanos,
dessa forma, humaniza e sensibiliza o grupo para o acolhimento das pessoas com deficiência
auditiva, para serem vistos como seres humanos, com limitações e habilidades, assim como qualquer
indivíduo. Fica, ainda, atenta para diminuir as divergências entre a teoria e a prática, como objetivo de
evitar situações conflitantes e práticas discriminatórias.
ABSTRACT
This article aims to discuss the hiring of people with hearing loss involving social responsibility and,
moreover, the laws that guarantee to persons with disabilities the right to education, communication,
public services, transport, health and work. The methodology used was descriptive and bibliographic
research. It was found that HR should avoid hiring is only the fulfillment of the Law of Quotas, leaving
the professional deleted or being treated with inequality. This practice has to be constant, so that the
future was not a law needed to generate inclusiveness and yes that is performed with spontaneity
integration of people with hearing disabilities in the labor market. HR develops a very important
training and awareness work of the directors, managers and other employees to relate to this new
form of diversity, helping the institution to adopt the philosophy of social inclusion, working as a
facilitator in building linkages role in helping understanding about the differences and mutual
coexistence. It is concluded that the Human Resources area, thus humanizes and sensitizes the host
group for people with hearing disabilities to be seen as human beings with limitations and abilities, as
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Artigo apresentado ao Curso de Especialização em Gestão Estratégica de Pessoas, da
Universidade Braz Cubas, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão
Estratégica de Pessoas, sob a orientação dos professores André Herzer e Eliziane Jacqueline dos
Santos.
2
Itamara Cristina da Silva e Nilton Cesar Santos, Alunos do Curso Gestão Estratégica de Pessoa,
graduada em Psicologia e Administração de Empresas pela Universidade Mogi das Cruzes,
endereço de email: Itamara.cristina@hotmail.com e niltoncstos@ig.com.br.
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well as any individual. Is also attentive to decrease the differences between theory and practice,
aimed to avoid conflicting situations and discriminatory practices.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Portanto, este artigo visa contribuir com as reflexões sobre uma nova e já
existente, perspectiva da Inclusão do Deficiente Auditivo na Cultura da Organização,
trazida também com a efetivação da lei de LIBRAS 10.436 na busca de uma nova
ordem política, econômica, educativa e social.
DESENVOLVIMENTO
A inclusão
O primeiro registro sobre a Língua Brasileira de Sinais foi em 368 a.C., escrito
pelo filósofo grego Sócrates, quando “questionou” a seu discípulo se quando os
seres humanos não falavam e queriam indicar um, objeto, se faziam como fazem os
surdos, comunicandose por meio de sinais com as mãos, cabeça e demais partes
do corpo.
Em 1855, foi fundada no Brasil, a primeira escola para surdos, o Instituto dos
Surdos – Mudos, sendo uma mistura da Língua de Sinais Francesa, traduzida por
Ernest Huet, com a Língua de Sinais Brasileira usada por surdos em várias regiões
do Brasil. (SANTANA, 2007)
A lei 10.436 tem como objetivo o progresso de uma sociedade, que é formada
por pessoas de características diferentes uma das outras. O preconceito em relação
à qualificação do deficiente físico é superado e transformado em garantia de
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Ainda nos dias de hoje em nossa dinâmica social temos alguns reflexos
dessa época como a diferença salarial entre homens e mulheres, sendo que muitas
vezes ambos exercem a mesma função. A diferença salarial e as funções de
subordinação estendemse aos portadores de necessidades especiais, mesmo que
tenham qualificação para cargos mais eletivos.
deficiência orgânica. A tendência é que essa sociedade se prepare cada vez mais
para receber, oportunizar e respeitar a diversidade, até porque essas pessoas
“especiais” devem ter todos os seus direitos assegurados, uma vez que transitam
por diferentes setores da sociedade. (QUADROS, 2008)
Os surdos são pessoas antes de tudo e que têm o mesmo direito a auto
realização que quaisquer outra pessoa, e cada um obedecendo seu ritmo, à sua
maneira e por seus próprios meios. Somente eles podem superar suas dificuldades
e encontrar a si mesmo. Possuem a mesma necessidade de amar e serem amados,
de aprender, compartilhar, crescer e experimentar no mesmo mundo que todas as
outras pessoas. Fazse necessário dar a oportunidade de poderem vivenciar suas
próprias experiências. Existe apenas um mundo e não há porque priválos de
perceber o mundo. Ter este tipo de comportamento é, no mínimo enjaulálos.
(QUADROS, 2008)
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Artigo 37, VIII: A Lei preservará percentual de cargos e empregos públicos para
Pessoas Portadoras de Deficiência e definirá os critérios de sua admissão. (apud
ASSIS; PUSSOLI, LACERDA, 1994)
inclusão social são vagos ou de difícil quantificação, mas parece evidente que a
inclusão social significa mais do que a mera sobrevivência.
Utilizando este conceito, fica fácil para o gestor entender que ele está diante
de uma força de trabalho e não de uma pessoa incapacitada por sua deficiência. A
empresa antes de contratar portador de deficiência deve fazer uma análise dos
perfis dos cargos contidos na sua organização. Cada cargo tem seu perfil
profissional e perfil psicológico, somente depois dessas definições é que a empresa
poderá enquadrar um portador de deficiência em sua empresa. (MARRAS, 2011)
Marras (2011) relata que qualquer media tomada pela corporação para incluir
entre seus funcionários pessoas com deficiência, só será eficaz se houver um
compromisso firme da direção com este processo. Combater de forma explícita as
manifestações de preconceito, interferir em todos os níveis hierárquicos,
acompanhar a adaptação e, principalmente, demonstrar e exigir respeito aos novos
empregados, são atitudes que expressam a determinação em tornar a empresa
inclusiva e reforça a premissa de que essa função não é responsabilidade exclusiva
da área de Recursos Humanos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por mais que a sociedade esteja lutando para que a pessoa com deficiência
desfrute com igualdade dos mesmos direitos que as pessoas sem deficiência, ainda
percebemos em pleno século 21, que a maioria das pessoas ainda apresenta
desinformação e/ou preconceito, procedente, em grande parte das gerações
passadas e do aprendizado cultural.
qualquer outro indivíduo. Deve ficar, ainda, atento para diminuir as divergências
entre a teoria e a prática, com o objetivo de evitar situações conflitantes e práticas
discriminatórias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS