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Rio Grande/RS
2023
Caroline da Silva Macedo – 118887
Kewin Jones de Castro – 129832
Rio Grande/RS
2023
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação filtro tipo prensa 10
Dentro da categoria de filtros contínuos, o tipo mais comum é o leito poroso granular
ou leito fixo. Esses filtros são caracterizados por conter uma ou mais camadas de material
granular, como areia e cascalho, que atuam como meio filtrante. Entre os filtros de pressão
operados em modo batelada, o filtro prensa é amplamente utilizado. Esse tipo de filtro é
distinguido pela presença de quadros e placas separados pelo meio filtrante. À medida que as
partículas se acumulam, uma torta se forma durante o processo de filtração.
Os filtros de areia contínuos são comumente usados para a filtração constante de água.
Eles consistem em um reservatório de filtragem de área constante e conhecida recheada com
camadas de areia fina, areia grossa, pedra, ou meio granular similar. O líquido a ser clarificado
é introduzido na parte superior do filtro de forma contínua e passa através da camada de areia.
À medida que a água flui através da camada de areia, as partículas sólidas maiores ficam retidas
na camada e o líquido clarificado sai pela parte inferior. Esse processo ocorre devido a vários
mecanismos físicos, incluindo a interceptação, a difusão, a sedimentação e a adsorção. O meio
de filtragem, geralmente areia, cascalho ou outro material granular, atua como uma barreira
eficaz para a remoção de partículas sólidas suspensas na água. À medida que a camada de
filtragem fica saturada de partículas retidas, é necessário um processo de limpeza do meio para
manter a eficiência do filtro.
(Fonte: Cremasco)
Este relatório abordará a análise dos processos de filtração em filtros de areia contínuos
e descontínuos, bem como a filtração realizada em filtros prensa. Na sequência, procederemos
com a análise das equações empregadas nos referidos processos.
2 OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Onde:
∇P - gradiente de pressão;
ρ - massa específica;
g - gravidade;
μ - viscosidade do meio;
K - porosidade;
Os filtros que empregam múltiplos meios filtrantes são construídos com a utilização de
diversos tipos de meios, organizados em camadas, com base em suas densidades hidráulicas
específicas. Essa estrutura estratificada de meios filtrantes permite a otimização do processo
de filtração, uma vez que cada camada pode ser projetada para reter partículas de tamanho
específico, resultando em uma filtração mais eficiente e seletiva. Além disso, a utilização de
múltiplos meios filtrantes pode melhorar a capacidade de carga do filtro e prolongar a vida útil
do sistema de filtração. Segue a representação do equipamento, conforme a Figura 2.
𝜌𝑔 (𝐿1=𝐿2+𝐿3+𝐿4
𝑣= 𝐿1 𝐿2 𝐿3 𝐿4 (3)
µ( + + + )
𝐾1 𝐾2 𝐾3 𝐾4
Nesse cálculo, os valores de L foram fornecidos no roteiro da aula prática, enquanto μ e
ρ foram obtidos a partir do NIST.
(𝛷𝐷𝑝)2 ɛ²
𝐾= (4)
150(1−ɛ)²
𝑣 = 𝑄/𝐴 (6)
𝑄 = 𝑉/𝑡 (7
𝑉 = −(𝑝𝑔𝐾/𝑢𝐿)ℎ(𝑡) (8)
Tendo em vista que a primeira parte da equação é constante, ela se torna a equação 9:
𝑣 = −𝐶ℎ(𝑡) + 𝑏 (9)
A velocidade então pode ser definida como sendo dh/dt. Ao integrar a definição de
velocidade e isolar h, tem-se a equação 10:
𝑥 = 𝑒 (−𝐶2𝑡) (10)
𝐾𝑝𝐴2 − 𝛥𝑃
𝛼= (12)
µ 𝑐𝑠
𝐵𝐴− 𝛥𝑃
𝑅𝑚 = (13)
µ
4 METODOLOGIA
4.1 Filtro continuo
a alimentação de água foi ativada até que o regime permanente tenha sido estabelecido,
mantendo-se um nível constante. Foi coletado um volume de 500 mL de água, utilizando uma
proveta, e os tempos de coleta foram registrados para permitir o cálculo da vazão. Essa
operação foi repetida em cinco iterações consecutivas, sem interrupção no fluxo de água.
Adicionalmente, foram medidas as alturas dos meios filtrantes, como a areia grossa, a areia
fina e as pedras, bem como a altura da coluna de água. A área da seção transversal do filtro
também foi determinada.
Inicialmente, o filtro já se encontrava preenchido com água até uma altura específica acima
do leito (X0). Foi feito um registro da altura da coluna de água inicial (X0) e da altura do leito
de areia (L). Subsequentemente, a mangueira foi desobstruída, permitindo o escoamento da
água, e procedeu-se à coleta de um volume de 50 mL, utilizando uma proveta, ao mesmo tempo
em que se registrava o tempo necessário para a coleta desse volume de líquido (X(t)). Esse
procedimento foi repetido até que todo o fluido contido no filtro passasse pelo meio poroso.
5 RESULTADOS E DISCUÇÕES
Juntando s dados coletados e as equações (2) (4) (5) e (7) foi passível obter os seguintes
resultados mostrados na tabela 3.
Tabela 3 - Propriedades das partículas
Material Tyler dp (mm) ρap (kg/m3 ) ε Ф K (m2 )
Areia fina 80 - 100 0,164 1532 0,45 0,83 3,72E-11
Areia grossa 12 - 20 1,45 1434 0,48 0,75 3,22E-09
Pedra 1/4 - 4 5,55 1334 0,52 0,7 6,14E-08
FONTE: Autores 2023
Do mesmo modo a coleta de dados foi feita para filtração descontinua, como mostrado nas
tabelas 4 e 5.
Tabela 4 - Propriedades do sistema
Propriedade Valor
Área da seção transversal (cm2) 87
Temperatura da água 19,5
Massa específica da água (kg/m3 ) 998,207
9,55E-
Viscosidade da água (kg/(m*s))
04
FONTE: Autores 2023
Tabela 5 - Dimensões do leito
Leito L (cm)
Água 28,3
Areia fina 6,6
FONTE: Autores 2023
Usando a equação 9 podemos calcular a velocidade e montar a seguinte tabela:
Com os resultados de velocidade e altura d’agua para cada intervalo de vazão relacionamos a
velocidade com o nível de água no recipiente gerando o gráfico 1.
Seguindo a metodologia foram obtidos os dados teóricos e práticos para execução da prática
nas tabelas 8 e 9.
Tabela 8 - Propriedades do sistema
Propriedade Valor
De acordo com a equação (11) e aplicando regressão linear foi possível calcular o coeficiente
angular da regressão angular (Kp) e o Coeficiente linear (B). Tendo esses valores foi calculado
segundo as equações (12), (13), (14) e (15) a resistência específica da torta, a resistência do
meio filtrante, a umidade e a compressibilidade da torta. Obtendo os seguintes resultados
expostos na tabela 11.
Tabela 11 – resultados finais do filtro prensa (pressão A)
Parâmetro Valor
Kp 3,58E+06
B 10926,00
Cs (kg/m3) 20,00
α 1,22E+11
Rm 1,82E+11
U% 0,54
s -0,17
Para a pressão B, foi feito exatamente o mesmo processo descrito acima para a pressão A,
obtendo os seguintes resultados:
Tabela 12 - Dados coletados e tratados (a 2,5 kgf/cm2)
Volume Tempo Volume
Pressão (N/m2) Δt/ΔV
(m3) (s) médio
0,005 20,18 4036
0,010 42,99 4562 0,01
0,015 88,91 9184 0,01
490332,5 0,020 171,04 16426 0,02
0,025 280,13 21818 0,02
0,030 440,32 32038 0,03
0,035 669,85 45906 0,03
Parâmetro Valor
Kp 2,76E+06
B 8460,90
Cs (kg/m3) 20,00
α 1,17E+11
Rm 1,77E+11
U% 0,54
s -0,17
6 CONCLUSÃO
Conclui-se que cada um desses métodos possui suas próprias características, vantagens e
limitações. A filtração contínua é eficaz na remoção de partículas sólidas de suspensões ao
longo do tempo, mas pode exigir mais tempo para alcançar a saturação. Por outro lado, a
filtração descontínua é mais rápida, mas pode ser menos eficiente na remoção de partículas
finas. O filtro prensa, por sua vez, é uma opção robusta e eficaz para a separação de sólidos e
líquidos em grande escala, embora possa exigir manutenção mais complexa.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS