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Escola de Engenharia

Departamento de Engenharia Mecânica

Especificação e Comando de Sistemas a Eventos Discretos (MIEMEC) – 3º Ano


16 de Novembro de 2016 – Teste 1 - Duração: 100 minutos

QUESTÃO 1 (2,0 val)


Explique os conceitos de estabilidade, instabilidade, tempo interno e tempo externo associados ao
formalismo SFC da norma IEC 60848?

QUESTÃO 2 (2,0 val)


Mostre uma forma de especificar um contador em SFC (IEC 60848). Explique claramente como funciona.

QUESTÃO 3 (2,0 val)


Considere uma variável “a”.Explique como faz a programação de um flanco ascendente e de um flanco
descendente desta variável quando utiliza um PLC OMRON (por exemplo o CPM1-A)?

QUESTÃO 4 (2,0 val)


Comente a seguinte afirmação: “Grafcet e Redes de Petri têm a mesma capacidade de modelação”.

QUESTÃO 5 (2,0 val)


Elabore o programa, em linguagem Ladder, para PLC OMRON CPM1-A,
correspondente ao Grafcet da figura. Justifique os passos e as decisões
que apresentar. Atribua códigos de memória do PLC a todas as
variáveis consideradas. Considere o canal 00 para as entradas e o canal
10 para as saídas.

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QUESTÃO 6 (10,0 val)

Apresente, em Grafcet, a especificação para o comportamento desejado para o cofre forte apresentado na
figura.

1. Trata-se do cofre de um banco com dois acessos possíveis: pela porta A e pela porta B.
2. Para abrir uma porta, é necessário atuar uma botoneira (a1 ou a2). Se uma porta estiver
destrancada e/ou não encostada, a outra não deve abrir.
3. Com o objectivo de aumentar a segurança, a saída do cofre só pode ser feita pela porta A.
4. Existe um sensor “P” que deteta presença de pessoas dentro do cofre.
5. As portas encostam por acção de mola mecânica.

O funcionamento das portas deve ser o seguinte:

Entrada no cofre
• O utilizador atua a botoneira a1 ou a2, consoante a porta de entrada.
• A fechadura F1 ou F2 (consoante a botoneira atuada tenha sido a1 ou a2, respectivamente) é
destrancada por atuação elétrica. Já não é possível entrar pela outra porta.
• Deve ser prevista a hipótese de alguém abrir uma porta e não entrar. Em condições “normais” o
utilizador empurra a porta e entra. A fechadura elétrica deve ser desligada para trancar a porta.
• Depois de entrar, a porta encosta por acção de mola mecânica e o sensor de porta, s1 ou s2,
consoante a porta, detecta-a encostada. A partir desse momento, já não deve ser possível mais
ninguém entrar, a não ser que quem está no interior do cofre pressione o botão K1 para permitir
que mais alguém entre. Neste caso, deve acender-se a lâmpada L.
• Quando um indivíduo está dentro do cofre, só a porta A pode ser aberta do interior (a3). Quando o
operador sai do cofre, pela porta A, deve proceder ao desencravamento das portas, pelo exterior,
com a atuação do botão K2, que se encontra no exterior da porta A (obrigando, assim, qualquer
indivíduo a só poder desencravá-la pelo exterior da porta A).

Saída do cofre
• O utilizador atua a botoneira a3, para sair pela porta A.
• A fechadura da porta é destrancada por atuação elétrica.
• Devem ser previstas as hipóteses: alguém abrir a porta A e não sair; e, possibilidade de haver vários
utilizadores, em que sai um de cada vez.
• Depois da porta encostada (por mola mecânica) o sensor s1 detecta a porta encostada e é ativada a
fechadura elétrica. O cofre está agora trancado, não sendo possível abrir as portas do lado exterior.
• Quando alguém sair pela porta A – não havendo mais ninguém dentro do cofre – deve premir o
botão K2 para desencravar as portas A e B, para poderem ser abertas do exterior. Se não premir o
botão K2 no prazo de 5 segundos, deve soar uma sirene de alarme (SR) que só deve desligar quando
alguém atuar K2.
Notas de implementação: As portas são de vaivém. As fechaduras elétricas são do tipo “Fail Secure”, isto é, destrancam
quando alimentadas electricamente. Sensores e botoneiras são normalmente abertos.
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