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DECLARAÇÃO.........................................................................................................................................vii
Declaração De Honra..................................................................................................................................vii
DEDICATÓRIA........................................................................................................................................viii
SIGLAS E ABREVIATURAS....................................................................................................................ix
LISTA DE FIGURAS..................................................................................................................................x
LISTA DE GRÁFICOS..............................................................................................................................xii
LISTA DE TABELAS...............................................................................................................................xiii
RESUMO...................................................................................................................................................xiv
Palavras -chaves: Design, Ergonomia, Energia, Desenvolvimento Rural..................................................xiv
I CAPITULO................................................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................1
1.1 Delimitação do Tema.........................................................................................................................2
1.2 Problematização.................................................................................................................................2
1.3 Objectivos:.........................................................................................................................................3
1.3.1 Geral:...........................................................................................................................................3
1.3.2 Específicos:.................................................................................................................................3
1.4 Justificativa........................................................................................................................................3
1.5 Metodologia.......................................................................................................................................4
1.5.1 Tipos de pesquisa:.......................................................................................................................4
1.5.2 Procedimentos adoptados na colecta de dados.............................................................................6
1.5.3 Entrevistas em Profundidade ou Entrevista Semi-estruturada......................................................6
1.5.4 Pesquisa documental...................................................................................................................7
CAPITULO II..............................................................................................................................................8
ENQUADRAMENTO TEÓRICO...............................................................................................................8
2.1. DESIGN.......................................................................................................................................8
2.2. Design de Produto ou Industrial...................................................................................................9
2.3 ERGONOMIA.....................................................................................................................................10
2.3.1 Conceito de Ergonomia.....................................................................................................................10
2.3.2 Breve historial do surgimento do termo ergonomia...........................................................................11
2.3.3 Tipos de ergonomia...........................................................................................................................12
2.3.4 Usabilidade na concepção de produtos..............................................................................................13
iv
2.4 . ENERGIA................................................................................................................................14
2.4.1 Importância da energia...........................................................................................................15
2.5 Tipos de energias ou fontes de energia.......................................................................................15
2.5.1 No Mundo...........................................................................................................................15
2.6 Energia de fontes renováveis......................................................................................................17
2.6.1 Vantagens do uso das fontes renováveis.............................................................................18
2.6.2 Desvantagens:....................................................................................................................18
2.7 Energia de fontes não renováveis...............................................................................................19
2.7.1 Vantagens...........................................................................................................................19
2.7.2 Desvantagens......................................................................................................................20
2.8 Energia eléctrica.........................................................................................................................20
2.9 Acesso a energia em Moçambique.............................................................................................21
2.10 Acesso a energia nas zonas rurais...............................................................................................23
10.11. Acesso a Energia no Distrito de Barue...................................................................................24
10.12. DESENVOLVIMENTO RURAL...........................................................................................24
2.12.1 O Conceito de Desenvolvimento Rural....................................................................................24
2.12.3 Electrificação rural e a pobreza................................................................................................25
CAPITULO III...........................................................................................................................................28
3. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE DE ESTUDO.......................................................................28
3.1. PUBLICO ALVO.......................................................................................................................28
3.2. Localização.................................................................................................................................29
3.3. Superfície...................................................................................................................................29
3.4. Povoado de Phandira..................................................................................................................31
3.5. Pobreza.......................................................................................................................................31
3.6. Causas de pobreza no povoado de Phandira...............................................................................35
CAPITULO IV...........................................................................................................................................36
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.................................................................................................36
4.1. Questionário dirigido a população de Phandira...............................................................................36
4.1.2. Tipo de iluminação usada pela População no povoado de Phandira.........................................37
4.1.3. Principais problemas consentidos pela população que usa lenham no povoado de Phandira....38
4.2. Número da população de Bárue e no povoado de Phandira.............................................................44
4.3. Iluminação no Distrito de Barué e no povoado de Phandira............................................................45
v
V CAPITULO............................................................................................................................................46
5 PROPOSTA PRATICO DE CANDEEIRO PARA ILUMINAÇÃO EM PHANDIRA......................46
5.1. Algumas Soluções de iluminação nocturna existentes.....................................................................47
5.2. Algumas soluções de iluminação nocturna existentes no povoado de phandira...............................49
5.3. FORMULAÇÃO E ANÁLISE DAS PROPOSTAS........................................................................50
5.4. DESENVOLVIMENTO DA ALTERNATIVA..............................................................................53
5.4.1. Fases da construção..................................................................................................................53
5.5 DESENHO TÉCNICO Figura 40 – desenho técnico.....................................55
5.6 Solução do Problema........................................................................................................................56
5.6. 1 Ilustrações em perspectiva............................................................................................................57
5.7 MEMÓRIA DESCRITIVA..............................................................................................................57
5.7.1. Introdução e objectivo..............................................................................................................57
5.7.2. Inspiração, Função do objecto..................................................................................................58
6.7.3. Condições de utilização e manuseamento.................................................................................58
5.7.4. Constituição física do suporte...................................................................................................58
5.7.5. Modo de Construção.................................................................................................................58
5.7.6. Manutenção..............................................................................................................................59
CONCLUSÃO...........................................................................................................................................60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................61
APÊNDICES..............................................................................................................................................63
vi
DECLARAÇÃO
Declaração De Honra
Eu Boa Pedro Xadreque, Declaro por minha honra que o presente trabalho, é da inteira minha
responsabilidade e é o resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, os seus conteúdos são originais e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que o mesmo trabalho ainda não foi apresentado em nenhuma outra instituição
universitária para a obtenção de grau académico.
________________________________
(Boa Pedro Xadreque)
vii
DEDICATÓRIA
Primeiro agradecer ao me bom Deus todo-poderoso pela vida, dedico também a minha Mãe, a
grande batalhadora, que sempre lutou nessa vida para o meu sucesso, aos meus irmãos Eduardo,
Terezinha, Horácio, Américo, Isac, Chico, que sempre apoiaram de todas as formas, aos meus
amigos, família Quefasse, Gama, Machava, Simango, Santos, Caetano, Jeque, Matapa, Rondinho,
Enio, Com toda a satisfação dedico a todos os docentes do ISArC, em particular os do Curso de
DESIGN, que duma forma muito sábia, souberam transmitir e orientar uma série de
conhecimentos que contribuíram na elaboração deste trabalho com sucesso, não me esquecendo
dos meus colegas do curso que duma forma directa ou indirectamente puderam me apoiaram na
concretização do meu sonho.
A minha dedicatória ainda é extensível aos meus filhos: Alicia, Palmira, Mia, e não me
esquecendo da minha esposa Lurdes que é a minha parceira de todos os tempos, que tanto
contribuiu e encorajou-me para que eu conseguisse chegar neste ponto em que hoje estou.
viii
SIGLAS E ABREVIATURAS
ix
LISTA DE FIGURAS
xi
LISTA DE GRÁFICOS
xii
LISTA DE TABELAS
xiii
RESUMO
xiv
I CAPITULO
1. INTRODUÇÃO
No âmbito das orientações curriculares para o trabalho do final do curso decorrentes no Instituto
Superior de Artes e Cultura (ISArC), foi elaborada a presente Monografia sob o tema: A
intervenção do Design na melhoria de Iluminação em locais sem energia eléctrica.
A maior parte da população moçambicana não tem electricidade em casa, apesar de Moçambique
gerar energia quanto baste para consumir e exportar. Na província de Manica, tal como no resto
do país, segundo o relatório do Centro de Integridade Pública (CIP, 2014:9) menos de um quarto
da população tem acesso à rede eléctrica e o último informe do Presidente da República, do dia
30 de Setembro de 2020, no âmbito do lançamento do programa "Energia para todos 2020 a
2030" indica que 75% da população moçambicana ainda não beneficia da corrente eléctrica. Esta
situação verifica-se principalmente nas zonas rurais.
A falta de corrente eléctrica em muitas regiões do nosso país deve-se a dificuldades de várias
ordens, desde a falta de políticas de expansão da rede eléctrica, passando pela forma
desorganizada e desajustada com que a população se encontra distribuída pelo território, até ao
grande défice de recursos financeiro e humanos para expansão da rede eléctrica, entre outras
razões. (CIP, 2014:3)
1
Este candeeiro revela uma funcionalidade melhor que a maioria das soluções de iluminação
encontradas pelas populações em questão, pois não liberta fumos, permitindo que as populações
possam utilizá-lo depois de escurecer no interior das habitações, e até enquanto estão a dormir.
Trata-se de um candeeiro de iluminação projectado com base no sistema de dínamo, utilizando
ímans e ventoinhas que podem ser encontradas em vários electrodomésticos. Pode-se assim
considerar este projecto um pequeno contributo para a reutilização de equipamentos electrónicos
avariados e que são na maior parte considerados lixo, dando uma nova função a alguns dos seus
componentes. Assumindo o Design como uma área de conhecimento interdisciplinar, acredita-se
que recorrendo a conhecimentos básicos de outras disciplinas como a Física, Matemática e
Química, entre outras, é possível desenvolver-se um projecto que contribuirá para a melhoria da
vida das populações em zonas recônditas onde não existe rede eléctrica.
O referido projecto será desenvolvido no povoado de Phandira, Distrito de Barué, Província de
Manica.
1.2 Problematização
A falta de corrente eléctrica no nosso país é um problema real cujo fim ainda está longe de se ver.
Existem no nosso país Sedes de Distritos, sedes de Localidades e Postos Administrativos sem
acesso a corrente eléctrica. Esforços estão sendo envidados para garantir a interligação destes
pontos com a rede eléctrica através do plano estratégico do governo, intitulado "Energia para
Todos," mas, para além de ser um processo demorado, dificilmente será abrangido todo o nosso
vasto território.
2
Sabe-se que a população destas zonas tem vindo a usar iluminação com candeeiros de petróleo, o
que pode provocar danos à sua saúde, uma vez que aos poucos vão consumindo fumos que
possuem gases nefastos, como o dióxido de carbono e, em alguns casos, o monóxido de carbono,
que é conhecido como uma substância venenosa.
Para além disso, o acesso ao mesmo torna-se dispendioso pois, a somar às subidas frequentes do
preço do petróleo, acrescenta-se que os postos de venda deste combustível ficam muitas vezes
distantes dos povoados, sendo necessário pagar o transporte.
O que pode ser feito de forma que a população das zonas sem corrente eléctrica
tenham iluminação de qualidade?
1.3 Objectivos:
1.3.1 Geral:
1.3.2 Específicos:
Projectar um candeeiro para o povoado de Phandira, adequado ao estilo de vida dos seus
habitantes e que funcione através de uma energia renovável;
1.4 Justificativa
A escolha deste tema deveu-se ao facto de ter vivido a minha infância no povoado de Phandira. O
Povoado de Phandira localiza-se na Província de Manica, Distrito de Barué, numa zona
recôndita, onde a maioria da população é de classe económica baixa. Ao longo da infância eu e
3
outras crianças estávamos desprovidas do convívio nocturno por falta de iluminação. Após alguns
anos, voltei a visitar esta zona e percebi que os moradores ainda continuam a encarar as mesmas
dificuldades no que diz respeito à possibilidade de iluminação das suas casas. Assim, para tentar
resolver este problema, surgiu a ideia de criar um produto que seja sustentável e que minimize
este problema de falta de iluminação de energia eléctrica. A solução actualmente em uso pela
população desta zona é a de utilização de candeeiros a petróleo, sendo que após o término do
combustível recorrem ao fogo para iluminação no interior das casas, surgindo assim o risco de
outros problemas, tanto para as pessoas, como para as habitações. Um dos riscos prende-se com o
facto de a maior parte das casas desta zona serem feitas de capim (palha), que é propenso à
queima. Outro dos problemas está relacionado com o fumo, que passa a ser um risco para a saúde
humana, pelo facto das casas desta comunidade não conterem janelas adequadas para a sua
libertação. A substituição de um produto obsoleto por um mais moderno auxilia na redução do
elevado gasto do combustível.
Após a análise do problema, propomo-nos a criação de um produto, ou um candeeiro, que seja de
fácil manuseamento, seguro, económico e funcional para a comunidade.
1.5 Metodologia
Para o (BRUYNE, 1991:29) A metodologia deve ajudar a explicar não apenas os produtos da
investigação científica, mas principalmente seu próprio processo, pois suas exigências não são de
submissão estrita a procedimentos rígidos, mas antes da fecundidade na produção dos resultados.
Para atingirmos o objectivo principal deste trabalho, que consiste na melhoria das condições de
iluminação nocturna na zona de Phandira, foram utilizadas várias estratégias de busca e
adequação de informação, que são apresentadas de seguida.
4
1.5.1 Tipos de pesquisa:
Para a materialização da análise do problema da falta de iluminação em locais sem energia, foi
necessário fazer a observação directa na comunidade em estudo.
Após muita leitura Quanto ao Método e à forma de abordar o problema, as pesquisas são
classificadas em qualitativa e quantitativa.
(STRAUSS e CORBIN, 1998:10-11) conceituam pesquisa qualitativa como qualquer tipo de
pesquisa que produz descobertas não obtidas por procedimentos estatísticos ou outros meios de
quantificação. Pode-se referir à pesquisa sobre a vida das pessoas, experiências vividas,
comportamentos, emoções, sentimentos, assim como funcionamento organizacional, fenómenos
culturais e interacções entre as nações (...) e a parte principal da análise é interpretativa.
Sem fugir da linhagem dos outros autores, Segundo (SILVA & MENEZES, 2000: 20), A
pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,
um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e atribuição de significados são básicos no
processo qualitativo. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
O uso deste método para a presente pesquisa permitiu-nos entender o fenómeno ligado à falta de
iluminação sem querer usar a quantificação. Assim sendo, a pesquisa qualitativa esteve presente
na fase inicial do estudo, uma vez que se pretendia levantar, através de entrevistas com alguns
chefes de departamentos, informações que pudessem ser relevantes na compreensão e solução do
problema apresentado. Por outro lado, o autor, sendo nativo deste mesmo povoado, conhece as
características gerais do mesmo, tendo experienciado as consequências e limitações que advêm
da falta de energia, o que facilitou o contacto e a adequação de estratégias de busca de
informação.
Para a realização deste estudo, aliou-se ao método qualitativo.
Enquanto (CONTANDRIOPOULOS, 1994:90) Defende que o objectivo da pesquisa quantitativa
é medir relações entre variáveis por associação e obter informações sobre determinada população.
“As análises quantitativas são muito divulgadas e, nesse sentido, sua planificação geralmente
necessita de menos explicações que as análises qualitativas”
5
Portanto, há questões que precisaram da intervenção deste tipo de método, não só por causa de
algumas opiniões ou ideias que foram uniformes e, por conseguinte, tivemos que quantificá-las, mas
também para que tivéssemos maior confiança nos nossos resultados.
A pesquisa é do tipo exploratória, que de acordo com (SILVA, 2004:15), “visa proporcionar maior
familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem
também o levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas
com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral,
as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso”.
O uso deste tipo de pesquisa para o trabalho, possibilitou que tivéssemos maior envolvimento com o
fenómeno em estudo, ao mesmo tempo que nos colocou em ligação com algumas entidades que de
certa forma detêm um conhecimento sobre o tema estudado.
Para além destas formas de pesquisa, revelou-se necessário proceder à observação directa que,
segundo (MARCONI & LAKATO, 2006:17), consiste numa “técnica que se utiliza dos sentidos
para obter informação e deve estar em contacto mais directo com a realidade”. Desta forma, o
autor deslocou-se para Distrito de Barue, no Povoado de Phandira, para se enteirar directamente
da situação da falta de iluminação.
A entrevista em profundidade consiste numa conversa cara a cara ou presencial, através da qual se
busca obter informações do entrevistado sobre determinado assunto. E de acordo com (SILVA,
2005:33) entrevista “é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou
problema”. E Entrevistas semi-estruturadas, (BONI e QUARESMA, 2005:8). “Combinam perguntas
abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de decorrer sobre o tema proposto”.
6
Assim sendo, realizou se duas entrevistais em profundidade Com o Director Distrital da EDM e
Director Distrital da CNE. Após a explanação dessas duas entidades foi-se ao campo para
interagir com a população para perceber qual é o impacto da falta de energia no povoado de
Phandira usando a entrevista semiestruturada, a partir daí, procurar a estimativa exacta das
pessoas que usam fontes alternativas para iluminação nocturna a nível Distrital, nas idades
compreendidas entre 10 anos ao mais infinito, e criando um novo mecanismo o melhoramento da
iluminação
Portanto, a escolha destas modalidades de entrevista como um dos instrumentos de colecta de dados,
permitiu explorar o máximo de informações por parte dos entrevistados, dando-lhes a oportunidade
de falarem sobre tudo o que pudesse ser útil para a materialização deste estudo.
De acordo com (GIL,2008:8) A pesquisa documental é elaborada a partir de materiais que não
receberam tratamento analítico, documentos de primeira mão, como documentos oficiais,
reportagens de jornal, cartas, contractos, diários, filmes, fotografias, gravações, etc, ou, ainda, a
partir de documentos de segunda mão que, de alguma forma, já foram analisados, tais como:
relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc”.
Assim sendo, este tipo de pesquisa foi fundamental para a presente investigação, na medida em que
consultou-se uma série de documentos acima mencionados, com vista a obter informações
relevantes para o trabalho no sector de energia e de estatística.
7
8
CAPITULO II
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Neste capítulo faz – se o enquadramento teórico ou a revisão de literatura dos três pontos chave,
nomeadamente Design, Energia e Desenvolvimento rural, onde irá se trazer ideias de vários
autores e fazer a devida comparação com a informação recolhida no terreno, como a realidade e
objectivo da pesquisa, que servirá para a conclusão dos factos em estudo.
2.1. DESIGN
De acordo com (BURDEK, 2016) e citado por (DOMINGUES, 2008: 9) o design está presente
na vida dos seres humanos de forma intensa. Ele acompanha os indivíduos em praticamente todas
as suas actividades e nas mais diversas situações durante todos os períodos do dia e, de forma
consciente ou não, ele existe. Por conseguinte, através dos produtos os seres humanos são
definidos como grupos sociais, e estes se comunicam e marcam a sua existência. (MELO, 2008:
9)
Segundo John Heskett, “O Design é fazer o design de um design para produzir um design". Para
ele, nesta a firmação, em todas as ocorrências, o termo design está gramaticalmente correcto. Na
primeira ("Design é"), o termo é um substantivo que indica o conceito geral de uma área, Na
segunda ("fazer o design"), a palavra é usada depois de um verbo que indica acção ou processo,
Na terceira ocorrência ("de um design"), o termo também é um substantivo e significa projecto
ou proposta e, na última ocorrência ("para produzir um design"), a palavra é novamente um
substantivo, indicando, o produto acabado, um conceito concretizado (HESKETT, 2008: 144)
O Design pode ser entendido, também, como verbo e substantivo, que 3 actuam
concomitantemente e ubiquamente. Como verbo, se refere ao processo, que corresponde ao
planejamento das acções do projeto, atuando de forma dinâmica. E, Design como substantivo,
corresponde “a uma perspectiva semântica orientada para o produto: perspectiva da configuração
de interface” (TSCHIMMEL, 2010: 247).
9
Por outro lado, (TEIXEIRA, 2009: 15) define Design como uma actividade de projecto que tem o
planejamento como base, para a criação e desenvolvimento de produtos e serviços. Acrescenta
ainda que é um processo que busca soluções criativas e inovadoras para atender às características
dos produtos, às necessidades do cliente e da empresa de forma a responder às demandas e
oportunidades do mercado.
Com isso diferentes atores sociais interagem através de mensagens, que podem ser representadas
e compreendidas com o auxílio do design. O objecto pode, Então, comunicar-se com o usuário
através de interacção promovida por suas funções de uso, que se adequam à necessidade do
usuário e surtem efeitos, criando um ciclo relacional de troca de mensagens através do design
(SCHNEIDER, 2010, p. 197).
Conforme os autores nas transcrições acima, podemos entender que estes queriam nos fazer
perceber que design em si é muito importante para a vida quotidiana, o Design como um processo
(planejar, desenvolver, projectar), como o resultado desse processo (instruções, desenho,
modelos, protótipos) ou como a solução (produto, serviço ou benefícios gerados por eles para as
pessoas).
O design tem áreas diversificadas, dentre elas está o design de comunicação, de moda, de
interface, e tantos outros, mas o nosso foco principal estará no design de produto ou industrial,
área que abarca o problema em estudo, ou seja, a questão de criação de um objecto que minimize
a falta de iluminação adequada no povoado de Phandira.
Nesta mesma linhagem (BERND LÖBACH, 1976: 17) afirma que design de produto é o
processo de adaptação de produtos de uso de fabricação industrial às necessidades físicas e
psíquicas dos usuários e grupos de usuários.
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Fazendo menção das ideias dos dois autores, nota-se claramente que ambos definem o design de
produto como uma área de conceber projectos de produtos industriais produzidos em série,
assim sendo, para a concepção deste mesmo produto, seria necessário conhecer muito bem o
produto e dominar técnicas de produção, segundo as necessidades dos usuários.
Para vários autores, o design é uma ferramenta para geração de soluções em prol do benefício
social. Assim sendo, o design pode intervir na solução de problemas de vários tipos, como o de
iluminação em locais sem energia, factor base para o bem-estar do povo.
2.3 ERGONOMIA
Na ergonomia existem muitos outros conceitos, e todos esses conceitos abordam a ergonomia a
adaptação do trabalho ao homem, envolvendo a segurança, a satisfação e o bem-estar dos
11
trabalhadores com as características do ambiente. E no campo da ergonomia, quanto maior for o
conforto, eficiência, segurança e satisfação para o indivíduo em seu objecto ou trabalho, melhor
será o seu desempenho e produção.
No que tange ao surgimento do termo ergonomia podemos ter muitas opiniões de muitos autores.
Mais lendo na profundidade sobre o surgimento da ergonomia podemos chegar a conclusão que
surgiu na era das maquinas, pois as maquinas vieram para fazer fácil o trabalho do homem, a
maquina foi feita para ajudar o homem nas suas actividades diárias, nesse processo de concepção
os engenheiros e construtores levavam em conta as limitações que os indivíduos tem em sua
forma física e psíquica natural. A história aponta que este processo de construção de máquinas e
equipamentos voltados para o uso humano foi repentino durante o surgimento da segunda guerra
mundial.
Desde essa altura até então, a função da ergonomia é a adaptação do trabalho ao homem,
envolvendo a segurança, a satisfação e o bem-estar dos trabalhadores com as características do
12
ambiente. Podemos notar também que a ergonomia surge em função das necessidades do ser
humano, no sentido de diminuir a necessidade de aplicar esforço físico e mental nas actividades
diárias.
Tendo em conta o nosso grupo alvo, é povoado de Phandira na concepção de um candeeiro, neste
trabalho procurar-se-á focar especificamente a ergonomia física, onde:
13
Ergonomia Física: está relacionada com as características da anatomia humana, antropometria,
fisiologia e biomecânica na sua relação com a actividade física. Os tópicos relevantes incluem o
estudo da postura no trabalho, manuseio de máquinas e materiais, movimentos respectivos,
distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, segurança, saúde e eficiência.
A aplicação de ergonomia em produtos e equipamentos torna-se cada vez mais pertinente e
importante pelo efeito e satisfação a nível de resultados positivos que se verifica nos produtos e
equipamentos que são concebidos respeitando os princípios ergonómicos. No processo da
concepção do nosso projecto apoiar-nos-emos também na usabilidade, área cuja principal
determinante é a facilidade com que os usuários interagem com os produtos.
A usabilidade no contexto da ergonomia ao longo dos últimos anos, vem evoluindo de forma
considerável no desenvolvimento dos produtos de forma geral (CYBIS et all, 2010). É definida
como sendo a “medida na qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar
objectivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.”
(NBR 9241-11, 2002:3)
Para melhor compreensão do conceito, é importante conhecer o significado dos seguintes termos,
conforme JORDAN (1998):
Eficácia: refere-se à extensão na qual uma meta é alcançada ou uma tarefa é realizada.
Eficiência: refere-se à quantidade de esforço requerido para se atingir uma meta. Quanto
menos esforço, maior é a eficiência.
Satisfação: refere-se ao nível de conforto que os usuários sentem quando utilizam um
produto e também ao nível de aceitação do produto pelos usuários para atingir as suas
metas.
Diversos autores conceituam a usabilidade, cada um com sua especificidade. Porém, o que se
pode deduzir é que todos buscam como resultado um produto que interaja com o usuário e atenda
às suas necessidades, além de sustentarem que é possível planejar o resultado pretendido.
14
2.4 . ENERGIA
Este é um tema bastante debatido no mundo em geral e em Moçambique em particular, nos dias
actuais, não só a palavra energia, mas as energias renováveis, pois é muito difícil de se definir
com precisão o que é a energia, a ponto de alguns autores preferirem não a definir. Tendo este
factor em consideração, passaremos a enumerar algumas concepções alternativas de energia,
adaptadas das pesquisas.
Alguns autores defendem que se deva partir de uma definição descritiva de energia, evitando as
definições formais, operacionais, para gradualmente ir agregando novos atributos.
Hierrezuelo e Molina (HIERREZUELO e MOLINA, 1990: 23) adoptam este ponto de vista e
sugerem a seguinte definição como uma primeira aproximação ao conceito de energia:
propriedade ou atributo de todo corpo ou sistema material em virtude da qual este pode
transformar-se, modificando sua situação ou estado, assim como actuar sobre outros, originando
neles processos de transformação.
Em 1872, Maxwell propôs uma definição que pode ser considerada mais correcta do que a
anterior: “energia é aquilo que permite uma mudança na configuração de um sistema, em
oposição a uma força que resiste à esta mudança”. (MAXWELL,1972) citado por (LUIZ A
HORTA NOGUEIRA,2016:14)
Por sua vez (MICHINEL e D´ALESSANDRO, 1994: 370) definiram a energia como sendo uma
magnitude Física que se apresenta sob diversas formas, está envolvida em todos os processos de
mudanças de estado, se transforma e se transmite, depende do sistema de referência e, fixado
este, se conserva.
A partir dessas definições acima citadas podemos chegar a um conhecimento amplo sobre
energia. Para além disso, a definição de Maxwell refere-se a mudanças de condições, a alterações
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do estado de um sistema e inclui duas ideias importantes: as modificações de estado implicam em
vencer resistências e é justamente a energia que permite obter estas modificações de estado.
Actualmente, quase dois mil milhões de pessoas concentradas na periferia dos centros urbanos e
zonas rurais isoladas não têm acesso a serviços energéticos de base. É este o paradoxo energético
que caracteriza o seculo XXI. Esta desigualdade perante a anergia afecta nomeadamente dois
terços da população africana, que em grande medida depende da biomassa tradicional para o seu
aprovisionamento energético (União Africana, 2010) citado pelo (SEBASTIÃO, 2013:1).
Por outro lado, um dos desafios mais significativos para o desenvolvimento da economia africana
é o acesso à energia. Na realidade, diversos estudos sugerem que os recursos energéticos do
mundo e de Africa são suficientes para cumprir a curto e médio prazo as necessidades, tendo em
conta os principais factores como o crescimento demográfico e crescimento económico
(Conselho Mundial de Energia (CME), 2005:14). Assim sendo são inúmeras as fontes de
energia disponíveis no nosso planeta, sendo que essas fontes se dividem em dois tipos, as
fontes de energia renováveis e as não renováveis. As renovaveis são Energia solar, Energia
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hidrelétrica , Biomassa, Energia das marés (maremotriz), eolicas , oceanica, geotermicas e as
Fontes não renováveis de energia são Combustíveis fósseis , Energia nuclear (atômica).
2.5.2 Em Moçambique
Nesta senda, Moçambique possui enormes recursos energéticos ainda pouco explorados, dentre
eles renováveis e não renováveis, com potencial em: carvão mineral e gás natural, potencial
hídrico, recursos renováveis como a energia solar, eólica, hídrica, geotérmica, oceânica e fontes
de biomassa florestais e agrícolas. (MINISTÉRIO DA ENERGIA,2011:4)
Fonte: Unknown
17
Segundo o Relatório Nacional do Ponto de Situação – Energias Renováveis em Moçambique
(ISABEL CANCELA DE ABREU,2017:19) Moçambique tem um enorme potencial em termos
de energias renováveis. Uma grande parte deste potencial pode e deve ser utilizado para aumentar
o acesso da população à energia. Moçambique tem igualmente e cada vez mais, identificado o
sector privado como um parceiro chave para o desenvolvimento destes recursos de uma forma
sustentável.
Segundo (BARBOSA 2013:18) classifica as fontes renováveis como sendo aquelas cuja
reposição natural se dá de forma cíclica, ou seja, em velocidade igual ou mais rápida do que a sua
utilização energética. Os riscos de esgotamento destas fontes são menores.
Fontes renováveis são as fontes de energia que possuem reserva ilimitada, podendo ser repostas
na natureza em um menor espaço de tempo. São consideradas fontes de energia alternativas e
uma possibilidade de mudar o modelo energético tradicional, pois sua disponibilidade é maior e
causam menos impactos negativos no meio ambiente. O uso dessas fontes requer
desenvolvimento tecnológico que as viabilize economicamente para que possam ser mais
acessíveis à população. (https://www.preparaenem.com/quimica/fissao-nuclear.htm)
Ao contrário das fontes de energia não renováveis (como as de origem fóssil), as fontes de
energia renováveis, no geral, causam um pequeno impacto (poluição, desmatamento) ao meio
ambiente. Portanto, são excelentes alternativas ao sistema energético tradicional, principalmente
numa situação de luta contra a poluição atmosférica e o aquecimento global, podendo igualmente
promover o desenvolvimento nas zonas desfavorecidas através do investimento e do número de
empregos criados.
2.6.2 Desvantagens:
Energia Hidroeléctrica – causa erosão de solos que pode ter impacto na vegetação do
local; no caso de a represa se localizar em região de mata ou floresta, pode causar
impacto ambiental, pois muitas espécies animais e vegetais podem ser prejudicadas.
Fonte: https://www.preparaenem.com/geografia/fontes-energia-nao-renovaveis-
renovaveis.htm
Fontes não renováveis são as energias que não se renovam na natureza e são consideradas
poluentes. Dentre os exemplos estão: os combustíveis radioactivos, fósseis, nucleares, lenhas, os
derivados de petróleo e o gás natural. (https:⁄⁄www.todamateria.com.br, fontes- de- energia
2011).
2.7.1 Vantagens
As vantagens das fontes não renováveis são várias, sendo que uma das principais é o facto de
estas serem mais baratas na implementação, manutenção e transporte. São as mais conhecidas e
utilizadas em diversos países e em particular em Moçambique até em zonas rurais, uma vez que
possuem um elevado rendimento energético em comparação com as energias renováveis. Além
disso, seu uso tem gerado muitos postos de trabalho sobretudo aqui no nosso país, nas zonas
rurais, contribuindo para a melhoria da economia dessas mesmas pessoas.
20
2.7.2 Desvantagens
A experiência quotidiana nos revela que a energia eléctrica, além de ser indispensável ao nosso
actual modo de vida, precisa ser tratada de modo sustentável desde sua produção, até seu
armazenamento, transporte e consumo. Esse tipo de energia é muito presente em nosso dia a dia,
a energia eléctrica tem como objectivo facilitar o sistema produtivo, gerando electricidade para o
funcionamento de aparelhos electrónicos e electrodomésticos, bem como o abastecimento de
residências, estabelecimentos comerciais, na agricultura e ruas.
21
Neste caso, a origem de sua geração de energia está nas usinas hidroeléctricas e termoeléctricas,
uma vez que a energia eléctrica passa por modificações mecânicas e químicas, sendo conduzida
por uma rede de transmissão de alta potência, a fim de percorrer o caminho até o consumidor
final. (https://www.portalsolar.com.br/tipos-de-energia-e-suas-fontes)
A energia eléctrica é uma grande valia no mundo e no nosso país, porque com o avanço
tecnológico a necessidade de consumo de energia está acelerada. Existem muitas fontes de
energias em uso, dentre elas, a energia eléctrica, petróleo, gás de cozinha e lenha ainda usada em
quantidades significativas no mundo e em Moçambique e elas cumprem papéis essenciais na
sociedade. No que diz respeito à energia eléctrica, é muito importante nos dias de hoje, pois
proporciona o conforto, segurança e lazer para a população, permitindo igualmente o
funcionamento de bancos, hospitais, indústrias, escolas, agricultura, semáforos e todo o sistema
de comunicação; portanto é impossível imaginar a vida moderna sem energia eléctrica
Ainda no mesmo contexto, apenas cerca de 10,5% dos domicílios do país têm acesso à
electricidade, no entanto, todas as capitais provinciais e a maioria dos municípios são abastecidos
com electricidade. A maioria desses centros urbanos está ligada à rede eléctrica nacional que
pertence e é operada pela empresa de energia, Electricidade de Moçambique (EDM) (FUNAE),
citado por (SEBASTIÃO, 2013:3). A maior parte da população encontra-se concentrada num
pequeno número de centros urbanos.
22
Estes relatórios mostram que há um avanço significativo do uso da energia, no que tange a
percentagem, do ano 2011 para o ano 2014. Contudo a energia é essencial para um
desenvolvimento sustentável e um crescimento económico inclusivo em qualquer parte do
mundo. É cada vez mais importante a necessidade de Moçambique oferecer fontes de energia
fiáveis e limpas aos seus 28 milhões de habitantes e a uma população crescente, de forma a poder
prestar serviços básicos em áreas como a saúde e a educação e a desenvolver o seu enorme
potencial económico. Com mais de dois terços da sua população sem acesso a electricidade fiável
e a maioria ainda dependente de biomassa para cozinhar, os desafios são enormes (ABREU,
2017) citado por (SEBASTIÃO, 2013:3).
Com isso, o Governo de Moçambique, no seu “Programa Quinquenal do Governo 2015 – 2019”,
comprometeu-se a aumentar em 50% o acesso a energia limpa e acessível até 2020. Moçambique
tem, para além dos seus vastos recursos de carvão e gás, um enorme potencial em termos de
energias renováveis. Uma grande parte deste potencial pode e deve ser utilizado para aumentar o
acesso da população à energia. Moçambique tem igualmente e cada vez mais, identificado o
sector privado como um parceiro chave para o desenvolvimento destes recursos de uma forma
sustentável (Energias renováveis em Moçambique, 2019:19). O relatório do Centro de
Integridade Pública (CIP) citado por (BORGES NHAMIRE E JOAO MOSCA, 2014: 9) diz que
menos de 1/4 da população tem acesso à rede eléctrica e o último informe do Presidente da
República, do dia 30 de Setembro de 2020, no âmbito do lançamento do programa "Energia para
todos 2020 a 2030" indica que 75% da população moçambicana ainda não beneficia da corrente
eléctrica. Esta situação verifica-se principalmente nas zonas rurais.
Por outro lado, os projectos de pequena e média dimensão constituem oportunidades de
investimento, de racionalização da rede, de melhoria de qualidade da energia, de criação de
emprego e de desenvolvimento regional. Finalmente, a electrificação rural, seja através de
pequenas centrais solares com backup de baterias e gerador, seja através de soluções solares
descentralizadas de pequena dimensão são a alternativa economicamente mais viável para levar a
electricidade a milhares de moçambicanos. Por todas estas razões as energias renováveis
constituem e deverão constituir uma prioridade da política energética de Moçambique. (BORGES
NHAMIRE, 2014).
23
2.10 Acesso a energia nas zonas rurais
O acesso à energia nas zonas rurais é um dos desafios do governo de Moçambicano contra a
pobreza: a energia é um meio que intervém em todos os sectores do desenvolvimento, quando se
trata de água, da saúde, da produção industrial, da iluminação, do aquecimento doméstico, dos
transportes, da agricultura, ou ainda dos meios de comunicação modernos e tecnológicos. Porque
na verdade onde falta a energia, desenvolve-se a pobreza.
Moçambique recebe uma quantidade considerável de Sol, com uma radiação média anual de 5
kWh / m² / dia, que oferece condições muito favoráveis para a energia solar fotovoltaica e
térmica de desenvolvimento. E devido à sua localização junto à costa reúne óptimas condições
para o desenvolvimento de energias hídricas e/ou mini – hídricas (AGÊNCIA
INTERNACIONAL DE ENERGIAS (AIE), 2011).
Por outro lado, nas áreas rurais a combinação de baixa densidade populacional e a pobreza severa
e persistente é um factor importante para os custos de investimentos altos, tornando-se mais
notório quando associado a uma procura baixa, como se verifica, embora se reconheça que a
electricidade é um factor chave para se alcançar a transformação socioeconómica nas zonas
rurais. Segundo esta mesma lógica a (FUNAE & MEM, 2011:6) diz que o Governo está
redobrando os esforços para, de forma sustentada, procurar promover a busca da eficiência do
uso das energias renováveis nas zonas rurais, incentivando o investimento de empresas,
promovendo incentivos fiscais, assim como acções de formação de boas práticas de gestão deste
tipo de energias e procurando uma participação mais activa da população local.
O eventual cumprimento do plano de Governo de electrificação das zonas rurais até ao ano 2030
com recurso a energias renováveis será um ganho maior para a população de Moçambique em
particular do povoado de Phandira.
(Fonte: Autor)
25
Para (KAGAYEMA, 2004: 384), o desenvolvimento rural combina o aspecto económico
(aumento do nível e estabilidade da renda familiar) e o aspecto social (obtenção dum nível de
vida socialmente aceitável) que se traduz na diversificação das actividades de geração de renda,
destacando-se o desenvolvimento multissectorial. Refere ainda que as funções das zonas rurais se
modificam com o desenvolvimento do processo. Conclui, assim, (CARVALHO, 2010:5 ), que o
crescimento lento do sector agrícola tem sido um dos factores principais de fome e pobreza nos
países menos desenvolvidos.
Zomers (2001) citado por (SEBASTIÃO, 2013:14) define a electrificação rural como um
conjunto de actividades concebidas para proporcionar energia eléctrica a habitantes de zonas com
características específicas, incluindo nos seus recursos pequenas cargas de energia e a criação de
oportunidades específicas nestas áreas. O método de fornecimento de energia eléctrica a estas
zonas varia e pode incluir geradores isolados que servem a consumidores colectivos ou
individuais.
Há uma relação directa entre a expansão da energia eléctrica com a melhoria significativa das
condições de vida da população devido a projectos de electrificação rural. A electrificação rural
proporciona mudanças nas ocupações, na saúde, na educação, nas condições de habitação, e nos
movimentos migratórios. Segundo a (IEA e a OECD, 2011:14), refere que, para se poder atingir
objectivos de redução de pobreza e promoção da equidade, seria importante que os agentes
privados, mesmo sob concorrência, fossem contratualmente obrigados a atingir metas de
universalização e acesso aos mais pobres. Não existe uma definição clara e universalmente aceite
26
quando nos referimos ao termo “acesso” à energia, uma vez que o termo revela uma certa
ambiguidade.
Por outro lado, a electrificação rural deve seguir, e não conduzir, o desenvolvimento rural. Em
ambos os casos a electrificação rural é planeada e executada em combinação com outras
actividades de desenvolvimento rural, sob certas circunstâncias sociais e políticas, e o seu êxito
depende também do sucesso doutras actividades (BARNES, 1988) citado pelo
(SEBASTIÃO,2013:21)
O (SEBASTIÃO, 2013:18) revela que a electrificação das zonas rurais geralmente não evita a
desflorestação a curto prazo após a electrificação. A troca do uso da lenha pela electricidade para
fins domésticos acontece numa escala muito reduzida e limitada, devendo-se esse fenómeno ao
facto das populações rurais não possuírem recursos financeiros para a compra de aparelhos
eléctricos numa fase inicial.
Por outro lado, os hábitos de confecção dos alimentos na cozinha, a oportunidade de comprar
pequenas quantidades de combustível tradicional, e certo tipo de práticas agrícolas são os
principais motivos para a desflorestação, sendo nestes casos a população um dos principais
responsáveis pelo sucesso ou insucesso da gestão ambiental local (ZOMERS, 2001: 20). Ainda
na sua pesquisa, Zomers (ZOMERS, 2001) citado pelo (SEBASTIÃO,2013:20) indica que a
procura de lenha e/ou carvão pelas zonas urbanas e cidades também tem um impacto sobre a
desflorestação das zonas rurais mais próximas.
Assim sendo, podemos concluir que a substituição das fontes não renováveis por outras
renováveis pode ser benéfica para o meio ambiente não só para a saúde humana mais também na
preservação do meio ambiente, como no melhoramento da qualidade de vida da população. Com
tudo as fontes renováveis ajudam na preservação do meio ambiente (na redução do
desflorestamento por menor utilização de carvão e lenha, manutenção do habitat de animais por
consequência do não abate das árvores e melhora a qualidade de vida da população (redução da
inalação de fumos resultantes da utilização de carvão e lenha na cozinha e iluminação, redução
do trabalho pesado de recolha de lenha e produção de carvão.
CAPITULO III
29
Figura 5-mapa da localização geográfica do distrito de Barué
3.3. Superfície
O Distrito de Barué possui uma superfície de 5.743km² e uma população recenseada em 2017 de
185.179 habitantes, sendo 88.178 Homens contra 97.001 Mulheres, maioritariamente jovens. O
Distrito de Barué tem uma densidade populacional de 20.1 hab/km².(Ministerio da Administracao
Estatal, 2005, p. 2).
Através da informação do senso populacional do ano 2007 é possível notar os tipos de iluminação
usados sendo elas renováveis e não renováveis.
30
Tabela 1-Agregados Familiares Segundo Principal Fonte de Energia na Habitação – 2007
FONTE DE ENERGIA
Electricidade Gerador/placa solar
Lenha Outros 2% Gás 0.2%
28% 0.3% 0%
Bateria
0.1%
Vela Petróleo /
2% Parafina /
Querosene
68%
31
Não foi possível usar os dados do senso 2017 porque só aparece o número de habitantes e sem
mais detalhes como estes, então o autor achou melhor recorrer ao censo populacional de 2007.
3.5. Pobreza
O conceito de pobreza enquadra-se numa temática mais ampla de bem-estar e refere-se às
múltiplas dimensões da vida humana. A definição da privação ou pobreza pode assumir linhas
distintas. Num enfoque mais geral, a pobreza existe quando as pessoas não possuem capacidades
necessárias para alcançarem um nível adequado de rendimento, de boa saúde e educação, de
32
segurança, de autoconfiança e de liberdade de expressão, entre outros (SEN, 1999:). Citado pelo
(CRESPO,2002:5)
A Comissão sobre Direitos Sociais, Económicos e Culturais, das Nações Unidas (2001) in
(COSTA ET AL, 2008: 29) definem a pobreza pode ser definida como uma condição humana
caracterizada por privação sustentada ou crónica de recursos, capacidades, escolhas, segurança e
poder necessários para o gozo de um adequado padrão de vida e outros direitos civis, culturais,
económicos, políticos e sociais”
Pobreza também é definida pelo (JOSÉ ANTÓNIO PEREIRINHA ET AL, 2008) como um
fenómeno pluridimensional, visto que apresenta formas diferenciadas conforme o contexto
económico-social, assumindo especificidades próprias de acordo também com as especificidades
dos grupos populacionais.
Por sua vez a pobreza é definida, geralmente, como a falta do que é necessário para o bem-estar
material – especialmente alimentos, moradia, terra e outros activos. Em outras palavras, a
pobreza é a falta de recursos múltiplos que leva à fome e à privação física.(CRESPO, 2002)
No estudo sobre a situação de pobreza em Moçambique, o relatório sobre (Pobreza e Bem Estar
em Moçambique, primeira Avaliação Nacional, 1996:97) e nos documentos oficiais subsequentes
33
(PARPA), definiu se a pobreza como a incapacidade dos indivíduos de assegurar para si e os seus
dependentes um conjunto de condições básicas mínimas para a sua subsistência e bem-estar,
segundo as normas da sociedade.
Assim sendo na estratégia do governo de plano de acção para a redução de pobreza absoluta
2006-2009 (PARPA II) manifestada (no Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta
2001-2005, PARPA I) define a pobreza como “a impossibilidade por incapacidade, ou por falta
de oportunidade de indivíduos, famílias e comunidades de terem acesso às condições mínimas,
segundo as normas básicas da sociedade”. Neste sentido, o PARPA II estabeleceu metas para a
redução da pobreza monetária com enfoque sobre o consumo, principalmente nos componentes
de educação e saúde/nutrição, e sobre a posse de bens. Nos anos recentes, o Governo decidiu não
produzir outro PARPA, mas preferiu manter os objectivos relacionados com a redução da
pobreza e o desenvolvimento inclusivo do País, directamente, no Plano Quinquenal do Governo
(PQG).
Embora o PARPA II ofereça uma definição geral de pobreza, não existem medidas quantitativas
correspondentes. Um fenómeno multidimensional como a pobreza exige um conjunto de
indicadores diversos, que, idealmente, deve evidenciar todas as dimensões relevantes. No
entanto, apesar de a pobreza ser multifacetada, apenas um número limitado de dimensões é
medido na prática. Para além do mais, as medidas existentes podem ser inadequadas. .
(Ministério De Economia E Finanças, 2016, p. 5)
Nesta avaliação, focámo-nos em duas medidas principais de pobreza: (a) pobreza em termos de
consumo (ou simplesmente, “pobreza de consumo”), e (b) pobreza multidimensional, que inclui
outras dimensões de bem-estar, como sejam a propriedade de bens duráveis, o acesso a bens e
serviços, públicos ou privados, e medidas antropométricas de bem-estar infantil. (Ministério De
Economia E Finanças, 2016, p. 5)
34
(Pobreza Relativa) “Falta de rendimento suficiente para satisfazer necessidades alimentares a
não alimentares essenciais, de acordo com o rendimento médio do país;
Para tal é necessário uma boa estratégia para o desenvolvimento e o bem-estar da população,
Segundo o (BANCO MUNDIAL, 2011), a estratégia adequada para a redução da pobreza
consiste na combinação de crescimento económico, no aumento da capacidade humana, na
segurança protecção social e no fortalecimento da sociedade civil. Contudo ressalva ainda que
enquanto estas estratégias não geram todos os seus efeitos é necessária a actuação directa aos
países mais pobres para a melhoria da sua posição da sociedade, actuando directamente sobre o
estado da pobreza destacando o aumento da formação dos recursos humanos, a oferta dos
serviços sociais aos pobres e à organização das comunidades.
35
pessoas que habitam nas áreas rurais. Sendo o desenvolvimento de logo prazo é necessário o
engajamento de todos para fazer fácil esta situação de pobreza sem exclusão, para tal é necessário
uma boa educação, alimentação, bons serviços de saúde, boa interacção entre pessoas, engajar- se
pela mesma causa
Mais diferentemente do povoado de Phandira, apesar de haver uma melhoria de vida em si mais
ainda está longe de alcançar os avanços reais por causa da pobreza.
36
CAPITULO IV
Sexo
Masculino Femenino
5%
95%
Com base no gráfico 1, o Maior numero dos inqueridos foram 40 homens que correspondem a
95% e menor numero são as Mulheres e que vale a 5%. Segundo os hábitos culturais da região,
era de esperar que as mulheres se abstenham de facultar informações. Apenas as casas cujas
chefes da família são as mulheres é que foi possível conversar com estas.
A seguir o gráfico ilustrativo dos diferentes tipos de iluminação nocturna usados pela população
no povoado de Phandira
37
4.1.2. Tipo de iluminação usada pela População no povoado de Phandira
7%
24%
10%
60%
O gráfico acima aponta para maior percentagem no uso de fogo da lenha, com 60%, seguido do
uso de cadeeiro de Petróleo como fonte de iluminação nocturna com uma percentagem de 24%.
Portanto as outras formas de iluminação são de pouca relevância pós, não chegam a 10% da
população. O fogo de lenha tem se notabilizado naquele povoado devido a abundância da lenha
mas, traz consigo uma série de prejuízos descritos no capítulo acima. E importante dizer que o
Dínamo e íman não foi apontado por nenhum dos inqueridos.
38
No mesmo estudo, levanta-se a questão de tempo de uso de cada tipo de iluminação pela
população, ao que forneceu os resultados abaixo:
Referir grande parte dos inqueridos residem a zona por mais de vinte anos como e o caso da
senhora Anguista, de 44 anos de idade, residente há mais de vinte anos, disse: “desde que cheguei
a esta zona utilizo lenha para iluminação nocturna. Usava candeeiro a petróleo antes de me
transferir para ca”
12%
88%
Aqui, percebe-se pelo gráfico que maior parte da população usa o mesmo tipo de iluminação há
mais de vinte anos. Cruzando as respostas, ficou-se a saber que os que usam outro tipo de
iluminação diferente de lenha o fazem há menos de quinze anos, ou seja, o usuário de lenha para
iluminação a sua maioria o fazem há mais de vinte anos. Esta realidade leva a pensar-se numa
solução urgente para salvar a população dos perigos desta prática.
4.1.3. Principais problemas consentidos pela população que usa lenham no povoado de
Phandira
Respondendo sobre os principais problemas que encarram no uso desse tipo de iluminação, os
inqueridos apontaram principalmente a inalação de fumos e queima das casas. Colocada a
pergunta Quais os problemas que encarras ao utilizar este tipo de iluminação obtivemos as
seguintes respostas:
39
Senhor Mateus Chimene de 57 anos de idade , polígamo de 5 mulheres , na nossa interacao ele
afirma o seguinte :“Eu sofro muito com fumos e tenho sempre medo de queimar minha casa”
Senhor Macamo de 41 anos de idade e residente do povoado de Phandira afirma -“Eu já queimei
casa e celeiro ”
Vem se claramente que sendo o combustível lenhoso a principal fonte de iluminação no povoado
de Phandira os problemas evidentes seriam a inalação de fumos e as queimadas das casas.
Importa ainda dizer que a maior parte da população naquela zona vive em casas construídas com
material local (palhotas)
Gráfico número 5- Principais problemas consentidos pela população que usa lenha no povoado
de Phandira
12%
29%
60%
Como pode ser visto no gráfico acima, a Lenha para alem dos problemas de saúde, provoca
acidentes que culminam com queima das casas (59%) Inalação de fumos (29%) e, ela envolve
alguns custos na medida em que vai escasseando nas redondezas.
40
O senhor Phaundi, 63 anos de idade afirmou que,” Desisti de candeeiro de iluminação porque não
tinha mais dinheiro para comprar combustível além disso a distância para o mercado ”
O senhor Thumanzi sustenta as afirmações do Phaundi tendo dito que “Não é sustentável
candeeiro a petróleo porque chega a gastar mais de quinhentos meticais por mês e, para quem não
tem emprego formal não dá”
O Gráfico a seguir ilustra o nível das despesas para investir na iluminação nocturna em Phandira.
100%
Para a Iluminação de uma só palhota (casa), o dono terá que gastar acima de 200,00Mt por mês
segundo os inqueridos. Portanto falar de 200 Mt para população de pouca renda e havendo outra
forma alternativa que gaste menos, a população acaba optando pela mais barata (Uso da lenha
para iluminação).
O Senhor Sankulani de 78 anos e nativo de Phandira afirma que gasta muito mais por esse ser
polígamo de 7 mulheres e 32 filhos, sendo alguns ainda na responsabilidade dele, levando em
consideração que o rendimento vem da agricultura.
Assim sendo A população de Phandira está ciente dos diferentes estragos que o fogo pode
provocar desde queima das casas, queima das machambas e dos produtos agrícolas até mesmo a
morte das pessoas por queimadas. Mas, a mesma vem-se sem alternativas para iluminação senão
recorrer ao mesmo fogo.
41
Questionados sobre os danos que o fogo pode provocar, o senhor Mateus Chimene assim como
muitos outros apontara a queima das casas, queima dos produtos agrícolas como sendo os
perigos mais frequentes. Apontou ainda a queima de pessoas e em alguns casos leva a morte de
pessoas e animais.
“o fogo destrói casas, celeiros, queima pessoas, animais como cabritos e outros para alem disso,
enfraquece os campos agricolas”
Quais?
Queima das casas Mortes
Queimadas de produtos agricolas
40%
48%
12%
Procurando saber no seio dos inqueridos se as queimadas que ocorrem com frequência naquela
zona tem ou não relação com as fontes de iluminação a senhora Valadia afirmou que
“geralmente, as queimadas acontecem no período nocturno e em muitos destes casos durante a
hora de sono.
42
Gráfico 7-O período de maior ocorrência de incidentes provocados pelo fogo
9%
7%
84%
84% dos inqueridos afirmam que o fenómeno de queima das casas tem se verificado durante a
noite e madrugada pois, é nesse período em que o sono toma conta de todos e, a lenha continua
acesa. Havendo comunicação com as paredes que geralmente são de caniço ou palha começa a
queimada. Entre as causas apontadas, muitas são apontadas sem no entanto haver uma
dominância. Portanto todas as causas são válidas.
O senhor Tassiana , afirmou que as queimadas que acidentalmente acontece naquele povoado tem
varias causas dentre as quais o descuido com a lenha o fogo, com candeeiros .
43
Gráfico 8-Causas de queimadas
24%
50%
14%
12%
No que concerne as novas tecnologias de energia, sobretudo sobre energias renováveis, todos os
inqueridos afirmaram não conhecer este termo.
100%
44
As energias renováveis sendo um assunto actual e universal seria de vital importância para a
resolução do problema que se levanta. Portanto, sendo uma zona recondida importa saber se estão
familiarizados com o assunto ao que ficou-se a saber que entre os inqueridos ninguém antes já
teria ouvido falar de Energias renováveis.
100%
O entrevistado disse que para o distrito de Barué tem a energia eléctrica que é fornecida pelas
Cahora-bassa, a energia eólica pois temos capacidade para tal por ter montanhas altas e ate então
esta ser feita a devida pesquisa, painéis solares, lanternas a pilha. Particularmente em Phandira
45
usa-se painéis solares individuais de baixo custo, Lanternas a pilhas, candeeiros a partir de
petróleo.
Como fontes de rendimento do povoado de Phandira é a agricultura e criação de animais de
diversas espécies.
46
V CAPITULO
Para tal é necessário o uso de uma metodologia adequada para a organização das ideias, passando
pelas etapas fundamentais do desenvolvimento de um produto. De uma forma generalizada, a
metodologia é o estudo de métodos, técnicas, ferramentas, que visam auxiliar na aplicação,
organização e solução de problemas práticos ou teóricos. Para a organização do pensamento do
projeto deste trabalho de pesquisa, apoiou-se na metodologia de projeto de (Munari, 2008). A
principal razão da adopção desta metodologia é a sua simplicidade, adaptabilidade e
desenvolvimento de design dos diversos produtos.
47
5.1. Algumas Soluções de iluminação nocturna existentes
No mundo de electrodomésticos ou nas iluminarias tem vários tipos de propostas e soluções mais
elas não se adequam na realidade do povoado de Phandira e na proposta que pretendemos, pois
essas mesmas propostas sugerem o uso da força para o seu funcionamento, por exemplo as
imagens das figuras abaixo.
Figura 7- Lanterna LED que funciona a dínamo Figura 8 Farol e dínamo de bicicleta
49
5.2. Algumas soluções de iluminação nocturna existentes no povoado de phandira
Figura 11-Lanterna a pilhas usado com povoado de Phandira Figura 12-Candeeiro a petróleo
50
Figura 15-uso de fogo do capim para iluminação Figura 20-uso de vela para iluminação
52
Figura 22:8° Esboço da proposta de Candeeiro
Fonte: autor
Figura 23: 9° Esboço da proposta de Candeeiro Figura 24:10° Esboço da proposta de Candeeiro
53
Figura 25-11° Esboço da proposta de Candeeiro
Figura32-FASES DA CONSTRUÇÃO
54
A adição da ventoinha ou (Culer ) elemento este que
ira facilitar e alternar a corrente e na sua produção.
ta acumulador da corrente eleyr elemento na
55
5.5 DESENHO TÉCNICO Figura 40 – desenho técnico
56
5.6 Solução do Problema
Nesta etapa apresenta-se o protótipo final materializado a partir dos desenhos de construção.
Este protótipo constitui a solução do problema definido na primeira etapa desta metodologia de
desenvolvimento de produto. Desta forma, a imagem do produto final é apresentada a seguir.
Efectuou-se uma análise do produto final, e não foram encontrados erros significantes de
fabricação, mostrando que será s de simples manuseio.
57
5.6. 1 Ilustrações em perspectiva
Memória descritiva deste trabalho é de concepção de um candeeiro, que seja autónomo que
facilitará a vida do povoado de Phandira no que tange a eficiência na iluminação nocturna.
Diminuindo o risco de queimadas através de brasas, evitar o inalar de fumo nas noites
salvaguardando assim a saúde de cada individuo inserido neste povoado.
58
5.7.2. Inspiração, Função do objecto
O objecto foi inspirado no acento local chamado ‘Banco’ que serve para sentar e que é feito de
madeira. Este objecto terá a função de iluminar em ocasiões nocturnas, e reduzir o gasto de
valores avultados na compra de pilhas e combustíveis mais também ajudará a melhorar a vida de
povoado de Phandira, no combate a inalação de fumo no período nocturno.
Sendo ele um objecto de uso populacional ele terá facilidade de manuseio, pois, foi pensado
exactamente para o grupo alvo de baixa renda. Assim sendo será composto por material
maioritariamente reciclado, mesmo sendo reciclado procuramos trazer a qualidade deste mesmo
material para garantir a durabilidade do objecto, ajudando assim o povoado de Phandira a não se
redobrar na manutenção do mesmo. Esse mesmo candeeiro deve ser conservado no local seco
tendo em conta que estamos a trabalhar com pecas electrónicas.
Este suporte será composto por materiais como Madeira de cor castanho, cola de madeira, cola
quente, suporte de fixação do candeeiro na parede, ventoinha de computador (culer), Painel
solar, Bateria de celular que servirá de acumulador, lâmpada de 2V, dois Interruptores um com a
cor branca e amarela, fios, parafusos e pregos, todo esse material maioritariamente reciclados.
No que tange ao processo de construção do objecto com a aquisição do material pretendido para a
construção do candeeiro, mais não só, terá que se trabalhar o objecto consoante as medidas
esboçadas no desenho técnico. Começamos com a construção das três bases e duas paredes
rectangulares juntas, nas duas bases rectangular uma delas é escavadas para a protecção da
bateria ou acumulador que ajudará no armazenamento de carga vindo do dínamo após isso, fixa-
se das paredes junto as bases, fez-se a colocação do painel solar na parte superior do suporte, em
seguida montamos o dínamo (culer) no segundo suporte da basse através da cola quente, e
perfuramos a mesma base para a colocação dos fios que transportarão a corrente eléctrica gerado
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pelo dínamo. No segundo suporte abaixo fixaremos a lâmpada led, de seguida colocamos o
fixador de candeeiro na parede, sem nos esquecermos do uso de papel.
5.7.6. Manutenção
A manutenção deste candeeiro será feito com qualquer um mais que tenha uma idade igual ou
superior a 15 anos de idade pois passarão por uma capacitação para o melhor manuseio., levando
em consideração o material em uso não constitui um perigo para os demais apesar de algum
material não ser fácil em achar. Quando o material for bem cuidado a sua manutenção será por
cada momento que o material se danificar os custos não serão prejudiciais ao povoado pois
fizemos o produto pensando também nesses pormenores de gastos.
Tabela 2-Materiais
Fonte: (Autor)
60
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Maria de Lurdes dos Santos Pereira. (2013). A POBREZA. PORTUGAL: Escola Superior de
Educação e Ciências Sociais.
62
MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO. (2007). ESTRATEGIA DO
DESENVOLVIMENTO RURAL. MAPUTO: Direcção Nacional de Promoção do
Desenvolvimento Rural.
https://www.preparaenem.com/geografia/fontes-energia-nao-renovaveis-renovaveis.htm
https://www.blogger.com/profile/04019274967518796557
https://portuguese.alibaba.com/product-detail/Hand-press-LED-flashlight-Torch-Kids-
60832455505.html
https://pt.made-in-china.com/co_jaspa-lighting/product_Competitive-Dynamo-LED-Flashlight-
14-2M1710-_ryusreigg.html
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APÊNDICES
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QUESTIONÁRIO
1.a) Nome: b) Sexo: Masculino c) Idade: 52 Anos Cargo: Director Distrital do IDE
2.Sendo Instituto Nacional de Estatística, uma Instituição legal e que lida com o programa de
senso populacional, o que tem a dizer sobre o senso de 2017?
R- Para a instituição, o senso do ano 2017 decorreu normalmente apesar de não haver muita
aderência em locais mais recônditas, pois não estavam abalizados nesta matéria. Quando um
delegado de senso chegasse numa certa casa, os donos fugiam para as matas por falta de
conhecimento do senso
R- para o povoado de phandira não verdade não sabemos qual a percentagem pois sabemos nos
que estão numa fase muito caótica porque única fonte de rendimento é a agricultura.
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R-As causas principais para a elevada índice de pobreza é por viverem longe da vila onde não há
acesso adequado para fazer negócios, poligamia, casamento prematuro, baixo índice de
escolaridade entre outros factores.
6. Quais os tipos de energia que a população usa param a iluminação nocturna no Distrito em
Particular o Povoado de Phandira?
R- O entrevistado disse que para o distrito de Barué tem a energia eléctrica que é fornecida pelas
cahora-bassa, a energia eólica pois temos capacidade para tal por ter montanhas altas e ate então
esta ser feita a devida pesquisa, painéis solares, lanternas a pilha. Particularmente em Phandira
usa-se painéis solares individuais de baixo custo, Lanternas a pilhas, candeeiros a partir de
petróleo.
8. O que a INE esta a fazer e o que faria para reduzir o índice de pobreza no nosso Distrito?
R- Para tal a INE de Barue está sem um plano concreto mais estão em curso alguns projectos
não-governamentais de sensibilização nas comunidades. O povoado de Phandira está incluso
desses programas para minimizar estes problemáticos, principalmente na questão de casamentos
prematuros e poligamia
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QUESTIONÁRIO
1. Sendo a Electricidade de Moçambique (EDM), uma Instituição legal e que lida directamente
com a população e com os bons modos a serem aplicados no município através da corrente
eléctrica, oque tem a dizer sobre a corrente eléctrica no nosso Distrito?
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4. O que está sendo feito para expandir a corrente eléctrica no nosso Distrito?
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INQUÉRITO
O presente questionário tem como objectivo a recolha de informações sobre a falta de iluminação
adequada em zonas rurais do Distrito de Barué em Particular no povoado de Phandira, povoado
este que carece de uma iluminação adequada nos períodos nocturnos. O inquérito enquadra-se
numa investigação para recolha de dados no âmbito de trabalho do final do curso licenciatura em
Design no Instituto superior de artes e cultura (ISArC).Todas as informações recolhidas neste
inquérito são confidenciais e os dados de identificação solicitados servem apenas para efeito de
interpretação das outras respostas. Por favor responda com honestidade pois não há respostas
correctas ou incorrectas. A sua opinião é muito importante. Agradecido.
Preencha, sempre que possível, com um X na resposta escolhida e alguns sítios com ideias.
3. A quanto tempo usa esse tipo de iluminação? a)- 5 anos_______ b)-10 anos_______ c)- 15
Anos_______ d) 20 anos ou mais_______
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a) SIM______ b) NÃO_____
7. Quais?
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a) SIM______ b) NÃO_____
12. Gostaria de usar um candeeiro que não tenha muitos gastos?
a) SIM______ b) NÃO_____
-FIM-
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