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Docente: Gislane Soares.

Discentes: Ana Caroline Viana Lima, Driele Souza da Silva, Lara Souza Almeida, Mikaelly Sousa
Dias, Vanessa Geyelli Reis de Novaes, Vinícius Caires, Yasmin Victória Barbosa de Carvalho

Caso Clínico (Paciente com TCE)

História do Paciente
A.G.S, 27 anos, sexo masculino ao pilotar em alta velocidade na Avenida. Luís
Eduardo Magalhães às 23:15PM perdeu o controle e colidiu em um carro,
sendo arremessado a 10m de distância. Devido ao impacto o capacete que não
estava devidamente travado, foi lançado para fora de sua cabeça. Com isso
A.G.S bateu a cabeça no asfalto. Logo após o incidente a equipe de socorristas
ao chegar no local do acidente encontrou desacordado levando o para o
Hospital Geral para o devido socorro. Foram realizados exames de imagem
como Tomografia e ressonância magnética, e logo após foi aplicado escala de
coma de Glasgow. Após a realização dos exames foi observado um hematoma
no córtex frontal e a escala de Glasgow apresentou um escore de 10 com nível
moderado do trauma. O paciente apresentou perda de consciência, acordou
após 3h, após recuperação da consciência apresentou confusão e
desorientação mental, dificuldade de memória recente, vômito, náuseas, fala
desconexas, apresentou pequeno coágulo na cabeça, visão embaçada. Logo
após o período que ficou internado o paciente recebeu alta e procurou a clínica
de reabilitação da unex para tratamento fisioterapêutico. Atualmente apresenta
falta de equilíbrio, dificuldade na marcha, fraqueza nos MMSS 4/5 e MMII 3/5,
rigidez cervical, diminuição de ADM no ombro e dor nas articulações do joelho.

Diagnóstico Cinético-Funcional
O paciente apresenta limitação musculoesquelética com rigidez na região
cervical, dores nas articulações do joelho, redução da força muscular nos MMII
e MMSS, redução de Amplitude de Movimento do ombro, gerando assim uma
dificuldade para se movimentar, realizar a marcha independente e diminuição
do equilíbrio.
Docente: Gislane Soares.
Discentes: Ana Caroline Viana Lima, Driele Souza da Silva, Lara Souza Almeida, Mikaelly Sousa
Dias, Vanessa Geyelli Reis de Novaes, Vinícius Caires, Yasmin Victória Barbosa de Carvalho

Objetivos

Rigidez Cervical: Reduzir a tensão dos músculos esternocleidomastóide,


trapézio, escaleno. Levando a uma melhora significativa nos movimentos como
inclinação, rotação e extensão.
Marcha: Restabelecer o padrão de marcha independente, afim de manter um
controle postural, trabalhar coordenação e equilíbrio e, consequentemente,
devolver a qualidade de vida e independência desse paciente.
Diminuição de amplitude de movimento: Maximizar a força muscular e a
independência para as atividades de vida diária (AVD´s) do paciente, estimular
os tecidos tensos, alongar os músculos regenerados.
Fortalecimento dos MMSS: Ganhar força dos músculos dos MMSS,
principalmente, o deltoide, músculos do manguito rotador, cervical, romboide,
bíceps, trapézio, com a finalidade de normalizar a força de 4 para 5 e,
consequentemente, restabelecer os movimentos independentes e sem
dificuldades do paciente.
Fortalecimento dos MMII: Fortalecer a musculatura dos membros inferiores e
quadril, principalmente, iliopsoas, ilíaco, psoas maior, psoas menor, sartório,
quadríceps femoral, grácil, pectíneo, adutor longo, adutor magno, adutor
mínimo, obturador externo, bíceps femoral, semitendíneo e semimembranáceo,
com a finalidade de aumentar a força dos membros inferiores de 3 para 5 e, por
se tratar de um exercício funcional, ajudará o paciente a conseguir uma
independência maior em suas atividades da vida diária.
Equilíbrio: Estimular o equilíbrio dinâmico do paciente aprimorando sua
postura e distribuição adequada de peso durante seu movimento ativando
subcomponentes do balanço através do seu alcance funcional. Acrescentando
desafios de equilíbrio e barreiras observando a capacidade do paciente de
reagir, ajudando-o a se recuperar de situações de risco.
Quadro álgico: Diminuir quadro álgico das articulações patelofemoral,
tibiofemoral e tibiofibular proximal, presentes na região do joelho, afim de que o
paciente consiga realizar os movimentos de flexão e extensão do joelho sem
sentir desconforto, melhorando assim, a sua funcionalidade articular.
Docente: Gislane Soares.
Discentes: Ana Caroline Viana Lima, Driele Souza da Silva, Lara Souza Almeida, Mikaelly Sousa
Dias, Vanessa Geyelli Reis de Novaes, Vinícius Caires, Yasmin Victória Barbosa de Carvalho

Condutas
Rigidez Cervical: Liberação miofascial - para relaxar os MMSS tensos e
melhorar a circulação sanguínea na região.
Alongamento: inclinação lateral: Que auxiliará na flexibilidade e redução da
rigidez. Colocando o paciente em sedestação ou de pé com a coluna ereta.
Inclinando suavemente a cabeça para um lado, levando a orelha em direção ao
ombro. Mantendo por 15-30 segundos e repita no lado oposto. Inclinação
anterior e posterior, rotação com inclinação.
Mobilização articular grau 2 passiva: fazendo movimentos suaves de
inclinação lateral do pescoço, ajudando na flexibilidade das articulações 10
repetições de 3 séries. Respeitando a tolerância do paciente.
Marcha: Realização de circuito com diferentes obstáculos para que o paciente
retorne com seu padrão de marcha e coordenação motora da melhor forma
possível. O circuito irá conter steps para que o paciente tenha uma maior flexão
na hora da marcha, cones para auxiliar na coordenação motora colocando o
paciente para passar entre os cones em zigue-zague, e no final do circuito terá
uma cadeira para que o paciente faça o exercício de sentar e levantar ajudando
no fortalecimento muscular dos MMII e o equilíbrio. Esse circuito irá ser feito
pelo paciente em 3x10 indo e voltando.
Diminuição de amplitude de movimento: Dará início com a termoterapia,
normalmente o alongamento é mais eficaz e menos dolorido quando os tecidos
estão aquecidos. E logo após, serão executados exercícios passivos e ativos,
com o intuito de desenvolvermos os micros movimentos até ao macro
movimento, respeitando o teor de tolerância do paciente. Os exercícios serão
voltados aos músculos do manguito rotador e região escapular.
Existe várias angulações do ombro e vários exercícios para ADM, dentre eles:
- Rotação lateral do ombro em 90°
Paciente em decúbito ventral, com o braço para fora da maca, manter o
cotovelo dele em 90° para conseguir fechar uma boa alavanca, estabilizando
no aspecto lateral e distal do cotovelo, pedindo ao paciente que vença a força
resistida. Vale ressalta que de início não estabelece as repetições em
movimentos de rotação, porque primeiro trabalhamos os micro movimentos
para depois ganhar os macro movimentos da oesteocinematico.
Fortalecimento dos MMSS: Exercício resistido ativo livre - Posicionar o
paciente em sedestação ou ortostase, amarrar a faixa elástica em um objeto
fixo, ele irá fazer uma leve abdução dos ombros e uma flexão dos cotovelos
dos membros formando um ângulo de 90°, em cada mão ele irá segurar uma
ponta da faixa de forma que ela fique totalmente esticada. Olhando diretamente
para a frente com o pescoço alongado, ele irá fazer a extensão completa dos
Docente: Gislane Soares.
Discentes: Ana Caroline Viana Lima, Driele Souza da Silva, Lara Souza Almeida, Mikaelly Sousa
Dias, Vanessa Geyelli Reis de Novaes, Vinícius Caires, Yasmin Victória Barbosa de Carvalho
braços liberando as escápulas e logo depois fará o movimento de flexão de
forma que

o braço fique vertical em relação ao chão, puxando as escápulas para trás e


dobrando o cotovelo. Esse exercício deve ser realizado em 3x10.
Fortalecimento dos MMII: Exercício de sentar e levantar sob a bola suíça com
apoio no espaldar – O paciente sentará em uma bola suíça que estará apoiada
pelo fisioterapeuta e usará os braços como apoio para executar o movimento
de sentar e levantar. O corpo deve estar inclinado para frente a partir dos
quadris, mantendo a coluna em posição neutra enquanto transfere o seu peso
para os pés retirando o apoio da bola e se endireitando até ficar em pé,
concentrando em usar os músculos dos glúteos para alinhar os quadris, ao
final, o paciente deve estar em pé com a coluna em posição neutra. Esse
exercício deve ser realizado em 3x10.
Equilíbrio: Após ganho de força será realizado um exercício ativo livre com
paciente posicionado em ortostase. Com os MMII irá fazer uma leve flexão do
joelho em 30° com uma abdução, atravessando a barreira, onde será ativado
os músculos adutores, quadríceps e principalmente o core e com os MMSS
fará um alcance funcional lateral tocando a mão em uma bola fazendo uma
leve elevação do ombro em 60° ativando os músculos escapulares, deltoides e
manguito rotador.
Quadro álgico: Mobilização oscilatória grau I e II para dor (aumentar
flexão) - deslizamento tibiofemoral posterior: Paciente em decúbito dorsal,
com o pé apoiado na maca, o fisioterapeuta irá sentar-se na maca com sua
coxa fixando o pé do paciente. Com as duas mãos, irá segurar ao redor da
tíbia, com os dedos apontando posteriormente e os polegares, anteriormente,
estendendo os cotovelos e colocando o peso do corpo para trás, empurrando a
tíbia posteriormente com os polegares. Essa técnica deve ser aplicada por 1
minuto.
Mobilização oscilatória grau I e II para dor (aumentar extensão) -
Deslizamento tibiofemoral anterior: Paciente em decúbito ventral,
começando com o joelho na posição de repouso; progredir até o final da
amplitude disponível. Coloque um pequeno suporte sob a região distal do
fêmur para prevenir compressão da patela. O fisioterapeuta irá segurar a
porção distal da tíbia com a mão que está mais próxima dela e colocar a palma
da mão proximal na face posterior da tíbia proximal. Após isso irá forçar com a
mão sobre a tíbia proximal no sentido anterior. A força pode ser direcionada
para o platô tibial lateral ou medial para isolar um lado da articulação. Essa
técnica deve ser aplicada por 1 minuto.

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