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Professoras autoras

Carmen Maria Cipriani Pandini (Org.)


Giselia Antunes Pereira
Vanessa de Almeida Maciel

Professora parecerista
Ana Maria Ribeiro
Design instrucional
Ana Cláudia Taú
Projeto instrucional
Ana Claudia Taú
Carmen Maria Pandini Cipriani
Roberta de Fátima Martins

Projeto gráfico e capa


Adriana Ferreira Santos
Elisa Conceição da Silva Rosa
Pablo Eduardo Ramirez Chacón

Diagramação
Elisa Conceição da Silva Rosa
Pablo Eduardo Ramírez Chacón

Revisão de texto
Roberta de Fátima Martins

P189p Pandini, Carmen Maria Cipriani


Planejamento e avaliação educacional e institucional / Carmen Maria
Cipriani Pandini (org.), Giselia Antunes Pereira, Vanessa de Almeida Maciel
– Florianópolis : UDESC/CEAD/UAB, 2011.

126 p. : il. ; 28 cm

Inclui bibliografia.
ISBN: 978-85-64210-21-9

1. Avaliação educacional. – 2. Práticas pedagógicas. – 3. Educação a


distância. – I. Pereira, Giselia Antunes. – II. Maciel, Vanessa de Almeida. – III.
Título

CDD: 371.26 - 20 ed.

Ficha elaborada pela Biblioteca Central da UDESC


CAPÍTULO 1

Seção 2 – O Planejamento: uma ação contextualizada,


intencional e orientadora do ensino formal e não formal

Objetivos de aprendizagem

»» Reconhecer a importância do planejamento como uma ação


contextualizada, intencional.

»» Compreender que o planejamento favorece a relação de ensinar e


aprender no contexto do desenvolvimento educativo.

Planejar é um ato intencional, isso é fato, além de ser uma atividade


necessária no dia a dia das pessoas. O planejamento deve ser realizado no
sentido de alcançar um determinado objetivo e está entre as atividades
essenciais quando se pretende atingir as metas a que nos propomos como
pessoas comuns e profissionais. O planejamento nos previne de surpresas
e improvisações e nos dá segurança diante de determinada atividade, pois
nos prepara para este desenvolvimento – definindo elementos específicos,
tais como: objetivos, ações, metodologia, recursos e avaliação.

Concordamos com Gandin (2001) quando diz que é praticamente impossível


conhecer todas as formas, topologias e níveis de planejamento que o ser
humano utiliza e se insere no seu dia a dia, sobretudo, ele diz,

(...) sendo a pessoa humana condenada, por sua racionalidade,


a realizar algum tipo de planejamento, está sempre ensaiando
processos de transformar suas idéias em realidade. Embora não o
faça de maneira consciente e eficaz, a pessoa humana possui uma
estrutura básica que a leva a divisar o futuro, a analisar a realidade, a
propor ações e atitudes para transformá-la. (id., ib., p. 83).

O planejamento, portanto, está relacionado com as tomadas de decisão


a respeito das ações. Esse processo prevê necessidades, tais como: meios,
estratégias e recursos disponíveis; visando sempre ao alcance de objetivos,
em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados
das avaliações. (PADILHA, 2001). O planejamento na escola inicia com o
projeto político pedagógico, levando em conta planejamento das políticas
educacionais para o Estado ou País (normativas e diretrizes).

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
O trabalho do professor, como ação pedagógica, assume um caráter social
na sua implementação, por possuir uma função de propiciar condições de
aprendizagem, levando em conta as necessidades e os conteúdos.

Podemos dizer que no âmbito do ensino, o planejamento está diretamente


relacionado aos sujeitos aprendentes, portanto, aos sujeitos em processo
de formação, por isto, o planejamento requer uma atitude científica,
articulada ao fazer didático-pedagógico para que atinja os objetivos
sob o qual é elaborado. Para tanto, o professor precisa seguir alguns
procedimentos, passos ou etapas definidos sob o foco das premissas de
ensino e aprendizagem.

Como vimos até aqui, o professor é o mediador entre o conhecimento e o


aluno, entre os produtos culturais e a sociedade e tem no planejamento
um mecanismo de organização do trabalho escolar sistematizado e a
atividade pedagógica em outros contextos educativos.

Quando se trata de ensino e aprendizagem, tanto Vigotski (1988) quanto


Leontiev (1978) enfatizam o caráter mediador do trabalho do professor
(adulto responsável ou criança mais experiente) no processo de apropriação
dos produtos culturais. O planejamento deve considerar as condições reais
e a atividade intencional para garantir aos alunos a apropriação de saberes
e apropriação de conceitos.

Desse modo, é importante ressaltar que a escola se preocupa com o


conhecimento elaborado, com a construção de conceitos e não ao
conhecimento espontâneo, “com o saber sistematizado, e não ao saber
fragmentado; à cultura erudita, e não à cultura popular”. (SAVIANI, 2000,
p. 19).

A realização da prática docente requer ainda, consciência sobre a mesma, e


isto se dá pela reflexão sobre o que se faz e sobre as decisões que se toma.
A partir das demandas da prática, considerando-a uma situação concreta,
em contextos educacionais em que ocorre o ensino devem emergir do
planejamento.

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CAPÍTULO 1

O planejamento do professor deve avançar das leis gerais


para a realidade circundante em toda a sua complexidade (...)
a aprendizagem das crianças deve se desenvolver das ações
preconcebidas para a simbolização do conhecimento que obtêm
por meio de sua pesquisa, resultando finalmente numa formulação
lingüística de relações. As atividades iniciais devem ser orientadas
para a investigação concreta. Em nosso experimento didático, tais
atividades incluem análise investigativa de objetos, visitas a museus e
filmes. (...) Há, portanto, um movimento duplo no ensino: o professor
deve guiar o ensino com base nas leis gerais, enquanto as crianças
devem se ocupar com essas leis gerais na forma mais clara possível
por meio da investigação da manifestação dessas leis. (HEDEGAARD
apud LIBÂNEO, 2004, p. 133).

A sala de aula deve ser como um laboratório, não no sentido do experimento,


mas um espaço de aperfeiçoamento de práticas e conhecimento da
realidade escolar de modo a articular, coerentemente, os elementos
do processo de ensino para o sucesso da aprendizagem dos alunos e
A UNESCO definiu “quatro
pilares do conhecimen- construção de valores, próprios da educação para a vida.
to” para receberem de
atenção igual por parte do Considerando as necessidades do processo de formação, que inclui a
ensino estruturado, a fim
de que a educação apareça educação ao longo da vida, é importante dizer que os professores são
como uma experiência fundamentais; mesmo com o advento das tecnologias da informação e
global e presente ao longo
de toda a vida, no plano
comunicação, são insubstituíveis. A preocupação com o planejamento deve
cognitivo, no prático, para estar presente nos espaços formais e não formais. Os professores devem
o indivíduo enquanto prever em seus planejamentos e manter uma preocupação constante com:
pessoa e membro da
sociedade. (DELORS, 200)
»» A elaboração de planos de ações: para a execução de qualquer
atividade relacionada aos projetos pedagógicos, mas devem
fazê-lo de modo consciente e crítico.

»» O trabalho colaborativo e cooperativo: pois se entende que este


tipo de trabalho surte maior efeito no processo de aprendizagem.

»» O uso das tecnologias e de ambientes de aprendizagem


diversificados: porque estamos vivendo a emergência de uma
sociedade dinâmica, tecnológica e plural, do ponto de vista da
sociedade em rede.

»» Seminários e reuniões sistemáticas de avaliação: para repensar


as práticas na escola.

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
O planejamento nos remete a um compromisso de uma ação não
improvisada, em que existe a intenção (que irá provocar uma ação e vice-
versa), percorra várias etapas e se articule harmoniosamente em todos os
seus elementos – ênfase não só no método, tampouco só nos conteúdos.

Nessa perspectiva, o planejamento deve conter momentos de:

»» elaboração: que contempla a definição dos objetivos e estratégias;

»» ação: com produção e discussão dos resultados;

»» reflexão/avaliação: a ser realizada de forma sistemática e constante;

»» redimensionamento das práticas: a ser realizado no cotidiano do


trabalho docente, de acordo com os resultados que vão surgindo.

Analise o esquema a seguir:

to Elaboração: Cult
o ntex planejamento das u ras
C estratégias

Desenvolvimento:
Teor produção, (Re) dimensionamento Sa
ia s be
sistematização das práticas res
e discussão

Avaliação:
Exp
ecta em constante
ias
tiva processo
eri ênc
s Exp

Figura 1.2 – Fases do planejamento

Este deve ser visto como um ciclo ou fases: o planejamento deve ser
avaliado constantemente, pois ele não pode ser um “instrumento” fixo ou
de “papel”, ele está relacionado às posturas e atitudes desenvolvidas na

29
CAPÍTULO 1

escola. A avaliação crítica do processo é parte inerente ao ato de planejar e


isto corresponde à metodologia como um todo.

De acordo com Sacristàn (2000, p. 282), as fases ou momentos do


planejamento são aproximações sucessivas à forma que a prática se
configura antes de se transformar em ação ou ensino interativo. Existem,
segundo o autor, duas acepções básicas para o conceito de planejamento
curricular:

a. A forma como se dispõem as diferentes concepções do currículo


para facilitar o ensino e a aprendizagem e possibilitar que as escolas
planejem a atividade em diferentes períodos de tempo.

b. Um processo de conceitualização de uma série de relações


sistêmicas entre alunos, a mediação do professor, os materiais, o
conteúdo, o tempo e os resultados de aprendizagem, isto é, um
guia para orientação que organiza todos os fatores relacionados
com a prática, a fim de obter determinados resultados.

É importante ressaltar que o professor ao selecionar o modo como vai


planejar e executar sua atividade educativa, encontra implícita a dimensão
política e a postura pedagógica. Estas correspondem aos objetivos que se
pretende alcançar - com esse trabalho ou projeto se pretende alcançar “o
quê”? “atender a quem?”, “em que tempo?”, “com quais estratégias?”.

No planejamento, os métodos não podem se subordinar aos conteúdos ou


vice-versa. A metodologia deve ser tomada “no seu sentido mais amplo,
como uma estratégia geral de abordagem do fenômeno educativo. Isto
é, como um instrumento teórico-prático que permita “o conhecimento
mais amplo possível (...)”. (VASCONCELOS, 2002, p. 115), pois ela pode
representar a emancipação ou a reprodução de práticas já existentes. Ela
deve considerar a realidade sócio-histórica e os desafios impostos pela
prática, no sentido de viabilizar um trabalho que privilegie a dialética da
prática e do conhecimento.

A seguir, falemos um pouco sobre os espaços formais e não formais e a


necessidade de planejá-lo para o sucesso do projeto educativo.

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
O planejamento nos espaços escolares e não escolares

O planejamento, como você viu, é uma atividade importante em qualquer


instância da vida e para as atividades pedagógicas é essencial. Ele previne
de improvisações e estabelece parâmetros de ação à prática pedagógica e
à execução do projeto educativo.

Relembrando que a educação é um movimento que acontece durante toda


a vida, aprendemos diariamente em diversos lugares e com muitas pessoas,
por exemplo, em casa, com os amigos, na rua nos locais de lazer etc. Esta
educação que vamos adquirido ao longo da vida é chamada de educação
informal porque não pressupõe uma sistematização, um planejamento
prévio, ou o desenvolvimento de um conhecimento científico.

Já, quando a educação acontece de modo planejado, com alguma finalidade


predefinida para atender a objetivos prévios e contempla conhecimento
científico, estamos diante da educação formal (em ambientes educativos
escolares) ou não formal.

Sobre a denominação desses espaços pedagógicos ou educativos, a Lei


9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define o espaço formal
de educação como o espaço escolar, aquele relacionado às Instituições
Escolares da Educação Básica e do Ensino Superior.

O espaço formal é aquele em que se realiza a educação formalizada,


prevista em Lei e organizada de acordo com as normativas e diretrizes
nacionais. Assim, o espaço formal como um espaço escolar, nos remete
aquela instituição que possui todas as dependências próprias desse tipo
de ambiente, tais como salas de aula, laboratórios, quadras de esportes,
biblioteca, pátio, cantina, refeitório e outros.

Se a educação formal é o espaço escolar, podemos inferir que o espaço não


formal é o espaço não escolar. O espaço não formal de educação também
é regulamentado pela Lei de Diretrizes da Educação Nacional.

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CAPÍTULO 1

Como exemplo de possibilidade de


formação para atuação em diversos
espaços, podemos citar o Curso de
Pedagogia a Distância do CEAD UDESC
que oferece uma formação para que o
futuro professor construa competências
e atue em espaços formais e não formais
de educação. Ou seja, o aluno recebe
uma formação teórico-prática para que,
como profissional da educação, tenha
condições de atuar em diferentes setores
da atividade educativa: instituições de
ensino; secretarias de educação, nos níveis
Figura 1.3 – Espaço formal de educação central e intermediários; nas áreas de
políticas públicas, planejamento, pesquisa,
administração; e em organizações que desenvolvam processos educativos
formais e não formais, presenciais e a distância, além de incentivar e
preparar o profissional para o uso das tecnologias de informação aplicadas
aos processos de ensino e de aprendizagem.

As classes hospitalares, por exemplo, são consideradas um espaço não


formal. Acompanhe o contexto:

Há um amparo legal para constituição destes dos espaços não formais


de educação, conforme o expresso na Carta Magna que rege o Brasil, a
Constituição Federal de 1988, no Título VIII – Da Ordem Social, Capítulo III
– Da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, artigo 205: “a educação é
direito de todos e dever do Estado e da família (...)”.
Entretanto, somente na década de 90 foram criadas leis específicas para a
classe hospitalar que até então eram regidas pela Constituição Federal e
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96. Dentre as
Leis específicas podemos citar o Estatuto da Criança e do Adolescente, de
outubro de 1990, em especial do capítulo 9 que trata do direito à Educação,
seguida pela Lei dos Direitos da Criança e dos Adolescentes Hospitalizados,
com a Resolução No. 41 de 13 de outubro de 1995, que em síntese diz ter
“direito ao atendimento escolar os alunos do ensino básico internados
em hospital, em sérvios ambulatoriais de atenção integral à saúde ou em
domicilio; alunos que estão impossibilitados de frequentar a sua escola por
razões de proteção à saúde ou segurança abrigados em casas de apoio,
casas de passagem, casas-lar e residências terapêuticas.

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
Podemos citar ainda como espaços
de educação não formal as atividades
educativas realizadas em ONGs, Museus,
Zoológicos – espaços onde acontecem aulas
de história e ciências, por exemplo. Ali, há
um espaço de formação, porém não é um
espaço convencional, com sala biblioteca,
quadro e giz, refeitório etc..

Onde queremos chegar com isso?

Queremos salientar a importância do


ato de planejar as atividades humanas
socioeducativas que nestes espaços também
Figura 1.4 – Espaço não formal de exigem planejamento porque possuem
educação
finalidades educativas intencionais. Nesse
sentido, é importante dizer que o planejamento deverá variar de acordo
com cada contexto e objetivo do projeto educativo.

Considere tudo o que foi estudado até aqui, assim verificará que alguns
elementos são essenciais ao planejamento, como é o caso do objeto
do projeto educativo que inclui: título, conteúdo ou tópico, objetivos,
estratégias/procedimentos, recursos, cronograma e critérios de avaliação.

A seguir, você encontra quais são os níveis de planejamento e sugestões de


planejamento em contextos diversos.

Seção 3 – Níveis de planejamento, os elementos


constitutivos e as diversas formas de organizar
a intervenção pedagógica

Objetivo de aprendizagem

»» Conhecer os níveis de planejamento e analisá-los no âmbito da sua


aplicação no seu respectivo contexto.

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CAPÍTULO 1

A escola, incluída em uma política educacional pensada para atender às


necessidades da sociedade, precisa estar articulada na ordem das exigências
do homem/mundo, independentemente de como se vai caracterizar como
valor, no que se refere aos papéis que cada um/grupo desempenha em seu
contexto. Ela se justifica como escola (lugar de apropriações) se oportunizar
a construção de conhecimento e cidadania e ampliação de oportunidades.

A metodologia, prevista no planejamento deve considerar alguns


elementos essenciais: a relação conteúdo/forma, sujeito/objeto, professor/
aluno, ensino/aprendizagem, garantindo a especificidade que cada
elemento possui.

Portanto, “planejar a prática é algo mais amplo que atender aos objetivos
e conteúdos do currículo, porque supõe preparar condições de seu
desenvolvimento, uma vez que também se atende a este”. (SACRISTÀN,
2000, p. 282).

Pensar sobre a metodologia de ensino e a elaboração dos projetos escolares


como forma de promover uma educação com vistas ao desenvolvimento
integral do aluno, e consequentemente da sociedade, requer compromisso
e reflexão, sobretudo da relação teoria/prática.

Nesse sentido, é de extrema importância que você conheça os níveis


de planejamento. O planejamento pode ser caracterizado por diversos
níveis, de acordo com sua abrangência e finalidade. Não existem políticas
educacionais, educativas ou pedagógicas que tenham algum objetivo em
si mesmo ou que prescindam de planejamento.

Veja a seguir quais são os níveis de planejamento:

1. Planejamento educacional

O planejamento educacional envolve um conjunto de setores e


instituições, e está ligado diretamente ao atendimento de metas sociais
e ao projeto de um país e envolve políticas públicas, planos estratégicos e

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
definição de ofertas e abrangência da educação e sua finalidade. Segundo
Vasconcellos (1995, p. 53), “o planejamento do Sistema de Educação é o
de maior abrangência (entre os níveis do planejamento na educação
escolar), correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional,
estadual e municipal”, incorporando as políticas educacionais. Este nível
de planejamento agrega e prevê planos de todas as ordens e âmbitos – do
pedagógico às diretrizes políticas, curriculares e normativas.

2. Planejamento curricular

O planejamento curricular além de orientar a ação educativa na escola,


estabelece as diretrizes para a elaboração dos projetos voltados à educação
em diversos espaços educativos, instituição jurídica (pública e privada,
confessional ou laica) e modalidades (presencial e a distância). Pode ser
entendido como um “processo de tomada de decisões sobre a dinâmica
da ação escolar. Portanto, essa modalidade de planejar constitui um
instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é
com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve
oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares”.
(VASCONCELOS, 1995, p. 56). Digamos que é a forma como o “organismo
disciplinar” é estruturado de modo a desenvolver os conteúdos, conceitos
e com o respectivo modelo pedagógico.

Para entender melhor este assunto, sugiro que você consulte a Lei de Diretrizes
Curriculares - LEI 9394/96 em seu artigo, que diz:

Art. 27 - Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as


seguintes diretrizes:

I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos


cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada


estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-


formais.

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CAPÍTULO 1

3. Planejamento escolar

Planejamento escolar é o planejamento global da escola, envolvendo o


processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento
e a proposta pedagógica da instituição. “É um processo de racionalização,
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade
escolar e a problemática do contexto social”. (LIBÂNEO, 1992, p. 221). No
planejamento escolar podemos incluir o PPP da escola.

O planejamento do ano letivo, por exemplo, constitui um momento


privilegiado para a reflexão coletiva sobre as ações no interior da escola
e de integração da equipe de trabalho. Ele dá um suporte à elaboração,
ao desenvolvimento e à avaliação de planos de ensino e ao preparo de
aulas. Traduz-se em uma atitude ou instrumentos a vivência do trabalho
pedagógico, possibilitando ou antecipando possibilidades para a
construção de projeto educacional.

4. Planejamento de ensino

Planejamento de ensino é o processo de decisão sobre atuação concreta


dos professores no cotidiano de seu trabalho pedagógico. Envolvem
as ações e situações em constantes interações entre professor e alunos
e entre os próprios alunos. (PADILHA, 2001). Esse nível de planejamento
trata da estruturação/organização das atividades do professor em relação
ao ensino e ao que se espera da aprendizagem do aluno. É a elaboração
intencional de estratégias que atuam no contexto das situações de ensino-
aprendizagem. No planejamento de ensino, podemos destacar: o plano de
curso e o plano de aula.

»» Plano de curso: é a organização de um conjunto de disciplinas e


suas especificidades que serão desenvolvidas, em dada instituição
educacional, durante o período de duração de um determinado
curso. Segundo Vasconcellos (1995, p. 117), esse tipo de plano é a
“sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela
determinada disciplina ou área de estudo, numa dada realidade”.

»» Plano de ensino: o plano de ensino prevê um “plano da aula”


específico. O plano de aula surge a partir da organização do plano
de curso ou do projeto pedagógico a ser desenvolvido com o
grupo de alunos. Ele operacionaliza a ação pedagógica e escolar,

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
em que o professor prevê todos os elementos que são essenciais,
tais como objetivos, metodologia, recursos estratégias, critérios
de avaliação e cronograma de execução. Estas ações, nas escolas,
podem ser desenvolvidas por meio de várias modalidades de
intervenção pedagógica, dependendo da proposta da escola, que
por sua vez dependerá da concepção de educação prevista no
projeto político pedagógico.

No seu plano de ensino, o professor irá definir a forma de


organização do trabalho pedagógico, que veremos mais adiante.

O plano de ensino é diferente de projeto de ensino ou projeto de trabalho.

Pensando nesta diferença é importante saber elaborar um plano de ensino


de disciplina. Neste sentido, é importante salientar que não existe um
modelo único de plano de ensino de uma disciplina ou de um nível-escola.
Você pode verificar o plano de ensino das disciplinas que está cursando.
A instituição que você escolheu para fazer a sua formação adota um
único modelo, porém note que cada disciplina tem suas especificidades,
sua metodologia, recursos muitas vezes diferentes, assim como critérios
de avaliação específicos para cada plano de ensino da disciplina a ser
desenvolvida.

Veja a seguir um exemplo:

37
CAPÍTULO 1

Instituição (inserir o nome da Escola)


Identificação da disciplina ou módulo/eixo (se for ensino sob esse modelo)
Pode ser que uma escola opte trabalhar por eixos temáticos ou por módulos e não por disciplina, então, identificar a unidade de estudo.
Nome do(s) professor(es) (nome dos docentes que irão desenvolver o plano)
Ementa/tópicos
De igual preenchimento, seja por disciplina ou por eixo, inserir os tópicos de estudos ou campos conceituais a atingir.
Conteúdos
Os conteúdos são as seleções que o professor faz acerca do tema proposto que inclui também hábitos, atitudes, valores e convicções.
Quais são os conteúdos de ensino? Quais os saberes fundamentais? O professor deverá considerar critérios na seleção dos conteúdos
como: validade, relevância, interdisciplinaridade, articulação com outras áreas, cientificidade, adequação. Além do conhecimento da
ciência, o professor, por exercer uma função formadora, deve inserir outros conteúdos: socialização, valores, solidariedade, respeito,
ética, política, cooperação, cidadania etc.
Objetivo geral
Os objetivos devem ser elaborados na perspectiva da construção de conceitos, habilidades e competência: cognitivas, sociais,
atitudinais e procedimentais. Há níveis e parâmetros diferenciados de objetivos: objetivo geral, deve ser formulado no sentido de
alcance a longo prazo, está ligado à finalidade desse estudo, o que se quer alcançar com o desenvolvimento desse estudo. Vale
lembrar, aqui, que os objetivos devem estar colocados em relação à aprendizagem do aluno, o que se quer que ele alcance com o
estudo. Portanto, o objetivo “mostrar ao aluno como funciona um computador”, por exemplo, não é um objetivo de aprendizagem,
e sim o que o professor precisa fazer para que o aluno entenda quais os componentes de um computador.
Objetivos específicos
Os objetivos específicos são relativos também ao que o aluno vai aprender, se o geral apresenta quais competências o aluno precisa
ter ao final desse estudo, os específicos detalharão quais os conteúdos ou conceitos este aluno precisará construir para chegar lá, por
exemplo: “identificar as finalidades de um processador e quais as suas capacidades físicas em relação ao armazenamento”.
Justificativa de desenvolvimento
Descrever a relevância desta disciplina ou eixo no processo de estudo, no conjunto do currículo ou diante do ser em formação (a
relevância para o aluno e para o conjunto de estudos que ele vai desenvolver).
Metodologia
Descrever que tipo de metodologia o professor vai usar para desenvolver o estudo desta disciplina ou eixo. Apontar quais os recursos
e procedimentos a serem utilizados. O método de ensino é o caminho que o professor utilizará para desenvolver suas atividades de
ensino-aprendizagem. As técnicas referem-se à operacionalização do método, ou seja, que instrumentos o professor utilizará para
chegar ao “ponto desejado”, as técnicas vão ajudá-lo. Esses recursos são selecionados para promover a aprendizagem do aluno.
Sistema de avaliação (incluindo critérios)
Descrever sob qual sistema o aluno está sendo avaliado. Se possível, descrever as regras e o que ele terá que cumprir para ser
aprovado. (O sistema de avaliação é igual para todos os alunos, o que difere são os critérios, portanto, incluir também os critérios
com relação a esse estudo). O que será avaliado, o que será observado, o que tem o mesmo valor etc.
Referências
Sempre colocar algumas referências para que o aluno possa saber sob quais teóricos o conhecimento está sendo desenvolvido. Em
se tratando de níveis educacionais, como educação infantil, também é importante colocar sob quais premissas a professora trabalha.

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CAPÍTULO 1
Perceba que o professor deve ter clareza que as fases, os passos, as etapas,
as escolhas metodológicas e a forma de executá-lo implicam posturas e
ações diversificadas, que o professor precisa selecionar previamente para
utilizá-las em sua aula, em um processo de avaliação constante.

Assim, é interessante considerar que “o planejamento deve servir para


pensar a prática antes de realizá-la”, conforme afirma Sacristàn (2000,
p. 297), e neste “projetar reflexivo” existem elementos fundamentais a
serem considerados, que devem ser coerentes com a intencionalidade
que se propõe organizar. Precisa apresentar de forma clara e devidamente
configurado o contexto do ensino – que se guia por uma estrutura:
pedagógica da matéria a ser ensinada, pelos critérios filosóficos, psicológicos
e epistemológicos que irão justificar os conteúdos selecionados e a
metodologia adotada, considerando sempre o contexto de interesses dos
alunos, recursos disponíveis e limitações existentes.

Possibilidade de organização da prática na instituição educativa:


várias formas de planejar

No que diz respeito ao planejamento macro, podemos dizer que existem


várias formas de “organizar o ensino”. A Lei de Diretrizes da Educação
nacional, a lei 9394/96 apresenta várias possibilidades. Com base nisso,
existem várias alternativas para a “organização do currículo na escola”.
De acordo com as opções e com a filosofia educativa da instituição,
formal ou não, é preciso definir a organização do projeto pedagógico. A
partir daí, o planejamento de ensino define a metodologia, o tempo, as
atividades, os critérios de avaliação para realizar a atividade pedagógica,
independentemente ou com base no espaço e contexto.

A seguir, você terá a oportunidade de conhecer algumas formas de


organização do trabalho escolar e de planejar um projeto ou aula. Você,
como aluno em formação e futuro professor, deverá selecionar as formas
de planejamento de acordo com o projeto da escola (PPP).

Sem nos determos a uma cronologia histórica, apresentamos algumas


opções didáticas para de planejamento para utilização nos espaços formais
e não formais.

Consideramos interessante refletir sobre as situações, o que possibilita


fazer análises e críticas. Não apresentamos métodos, especificamente, mas

39
CAPÍTULO 1

possibilidades em que a pesquisa, a colaboração, a mediação e o caráter


político-social e emancipador estão em destaque.

Organização do ensino e intervenção pedagógica: temas geradores

Esta opção cabe muito bem se a proposta de educação for pensada por
currículos modulados ou por competências. A modulação pode se
apresentar como uma proposta diferenciada diante do conhecimento.
Diferente se o conteúdo estiver organizado por disciplinas, assim como são
a maioria das propostas educativas nas escolas brasileiras, com raras
exceções. O módulo pode ser desenvolvido com um tema gerador.
É bom lembrar que o currí-
culo por módulo também A adoção de um currículo modulado exige mudanças de paradigmas,
pode ser desenvolvido de principalmente quanto à postura do professor, que deverá ter uma
forma linear e tradicio-
nal, se não houver uma
atitude de mediador e líder de equipes, que, em conjunto com os alunos
postura política e crítica e outros professores, construirão o conhecimento de forma integrada,
envolvida. interdisciplinar ou multidisciplinar.

Esta proposta de ensino sugere o aluno como um sujeito ativo, agente


na construção do seu conhecimento, propõe claramente o que se espera
dele e o que o aluno espera da instituição, sugere organização da escola
e dos planejamentos com propostas educativas que incorporem aspectos
fundamentais das disciplinas por meio da visão de focos mais abrangentes
do conhecimento e não disciplinares.

De maneira esquemática, podemos dizer que o “Método Paulo Freire” está


dentro do que seria o trabalho por temas geradores, que levam a construir
competências gerais, em que as disciplinas se entrelaçam, construindo
As competências, en-
um conjunto.
quanto ações e operações
mentais, articulam os O trabalho por temas geradores, cujo expoente é Paulo Freire, consiste de
conhecimentos, o “saber”,
as habilidades, o “saber fa-
três momentos dialéticos e interdisciplinarmente entrelaçados:
zer” elaborado cognitiva-
mente e socioafetivamen- 1. A investigação temática pela qual aluno e professor buscam, no
te, os valores e as atitudes
da ordem do “saber ser”
universo vocabular do aluno e da sociedade em que ele vive, as palavras
e do “saber conviver”. e temas centrais de sua biografia, ou do contexto.
(DELORS, 2000)
2. A tematização (temas) que sugere as codificações e decodificações as
quais os alunos estão submetidos; estes buscam, através dos temas, o
significado social que gera uma consciência crítica do mundo vivido.

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Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
3. A problematização na qual os alunos buscam superar uma visão
primária e de senso comum, construindo uma visão crítica. Esta surge
da transformação do contexto vivido – na valorização do cotidiano de
cada aluno.

Dada essa interdisciplinaridade, a obra de Paulo Freire pode ser vista como
referência na construção de uma visão contextualizada de mundo e que
parte da realidade da sociedade em que os homens vivem e não de fora
dela – ali, está incluída a dimensão política e ideológica do conhecimento,
da educação e do mundo.

Portanto, trabalhar com temas geradores não é trabalhar com um método,


mas com uma proposta político-pedagógica, voltada à emancipação do
sujeito ativo na sociedade em que vive.

Sugiro que você pesquise sobre o assunto e faça uma leitura crítica do
trabalho educativo por temas geradores. Verifique se existem muitas
escolas trabalhando com esta proposta e se esta proposta prevalece mais
no espaço formal ou não formal de educação.

Organização do ensino e intervenção pedagógica: projetos de


trabalho

A organização do currículo por projetos de trabalho implica uma postura


curiosa e interdisciplinar, além de uma atualização constante, tanto do
professor, quanto do aluno. Em entrevista à revista Nova Escola, ed. 154/
agosto de 2002, Fernando Hernandez diz o seguinte:

O modelo propõe que o docente abandone o papel de


“transmissor de conteúdos” para se transformar num
pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo
a sujeito do processo. É importante entender que não há um
método a seguir, mas uma série de condições a respeitar. (p.
18-25).

41
CAPÍTULO 1

Não há um método fixo a seguir. O professor precisa abandonar a postura


de dono do saber ou transmissor de conhecimento, como dizia Paulo
Freire (2002) da educação bancária - o aluno deve ser “ensinado” a ter uma
postura de “atividade” e agente do processo.

Figura 1.5 – Projetos de Trabalho

Etapas de um projeto de trabalho

Com base nos princípios apresentados por Fernando Hernández (2002)


apontamos como possíveis etapas:

1. Escolha do tema: para desencadear a problematização (problema) e/


ou para iniciar uma investigação. Pode partir de uma inquietação dos
alunos, sugerida por eles ou pode ser uma sugestão do professor. Basta
que se tenha “uma questão inicial” e se vá em busca de variáveis para
o desenvolvimento. A partir daí, é importante trabalhar as maneiras de
olhar o mundo, que são diversas. Mas não interessa só localizá-las, e sim
entender o significado delas. O resultado é que se constrói uma situação
de aprendizagem em que os próprios estudantes começam a participar
do processo de criação, pois buscam resposta as suas dúvidas.

2. Defina etapas: planejar e organizar as ações para o desenvolvimento do


tema - divisão dos grupos, definição dos assuntos a serem pesquisados,
procedimentos e delimitação do tempo de duração, realizar o
tratamento das informações.

3. Socialize periodicamente: os resultados obtidos nas investigações


(identificação de conhecimentos construídos) e discussões de estudo

42 Universidade do Estado de Santa Catarina


Planejamento e Avaliação Educacional e Institucional

CAPÍTULO 1
devem ser sistematicamente socializados em forma de atividades com
os alunos.

4. Defina os critérios de avaliação: estabelecer com o grupo os critérios


de avaliação. Avaliar cada etapa do trabalho, realizando os ajustes
necessários. O portfólio é uma técnica que tem sido usada e é uma
importante estratégia de aprendizagem e feedback.

5. Finalize o projeto: propondo uma produção final, como elaboração


de um livro, apresentação de um vídeo, uma cena de teatro ou uma
exposição que dê visibilidade a todo processo vivenciado e possa
servir de foco para outro projeto educativo. E novas perspectivas para
trabalho futuro – outras perguntas para futuros trabalhos.

Em síntese, o projeto se organiza observando a seguinte estrutura.


Tema ou problema
O que se vai pesquisar, estudar ou desenvolver com os alunos?

Questões ou hipóteses
O que sabemos sobre o assunto? O que os alunos levantam sobre a
temática? Quais são as principais curiosidades para que se possa iniciar o
estudo?

Fontes de informação
Onde buscar as informações e fontes para desenvolver o tema – que
estratégias vamos usar?

Critérios de ordenação e de interpretação das fontes


Como vamos tratar os dados coletados? O que vamos fazer com o que
vamos coletando?

Relações com outros problemas


Que relações ainda são possíveis de ser feitas?

Avaliação
Como será a avaliação do processo junto com o aluno? O que vou avaliar
no decorrer das atividades?

Conexão com novo tema ou problema


Há possibilidade de emendar outro projeto? Isto vai acontecer
naturalmente?

Produto final
O que fazer com o resultado ao longo dos estudos e pesquisas?

43
CAPÍTULO 1

Para Hernandez (2002, p.18-25) “O projeto avança à medida que as


perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros
e acertos — isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada
de decisões”. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-
definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar. Antes, defina os
problemas a resolver. Depois, escolha a(s) disciplina(s). Nunca o inverso. A
conclusão pode ser uma exposição, um relatório ou qualquer outra forma
de expressão.

Assim, de tudo o que foi abordado, é fundamental que você compreenda


que existem muitas maneiras de planejar o ensino e a aprendizagem.
É interessante que o professor proporcione diversas alternativas de
organização das situações de aprendizagem - aulas expositivas, seminários,
trabalho em grupos e individualmente, uso de tecnologias, criação de
mídias e ferramentas, como blog, fóruns, ou seja, proporcionar o estudo
sob diferentes situações com atividades diversificadas.

É importante lembrar, no entanto, que muitas formas de ensino e de


conceber o currículo afastam os alunos do mundo real. Segundo Hernandez
(2002, p. 18-25),

Há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. Os projetos


são apenas uma delas. É bom e é necessário que os estudantes
tenham aulas expositivas, participem de seminários, trabalhem
em grupos e individualmente, ou seja, estudem em diferentes
situações.

É preciso planejar e implementar propostas que promovam aproximação


do aluno com o mundo, acolhendo, no interior dos projetos, suas
necessidades; certamente, os resultados do professor serão melhores.

Síntese do capítulo

»» Neste capítulo, você teve oportunidade de conhecer aspectos


relacionados ao planejamento: o que dá a base para se pensar no
planejamento.

44 Universidade do Estado de Santa Catarina

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