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ESFERA PROCESSUAL TRIBUTÁRIA


MANDADO DE SEGURANÇA - III (FUNDADO NA DECADÊNCIA)

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO

KLM DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA. (qualificação), por seu


advogado e bastante procurador (docs. 01 e 02), vem, respeitosamente, à presença de V.
Exa., com fundamento no inciso LXIX do artigo 5º da Constituição Federal e na Lei n.
1.533/51, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA
contra ato do Sr. Delegado Regional Tributário em São Paulo, pelos motivos de fato e de
direito a seguir expostos:

I - DOS FATOS
1. A Impetrante, em 25-5-2003, foi intimada da lavratura de Auto de Infração e
Imposição de Multa, pelo qual pretende a Fazenda Estadual a constituição de crédito
tributário de ICMS incidente sobre operação de venda de mercadoria, sem emissão de
Nota Fiscal, realizada em 14-4-1996.
Porém, conforme restará demonstrado, referido crédito tributário encontra-se
extinto pela decadência, não devendo, assim, subsistir.
Esses os fatos.

II - DO DIREITO
2. Ora, Excelência, tratando-se de tributo sujeito ao lançamento por homologação,
porém sem a antecipação do pagamento, a regra de decadência a ser aplicada é a
prevista no artigo 173, I, do Código Tributário Nacional, que assim determina:
"Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
sido efetuado;"
Resta claro, portanto, que a operação de circulação de mercadoria realizada em 14-
4-1996 encontra-se abrangida pela decadência, uma vez que a Fazenda do Estado teria
até o dia 31 de dezembro de 2012 para constituir o referido crédito.
Dessa forma, nos termos do artigo 156, V, do Código Tributário Nacional, o crédito
tributário constituído por intermédio do Auto de Infração e Imposição de Multa lavrado
em 25-5-2003 encontra-se extinto pela decadência.
Resta demonstrada assim a total nulidade do presente lançamento tributário.

III - DA CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR


3. É flagrante a presença dos requisitos previstos no inciso II do artigo 7º da Lei n.
1.533/51.
A relevância dos fundamentos repousa no fato de referido crédito tributário
encontrar-se extinto pelo decurso do prazo decadencial disciplinado no artigo 173, I, do
Código Tributário Nacional, conforme comprova o próprio Auto de Infração e Imposição
de Multa.
Por outro lado, a ineficácia da segurança caso seja ela concedida somente ao final
decorre do fato de que, sem a medida liminar, o crédito tributário será inscrito na dívida
ativa e ajuizada Execução Fiscal, com penhora de bens, o que, de fato, acarretará

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prejuízos de toda ordem à Impetrante, em face da demonstrada inexigibilidade do


referido crédito tributário

IV - DO PEDIDO
4. Comprovado, à saciedade, o direito líquido e certo da Impetrante de não ser
compelida ao recolhimento do crédito tributário consignado no Auto de Infração e
Imposição de Multa lavrado em 25-5-2003, por encontrar-se extinto pelo decurso do
prazo decadencial previsto no inciso I do artigo 173 do Código Tributário Nacional.
Ante o exposto, requer a Impetrante a concessão de medida liminar, a fim de sustar
quaisquer atos a serem praticados por parte do Impetrado no sentido de inscrever o
débito na dívida ativa e ajuizar Execução Fiscal tendente à exigibilidade do crédito de
ICMS concernente à operação de circulação realizada em 14-4-1996.
Processado o presente "mandamus", requisitadas as informações e ouvido o
Ministério Público, requer a Impetrante a concessão da segurança em definitivo, a fim
de ser cancelado o crédito tributário constituído pelo Auto de Infração e Imposição de
Multa.
Termos em que, dá-se a causa o valor de R$ (valor do crédito tributário)...,
p. deferimento.
Data
Assinatura do Advogado

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