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ESFERA PROCESSUAL TRIBUTÁRIA

EMBARGOS INFRINGENTES EM EXECUÇÃO FISCAL

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO SERVIÇO ANEXO DAS FAZENDAS DA


COMARCA DE SUMARÉ

Processo n. 2356/01
Embargos à Execução

CDA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL LTDA. , já devidamente qualificada


nos autos do processo em referência que promove contra a Fazenda
Municipal de Sumaré, por seu advogado e bastante procurador, vem,
respeitosamente, à presença de V. Exa., com fundamento no art. 34, da
Lei n. 6.830/80, opor

EMBARGOS INFRINGENTES
em face à r. sentença de fls., pelos motivos a seguir expostos:
1. Trata-se o presente processo de embargos opostos à Execução
Fiscal ajuizada pela Fazenda Municipal de Sumaré, objetivando a
cobrança de diferença de ISSQN, competência de dezembro de 2012,
em decorrência da aplicação da alíquota de 3% e não 4% como
pretendido pela Embargada.
Certo é, ainda, que Vossa Excelência ao apreciar as razões que lhe
foram submetidas houve por bem julgar improcedentes os presentes
embargos à execução fiscal por entender que a Lei Municipal n. 1.523,
de 30-11-2012, somente produziria efeitos a partir de 1º-1-2000, em
atenção ao princípio da anterioridade.
Porém, conforme restará demonstrado, tal entendimento não
encontra amparo em nosso ordenamento jurídico.
2. O artigo 150, inciso III, letra b , da Constituição Federal, com a
redação vigente à época dos fatos, assim determinava:
"Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
.................................................................................
III - cobrar tributos:
.................................................................................
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou;
...............................................................................".
Da simples análise do dispositivo constitucional acima transcrito
constata-se que o princípio da anterioridade somente é aplicado no
caso de instituição ou majoração de tributos.
No presente caso, trata-se de lei municipal que diminuiu a alíquota
do ISSQN devendo, assim, ser aplicada imediatamente, ou seja, em
relação aos fatos imponíveis ocorridos após o início de sua vigência
que se deu com a sua publicação em 30-11-99.
Resta claro que não há o que se falar em diferença de ISSQN
devido pela Embargante, eis que aplicou corretamente a alíquota de
3% e efetuou o pagamento do tributo devido, conforme comprova a
Guia de Recolhimento constante dos autos, portanto, extinto está o
crédito tributário pelo pagamento nos exatos termos do inciso I, do
art. 156, do Código Tributário Nacional.
3. Por todo o exposto, requer a Embargante sejam os presentes
embargos infringentes recebidos e providos a fim de reformar a
sentença de fls., para que seja reconhecida a procedência dos
embargos à execução com a conseqüente extinção da execução fiscal
em face da sua flagrante ilegalidade.
Termos em que,
p. deferimento.
Data
Assinatura do Advogado

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