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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS – EQA

Caroline da Silva Macedo – 118887

Kewin Jones de Castro – 129832

Layra Souza - 117764

FILTRAÇÃO COM FILTRO DE AREIA CONTÍNUO, DESCONTÍNUO E DE PRENSA

Rio Grande/RS
2023
Caroline da Silva Macedo – 118887
Kewin Jones de Castro – 129832

Layra Souza - 117764

DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA CLASSIFICAÇÃO DE AREIA FINA ATRAVÉS


DE ELUTRIAÇÃO.

Relatório de pesquisa experimental


apresentado à Universidade Federal de Rio
Grande (FURG) como parte dos requisitos
para obtenção da aprovação na disciplina de
Laboratório de Engenharia Química IV.

Rio Grande/RS
2023
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação filtro tipo prensa 10

Figura 2 - Ilustração do filtro de areia contínuo com três camadas filtrantes 12


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Velocidade X Nível de água. 19

Gráfico 2 - Nível de água X Tempo de filtração. 19


Gráfico 3 - Variação de tempo por volume X Volume médio (Pressão A) 19
Gráfico 4 - Variação de tempo por volume X Volume médio (Pressão B) 22
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Propriedades do sistema 1 16


Tabela 2 – Dimensões do leito. 16

Tabela 3 - Propriedades das partículas. 16


Tabela 4 - Propriedades do sistema 2 17
Tabela 5 - Dimensões do leito 2 17
Tabela 6 – Dados da pratica coletados e tratados. 17
Tabela 7 – Filtração contínua 20
Tabela 8 – Porosidade do sistema 20
Tabela 9 – Massa das tortas 20
Tabela 10 - Dados coletados e tratados (a 2 kgf/cm2) 20
Tabela 11 - resultados finais do filtro prensa (pressão A) 21

Tabela 12 – Dados coletados e tratados (a 2,5 kgf/cm2) 21


Tabela 13 – resultados finais do filtro prensa (pressão B) 22
Sumário
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 7
1.1 Filtro de areia continuo ......................................................................................................... 7
1.2 Filtro de areia descontinuo ................................................................................................... 8
1.3 Filtro prensa ........................................................................................................................... 8
2 OBJETIVO....................................................................................................................................... 9
2.1 Objetivo geral ......................................................................................................................... 9
2.2 Objetivos específicos .............................................................................................................. 9
2.2.1 Filtro de areia contínuo..................................................................................................... 9
2.2.2 Filtro de areia descontinuo .............................................................................................. 9
2.2.3 Filtro prensa....................................................................................................................... 9

3 RREVISÃO DA LITERATURA .................................................................................................... 9


3.1 Filtro de areia continuo ..................................................................................................... 9
3.2 Filtro descontinuo ................................................................................................................. 12
3.3 Filtro prensa........................................................................................................................ 12
4 Metodologia .................................................................................................................................... 14
4.1 Filtro de areia continuo ................................................................................................... 14
4.2 Filtro descontinuo ................................................................................................................. 15
4.3 Filtro prensa........................................................................................................................ 15

5 RESULTADOS E DISCUÇÕES .............................................................................................. 15


5.1 Filtração continua .............................................................................................................. 15
5.2 Filtração descontinua ........................................................................................................ 16
5.3 Filtro prensa ........................................................................................................................ 19
6 CONCLUSÕES ........................................................................................................................... 22
7 REFERENCIAS .......................................................................................................................... 22
1 INTRODUÇÃO

A operação unitária de filtração é um processo fundamental na engenharia química e em


várias outras indústrias. Ela envolve a separação de partículas sólidas de um líquido ou gás,
passando-o através de um meio poroso, como um filtro ou uma camada de areia. A filtração é
amplamente usada para remover impurezas, clarificar líquidos e tratar efluentes,
desempenhando um papel crucial na purificação de água potável, na produção de produtos
farmacêuticos, alimentos, bebidas e em inúmeras outras aplicações industriais. A eficiência da
filtração depende da escolha apropriada do meio de filtragem, das condições de operação e da
manutenção adequada do equipamento, garantindo que os sólidos sejam retidos enquanto o
fluido desejado passe pelo filtro, resultando em produtos finais mais limpos e seguros.

Neste contexto, filtros de areia contínuos, descontínuos e de prensa são dispositivos


amplamente utilizados na indústria e cada tipo de filtro tem seu próprio princípio de
funcionamento e aplicação específica. Além disso, os equipamentos de filtração podem ser
operados de duas maneiras: em modo batelada, em que a torta resultante é removida após cada
ciclo de filtração, e de maneira contínua.

Dentro da categoria de filtros contínuos, o tipo mais comum é o leito poroso granular
ou leito fixo. Esses filtros são caracterizados por conter uma ou mais camadas de material
granular, como areia e cascalho, que atuam como meio filtrante. Entre os filtros de pressão
operados em modo batelada, o filtro prensa é amplamente utilizado. Esse tipo de filtro é
distinguido pela presença de quadros e placas separados pelo meio filtrante. À medida que as
partículas se acumulam, uma torta se forma durante o processo de filtração.

1.1 Filtro de Areia Contínuo

Os filtros de areia contínuos são comumente usados para a filtração constante de água.
Eles consistem em um reservatório de filtragem de área constante e conhecida recheada com
camadas de areia fina, areia grossa, pedra, ou meio granular similar. O líquido a ser clarificado
é introduzido na parte superior do filtro de forma contínua e passa através da camada de areia.
À medida que a água flui através da camada de areia, as partículas sólidas maiores ficam retidas
na camada e o líquido clarificado sai pela parte inferior. Esse processo ocorre devido a vários
mecanismos físicos, incluindo a interceptação, a difusão, a sedimentação e a adsorção. O meio
de filtragem, geralmente areia, cascalho ou outro material granular, atua como uma barreira
eficaz para a remoção de partículas sólidas suspensas na água. À medida que a camada de
filtragem fica saturada de partículas retidas, é necessário um processo de limpeza do meio para
manter a eficiência do filtro.

1.2 Filtro de Areia Descontínuo

Os filtros de areia descontínuos operam intermitentemente, com base em um ciclo de


carga e descarga. A estrutura é semelhante a de filtro de areia contínuos, contendo as camadas
de areia e pedras, porém o líquido a ser clarificado não é alimentado continuamente. A pressão
aplicada durante o processo pode variar e não está restrita à pressão atmosférica, embora essa
seja mais comumente usada em tratamento de água, por exemplo. A filtração por gravidade
utiliza a pressão hidrostática gerada pela altura da coluna de líquido para impulsionar o líquido
através do meio filtrante. No entanto, em muitas aplicações industriais, pressão adicional pode
ser aplicada para aumentar a taxa de filtração e a eficiência do processo. A escolha da pressão
de operação depende das características do processo, como a viscosidade do líquido, o tamanho
e a densidade das partículas a serem retidas e a eficiência desejada do processo de filtração.

1.3 Filtro Prensa

Os filtros de prensa são projetados para a separação eficiente de sólidos de líquidos.


Eles consistem em placas horizontais ou verticais, alternando entre placas de filtro e placas de
suporte. A polpa a ser filtrada é bombeada para o filtro de prensa, onde as partículas sólidas
são retidas nas câmaras formadas pelas placas de filtro, enquanto o líquido (filtrado) passa pelas
aberturas. Após a formação de um bolo sólido, as placas são comprimidas umas contra as outras
para extrair o líquido restante. O sólido resultante pode ser facilmente removido.
Figura 1. Representação filtro tipo prensa.

(Fonte: Cremasco)

Este relatório abordará a análise dos processos de filtração em filtros de areia contínuos
e descontínuos, bem como a filtração realizada em filtros prensa. Na sequência, procederemos
com a análise das equações empregadas nos referidos processos.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Estudar a operação unitária de filtração ao avaliar os filtros de areia contínuo,


descontínuo e filtro prensa – câmaras de uma suspensão de carbonato de cálcio.

2.2 Objetivos Específicos

2.2.1 Filtro de areia contínuo

Comparar as velocidades de filtração teórica e experimental de um filtro de


leito poroso contínuo, composto por areias fina e grossa e pedra.

2.2.2 Filtro de areia descontínuo

Encontrar a constante “C” através de um ajuste linear da altura em função da


velocidade de filtração, e através de um ajuste exponencial da altura em função do
tempo. Determinar as permeabilidades “K”.

2.2.3 Filtro tipo prensa


Calcular a constante característica da filtração a pressão constante (kp),
resistência específica da torta (α), resistência específica do meio filtrante (Rm),
compressibilidade (s) e o percentual de umidade da torta (%U).

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Filtro de areia contínuo

De acordo com a citação de MARQUES (2012), o filtro de areia contínuo é composto


por várias camadas de areia, e isso está diretamente relacionado à aplicação da Lei de Darcy
na análise da perda de carga no processo de filtração. A Lei de Darcy descreve a relação entre
a perda de carga, a permeabilidade do meio e a velocidade do fluxo de água através do meio
filtrante. Ter múltiplas camadas de areia pode permitir um controle mais preciso da perda de
carga e da eficiência do processo, uma vez que diferentes camadas podem ter diferentes
propriedades de permeabilidade, permitindo a otimização do desempenho do filtro de areia
contínuo. Sendo assim, segue a Equação 1 que esquematiza a Lei de Darcy.
µ
−(𝛻𝑃 − 𝜌) = 𝑣 (1)
𝐾

Onde:

∇P - gradiente de pressão;

ρ - massa específica;

g - gravidade;

μ - viscosidade do meio;

K - porosidade;

v - velocidade que o fluido passa pelo meio.

Os filtros que empregam múltiplos meios filtrantes são construídos com a utilização de
diversos tipos de meios, organizados em camadas, com base em suas densidades hidráulicas
específicas. Essa estrutura estratificada de meios filtrantes permite a otimização do processo
de filtração, uma vez que cada camada pode ser projetada para reter partículas de tamanho
específico, resultando em uma filtração mais eficiente e seletiva. Além disso, a utilização de
múltiplos meios filtrantes pode melhorar a capacidade de carga do filtro e prolongar a vida útil
do sistema de filtração. Segue a representação do equipamento, conforme a Figura 2.

Figura 2 - Ilustração do filtro de areia contínuo com três camadas filtrantes.

FONTE: matéria disponibilizado de aula

A aplicação da Lei de Darcy em filtros de areia envolve considerações específicas. Um


sistema de referência é estabelecido, com velocidades consideradas positivas quando o fluxo é
ascendente. O movimento do fluido é unidirecional em relação à altura (L). A porosidade do
leito é mantida constante, assim como a massa específica do fluido é considerada
incompressível. Além disso, supõe-se que viscosidade, gravidade e velocidade não variam com
a altura. A integração dessas considerações resulta na Equação 2:
µ
−𝛥𝑃 = −𝜌𝑔𝛥𝐿 + 𝑣𝛥𝐿 (2)
𝑘

Onde ΔP representa a variação de pressão em uma camada, ρ é a massa específica da água,


g é a aceleração da gravidade, ΔL é a altura do meio filtrante, μ é a viscosidade do meio, K é a
porosidade, e v é a velocidade do fluido através do meio.

Com base na Equação 2, a velocidade superficial permanece constante ao longo do


filtro. Fazendo as considerações apropriadas, chegamos à Equação 3, que permite o cálculo da
velocidade teórica de filtração:

𝜌𝑔 (𝐿1=𝐿2+𝐿3+𝐿4
𝑣= 𝐿1 𝐿2 𝐿3 𝐿4 (3)
µ( + + + )
𝐾1 𝐾2 𝐾3 𝐾4
Nesse cálculo, os valores de L foram fornecidos no roteiro da aula prática, enquanto μ e
ρ foram obtidos a partir do NIST.

O coeficiente de permeabilidade (K) é determinado usando a equação de Carman-


Kozeny (Equação 4), que leva em consideração a esfericidade (ϕ), o diâmetro da partícula
(Dp) e a porosidade da partícula (ε).

(𝛷𝐷𝑝)2 ɛ²
𝐾= (4)
150(1−ɛ)²

A porosidade (ε) é calculada através da Equação 5, relacionando a massa específica


aparente e a massa específica do sólido, como segue:
𝜌 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
ɛ= 1− (5)
𝜌 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜

Visando calcular a velocidade experimental, a Equação 6 é utilizada:

𝑣 = 𝑄/𝐴 (6)

Onde temos que a vazão volumétrica é calculada pela Equação 7.

𝑄 = 𝑉/𝑡 (7

3.2 Filtro de areia descontínuo

A altura do leito de água varia ao longo do tempo, refletindo o caráter descontínuo da


alimentação do filtro. Essa altura da camada de água afeta diretamente a pressão no filtro, uma
vez que uma coluna de menor altura exerce menor pressão, levando a uma redução na
velocidade de filtração. Esse comportamento dinâmico da altura do leito e sua relação com a
pressão e a velocidade de filtração são aspectos essenciais na compreensão do desempenho de
filtros em operações descontínuas.

A equação de Darcy é empregada na análise da camada de água, mas nesse contexto, a


parcela relacionada à permeabilidade é omitida. A variação na altura da coluna de água é
representada pela última parte da equação. A omissão da permeabilidade reflete a natureza do
processo, onde a análise da variação da altura da camada de água é o foco principal, não
envolvendo as características de fluxo e resistência do meio filtrante, como na parte relacionada
à permeabilidade.

No processo de dedução das equações, a Equação 2 é aplicada em diferentes pontos do


leito granular, como entre os pontos que delimitam o início e a superfície do leito, bem como
em toda a altura da água dentro do filtro, somando-se essas contribuições. A eliminação do
termo de pressão, devido às pressões de entrada e saída serem atmosféricas, leva à obtenção da
Equação 8, que fornece informações cruciais sobre a velocidade do escoamento de fluido no
filtro. Portanto, a utilização da equação de Darcy, com a consideração da variação na altura da
coluna de água, é essencial para o entendimento das características de fluxo em filtros
descontínuos de leito granular.

𝑉 = −(𝑝𝑔𝐾/𝑢𝐿)ℎ(𝑡) (8)

Tendo em vista que a primeira parte da equação é constante, ela se torna a equação 9:

𝑣 = −𝐶ℎ(𝑡) + 𝑏 (9)

A velocidade então pode ser definida como sendo dh/dt. Ao integrar a definição de
velocidade e isolar h, tem-se a equação 10:

𝑥 = 𝑒 (−𝐶2𝑡) (10)

3.3 Filtro prensa

A torta formada durante o processo de filtração desempenha um papel crítico na perda


de carga do sistema. Uma torta com espessura considerável oferece uma resistência bem
definida ao fluxo do filtrado, o que resulta em uma maior queda de pressão à medida que o
líquido passa através dela. Esse aumento na espessura da torta pode ser causado por um
acúmulo de partículas sólidas retidas durante a filtração ou por uma taxa de alimentação mais
alta. Portanto, a espessura da torta é um fator importante a considerar ao analisar a perda de
carga em um sistema de filtração, já que ela tem um impacto direto na resistência ao fluxo e,
consequentemente, na queda de pressão.

A constante característica da filtração à pressão constante, Kp, e o parâmetro B, foram


determinados a partir da regressão linear dos dados experimentais, considerando a Equação
11.
𝑡 𝐾𝑝
= 𝑉+𝐵 (11)
𝑉 2

A resistência específica da torta, α e a resistência do meio filtrante, Rm, foram


determinados através das Equações 12 e 13, utilizando os parâmetros calculados
anteriormente.

𝐾𝑝𝐴2 − 𝛥𝑃
𝛼= (12)
µ 𝑐𝑠

𝐵𝐴− 𝛥𝑃
𝑅𝑚 = (13)
µ

Para determinar a umidade da torta foi considerada a Equação 14.

𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑡𝑎 ú𝑚𝑖𝑑𝑎 −𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑡𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎


𝑈% = (14)
𝑚 𝑡𝑜𝑟𝑡𝑎 ú𝑚𝑖𝑑𝑎

A compressibilidade da torta, s, foi calculada através da regressão linear da


resistência da torta em função da pressão, considerando a Equação 15.

𝑙𝑜𝑔 𝑙𝑜𝑔 𝛼 = 𝑙𝑜𝑔𝛼0 + 𝑆 𝑙𝑜𝑔 𝛥𝑃 (15)

Como otimizador no processo de filtração, os auxiliares de filtração desempenham um


papel significativo na aceleração do processo de filtração, bem como na melhoria da coleta de
partículas finas em suspensão. São compostos por partículas sólidas finamente divididas e
rígidas que formam tortas de filtração abertas e não compressíveis. Além de acelerar a filtração,
esses auxiliares também desempenham um papel importante na redução da compressibilidade
da torta de filtração. Dessa forma, eles contribuem para uma operação de filtração mais
eficiente, permitindo uma coleta mais completa de partículas finas e uma melhor manipulação
da torta formada. No presente experimento, não foram realizadas etapas comparativas usando
auxiliares de filtração.

4 METODOLOGIA
4.1 Filtro continuo

a alimentação de água foi ativada até que o regime permanente tenha sido estabelecido,
mantendo-se um nível constante. Foi coletado um volume de 500 mL de água, utilizando uma
proveta, e os tempos de coleta foram registrados para permitir o cálculo da vazão. Essa
operação foi repetida em cinco iterações consecutivas, sem interrupção no fluxo de água.
Adicionalmente, foram medidas as alturas dos meios filtrantes, como a areia grossa, a areia
fina e as pedras, bem como a altura da coluna de água. A área da seção transversal do filtro
também foi determinada.

4.2 Filtro areia descontinuo

Inicialmente, o filtro já se encontrava preenchido com água até uma altura específica acima
do leito (X0). Foi feito um registro da altura da coluna de água inicial (X0) e da altura do leito
de areia (L). Subsequentemente, a mangueira foi desobstruída, permitindo o escoamento da
água, e procedeu-se à coleta de um volume de 50 mL, utilizando uma proveta, ao mesmo tempo
em que se registrava o tempo necessário para a coleta desse volume de líquido (X(t)). Esse
procedimento foi repetido até que todo o fluido contido no filtro passasse pelo meio poroso.

5 RESULTADOS E DISCUÇÕES

5.1 Filtração continua

Através da literatura e medições feitas durante o experimento coletamos os dados necessários


para o tratamento de dados mostrados nas tabelas 1 e 2.
Tabela 1 - Propriedades do sistema
Propriedade Valor
Área da seção transversal (cm2) 96,03
Temperatura da água 19,5
Massa específica da água (kg/m3
998,207
)
9,55E-
Viscosidade da água (kg/(m*s))
04
FONTE: Autores 2023
Tabela 2 - Dimensões do leito
Leito L (cm)
Água 17,5
Areia fina 7
Areia grossa 7,5
Pedra 11,5
FONTE: Autores 2023

Juntando s dados coletados e as equações (2) (4) (5) e (7) foi passível obter os seguintes
resultados mostrados na tabela 3.
Tabela 3 - Propriedades das partículas
Material Tyler dp (mm) ρap (kg/m3 ) ε Ф K (m2 )
Areia fina 80 - 100 0,164 1532 0,45 0,83 3,72E-11
Areia grossa 12 - 20 1,45 1434 0,48 0,75 3,22E-09
Pedra 1/4 - 4 5,55 1334 0,52 0,7 6,14E-08
FONTE: Autores 2023

Através da equação (6) conseguimos calcular a velocidade experimental


Velocidade experimental (m/s) = 0,00100
Usando a equação (3) podemos calcular e comparar com a velocidade experimental
Velocidade teórica (m/s) = 0,00140
Os resultados práticos obtidos a partir do cálculo da velocidade de filtração em
laboratório demonstraram uma notável concordância com os resultados teóricos previstos. Isso
evidencia a eficácia da modelagem e das previsões teóricas no contexto da filtração,
fortalecendo a confiança na aplicação dessas abordagens para prever e compreender o
comportamento dos processos de filtração em situações reais. Essa congruência entre os
resultados práticos e teóricos é fundamental para a validação e a aplicação da aplicação
laboratorial.

5.2 Filtração descontinua

Do mesmo modo a coleta de dados foi feita para filtração descontinua, como mostrado nas
tabelas 4 e 5.
Tabela 4 - Propriedades do sistema
Propriedade Valor
Área da seção transversal (cm2) 87
Temperatura da água 19,5
Massa específica da água (kg/m3 ) 998,207
9,55E-
Viscosidade da água (kg/(m*s))
04
FONTE: Autores 2023
Tabela 5 - Dimensões do leito
Leito L (cm)
Água 28,3
Areia fina 6,6
FONTE: Autores 2023
Usando a equação 9 podemos calcular a velocidade e montar a seguinte tabela:

Tabela 6 - Dados da prática (coletados e tratados)


Volume Tempo Vazão Vazão Velocidade Altura coluna d'água
(mL) (s) (mL/s) (m3/s) (m/s) (m)
0 0 0,00 0,00E+00 0,00E+00 0,349
50 5,92 8,45 8,45E-06 9,71E-04 0,343
100 15,73 6,36 6,36E-06 7,31E-04 0,338
150 25,62 5,85 5,85E-06 6,73E-04 0,332
200 35,82 5,58 5,58E-06 6,42E-04 0,326
250 45,81 5,46 5,46E-06 6,27E-04 0,320
300 56,15 5,34 5,34E-06 6,14E-04 0,315
350 66,37 5,27 5,27E-06 6,06E-04 0,309
400 77,3 5,17 5,17E-06 5,95E-04 0,303
450 88,46 5,09 5,09E-06 5,85E-04 0,297
500 99,42 5,03 5,03E-06 5,78E-04 0,292
550 111,42 4,94 4,94E-06 5,67E-04 0,286
600 122,69 4,89 4,89E-06 5,62E-04 0,280
650 134,85 4,82 4,82E-06 5,54E-04 0,274
700 146,82 4,77 4,77E-06 5,48E-04 0,269
750 158,95 4,72 4,72E-06 5,42E-04 0,263
800 171,7 4,66 4,66E-06 5,36E-04 0,257
850 184,54 4,61 4,61E-06 5,29E-04 0,251
900 197,13 4,57 4,57E-06 5,25E-04 0,246
950 210,43 4,51 4,51E-06 5,19E-04 0,240
1000 223,02 4,48 4,48E-06 5,15E-04 0,234
1050 236,23 4,44 4,44E-06 5,11E-04 0,228
1100 249,84 4,40 4,40E-06 5,06E-04 0,223
1150 263,27 4,37 4,37E-06 5,02E-04 0,217
1200 277,19 4,33 4,33E-06 4,98E-04 0,211
1250 290,52 4,30 4,30E-06 4,95E-04 0,205
1300 305,18 4,26 4,26E-06 4,90E-04 0,200
1350 319,69 4,22 4,22E-06 4,85E-04 0,194
1400 333,69 4,20 4,20E-06 4,82E-04 0,188
1450 348,77 4,16 4,16E-06 4,78E-04 0,182
1500 363,69 4,12 4,12E-06 4,74E-04 0,177
1550 379,56 4,08 4,08E-06 4,69E-04 0,171
1600 395,6 4,04 4,04E-06 4,65E-04 0,165
1650 411,14 4,01 4,01E-06 4,61E-04 0,159
1700 426,92 3,98 3,98E-06 4,58E-04 0,154
1750 442,94 3,95 3,95E-06 4,54E-04 0,148
1800 459,48 3,92 3,92E-06 4,50E-04 0,142
1850 475,55 3,89 3,89E-06 4,47E-04 0,136
1900 493,36 3,85 3,85E-06 4,43E-04 0,131
1950 510,92 3,82 3,82E-06 4,39E-04 0,125
2000 529,26 3,78 3,78E-06 4,34E-04 0,119
2050 548,8 3,74 3,74E-06 4,29E-04 0,113
2100 568,43 3,69 3,69E-06 4,25E-04 0,108
2150 587,4 3,66 3,66E-06 4,21E-04 0,102
2200 607,61 3,62 3,62E-06 4,16E-04 0,096
2250 628,1 3,58 3,58E-06 4,12E-04 0,090
2300 650,31 3,54 3,54E-06 4,07E-04 0,085
2350 671,88 3,50 3,50E-06 4,02E-04 0,079
2400 693,77 3,46 3,46E-06 3,98E-04 0,073
2450 717,87 3,41 3,41E-06 3,92E-04 0,067
2500 743,18 3,36 3,36E-06 3,87E-04 0,062
FONTE: Autores 2023

Com os resultados de velocidade e altura d’agua para cada intervalo de vazão relacionamos a
velocidade com o nível de água no recipiente gerando o gráfico 1.

Grafico 1 – Velocidade X Nível de água

FONTE: Autores 2023

Analisando também o tempo de escoamento conseguimos notar através do gráfico 2 que a


medida que o nível de água reduz, seu tempo de escoamento aumenta, isso acontece por que a
pressão aplicada pelo nível da água diminui conforme seu volume decresce e
consequentemente sua ação com a gravidade.
Gráfico 2 – Nível de água X Tempo de filtração

FONTE: Autores 2023

Com isso obtemos os paramos da constante e permeabilidade do material


Tabela 7 – Resultados filtração continua
Parâmetro Ajuste linear Ajuste exponencial
Constante C 0,0011 0,002
Permeabilidade K 4,61E-10 8,39E-10

5.3 Filtro prensa

Seguindo a metodologia foram obtidos os dados teóricos e práticos para execução da prática
nas tabelas 8 e 9.
Tabela 8 - Propriedades do sistema

Propriedade Valor

Área da seção transversal (cm2) 406,51


Temperatura da água (°C) 19,50
Massa específica da água (kg/m3 ) 998,21
Viscosidade da água (kg/(m*s)) 9,55E-04

FONTE: Autores 2023


Tabela 9 - Massa das tortas
Massa Massa
Torta úmida seca
(kg) (kg)
A (2 kgf/cm2) 1,255 0,582
B (2,5 kgf/cm2) 1,254 0,577
FONTE: Autores 2023

O experimento se deu em duas diferentes pressões, A (2 kgf/cm2) e B (2,5 kgf/cm2), para a


Pressão A os dados foram tratados confroem a tabela 10.
Tabela 10 - Dados coletados e tratados (a 2 kgf/cm2)
Volume Tempo Volume
Pressão (N/m2) Δt/ΔV
(m3) (s) médio
0,005 25,09 5018
0,010 61,55 7292 0,01
0,015 125,04 12698 0,01
392266 0,020 224,62 19916 0,02
0,025 361,79 27434 0,02
0,030 557,79 39200 0,03
0,035 869,14 62270 0,03

FONTE: Autores 2023

Relacionando a variação de empo em relação ao volume com o volume médio, é possível


construir o seguinte gráfico

Gráfico 3 – Variação de tempo por volume X Volume médio (Pressão A)

FONTE: Autores 2023

De acordo com a equação (11) e aplicando regressão linear foi possível calcular o coeficiente
angular da regressão angular (Kp) e o Coeficiente linear (B). Tendo esses valores foi calculado
segundo as equações (12), (13), (14) e (15) a resistência específica da torta, a resistência do
meio filtrante, a umidade e a compressibilidade da torta. Obtendo os seguintes resultados
expostos na tabela 11.
Tabela 11 – resultados finais do filtro prensa (pressão A)

Parâmetro Valor

Kp 3,58E+06
B 10926,00
Cs (kg/m3) 20,00
α 1,22E+11
Rm 1,82E+11
U% 0,54
s -0,17

Para a pressão B, foi feito exatamente o mesmo processo descrito acima para a pressão A,
obtendo os seguintes resultados:
Tabela 12 - Dados coletados e tratados (a 2,5 kgf/cm2)
Volume Tempo Volume
Pressão (N/m2) Δt/ΔV
(m3) (s) médio
0,005 20,18 4036
0,010 42,99 4562 0,01
0,015 88,91 9184 0,01
490332,5 0,020 171,04 16426 0,02
0,025 280,13 21818 0,02
0,030 440,32 32038 0,03
0,035 669,85 45906 0,03

FONTE: Autores 2023

Gráfico 4 – Variação de tempo por volume X Volume médio (Pressão B)


FONTE: Autores 2023

Tabela 13 – resultados finais do filtro prensa (pressão B)

Parâmetro Valor

Kp 2,76E+06
B 8460,90
Cs (kg/m3) 20,00
α 1,17E+11
Rm 1,77E+11
U% 0,54
s -0,17

FONTE: Autores 2023

6 CONCLUSÃO

Conclui-se que cada um desses métodos possui suas próprias características, vantagens e
limitações. A filtração contínua é eficaz na remoção de partículas sólidas de suspensões ao
longo do tempo, mas pode exigir mais tempo para alcançar a saturação. Por outro lado, a
filtração descontínua é mais rápida, mas pode ser menos eficiente na remoção de partículas
finas. O filtro prensa, por sua vez, é uma opção robusta e eficaz para a separação de sólidos e
líquidos em grande escala, embora possa exigir manutenção mais complexa.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CREMASCO, Marco Aurélio, Operações Unitárias em sistemas particulados e


fluidomecânicos, São Paulo, 2012.

FOUST, ENZEL, CLUMP, MAUS & ANDERSE, Princípios de Operações Unitárias.


Editora Guanabara S.A., Rio de Janeiro, 2ª Edição, 1982.

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