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SUMÁRIO e INCIÊNCIA SOMENTE DOS TEMAS MAIS COBRADOS DE CADA TÓPICO, FOCA NESSES!
1. PRINCÍPIOS;
Princípios de Direito Penal = 427 questões;
2. TEORIA DO CRIME;
Teoria do Crime = 3973 questões;
- Culpabilidade = 974 questões;
- Fato Típico = 957 questões;
- Ilicitude e suas Excludentes = 633 questões;
BANCAS QUE MAIS COBRAM:
CEBRASPE (CESPE) = 1248 questões (31,41%)
FCC = 422 questões (10,62%)
3. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO;
Dos Crimes contra o Patrimônio = 1617 questões;
- Do Furto (arts. 155 e 156 do CP) = 389 questões;
- Do Roubo e da Extorsão (arts. 157 a 160 do CP) = 488 questões;
- Do Estelionato e das Outras Fraudes (arts. 171 a 179 do CP) = 228 questões;
BANCAS QUE MAIS COBRAM:
4. VUNESP = 144 questões (8,91%)
5. FGV = 114 questões (7,05%)
6. CRIMES CONTRA A ADM. PÚBLICA;
Dos Crimes contra a Administração Pública (arts. 312 a 359-H do CP) = 4097 questões;
- Dos Crimes Praticados por Funcionário Público Contra a Administração = 2281 questões;
- Dos Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em Geral= 489 questões;
- Dos Crimes Contra a Administração da Justiça (arts. 338 a 359 do CP) = 447 questões;
BANCAS QUE MAIS COBRAM:
3. FCC= 131 questões (7,52%)
4. FGV = 110 questões (6,31%)
7. TEORIA GERAL DAS PENAS;
Das Penas = 1583 questões;
- Espécies de Penas = 514 questões;
- Penas Privativas de Liberdade (Espécies, Regimes, Progressão) = 273 questões;
- Da Aplicação da Pena = 357 questões;
- Concurso de Crimes = 263 questões;
BANCAS QUE MAIS COBRAM:
Resumidamente: O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que a sua intervenção
fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter subsidiário) , observando somente os casos de
relevante lesão ou perigo de lesão ao bem juridicamente tutelado (caráter fragmentário) - Rogério Sanches - Manual
de Direito Penal, Parte Geral.
1. Subsidiariedade: Só se deve recorrer à criminalização como forma de coibir determinado comportamento se as
demais sanções não forem suficientes para a salvaguarda do bem jurídico. É a última ratio.
2. Fragmentariedade: Só parte dos bens jurídicos são tutelados pelas normas penais incriminadoras, aqueles mais
relevantes.
♦PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE:
♦LESIVIDADE OU OFENSIVIDADE: NÃO há crime SEM OFENSA a bens jurídicos (exige que do fato praticado
ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado);
♦ALTERIDADE: A conduta a ser proibida deve lesionar DIREITO DE TERCEIROS. A infração penal NÃO pode atingir
apenas o próprio autor.
♦ADEQUAÇÃO SOCIAL: Condutas tidas como ADEQUADAS pela sociedade NÃO merecem tutela penal.
♦HUMANIDADE: Decorre do PRINCÍPIO DA DIGINIDADE DA PESSOA HUMANA e proíbe que a pena seja usada
como meio de VIOLÊNCIA, como tratamento CRUEL, DESUMANO E DEGRADANTE.
♦ Princípio da insignificância própria-> Exclui a Tipicidade Material. Foi criada pro Claus Roxin
TEMPO DO CRIME
♦ Para definir em que momento foi praticado o delito, temos três teorias:
(ação ou omissão delituosa). O artigo 4º do CP: “considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado”. No Brasil, portanto, adota-se a Teoria da Atividade.
do crime.
ou do resultado.
SEMPRE MAIS GARANTISTA - "in dubio pro reo".
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora, decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias
que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Consiste em norma que tem por escopo atender necessidades estatais transitórias, tais como guerra ou calamidade,
perdurando por todo o período considerado excepcional.
-Lei Temporária: são aquelas que contêm prazo (início e fim) de vigência previsto expressamente em seu corpo.
-Lei Excepcional: vinculam o prazo de vigência a determinadas circunstâncias, como guerra, epidemia etc.
Ex: coronavírus.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
a extinção da punibilidade é a perda da pretensão punitiva do Estado, de modo que não há mais
a possibilidade de impor uma pena ou sanção ao réu. São elas:
1) morte do acusado;
2) anistia, graça ou indulto;
3) caso uma nova lei deixe de considerar o fato como crime
4) prescrição, decadência ou perempção;
5) renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
6) retratação do acusado, nos casos em que a lei a admite;
7) perdão judicial, nos casos previstos em lei.
LEMBRANDO QUE PRECISA DE SENTENÇA!!!
SÚMULA 245/STF A imunidade parlamentar não se estende ao co-réu sem essa prerrogativa.
SÚMULA 560/STF A extinção de punibilidade, pelo pagamento do tributo devido, estende-se ao crime de contrabando
ou descaminho, por força do art. 18, § 2º, do Decreto-lei 157/67.
SÚMULA 18/STJ A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo
qualquer efeito condenatório.
SÚMULA 438/STJ É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em
pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.
SÚMULA 631/STJ O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os
efeitos secundários, penais ou extrapenais.
♦INSIGNIFICÂNCIA:
SÚMULAS:
STJ:
SÚMULA 606 Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de
internet via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997;
SÚMULA 599 princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
SÚMULA 589 É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados
contra a mulher no âmbito das relações domésticas;
SÚMULA 383 A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de menor é, em princípio,
do foro do domicílio do detentor de sua guarda.
QUESTÕES:
- Art. 9º — A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para:
I — Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;
II — Sujeitá-lo a medida de segurança.
- CRIMES À DISTÂNCIA - Crime à distância é um conceito do Direito Penal criado para dirimir dificuldades
quanto à aplicação da lei penal no espaço e delimitação de competência para ação penal e, para tal modalidade de
crime, é imprescindível o envolvimento territorial de mais de uma Nação no delito.
DIFERENTE da teoria da ATIVIDADE e do RESULTADO.
- No caso da extraterritorialidade incondicionada, por causa da gravidade dos crimes, aplica-se a lei brasileira
independentemente de alguma condição, mesmo que o indivíduo tenha sido absolvido ou condenado no estrangeiro.
(incondicionada = independente)
- Pelo princípio real (lembrar de REALEZA = P.R), da proteção ou da defesa, ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro, os crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da República, tratando-se de hipótese
de extraterritorialidade incondicionada. (gravidade extrema).
- Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de genocídio, quando o agente for brasileiro
ou domiciliado no Brasil. Trata-se de aplicação do princípio da justiça universal ou cosmopolita e hipótese de
extraterritorialidade incondicionada.
d) EFETIVA APLICAÇÃO DE APENAS UMA DELAS: somente uma norma é aplicável, por isso o conflito é aparente.
Subsidiariedade
Especialidade
Consunção
Alternatividade
- Na bagatela própria o fato já nasce atípico, em decorrência da ausência da tipicidade material. Ex: furto de caneta
Bic. Já na bagatela imprópria o fato é típico, ou seja, há tanto a tipicidade formal quanto a tipicidade material, mas ao
longo do processo a pena se torna desnecessária. Nesse caso, vira uma causa de exclusão da punibilidade. Exemplo:
o sujeito furta um carro. Um carro não é bagatela, portanto não há aí uma bagatela própria. Mas imagine que o sujeito
furtou um carro que era de um amigo, amigo que ele gostava, devolveu o carro, além de tudo acabou ficando preso por
alguns dias, teve prejuízos financeiros e familiares, é primário, tem bons antecedentes, pediu desculpa, ainda pagou
algo extra para o dono da moto, ele não só devolveu, mas pagou algo extra pra vítima e que se mostrou satisfeitíssima.
♦A doutrina vai apontar que o bem jurídico coletivo aparente ou falsos bens jurídicos coletivos são aqueles bem
jurídicos formados pela soma de vários bens jurídicos INDIVIDUAIS, e que são tratados pelo legislador
conjuntamente, a fim de fundamentar a antecipação da tutela penal em determinados casos e legitimar incriminações e
punições abusivas. (Só tem aparência de bem coletivo) Exemplos: Saúde pública; incolumidade pública.
Segundo Sanches: O ato de interpretar é, necessariamente, feito por um sujeito que, empregando
determinado modo, alcança um resultado. (pág 69, Direito Penal, Volume único)
1. Interpretação DECLARATIVA: é aquele em que o interprete apenas DECLARA o significado da norma, pois
considera que a norma “falou” o que o legislador desejava.
2. Interpretação EXTENSIVA - é aquela em que o interprete ESTENDE o significado da norma, pois considera que a
norma “falou” menos do que desejava o legislador. É admitida no direito penal para estender o sentido e o alcance.
3. Interpretação RESTRITIVA - é aquela em que o interprete RESTRINGE o significado da norma, pois considera que
a norma “falou” mais do que desejava o legislado.
4. Interpretação Analógica – A lei penal admite essa interpretação, é recurso que permite a ampliação do conteúdo
da lei penal, através da indicação de fórmula genérica pelo legislador.
5. Interpretação Evolutiva – é a possibilidade de dar novo entendimento a situação que não foi possível ser prevista
pelo legislador ao aprovar a Lei. Desde já, devo esclarecer que essa interpretação em Direito Penal pode às vezes
distorcer a vontade do legislador e também afrontar o princípio da legalidade estrita.
TEORIA DO CRIME
1. CRIME IMPOSSÍVEL: Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
SÚMULA 567 Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança
no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de
furto.
SÚMULA 145 Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação.
2. CRIME CONSUMADO: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
3. CRIME TENTADO: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
OBS: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída
de 1 a 2/3.
♦ DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA: o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
♦ ARREPENDIMENTO EFICAZ: Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano
ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida
de 1 a 2/3.
O arrependimento posterior alcança qualquer crime que com ele seja compatível, e não apenas os delitos
contra o patrimônio. Raciocínio diverso levaria à conclusão de que essa figura penal deveria estar prevista no título
dos crimes contra o patrimônio, e não na Parte Geral do Código Penal. (EX: Lesão corporal leve, o agressor paga
os remédios).
- Teoria Unitária ou Monista que é adota pelo código (os 2 respondem por 1 só crime. Exceção Teoria
PLUARISTA E DUALISTA. Ex: Corrupção ativa e Corrupção passiva, em uma responde pelo C.P e na outra
responde por crime especial por ser funcionário público).
- Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado > Perante a administração pública > Advocacia administrativa
(321, CP);
patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado > perante a administração fazendária > Crime funcional contra
a ordem tributária.
- O crime de furto é classificado, em regra, como crime instantâneo. Não obstante, ele está dentre os delitos
denominados como eventualmente permanentes, ou seja, em determinados casos ele pode ser permanente, como é
o caso de furto de energia elétrica.
- Crimes formais também pode ser chamo de Resultado Cortado, ou seja, basta um elemento para configurar.
Ex: trafico.
- Pelo preso que busca fugir do estabelecimento no qual encontra-se encarcerado não configura o delito de dano
qualificado, porque ausente o dolo específico (animus nocendi), sendo, pois, atípica a conduta. (STJ, HC 260350 / GO,
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, 13/05/2014).
Teoria causalista - é necessário um resultado. Explica os crimes materiais, mas peca ao não explicar os crimes
formais ou de mera conduta, vez que estes prescindem de resultado naturalístico
Teoria finalista (adotada pelo CP) - dolo e culpa na tipicidade. Em razão disto, pode ser tripartite (crime = fato típico,
ilícito e culpável) ou bipartite (crime = fato típico e ilícito)
Teoria clássica - dolo e culpa na culpabilidade. Em decorrência, apenas pode adotar a teoria tripartite (crime = fato
típico, ilícito e culpável), vez que, caso contrário, teríamos a responsabilidade objetiva.
Relembrar é viver:
Para a teoria finalista, o dolo e a culpa se encontram na tipicidade. Desta maneira, temos:
-Doutrina - No estado de necessidade agressivo, a conduta é dirigida contra terceiros, como, por exemplo, o
caminhão desgovernado que, para não atingir uma multidão, choca-se com um carro. Já na legítima defesa, a
conduta só pode ser dirigida contra o próprio agressor.
-Doutrina - É possível o estado de necessidade contra outro estado de necessidade (recíproco), como, por
exemplo, dois náufragos que disputam um salva-vidas.
-Doutrina - É vedado o estado de necessidade em crimes habituais ou permanentes, como, por exemplo, pai que
submete o filho a cárcere privado para evitar que ele utilize drogas.
-Doutrina - O erro na execução não afasta o estado de necessidade, considera-se o que o agente visava, como,
por exemplo, pretendendo atirar em um cão raivoso, acerta uma pessoa por erro.
♦ Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza,
só responde pelos atos já praticados. É tido pela doutrina como: PONTE DE OURO - O agente está diante de um fato
cujo resultado material é alcançável, mas, até que ocorra a consumação, abre-se a possibilidade (ponte de ouro) para
que o agente retorne à situação de licitude, seja desistindo de prosseguir na execução, seja atuando positivamente no
intuito de impedir a ocorrência do resultado.
- PONTE DE PRATA Arrependimento POSTERIOR 1 a 2/3, Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
- Elementos estruturais do crime culposo: conduta inicial voluntária*, violação de um dever de cuidado
objetivo (imprudência, negligência ou imperícia), resultado naturalístico involuntário, nexo causal entre conduta e
resultado, tipicidade, previsibilidade.
- O critério para diminuição da pena no crime tentado está relacionado com a maior ou a menor proximidade da
consumação, quer dizer, a distância percorrida do iter criminis.
- Tentativa perfeita (ou acabada ou crime falho): o agente, apesar de utilizar-se de todos os meios que detinha à
sua disposição, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade.
- Crimes de mera conduta são crimes sem resultado, em que a conduta do agente, por si só, configura o crime,
independentemente de qualquer alteração do mundo exterior. EX: porte ilegal de arma de fogo.
- Animal é utilizado como instrumento por alguém para atacar outrem - legitima defesa.
-Exaurimento fica fora do iter criminis, ou seja, como o ato final do iter criminis é a consumação, não haverá a
necessidade de haver o exaurimento.
1- COGITAÇÂO
2- PREPARAÇÃO
3- EXECUÇÃO
4- CONSUMAÇÃO
1- CRIME AUTÔNOMO
2- QUALIFICADORA
3- MAJORANTE
4- AGRAVANTE
5- CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL
EXCLUDENTES
> ILICITUDE (LEEE)
L-Legitima Defesa
E-Estado de necessidade
E-Estrito Cumprimento do dever legal
E- Exercício regular do direito
> TIPICIDADE
(CCEEMP)
C-Caso fortuito
C-Coação Física Irresistível***
E-Estado de Inocência
E-Erro de Tipo inevitável
M-Movimentos Reflexos
P-Princípio da Insignificância
> CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE (AME)
A-Anomalia Psíquica
M-Menoridade
E-Embriaguez Acidental Completa
- Em relação à tentativa, adotamos a teoria OBJETIVA FORMAL OU LÓGICO - FORMAL
- Teoria subjetiva: não há transição dos atos preparatórios para os atos executórios. O que interessa é o plano interno
do autor, a vontade criminosa, existente em quaisquer dos atos que compõem o iter criminis, logo, tanto a fase da
preparação como a fase da execução importam na punição do agente.
- Erro vencível (evitável, inescusável), exclui-se o dolo, mas o autor responde por culpa, se prevista no tipo legal.
ERRO NA EXECUÇÃO:
Aberratio ictus: execução errada + vítima errada.
Error in persona: execução certa + vítima errada.
Aberratio criminis: execução certa + vítima certa + crime errado.
Erro acidental é o que não versa sobre os elementos ou circunstâncias do crime, incidindo sobre dados acidentais
do delito ou sobre a conduta de sua execução; não impede o sujeito de compreender o caráter ilícito de seu
comportamento; o erro acidental não exclui o dolo; são casos de erro acidental: o erro sobre o objeto; sobre pessoa;
na execução; resultado diverso do pretendido (aberratio criminis).
Erro sobre objeto (error in objecto) ocorre quando o sujeito supõe que sua conduta recai sobre determinada coisa,
sendo que na realidade incide sobre outra; é o caso do sujeito subtrair açúcar supondo tratar-se de farinha.
Erro sobre pessoa (error in persona) ocorre quando há erro de representação, em face do qual o sujeito atinge
uma pessoa supondo tratar-se da que pretendia ofender; ele pretende atingir certa pessoa, vindo a ofender outra
inocente pensando tratar-se da primeira.
Erro na execução (aberratio ictus) ocorre quando o sujeito, pretendendo atingir uma pessoa, vem a ofender outra;
há disparidade entre a relação de causalidade pretendida pelo agente e o nexo causal realmente produzido; ele
pretende que em conseqüência de seu comportamento se produza um resultado contra Antônio; realiza a conduta
e causa evento contra Pedro.
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (aberratio criminis) significa desvio do crime; há erro na execução do
tipo; o agente quer atingir um bem jurídico e ofende outro (de espécie diversa).
O exemplo clássico, idealizado por Giuseppe Maggiore, é o do sujeito que atira uma pedra para quebrar uma
vidraça (art. 163 do CP: dano), mas, por erro na execução, atinge uma pessoa que passava pela rua,
lesionando-a (art. 129 do CP: lesões corporais)
Aberratio ictus (erro na execução): Pessoa x Pessoa EX: tacar pedra em uma pessoa (erra e acerta terceiro)
Aberratio criminis (resultado diverso do pretendido): Pessoa x Objeto EX: tacar pedra em uma pessoa (erra e acerta
a janela, por exemplo)
Heterocolocação dolosa: Compreende um grupo de casos nos quais a vítima com consciência e voluntariedade deixa-
se expor ao perigo gerado por um terceiro.
Autocolocarão dolosa: Ocorre quando o agente tem um controle sobre esse perigo, sabe que ele existe e opta se
colocar em perigo. Ex.: Empina a moto, sabendo da possibilidade de cair, o piloto está no controle da moto.
Error in persona: Nesta espécie de erro, há uma equivocada representação do objeto material (pessoa) visado
pelo agente. desconsiderando-se as condições ou qualidades da vítima.
Tipicidade conglobante é uma teoria jurídica criada pelo autor argentino Eugenio Raúl Zaffaroni, visando explicar
a tipicidade (elemento integrante do fato típico) para o direito penal. Essa teoria basicamente entende que não se
pode considerar como típica uma conduta que é fomentada ou tolerada pelo próprio Estado. Em outras palavras, o
que é permitido, fomentado ou determinado por uma norma não pode estar proibido por outra. (ou seja, de maneira
“global”, uma norma tem que aceitar a outra).
♦Dolo de Segundo Grau: o agente sabe que, para alcançar o resultado pretendido, necessariamente, terá que afetar
outro.
♦O STJ entende que mera declaração de estado de pobreza (hipossuficiência) para fins de obtenção do benefício da
justiça gratuita não é considera o tipo penal do art. 299. Trata-se de documento de presunção relativa, que comporta
prova em contrário, por isso não se amolda ao tipo. STJ. 6ª Turma. HC 261.074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard
(Desembargadora convocada do TJ-SE), julgado em 5/8/2014 (Info 546).
- HC 82.605/GO – O STF entende, também, não haver falsidade ideológica a inserção de dados inverídicos em petição
judicial, vez que se trata de simples alegações, posteriormente debatidas em juízo, A doutrina batiza essa conduta de
" Estelionato Judicial".
OBSERVAÇÃO: TIPO é diferente de TIPICIDADE resulta da análise de uma conduta realizada no plano concreto e de
seu posterior enquadramento na previsão abstrata de um comportamento descrito no tipo. A tipicidade nada mais é do
que a subsunção da conduta concreta na conduta abstratamente prevista no tipo.
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
CULPABILIDADE: Tipo CULPOSO está ligado objetivamente ao princípio da legalidade, ao passo que, somente
pode ser considerado culpa quando expressamente previsto em lei.
♦ O crime material só se consuma com a produção do resultado naturalístico, como a morte no homicídio.
♦O crime formal, por sua vez, não exige a produção do resultado para a consumação do crime, ainda que possível
que ele ocorra.
♦ Crime unissubsistente: admite a prática do crime por meio de um único ato. Ex.: injúria verbal.
♦Crime plurissubsistente: exige uma ação consistente em vários atos. Ex.: homicídio ( a pessoa precisa morrer);
EXCLUDENTES DE CULPAILIDADE:
♦ EMBRIAGUEZ:
♦ pega a pena máxima aplicada ao crime, joga no rol do 109 do C.P e terá a prescrição.
exemplo: ROUBO (157), de 4 a 10 anos, no 109 fala que “mínimo 8 e não excede a 12, prescreve em 16 anos” ...
CONCURSO DE CRIMES:
Art. 69 - Concurso material: Cúmulo material (somam-se as penas);
Art. 70, 1ª parte - Concurso formal próprio: Exasperação da pena (pena mais grave aumentada de um sexto
até a metade);
Art. 70, 2ª parte - Concurso formal impróprio: Cúmulo material (somam-se as penas);
Art. 71 - Crime continuado: Exasperação das penas (pena mais grave aumentada de um sexto a dois terços);
Crime continuado
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas,
ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
No caso de crime continuado, o art. 71 do CP prevê que o juiz deverá aplicar a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 a 2/3. O STJ entende que, em regra,
a escolha da quantidade de aumento de pena deve levar em consideração o número de infrações praticadas
pelo agente com base na seguinte tabela:
CONCURSO DE PESSOAS:
Concurso ForMal: 1/6 a Metade
Crime ConTinuado: 1/6 a dois Terços (continuado específico aumenta até o Triplo)
REQUISITOS PARA CONCURSO DE AGENTES
[P.R.I.L]
PLURALIDADE DE AGENTES E CONDUTAS;
IDENTIDADE DO CRIME;
LIAME SUBJETIVO;
Para essa teoria, ainda que o fato criminoso tenha sido praticado por vários agentes, conserva-se único e indivisível.
Contudo, excepcionalmente, há previsão no Código Penal da teoria pluralista.
A teoria pluralista é aplicada quando há criação de tipos penais distintos para agentes que buscam o mesmo
resultado criminoso.
Exemplo: O funcionário público que deixa de coibir, deliberadamente, o descaminho responde pelo art. 334 do Código
Penal?
A resposta é NÃO.
Trata-se de uma exceção à teoria monista do concurso de pessoas.
Dessa forma, o particular responde pelo descaminho, ao passo que ao funcionário público será imputado o crime
de facilitação de contrabando ou descaminho (CP, art. 318).
♦ I. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade.
- Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis,
se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
♦Coautoria: relação autor + autor - é a própria autoria realizada por mais de um agente, ligados por uma relação
subjetiva.
- Participação: relação autor + partícipe - autor realiza as elementares típicas, enquanto o partícipe, sem praticá-las,
contribui para o resultado de forma acessória - sua punição decorre da norma de extensão constante no art. 29 do CP
- Teoria da acessoriedade limitada.
- Autoria mediata: relação autor mediato + autor imediato - O autor mediato se vale de alguém, como seu
instrumento, para praticar o crime. Doutrina tradicional considera que só haverá autoria mediata quando o agente-
instrumento for inimputável, vítima de coação ou erro, situações de erro de tipo inevitável provocado por terceiro, ou
seja, situações em que este desconheça a natureza do fato praticado.
- Autoria colateral ou imprópria: quando dois ou mais agentes, um desconhecendo a contribuição do outro,
concentram suas condutas para o cometimento de uma mesma infração penal (não há vínculo subjetivo entre os autores
afasta o concurso de pessoas).
No âmbito da autoria colateral, surge a autoria incerta, a autoria incerta ocorre quando não é possível apurar com
precisão qual foi a conduta que efetivamente produziu o resultado. Nesse caso, ambos respondem pela tentativa,
abstraindo-se o resultado, cuja autoria é desconhecida.
a) condutas paralelas: quando todos, pretendendo alcançar um fim único, auxiliam-se mutuamente na execução do
tipo penal, como ocorre na associação criminosa;
b) condutas convergentes ou bilaterais: quando o tipo pressupõe a atuaçâo de dois agentes cujas condutas são
propensas a se encontrar —pois partem de pontos opostos —, a exemplo do que ocorre na bigamia;
c) condutas contrapostas ou divergentes: quando os agentes dirigem suas ações uns contra os outros, como
acontece na rixa.
Consunção: Existe uma relação de fins e meios (um delito é o meio para que se chegue ao outro) ou mesmo de
necessidade (um crime é uma fase para o outro, sendo necessária sua execução para que se pratique o segundo
tipo penal). (ex.: crime de homicídio. Para matar alguém, necessariamente o agente irá perpetrar lesões corporais
na vítima, sendo esse delito considerado como o crime de passagem.)
Alternatividade: Ocorre quando o crime possui vários núcleos. A prática de qualquer deles responsabiliza o agente
por um único delito (ex.: art. 33 da Lei de Drogas).
Subsidiariedade: Temos uma norma menos grave (subsidiária), que descreve um crime autônomo, e uma norma
mais grave (primária), que descreve uma segunda conduta e que prevalecerá sobre aquela.
Especialidade: O tipo penal específico prevalece sobre o tipo penal genérico
♦EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA.
II - os crimes:
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
INFORMATIVO/JURISPRUDÊNCIA/SÚMULAS:
Juris em teses STJ - 6. O crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do CP) é de natureza material e
exige a constituição definitiva do débito tributário perante o âmbito administrativo para configurar-se como conduta
típica.
- uris em teses STJ - 11. É inaplicável o princípio da consunção entre os crimes de receptação e porte ilegal de
arma de fogo por serem delitos autônomos e de natureza jurídica distinta, devendo o agente responder por ambos os
delitos em concurso material.
FURTO: O bem jurídico tutelado no crime de furto é APENAS o patrimônio, ou seja, o furto é um crime que lesa apenas
um bem jurídico. Entretanto, a Doutrina é PACÍFICA ao entender que não se tutela apenas a propriedade, mas qualquer
forma de dominação sobre a coisa (propriedade, posse edetenção legítimas)
b) diminuí-la de 1 / 3 a 2 / 3 ;
♦ STJ: " Consuma-se o crime de furto com a posse de fato da res furtiva, ainda que por breve espaço de tempo e
seguida de perseguição ao agente, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada".
♦ a nova Lei 14.155/21 traz uma nova qualificadora, que é a do furto mediante fraude cometido por meio de
dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de
mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
SÚMULAS:
STJ Súmula 511: é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de
furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e
a qualificadora for de ordem objetiva. Portanto, é possível o furto qualificado-privilegiado.
SÚMULA 442 É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do
roubo.
SÚMULA 130 A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos
em seu estacionamento.
OBS: pouco importando a existência de aviso em sentido diverso ou ser o estacionamento gratuito ou
pago.
ROUBO:
circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso
proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
- Roubo impróprio = há progressão criminosa, inicialmente o agente pretende furtar e posterior a grave ameaça.
SÚMULAS STF/STJ:
SÚMULA 582 Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de
violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao
agente e recuperação da coisaroubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
SÚMULA 443 O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número
de majorantes.
SÚMULA 442 É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.
EXTORSÃO:
AUMENTO DE PENA, ART.158, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
Informativo STJ: Em extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, sendo essa condição
necessária para a obtenção da vantagem econômica (art. 158, § 3º, do CP), é possível a incidência da
causa de aumento prevista no § 1º do art. 158 do CP (crime cometido por duas ou mais pessoas ou com
emprego de arma)
USURPAÇÃO:
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo
♦ ESTELIONATO:
FURTO MEDIANTE FRAUDE - A fraude empregada pelo agente visa diminuir a vigilância da vítima a fim de
possibilitar a subtração.
ESTELIONATO - A fraude busca fazer com a vítima incida em erro e entregue espontaneamente o objeto ao agente.
FURTO MEDIANTE FRAUDE - A vontade de alterar a posse no furto é unilateral (apenas o agente quer)
CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA ⇒ Exigir vantagem indevida para não lançar OU cobrar
tributo OU cobrá-lo parcialmente
FAVORECIMENTO REAL ⇒ Guarda o produto do crime por ter relação (afeto, parentesco, amizade) com o autor
do fato. (Não isenta nada)
FAVORECIMENTO REAL IMPROPRIO ⇒ Particular que entra com Aparelho Telefônico em Presídio
Resistência => opor-se à ato LEGAL de funcionário público com violência/ameaça etc. (coloca fora contra o
funcionário pub.). Lembrando que a Resistência PASSIVA (só resiste fisicamente) não configura crime!
Desacato => é o ato de "xingar" o funcionário público no exercício de sua profissão ou em razão dela. (Sujeito
primário é o ESTADO, quem o representa é o sujeito passivo secundário)
Desobediência => é quando o agente desobedece a uma ordem legal de funcionário público.
- Patrocínio Sucessivo (Tergiversação): Renúncia ou é dispensado por uma parte e passa em seguida representar a
parte contrária na mesma causa.
- fugir – ou tentar fugir – da prisão não é um crime. Óbvio que se o preso destruir algo ou machucar alguém, responderá
por esses crimes, mas a fuga em si não é um crime. Um condenado que tenta escapar não é condenado a uma nova
pena e tampouco volta a cumpri-la do zero.
-Violação do segredo profissional (quem tem dever funcional) ≠ Violação de sigilo funcional (qualquer func.
Públ.).
♦ O mero proveito econômico não é suficiente para tipificar o crime de peculato-desvio. É necessário que o
agente pratique alguma conduta voltada ao desvio de verbas/recursos públicos. (a obtenção livre, sem o desvio,
seria apenas peculato).
♦CONCUSSÃO: a pessoa que está coagida, se entregar a vantagem indevida, não comete crime!
♦Súmula 599 do STJ: o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
♦ EM REGRA, os crimes de corrupção passiva e ativa, por estarem previstos em tipos penais distintos e
autônomos SÃO INDEPENDENTES, de modo que a comprovação de um deles não pressupõe a do outro - não há
bilateralidade.
Veja Tese 16: Não há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa, uma vez que estão previstos em
tipos penais distintos e autônomos, são independentes e a comprovação de um deles não pressupõe a do outro.
A existência da corrupção ativa independe da passiva, isto é, a bilateralidade não é requisito indispensável (RT
736/627).
EXCEÇÃO - Excepcionalmente, parte da Doutrina sustenta que, quando configurar o art. 317 do CP (corrupção
PASSIVA) na modalidade “receber", significa que alguém "ofereceu” modo a também configurar o art. 333
(corrupção ATIVA).
Por outro lado, se ocorrer o art. 317 do CP em razão de o agente "aceitar promessa", estaria configurado o art. 333 do
CP, já que alguém teria "prometido".
Por isso se diz que, em alguns casos haveria bilateralidade entre os crimes. Assim, quando a existência de uma
modalidade depende da existência da outra, será hipótese de crime bilateral. (RESPOSTA DA QUESTÃO AGU
2023)
♦Violência Institucional
Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou a testemunha de crimes violentos a procedimentos desnecessários,
repetitivos ou invasivos, que a leve a reviver, sem estrita necessidade:
I - a situação de violência; ou
DESCAMINHO = importar ou exportar mercadorias permitidas (com o fim de não pagar imposto).
♦ SÚMULAS STJ/STF:
SÚMULA 651 Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão em razão da
prática de improbidade administrativa, independentemente de prévia condenação, por autoridade judiciária, à perda
da função pública.
SÚMULA 650 A autoridade administrativa não dispõe de discricionariedade para aplicar ao servidor pena diversa
dedemissão quando caraterizadas as hipóteses previstas no art. 132 da Lei n. 8.112/1990.
SÚMULA 641 A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos
fatosa serem apurados.
SÚMULA 611 Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a
instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de
autotutela imposto à Administração.
SÚMULA 20 STF: É necessário processo administrativo com ampla defesa, para demissão de funcionário admitido
por concurso.
No decorrer da história do direito penal, houveram três correntes que tentaram explicar a natureza da pena. São elas:
absoluta (retributiva), relativa (utilitarista) e mista (eclética).
Teoria Absoluta da Pena (retributiva): A natureza da pena é puramente retributiva. O direito de punir do Estado
surge com o delito cometido. Pune-se o mal com o mal, seja por uma questão ética, moral, religiosa, jurídica, social
e etc.
Teoria Relativa da Pena (utilitarista): A natureza da pena é ao mesmo tempo sua finalidade: a de prevenir nova
ocorrência de crime. Essa prevenção tem dois aspectos. O primeiro é geral, uma vez que todos são intimidados a
não cometer crimes, pois sabem que sofrerão punições. O segundo aspecto é particular, pois se aplica a pena ao
autor do delito. Pela teoria relativa, todos estão sob a intimidação da pena.
Teoria Mista da Pena (eclética): Mescla a retributiva com a utilitarista. A natureza da pena é retributiva, mas sua
finalidade é preventiva, educativa e corretiva.
Escola da Defesa Social: A sociedade é defendida somente se as penas visarem a adaptação do delinquente à
vida social. Para esta escola, é inconcebível dizer que a pena tem natureza retributiva. Ao invés disso, adotou-se
a teoria da ressocialização.
2 – Conceito de pena
O conceito de pena pode ser estudado sob três aspectos: substancial (material), formal e teleológico.
Assim, a pena é uma medida aflitiva imposta pelo Estado e aplicada no momento em que alguém comete um delito,
sendo sua finalidade prevenir a ocorrência de novos crimes e defender a sociedade.
3 – Princípios da pena
Legalidade: A pena deve ser cominada previamente na lei. Nullum poena sine lege. Art. 1º CP.
Personalidade: Nenhuma pena deve passar da pessoa do condenado (Art. 5º XLV, CF/88). Porém, a
própria Constituição permite expressamente uma exceção: a pena de perda de bens pode ser estendida aos
sucessores, no limite do valor do patrimônio transferido. (Art. 5º XLV).
Proporcionalidade: A pena deve guardar proporção com o crime cometido. Entretanto, CF/88, no art. 5º XLVI,
estipula que a individualização da pena deve ser regulada por lei. O CP, para individualizar a pena, leva em conta
vários fatores, como conduta do agente, personalidade, reincidência, etc., podendo a pena ser abrandada por estes
fatores legais, deixando, portanto, de ser proporcional ao delito cometido.
Inderrogabilidade: A pena é inderrogável, ou seja, quando aplicada, o indivíduo deve cumprí-la. Esta característica
também tem exceções previstas pelo CP, como suspensão condicional do processo, livramento condicional, perdão
judicial, extinção da punibilidade, etc.
SUMULAS:
STJ:
Súmula 74 - Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil.
(Súmula 74, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 15/04/1993, DJ 20/04/1993)
Súmula 171 - Cominadas cumulativamente, em lei especial, penas privativa de liberdade e pecuniária, é defeso a
substituição da prisão por multa. (Súmula 171, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23/10/1996, DJ 31/10/1996)
Súmula 231 - A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo
legal. (Súmula 231, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/09/1999, DJ 15/10/1999)
Súmula 241 - A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente,
como circunstância judicial. (Súmula 241, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23/08/2000, DJe 15/09/2000)
Súmula 269 - É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual
ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. (Súmula 269, TERCEIRA SEÇÃO, julgado
em 22/05/2002, DJ 29/05/2002 p. 135)
Súmula 440 - Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais
gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito. (Súmula
440, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
Súmula 442 - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.
(Súmula 442, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
Súmula 443 - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de
majorantes. (Súmula 443, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
Súmula 444 - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
(Súmula 444, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010)
Súmula 493 - É inadmissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime
aberto. (Súmula 493, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 13/08/2012)
Súmula 511 - É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime
de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora
for de ordem objetiva.(Súmula 511, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 11/06/2014, DJe 16/06/2014)
Súmula 545 - Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador, o réu fará jus
à atenuante prevista no art. 65, III, d, do Código Penal. (Súmula 545, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/10/2015,
DJe 19/10/2015)
SÚMULA 587 - Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006, é desnecessária a
efetiva transposição de fronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da
intenção de realizar o tráfico interestadual. (Súmula 587, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/09/2017, DJe
18/09/2017)
Súmula 607 - A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a
prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. (Súmula
607, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 11/04/2018, DJe 17/04/2018)
Súmula 630 - A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes
exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade
para uso próprio. (Súmula 630, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/04/2019, DJe 29/04/2019)
Súmula 636 - A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes
e a reincidência. (Súmula 636, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 26/06/2019, DJe 27/06/2019);
SÚMULA 718 STF - A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação
idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada.
difamação = fofoca
Calunia = imputar Crime
injuria = xingar diretamente a pessoa
CRIMES CONTRA A HONRA MAJORADOS:
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos
Deputados ou do Supremo Tribunal Federal;
na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
contra criança, adolescente, pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou pessoa com deficiência, exceto na hipótese
prevista no § 3º do art. 140 deste Código.
SÚMULA:
Não se admite a exceção da verdade quando o excipiente não consegue demonstrar a veracidade da prática
de conduta criminosa do excepto. Julgados: AgRg no AREsp 1068510/RS;
Os deputados federais e os senadores gozam de imunidade parlamentar material, o que afasta a tipicidade
de eventuais condutas, em tese, ofensivas à honra praticadas no âmbito de suas atuações político-legislativas
(art. 53 da CF/1988), prerrogativa estendida aos deputados estaduais, a teor do disposto no art. 27, § 1º,
da CF/1988. Julgados: HC 443385/GO; (ATENTAR-SE A PERTINÊNCIA TEMÁTICA DA FUNÇÃO).
A imunidade em favor do advogado, no exercício da sua atividade profissional, insculpida no art. 7º, § 2º, do
Estatuto da OAB (Lei n. 8.906/1994), não abrange o crime de calúnia, restringindo-se aos delitos de injúria e
difamação. Julgados: RHC 100494/PE,
♦INJÚRIA:
♦ Súmula 714 É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à
representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de
suas funções.
1) Para a configuração dos crimes contra a honra, exige-se a demonstração mínima do intento positivo e deliberado
de ofender a honra alheia (dolo específico), o denominadoanimus caluniandi, diffamandi vel injuriandi.
♦ DIFAMAÇÃO – 139 CP
Difamar alguém, imputando-lhe FATO ofensivo à sua reputação: Detenção de 3 meses a 1 ano.
-> Exemplo: Pedro traiu a namorada ontem. Pedro joga no bicho. Pedro bebeu até cair na cidade vizinha. Fulano
perturba a tranquilidade do bairro (caiu na PC-GO 2023)
1. Agente imputa um fato desonroso, podendo ser verdadeiro ou falso e não tipificado como crime.
6. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é FUNCIONÁRIO PÚBLICO (deve ser func público no
momento da ofensa) e a OFENSA é relativa ao exercício de suas funções.
♦ CALÚNIA
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: (Tem que haver um contexto)
OBS: o ATO de alguém falar que fulano é ladra, por si sí, sem um contexto é DIFAMAÇÃO.
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
♦Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de
pena.
"A retratação da calúnia, feita antes da sentença, acarreta a extinção da punibilidade do agente independente
de aceitação do ofendido." NADA
IMPEDE A PROPOSITURA DA REPARAÇÃO CÍVEL !!!
STJ. Corte Especial. APn 912/RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 03/03/2021 (Info 687).
Para a caracterização do crime de calúnia, é indispensável que o agente que atribui a alguém fato definido como
crime tenha conhecimento da falsidade da imputação.
O crime de calúnia não se contenta com afirmações genéricas e de cunho abstrato, devendo a inicial acusatória
conter a descrição de fato específico, marcado no tempo, que teria sido falsamente praticado pela pretensa
vítima.
♦ FEMINICÍDIO: neologismo surgiu para nominar os assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero;
Para se enquadrar o assassinato de uma mulher como crime de feminicídio, é necessário que o autor
tenha cometido o ato em razão de violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à
condição de mulher. Dessa forma, nem todos os assassinatos de mulheres são considerados
feminicídios.
Diferente do FEMICÍDIO é o homicídio que tem como vítima a mulher
Feminicídio: Aumento de 1/3 a ½
Durante a gestação ou até 3 meses após o parto;
Contra maior de 60 anos;
Com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou
de vulnerabilidade física ou mental;
Na presença de ascendente ou descendente;
Descumprimento de medidas protetivas de urgência
Natureza dessa qualificadora: doutrina (subjetiva) e STJ (objetiva)
*Responde por lesão corporal: se resultar em lesão gravíssima + vítima menor de 14 anos ou não
tenha necessário discernimento do ato
*Reponde por homicídio: se resultar em morte + vítima menor de 14 anos ou não tenha necessário
discernimento do ato.
*rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real = até o DOBRO (Lep Top DELL)
- O STJ mais precisamente no REsp 1.467.888/GO afirmou que os mesmos motivos que permitem a interrupção da
gravidez na anencefalia podem ser reproduzidos na síndrome de body stalk.
HOMICÍDIO:
Conceito de homicídio: eliminação da vida humana extra-uterina, provocada por outra pessoa.
Tipo ou preceito primário da norma penal: matar alguém
homicídio simples;
homicídio qualificado;
homicídio privilegiado;
HOMICÍDIO QUALIFICADO
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
motivo de relevante valor social ou moral;
aquele que é reconhecido pela sociedade como digno de respeito ou consideração, como a defesa
da honra ou da família.
ADENDO: Legítima defesa da honra – por traição em relacionamento-, não entra!
a atuação do agente sob violenta emoção;
A violenta emoção é aquela que abala profundamente o estado psicológico do agente, como a raiva,
o medo...
relação de causalidade entre essa emoção e a injusta provocação da vítima .
A injusta provocação da vítima é aquela que desencadeia ou intensifica essa emoção no agente,
como uma ofensa grave ou uma agressão física.
JURISPRUDÊNCIAS:
RE 785.122/SP STJ - A vingança ou o ciúme, por si só, não qualificam o homicídio por motivo torpe ou fútil,
dependendo de motivação específica.
RE 182.524/DF STJ - A anterior discussão entre autor e vítima, por si só, não afasta o motivo fútil.
HC 433.898/RS STJ - No crime de homicídio, é possível a aplicação de duas qualificadoras quando forem de ordem
diversas.
RE 1.220.094/MG STJ - A lesão corporal que provoca a perda de dois dentes na vítima tem natureza grave.
HC 114.567/ES STF - A ausência de laudo pericial não impede que seja reconhecida a materialidade do delito de
lesão corporal de natureza grave por outros meios.
HC 689.921/SP STJ - A qualificadora de deformidade permanente no crime de lesão corporal só abrange o dano
físico.
RE 1.094.758/RS STJ - Não configura o crime de lesão corporal seguida de morte se a conduta do agente não foi
a causa imediata do resultado morte, estando ausente nexo causal.
SÚMULAS e informativos:
É cabível o acesso aos elementos de prova já documentados nos autos de inquérito policial aos familiares
das vítimas, por meio de seus advogados ou defensores públicos, em observância aos limites estabelecidos
pela Súmula Vinculante n. 14.
Súmula Vinculante 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
No âmbito do Tribunal do Júri, não há nulidade na formulação de quesito a respeito do dolo eventual,
quando a defesa apresenta tese no sentido de desclassificar o crime para lesão corporal seguida de morte,
ainda que a questão não tenha sido discutida em plenário. AREsp 1.883.314-DF
Há nulidade no quesito que não questiona os jurados sobre a ciência dos mandantes do crime em relação
ao modus operandi pelos executores diretos - emboscada -, já que as qualificadoras objetivas do homicídio só
se comunicam entre os coautores desde que tenham ciência do fato que qualifica o crime. REsp 1.973.397-
MG
Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 492, I,
do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da pena
mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de
reclusão. AgRg no HC 714.884-SP,
CORRELATO:
- Com base na decisão do Supremo Tribunal Federal decidiu, a interrupção da gravidez de feto anencéfalo não pode
sequer ser chamada de aborto.
- O quadro clínico produzido pelo body stalk é substancialmente diverso daquele oriundo da anencefalia fetal, embora
a principal consequência seja a mesma: inviabilidade de vida extrauterina. No entanto, o body stalk não se caracteriza
pela ausência de ondas cerebrais, de modo que é impossível invocar a Lei nº 9437/1997 como fundamentação. Em
outras palavras: o bem jurídico vida intrauterina, notoriamente tutelado pelo direito penal, existe.
É preciso conferir interpretação conforme a Constituição aos arts. 124 a 126 do Código Penal –que tipificam o crime
de aborto – para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro
trimestre.
A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher,
STF. 1a Turma. HC 124306/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.Min. Roberto Barroso, julgado em
29/11/2016 (Info 849). OBS: (não se sabe como o Plenário decidiria)
- A transmissão intencional do vírus HIV configura o crime de lesão corporal gravíssima. (antigamente entendia
como tentativa de homicídio).
- Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de
homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar. STJ. 6ª Turma. HC 433.898-RS, Rel.
Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Info 625).
- Para desaforamento de Juri, não basta o pedido fundado em divulgação da mídia, tem que haver o risco efetivo de
imparcialidade ou risco a vida do réu.
1. importunação sexual- é quando alguém pratica contra outra pessoa ato libidinoso sem a permissão da vítima.
2. Assédio sexual - se configura quando há um constrangimento com o fim de ter vantagem sexual numa
relação de cargo ou função
3. atos obscenos - são praticados em locais públicos, mas que não são direcionados a determinado alguém, não se
caracterizam como importunação sexual, mas como “atos obscenos ”.
4. estupro simples - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar
ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
5. violação sexual mediante fraude- O crime está previsto no artigo 215 do Código Penal. Esse artigo diz que é
crime: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça
ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima
6. satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente- Praticar conjunção carnal com o parceiro
na presença de menor de catorze anos de idade, a fim de satisfazer a própria lascívia.
OBS:
importunação é subsidiário
A natureza subsidiária do delito de importunação sexual significa que ele só restará caracterizado se a conduta praticada
preencher todos os elementos de tipicidade penal previstos no artigo 215-A,.
Exemplo > se o cara passa a mão na mulher, só será importunação sexual se o fato não constituir crime mais grave,
ou seja, se o agente emprega violência ou grave ameaça pode caracterizar Estupro ou Estupro de vulnerável.
SÚMULAS/INFORMATIVOS:
Informativo 658 do STJ - é possível a configuração do delito de assédio sexual na relação entre professor e
aluno
INFORMATIVO 685-STJ: O mentor intelectual dos atos libidinosos responde pelo crime de estupro de
vulnerável. O estupro de vulnerável se consuma com a prática de qualquer ato de libidinagem ofensivo à dignidade
sexual da vítima. Para que se configure ato libidinoso, não se exige contato físico entre ofensor e vítima. Assim,
doutrina e jurisprudência sustentam a prescindibilidade do contato físico direto do réu com a vítima, a fim de
priorizar o nexo causal entre o ato praticado pelo acusado, destinado à satisfação da sua lascívia, e o efetivo dano
à dignidade sexual sofrido pela ofendida. STJ. 6ª Turma. HC 478.310, Rel. Min. Rogério Schietti, julgado em
09/02/2021 (Info 685).
Informativo 631-STJ: Mesmo após as alterações legislativas introduzidas pela Lei nº 12.015/2009, a conduta
consistente em manter “Casa de Prostituição” segue sendo crime tipificado no art. 229 do Código Penal. Todavia,
com a novel legislação, passou-se a exigir a “exploração sexual” como elemento normativo do tipo, de modo que a
conduta consistente em manter casa para fins libidinosos, por si só, não mais caracteriza crime, sendo
necessário, para a configuração do delito, que haja exploração sexual, assim entendida como a violação à
liberdade das pessoas que ali exercem a mercancia carnal. STJ. 6ª Turma. REsp 1.683.375-SP, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 14/08/2018 (Info 631).
Informativo nº 772, 2 de maio de 2023: O delito de registro não autorizado da intimidade sexual (art.
216-B do CP) possui a natureza de ação penal pública incondicionada.
Informativo nº 685 22 de fevereiro de 2021.O mentor intelectual dos atos libidinosos responde pelo crime
de estupro de vulnerável
♦ O delito de satisfação de lascívia mediante a presença de criança e adolescente exige dolo e, além disso, elemento
subjetivo especial do tipo, consistente na intenção de satisfazer a lascívia própria ou alheia:
Existem 2 exceções, vamos lá, resumidamente :
1° - Tem o caso conhecido como "Romeu e Julieta ": Adolescente que faz sexo com menor de 14 anos não
comete ato infracional equiparado a estupro de vulnerável, desde que a relação tenha sido consensual, sem
registro de violência e sem provocar traumas psicológicos. DIFERENÇA DE 5 ANOS ENTRE AUTOR E
VÍTIMA. 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
2° - Trata-se de réu que, adolescente, iniciou namoro com menor de 14 anos com a permissão e o consentimento
dos pais dela. Desse relacionamento, resultou um filho. De forma consensual, eles decidiram morar juntos na
casa dos pais do adolescente, que trabalha para sustentar a família. A vítima, por sua vez, continua estudante e
deseja manter a união com o réu.
Aqui fora ponderado vário princípios e, na minha ótica - o mais importante foi esse voto : Para o ministro Reynaldo,
as situações devem ser sopesadas de acordo com sua gravidade concreta e com sua relevância social, e não
apenas pela mera subsunção ao tipo penal.
Crimes contra o Consumidor, a Ordem Econômica e Tributária – Lei nº 8.078 de 1990 e Lei nº 8.137 de 1990
♦ Para fins de crimes de sonegação fiscal que envolvam tributos estaduais ou municipais, deve ser analisado
se há lei estadual ou municipal dispensando a execução fiscal no caso de tributos abaixo de determinado valor.
Esse será o parâmetro para a insignificância.
Para a aplicação do referido entendimento aos tributos que não sejam da competência da União, seria necessária
a existência de lei estadual no mesmo sentido, até porque à arrecadação da Fazenda Nacional não se equipara
a das Fazendas estaduais STJ. 6ª Turma. HC 165003/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 20/03/2014
(Info 540).
os juros, a correção monetária e eventuais multas de ofício que incidem sobre o crédito tributário quando ele é
cobrado em execução fiscal não devem ser considerados para fins de cálculo do princípio da
insignificância. STJ. 5ª Turma. RHC 74.756/PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/12/2016.
♦ Súmula 599 do STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública”.
Exceção: descaminho (20 mil reais para STJ e STF)
♦ a- Inadimplemento: não é crime por si só - é o não recolhimento do tributo, mas o débito está devidamente
registrado pelo Fisco. → Ex.: contribuinte declara o fato gerador, cumpre as obrigações acessórias regularmente, mas
não paga o tributo.
- b- Elisão: há uma prática legítima do contribuinte que, por meio de planejamento tributário, faz impedir a ocorrência
do fato gerador, ou de forma a diminuir o valor do tributo a pagar, mas sem que haja a fraude.
# Elusão fiscal: é a prática da elisão mas com práticas entendidas como abusivas. → ex: simulação de negócios
jurídicos .
- c- Sonegação (evasão fiscal): está ligada a crime, que é a supressão ou redução do tributo que se dá por meio
de fraude.
- Para Rogério Sanches, o exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica "consuma-se com a prática
reiterada (habitual) de atos inerentes à profissão sem que haja autorização legal ou mediante excesso. Para a maioria,
não importa os efeitos que os atos causaram àqueles que se submeteram à ação delituosa, pois se trata de crime de
perigo abstrato.
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO ---------> FALSIDADE MATERIAL, por exemplo, elabora no computador e
imprime uma carteira nacional de habilitação falsa.
FALSIDADE IDEOLÓGICA -------> FALSIDADE DAS IDEIAS DAS INFORMAÇÕES, por exemplo: num documento
verdadeiro > nele insere, dolosamente, uma declaração falsa, com
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
♦ Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em
situação de alegada autodefesa.
# Causa de aumento de pena um terço ao dobro (não é qualificadora) no art. 171, § 4º:
a) Se a vítima for pessoa idosa, idade igual ou superior a 60 anos;
b) Se a vítima for pessoa vulnerável.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público:
DOUTRINAS E TEORIAS
Günther Jakobs - funcionalismo sistêmico ou radical: