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A História da Culinária Italiana

A culinária italiana pode ser resumida em uma simples fórmula: ingredientes frescos e de
qualidade, saudáveis e fáceis de fazer. Devido à toda essa simplicidade, ela alcançou
fama a nível mundial, sendo considerada por muitos (estou incluso aqui) como a melhor
culinária existente. Os dois pratos fundamentais dela são a massa e a pizza, que são
absurdamente fáceis de fazer e se adaptam aos ingredientes de qualquer pais, o único
limite delas é a sua criatividade.

As diferenças culinárias de cada região da Itália são bem visíveis, devido tanto às
características geográficas e climáticas quanto às influencias recebidas durante séculos
de dominação por diversos povos. Em geral podemos dizer que a cozinha no Norte é
mais elaborada e rica, pois possui fortes influências das gastronomias centro-europeias.
Alguns dos pratos dessa região são o risotti, gnocchi e polenta. Rumo ao sul, a
gastronomia mostra-se mais camponesa, como azeite-de-oliva, verduras, as massas e a
pizza. As carnes e pescados estão presentes em todo o país.

Vamos falar agora sobre a origem da massa


Há muitas especulações sobre sua origem, existem indícios de que os etruscos já faziam
um tipo de massa, semelhante à lasanha, no século 1 a.C. Existem também uma lenda
bastante peculiar que atribui a criação da Massa a uma disputa entre Vulcano, deus do
fogo, e Ceres, deusa da agricultura. Vulcano, bastante enfurecido, arrancou os grãos de
trigo da terra e os amassou com um martelo. A farinha obtida foi colocada na boca do
vulcão Vesúvio e regada, entre chamas e vapores, com caldo de azeitonas. Porém a
versão mais aceita hoje é a de que a massa surgiu em uma localidade perto de Palermo
antes do século 10. Nos séculos seguintes ela foi difundida pelo território Italiano. Hoje
existem diversos tipos de massas, sobre os quais falaremos mais pra frente.

Além da pizza, a cozinha italiana possui outros pratos feitos com massas rústicas. Uma
delas eu já fiz aqui, a Schiacciata, quem deu uma olhada pode conferir que realmente é
bem rústica. A mais conhecida é a Focaccia, depois temos a Ciabatta, fora vários outros.

Agora vem a melhor parte, vamos falar sobre os vinhos!

Em 2008 a Itália conquistou o primeiro lugar na produção e exportação de vinhos,


desbancando a França. Com o objetivo de classificar a origem e a qualidade dessa
grande oferta de vinhos, o país dispõe de regulamentação com os seguintes níveis: Vino
di Tavola, sem indicação de procedência; IGT (Indicazioni Geografiche Tipici); DOC
(Denominazione di Origine Controllata) e DOCG (Denominazione di Origine Controllata e
Garantia) que é o suprassumo dos vinhos italianos. A imagem abaixo representa bem
essa classificação:

Dentre os mais prestigiados estão os Chianti, Barolo, Valpolicella e o famoso


Lambrusco.
O Chianti é um vinho da região da Toscana, possui séculos de história e é elaborado
nas províncias de Florença e Siena. Entre 75% e 100% é utilizada a uva da casta
Sangiovese e sua comercialização pode ser feita antes do dia 1º de Outubro do ano
seguinte à colheita.

O Barolo é um tinto seco feito em Piemonte no início do século 19. Desde 1980 teve a
produção limitada por hectare e sua área de cultivo foi restrita às colinas do Langhe. A
uva utilizada é a famosa Nebbiolo, cujo nome refere-se à benéfica névoa da região na
época da colheita, no fim de outubro.

O Valpolicella está no Vênto, a região que produz mais vinhos com denominação de
origem e a terceira em quantidade absoluta. Eles competem diretamente com o Chianti
nas mesas do restaurantes. É elaborado com uvas típicas da região, como Corvina,
Rondinella, Molinara, entre outras. Possui coloração vermelho-rubi, mostra aroma de
frutas vermelhas nos mais jovens e de amêndoas nos mais velhos.

E o Lambrusco é um dos vinhos italianos mais conhecidos. É um vinho tinto, muito doce
e ligeiramente espumoso, é o orgulho da região da Emilia-Romagna.

Junto com os vinhos, outras bebidas italianas também superaram fronteiras e


conquistaram outros países. A exemplo dos espumantes de Asti. Dentre os alcoólicos
mais exportados, destaca-se a grappa, que é uma aguardente que acompanha
sobremesas italianas.

Agora vou falar sobre alguns tipos de massa.


Na Itália existem mais de 500 tipos de massa, os principais são:

Parppadelle: massa em forma de fita larga, tradicional do Vêneto e da Toscana, onde


costuma ser sevida com molhos preparados com coelho e pato.

Spaghetti: massa em forma de cilindros finos, muito popular e conhecida


internacionalmente. É preparada em toda Itália e existem várias espessuras e
comprimentos. Essas “pequenas cordas”, significado de seu nome, costumam ser
servidas com molhos simples.

Fusilli: massa curta, originária do Sul da Itália. Sua forma em espiral ajuda a prender o
molho de tomate, com que costuma ser servido.

Lasagne: essa massa dá nome a um dos pratos mais populares da Itália. Podem ser
planas ou ligeiramente onduladas.

Penne: Com o formato tubular, essa massa seca é uma das mais populares no mundo.
Costuma ser servido com molhos picantes, é originária de Campania e Ligúria.
Gnocchi: massa redonda ou ovalada. Entre muitas variedades, pode ser preparada com
pão ou abóbora, como no Norte, ou com batatas, prato típico da região central da Itália
ou também com mandioca, como o que eu fiz aqui.

Com o nome de palha italiana, muitas pessoas acreditam que o doce é uma
iguaria vinda da Itália, mas, na verdade, a deliciosa receita de brigadeiro com
pedaços de biscoito é resultado da criatividade dos brasileiros. A história popular
se dá no surgimento do doce ter ocorrido no Sul do País, em uma colônia de
imigrantes italianos, que tiveram como inspiração o doce italiano salame di
cioccolato, em português “salame de chocolate”.
Palha italiana: descubra a história do doce brasileiro que carrega o
estrangeirismo no nome

A receita italiana é feita com massa de chocolate, manteiga, ovos, pedaços de


biscoito e um mix de frutos secos, como: nozes, amêndoas, avelãs e castanhas.
Em terras brasileiras a massa foi substituída pelo famoso brigadeiro de chocolate
e utiliza pedaços de biscoito maizena.

O nome palha italiana teve como referência o País que criou o salame de
chocolate e o costume dos italianos em retirar as cascas das amêndoas, surgindo
assim o nome “abrasileirado”. O doce mistura ingredientes populares ao paladar
dos brasileiros, como o leite condensado, achocolatado, biscoito de maizena,
manteiga e açúcar.

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